Informativo Nossa Senhora do Brasil EDIÇÃO 08 - MAIO/JUNHO-2010

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Na Última Ceia, Jesus, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1). Que “fim” é esse? Para Santo Agostinho, “É o fim que aperfeiçoa, não o que mata; o fim para onde vamos, não onde morremos”. Ora, Cristo amou-nos não somente até o ponto de morrer por nós, mas de doar-Se real e permanentemente na Eucaristia, o “fim” de todas as coisas. Na Cruz foi dócil ao Pai; na Hóstia Santa obedece aos homens. “Deus-Conosco”, na Eucaristia aceita “mais humilhação e aniquilamento do que no estábulo, em Nazaré e na Cruz”. Vive para nós “todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28, 20). A solenidade de Corpus Christi foi criada justamente para lembrar este duplo mistério: o amor extremo do Senhor e a Sua vitória sobre a morte! Expressa ao mundo a adoração prestada a Ele na Missa, com a procissão do Santíssimo Sacramento pelas ruas. Enquanto não manifesta a Sua glória definitiva, Jesus Eucarístico mostra-Se solene e publicamente aos homens. Como “Luz verdadeira, vem aos Seus no mundo” (Jo 1, 10-11). Contudo, “os Seus não O recebem” (idem). Por isso há tanta rejeição às procissões e celebrações eucarísticas públicas. Por isso as seitas detestam esta solenidade e, mesmo entre católicos, há quem a questione. Dizem em seu coração: “não queremos que Ele reine” (Lc 19, 14). Pois, “os reis da terra uniram-se contra o Senhor e o Seu Cristo” (Sl 2, 2).

nesta edição

MUITO MAIS QUE PEDOFILIA Dom Odilo P. Scherer Página 3

DÍZIMO, UM GESTO DE FÉ Faça parte do Dízimo! Página 6

Maria, auxílio dos cristãos, nos ensine a amar e viver intensamente a solenidade dedicada ao “tão sublime Sacramento” de infinito amor.


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CATEQUESE

PARA REFLETIR “Atravessaste, Senhor, o meu coração com uma flecha de amor tão penetrante que bem metida no peito ficou abrasado o ferro dentro da ferida.” Santo Agostinho

A Cristo por Maria Maio, no hemisfério norte, é a época em que os dias se alongam, os jardins cobrem-se de flores e as árvores exalam um perfume fresco. É tempo de promessa, que sinaliza a chegada do verão. Por isso, é considerado o Mês de Maria. Maria é a aurora do Sol da Justiça — Jesus Cristo — que vem iluminar e dar vida à terra. Chamada Rosa Mística, Ela exala o Seu bom odor sobre a criação, extinguindo o ranço de pecado do Éden. No Novo Jardim divino, Ela é o Sinal, o ramo anunciado de Jessé (Is 11, 1) do qual brota o Salvador. Verdadeira Mãe, nos conduz pela mão ao longo de maio. Por meio do Rosário, preparamo-nos com Ela para o encontro com Jesus em junho, mês das solenidades do Sagrado Coração e de

Corpus Christi. Maria não retém nada consigo, entrega tudo a Seu Filho. Este é o percurso essencial da existência cristã: Ela sempre prepara nosso encontro com Deus. A Virgem que “concebeu e deu à luz um Filho” (Is 7, 14) é a mesma que um dia virá “vestida de Sol, tendo a Lua sob os pés” (Ap 12, 1). E, no entardecer desta vida, ao prestarmos contas a Cristo, seremos defendidos por Aquela em quem já confiamos “agora e na hora de nossa morte”. Que a Estrela da Manhã indique e prepare, no mês de maio e sempre, a vinda de Jesus. Somente Ela — nossa esperança, vida e doçura — pode levarnos, depois deste desterro, para dentro do Seu Coração chagado! Por João Bechara Ventura — Seminarista

SANTORAL

Santa Rita de Cássia No dia 22 de maio celebramos a vida santa da esposa, mãe, viúva e depois religiosa que se tornou popular pela sua intercessão em casos impossíveis.

Nascida em 1381 de uma pobre família que muito bem comunicou-lhe a riqueza que é viver o Evangelho, desde pequena manifestava sua grande devoção a Nossa Senhora e confiança na intercessão de São João Batista e de Santo Agostinho. No coração de Rita crescia o desejo da vida religiosa, porém, foi casada pelos pais com Paulo Ferdinando, que de início aparentava boa índole, mas começou a se mostrar grosseiro, violento e fanfarrão. Ela sofreu muito com o esposo, até

que este foi assassinado e isso acabou gerando nos dois filhos gêmeos grande revolta e vontade de vingança. Ela, no entanto, se entregava constantemente à oração e ao testemunho de caridade, tanto que perdoou o esposo e seus assassinos, mas infelizmente perdeu cedo os filhos. Como viúva conseguiu a graça de entrar na vida religiosa. Chagada, e em meio a novas situações humanamente impossíveis, conseguiu superar com a graça de Deus todos os desafios pela santidade.

“Outro Senhor não há no mundo, a não ser Jesus Cristo. A Ele adoro e quero servir, por Ele quero morrer mil vezes. Não há martírio que possa arrancar do meu coração o amor a Jesus Cristo.” São Genésio “Deus prefere deixar-me nas trevas a dar-me outra luz que não seja Ele mesmo.” Santa Teresinha “Se fores aquilo que Deus quer colocareis fogo no mundo.” Santa Catarina de Sena “Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido com Deus.” São Bernardo “Um único olhar sobre a imagem do Crucificado – confessou ela mesma – tira-me toda aflição e suaviza-me o sofrimento.” Santa Escolástica


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VOZ DA IGREJA

Muito mais que pedofilia As notícias sobre pedofilia envolvendo membros do clero difundiramse de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente. Não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca... A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!”. E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”. As palavras dirigidas pelo Papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado. Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja. O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores. Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!”. Inútil divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos. Talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado. Há quem logo tenha a solução, sempre pronta, à espera de aplicação: é só acabar com o celibato dos padres que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem que ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: a maioria

absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo. Ouso recordar algo que pode escandalizar alguns até mais que a própria pedofilia: é preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o valetudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam? As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Essa orientação foi dada há mais tempo pelo Papa Bento XVI, quando ainda era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o Papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja Católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair. A Igreja é como um grande corpo: quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria. Também do clero. Por isso ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à boa notícia: para confortar os doentes; visitar os presos nas cadeias; dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços. Ela continuará ao lado dos

drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados. E continuará a clamar por justiça social e a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo. Ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão, e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um. Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros. Todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro, mas consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso, e ela quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Essa é sua fraqueza e sua grandeza! Dom Odilo P. Scherer — O Estado de S.Paulo


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DEVOÇÃO

Sagrado Coração de Jesus A devoção ao Coração de Jesus existe desde os primeiros tempos da Igreja, que contemplou a crucificação do Senhor, de onde saiu sangue e água do Seu peito aberto pela lança. Desse Coração nasceu a Igreja e por esse Coração foram abertas as portas do Céu. Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: “Beberemos da água que brotaria de Seu Coração....quando saiu sangue e água” (Jo 7,37; 19,35). Na Idade Média começaram a considerá-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-Lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande, Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.). No século XVII estava muito expandida essa devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração. Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos dessa devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja. Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1.000 a 100.000. Umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas. O Apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo,

Consagração das Famílias aos

Sagrados Corações de Jesus e de Maria

passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo. A oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII, por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773). Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: “a festa do Sagrado Coração provocou uma grave mancha sobre a religião”. A Europa oficialmente rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução Francesa e das guerras napoleônicas. Mas, depois da purificação, o continente ressurgiu de novo com mais força que nunca. Em 1856, Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899, Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador já tinha se consagrado em 1874). E a Espanha, em 30 de maio de 1919, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos, onde foi gravada, sob a estátua de Cristo, uma promessa feita por Jesus ao religioso Bernardo de Hoyos em 1733, onde apareceu durante uma oração mostrando-lhe Seu Coração e dizendolhe: “Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes” (até aquela época, parte da América pertencia à Espanha).

Santíssimos Corações de Jesus e de Maria, unidos no amor perfeito, como nos olhais com carinho e misericórdia, consagramos nossos corações, nossas vidas e nossas famílias a Vós. Conhecemos que o belo exemplo de Vosso lar em Nazaré foi um modelo para cada uma de nossas famílias. Esperamos obter, com Vossa ajuda, a união e o amor forte e perdurável que Vos destes. Que nosso lar seja cheio de alegria. Que o afeto sincero, a paciência, a tolerância, e o respeito mútuo sejam dados livremente a todos. Que nossas orações incluam as necessidades dos outros, não somente as nossas. E que sempre estejamos próximos dos sacramentos. Abençoai a todos os presentes e também aos ausentes, tantos os vivos como os defuntos; que a paz esteja conosco e, quando formos provados, concedei a resignação cristã à vontade de Deus. Mantende nossas famílias perto de Vossos Corações; que Vossa proteção especial esteja sempre conosco. Sagrados Corações de Jesus e de Maria, escutai nossa oração. Amém.

QUER SABER MAIS SOBRE O SAGRADO CORAÇÃO? ACESSE w w w . n o s s a s e n h o r a d o b r a s i l . c o m . b r


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LITURGIA

Corpus Christi: tesouro da Igreja

A festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossas almas. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. A festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da Freira Juliana de Mont Cornillon (†1258), que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Aconteceu que quando o Padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isso ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11/8/1264 o Papa aprovou a Bula Transiturus de mundo, onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício

Procissão de Corpus Christi 2008

da celebração. O Papa era um arcediago de Liège e que havia conhecido a Beata Cornilon havia percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos. Em 1290, foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira

quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Todo católico deve participar dessa procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única na qual o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o Seu povo. Começaram assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e foram agraciados por esse momento de fé e celebração. Por Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.com.br


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DÍZIMO

Dízimo, um gesto de fé A primeira coisa que a Bíblia fala sobre as ofertas e o dízimo é que são gestos de fé. Quem tem fé em Deus entende o que significa o dízimo e começa a oferecê-lo à comunidade. Por quê? Porque a Bíblia diz que Deus é o Criador e Senhor de tudo. O homem foi chamado a ser administrador dos bens por Ele. Não somos proprietários desses bens. Somos apenas administradores. Vamos abrir a Bíblia e ver isto em Gênesis, 1,22ss. e 2,15. Quando nos damos conta de que Deus é o Criador e Senhor de tudo e de que nós somos apenas administradores, começamos a entender o significado verdadeiro do dízimo e das ofertas. Reconhecemos o direito de Deus de solicitar que parte dos bens que Ele nos dá seja oferecido para o serviço da comunidade. A lei do dízimo — O povo de Deus, tendo à frente homens de fé, agradecidos ao Senhor e conscientes de que são administradores dos bens e não donos foram organizando o dízimo, que, aos poucos, se tornou lei da comunidade. “O dízimo deve ser oferecido porque pertence a Deus”, diz a Bíblia no Levítico 27,3033. No livro de Números (Num 2,2132), vemos que na distribuição da terra prometida para as 12 tribos de Israel os

levitas não receberam seu pedaço de terra (v. 33). Eles cuidavam do serviço de Deus na comunidade. Os dízimos que as outras tribos deveriam trazer para a comunidade eram para ajudar os levitas, que se dedicavam, em tempo integral, a serviço de Deus, no serviço a todas as tribos. A Bíblia fala do dízimo destinado aos levitas e sacerdotes do templo (ver em Num 18,21-24) e aos levitas itinerantes (Dt 18,1-8), pede um dízimo especial para os pobres (ver Dt 14,28-29; 26,12-15; 12,14-17; 14,22-28). Ela ensina que parte do dízimo é para o trabalho e a promoção dos pobres. Como meros administradores dos bens de Deus não devemos ver o dízimo como uma troca de favores. O dízimo, bem entendido, exclui o egoísmo e integra o amor e a gratuidade. Ele deve ser oferecido com amor, “sem grandes intenções”, sem exigir que a Igreja realize obras para incentivar a participação. Mostrar obras é próprio de políticos, não da Igreja. Devemos participar do dízimo com apenas um sentimento – entrar em comunhão com Deus, participar de Seu plano de Salvação e estar em comum união com a casa de Deus, com Sua vontade e a comunidade.

SANTORAL O DÍZIMO É A MANEIRA JUSTA E NOBRE DE TODOS PARTICIPAREM, PORQUE É VONTADE DE DEUS. COMPROMETA-SE COM NOSSA PARÓQUIA. FAÇA PARTE DO DÍZIMO! CADASTRE-SE NA SECRETARIA PAROQUIAL OU LIGUE (11) 3082 9786 GRUPOS DE ORAÇÃO (RCC)

Comunhão com Deus

Para os meses de maio e junho, os grupos de oração (Renovação Carismática Católica — RCC) da Paróquia Nossa Senhora do Brasil estão preparando palestras e momentos de espiritualidade voltados para um conhecimento renovado sobre Nossa Senhora e a Eucaristia. Traga sua família, amigos, colegas de trabalho e participe conosco dessa experiência de comunhão com Deus!

Grupo de Oração Sementes do Espírito: Segundas-feiras, 20h. (Acesse: www.sementesdoespirito.com.br)

Grupo de Oração Amados do Senhor: Terças-feiras, 20h. Grupo de Oração Espírito Santo: Quintas-feiras, 14h30. Plantão de Oração: Terças-feiras, 15h (é necessário marcar).

DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES

Maio

3 – Pedro Amaral Salles 5 – Maria Célia Ribeiro Vairo e Ana Lúcia Comolatti 13 – Maria Cristina Monteiro 15 – Mariana Furucho 16 – Agnes Ilona Keresztes Bigatto e Tarcísio Barroso 20 – Maria Yolanda Cintra 21 – Mara Strambi Guimarães 31 – Reinaldo Conrad

Junho

7 – Maria Aparecida Correa Lapa 8 – Olga Cardoso Alves 9 – José Eduardo Morato Mesquita 21 – Maria do Rosário Almeida (Day) 29 – Marilu Giugni


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DICA DE LEITURA

O Evangelho de Maria A linguagem do carinho é a poesia. Ao falarmos daqueles a quem amamos, caímos mesmo sem querer nas imagens, no simbolismo lírico, na frase musical. Salvador Muñoz Iglesias, sacerdote, exegeta e teólogo, ao falar de Maria, Mãe de Cristo e nossa Mãe, dá vazão ao seu afeto, como bom filho que é. Propõe-se até, expressamente, “gravar assim o seu nome” no coração de Nossa Senhora. Mas se o Evangelho de Maria, conjunto de meditações sobre os textos da Sagrada Escritura que falam de Nossa Senhora, é um poema de amor, está ao mesmo tempo alicerçado na familia-

ridade do autor com os textos sagrados e na sua lucidez de teólogo. O resultado é um livro vivo e fulgurante, coloquial e profundo, em que tanto o coração como a cabeça encontram o seu alimento. É também uma orientação para a oração pessoal, que deve ser feita, conforme o modelo de Maria, meditando os ensinamentos de Cristo com o coração. E assim se chega à bela descoberta que o autor fez ao concluir que “por trás do Evangelho de Jesus sempre está Maria”. Título: O Evangelho de Maria Autor: Salvador M. Iglesias Editora: Quadrante

DICA DE FILME

A Corrente do Bem A Corrente do Bem conta a história de um jovem que crê ser possível mudar o mundo a partir da ação voluntária de cada um. O professor de Estudos Sociais Eugene Simonet (Kevin Spacey) não espera que a turma da 7.ª série deste ano seja diferente das anteriores. Por isso, ele sugere o mesmo trabalho de sempre no primeiro dia de aula, sem maiores expectativas quanto aos resultados: os alunos têm de pensar num jeito de mudar nosso mundo e colocar isso em prática. Mas o garoto Trevor McKinney (Haley Joel Osment) resolve levar o trabalho a sério.

por alguém algo que este não pode fazer por si mesmo; fazer isso para três pessoas; e cada pessoa ajudada fazer isso por outras três. Assim, a corrente cresceria em progressão geométrica: de três para nove, daí para 27 e assim sucessivamente. Eugene, que se transformou numa pessoa de defesas cerradas contra o mundo, vê no introspectivo Trevor uma reedição do seu idealismo de outrora. Os primeiros alvos do garoto são sua mãe e seu professor. Na busca por um pai e um lar estável, ele tenta unir os dois forçando um relacionamento.

Aos 11 anos, ele mora num bairro de classe operária de Las Vegas com a mãe, Arlene (Helen Hunt), que trabalha à noite como garçonete numa boate, de dia, num cassino, e tem pouco tempo para ele. O pai (o músico Jon Bon Jovi), então, raramente aparece.

Quando Arlene percebe a força do plano do seu filho, ela procura o professor para que este a ajude a compreender Trevor. Eugene, por seu lado, começa a se permitir ser mais aberto também em relação ao garoto, que quer compreender melhor, ainda sem se dar conta dos sentimentos que nutre pela mãe dele.

A paixão do professor Eugene inspira Trevor, que cria a corrente do bem. A idéia é baseada em três premissas: fazer

Enquanto isso, o garoto vai em frente com seu plano e as consequências começam a aparecer. Ele dá a um jo-

vem sem-teto (Jim Caviezel) um lugar para dormir e para tomar um banho. Isso emociona uma sem-teto mais velha, Grace (Angie Dickinson) e acaba chegando até um jovem repórter (Jay Mohr), que tenta perseguir aquilo que acredita ser uma grande história. Sem que Trevor saiba, a concepção da corrente do bem iniciada em Las Vegas está se espalhando pelos Estados Unidos. Título: A Corrente do Bem Título original: Pay It Forward Gênero: drama Origem/ano: EUA/2000 Duração: 122 min Direção: Mimi Leder


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EXPEDIENTE PAROQUIAL EXPEDIENTE DA SECRETARIA

Em dias úteis: das 8 às 19h. Sábados: das 8 às 14h. BATISMO1

Curso preparatório de Batismo para pais e padrinhos (todo 3º domingo do mês, das 9h30 às 11h). Inscrições no próprio dia; comparecer munidos do RG e de uma lata de leite para ser doada para instituições de caridade. Acesse o site da Paróquia para saber os documentos necessários para marcar o Batismo. HORÁRIOS E DIAS PARA BATISMO

Sábados, 13 e 15h (individuais)2; domingos, 9h, 13h30 e 15h30 (individual)2; domingos, 14h30 (coletivo). DIAS PARA CURSO DE BATISMO

23/5 e 27/6.

MATRIMÔNIO

Informações sobre datas e horários disponíveis para Casamento devem ser solicitadas somente na secretaria pessoalmente. DIAS PARA CURSO DE NOIVOS

12 e 13/6.

HORÁRIOS DE CONFISSÃO3

Segundas, das 10 às 12h; terças e quintas, das 9 às 12h; quartas, das 15 às 17h; sextas, das 10 às 12h; aos domingos, antes e durante as missas. HORÁRIOS DE MISSAS4 Segundas a sextas-feiras: 8h, 9h, 12h05, 17h30 e 18h30. Sábados: 8 e 9h. Missas de preceito às 12 e 16h. Domingos: 8h, 10h, 11h, 12h30, 17h, 18h30 e 20h. Para maiores informações ou esclarecimentos procurar pessoalmente o Expediente Paroquial. 2 É necessário marcar com certa antecedência. 3 É possível marcar horário para Confissão e Direção Espiritual. 4 Para missas individuais, de 7º dia ou outras intenções, verificar outros horários na Secretaria Paroquial. 1

EXPEDIENTE Informativo Nossa Senhora do Brasil Maio/Junho - 2010 – Ano 1 – Edição 8

CATEQUESE INFANTIL Terças-feiras, 17h30. Quartas-feiras: 9, 16 e 18h. Sábados: 9h30. G. DE ORAÇÃO SEMENTES DO ESPÍRITO Segundas-feiras, 20h. G. DE ORAÇÃO AMADOS DO SENHOR Terças-feiras, 20h. G. DE ORAÇÃO ESPÍRITO SANTO Quintas-feiras, 14h30. PLANTÃO DE ORAÇÃO Terças-feiras, 15h. É necessário marcar.

PROGRAMAÇÃO HORA SANTA com Exposição do Santíssimo Sextas-feiras, 16h. OFÍCIO DA IMACULADA Sábados de maio, 9h. G. DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS Domingos, 19h45. ORAÇÃO DAS MIL AVE-MARIAS Todo primeiro sábado do mês, às 13h30, na Capela de N. Sª. do Carmo. PASTORAL DA FAMÍLIA Dia 12/5, tema “Filhos, quantos tê-los?”. Dia 26/5, tema “O que os filhos

esperam dos pais”. Dia 9/6, tema “Interferência dos parentes no casal”. Dia 30, tema “Maturidade conjugal”. No salão paroquial, 20h. RECOLHIMENTO FEMININO Dia 18/5, tema “As riquezas da Graça de Deus”. Dia 15/6, tema “O valor do cotidiano”. Às 14h30. MISSA DE N. S. DE SCHOENSTATT Dia 19/5, 20h. Dia 17/6, 10h. CURSO SOBRE A ESPIRITUALIDADE DE SCHOENSTATT Dias 4/5 e 8/6, 14h30.

PROCLAMAS - CASAMENTOS MAIO

1 Luiz Carlos Persico e Renata de Lara; Filipe Paro e Flavia de Atayde A. Freire; Rodrigo Strassacappa e Sabrina Brionis Schlenger; Eduardo José Nerathi e Renata Caetano; Pedro Paulo Corino da Fonseca e Maristella de Serra Manso. 6 Gustavo de Campos Santos e Carolina Muggia Salem. 7 Bruno Pasqualino A. Silva e Eduarda Marione S. Luzia; Rodrigo Avian Andrade e Patricia Oriente Colombo. 8 Guilherme Bottura e Paula Orsone Nunes; Maurício Montano Silva Meismith e Daniella Moysés; Frederico Metzner Martins e Natalia Kherlakian; Marcio Victor Nanni e Gabriela Chequer de Abreu Fernandes; Flavio Augusto Henriques Vinoe e Carolina Sgarioni Camargo; Frederico Sucari e Maysa Moscato Putti. 13 Luiz Gonzaga Morato Neto e Carolina Toledo França Suter. 14 Rafael Francisco Loquercio Cammarota e Priscila Santos Segura; Leandro Pinheiro de Campos e Mila Maria Vasconcelos Ielo; Roberto Rodrigues Saes e Amanda Mariane D. Bricoli. 15 Marcelo da Costa Mello e Kátia Christina Tirabassi; Marcello Marins Cau e Suellen Regina Ugliano Rodrigues; Fábio da Rocha Azevedo Gorga e Ana Carolina Pereira Carmo Saraiva; José Carlos Mendes Matuiama e Juliana Shimura Mattos; Carlos Pimenta de Souza e Ana Carolina Roselli Marques. 20 Maurício Rebello Moreira e Maria Pia Vitória de Fátima Trussardi Ugollini. 21 Luiz Antonio Salicio Fuso e Rosangela Alves Leal; Christiano Alberto Savoy de Britto e Adriana Aboim Guedes. 22 Marcos Baptista do Vale e Priscila Aricia Neto; Rafael de Athayde Soares e Gabriela Malveis Cinalli; Rafael Farah e Helena Koerbel; Antonio Claret Marques Junior e Ana Carolina Silveira Megale; David Pascal Capliez e Priscila

Carneiro Costa. 28 Marcio Calfat Jafet e Carolina de Cassia Mendes Lopes; Felipe Mendes Pinhal e Camila Candido Aguiar. 29 Caio Albuquerque de Barros e Ana Carolina Matielli; Rafael Augusto Todeschi Variane e Renata Porto Silva; Rafael Ferreira Marçal e Vanessa de Souza Marcondes; Marcel José de Jesus Lage Monteiro e Manuela Lo Schiavo; João Paulo de Oliveira Fonseca e Kelen Cuence. 31 Thomas Anthony Leen e Cristina Couto Teixeira.

JUNHO

02 Wellington Almeida Medeiros e Fabiola Salmora Gaidies. 04 Ricardo Antonio Bocardi e Janaina Araújo Figueiredo; Augusto Tafner Novelli e Diany Mara Fernandes de Oliveira. 05 Luiz Targino de Lima Neto e Veridiana Nascimento Moreira Piai. 11 Adriano Kfoury Fernandes e Fernanda Saade. 12 Decio Roberto Kamio Teshuma e Clarissa Harumi Omori; Flávio Roberto Balbino e Verônica Santos Bento; Eduardo Pereira de A. R. da Silva e Andreia de Souza Leite; Domingos Mantelli Guedes de Almeida e Mônica Fernandes de Assis; Douglas Rogerio Campos e Denise Enes de Araújo. 18 Adriano Soria Barbosa e Giselle Dall Agnol. 19 Gustavo Marques de Oliveira e Isabella Freitas M. Keunecke; Bruno Aruani Lacombe e Carolina Garcia Rosa Hispagnol; Fernando Kenichi Takenouchi e Sandra Satie Okuda; Francesco Paolo Conte e Maria Laura Piran de Almeira; Felipe Augusto Paraná Pintinha e Isaura do Amaral Sousa. 25 João Ricardo Aluey e Flavia Franchello Niero. 26 Alexandre Acerbi e Juliana Maria Maggiorim de Magalhães; Renato Cerski Lavatti e Bruna Gayoso; Diego Nunes Agostinho e Paula Adriana de Nobil.

Periodicidade: bimestral | Distribuição: gratuita | Tiragem: 2.500 exemplares | Impressão: Gráfica EGM Responsável: Gisele Munhoz Frey | Projeto gráfico e editorial: Sérgio Fernandes (sergiofernandes.com.br) | Revisão: Marcus Facciollo (marcusrevisor.com.br)

Acesse a versão digital no site: www.nossasenhoradobrasil.com.br

FALE CONOSCO: PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BRASIL - Praça N. Sª. do Brasil – Jardim Paulista, São Paulo – SP, CEP 01438-060

Telefone: (11) 3082 9786 | E-mail: secretaria@nossasenhoradobrasil.com.br | Site: www.nossasenhoradobrasil.com.br


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