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DO
língua portuguesa cadernos
2 ANO º
3º BIMESTRE
CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA 2 ANO º
3º BIMESTRE Este material foi elaborado com a participação dos educadores da rede municipal de ensino de Salvador
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO - SMED Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Neto Prefeito Joelice Braga Secretária Teresa Cozetti Pontual Subsecretária Marília Castilho Diretora de Orçamento, Planejamento e Finanças Joelice Braga Diretora Pedagógica Gilmária Ribeiro da Cunha Gerente de Currículo Luciene Costa dos Santos Gerente de Gestão Escolar Neurilene Martins Ribeiro Coordenadora de Formação Pedagógica Alana Márcia de Oliveira Santos Supervisora do Ensino Fundamental I Ionara Pereira de Novais Souza Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I Parceria Técnica
INSTITUTO CHAPADA DE EDUCAÇÃO E PESQUISA Cybele Amado de Oliveira Presidente Claudia Vieira dos Santos Secretária Executiva e Vice-Presidente Cybele Amado de Oliveira, Diretoras Eliana Muricy e Fernanda Novaes Elisabete Monteiro Coordenadora Pedagógica do Projeto Marlene Alencar Bodnachuk Apoio Pedagógico EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA Débora Rana e Renata Frauendorf Coordenadoras Andréa Luize, Carla Tocchet, Sistematizadoras Dayse Gonçalves, Érica Faria e Marly Barbosa Telma Weisz Parecerista EQUIPE DE MATEMÁTICA Priscila Monteiro e Ivonildes Milan Coordenadoras Ana Clara Bin, Ana Flávia Alonço Sistematizadoras Castanho, Ana Ruth Starepravo, Andréa Tambelli e Camilla Ritzmann Patricia Sadovsky Parecerista
EQUIPE DE EDIÇÃO Paola Gentile
Coordenadora
Denise Pellegrini
Redatora-Chefe
Beatriz Vichessi, Ferdinando Casagrande, Gabriel Pillar Grossi, Ricardo Falzetta e Ricardo Prado Sidney Cerchiaro (Coordenador), Eduardo Teixeira Gonzaga, Manrico Patta Neto, Rosi Ribeiro Melo e Sueli Mazze EQUIPE DE DIAGRAMAÇÃO Marcelo Beltrame Camila Cogo Ana Cristina Tohmé, Ed Santana, Marcelo Barros, Naya Nakamura, Olivia Ferraz e Victor Casé Ale Kalko Davi Caramelo
Editores
Revisores
Tramedesign Produtor Executivo Diretora de Arte e projeto gráfico Designers
Capa e ilustrações Ilustrações de abertura
Agradecemos a todas as instituições e pessoas que contribuíram para a elaboração deste caderno com conteúdos, imagens, produções culturais e, em especial, aos educadores da rede municipal de Salvador, que participaram de todo o processo. 2016 Todos os direitos desta edição reservados à SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SALVADOR Avenida Anita Garibaldi, 2981 – Rio Vermelho 40170-130 Salvador BA Telefone (71) 3202-3160 www.educacao.salvador.ba.gov.br Os textos extraídos de sites, blogs e livros foram adaptados conforme as regras gramaticais e as novas regras de ortografia.
ÍNDICE como trabalhar com as sequências e blocos
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jogos africanos
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contos de ontem, contos de hoje
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análise e reflexão sobre a língua
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dominó das praias
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sondagem
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anexo jogo dara
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gestão do tempo
como trabalhar com as sequências e blocos
Raabe Raquelle de J. Souza EM Juiz Oscar Mesquita
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Você tem em mãos o caderno do terceiro bimestre, composto de quatro propostas: as sequências didáticas Jogos africanos e Contos de ontem, contos de hoje, e os blocos de Análise e reflexão sobre a língua – com foco na escrita de palavras com nasais e a segmentação do texto em palavras – e o Dominó das praias, de leitura e escrita, destinado aos alunos que ainda não apresentam escrita alfabética. É importante ressaltar que, embora as sequências didáticas e os blocos estejam dispostos linearmente, a sugestão é trabalhá-los intercalando as atividades de cada unidade e não seguindo a or-
dem preestabelecida, pois os conteúdos envolvidos precisam estar presentes na rotina de todas as semanas. Baseando-se nas necessidades a serem garantidas, nessa fase de alfabetização é muito importante convidar os alunos a ler e a escrever todos os dias. Por isso, reserve pelo menos 30 minutos diários para atividades que contemplem esse conteúdo. O bloco Dominó das praias será bastante proveitoso para esses momentos, pois as atividades são focadas na reflexão sobre o sistema de escrita. Isso também acontece com a sequência didática Jogos africanos: ao mes-
mo tempo que se propõe a ensinar os alunos a ler e a escrever textos instrucionais, ela traz atividades de reflexão sobre o sistema de escrita. Para ela, reserve duas aulas por semana e garanta que os jogos apresentados sejam encaixados, posteriormente, na rotina da turma. Há também uma sequência em que os alunos conhecerão mais sobre os contos modernos baseados em contos de fadas tradicionais. Ela compara as versões de ontem e de hoje tendo como ponto de partida as mudanças feitas em relação às características dos personagens, bem como mudan-
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ças de episódios e cenários. Utilize duas aulas por semana para a realização das atividades dessa sequência. Já o bloco de Análise e reflexão sobre a língua tem por objetivo iniciar a discussão sobre a escrita das nasais e a segmentação do texto em palavras. Para isso, utilize essas atividades duas vezes na semana, alternadamente: uma para as questões da nasalidade e outra para a segmentação do texto em palavras. Uma novidade que você vai notar, a partir deste bimestre, é o uso de linhas para as respostas das crianças em vez das caixas em branco que vinham sendo empregadas nos bimestres ante-
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riores. A mudança ocorre para que as crianças se habituem a trabalhar com as linhas, portanto é importante orientá-las para o uso adequado do espaço. Por fim, o caderno ainda contempla atividades permanentes como leitura em voz alta feita por você – que deve acontecer diariamente –, e a roda de leitura – que pode ocorrer uma vez por semana ou quinzenalmente. Todas as orientações estão detalhadas no material. O quadro abaixo exemplifica a organização da rotina de uma semana de aula. Ele é apenas uma sugestão de como organizar as atividades presentes no caderno.
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6ª-feira
Leitura em voz alta feita por você de textos da esfera jornalística (notícias, tirinhas, gibis etc.)*
Leitura em voz alta feita por você de textos da esfera jornalística (notícias, tirinhas, gibis etc.)
Leitura em voz alta feita por você de textos da esfera jornalística (notícias, tirinhas, gibis etc.)
Leitura em voz alta feita por você de textos da esfera jornalística (notícias, tirinhas, gibis etc.)
Leitura em voz alta feita por você de textos da esfera jornalística (notícias, tirinhas, gibis etc.)
Jogos africanos
Contos de ontem, contos de hoje
Jogos africanos
Contos de ontem, contos de hoje
Análise e reflexão sobre a língua (para os alunos com escrita alfabética) Dominó das praias (para os alunos com escrita não alfabética)
Análise e reflexão sobre a língua (para os alunos com escrita alfabética)
Jogos africanos (momento para jogar)
Dominó das praias (para os alunos com escrita não alfabética)
*As orientações para este trabalho estão na plataforma do Projeto Nossa Rede: www.nossarede.salvador.ba.gov.br 3º BIMESTRE
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jogos africanos pág. 6 do gênero. • Escrevam corretamente palavras de uso frequente.
TEMPO ESTIMADO • 25 aulas.
material
• Jogos africanos. • Textos comm regras de jogos.
produto final
• Dia de jogos com convidados especiais na escola.
INTRODUÇÃO
COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS • Relacionem as regras de jogo à situação comunicativa e ao suporte em que circulam originalmente. • Estabeleçam a sequência temporal das instruções para poder jogar. • Produzam novo texto com base em
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modelo, levando em conta o contexto de produção (o destinatário, o portador e a finalidade da produção). • Revisem textos coletivamente. • Expliquem e ouçam com atenção as instruções e as regras do jogo. • Compreendam as instruções para executar ações pertinentes. • Formatem graficamente o texto, de acordo com as características próprias
Esta sequência apresenta brincadeiras e jogos africanos, bem como suas origens e curiosidades sobre eles, e propõe um evento na escola: um dia de jogos com convidados especiais. A ideia é apresentar os jogos estudados ao longo da sequência e propor as brincadeiras a convidados – podem ser os pais, uma outra turma da escola ou ainda a comunidade escolar. Do ponto de vista da aprendizagem da língua, as crianças são colocadas diante de uma prática social real, da qual fazem parte. Elas aprenderão a falar e a ouvir o interlocutor para aprender a brincar, ou durante o momento em que a brincadeira acontece, e terão de ler e escrever para entender as regras dos jogos. O jogo, nesse caso, é o contexto para trabalhar o texto instrucional. Mais do que jogar, portanto, é essencial aprender a ler e a escrever esses textos. De acordo com Ana Maria Kaufman e Maria Helena Rodriguez, no livro Escola, leitura e produção de textos (Ed. Artes Médicas), “os textos instrucionais dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar comida, cuidar
JOGOS AFRICANOS - CADERNO DO PROFESSOR
de plantas ou animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro etc. (...) Todos eles, independentemente de sua complexidade, compartilham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida. (...) A habilidade alcançada no domínio desses textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de produções de algumas de suas variedades, como as receitas e as instruções”. Uma das características mais importantes desse gênero textual é a
sua estrutura simples e fixa, composta em geral de duas partes distintas, mas complementares: uma contendo lista com os elementos a serem utilizados no jogo ou na brincadeira; e outra contendo as instruções propriamente ditas, ou seja, os procedimentos que a criança deve seguir para jogar ou brincar. Dependendo do suporte, são também encontrados nesse tipo de texto a quantidade de jogadores, o tempo estimado do jogo, as variações e até mesmo a história ou uma curiosidade sobre a brincadeira. No dia do evento final, as regras dos jogos precisarão estar expostas e esses outros itens são opcionais, ficando a critério do grupo. Porém, é importan-
te mostrá-los aos alunos. Um dos principais objetivos desta sequência é propiciar muitas e diferentes situações de escrita e de interlocução. Para a produção final dos textos, os alunos passarão por um processo que inclui leitura de regras de jogos, escrita de regras, revisão e edição. Uma observação importante: antes de iniciar a sequência, é fundamental que você conheça bem os jogos que serão utilizados. A melhor forma de se apropriar das regras e estratégias possíveis é jogar várias partidas com colegas. Assim você poderá antecipar prováveis dificuldades que os alunos apresentarão e planejar intervenções para ajudá-los a jogar e a ler bem.
quadro de organização da sequência Etapas 1
Apresentação da sequência
Atividades 1A Conhecendo o trabalho. 2A Conhecendo Mancala. 2B Escrita de lista. 2C Jogando Mancala. 2D Brincando de Mbube mbube.
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Ampliação de repertório
2E Leitura de regras de jogos. 2F Análise de texto instrucional. 2G Escrita coletiva de nomes de jogos. 2H Escrita do jogo Alquerque. 2 I Leitura de nomes de jogos. 3A Conhecendo Yoté. 3B Planejamento de escrita. 3C Ditado das regras.
3
Produção textual
3D Revisão coletiva. 3E Conhecendo Shisima. 3F Escrita de regras. 3G Revisão em duplas.
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Edição
4A Preparação do evento final. 4B Roda de conversa.
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ETAPA 1 – Apresentação da sequência A primeira etapa da sequência tem como propósito apresentar o trabalho
que será feito ao longo do bimestre, motivar os alunos para as tarefas e definir em conjunto o destinatário do evento final, que será um dia de jogos.
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quer saber mais? • Mais brincadeiras e jogos africanos na oficina Jogos infantis africanos e afro-brasileiros, disponível no site da ONG Geledés – Instituto da Mulher Negra: (http://goo.gl/13xEtV), acesso em 27/5/2016
1A Conhecendo o trabalho Para encantar os alunos, comece a sequência propondo uma brincadeira ou jogo africano (confira algumas sugestões no link do quadro Quer saber mais?, à direita). Depois de brincar, conte que o jogo escolhido é de origem africana e pergunte o que entendem por isso. Explique que a África é um continente enorme, com muitos países e muitos povos. Mostre o mapa do continente africano e diga de qual país vem o jogo ou a brinca-
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deira que acabaram de conhecer. Escute o que eles têm a dizer e converse sobre os conhecimentos prévios deles em relação aos jogos. Quais eles conhecem e que são de origem africana? Registre o que for surgindo num cartaz. Caso não tenham nenhum, informe que, ao longo do bimestre, eles jogarão e conhecerão muitos deles. Além disso, poderão refletir sobre como as regras são escritas. Tudo para que, ao final, organizem um dia de brincadeiras para
convidados especiais, que podem ser outra turma da escola, os pais, a comunidade escolar... Enfim, quem eles escolherem. Encerre a apresentação com uma discussão coletiva sobre como será esse dia: • Que espaço da escola será utilizado para o evento? • De que forma serão apresentados os jogos aos convidados? • Como serão explicadas as regras a eles?
JOGOS AFRICANOS - CADERNO DO PROFESSOR
ETAPA 2 – Ampliação de repertório Nesta etapa, o objetivo é ampliar o repertório dos alunos, tanto em relação a brincadeiras e jogos africanos como também ao texto instrucional. Aqui são propostos dois jogos, mas a rotina semanal prevê uma aula extra, às sextas-feiras (leia o quadro de
organização da sequência, na página 9), para os alunos conhecerem outros jogos afora os aqui descritos. Além disso, há atividades em que o foco é refletir sobre o sistema de escrita no contexto dos jogos. Vale salientar que no Caderno de Matemática há uma sequência em que são utilizadas receitas culinárias para
trabalhar o conteúdo de medidas. Aqueles textos também são instrucionais, assim como as regras de jogos desta sequência. É interessante que, ao iniciar a análise do gênero proposto nesta etapa, você comente com os alunos sobre as características das receitas e os ajude a estabelecer relações entre ambos os textos.
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2A Conhecendo Mancala Em uma sequência sobre jogos africanos não poderia faltar um dos mais antigos do mundo: a Mancala. Com diferentes nomes e algumas variações nas regras, ele é um jogo de estratégia que encanta crianças por todo o mundo. É muito fácil de confeccionar, já que o tabuleiro pode ser feito na terra, na areia ou mesmo em caixas de ovos. A proposta da atividade é apresentar o jogo com suas curiosidades. O encaminhamento de leitura pode ser diverso: pedir que os alunos leiam em duplas, considerando um leitor em cada uma; pedir que leiam em voz alta cada trecho, assim quatro alunos poderão participar; ou ainda você realizar a leitura em voz alta. O importante é parar a cada curiosidade lida e conversar sobre a informação destacada. No final, peça que os alunos selecionem a curiosidade que mais apreciaram. Lembre-se que selecionar é uma estratégia de leitura importante no processo da formação do leitor competente. 3º BIMESTRE
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dos materiais com letras móveis para posterior discussão coletiva. Você deverá ditar todos os materiais que serão necessários para confeccionar o jogo e encaminhar a discussão seguindo as orientações para a escrita coletiva dadas na atividade 3C do caderno do primeiro bimestre (página 22). Escolha a melhor maneira de conseguir os materiais necessários: você pode pedir ajuda ao gestor da escola, aos pais ou até mesmo organizar uma arrecadação com vizinhos. No dia marcado para a entrega dos itens, cada dupla vai confeccionar o seu tabuleiro e reservá-lo para jogar Mancala na próxima aula.
VICTOR CASÉ
2B Escrita de lista Esta atividade tem como proposta a escrita de uma lista de materiais necessários para construir o tabuleiro de Mancala. Ele pode ser confeccionado com diferentes materiais, inclusive sucata. Avalie qual o melhor jeito de fazê-lo considerando as possibilidades de aquisição do material. Confira na foto um exemplo de tabuleiro feito de caixa de ovos. Definidos os materiais, divida as crianças em duplas, considerando o critério de competências próximas, e proponha um ditado de modo que aquelas com escrita alfabética registrem a lista no caderno e as que ainda não escrevem alfabeticamente escrevam o nome
Cauã EM Campinas de Pirajá
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JOGOS AFRICANOS - CADERNO DO PROFESSOR
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2C Jogando Mancala Esta atividade será dividida em duas partes: uma para ler as regras e a outra para jogar. É importante chamar a atenção dos alunos para o fato de que um
texto instrucional tem por propósito ensinar a jogar. Você será um modelo para que eles possam compreender isso. Após o convite para jogar, pergunte: • Como vamos fazer para saber
como se joga? Veja se eles indicam ou não a leitura das regras. Durante a leitura, explicite os comportamentos de um leitor para entender como se joga: ele lê mais de uma vez, retoma a leitura no meio do jogo para entender melhor, lê passo a passo... Enfim, deixe claro como se lê e para que se está lendo. Você pode perguntar ainda: • Vocês acham que esse texto nos ajuda a aprender a jogar? Outra opção é pedir que um aluno, ou aluna, que leia convencionalmente faça a leitura. Depois proponha uma partida coletiva. Pode ser você contra a classe ou a própria turma dividida em dois grupos. Para isso, escolha um espaço agradável e aconchegante, de modo que todos possam ver as jogadas. Em caso de dúvidas, e para reforçar ainda mais a importância do texto instrucional, retome os comandos sobre como jogar ao mesmo tempo que eles jogam. Em seguida, peça que os alunos formem duplas e iniciem uma partida. Auxilie-os durante o jogo nas dúvidas que surgirem. Proporcione em outros momentos da rotina mais partidas de Mancala. Quanto mais eles puderem jogar e conversar sobre a brincadeira, mais se apropriarão das regras do jogo. Para as crianças que ainda não compreenderam o sistema de escrita, você pode propor que localizem algumas palavras como sementes, casas e mancalas nos itens 1 e 2 da orientação Como jogar. Para essa atividade, retome o artigo sugerido no Caderno do professor do primeiro bimestre (página 20) com as orientações da educadora Mirta Castedo sobre como encaminhar atividades de leitura para crianças que ainda não sabem ler convencionalmente. 3º BIMESTRE
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2D Brincando de Mbube mbube Ao longo da sequência, é interessante apresentar, além dos jogos, algumas brincadeiras. Utilize a aula semanal destinada a isso e proponha várias, não se esquecendo de fazer a leitura das regras. Dessa forma, os alunos irão se familiarizar com o gênero. Ao conhecer as brincadeiras, eles poderão perceber que algumas são parecidas com as brasileiras, mas têm outro nome, como Cinco
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marias, que em Gana se chama Pombo e se joga com sete pedrinhas. Para essa aula, siga as orientações dadas anteriormente de ler pausadamente as regras da brincadeira, ou proponha leitura em dupla ou individual, dependendo da competência leitora da turma. Depois de ler, discuta com os alunos o que entenderam e comecem a brincar. Retomar a regra por meio da leitura com o objetivo de entendê-la me-
lhor pode ser um ótimo recurso quando o que está em questão é a compreensão de como brincar e o trabalho com diferentes propósitos de leitura. Esse procedimento evidencia um recurso que pode ser utilizado durante a brincadeira quando quem brinca não a compreende bem e valida a importância de os textos instrucionais serem claros e objetivos. Existem muitas outras brincadeiras que poderão ser apresentadas. Deixe um espaço na rotina semanal para que os alunos tenham a oportunidade de jogar e brincar. Quanto mais familiarizados com os jogos, melhor será o processo de leitura e escrita dos textos. Dessa aula em diante, é possível também começar uma discussão sobre os textos instrucionais. Os alunos podem ter percebido que eles apresentam pelo menos dois itens: material e como jogar. Saber o objetivo do jogo e o número de participantes, porém, contribui para uma melhor compreensão das regras. Caso eles já tenham percebido isso, peça que comentem sobre o assunto. Pergunte se todos tinham feito tal observação e instigue-os a saber se existem outros itens em regras de jogo. Para dinamizar ainda mais o trabalho, convide as crianças a apresentar as brincadeiras que estão conhecendo a outros colegas. Combine se farão isso em uma aula específica ou na hora do recreio. Ao ter de ler e/ou explicar como brincam, elas colocam em ação a função comunicativa da linguagem, instaurada pelo propósito do trabalho. No anexo deste caderno você encontra mais um jogo africano bastante interessante: Dara. Originado na Nigéria, ele é muito popular entre seus habitantes. Os melhores jogadores viajam de aldeia em aldeia desafiando competidores locais. As estratégias mais eficientes são guardadas em segredo e transmitidas de geração em geração. Apresente o jogo lendo as regras e propondo a brincadeira na aula reservada semanalmente para isso.
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2E Leitura de regras de jogos Para iniciar uma análise do gênero, leve diversas regras de jogos para a sala e forme uma roda. Não precisam ser necessariamente regras de jogos africanos. Podem ser de qualquer um que esteja disponível na escola ou que os alunos possuam. Peça que quem tiver jogos em casa leve as regras que, em geral, vêm separadas em um folheto ou estão impressas na caixa. Junte mais textos disponíveis na esco-
la ou retirados da internet para promover uma discussão inicial sobre os itens que podem constar de um texto instrucional. Em roda, deixe que os alunos explorem durante um tempo os materiais e depois conversem sobre as observações deles. No quadro, ou num cartaz, faça uma lista dos itens levantados para que, no momento de produzir os textos, eles possam escolher quais deles usarão. Depois dessa roda, peça que os alunos voltem às atividades 2C e 2D para
checar quais itens são contemplados. Pergunte se eles acham suficiente o que é abordado nas regras do jogo ou se sentem falta de alguma informação. Vale lembrar que os registros parciais das descobertas feitas ao longo da sequência constituem importante material e fazem parte do trabalho, por se tratar de memória das discussões realizadas que não se perdem quando são escritas. Nessa aula, em especial, os itens que existem comumente nos textos instrucionais, bem como os comentários relevantes sobre esses textos, merecem ser anotados e deixados no mural da sala para que possam ser consultados por todos.
pág. 11 2F Análise de texto instrucional Para aprofundar mais a análise do gênero, esta atividade convida os alunos a observar que nos textos instrucionais existem palavras que indicam as ações que os jogadores devem executar. São verbos, embora nesse momento você não precise nomeá-los assim, porque o intuito da atividade é mostrar à turma que existe uma forma mais adequada de comunicar a alguém como se joga um jogo. Forme duplas com um leitor em cada uma. Inicie lendo as orientações 1 e 2 e discuta coletivamente o que as palavras indicam. Escute o que os alunos têm a dizer e registre as ideias no quadro. Peça, em seguida, que leiam as próximas orientações e conversem sobre o que todas têm em comum. Após um tempo, volte a discutir coletivamente o que comentaram enquanto estavam em duplas e registre no quadro. Em seguida, promova uma discussão para que o grupo possa concluir qual a resposta mais adequada. Uma estratégia boa é voltar para outros textos, os que constam no próprio Caderno do aluno, e procurar essas palavras. 3º BIMESTRE
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Com a discussão, é possível que os alunos percebam que elas indicam uma ação a ser executada ou uma ordem,
mesmo que dito de outra forma. Amplie o cartaz das descobertas sobre os textos instrucionais com as
novas discussões realizadas aqui. Esse registro dará suporte à produção textual que virá a seguir.
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Gleyce Fabriny EM Manuel Lisboa
2G Escrita coletiva de nomes de jogos Aqui o objetivo é promover uma reflexão sobre o sistema de escrita. Para isso, divida a turma em duplas considerando como critério competências
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próximas. Para os alunos que escrevem alfabeticamente, peça que produzam a lista com o nome dos jogos e das brincadeiras que conhecem diretamente no caderno. Para os que ainda não escrevem alfabeticamente, proponha a escrita
com letras móveis seguida de discussão coletiva no quadro. Nesse caso, siga as orientações do Caderno do professor do primeiro bimestre (página 22) ou do bloco Álbum de animais, no caderno do segundo bimestre (página 52).
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Participantes Dois. Objetivo Capturar as peças do adversário. Como jogar 1. Inicie preenchendo o tabuleiro. Cada jogador coloca suas peças de um lado do tabuleiro, de modo que a casa central fique vazia. 2. Movimente as peças na horizontal, vertical ou diagonal para as casas vizinhas disponíveis. 3. Capture a peça do adversário saltando sobre ela até uma casa vazia. 4. Se for possível, capture mais de uma peça, saltando sempre de uma em uma. 5. Capture uma peça do adversário caso ele não perceba que poderia ter feito isso e faça uma jogada normal. 6. Ganha o jogo quem tiver mais peças.
2H Escrita do jogo Alquerque Para realizar esta atividade é necessário conhecer anteriormente o jogo Alquerque. Leia as regras em voz alta e proponha duas ou três rodadas para os alunos se familiarizarem com ele. Alquerque Material • Tabuleiro (à direita). • 24 peças, 12 de cada cor.
Em seguida, proponha aos alunos que escrevem alfabeticamente a escrita do objetivo do jogo. Ou seja, eles precisam explicar o que é necessário fazer para vencer. Enquanto isso, os que ainda não escrevem alfabeticamente produzem a lista de materiais necessários para jogar. Para isso você pode usar as letras móveis. Não se esqueça de reler as orientações sobre como trabalhar com escrita coletiva no caderno do primeiro bimestre (página 22) e do segundo (página 52). 3º BIMESTRE
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2I Leitura de nomes de jogos Esta atividade tem como objetivo refletir sobre o sistema de escrita. Para os alunos com escrita alfabética, peça que façam a atividade sozinhos. Assim eles terão um desafio maior com a proposta.
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Com os que ainda não apresentam escrita alfabética, forme duplas e peça que localizem o nome dos jogos conhecidos, que serão ditados por você. Circule pelas duplas pedindo que justifiquem a escolha, faça intervenções
que as provoquem a pensar em como começa e como termina o nome do jogo, as diferenças entre um nome e outro e quais nomes são compostos e quais são simples. Por fim, faça perguntas que contribuam para uma reflexão mais apurada sobre o sistema de escrita. Se quiser relembrar as intervenções, releia o artigo de Mirta Castedo indicado no caderno do 1o bimestre (página 20). Esta atividade encerra a etapa de ampliação de repertório. Faça uma roda para retomar o que os alunos aprenderam: os jogos conhecidos e como os textos instrucionais são organizados. Caso sinta necessidade, retome alguma proposta para discutir um pouco mais sobre como as regras são escritas. Além disso, considere a possibilidade de compartilhar com outras crianças da escola os jogos e as brincadeiras que eles conheceram.
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ETAPA 3 – Produção textual Depois de conhecer algumas brincadeiras e jogos africanos, os alunos serão convidados a escrever as regras dos jogos Yoté e Shisima. É interessante manter a aula semanal (no quadro
de organização da rotina sugerida para ser realizada às sextas-feiras) para jogarem e conhecerem novos jogos e brincadeiras africanos. A primeira produção será feita por meio do ditado a você e servirá de modelo para a próxima, que os alunos farão em duplas.
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Objetivo Capturar ou bloquear as peças do adversário. Como jogar 1. Inicie o jogo colocando, alternadamente com seu adversário, as peças no tabuleiro uma a uma. 2. Substitua a colocação de uma peça pela caminhada a uma casa vizinha ou captura de uma peça do adversário. 3. Mova suas peças somente horizontal ou verticalmente. 4. Capture uma peça do adversário saltando sobre ela (somente uma por jogada) em qualquer direção. 5. Além da peça capturada, retire qualquer outra peça do adversário quando fizer uma captura. 6. Quando o número de peças estiver reduzido e não for mais possível fazer capturas, vence aquele que tiver o maior número de peças do adversário.
3A Conhecendo Yoté Inicie a terceira etapa comentando com os alunos que escreverão as regras de dois jogos com o objetivo de expô-las no dia do evento. O primeiro é o Yoté. Leia a curiosidade sobre o jogo que consta no Caderno do aluno e, em seguida, leia as regras em voz alta:
Yoté Material: • Tabuleiro. • 24 peças, 12 de cada cor. Participantes Dois.
Depois de ler, proponha uma partida coletiva em que você joga contra a turma ou divida a classe em dois grupos. A cada dúvida sobre a continuidade da jogada, é importante que se recorra à regra. Nesse caso, leia novamente e ajude os alunos a entender os comandos. Não exponha a regra porque eles terão de escrevê-la depois. Em outra aula, proponha que as crianças joguem Yoté em duplas pelo menos mais duas vezes e continuem por diferentes dias. Jogar pode contribuir para a compreensão das regras e facilitar o processo de produção. 3º BIMESTRE
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3B Planejamento de escrita Esta atividade propõe duas discussões: a primeira refere-se à estrutura do texto instrucional. Já foi comentado que
material e como jogar são itens obrigatórios na regra do jogo. Outros, como objetivo, número de participantes, tempo estimado, variações e curiosidades,
podem ser incluídos ou não no texto a ser produzido. Aqui é o momento de decidir quais deles serão utilizados. A segunda discussão refere-se a uma retomada das principais regras do jogo Yoté, que não poderão faltar no texto final. Ou seja, trata-se de um planejamento. Essa conversa poderá ser registrada no quadro. Vale considerar que o registro deve ser apenas para lembrar, no momento da produção, o que não pode faltar e, por isso, não deve ser escrito no formato de regras. Isso será feito na próxima aula.
Para iniciar o ditado é importante retomar a situação comunicativa instaurada nesta sequência: escrever regras de jogos africanos para que, no dia do evento, os convidados possam lê-las e assim saber como proceder. Feito isso, é preciso garantir algumas condições obrigatórias durante o ditado: • Todos têm voz, inclusive você, para sugerir o que e como escrever. É de extrema importância que todos os alunos sejam ouvidos e que eles tenham espaço para se colocar. É comum validar sempre a mesma voz, por isso tenha o cuidado de convidar aqueles que menos participam a comentar. • A cada parte ditada, consulte o grupo para escutar a opinião de cada um. Ao promover uma discussão sobre as diferentes formas de dizer, você favorece uma reflexão apurada sobre a linguagem escrita.
• Ao longo do ditado, faça releituras constantes do que foi escrito para os alunos validarem ou alterarem de acordo com o propósito. Lembre-se que você, nesta atividade, é o responsável pela notação. Por isso, escreverá todas as palavras de maneira correta e também utilizará a estrutura do texto adequadamente. Isso não significa que o texto não possa ter problemas relacionados ao discurso, à coerência e à clareza das ideias. A função dos alunos é ditar tudo o que precisa ser escrito. Portanto, podem faltar regras, elas podem estar fora de ordem ou ainda organizadas de forma confusa. Os alunos, como ditantes, são responsáveis pela organização do discurso e pelo conteúdo do texto. Você registrará conforme ditado, mas não se esqueça da revisão no processo caso observe alguma imprecisão ou outro problema. Discuta com eles um ajuste possível e provisório. Todas essas discussões podem tornar o processo de escrita cansativo. Avalie o ritmo da turma e deixe para uma próxima aula o término da produção, caso perceba cansaço.
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3C Ditado das regras Ditar a você um texto é uma prática com muitas vantagens. Uma delas é incluir alunos que ainda não escrevem alfabeticamente em situações de escrita reais, o que lhes permite atuar como participantes da cultura escrita e em posição de escritores. Tal prática proporciona uma reflexão apurada sobre a linguagem escrita, já que é possível diferenciar o dizer e o dizer para ser escrito. Essa tomada de consciência, juntamente com o processo de negociação entre os melhores jeitos de dizer algo, cria valiosas oportunidades de aprendizagem sobre os fazeres do escritor. Atenção: ao ditar um texto, o desafio dos alunos é produzir linguagem escrita, que é diferente da falada. Por essa razão, essa é uma proposta que tem como conteúdo a produção de texto e não somente práticas de oralidade.
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3D Revisão coletiva Proponha a revisão do texto feito na aula anterior escolhendo duas crianças para jogar Yoté. A dupla escolhida deve seguir as regras da forma como foram elaboradas. Leia cada um dos passos e peça que elas joguem. Enquanto isso, o
restante da sala precisa estar atento à leitura e aos problemas que forem surgindo. Se faltar algum comando ou o texto ficar confuso, pare o jogo e pergunte qual é o problema. Anote o que as crianças falarem para retomar depois. Ao terminarem de jogar, abra um espa-
ço para discutirem o que faltou ou o que precisa ser explicado melhor. Peça que verifiquem também se as regras estão na ordem adequada e comece a fazer as alterações. Você, como modelo de revisor, pode fazer as alterações com cores diferentes, usar símbolos (asterisco, formas geométricas) para inserir informações, riscar para suprimir ou qualquer outra ação, dependendo das mudanças necessárias. O importante é que os alunos façam as sugestões do que e de como mudar. Se você notar que eles não perceberam algum problema, tome a iniciativa de mencioná-lo e peça que eles tentem resolvê-lo.
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Shisima Material • Tabuleiro. • Seis peças de duas cores diferentes. Participantes Dois. Objetivo Colocar três peças em linha reta. Como jogar 1. Coloque as peças no tabuleiro, três de cada lado. 2. Mexa uma de suas peças na linha até o próximo ponto vazio, sem saltar por cima de nenhuma peça. 3. Ganha quem conseguir colocar suas três peças em linha reta. 3E Conhecendo Shisima Aqui inicia-se o processo de produção em duplas. O objetivo é conhecer o jogo
Shisima. Por isso, leia o quadro sobre o jogo que consta no Caderno do aluno e as regras a seguir.
Depois da leitura, proponha algumas partidas para que os alunos joguem e se familiarizem com o Shisima. 3º BIMESTRE
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Este espaço é para ser preenchido com os itens que a turma escolheu.
Este espaço é para ser preenchido com os itens que a turma escolheu.
3F Escrita de regras Esta atividade será feita em duplas. Por isso, considere como critério de agrupamento um aluno que ainda não escreve alfabeticamente com um que
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já o faz. Desse modo, o que não apresenta escrita alfabética fica com a função de ditar o texto e o outro com a função de escrever. Auxilie as duplas para que entendam esse jeito de traba-
lho, de modo que o escriba espere, de fato, o colega ditar. Como no processo de ditado a você, ambos os alunos podem sugerir o que e como escrever, mas depois de chegarem a um acordo, um só dita e o outro só escreve. As conversas e os períodos de negociação podem precisar de sua mediação. Por isso, caminhe pela sala para ajudá-los. Não se preocupe caso esqueçam alguma regra. Eles terão oportunidade de revisar o texto na atividade seguinte. Nessa situação, os dois alunos aprendem. O que dita tem como desafio recuperar o conteúdo, pensar na melhor forma para escrever determinada informação e adequar o ritmo do que dita ao que está sendo escrito. Do mesmo modo, o colega que desempenha o papel de escriba tem o desafio de textualizar, registrando da melhor forma que conseguir o que foi ditado. Isso lhe apresenta desafios relacionados à organização do texto de modo a recuperar o que já foi escrito e o que falta escrever, à ortografia e à segmentação do texto, entre outros.
JOGOS AFRICANOS - CADERNO DO PROFESSOR
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3G Revisão em duplas A proposta desta aula é realizar uma revisão entre duplas. Organize quartetos considerando as competências escritora e leitora de cada dupla. Para esta atividade é importante que haja alunos que consigam ler com certa fluência para garantir a presença de todas as regras e a organização em uma ordem temporal adequada. Explique que não é para corrigir o texto, e sim fazer as sugestões conforme forem percebendo a necessidade
de mudanças. A dupla autora fará as alterações no momento da conversa com a dupla revisora, se achar pertinentes os comentários. Para facilitar o processo, você pode retomar oralmente o que os alunos não podem se esquecer de colocar ou propor uma partida do jogo com o intuito de relembrar comandos importantes. Depois de terem revisado um texto, é o momento de inverter os papéis. Agora a dupla que estava alterando a própria produção passa a revisar o texto de au-
toria da outra dupla. Caso persista algum problema textual ao final desse processo, proponha uma nova revisão. Para escolher o encaminhamento, considere a quantidade de textos que precisam ser revisados. Ler em voz alta junto com a dupla é uma boa estratégia, porque os alunos podem detectar as imperfeições mais facilmente já que a fluência leitora não atrapalha. Caso não percebam, você pode ajudá-los a identificar e esperar que eles realizem a revisão.
algumas dicas para você reconhecer o que os alunos aprenderam durante a sequência Ao longo de toda a sequência, muitas foram as propostas de discussão sobre os textos instrucionais, sua organização e a linguagem empregada. Por isso, utilize a produção feita em duplas sobre as regras do Shisima como referência sobre as aprendizagens relacionadas ao processo de produção textual do gênero trabalhado. Alguns critérios poderão nortear a análise e ajudarão a avaliar os avanços. São eles: • Há a presença da linguagem oral, como as marcas da oralidade aí e daí, ou o aluno utilizou de forma adequada a linguagem escrita? • Todos os comandos para o jogo estão presentes no texto e na ordem adequada? Outros podem ser considerados, dependendo das discussões realizadas. Caso perceba no texto produzido em duplas dificuldades para avaliar algum desses critérios, você pode recorrer às discussões realizadas na Etapa 2, ler novamente uma regra de jogo e analisá-la. Também é possível propor uma nova revisão do texto produzido em duplas e até iniciar um novo processo de produção com a escrita de outra regra de jogo.
Charles Victor da Paz Moreira Silva EM João Pedro dos Santos 3º BIMESTRE
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ETAPA 4 – Edição A quarta etapa da sequência tem como objetivo editar o produto final
e realizar uma roda de conversa para avaliar o trabalho desenvolvido.
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4A Preparação do evento final O objetivo desta atividade é preparar o dia de jogos previsto para o final do estudo. Muitas são as decisões a serem tomadas e também haverá muito trabalho para deixar tudo pronto.
Dividir as tarefas facilita o processo e o torna mais prazeroso. Leia as questões colocadas no Caderno do aluno e decida o que irão fazer. Deixem marcado o dia do evento e comecem os preparativos.
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4B Roda de conversa Esta atividade tem como objetivo realizar um fechamento do estudo. A avaliação é uma forma de fazer os alunos refletirem sobre o que mais os encantou e sobre o que aprenderam. Isso é importante para que eles possam tomar cada vez mais consciência do processo de que participam e da forma como isso ocorre. Proponha que cada criança responda individualmente às questões do Caderno do aluno e, em seguida, faça uma roda para socializar as impressões de cada um. No final, pontue também do que você mais gostou e o que você acredita ser necessário para que o resultado fosse ainda melhor. Estabelecer metas para o próximo bimestre pode ser o resultado dessa conversa.
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explícitas e implícitas, comparação, entre outras), apreciação e réplica (recuperar o contexto de produção da obra, relações de intertextualidade e percepção de outras linguagens, entre outras). • Comparem as versões clássicas dos contos de fadas com as contemporâneas, analisando personagens, episódios e cenários. • Apreciem as histórias e situações de leitura de que participam.
TEMPO ESTIMADO • 12 aulas.
material
• Livros de contos de fadas e de contos contemporâneos.
INTRODUÇÃO
COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS • Participem de uma comunidade de leitores em sala de aula. • Avancem nas capacidades de apreciação dos contos. • Ampliem seu repertório de histórias. • Desenvolvam os comportamentos lei-
tores referentes a comentar as impressões pessoais, partilhar as preferências sobre determinados personagens e indicar a leitura de contos para colegas. • Compreendam os textos apoiando-se nos conhecimentos sobre a temática e características do gênero, mobilizando as capacidades de leitura de compreensão (antecipação e verificação de informações, localização de informações
É muito comum as crianças, no início do Ensino Fundamental, conhecerem vários contos de fadas. Costumam, inclusive, trazer a fantasia desse universo literário para as brincadeiras do dia a dia. Conhecem personagens e, às vezes, sabem de cor a sequência narrativa de muitos contos. Aproveitando esse conhecimento e com o propósito de ampliá-lo, esta sequência apresenta aos alunos os contos contemporâneos, que nada mais são do que versões dos contos clássicos com modificações no enredo ou nos personagens. Existem nas livrarias muitos títulos com novas versões contadas do ponto de vista de um personagem ou com alteração de passagens da história tradicional, que acrescentam elementos novos, soluções e cenários mais atuais. É com esses livros que o trabalho será desenvolvido nesta sequência. Lendo esses contos, os alunos conhecerão novas estruturas narrativas, diferentes da estrutura canônica dos contos de fadas. Essa aproximação a formas diferentes de narrar promove 3º BIMESTRE
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a ampliação dos repertórios literário e também linguístico. A proposta desta sequência considera como eixo do trabalho a comparação que se fará entre o conto contemporâneo e o conto de fadas correspondente. Dependendo da história lida, a análise se concentrará nas características dos personagens e nas mudanças no enredo e também no cenário. Para enriquecer as atividades, realize periodicamente rodas de leitura para que os alunos possam, sozinhos ou em pequenos grupos, manusear e selecionar um livro para ler. É recomendável que a sala tenha
um pequeno acervo organizado em um canto, como foi feito na sequência didática Leitura de gibis e tirinhas, no segundo bimestre. Para a grande maioria das atividades, você precisa ler livros com as crianças. É importante ter como critérios de seleção a qualidade literária e linguística da obra. As atividades apresentadas devem ser realizadas, preferencialmente, duas vezes por semana. Inclua pelo menos uma vez por semana momentos diários de leitura dos contos de fadas. Para dar maior sentido à proposta, organize os alunos para que, no final
da sequência, escolham a história que mais apreciaram para ler para outros alunos da escola. Pode ser uma turma da Educação Infantil, por exemplo, se a sua unidade atender a essa faixa etária. O projeto pode se chamar Amigo leitor, por exemplo. Dependendo da competência leitora da turma, os estudantes podem ser organizados em duplas, trios ou quartetos, incluindo um leitor, no sentido convencional do termo, em cada grupo. Para a apresentação, eles podem agrupar os alunos da turma convidada, de modo que formem várias rodas para realização da leitura.
para entender melhor o gênero
São inúmeras as classificações e referências teóricas quando se fala de gêneros literários. Para este trabalho serão usados os contos de fadas mais conhecidos, considerados clássicos da literatura infantil, e que têm como principal marca a presença no enredo de seres encantados e elementos mágicos. Já os contos contemporâneos ou modernos usados na sequência são aqueles que recriam os clássicos com mudanças no enredo e, por vezes, até na estrutura do texto. Costumam ser chamados de contos de fadas modernos. O critério para selecionar os títulos é ter algum tipo de relação intertextual com os contos de fadas.
quadro de organização da sequência Etapas 1
Apresentação do trabalho
Atividades 1A Conhecendo o trabalho.
2A Que história é essa? 2B Leitura e análise do conto Chapeuzinho Vermelho. 2C Leitura de um conto contemporâneo. 2D Leitura de indicações literárias. 2
Conhecendo contos contemporâneos e comparando-os aos clássicos
2E Leitura de um conto contemporâneo. 2F Leitura do conto João e o pé de feijão. 2G Leitura do conto João e o pé de feijão-branco. 2H Leitura de Branca de Neve e análise do conto. 2I Leitura do desfecho de um conto contemporâneo. 2J Curiosidades dos contos de fadas.
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Finalização
3A Preparação para apresentação. 3B Roda de encerramento.
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ETAPA 1 – Apresentação do trabalho A etapa 1 tem por objetivo apresentar o trabalho que será feito bem
como aproximar os alunos do universo literário a ser abordado: versões clássicas e contemporâneas dos contos de fadas.
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1A Conhecendo o trabalho Ao iniciar a sequência, proponha uma roda para que os alunos comentem quais contos de fadas conhecem. Em seguida, leia o texto introdutório da atividade 1A e convide-os a entrar no mundo de fantasia dos contos. Deixe que falem das histórias conhecidas e de suas preferências. Pergunte se já conhecem livros que trazem a perspectiva de um personagem, como o lobo em A verdadeira história dos três porquinhos, ou que trazem novas características aos personagens, como em Chapeuzinhos coloridos. Se possível, faça uma roda e deixe os alunos manusearem e explorarem os livros que possui de acordo com os interesses deles. Em seguida, apresente a proposta da sequência e diga que eles vão ler vários contos contemporâneos e compará-los com as versões clássicas. Sugira também uma busca, na biblioteca da escola ou da cidade, de outros livros de contos modernos e clássicos para compor o acervo da sala durante o trabalho. É importante organizá-los de modo que o espaço fique convidativo para a leitura. Verifique na escola os títulos de contos de fadas entre os livros enviados pelos projetos do Ministério da Educação (MEC). Conte também que, no fim da sequência didática, eles serão convidados a ler uma história para outra turma da escola. É importante que essa decisão seja tomada logo no começo do trabalho. Não se esqueça de avisar o grupo escolhido com antecedência. 3º BIMESTRE
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ETAPA 2 – Conhecendo contos contemporâneos e comparando-os aos clássicos O objetivo da etapa 2 é conhecer versões contemporâneas de contos clássicos e fazer a comparação entre eles. A apreciação proposta e as análises sugeridas terão como foco as características
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dos personagens, episódios das tramas e cenários em que se passam as histórias. É possível observar algumas regularidades nas versões modernas: • As características físicas ou psicológicas dos personagens, em geral, são modificadas. • A história traz novas versões para um acontecimento – às vezes ela é re-
contada, por exemplo, para contemplar o ponto de vista de um personagem. • O ambiente no qual se desenvolve o enredo muda. Existem ainda muitas outras modificações possíveis e é essa riqueza de possibilidades que você deve considerar ao selecionar os contos que serão lidos com os alunos.
2A Que história é essa? A proposta aqui é introduzir da maneira mais atrativa possível o trabalho que será desenvolvido. Para isso, a atividade começa com a apresentação de Flávio de Souza, autor da coleção Que história é essa?, composta de livros baseados nos contos clássicos. É uma forma de contextualizar a atividade, que consiste na leitura de textos desse autor. Na coleção, Souza normalmente transforma em protagonista um personagem desconhecido ou irrelevante do conto clássico em que se baseia a história. O caráter lúdico se revela quando o leitor precisa descobrir a qual conto de fadas o texto se refere. As pistas são sutis. Aparecem ao longo do texto e estão também no próprio título, em letras embaralhadas que, ao serem ordenadas, compõem o nome do conto original. Para iniciar essa aula, você pode apresentar informações a respeito de Flávio de Souza, além de ler o enunciado da atividade e a quarta capa (contracapa) do volume 1 do livro Que história é essa?. Esse texto está reproduzido no Caderno do aluno. Instigue as crianças a querer conhecer a obra, motivando-as a ouvir a leitura. Depois da apresentação e antes de ler o texto A bordadeira, pergunte se elas se lembram de alguma bordadeira em um conto de fadas. Ajude-as a pensar em qual história conhecida poderia ter uma bordadeira, talvez uma que tenha princesa ou rainhas, madrastas, reis que queriam se vestir com as mais lindas roupas. Instigue-as a pensar onde uma bordadeira se encaixaria.
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Além disso, chame a atenção para o título Ride Caale Bamoda, ou A bordadeira. A primeira parte soa estranha. Pergunte aos alunos o que parece, mas não antecipe nada nesse momento. No final da leitura, se eles não perceberem, você poderá explicar que se trata do título da história original em que o autor se baseia (A bela adormecida), mas com as letras embaralhadas. Ainda antes de ler, combine com os alunos que o conto clássico só será revelado depois que você tiver terminado a leitura. Assim, todos têm chance de descobrir. Após a leitura, inicie a discussão perguntando se descobriram o conto de fadas em que há a participação de uma bordadeira. Quando revelarem o nome da história, instigue-os a pensar em quais foram as pistas que o autor ofereceu para que eles pudessem descobrir o conto original. Nesse momento, retome a leitura dos trechos que os alunos citarem e verifique se há informações relevantes. Caso não tenha, leia outros trechos. As pistas são diversas e a confirmação de que a história é A bela adormecida se dá perto do final. Antes, porém, o texto traz alguns acontecimentos como o aniversário de uma princesa; várias picadas de agulha no dedo da bordadeira; o cenário em que ela bordava, um quarto isolado; o cansaço que sentia e que de repente desapareceu; o surgimento do príncipe e a entrada dele no castelo, pela janela; e a princesa adormecida que acorda com o beijo do príncipe. Todos esses detalhes vão revelando aos poucos a história de A bela adormecida. Voltar a esses trechos é muito importante para tornar mais explícitas essas pistas que o autor oferece ao leitor. Na conversa, retome algumas das antecipações feitas no início e valide ou não as informações ajudando os alunos a perceber que, durante o texto, aquilo que foi antecipado vai se modificando com base em novas informações incorporadas. É necessário, enfim, evidenciar 3º BIMESTRE
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o papel da verificação como ação que ajuda a refinar a antecipação. Após a discussão, escreva o título no quadro com letra de fôrma maiúscula e instigue os alunos a pensar no que está escrito nas primeiras palavras: Ride Caale Bamoda. Dê um tempo para que pensem e, se não conseguirem chegar a nenhuma ideia, diga que as letras estão relacionadas à história do
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conto de fadas original, mas estão fora de ordem. Se mesmo assim ninguém descobrir, comece a organizar as primeiras letras e complete o título, caso ninguém consiga. Para mais orientações sobre os três momentos de leitura – o antes, o durante e o depois –, consulte a sequência Seguir um autor, no caderno do primeiro bimestre (páginas 50 e 51).
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2B Leitura e análise do conto Chapeuzinho Vermelho Chapeuzinho Vermelho, um dos contos mais populares que existem, conta com inúmeras variações no mercado editorial. Por isso, esse conto de fadas foi escolhido para encaminhar as discussões propostas. Charles Perrault (1628-1703) foi o primeiro a escrever a história, em 1697. Na versão dele, o conto termina quando o lobo devora Chapeuzinho Vermelho. Muitos outros autores escreveram versões da história. Entre eles figuram nomes como Felix Summerly (1808-1882), Madame de Chatelain (1807-1876) – provavelmente desconhecidos pelos alunos – e os Irmãos Grimm, Jacob (17851863) e Wilhelm (1786-1859). A versão dos Grimm, talvez a mais conhecida no
mundo, introduz o caçador que salva a menina e tira a avó da barriga do lobo. Essa variedade enriquece o debate que se fará após a leitura. Selecione alguns livros de Chapeuzinho Vermelho e leia uma ou duas versões para os alunos. Mas atenção: existem títulos no mercado em que a história é muito resumida. Evite usar esse tipo de livro, geralmente com pouquíssimo texto. Nele, o enredo empobrecido, as informações muito sintéticas e as ilustrações estereotipadas são de pouca utilidade para o trabalho de ampliar e enriquecer o conhecimento e o repertório dos alunos quando o objetivo é fazer com que eles teçam comparações com as versões contemporâneas do conto. Para isso, é fundamental também que os alunos conheçam as versões clássi-
cas. Esta atividade propõe uma análise das características de Chapeuzinho Vermelho. Como ela é, suas qualidades e o que faz na história. Por isso, antes de ler o conto, proponha uma conversa a respeito disso e retome essa análise após a leitura para completar com as informações necessárias. É fundamental discutir a ingenuidade do personagem. É devido a essa característica que ela dá atenção ao lobo e segue pelo caminho mais comprido. Há uma pergunta no Caderno do aluno a respeito disso. Caso as crianças não saibam o significado da palavra ingênua, incentive-as a buscar na própria pergunta a explicação para a dúvida. Ajude-as a observar que Chapeuzinho é, sim, ingênua, e uma forma de tornar isso mais claro é voltar ao texto e reler trechos que mostrem tal característica. Deixe que os alunos sugiram o que reler e caso não cheguem a um consenso ou a algum episódio mais significativo, leia um e pergunte a opinião deles sobre o lugar em que aparece a ingenuidade da personagem. Os melhores trechos são as conversas de Chapeuzinho com o lobo, na floresta e na casa da avó. Algumas sugestões de livros para utilizar nessa aula: • Livro de histórias, Georgie Adams, Ed. Companhia das Letrinhas. • Contos de fadas, Perrault, Grimm, Andersen & outros, Ed. Zahar. • Volta ao mundo em 52 histórias, Hildegard Feist, Ed. Companhia das Letrinhas. • Contos maravilhosos infantis e domésticos – 1812-1815, Jacob e Wilhelm Grimm, Ed. Cosac Naify.
Mateus Severino da Silva EM Piratini 3º BIMESTRE
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2C Leitura de um conto contemporâneo Aqui os objetivos são conhecer uma versão contemporânea de Chapeuzinho Vermelho e propor uma comparação entre as versões clássica e moderna. Para atender ao primeiro objetivo, siga as orientações dadas no caderno do primeiro bimestre (páginas 50 e 51), sobre os três momentos imprescindíveis para realizar a leitura do livro. Além disso, leve em consideração a qualidade literária ao selecionar a obra que será lida aos alunos. Existem livros como Chapeuzinhos coloridos (José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, Ed. Alfaguara), em que a protagonista continua ingênua e o que muda é a cor do chapéu, o que leva para avó e o desfecho com o lobo. Muitas coisas podem mudar em versões modernas dos contos de fadas. Nesse livro, especificamente, a estrutura do conto tradicional é mantida. As variações acontecem no modo de agir de
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Chapeuzinho e de outros personagens que aparecem. Outras versões, porém, trazem um personagem nada ingênuo e não seguem a estrutura do conto tradicional, como acontece no livro Uma Chapeuzinho Vermelho (Marjorane Leray, Ed. Companhia das Letrinhas). Nessa obra, ela é tão esperta que engana o lobo com uma bala envenenada. Uma terceira opção a ser considerada é A verdadeira história de Chapeuzinho Vermelho (Agnese Baruzzi, Ed. Brinque Book), em que o lobo pede a Chapeuzinho que o ensine a ser bonzinho. Escolhido o título e feita a leitura, inicie uma discussão com o objetivo de comparar as versões. Retome a análise feita de Chapeuzinho na aula anterior e pergunte aos alunos se as características mudaram ou permaneceram iguais. Instigue-os a enumerar o que mudou e o que continuou semelhante. Note que, dependendo do livro lido, as análises poderão tomar rumos diferentes.
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2D Leitura de indicações literárias Para iniciar esta atividade, relembre com os alunos o conto Os três porquinhos. A história já foi trabalhada no caderno do primeiro bimestre. Se for ne-
cessário, antes de iniciar essa proposta, retome-o ou leia uma versão clássica que você tenha na escola, respeitando a qualidade já mencionada. Em seguida, apresente duas indi-
cações literárias de livros que trazem como referência o conto Os três porquinhos. Leia uma indicação de cada vez e pergunte aos alunos se já conhecem tal obra e se ficaram com vontade de lê-la. Se a resposta for afirmativa, questione o que chamou a atenção deles e os motivos que os fizeram querer ler. Depois de ler as duas indicações, pergunte qual eles escolheriam para ler primeiro. Justificar as escolhas é fundamental e contribui na formação leitora dos alunos, pois exige que selecionem informações e argumentem. Se você tiver esses livros, leia o que foi mais apreciado pelo grupo e dê continuidade à discussão na próxima atividade. 3º BIMESTRE
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2E Leitura de um conto contemporâneo Para realizar esta atividade, siga as orientações dadas no caderno do primeiro bimestre (páginas 50 e 51) para
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a leitura das histórias considerando as três etapas sugeridas. Nessa atividade, especificamente, utilize as três perguntas iniciais para promover antes da leitura uma discussão que retome
brevemente o conto clássico, seus principais episódios e as características dos personagens. Peça que os alunos antecipem pelo título e pela ilustração da capa do livro o que acontecerá na história que você lerá. Depois da leitura, a proposta é refletir sobre o que se mantém e o que se diferencia entre as versões clássica e contemporânea. No livro A verdadeira história dos três porquinhos! o lobo assume o papel de vítima porque, de acordo com esse enredo, a intenção dele ao visitar os vizinhos porquinhos seria pedir uma xícara de açúcar, mas, como estava muito resfriado, espirrou e a casa desabou. Nessa versão, a característica do lobo é mudada. Ele deixa de ser o malvado e passa a agir de acordo com as circunstâncias. Como a casa caiu e o porquinho estava morto, ele não poderia desperdiçá-lo. Já no livro Os três lobinhos e o porco mau há uma inversão de papéis entre os personagens. O vilão é um porco grande e forte, enquanto os lobinhos são dóceis e meigos. Além das características dos personagens serem diferentes, as mudanças ocorrem também em relação aos materiais utilizados para construir as casas. No entanto, o cenário permanece igual em ambas as versões. Outro livro que pode ser utilizado nessa aula, caso tenha acesso, é Os 33 porquinhos (José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, Ed. Alfaguara).
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2F Leitura do conto João e o pé de feijão Nesta atividade, será realizada a leitura da versão tradicional do conto de fadas João e o pé de feijão. O objetivo é dar a oportunidade aos alunos de relembrar ou conhecer a história e também de analisar alguns episódios concentrados do meio para o final do conto, mais especificamente os acontecimentos da vida de João depois que sua mãe joga os feijões pela janela. Levante com os alunos os episódios e deixe registrado em um cartaz. Algumas versões apresentam: • Arremesso dos feijões pela janela e nascimento de um imenso pé de feijão. • Ida de João à casa do gigante e o roubo da galinha dos ovos de ouro. • Volta de João para sua casa e entrega da galinha para a mãe. • Ida de João à casa do gigante e o roubo das moedas de ouro. • Volta de João para casa e a entrega das moedas para a mãe. • Ida de João à casa do gigante e o roubo da harpa mágica. • Volta de João para casa e o corte do pé de feijão. Em algumas versões, João se casa com uma princesa. Se você ler outra história que tenha esse final, coloque também nos episódios. Se a ordem dos acontecimentos mudar, tome como referência para a escrita dos episódios o conto que os alunos mais apreciaram. Como dito anteriormente, a escolha de uma obra de qualidade é essencial. Tente trabalhar com algum dos seguintes livros: • Livro de histórias, Georgie Adams, Ed. Companhia das Letrinhas. • Contos de fadas, Perrault, Grimm, Andersen & outros, Ed. Zahar.
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2G Leitura do conto João e o pé de feijão-branco A atividade tem como proposta a leitura de uma versão contemporânea de João e o pé de feijão com os alunos acompanhando o texto no caderno. A comparação prevista nesta etapa é dos episódios que tratam dos acontecimentos da vida de João depois que sua mãe joga os feijões pela janela. Na história lida há uma grande mudança, porque os feijões não caem na terra, e sim num balde. Portanto, não podem germinar. João recolhe os feijões e tenta encontrar alguém que os queira. O fazendeiro aparece como um personagem a mais, que troca os feijões por vacas. João termina a história com as vacas dando muito leite, enquanto o fazendeiro é comido pelo gigante. Afinal, os feijões eram mágicos mesmo. Os episódios deste final são: • Feijões caem num balde quando são arremessados pela mãe de João. • Troca dos feijões por sete vacas. • Notícia de um enorme pé de feijão ter nascido na fazenda. • Desfecho do fazendeiro. • Desfecho de João. As mudanças são muitas e o que permanece na história são poucos acontecimentos: os feijões são mágicos, por isso cresce um enorme pé de feijão, e há um gigante que mora no final dele. O restante do enredo é todo modificado. Promover essas comparações, relendo trechos e discutindo detalhes das histórias, desperta um olhar mais reflexivo e contribui fortemente para a formação do leitor literário. No livro utilizado para esta atividade, há dez versões diferentes para o final e as mudanças são variadas. Caso tenha esse livro, vale a pena ler mais algumas com os alunos e propor análises como as feitas aqui. 3º BIMESTRE
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2H Leitura de Branca de Neve e análise do conto Como nas atividades anteriores, a proposta aqui consiste em relembrar o conto Branca de Neve e os sete anões para poder analisar, na aula seguinte, as mudanças feitas no conto original. Para isso, leia em voz alta uma versão bem escrita e considere as referências abaixo como bons modelos. Se tiver mais de um livro que contenha a história, faça a leitura comparando as duas versões. Quanto mais os alunos ouvirem o conto, mais poderão pensar sobre ele e sobre as mudanças que o enredo sofre em outras versões mais contemporâneas. O foco da conversa apreciativa é discutir o final da história, porque estão nessa parte os episódios que serão fru-
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to de análise, e observar as diferenças e semelhanças. Caso você leia outras versões do conto clássico, é interessante promover também uma conversa sobre as semelhanças e diferenças que ocorrem nos episódios. Algumas sugestões de livros para utilizar nessa aula: • Contos de fadas, Perrault, Grimm, Andersen & outros, Ed. Zahar. • Volta ao mundo em 52 histórias, Hildegard Feist, Ed. Companhia das Letrinhas. • Contos maravilhosos infantis e domésticos – 1812-1815, Jacob e Wihelm Grimm, Ed. Cosac Naify. • Contos de princesas, Su Blackwell, Ed. Martins Fontes. • Contos de fadas: edição comentada e ilustrada, Maria Tatar, Ed. Zahar.
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2I Leitura do desfecho de um conto contemporâneo Para realizar a comparação do conto Branca de Neve e os sete anões com uma versão contemporânea, foi escolhido o livro Branca de Neve e as sete versões, de Torero e Pimenta. Como o próprio título diz, há sete versões de histórias da Branca de Neve e o leitor faz escolhas a todo o momento para decidir qual caminho seguir ao longo do enredo. A parte escolhida, que está no Caderno do aluno, traz um
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dos possíveis encerramentos para o conto. Caso a escola tenha esse livro, faça a leitura na íntegra com as devidas escolhas das crianças pelo caminho a ser seguido. Antes da leitura, peça que elas antecipem os possíveis acontecimentos da história. Já foi informado que o caçador será o grande salvador da princesa, mas o que irá acontecer com os dois? Eles se casarão? Antecipar e depois verificar as hipóteses levantadas é fundamental na formação do leitor, por-
que são capacidades de compreensão que todo leitor proficiente põe em ação quando lê. Após a leitura, a conversa precisa centrar nas mudanças ocorridas e nas impressões pessoais dos alunos em relação a isso. Pensar o que se manteve do conto pode ser uma boa situação de reflexão e análise do enredo. Outras histórias poderão ser usadas nesse momento. Se tiver livros que se encaixam na proposta, leia para os alunos e discutam o que é colocado como foco de análise para essas leituras. O livro Pretinha de Neve e os sete gigantes (Rubem Filho, Ed. Paulinas) foi citado pelos professores representantes do Grupo de Trabalho Regional (GTR) e pode ser uma ótima opção de leitura.
CONTOS DE ONTEM, CONTOS DE HOJE - CADERNO DO PROFESSOR
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2J Curiosidades dos contos de fadas A atividade tem como proposta conhecer algumas curiosidades dos contos de fadas. Leia cada uma e pergunte se os alunos já conheciam essas versões, se conhecem outras e instigue-os a comentar suas impressões a respeito dessas informações.
Monique Santas Silva EM Barão do Rio Branco 3º BIMESTRE
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ETAPA 3 – Finalização A etapa 3 tem como propósito realizar um encerramento para a sequência de forma que os alunos compartilhem conhecimentos bem como suas
preferências como leitores. Além disso, eles precisam se preparar para a leitura de um conto que será feita para uma outra turma.
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3A Preparação para apresentação A atividade tem como objetivo preparar a leitura a ser feita para outra turma. Para organizar os alunos, forme grupos com base na competência leitora de cada um. É necessário ter pelo menos um leitor que apresente certa fluência em cada grupo. Se tiver mais leitores, você pode formar duplas ou
trios ou ainda propor a divisão do texto para que cada um leia um trecho. Com o agrupamento feito, é o momento de ensaiar a leitura e combinar quando e como farão a apresentação. É importante, antes do evento, pedir que cada grupo realize a leitura para os colegas da classe. Assim, eles poderão ajudar indicando o que é preciso me-
lhorar, tal como ler mais alto para que todos escutem, treinar a leitura para ler com um ritmo mais adequado ou, ainda, para fazer a entonação de modo a ressaltar a fala dos personagens, entre outros. É importante criar um clima de cooperação, em que o grupo submetido à avaliação dos colegas sinta-se respeitado e possa perceber os pontos positivos da leitura, mas também o que precisa melhorar. No dia marcado, combine que cada grupo fará a leitura para um pequeno número de alunos da turma escolhida, ou seja, a classe escolhida será dividida de forma que fiquem alguns alunos com cada grupo leitor. No final, façam uma roda com todos para que os alunos convidados expressem suas impressões sobre a leitura realizada.
bém ouvir as preferências literárias dos alunos. Aproveite esse momento para promover uma autoavaliação considerando se a participação das crianças
foi efetiva nas atividades propostas. Comente também sua avaliação dessa participação e dos avanços na aprendizagem que você observou. Para avaliar as aprendizagens de cada estudante, retome os objetivos colocados no início da sequência de modo a identificar: • Quais saberes foram construídos e precisam ser aprimorados e por quais alunos. • Quais saberes ainda não foram construídos e por quais alunos. • Se os alunos pedem para ouvir novamente os contos lidos em outros momentos. Essa avaliação lhe permitirá planejar e considerar os conteúdos relacionados à formação de leitor que precisam receber uma maior atenção nos próximos meses.
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3B Roda de encerramento O objetivo da roda de encerramento é conversar sobre as aprendizagens construídas ao longo do trabalho e tam-
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ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA - CADERNO DO PROFESSOR
análise e reflexão sobre a língua pág. 37
COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS
• Aprendam a separar as palavras ao escrever um texto.
• Compreendam que nasais têm marcas gráficas próprias. • Compreendam que as marcas gráficas têm certa variedade: NH, til (~), M, N. • Façam uso do conhecimento recente das marcas de nasalização em situações de produção e revisão de textos.
• Dez aulas.
TEMPO ESTIMADO introdução
Ao longo do primeiro e do segundo bimestres, o conteúdo privilegiado para o eixo de análise e reflexão sobre a língua foi a compreensão do sistema de escri-
ta e, para tanto, muitas propostas foram realizadas, principalmente na sequência Brincadeiras cantadas e nas atividades do bloco de leitura e escrita Álbum de animais. Com esse trabalho, é tempo de vários alunos já terem alcançado a escrita alfabética. Por essa razão, um estudo voltado para a ortografia será introduzido agora, no terceiro bimestre. Trata-se de um conteúdo necessário para que os alunos continuem avançando na apropriação da escrita. É importante frisar, contudo, que somente os alunos com escrita alfabética podem realizar esta parte do caderno. Os que ainda não leem e escrevem convencionalmente estão centrados em uma reflexão que tem como foco quais letras usar, quantas e em que ordem. Em outras palavras, somente os que já compreenderam o funcionamento do sistema de escrita apresentam condições de refletir sobre a ortografia, inclusive porque já começam a se questionar sobre as diferentes possibilidades de escrever. A proposta é apresentar aos alunos as escritas das nasais, mas sem ter como meta que saibam usar convencionalmente o M e o N, porque essa é uma regularidade contextual que será discutida no 3o ano. Além dessa discussão, uma parte do bloco foi reservada para iniciar a reflexão sobre a segmentação do texto em palavras. É comum que alunos recém-alfabetizados escrevam palavras emendadas. Quando escrevem alfabeticamente, eles começam a se preocupar em separar um texto em palavras, ora aglutinam, ora separam as palavras. Às vezes até demais. A sugestão é de que as propostas desenvolvidas aqui sejam feitas em paralelo com as atividades de Jogos africanos, para que as discussões realizadas possam ser utilizadas ao longo da produção e revisão de textos de modo a contribuir para a legibilidade do material produzido. 3º BIMESTRE
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PARTE 1 – Escrita de nasais As atividades 1 a 5 focam numa sequência de propostas cujo objetivo é colocar aos alunos as questões da escrita da nasal. É importante lembrar que isso
ainda não foi apresentado a eles e que mostrar a existência da nasal não basta. A proposta pretende fazer com que eles percebam que há diferentes formas de registrar as nasais.
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o ditado enquanto todos não tiverem terminado de escrever. Pai Francisco Pai Francisco entrou na roda Tocando seu violão Balalam bam bam Vem de lá seu delegado E Pai Francisco foi pra prisão Como ele vem todo requebrado Parece um boneco desengonçado.
1 A atividade está dividida em duas partes: Na primeira, organize a turma em duplas de alunos com escrita alfabética. Peça que escrevam, num dos cadernos escolhido por eles, o texto a seguir, que você vai ditar. Dite pausa-
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damente, mas sem separar as palavras em sílabas. É sempre bom orientar que não fiquem pedindo que repita, porque isso pode atrapalhar o restante do grupo. Combine que sempre irá repetir o trecho ditado para aqueles que perderam alguma parte e que não continuará
Na segunda parte, terminado o ditado, a proposta é que os alunos ditem o texto que escreveram, palavra por palavra, letra por letra. É possível que ditem várias palavras com erros ortográficos. Nesse caso, diga a forma correta e escreva no quadro. Mas atenção: você só vai parar e colocar em discussão os erros que eventualmente apareçam nas escritas das nasais. Por exemplo, na escrita de Francisco, pode ser que as crianças, ao ditar as letras, escrevam Fracisco. Se isso ocorrer, você deve apontar o erro e perguntar: • Como fazemos para ficar Francisco? A ideia é colocar a escrita das nasais em discussão para que os alunos pensem nas diferentes formas de escrevê-las. Não se esqueça de que, no limite, você é informante da escrita correta. Esse movimento que vai da escrita para a leitura é muito importante. Ao ditar as palavras, letra por letra, os alunos estão pensando sobre como se escreve. E é na discussão das diferenças que eles as reconhecem.
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2 Nesta atividade, você deve seguir a mesma orientação da anterior, mas agora com um novo texto. Na parlenda abaixo, estão marcadas as palavras que devem ser discutidas, caso os alunos apresentem formas diferentes de escrevê-las. Se avaliar que para sua turma é necessário realizar mais uma vez essa proposta, utilize o texto As três galinhas, que segue logo abaixo de Salada, saladinha. Salada, saladinha Salada, saladinha Bem temperadinha Com sal, sem sal Cebola, colorau Pula dentro, pula fora, estica a corda E vai embora As três galinhas Três galinhas a cantar vão pro campo passear Uma à frente é a primeira, Logo as outras em carreira Vão assim a passear, os bichinhos procurar.
Gabriel Santos Braga EM Casa da Amizade 3º BIMESTRE
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moravam, eram, homem, pegaram, uma, um
juntas, desconfiada, maldizente, mundo, quando, dentro, metendo, sacudindo, espalhando, príncipe, sentou, conversar, inveja
3 A atividade tem como objetivo observar as diferentes formas de grafar a nasal. Os alunos devem identificar, na história O papagaio real, palavras que apresentam marcas de nasalização. Esta atividade apresenta duas tarefas: a primeira é identificar as palavras que têm nasais e grifá-las. A segunda é classificá-las pelo tipo de marca de nasalização e encaixá-las na tabela.
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tinha, banho
Em relação à primeira, se eles não acharem todas as palavras não tem problema. Incentive-os, durante a proposta, a procurar mais e oriente-os a tomar como referência a discussão da aula anterior. No momento de socializar as palavras, você pode dizer todas e pedir que marquem no texto, para quem não o fez. Em relação à segunda tarefa, a
irmãs, irmã
ideia é que eles se deem conta de que é possível marcar a nasalização com as letras N, M, NH e o til (~). Caso eles escrevam uma palavra de forma errada, sem usar as letras M e N, você deve informar. Se o erro for apenas de troca do M pelo N, ou vice-versa, não é necessário fazer a correção, já que essa questão não é o foco do trabalho nesse momento.
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4 Esta atividade também está dividida em duas partes. Na primeira, organize a turma em quartetos e peça que grifem as palavras que tenham marcas de nasalização. Esta atividade pode ajudar na hora de avaliar o que eles aprenderam e em que precisam avançar. Registre no seu caderno de acompanhamento dos alunos para que possa planejar mais situações semelhantes às da atividade 1 (ditado) e, assim, ajudar os que precisarem. No segundo momento, organize a turma num único grupo para que cada quarteto possa contar quais palavras grifou. Discuta com o grupo as palavras que não coincidiram seguindo as orientações dadas na atividade 1 deste bloco.
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5 Para saber o que seus alunos sabem em relação ao uso das nasais, proponha uma atividade em que é necessário identificar algumas palavras escritas sem a marca de nasalização. Trata-se de um jogo dos cinco erros. Após a seleção das palavras, os alunos precisam copiar de forma correta no caderno. A análise pode acontecer em dois sentidos: no primeiro, constatar se os alunos conseguem identificar as palavras escritas em que faltam as marcas da nasal; e, no segundo, se eles conseguem corrigi-las. Outra variável a se considerar é a quantidade de palavras. Eles conseguiram identificar e corrigir as cinco palavras? Entre três e quatro? Ou menos de duas? Dependendo do resultado, avalie a necessidade de retomar alguma passagem do bloco. 3º BIMESTRE
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PARTE 2 – Segmentação do texto em palavras As atividades 5 a 9 se referem a um conteúdo que será iniciado neste bimestre: a separação do texto em palavras. Algumas orientações são gerais para este trabalho: • Garantir que os alunos saibam o que está escrito, pois como as palavras es-
tão todas aglutinadas pode ser difícil ler o texto e isso dificultaria a tarefa. Por isso, leia em voz alta todas elas na ordem correta e explique o enunciado e as ações que eles realizarão. • Oferecer a informação da quantidade de palavras em cada proposta. Com esse apoio, eles usarão algumas estratégias para poder segmentar. • Pedir que usem a barrinha é um meio
de facilitar a tarefa, já que é mais fácil apagar e recolocar esse símbolo em outros lugares que desejarem. • Agrupar a turma em duplas, para que um colega possa ajudar o outro. Porém, em alguns momentos, os alunos serão convidados a pensar sozinhos sobre a segmentação. Considere como critério para formar duplas produtivas a competência leitora dos alunos.
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6 O foco desta atividade está na separação do texto em palavras. Para a realização do ditado foram escolhidas duas sugestões. Você pode escolher uma delas ou mesmo realizar a proposta mais de uma vez, alternando o uso de cada uma. Organize os alunos em duplas e faça o ditado, seguindo os mesmos cuidados já indicados na atividade 1 deste bloco. Após os alunos realizarem a atividade, peça que contem as palavras que escreveram e anotem na margem. Certamente haverá diferença nas quantidades encontradas. Guarde os resultados para retomar após a próxima atividade.
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Texto 1 “Espelho espelho meu, diga se há no mundo alguém mais bela do que eu?” E o espelho respondeu: “Não, minha rainha, tu és a mais bela.”
Texto 2 “Porquinho, porquinho, deixe-me entrar.” “Não, não, pelos fios de minha barba, aqui você não vai entrar.”
“Então vou soprar, e vou bufar, e vou sua casa arrebentar.” Terminados o ditado feito por você e a contagem, os alunos se verão diante de um novo problema: eles não encontraram um número único de palavras. Peça então que eles ditem o texto que escreveram, palavra por palavra, indicando os espaços entre as palavras. A decisão sobre onde dividir o texto em palavras é o que deve ser discutido entre eles. Você só deve interferir quando não chegarem a um acordo ou quando chegarem a um acordo errado.
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7 A atividade tem como proposta segmentar em palavras o título das histórias. Depois que os alunos copiarem os títulos já separados, peça que coloquem a quantidade de palavras que encontraram ao lado de cada título. A presença de artigos gera um conflito cognitivo, pois é necessário lidar com a ideia de que é possível escrever uma palavra com uma única letra ou mesmo duas, caso de algumas preposições. Isso contraria a ideia de que as palavras precisam ter uma quantidade mínima de letras que ajudaram os alunos a se alfabetizar. Incentive-os a compartilhar as diferentes ideias que têm acerca das possíveis formas de separar o título em palavras. Depois da discussão e correção, peça que os alunos escrevam o título. Repita o processo com os demais. 3º BIMESTRE
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8 A proposta é parecida com a das anteriores, mas aqui a escrita representa o texto de um aluno que ora separa, ora aglutina as palavras. Comunique essa diferença e explique que é possível usar um novo símbolo para unir as palavras, um traço. Observe que foram aglutinadas as palavras que geralmen-
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te representam desafio para os alunos, as monossílabas, e foram separadas palavras cujas partes têm significado independente. Circule pela sala e observe a reflexão que as duplas fazem, problematize algumas falas e leia normalmente o texto para os alunos. Após a correção, peça que o escrevam.
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9 A atividade consiste em pedir que os alunos leiam o objetivo do jogo Mancala e depois separem em palavras. O desafio aqui é muito próximo do da atividade 7, porque tem a presença do artigo O e da preposição DE, comumente aglutinados a outras palavras na escrita das crianças. Durante a atividade, deixe os alunos trabalharem e ajude somente quando for solicitado. No momento da correção, problematize as diferentes formas encontradas por eles ao segmentar o texto. Depois peça que escrevam o objetivo do jogo.
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10 A última atividade refere-se novamente a separar uma parlenda bastante conhecida pelos alunos. Como nas propostas anteriores, esta traz preposições, artigos e pronomes que podem ser alvo de reflexão na discussão coletiva no final da proposta. Se achar necessário, se ainda houver muitas crianças grudando (hiposegmentando) ou hipersegmentando o texto, promova mais algumas propostas como essas. Considere também que, ao longo das produções, a segmentação poderá ser foco de revisão e isso permitirá avanços na aprendizagem. 3º BIMESTRE
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11 Para saber o que sabem os seus alunos sobre a segmentação do texto em palavras, a atividade proposta é muito próxima à que foi feita na atividade 10: uma pequena parlenda para segmentar. Verifique se as crianças conseguem separar adequadamente as palavras e quais são as dificuldades que persistem. Pode ser que elas ainda não separem as preposições e os artigos, ou seja, as monossílabas. E pode ser que façam a segmentação incorreta dos substantivos. Avalie qual é o maior foco de inadequações e retome algumas propostas deste bloco para oferecer mais algumas oportunidades para refletir sobre esse conteúdo.
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tempo estimado • 12 aulas.
produto final
• Jogo de dominó com nomes de praias de Salvador. • Mural de desenhos e curiosidades sobre as praias de Salvador.
material
• Letras móveis. • Papel pardo. • Textos com informações sobre praias de Salvador, como revistas e guias de turismo. • Crachá com o nome dos alunos. • Lista com o nome das crianças em letra bastão. • Papel-cartão ou cartolina. • Lápis de cor. • Alfabeto para ser fixado em um local ao alcance dos alunos.
introdução
COM ESTA SEQUÊNCIA, ESPERA-SE QUE OS ALUNOS Considerando somente os que não se apropriaram da escrita alfabética: • Reflitam sobre o sistema de escrita e analisem escritas, convencionais e não convencionais, avançando significativamente em suas hipóteses.
• Consultem outras palavras para escrever ou para ler as que desejam. Considerando somente aqueles com escrita alfabética: • Aproximem-se da leitura com a finalidade de obter informação. • Localizem informações explícitas no texto. • Comuniquem as informações localizadas.
Desde o primeiro semestre, tem sido reforçada a importância de os alunos serem convidados a participar, todos os dias, de situações que promovam a reflexão sobre o funcionamento do sistema alfabético de escrita. Para intensificar ainda mais essa reflexão, este bloco de leitura e escrita contempla outras atividades que a potencializam de maneira contextualizada a fim de que as crianças avancem nos conhecimentos sobre o sistema alfabético de escrita. O encaminhamento das atividades a seguir tem a mesma lógica proposta para o Caderno do aluno trabalhado no segundo bimestre: quem ainda não compreendeu o sistema alfabético de escrita terá como tarefa escrever o nome de diferentes praias de Salvador para, no final, elaborar um jogo de 3º BIMESTRE
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dominó de palavras. Esse jogo pode incorporar o conjunto de materiais da sala e ser utilizado em diferentes momentos da rotina (enquanto parte da turma aguarda o início da aula, os demais colegas finalizarem uma atividade ou ainda durante o recreio). Ao final do trabalho, é interessante que a classe convide alunos de outras turmas para participar de uma rodada de jogos e apreciar o mural organizado com desenhos e curiosidades. Lembrese de que quando as crianças têm um propósito social para a escrita, o desejo de escrever é potencializado. Por que propor construção de jogos na alfabetização inicial? Esse trabalho apresenta dois propósitos significativos. O primeiro é relacionado à didática: a produção de um jogo abre oportunidades para criar boas e desafiantes situações de escrita e faz os alunos refletirem sobre a própria produção (e, consequentemente, fazer os ajustes necessários, de modo a resolver problemas em torno do sistema alfabético de escrita). O segundo propósito é referente ao sentido do próprio jogo como material lúdico que, depois de elaborado, pode ser utilizado pelos alunos, uma vez que o dominó é um jogo de mesa de circulação social que grande parte da turma já conhece. O bloco de atividades é composto de três partes, a saber: • Parte 1 Destinada a todos, contempla a apresentação da proposta e escrita de lista de nomes das praias de Salvador tendo você como escriba. • Parte 2 Organizada em dois conjuntos de atividades, realizadas simultaneamente: a) Escrita de nomes de praias de Salvador: para alunos com escrita não alfabética. A atividade consiste na escrita em duplas de nomes de praias de Salvador com letras móveis que depois será discutida entre todos. b) Conhecendo as praias de Salvador: desafios para os alunos que já com-
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preendem o sistema alfabético. É um conjunto de propostas de leitura e localização de informação explícita. • Parte 3 Para todos os alunos. Juntos, eles vão organizar o jogo com nomes e o mural com desenhos e curiosidades sobre as praias de Salvador. Durante o desenvolvimento das atividades, ofereça revistas e guias de turismo e textos expositivos sobre praias e lugares interessantes de Salvador para a turma. O material vai contribuir para ampliar o conhecimento das crianças sobre os lugares apresentados. Sugestão de alguns nomes simples de praias de Salvador que podem ser utilizados neste bloco de atividades.
• Caso tenha acesso à internet, a pesquisa de imagens em site de busca é um ótimo apoio para o trabalho, bem como a observação das ilustrações e de fotos de livros e revistas. Todo esse material pode ajudar a enriquecer os desenhos das crianças. A frequência na rotina de propostas como essa, a qualidade das intervenções e a intensa troca de informações e ideias entre os alunos com diferentes saberes ajudam a garantir os avanços na aprendizagem de todos. Por isso, as atividades deste bloco devem ser realizadas duas vezes por semana, durante 40 minutos, no máximo, intercaladas com as demais propostas do Caderno do aluno.
Ribeira Penha Ondina Amaralina Corsário Jaguaribe Piatã Itapuã Flamengo Armação Tubarão Loreto Viração Itamoabo Pontinha Algumas dicas: • Você pode propor a escrita do nome de mais de uma praia e pedir que os alunos escolham um para utilizar no jogo. Pode propor também que escrevam outros nomes de praias que mantenham o critério de ser um nome simples. Note que para essa proposta não é interessante utilizar nomes compostos porque eles apresentam desafios que não contribuem para a aprendizagem dos alunos nesse momento. • É importante pedir, ao longo das atividades, que as crianças façam desenhos das praias e de elementos que as diferenciam. Exponha as produções no mural da sala.
Ruti dos Santos Andrade EM do Uruguai
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PARTE 1 – APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E ESCRITA DE LISTA COM NOMES DE PRAIAS DE
SALVADOR 1 Este bloco de atividades tem início com um convite para jogar dominó. Por
isso, é fundamental disponibilizar um jogo para cada quatro alunos (número ideal de participantes). Se possível, os jogos devem ser de variados tipos: uns podem ter peças numeradas, outros, peças ilustradas com imagens. Compreenda que é importante criar o ambiente para que os alunos joguem com os colegas e acionem os conhecimentos prévios que têm sobre o dominó, uma vez que, mais adiante, será apresentada à classe a proposta de confeccionar um jogo desse tipo com nome de praias de Salvador. Antes de a turma brincar, faça uma roda de conversa sobre o dominó. Pergunte se as crianças conhecem as regras, se já jogaram ou viram alguém jogar. Explore também a quantidade de peças, de modo que todas tenham ideia do que vão ter de produzir em breve. Por fim, organize os quartetos e distribua os jogos. O ideal é que todos joguem ao mesmo tempo. Caso isso não seja possível por causa da falta de material para cada quarteto, organize um revezamento para que todas as crianças joguem pelo menos uma partida.
animais no segundo bimestre, agora vão fazer um jogo de dominó como os utilizados na atividade anterior. Incentive as crianças a produzir, explicando que vão usar o jogo para brincar com outras turmas e, depois, deixá-lo na classe para jogar sempre que possível. Conte que a tarefa delas será
escrever o nome de praias da melhor forma que conseguirem, bem como conhecê-las um pouco mais. Aproveite para explorar as que eles já visitaram e também a discorrer sobre aquelas das quais só ouviram falar, por exemplo. Por fim, peça que os alunos ditem uma lista de nomes de praias de Salvador que podem fazer parte do jogo. Ela deve ser escrita por você em um cartaz a ser exposto em sala. Quando eles estiverem ditando, é possível atender às sugestões de nomes compostos,
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2 O objetivo é convidar os alunos para ajudar a elaborar uma lista com nomes de praias de Salvador. Primeiramente, leia o enunciado em voz alta para começar uma conversa sobre o tema. Reúna a turma em roda e explique que, assim como todos trabalharam na elaboração do álbum de
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como Praia do Forte. Porém, ao usar o cartaz para escolher os que serão trabalhados nas atividades seguintes, selecione somente os simples, conforme já explicado.
Por fim, é fundamental retirar o cartaz da parede sempre que propuser desafios de escrita em duplas para evitar que os alunos recorram a ele e copiem as palavras ditadas por você.
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3 Para encaminhar a proposta, organize os alunos em duplas, de modo que cada uma tenha ao menos um com escrita alfabética ou silábico-alfabética. Assim como no bimestre anterior, todos devem acompanhar a leitura do texto feita por você e, depois, localizar as respostas para as perguntas que você fizer. Algumas sugestões: • Por que Salvador é uma cidade encantadora? • Qual cidade foi a primeira capital do Brasil?
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• Qual contribuição a influência africana deu para Salvador? Oriente todos a trabalhar juntos dessa vez para relembrar a proposta e depois fazer o mesmo com as demais, com mais autonomia. Para que acompanhem o texto sobre Salvador, leia-o pausadamente em voz alta. Converse com as crianças sobre o que compreenderam e incentive-as a estabelecer relações com os conhecimentos que possuem e as situações que já observaram e relataram para os colegas.
Só então peça que elas, em parceria com os colegas, localizem no texto as informações que você solicitar e passem um traço embaixo delas ou circule-as. Você pode solicitar oralmente uma informação por vez ou anotar no quadro a pergunta e orientar que os alunos leitores leiam a pergunta para a classe em voz alta. Quando todos terminarem a atividade, solicite às duplas que, uma de cada vez, falem a resposta e digam onde a localizaram no texto para você registrar no quadro.
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PARTE 2 – Preparação para o jogo Agora você vai trabalhar simultaneamente com propostas focadas nas necessidades dos alunos. Ao mesmo tempo que um grupo realiza a atividade de escrita de nome de praias, o outro (um trio ou uma dupla, depende da quantidade de alunos com escrita alfabética que tiver na sala) vai fazer a atividade de leitura para conhecer mais sobre algumas praias de Salvador. Para os alunos com escrita não alfabética não haverá, nessa parte, espaço no Caderno do aluno para registro das atividades de escrita, pois elas vão ser realizadas com letras móveis e no quadro, assim como já proposto no segundo bimestre. No Caderno do aluno, há um conjunto de textos para ser lido para todos, além de propostas de trabalho de leitura a ser realizado especificamente pelas crianças com escrita alfabética, quando não estiverem participando do momento de revisão das escritas produzidas pelas duplas com escrita não alfabética. Orientações para as atividades de escrita de nomes de praias de Salvador Para organizar as duplas de trabalho formadas por alunos que ainda não compreendem o sistema de escrita e conhecer as intervenções que você pode realizar, tome como referência as orientações do bloco Álbum de animais, presentes no Caderno do professor do segundo bimestre. Para começar, dite o nome de uma praia para as duplas escreverem utilizando letras móveis. Enquanto as crianças estiverem produzindo a escrita, circule pela sala, observando as decisões que estão sendo tomadas referentes às letras que vão utilizar, a quantidade e a ordem delas. Faça algumas intervenções se necessário. Por exemplo, pedir que os alunos leiam o que foi escrito, ajudá-los a resolver alguma dificuldade, validar
um registro ou ainda problematizar alguma ideia que leve as duplas a refletir sobre as escolhas feitas. Depois que todas tiverem finalizado a escrita, com as letras móveis, da palavra ditada por você, peça que uma delas escreva no quadro a produção e leia em voz alta, indicando com o dedo cada pedaço lido. Discuta a escrita com todos (para encaminhar essa estretégia, consulte as orientações dadas no Caderno do professor do segundo bimestre). Em seguida chame uma nova dupla e realize o mesmo procedimento. Repita isso com mais algumas até que as crianças alcancem o melhor modo de escrever a palavra ditada por você. Por exemplo, RIBA para RIBEIRA. Lembramos que o maior objetivo de propostas como essa é o de promover a reflexão sobre a escrita com base na troca de informações entre os colegas. Por isso, caso não cheguem à escrita convencional nesse momento, não há problema, pois haverá uma situação para revisá-la. Anote a escrita a que a turma conseguiu chegar em seu caderno de registros e, então, dite uma nova palavra para as duplas escreverem utilizando as letras móveis. Repita o mesmo procedimento realizado com a primeira palavra. Proponha no máximo a escrita e a posterior reflexão de dois nomes de praia por dia. Na aula seguinte, combine com a turma que vocês vão retomar as escritas discutidas no dia anterior, mas que, para isso, vão contar com a ajuda de alguns alunos para deixar o registro de um jeito que todos possam entendê-lo e, com isso, o dominó possa ser jogado por qualquer pessoa. Nesse momento, oriente os alunos com escrita alfabética a fazer alterações na forma como a palavra foi escrita pelos colegas no dia anterior, desde que expliquem para todos as mudanças que realizarem. Deixe bem claro para eles que o objetivo não é o de corrigir, mas, sim, ir falando em voz
alta sobre as mudanças que estão fazendo. Por exemplo, diga que, no dia anterior, você e alguns colegas pensaram sobre a escrita do nome da praia RIBEIRA e chegaram a RIBA – e escreva no quadro. Antes das alterações, informe à classe as letras que fazem parte da palavra e explique que elas devem ser mantidas. Oriente os alunos com escrita alfabética a escrever a palavra ditada logo abaixo da sua escrita, incentivando-os a dizer cada letra utilizada e as mudanças que entendem ser necessárias. Terminado o trabalho, registre a palavra em um cartaz que vai servir como fonte de consulta no momento da elaboração das peças do jogo de dominó. Faça o mesmo procedimento com a segunda palavra discutida na aula anterior chamando outro aluno com escrita alfabética para participar da atividade. Lembre-se de que para a confecção do jogo são necessárias a escrita, a reflexão e a revisão de sete nomes de praias entre todos da turma.
Jenifer EM João Pedro dos Santos 3º BIMESTRE
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PARTE 3 – Finalização Agora os alunos vão preparar o dominó e o mural. A opinião deles deve ser considerada e é importante que eles tomem as decisões necessárias para editar o material, assim como organizar a sala para jogar. Além dessa
finalização, proponha que todos se reúnam para uma roda de avaliação.
crianças copiem do cartaz elaborado na parte 2 o nome da praia que você irá ditar. Compreenda que, nesse momento, a cópia tem sentido pois torna o jogo um objeto possível de ser jogado por todos. Além do mais, a reflexão sobre a escrita, parte mais importante deste bloco de atividades, já foi realizada nas etapas anteriores.
8 Para realizar a atividade, prepare as peças do jogo de dominó numa cartolina ou papel-cartão. Cada uma delas precisa ter dois espaços em branco (veja o modelo à direita) para que as 3º BIMESTRE
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No dominó, é preciso considerar as combinações entre as palavras em cada peça para que seja possível jogá-lo. Abaixo, um exemplo possível com sete nomes de praias de Salvador para montar a quantidade necessária de peças para o jogo (28). Você pode montar dois conjuntos do jogo para ampliar a
quantidade de crianças que brincam ao mesmo tempo em grupos diferentes. O modelo não deve ser reproduzido: os alunos têm de escrever de próprio punho as palavras ditadas, se apoiando no cartaz para fazer as peças. É esperado que escrevam com letra de fôrma maíuscula, não conforme o exemplo.
Loreto
Loreto
Ribeira
Pituba
Loreto
Itapuã
Ribeira
Corsário
Loreto
Ribeira
Ribeira
Flamengo
Loreto
Pituba
Ribeira
Tubarão
Loreto
Corsário
Pituba
Pituba
Loreto
Flamengo
Pituba
Corsário
Loreto
Tubarão
Pituba
Flamengo
Itapuã
Itapuã
Pituba
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Itapuã
Ribeira
Corsário
Corsário
Itapuã
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Corsário
Flamengo
Itapuã
Corsário
Corsário
Tubarão
Itapuã
Flamengo
Flamengo
Flamengo
Itapuã
Tubarão
Flamengo
Tubarão
Ribeira
Ribeira
Tubarão
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9 Nesta atividade, as crianças vão voltar a trabalhar juntas. Enquanto os alunos com escrita alfabética ajudam na revisão final das peças do dominó que ainda precisarem de ajustes (a turma pode fazer isso individualmente ou em duplas), os demais devem se ocupar da organização do mural com desenhos das praias assim como com textos e imagens sobre esses lugares. Lembre-se de que as crianças com hipóteses próximas devem trabalhar juntas.
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Para finalizar este bloco de leitura e escrita, convide alunos de outras classes para conhecer o jogo de dominó, brincar com a turma e ouvir as explicações das crianças sobre como jogar, assim como as descobertas que elas fizeram sobre as praias estudadas. Por fim, realize uma roda de avaliação sobre este bloco, seguindo as sugestões que estão no Caderno do professor do segundo bimestre (Álbum de animais).
SONDAGEM - CADERNO DO PROFESSOR
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Como já comentado anteriormente, é necessário realizar uma sondagem periodicamente com os alunos que ainda não escrevem alfabeticamente. Para a realização dessa atividade, se for preciso, retome as orientações que estão no caderno do primeiro bimestre. Os alunos deverão escrever as palavras e a frase ditadas na folha que está no fim do Caderno do aluno (reproduzida ao lado). Lembre-se de recolhê-la e anotar o resultado no mapa de acompanhamento que você recebeu no primeiro caderno. Consulte sempre esses registros para planejar as atividades e intervenções e montar os grupos de trabalho. Em caso de dúvida, converse com os colegas e o coordenador para chegar a um consenso. PARA A SONDAGEM DO 3º BIMESTRE LISTA GINÁSTICA FUTEBOL CORRIDA VÔLEI REMO FRASE EU GOSTO DE FUTEBOL.
Renan dos Santos Santana EM Juiz Oscar Mesquita
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ANEXO - CADERNO DO PROFESSOR
anexo jogo dara Abaixo você encontra um jogo chamado Dara. Se tiver tempo e achar pertinente, apresente as regras e convide os alunos para jogar. O tabuleiro está no verso desta página e pode ser copiado por você. Material • 24 peças. • Um tabuleiro. Participantes Dois. Como jogar 1. Inicie o jogo com cada jogador posicionando uma peça por vez no tabuleiro, alternadamente, até terminarem as peças. 2. Movimente uma peça por vez nos sentidos para cima, para baixo e para os lados, mas não para as diagonais. 3. Capture uma peça do adversário quando conseguir posicionar três peças em linha. Quando as peças estão sendo posicionadas para iniciar o jogo, não vale formar a linha. 4. Retire apenas uma peça do adversário por vez, mesmo se formar mais de uma linha em apenas um movimento. 5. Vence o jogo quem conseguir fazer mais linhas. Gustavo Henrique S. Santos EM Juiz Oscar Mesquita
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