O tempo do Advento caracteriza-se pela esperança. Em seu primeiro momento, a liturgia da Igreja ressalta a espera pela vinda gloriosa de Jesus no fim dos tempos; em seguida, torna presente a expectativa do povo hebreu pela chegada do Messias, cumprida no Natal do Senhor. No que consiste a esperança do homem senão em Deus, origem e fim da existência? A esperança cristã é teologal, isto é, vem d’Ele e se orienta para Ele; viemos de Deus e, no fim das contas, Ele será, definitivamente, “tudo em todos” (Col 3, 11). Neste tempo litúrgico, podemos fazer um exame sobre as esperanças humanas que nos movem. Colocamos Deus como fim último dos nossos planos e expectativas? O empenho pessoal e os desejos dos nossos corações orientam-se para Ele? Os nossos trabalhos e objetivos de vida se conformam à lei de Deus? A cada passo em direção ao futuro, perguntamos sobre a Sua vontade pessoal para nós? Todos os projetos e aspirações do homem precisam se ordenar por e para Deus. Do contrário, somos advertidos como aquele que, segundo Jesus, constrói sua casa, não sobre a pedra firme, mas sobre a areia: “grande será a sua ruína” (Mt 7, 27). Nas próximas semanas, enquanto nos prepararmos para o Natal, disponhamo-nos também para o nosso encontro definitivo com Ele na morte. Que nada em nossas vidas seja indigno do Seu amabilíssimo e justíssimo Juízo. Nossa Senhora, Virgem Prudente e Esperança nossa, nos dará a fortaleza e a confiança necessárias para que toda a nossa existência se conforme à prece da Igreja: Vinde, Senhor Jesus!