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ANO 1 | Nr.05 MENSAL | SETEMBRO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

EGF Não há tréguas Governo e Câmara de Loures continuam a digladiar-se, tendo como pano de fundo a privatização da EGF e consequentemente da Valorsul.

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Em busca dos condecorados Fomos visitar o Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira, um dos condecorados este ano pelo município na área da cultura.

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O sucesso do Sacavenense Climério Ferreira fala-nos dos êxitos alcançados, em especial na formação, do Sacavenense. O clube também foi um dos medalhados pela edilidade na vertente desportiva.

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David Grachat conquista bronze O atleta da Gesloures alcançou o terceiro lugar nos europeus de Eindhoven na categoria S9 (natação adaptada).

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REGRESSO ÀS AULAS:

pub

ESTÁ TUDO A POSTOS

Entrevista com a vereadora Maria Eugénia Coelho, responsável pela educação na Câmara Municipal de Loures.

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EDITORIAL

Crónicas saloias

Pedro Santos Pereira

As forças vivas em prol da população

Director

É sempre bom assistir a eventos criados para a população. Eventos que visam dinamizar espaços comerciais, foi assim no Portela Fashion Night Out, realizado a 7 de Março por vários lojistas do Centro Comercial da Portela. Foi assim no Open Night Infantado, no dia 28 de Junho, levado a cabo por vários comerciantes e, muito provavelmente, será assim no Sunset Moscavide. Dinâmica, entretenimento, descontos, animação musical e, acima de tudo, muitas pessoas

na rua. Quando o a pelo é grande e cativante as pessoas aparecem. É esta uma das formas de o tecido empresarial mostrar vitalidade. E Loures, nestes três eventos, mostrou que o sector comercial está atento e activo. Foram três exemplos, mas dado o sucesso de dois e o previsível sucesso do outro, estou em crer que são acções para repetir. Dentro desta linha, já há muito as associações têm vindo a chamar o povo para a rua. Nestes últimos meses a agenda tem apertado e

diversas têm sido as iniciativas. Desde festivais, passando pelas festas tradicionais e arraiais ou comemorações de aniversário, várias têm sido as formas de trazer pessoas para a rua. Também as autarquias têm contribuído para esse sucesso, seja na forma de apoio ou na organização propriamente dita. Loures está vivo e muito se deve a este tipo de iniciativas, onde a teia empresarial tem tido participação activa, percebendo o dever de apoiar a comunidade onde está

inserida. De qualquer forma pode e deve fazê-lo mais. É dentro desta linha que o Notícias de Loures tem como missão, em 2015, organizar alguns eventos culturais, para sublinhar, uma vez mais, a importância que as forças vivas do concelho têm na dinamização de uma comunidade. Sentimos que é importante, também nós, sermos pró-activos, face à importância gradual que o nosso jornal tem vindo a ter. É bom saber e perceber a importância que estamos a ter, não por

vaidade, mas porque nos obriga a exigir mais de nós mesmos. Promover Loures sempre foi uma premissa inicial e contamos com todos para continuar a desempenhar esta tarefa. É importante conceber, efectuar e apoiar todo o tipo de iniciativas que façam do concelho de Loures um melhor local para se viver.

Ficha Técnica

Contactos: 219 456 514 | notíciasdeloures@ficcoesmedia.pt

Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Ana Rodrigues, André Julião, Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: Anabela Pereira, Florbela Estêvão, João Alexandre, José Reis Santos, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rodrigo Moreira, Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Nuno Luz Direcção Comercial: Luís Bendada (Director), Pedro Graña Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 126 489 Depósito Legal nº 378575/14


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EGF A luta não tem fim Governo e Câmara de Loures continuam o braço-de-ferro em relação à Empresa Geral de Fomento (EGF). Sempre numa atitude de ataque e contra-ataque, ambas as partes têm demonstrado que a batalha não tem prazo final. As ofensivas alternam-se tal como as vitórias nas batalhas. Por cada avanço de uma das partes a outra responde com um travão. Novos desenvolvimentos na privatização da EGF, primeiro com a aprovação da Providência Cautelar interposta pela Câmara Municipal de Loures e depois com o impedimento, por parte do Governo, de acesso à consulta do processo de reprivatização da empresa, por parte da edilidade de Loures. A Câmara não se intimidou e prometeu recorrer através de todos os meios legais e políticos para reverter esta recusa. O caso está para durar e ambas as partes esgrimem os seus argumentos. Destaque para o município de Loures que tem sido, de todos aqueles que compõem a Valorsul, o que tem demonstrado maior actividade e resistência à decisão governamental. Admitida Providência Cautelar contra alteração aos estatutos da Valorsul O Supremo Tribunal Administrativo admitiu liminarmente a Providência Cautelar, interposta pelo Município de Loures, no dia 29 de Julho, destinada a suspender a alteração aos estatutos da Valorsul. A impugnação é sustentada no processo de constituição da Valorsul o qual impunha que, após a formação como sociedade concessionária, os seus estatutos só pudessem ser alterados por deliberação dos accionistas. O Município de Loures considera que a alteração estatutária, aprovada em Maio pelo Conselho de Ministros, foi efectuada à margem e contra a vontade dos accionistas, violando o dever de lealdade que impende sobre o Estado e configura um abuso de direito. O respectivo diploma impede que os outros sócios públicos - Município de Loures e restantes contra interessados - exerçam, por dever constitucional, a protecção e a defesa dos interesses das populações. O Município de Loures contesta o processo de alteração que representará a transferência da gestão de resíduos sólidos urbanos para interesses privados, em prejuízo do interesse público e dos cidadãos.

O Município de Loures reitera que a Valorsul, empresa multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos em 19 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e da zona do Oeste, é sustentável do ponto de vista económico. Governo impede Câmara de consultar processo O Governo, através da PARPÚBLICA, recusou liminarmente o pedido de consulta ao processo de reprivatização da EGF, apresentado pela Câmara Municipal de Loures, alegando que a autar-

quia não é parte interessada no processo e a existência de documentos confidenciais. O Município de Loures, que vai recorrer a todos os meios legais e políticos para refutar esta decisão do Governo, solicitou em 7 de Agosto a consulta do processo de privatização da EGF, por considerar ter interesse directo e legítimo na consulta do referido processo, em virtude de deter participação no capital da Valorsul, empresa de que a EGF é também accionista. É do conhecimento público que Loures, à semelhança de outros municípios, está em litígio com o Estado sobre

o processo de privatização da EGF, pelo que a recusa liminar de acesso à informação pela Parpública configura violação da legislação em vigor, vem adensar ainda mais as dúvidas sobre todo este processo e confirma a necessidade de os Municípios manterem a sua posição de defender, politicamente e juridicamente, o interesse das populações e do país que é posto em causa por esta decisão do Governo. Pedro Santos Pereira Fonte: Câmara Municipal de Loures

Filipe Esménio Comunição

Mel de Cicuta Os Homens são prisões Numa era em que temos de ter um olho no burro outro no banqueiro, como diz o novo provérbio, uma coisa boa acontece, vão acabando, aos poucos, os estigmas sociais. A ideia de que os “ricos são pessoas de bem”, e “a filha do trolha é mal formada”, parece estar a acabar. E ainda bem. Não há pior condição do que a prisão. E não há pior prisão do que da nossa mente. Vivemos cheios de estereótipos e preconceitos bacocos. De senhor doutor em senhor doutor, sem percebermos que a condição humana nos une. Somos iguais, no género humano, diferentes nas oportunidades e nas escolhas. Neste contínuo processo que vai trazendo a nu as duras realidades que nos afligem, muitas corporações e associações, mais ou menos secretas, continuam o seu trabalho de agência de emprego e ascensão social de filhos de doutores e trolhas num processo sem fim de protecção entre pares... Em breve, o velho provérbio “diz o roto ao nu” pode transformar-se num “diz o nu ao amputado”, em torno de um País que está a saque há anos e já não haverá muitos mais anéis para pagar aos ladrões. Vão sobrando os dedos, para já. Podemos continuar presos em nós mesmos e na nossa preguiça, não lhe vou chamar inércia, para não fazer mais piadas fáceis sobre bancos. Sempre houve filhos e enteados... mas se calhar basta de sermos controlados nesta falsa liberdade. Apesar dos recentes “abre olhos”, o problema estrutural mantém-se. A maioria das pessoas continua centrada na sua ascensão social e económica, descurando os outros homens e continua a haver uma profunda falta de sentimento colectivo e de pertença. Ou seja “cada um por si e Deus por todos”, num verdadeiro “Deus nos acuda”, que nos trouxe até aqui. É hora de sairmos da nossa prisão. É hora de construir um País. Democratização e desenvolvimento, igualdade de oportunidades e respeito pelo próximo. É FÁCIL... BASTA MUDAR TUDO!


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A Cultura ganhou uma medalha Pedro Cabeça Advogado

Redacção: O equinócio Setembro é mês de equinócio é pois o momento, como se retira da expressão latina que origina a palavra aequus (igual) e nox (noite) em que as noites passam a ser iguais aos dias. Este artigo ganha forma quase de redacção talvez embalado por recordações da entrada para a escola primária (está aí o novo ano escolar com enormes desafios, transformando em noite centenas de escolas que encerram) onde a inocência daqueles dias nos deixavam a esperança de novos desafios a superar. Penso em equinócio e penso na Justiça em contentores, com processos em trânsito pelo país e pelo ciberespaço (confesso que em 22 anos de profissão nunca tinha visto algo assim) numa reforma que só prejudica o cidadão. Penso que o Palácio da Justiça de Loures e seus contentores (contentores alegadamente provisórios para fazer obras e para encerrar outros tribunais que já estavam construídos – não entendo) fazem parte da noite que se agiganta e de onde não sairá qualquer benefício. No entanto, não podemos esquecer que o Concelho de Loures se torna o centro Judicial de um grande território, pelo que os protagonistas locais vão ter de equacionar esta nova realidade na elaboração de uma estratégia para o concelho e para a cidade, se é que existe verdadeiramente interesse em definir estratégias para o Concelho sem “panfletismos”. Penso em equinócio e penso também no Partido Socialista, com um agitado mês de eleições (distritais e pela primeira vez primárias) que vão impor necessariamente um novo ritmo ao País. Penso ainda que o PS se deixou enredar entre equinócios, eleitores inexistentes e quotas (que não respeitam às primárias, para as quais não são necessárias quotas) deixando o Governo livre a trilhar o caminho do abismo. Mas, as Primárias são, sem dúvida, uma nova realidade no panorama político nacional (o número de simpatizantes inscritos para votarem nestas primárias é significativo), contudo as consequências do processo ainda estão para surgir, e temo que possam ser dolorosas. Todos estes acontecimentos, em mês de Equinócio, vão trazer ao PS e ao PS Local, independentemente dos resultados, uma nova realidade, elementar para pensar, nas noites longas e frias que se seguem, o Partido e o Concelho com uma outra Dimensão. Pensando em equinócio espero que o vencedor (convicto de que será António Costa) tenha o bom senso do equilíbrio noite/dia e seja capaz de conduzir uma estratégia clara para o país, não se deixando cair nos cantos das sereias ou nos contos das “Sherazades” que o vão rodear em caso de vitória. Concluindo, em Setembro findam os dias longos e preparamo-nos para mais um Inverno até que o equinócio da Primavera regresse acalentando a esperança de dias mais claros.

O Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira foi condecorado com a Medalha Municipal de Mérito Cultural e Educativo no 128º aniversário do Concelho de Loures, celebrado no dia 26 de Julho, na Cerimónia das Condecorações Municipais, juntos aos Paços do Concelho. Segundo Nuno Leitão, Presidente da União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, esta condecoração representa o reconhecimento do “bom trabalho desenvolvido. O Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira é a junção de pessoas com muita vontade de trabalhar, e só têm trazido trabalhos em prol da comunidade. Desde 2011, a freguesia tem ajudado conforme pode e, passados três anos, ganhar uma medalha é sinal que estamos a trabalhar bem”. Tiago Diogo, membro da direcção do Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira, mostrou-se bastante satisfeito apelando ao não esquecimento da arte. “A condecoração é a maior e melhor prova que a comunidade gosta do nosso trabalho, o que acarreta uma grande responsabilidade em continuar a evoluir. Sinto-me orgulhoso de fazer parte da direcção deste grupo, porque tenho a honra de lidar com pessoas maravilhosas”. De 21 anos, Joana Mealha, membro do grupo afirmou que esta medalha significou bastante, porque foi a forma de serem reconhecidos num trabalho que, ao longo dos anos, tem vindo a ser esquecido. Actualmente, o grupo tem dezassete membros com idades compreendidas entre os 17 e 71 anos e para poder fazer parte dele tem que ter alguns requisitos importantes tais como: boa disposição, espírito de equipa, cumplicidade, vontade de trabalhar, amar teatro e querer fazer parte desta família. Ensaiam três vezes por semana e contam que é “verdadeira terapia”. Para a Dona Milú, que veio fazer parte desta família este ano, tudo o que esteja relacionado com artes é com ela. Já frequentou vários grupos de teatro de revista, cantou em casas de fado e até dançou. O que mais lhe fascina no teatro é poder ter vários “eus” em pouco tempo, dando-lhe a oportunidade de entender várias mentalidades do mundo. O grupo de Teatro está repleto de histórias bastante

bonitas para conhecer, como sendo a história do Bruno Antunes, de 18 anos, que era bastante tímido antes de fazer teatro. Não tinha amigos e vivia totalmente isolado. Foi graças a uma professora que esta fase passou, quando esta o aconselhou a frequentar o teatro amador da sua escola. O teatro ajudou-o a libertar-se e a socializar. Ganhou confiança e juntou-se ao Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira. “Agora o que mais gosto de fazer é estar em cima do palco, porque é onde os meus problemas acabam e procuro só viver

a minha personagem”, sublinhou Bruno Antunes. Há males que vêm por bem. Com o “bichinho do teatro” desde pequena, Rosário, sentiu-se emocionada ao saber que o seu trabalho foi galardoado. “Fiquei vaidosa. Este grupo apareceu na minha vida como uma saída. Apesar de sempre ter desejado trabalhar em teatro, nunca pus essa ideia em prática. Um dia fui despedida e quando já me sentia no fim do mundo, o grupo de Teatro Amador tornou-se num escape, numa oportunidade de dar outro rumo à minha vida. Vale sempre

a pena fazer alguma coisa. Foi com muita vontade que ingressei neste grupo e com muita vontade de mostrar trabalho. Esta condecoração só mostra como o nosso trabalho é apreciado, e damos muito valor a isso.” O membro mais novo do grupo chama-se João e tem 17 anos fazendo parte da equipa desde 2011. Os dias de ensaio são os mais “ansiados”, porque o teatro é a cereja no topo do bolo depois de um dia de escola. A condecoração do grupo para João é algo positivo e agradece tal prémio.


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História O Grupo Recreativo Corações de Vale Figueira tem mais do que 66 anos de existência. Tem sede em São João da Talha e é uma colectividade criada por um grupo de teatro amador, que tinha como objectivo angariar dinheiro para ajudar pessoas carenciadas. Para que a freguesia usufruísse de espectáculos de qualidade, com dedicação e amor ao teatro, em 2011, renasce o Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira, dinâmica criada por mãos de Artur Carvalho Gomes. Juntaram-se alunos que frequentavam o teatro amador da Escola Secundária de São João da Talha e membros da Academia Sénior da mesma freguesia e prepararam uma peça em homenagem a Ary dos Santos intitulada “A Nona Pata da Aranha”, que retrata a história de um menino que vive em Moçambique e encontra uma aranha de nove patas, que é uma raridade. Ao longo da peça procura chamar atenção das pessoas mais fluentes da sua terra, mas com pouco sucesso. Esta peça foi baseada num

texto de Teodomiro Leite de Vasconcelos. Assim, destes dois grupos desenvolveu-se uma nova equipa independente - O Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira. Das peças realizadas recentemente, orgulham-se da peça produzida em 2012, intitulada: “E agora?”, que continha aspectos políticos e, apesar de ter sido um risco, encheram uma sala. Em 2013 surgiu uma peça, “Aula de Burros”, que já tinha sido feita há 20 anos na colectividade, mas foi realizada com algumas adaptações para a tornar mais moderna. Neste ano, ainda distinguiram mais três comédias: “Páteo da Alegria”, “O Cavalheiro Respeitável” e “Dourador”. Na altura do Natal, fizeram uma noite de Teatro Solidária com a peça "O Nascimento do Salvador", escrita por um membro. Em 2014, foi o único grupo do concelho que participou na 7ª Recriação Histórica da União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, com as peças de teatro “40 anos e depois o que se segue?” e “Mulheres

de Abril”. E, ainda este ano, o grupo está de Parabéns! Este mês, o grupo completa 67 anos de existência e para os assinalar irá realizar um passeio para os comemorar “em família”. E futuro? “Hollywood”, dizem entre risos. Só esperam continuar a representar e que o grupo dure muitos anos de preferência de sala cheia. Apelam que o teatro amador não seja esquecido, sublinhando que a “Câmara Municipal tem vindo apostar em vários tipos de espectáculo e é uma aposta ganha”. O grupo está a preparar uma peça para os últimos meses deste ano baseada nos 40 anos do 25 de Abril, que retratará o antes, o dia da revolução e os dias de hoje. O grupo salienta que este tema traz uma “boa aderência” e a comunidade agradece. Deixam a mensagem que “somos todos amadores voluntários e amador significa amor àquilo que se faz”. Ana Rodrigues

As peças são sempre gratuitas, mas pode sempre deixar um valor monetário ou um bem alimentar para ajudar os mais carenciados. Recrutam-se novos membros para o Grupo Teatro Amador Corações de Vale Figueira. Os ensaios são às 4as feiras das 19h às 20h30; 5 as feiras das 19h30 às 21h e às 6as feiras das 19h30 às 21h. Faça parte desta família. Grupo Dramático e Recreativo Corações de Vale Figueira (Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela) Rua Alfredo Vitorino Costa 46, Vale de Figueira 2695-735 São João da Talha

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Ricardo Andrade

Comissário de Bordo

Obrigado!! A cada número do "Notícias de Loures" que vê a luz do dia, me deparo com um maior número de leitores que se dirigem a mim dando as suas opiniões acerca do conteúdo e até mesmo da forma como construo esta coluna de opinião que, acima de tudo, é um acto de partilha de ideias, sentires e de desabafos vários. A cada início de mês tornou-se habitual ser abordado por munícipes de Loures e de outros concelhos limítrofes dandome nota do que julgam importante ser por mim tratado neste espaço, procurando fazer-me ver quais são as suas preocupações e vontades. Confesso-vos que, quando comecei a escrever para o "Notícias de Loures", jamais poderia esperar um tão grande impacto de umas breves linhas em tão pouco tempo. Nunca imaginei que uma publicação independente e generalista pudesse granjear tanta simpatia em tantos leitores do nosso concelho. É certo que as funções autárquicas que desempenho, desde há alguns anos a esta parte, criaram em mim a percepção de que o concelho de Loures está repleto de gente participativa e interventiva. É certo que os muitos dias em que, por via da minha participação cívica e política, tive a oportunidade de calcorrear a nossa terra e perceber que os lourenses raramente se coíbem de opinar acerca do que julgam ser importante para as suas vidas e para o local onde vivem. Mas nem por isso podia esperar que, quer eu quer muitos dos que colaboram com este projecto, tivessem tantos olhares atentos ao nosso "trabalho" nestas páginas de jornal. Talvez por tudo isto se torne cada vez mais recompensador gastar alguns minutos de um dia a dia sempre preenchido com actividades várias (da profissional às extra-curriculares) e partilhar o que vai "cá dentro" com todos os leitores. E certamente que, por tudo o que escrevi nas linhas acima (e mais algumas atitudes que não referi), tenha hoje sentido que não podia deixar passar nem mais um minuto sem agradecer a todos os leitores a forma como me têm feito sentir, que "vale sempre a pena quando a alma não é pequena". Do fundo do coração... MUITO OBRIGADO!!

BREVES

Santo António dos Cavaleiros de parabéns

BE recebe agradecimento de Embaixador

No passado dia 25 de Agosto Santo António dos Cavaleiros comemorou 25 anos de existência. Para assinalar o facto a Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros e Frielas realizou uma sessão solene, nesse mesmo dia, às 19 horas. Esta sessão foi o culminar de três dias de festa, que decorreram entre dia 22 e 24 de Agosto. Com animação infantil, petiscos, quermesse, artesanato e muitos artistas que animaram estes dias. Toy foi a figura de cartaz, actuou no dia 25, dia em que espectáculos de danças sevilhanas, desempenhados pelo Grupo Desportivo e Recreativo Bragadense e ranchos, com a participação do Rancho Folclórico e Etnográfico “Os Frieleiros”, também fizeram parte do elenco. As festividades abriram no dia 22 com um baile protagonizado pela Banda Fora de Série. O dia 23 foi animado pelos Cuba Libre, que protagonizaram um momento de dança e música cubana, os Mune e o DJ Mig Lx, que encerrou a diversão daquele dia. A Santo António dos Cavaleiros os nossos parabéns.

O Bloco de Esquerda fez chegar à nossa redacção a recepção de uma nota de agradecimento do Embaixador da Palestina, fruto da moção “Pelo Fim do Massacre em Gaza” apresentada por este partido na última assembleia municipal de Loures. Segundo a mesma nota, o BE revela que “este reconhecimento é a prova de que vale a pena, embora nem sempre recebamos o eco das nossas intervenções, empenharmo-nos com coragem na defesa dos nossos valores”. Fica aqui a mensagem de como o poder local também pode fazer política internacional.

pode divulgar esta acção de solidariedade social em tempo útil, esta edição só sai a 6 de Setembro, mas não pode deixar de sublinhar esta nobre atitude.

Sinal verde para a Biblioteca de Sacavém A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a adjudicação da empreitada de construção da Biblioteca Municipal de Sacavém, no antigo quartel dos bombeiros, dando assim resposta a um anseio antigo da população. A biblioteca da zona oriental do concelho de Loures está orçada em mais de um milhão de euros. Prevê-se que a obra seja executada no prazo de 300 dias seguidos.

Dar sangue Com o lema “No regresso das férias ajude os que mais precisam! Venha doar sangue” a IPSS Associação Nossa Senhora dos Anjos levou a cabo uma colheita de sangue. Esta acção teve lugar no dia 30 de Agosto, entre as 9 e as 13 horas, na Cooperativa de Habitação “O Mundo é a Nossa Casa” na Quinta do Galeão. Infelizmente o NL não

Via variante a Bucelas avança O protocolo entre a Câmara de Loures e a Sociedade Imobiliária do Freixial, que garante os terrenos indispensáveis à construção da via variante a Bucelas, foi outro dos documentos aprovados na 20ª reunião ordinária.

Esta variante tem a vantagem de constituir alternativa de ligação entre a EN 115 e 116, evitando a passagem pelo centro da vila. Trata-se de um desejo antigo da população de Bucelas e um factor essencial à segurança e acessibilidade na zona norte do concelho, particularmente no que diz respeito à circulação de viaturas pesadas de mercadorias. As decisões tomadas permitem resolver igualmente o licenciamento dos armazéns existentes na Quinta dos Melos.

Reconversão de AUGI Em destaque esteve também a aprovação dos projectos de reconversão das unidades de gestão territoriais (UGT) 7 e 15 no Bairro da Portela da Azóia, da Área Urbana de Génese Ilegal do Bairro dos Covões, na União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, que permitirá, neste último caso, a emissão do respectivo alvará de loteamento. Os proprietários vêem assim concluída mais uma etapa de um longo trabalho visando a legalização e a melhoria das condições de vida dos seus bairros.

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Bruno Bengala Cartoonista

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”A Padaria Portuguesa veio para ficar” Rui Pinheiro Sociólogo

Nuno Carvalho mentor deste projecto, que veio revolucionar o mercado com um conceito único e moderno de padaria e pastelaria e passou a fazer parte da escolha de milhares de consumidores portugueses, conversou com o NL. Apesar de ter lojas dispersas por várias zonas da Grande Lisboa, a fábrica está localizada no nosso concelho.

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Fora do Carreiro Fénix mal nascidas Nesta época do ano, nunca percebi porquê, costumamos ter, jornalisticamente, a denominada silly season, nalguns anos de mais calor, interrompida pela “época dos fogos”, onde à mistura com toda a tolice, assistimos a comandantes, a jornalistas, a políticos e a comentadores, a “toleirarem” sobre fogos, tácticas de combate, informativos números operacionais: “envolvendo 17 viaturas e 50 operacionais…”, negócios de helicópteros bombardeiros e outras parvoeiras recorrentes, para se concluir, que para lá do afã informativo e opinativo, ardeu tudo na mesma, ano após ano. Este ano, pelas condições climatéricas, não tem havido fogos florestais substanciais e atearam-se umas fogueiras para inflamar a quadra. Uma das fogueiras, mais que justificada, teve como comburente ter-se chegado a esta época e a promessa do Governo (mais uma não cumprida) e não terem sido distribuídos os equipamentos de protecção individual, para que os “soldados da paz” cumpram em segurança a sua missão. Lamentável e revelador… O outro fogacho noticioso que me chamou a atenção, foi o conflito nos Bombeiros Voluntários Flavienses entre uma parte (é quase sempre só uma parte) do corpo activo e a Direcção da Associação. Não pelo caso em concreto, cujos contornos desconheço e a comunicação social nunca aprofunda, mas porque simbolicamente representa aqui, o sem número de casos idênticos que têm lugar, todos os anos, ao longo do país. E é isto que convida à reflexão e que induz à questão sobre se o quadro legislativo que enquadra a Protecção Civil e os Bombeiros, se a organização dos Bombeiros e as suas diversas hierarquias e reportes, se a sua distribuição no território, se os métodos de trabalho (não falo de tácticas operacionais, porque disso nada percebo) estão em consonância com as necessidades e se proporcionam a “paz” devida a estes “soldados” da comunidade, sejam eles voluntários ou não. Como não sou, nem nunca fui Bombeiro, apenas observador do fenómeno, leva-me a considerar que toda a orgânica que envolve os Bombeiros e Corporações, Liga e Federações, Associações e Câmaras Municipais, Autoridade Nacional e Governo é uma embrulhada, uma teia densa, ineficaz e imprópria, propiciadora de conflitos, fomentadora de negociatas, indutora de comportamentos corporativos, desagregadora dos laços de solidariedade, que deviam presidir à acção dos Bombeiros, sempre. O processo de nomeação e destituição dos Comandantes, bem como, o papel central que têm em funções é, quer parecer-me, uma esfera a precisar rapidamente de profunda revisão e num sentido que para mim é claro, terem de estar subordinados à Direcção da Corporação e não constituir unipessoalmente um “órgão”, de bicefalização do poder na Associação. As Direcções são eleitas democraticamente e têm a legitimidade corresponde, os Comandantes não. Acredito que é também por isto, embora não só por isto, que existe um grau de conflitualidade elevado, uma tensão perniciosa permanente entre Corpo Activo e Direcção nas Associações de Bombeiros. Voltarei ao tema, porque há muito mais para dizer. As Fénix mal nascidas precisam renascer, mas organizadas de outra forma…

Se eu não tivesse trabalhado 10 anos no Grupo Jerónimo Martins jamais teria criado a Padaria Portuguesa. ra portuguesa. Mas apesar de já existirem muitas pastelarias, não existia uma visão organizada para o sector. Por norma são negócios familiares, pouco ricos em ambiente, que não investem na inovação, menos focados no consumidor, com um modelo pouco profissional e sem cuidado na aparência geral. Daí a ideia de criar uma proposta de valor acrescentado. Porque escolheu o ramo da panificação? A escolha da área de negócio da panificação e pastelaria deveu-se a termos detectado uma oportunidade, num negócio ultra enraizado na cultura dos portugueses. Em todas as esquinas das vilas e cidades do nosso país existem pastelarias que são visitadas por milhares de pessoas mas, na nossa visão, apresentam uma proposta de valor obsoleta e não vão ao encontro das expectativas dos consumidores de hoje. Como idealizou a imagem da empresa que assenta em valores tradicionais? Em primeiro lugar definimos que deveria ser desenvolvida uma marca portuguesa. Depois pensámos que a mesma deveria estar assente em valores tradicionais, mas também ter referências contemporâneas.

A Padaria Portuguesa surgiu em Novembro de 2010 no auge da crise em Portugal. Nuno Carvalho teve a ideia e desenhou a marca e o seu primo, José Diogo Quintela, um dos quatro do Gato Fedorento, entrou com o capital. Passados três anos a rede de padarias/pastelarias conta com 23 lojas, a última foi inaugurada no Centro Comercial da Portela, no concelho de Loures no passado dia 8 de Julho.

Como surgiu A Padaria Portuguesa? Nasceu em Novembro de 2010 com a missão de desenvolver uma rede de padarias e pastelarias de bairro, através de princípios de diferenciação bem definidos e uma gestão absolutamente profissionalizada. Quatro anos e 23 lojas depois a marca já faz parte do dia-a-dia dos portugueses. Ir ao pão ou ao café para tomar a bica é um hábito muito enraizado na cultu-

Sei que trabalhou no grupo Jerónimo Martins durante 10 anos, como é que essa experiência influenciou a forma como gere a Padaria? Se eu não tivesse trabalhado 10 anos no Grupo Jerónimo Martins jamais teria criado A Padaria Portuguesa. No Grupo JM formei-me como gestor e aprendi sobre o negócio do food retail. Aprendi sobretudo como é importante haver foco no consumidor e a relevância em manter as equipas motivadas e devidamente mobilizadas.


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Imaginava que o projecto chegasse tão longe como chegou, ao ponto de ter criado quase um símbolo nacional em termos de empreendedorismo? A Padaria Portuguesa nasceu com o objectivo de desenvolver uma rede de lojas de padaria e pastelaria de âmbito nacional. Sempre foi nossa intenção ter a dimensão de negócio que temos actualmente, mas não imaginava que o sucesso comercial fosse tão rápido. É certo que o consumidor português tem aderido muito bem à nossa proposta de valor, mas também ajudou o desenvolvimento do negócio num período de recessão – a nossa história sobressai no meio da crise económica. O que sentiu quando se apercebeu que a empresa tinha verdadeiramente alcançado o sucesso? Só há cerca de um ano senti reconhecimento pela nossa marca de forma transversal no mercado. Sucesso é uma coisa muito relativa. O sucesso para nós é ter adesão por parte dos clientes e, uma vez que o mercado muda com muita facilidade, nunca está garantido. Por isso trabalhamos com afinco e com um enorme foco no consumidor. Como se processa o desenvolvimento de novos produtos? Quais as fases porque passam até chegar às lojas? Temos uma equipa interna só dedicada à inovação de produto que diariamente testa novas receitas e faz upgrades às actuais. O processo é organizado mas muito informal. As ideias vêm do mercado, seja internacional seja nacional, ou até das nossas equipas da fábrica e das lojas. Depois segue o trabalho de desenvolvimento e os testes são normalmente realizados pela equipa da fábrica, lojas e escritório. O que acha que a padaria tem que fez com que os consumidores se apaixonassem pelo seu conceito? A diferença face às pastelarias do dia. Em primeiro lugar uma relação qualidade preço acima da média, ou seja, ter mais qualidade e não cobrar mais por isso – pelo contrário, somos muito competitivos face à média do merca-

do. Depois por termos uma política de visual merchandising cuidada que resulta em lojas agradáveis e numa experiência de compra rica para o consumidor. Por fim, trabalhamos com o objectivo de desenvolver relações de proximidade com os clientes. Sendo nós um país em que se consome muito pão, como justifica que, antes de a Padaria surgir, ainda não tivesse sido criada nenhuma cadeia de lojas com este conceito de bolangerie, que existe em França há tanto tempo? O mercado funciona por ciclos. Na área de negócio do pão, há algumas décadas existiram padarias de rua que, entretanto, foram fechando por conta dos supermercados que desenvolveram essa oferta. A Padaria Portuguesa vem marcar o regresso do negócio do pão aos bairros, numa lógica de conveniência e proximidade. Quais os pães e pastelaria mais consumidos pelos clientes? São mais de 30 variedades de pão, todas confeccionadas com ingredientes cuidadosamente seleccionados, de forma absolutamente artesanal. Os produtos mais consumidos são o pão de deus, que é o nosso ex-libris, e o croissant açucarado. Em relação à Padaria os produtos mais vendidos são a carcaça de bico, a padeira e a bola de água. Porque decidiram mudar a fábrica para Loures? A nossa primeira fábrica não tinha capacidade produtiva para responder à nossa ambição e encontramos em Loures uma unidade que respondia às nossas necessidades: bem localizada e com capacidade para expandirmos o negócio. Quais os planos futuros da Padaria? Estamos a trabalhar num plano de negócio para o triénio 2014-2016 que prevê a abertura de um total de 40 lojas, ainda na Grande Lisboa. Planeamos gerar um volume de negócios de 20 Milhões de euros em 2016. Joyce Mendonça

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CiViT

Cidadania Viva para Todos A CiViT - Associação foi fundada em Camarate no dia 24 de Fevereiro de 2014, com o lema "CiViT - Cidadania Viva para Todos" e actua, agora inicialmente de forma mais presente, no distrito de Lisboa. Rodrigo Moreira

Ortopedia e Traumatologia / Medicina Desportiva

Tendinites e Tendinoses Tendinites e tendinoses são as manifestações clínicas mais frequentes das tendinopatias, isto é, a patologia que afecta os tendões. Diferenciam-se pela duração do processo inflamatório. Na tendinite, o carácter é agudo, ao passo que na tendinose o processo inflamatório evoluiu para a cronicidade (geralmente mais de 3 semanas). O tendão é um tecido diferenciado que faz a transição do tecido muscular para a sua ancoragem no osso. Como se depreende com facilidade, toda a energia mecânica gerada a nível muscular, “passa” pelo tendão, e desta forma, consoante a sua solicitação, o tendão é passível de entrar em sobrecarga. As tendinites estão habitualmente relacionadas com esforços repetidos. Neste sentido, tarefas que reproduzam recorrentemente os mesmos movimentos podem originar e perpetuar o processo inflamatório a nível tendinoso. As tendinites do ombro (coifa dos rotadores), do punho (De Quervain), do rotuliano ou do Aquiles são as mais frequentes, e revestem-se de uma impotência funcional muito significativa para gestos banais do nosso dia-a-dia. A dificuldade em debelar as tendinites tem uma explicação anatómica que prende-se com o facto de os tendões serem tecidos pouco vascularizados. A vascularização de um tecido é condição vital para este superar/ cicatrizar aquando de uma agressão. Sendo os tendões pouco vascularizados, a sua capacidade de superar o processo inflamatório que se instalou é limitada, sendo deveras importante proporcionar as melhores condições para este tecido cicatrizar. Assim as medidas indispensáveis passam pela toma de anti-inflamatórios, colocação de gelo, e sobretudo cessar o estímulo que provocou a tendinite. Aqui surge a grande dificuldade. Quer a nível profissional, pela importância que o posto de trabalho assume na nossa vida, quer a nível desportivo, por uma recusa voluntária em parar, o estímulo persiste, e a tendinite evoluí invariavelmente para a cronicidade, a tendinose. Este processo inflamatório crónico vai degenerando o tendão levando em determinada fase a uma rotura tendinosa aguda (Aquiles) ou tardia (coifa dos rotadores), estas sim, de tratamento cirúrgico. Assim, fica uma certeza, sem cessar o mecanismo de sobrecarga tendinosa que está na génese do problema, dificilmente se ultrapassa esta patologia que progressivamente vai estar associada a maiores dificuldades de tratamento.

É uma associação sem fins lucrativos, que visa a integração das comunidades em comunidade, sem pressupostos partidários ou religiosos associados ao seu pensamento e à sua acção, agindo com total autonomia ideológica política nas suas intervenções. A CiViT acredita na construção com a comunidade, defendendo que a funcionalidade social aumenta exponencialmente com a intensidade dos elos, através da ligação entre indivíduos e entidades. Esta ligação integra também a dinamização comunitária, através da promoção do desenvolvimento social, intelectual, político e económico. Visa ainda promover o papel integrativo e cooperativo da comunidade no desenho e na realização dos projectos sociais, fomentando o papel participativo de todos os elementos da sociedade e o compromisso com o futuro da mesma. Como objectivo central da sua acção, o CiViT quer construir valor social. Para isto, visamos promover sinergias, em níveis micro e macro, com o denominador comum da transformação social. E com estes, agir no sentido da: - Educação para a cidadania; - Promoção de sentido de pertença comunitária; - Promoção da participação cívica; - Promoção da consciência social; - Promoção de desenvolvimento pessoal, social e comunitário. No momento, estamos numa fase de divulgação do projecto

nas redes sociais e nos agentes com quem queremos trabalhar: a comunidade. Assim, e neste sentido, estamos a realizar diversos protocolos de colaboração com diversas instituições e associações, prevendo que estas colaborações nos levem a pontes mais fortes e sólidas entre uma mesma comunidade que se quer unida e colaborativa. Prevemos até final do ano realizar a nossa apresentação ao público com uma grande iniciativa, onde iremos promover o contacto entre diversas associações, realizando já a CiViT o papel a que se propõe na sociedade, sendo promotor da participação das comunidades em comunidade. Podem seguir-nos em: - www.civit-associacao.pt - www.facebook.com/civit. associacao Mensagem Sozinho valho. Mas acompanhado valho muito mais. Os verbos a conjugar são vários. Comecemos por “conjugar”. O CiViT. Voltemos à sua origem e encontramos a sua essência: conjugar. Conjugar pessoas, conjugar vontades, conjugar ideias, conjugar acções, conjugar a sociedade em comunidade. No CiViT procuramos ser mais que “cola”, o “elo”. Na missão de construir com(unidade) procuramos promover sinergias entre o eu e a comunidade, ultrapassando clivagens entre o individual e o colectivo. Acreditamos que o desenvolvimento pessoal é construído “em relação”, em ciclos e

construções, que voltam sempre ao “eu”: daqui queremos partir. Associamo-nos, porque acreditamos que é de “eu’s” que uma comunidade se constrói. Queremos ser movimento que produz movimento, ampliando e produzindo vontades. Assim, partimos de vontades para a construção de uma consciência social que promove a participação de todos na construção do que é comum. Acreditamos que apenas com um valor colectivo, tornamos comum o que é distante. Procuramos actuar no local, no micro, produzindo sinergias que actuam no global, no macro. Numa Cidadania que é para todos, “com” todos, apos-

tamos na Educação e no Desenvolvimento como base para a construção de com(unidade). Conjugamos o verbo “educar” para lá do hábito, de forma holística e integrada no desenvolvimento pessoal, social, político e comunitário. Numa premissa interna de transformação, queremos ser estrutura que se permite à mudança, porque é aqui também que está o desenvolvimento. Na promoção de sinergias e parcerias que criam movimento e constroem comunidade, o CiViT enquanto Associação não terá paredes ou limites. Diluise. Expande-se. Faz parte. Não se esgota.

Órgãos Sociais Direcção Geral: Presidente Vice-Presidente Secretário Tesoureiro Vogal Vogal Vogal Vogal Suplente Vogal Suplente

Tiago A. G. Fonseca João Barroso Mariana Vital Margarida Rodrigues Bruna Alves Mariana Barata Lopes Filipa Sardinha Margarida Barbudo Marco Mendes

Mesa da Assembleia: Presidente Vasco Touguinha Vice-Presidente Carla Nunes Secretário Catarina Nunes Suplente Diana Manuel Conselho Fiscal: Presidente Ricardo Caldas 1ºSecretário Ana Rita Caldeira 2ºSecretário Inês Henriques Suplente Joana Malho


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Controlo de qualidade das refeições, mais apoio social escolar, maior presença dos técnicos camarários, mais e melhores escolas. Estas são algumas das iniciativas em que a Câmara Municipal de Loures está a trabalhar para que o ano lectivo 2014/2015 seja melhor e menos atribulado que o anterior. A garantia foi dada ao «Notícias de Loures» por Maria Eugénia Cavalheiro Coelho, vereadora da Educação da edilidade. Às portas de um novo ano lectivo, que promete não ser menos polémico do que o anterior, o Notícias de Loures falou com Maria Eugénia Cavalheiro Coelho, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Loures. Com cerca de 40 por cento dos alunos do concelho apoiados pelos Serviços de Acção Social Escolar (SASE), o executivo camarário viu-se na obrigação de efectuar algumas alterações no panorama do ensino em Loures. As mudanças, que já terão começado a dar os seus frutos, são para continuar a aprofundar. Está tudo preparado para o início do ano lectivo? Da parte da Câmara está tudo preparado, esperemos que da parte do Ministério da Educação também esteja.

“Somos contra a municipalização das escolas”

O que espera deste início de ano? Estamos a apoiar as escolas nas suas iniciativas e a trabalhar em estreita ligação com elas para que, até ao mais pequeno pormenor, as coisas estejam preparadas para receber os nossos alunos. Entendemos que a escola pública é a escola de Portugal, portanto, tem de estar preparada para garantir a todas as crianças e jovens do nosso concelho um percurso escolar com qualidade, com sucesso educativo e académico. Estamos a preparar tudo o que é da competência da câmara, nomeadamente as obras nas escolas, sendo que vamos, inclusive inaugurar uma nova escola em São João da Talha. Não é a obra que desejaríamos porque detectámos, quando lançámos o concurso, que aquela escola não está dimensionada para as reais necessidades daquela população, mas, perante o projecto que estava feito e a impossibilidade de fazer um novo, atrasando todo o processo, optámos por avançar para a construção. Trata-se de uma escola do ensino básico, com 10 salas para o Primeiro Ciclo e duas para o Jardim de Infância. No entanto, de acordo com os números que temos, esta escola deveria ter mais salas. Em todo o caso, como era necessário avançar com a obra, ela em Setembro estará pronta para ser inaugurada.


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O número de alunos tem variado muito nos últimos anos? O número de alunos tem sofrido uma diminuição no concelho, decorrente dos problemas demográficos que o mundo ocidental atravessa e também pelo facto de muitos casais jovens terem ido procurar saída para o desemprego no estrangeiro, ou seja, por causa da emigração. Os pais levam os filhos, deixando o concelho mais vazio. Este decréscimo da população escolar nota-se com maior incidência nas zonas mais densamente povoadas, mas também nas outras. E isso faz com que as escolas tenham uma diminuição do número de alunos. Por outro lado, noutras zonas do concelho, há um movimento que compensa essa saída, o dos alunos que saem do ensino privado para ingressar na escola pública. Algumas escolas têm detectado uma procura maior por parte dos pais, uma vez que as crianças regressam do ensino particular, dadas as circunstâncias que vivemos. As questões relacionadas com as cantinas e as empresas de catering estão devidamente acauteladas? Quando tomámos posse, a situação do serviço de refeições nas nossas escolas tinha um conjunto de reclamações por parte dos pais, das escolas e das associações de pais que nos preocupava. Tomámos medidas imediatas, no sentido de minimizar essas queixas. Fizemos com que os nossos técnicos estivessem ainda mais presentes no terreno, exigindo que a empresa que prestava esse serviço cumprisse com o caderno de encargos que tinha assinado. Percebíamos que havia falta de pessoal para confeccionar as refeições, a quantidade e a qualidade eram fracas e exigimos à empresa que cumprisse aquilo para a qual tinha sido contratada. Julgo que a qualidade melhorou bastante, as reclamações diminuíram significativamente e, por outro lado, permitiu-nos recuperar algumas verbas que não tinham sido deviamente acauteladas. Por exemplo, a empresa cobrava à câmara as refeições encomendadas e nós exigimos apenas pagar as refeições que tinham sido efectivamente servidas. Isto traduziu-se numa poupança de umas dezenas largas de milhares de euros. No próximo ano, o paradigma será diferente, o controlo de qualidade nas escolas será feito pela câmara, que vai determinar um conjunto de ementas, que têm de ser servidas. Continuaremos a acompanhar muito de perto, através das técnicas de agrupamento, o serviço dessas refeições e daremos prioridade à qualidade. Este novo paradigma de serviço de refeições permitirá ainda fazer com que os gastos com as refeições sejam mais rigorosos e que se poupe algum dinheiro. Como irão fazer essa fiscalização em termos operacionais? Introduzimos em cada um dos agrupamentos técnicas do muni-

cípio, que fazem o acompanhamento diário nas várias escolas dos vários agrupamentos. Há uma técnica por cada agrupamento, que tem também como competência ir aos refeitórios ver se as ementas estão a ser cumpridas, se a quantidade é suficiente e se a qualidade é boa. Essas técnicas fazem relatórios para o caso de haver desvios nestas situações. O objectivo é aprofundar ainda mais esta presença este ano. Como espera que tudo corra ao nível dos quadros de professores? Quer a colocação dos professores, quer a sua substituição são da competência do Ministério da Educação. Entendemos que a Educação é um serviço do Estado e que a escola pública deve ser assegurada pela Administração Central. Somos contra a municipalização das escolas e, enquanto estivermos na câmara e nos for permitido, não iremos aderir a esse sistema, porque entendemos que é um dever do Estado garantir uma escola de qualidade a todos os portugueses. Por outro lado, entendemos que a escola não se faz sem professores e isso terá custos muito grandes no que diz respeito ao sucesso e à qualidade da Educação. Sem professores não se fazem escolas e esta ideia de poupar e realizar dinheiro com o despedimento de professores e com o facto de não estarem na escola, onde deveriam estar, é algo com que não concordamos de todo. A escola e a Educação garantirão o futuro de uma sociedade. Em Loures, não iremos por aí. Esperamos que os professores estejam todos colocados na altura certa e que as escolas tenham o seu pessoal pronto a trabalhar no início do ano lectivo. Estamos a contar com isso, até porque estamos a preparar uma recep-

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Estamos muito preocupados com a situação das famílias e dos alunos que frequentam as nossas escolas. ção aos agentes educativos, no sentido de os acolher segundo as nossas ideias e mostrar-lhes aquilo que o concelho pode dar às escolas e aos alunos, tanto a nível do património, como ao nível da cultura e das tradições. Pretendemos também demonstrar a importância que damos à escola e aos agentes educativos na construção de uma sociedade melhor. É um dia em que conversamos sobre a escola e em que professores, auxiliares e associações de pais vão conviver e partilharão o projecto que iremos desenvolver em conjunto. Como reagirá a Câmara se a municipalização das escolas for uma medida vinculativa? Vai reagir com frontal oposição. Neste momento, sabemos que há algumas experiências a decorrer nalguns municípios. Defendemos que a escola pública, que foi talvez a maior conquista do 25 de Abril e permitiu que todas as crianças e jovens tivessem acesso à escolaridade, é um pilar e não abdicamos dele. O caminho deveria ser o de melhorar e diversificar a oferta da escola pública, investir na Educação e no futuro. Naturalmente que se as medidas forem centrais e obrigatórias, não teremos poder para ir contra elas, mas terão sempre a nossa mais

ENTREVISTA

frontal oposição. Como classifica o papel do Ministério da Educação em todo o processo de concurso dos professores? Defendo que as escolas devem ter um conjunto de técnicos, quer professores, quer assistentes operacionais, quer técnicos de outras áreas, quer ainda assistentes técnicos, que permita dar a resposta adequada a cada um dos alunos. O ministério deveria seguir esta linha, no entanto isso não tem sido aquilo que temos observado nos últimos tempos. Não vejo isso com bons olhos e penso que deve ser retomado o caminho da defesa efectiva da escola pública. Uma das maiores dores de cabeça para os pais são as baixas e as substituições de professores. Pensa que haveria formas de prever ou atenuar estas situações? O Ministério da Educação deveria ter esta preocupação e deveria também haver possibilidade de substituição mais rápida dentro das escolas. Mas não há. Situações de baixa por doença acontecem em todas as profissões. Cabe ao ministério prever e acautelar essas situações junto das escolas e das direcções dos agrupamentos. Está tudo pronto ao nível dos equipamentos escolares? As obras fazem-se sobretudo nestas interrupções de Verão. Neste momento, estão a decorrer obras em várias escolas, nomeadamente no Zambujal, no Jardim de Infância da Quinta de São José, em Santa Iria, na Bela Vista, na Luís de Sttau Monteiro, na Portela, na Quinta da Alegria e noutras. Estas são as obras necessárias para que o início do próximo ano lectivo decorra com mais qualidade. Até porque, no próximo ano lectivo, vamos abrir

cinco novas salas de Jardim de Infância, que é uma das principais lacunas do concelho em termos de educação: duas em Sacavém, uma em Santa Iria da Azóia e duas em São João da Talha. Vamos também transferir algumas salas de Jardim de Infância para outros equipamentos, nomeadamente no Zambujal, e estamos a trabalhar para que o número de horários normais nas escolas do primeiro ciclo aumente significativamente. E isso vai acontecer, de facto. Por vezes, por insuficiência dos equipamentos, não é possível praticar o horário normal (repartido entre a manhã e a tarde). Estamos a trabalhar juntamente com as direcções dos agrupamentos, no sentido de que, sempre que possível, este seja o horário praticado. Vai aumentar o número de turmas que vai praticar este horário no próximo ano lectivo. E em termos de política de transporte de alunos, como vai ser em 2014/2015? De acordo com a legislação, os alunos com idades até aos 18 anos, que estão a mais de três ou quatro quilómetros de distância, têm direito ao passe ou ao transporte alternativo. Temos circuitos especiais que fazem com que os alunos possam usar o transporte escolar, mesmo não estando à distância legal desses três ou quatro quilómetros. Neste sentido, fazemos o transporte de algumas centenas de alunos nestes circuitos especiais. Os alunos com necessidades especiais também são transportados pelas nossas carrinhas adaptadas para as unidades das escolas onde funcionam. No entanto, introduzimos uma nuance, que passa pela possibilidade de, se o aluno completar os 18 anos depois do ano lectivo ter começado, poder continuar a ter direito ao passe até ao final das aulas.

Vereadora Maria Eugénia Coelho entrega diplomas a alunos do Catujal (Fonte: http://www.cm-loures.pt)


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ENTREVISTA

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Temos trabalhado, ao longo destes nove meses, em estreita ligação com todos os agentes educativos, nomeadamente com as direcções dos agrupamentos, com as direcções das associações de pais e também com as IPSS, no sentido de criar alguma sintonia na acção de todos aqueles que trabalham com a educação no nosso concelho.

Tem sido dinamizada a oferta de ATL nas escolas do concelho? De que forma? Muitas das escolas do nosso concelho têm oferta de ATL, na sua grande maioria promovidas pelas associações de pais. Não é essa a sua finalidade, mas as circunstâncias fizeram com que tivessem de se reorganizar para promoverem essa oferta, utilizando, na maior parte das vezes, instalações das próprias escolas. Tem sido feito um trabalho muito importante nessa lacuna que existe a nível central. Detectámos, no entanto, que as próprias associações mostraram ser preciso haver algumas normas para o funcionamento dos ATL. Nesse sentido, vamos introduzir, em conjunto com as associações de pais, acordos para que tudo funcione com alguma harmonia. Um exemplo disto é a garantia do acesso das crianças com necessidades educativas especiais aos ATL. Pensamos que é também preciso reservar uma pequena quota para as crianças sinalizadas pelas escolas, mas que efectivamente não podem pagar, assim como estabelecer um tecto máximo de mensalidade. Pretendemos também promover a aproximação entre estes ATL e as direcções das escolas, para que todos falem a mesma linguagem. E a nível da Acção Social Escolar, o que tem sido feito? Estamos muito preocupados com a situação das famílias e dos alunos que frequentam as nossas escolas. Há um número muito elevado de crianças que necessitam da intervenção da Acção Social Escolar. As escolas e a câmara têm respostas adequadas, nomeadamente ao nível da isenção do pagamento dos almoços, dos lanches, do prolongamento de horário, na atribuição de um subsídio para a aquisição de material escolar, entre outras. Infelizmente, neste momento, é preciso assegurar que muitas famílias possam ter acesso a bens alimentares, pelo que dispomos de um conjunto de lojas sociais para combater o flagelo. Pela primeira vez, a câmara candidatou estas lojas sociais ao FEAC (Fundo

Europeu de Apoio aos Carenciados), no sentido de poder fazer com que estas lojas e as famílias que precisam de as usar tenham um conjunto de produtos que são fornecidos pela União Europeia. Note que, actualmente, entre 35 e 40 por cento dos alunos do concelho têm de recorrer ao SASE (Serviço de Acção Social Escolar). Temos igualmente um número grande de crianças com necessidades educativas especiais, pelo que estamos a trabalhar para que as escolas sejam também locais de inclusão e a apoiar o seu trabalho com estas crianças e jovens. Temos um programa de hidroterapia, em que levamos as crianças e os jovens com essas necessidades à piscina uma ou duas vezes por semana. Fazemos o transporte e temos professores especializados nessa área, ao abrigo de uma parceria com a Gesloures, e estamos muito preocupados com o que acontecerá a esses jovens quando saírem da escola. Após os 18 anos, há um vazio muito grande no nosso concelho nas respostas para estes jovens, o que faz com que as famílias encarem, nessa altura, problemas gravíssimos, por vezes, até mesmo dramáticos. Cedemos recentemente um espaço a uma instituição do nosso concelho que trabalha nessa área, para que possa candidatar-se à constituição de um centro de actividades ocupacionais para jovens adultos com deficiência. Estamos a trabalhar no sentido de que a oferta possa ser alargada a outras áreas do concelho. Como tem sido a convivência com os restantes agentes do sector educativo no concelho? Temos trabalhado, ao longo destes nove meses, em estreita ligação com todos os agentes educativos, nomeadamente com as direcções dos agrupamentos, com as direcções das associações de pais e também com as IPSS, no sentido de criar alguma sintonia na acção de todos aqueles que trabalham com a educação no nosso concelho. Promovemos, por exemplo, reuniões para debater o ensino profissional e vocacional, no sentido de articular a oferta de cada um dos agrupamentos, de modo a que se complementem e não se sobreponham. Isto apesar do Ministério da Educação ter cortado drasticamente o orçamento das escolas, impossibilitando que colocássemos a oferta que queríamos introduzir nas mesmas. Os cortes foram na ordem dos 50 por cento. No entanto, estamos a trabalhar em conjunto numa temática que seja aglutinadora do trabalho dos vários agrupamentos, relacionada com a inclusão pela arte, nomeadamente pela música, pelo teatro e pelas expressões plásticas, fazendo com que a inclusão possa também ser feita através destas actividades. André Julião

EDUCAÇÃO EM LOURES EQUIPAMENTOS EDUCATIVOS 13 Agrupamentos de Escolas 1 Escola não Agrupada Jardins de Infância – 48 Escolas 1.ºciclo EB – 58 Escolas EB23 – 13 Escolas Secundárias – 7

Nº ALUNOS DA REDE

OUTROS NÚMEROS TRANSPORTES ESCOLARES 2.308 alunos Com um custo de 1.250.110€ REFEIÇÕES DIÁRIAS Média entre setembro e fevereiro 6.335 refeições/dia 1º CICLO – AEC - Actividades de Enriquecimento Curricular 6.888 alunos

Nº total alunos – 23.261

HIDROTERAPIA 230 alunos

Jardins de Infância – 2.341 Escolas 1.ºciclo EB – 7.386 Escolas EB23 – 9.926 Escolas Secundárias – 3.608

PÓLO DE LOURES EMCN – Escola de Musica do Conservatório Nacional 71 alunos

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CULTURA

Paisagens & Patrimónios Florbela Estêvão

Arqueóloga e museóloga A povoação de Santo Antão do Tojal, localizada junto à várzea de Loures, possui um tesouro que possivelmente muitos ainda não conhecem: a sua Praça Monumental, que inclui o majestoso Palácio-Fonte, a Igreja, e o Palácio dos Arcebispos, como é normalmente conhecido (o qual actualmente alberga a Casa do Gaiato), com os seus jardins. Esta paisagem urbana é sem dúvida um núcleo excepcionalmente qualificado, e isso traduzse na sensação de harmonia experimentada pelo visitante e, certamente, por todo aquele que pode usufruir desse espaço no seu quotidiano. Este sentimento de bem-estar, que um ambiente arquitectónico digno desse nome sempre promove – e neste caso estamos perante um excelente complexo barroco – é aqui completado com a presença da água, que jorra das várias bicas existentes, com os seus belos mascarões, e cujo som refresca o ambiente, especialmente nos dias de calor. De facto, quando se chega a este local é impossível não ficar agradavelmente surpreendido pela arquitectura do conjunto, pelo espaço desafogado, que permite ao visitante ter uma sensação de amplitude, de tal modo que até pode causar, a quem não tenha informações prévias sobre este conjunto arquitectónico, alguma

surpresa. Na verdade, esta configuração e monumentalidade são muito raras em zonas rurais, como seria esta povoação na altura em que a praça foi edificada, no século XVIII, antes do terramoto de 1755, quando era apenas superada pelo então já imponente Terreiro do Paço, virado ao rio Tejo. Mas esta excepcionalidade explica-se pelo facto da propriedade estar ligada a figuras importantes da hierarquia da igreja lisboeta, e mesmo, depois, ao seu patriarcado, na pessoa de D. Tomás de Almeida, que mandou fazer obras de ampliação na primeira metade do século XVIII. Passou então a ser a residência de verão dos arcebispos e patriarcas de Lisboa. Convém recordar que a várzea de Loures, como seria de esperar, nem sempre teve a configuração actual, e a paisagem que se vislumbrava deste local seria muito distinta daquela que hoje podemos observar. As obras de drenagem realizadas no início do século XX vieram reconfigurar esta vasta bacia; mas, em períodos não muito distantes, o rio era navegável até Santo Antão, e foi por isso que muitos dos materiais usados na construção do Convento/Palácio de Mafra foram descarregados nos cais que aí havia, antes de seguirem para as obras de Mafra em

carros de bois. Aliás, no livro “Memorial do Convento” de José Saramago há referências, certamente romanceadas, sobre estes acontecimentos. Mas não eram só os materiais que aqui aportavam; o próprio rei D. João V muitas vezes deslocava-se de barco à povoação, onde pernoitava, e depois daí seguia para acompanhar as obras que estavam a decorrer em Mafra. Aliás, precisamente para de certo modo rivalizar com o Patriarca de Lisboa, o proprietário do vizinho Palácio de Pintéus tratou de fazer melhoramentos na sua propriedade particular, para também ele poder receber a comitiva real, como aconteceu. Começando pela Igreja Matriz, é notável o conjunto escultório que preenche os nichos exteriores da fachada deste edifício religioso. Uma antiga igreja, que ali existiria em ruínas, foi reedificada no século XVI, em 1554, portanto no reinado de D. João III. Mas depois foi sofrendo alterações e reformulações e, no século XVIII, com as grandes obras promovidas por D. Tomás de Almeida (nova fachada, revestimentos de azulejos e, no interior, talha dourada, etc.) foi dedicada à Imaculada Conceição. Logo na galilé que antecede a entrada no templo (bem visível mesmo que a igreja se encontre fechada) podemos observar um magnifico

Vista parcial da Praça, com a Igreja e o Palácio dos Arcebispos de Santo Antão do Tojal

conjunto de painéis de azulejos. Mas entremos na Praça, e logo se destaca um grande brasão de armas encimando um portal que dá acesso ao Palácio dos Arcebispos. Este palácio está associado ao Palácio-Fonte monumental, todos mandados construir por D. Tomás de Almeida (primeiro Patriarca da cidade de Lisboa) que encomendou o projecto deste conjunto ao arquitecto italiano António Canevari. Com efeito, este arquitecto esteve desde 1725 ao serviço do monarca português, D. João V, e foi responsável por vários projectos no país, com destaque para a expansão do Paço da Ribeira (no Terreiro do Paço). Por curiosidade – e porque isso era muito importante para o “espírito do barroco”, digase que foi também responsável pela programação de fogo-de-artifício efectuado em janeiro de 1728 em Lisboa, aquando do casamento da infanta D. Maria Bárbara com D. Fernando, o Príncipe das Astúrias. O famoso arquitecto foi pois o responsável pela remodelação do Palácio dos Arcebispos, trabalho que decorreu entre 1728 e 1732, e que abrangeu a construção do palácio-fonte, além de um aqueduto para abastecimento de água à propriedade, e de um chafariz existente em Santo Antão do Tojal (para serviço da população), obras a que ainda não me

tinha referido. O projecto inicial era porém ainda mais ambicioso, e incorporava outros edifícios, de certa forma inusitados em meio rural. Mas, apesar disso, a Praça consegue, como disse, ser um espaço monumental, único, um exemplo da arquitectura barroca portuguesa – embora o autor da traça seja estrangeiro, mas isso é uma constante de toda a nossa história artística -, e sem dúvida um local a conhecer, porque dignifica o concelho e enriquece o visitante. Quem desejar visitar o interior do Palácio e os seus jardins – com painéis de azulejos, pombais, tanques, etc. – pode contactar previamente a Casa do Gaiato de Santo Antão do Tojal ou, então, o serviço educativo do Museu Municipal de Loures. No interior do Palácio, nas escadarias de acesso ao andar nobre, existem – como é típico do Barroco – várias Figuras de Convite, designação que se dá a imagens humanas (aqui masculinas, e em azulejo) de tamanho real, existentes nas paredes, e que servem para acentuar o carácter nobre do espaço a que o visitante iria aceder, simbolizando o acolhimento do poderoso proprietário. Tal como se fosse eu própria uma dessas figuras, convido então o leitor a visitar o sítio e a fruir este magnífico rincão do nosso concelho de Loures.

Palácio-fonte monumental de Santo Antão do Tojal


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CULTURA

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Ninho de Cucos

Festival de Verão NOS Alive 2014 O rescaldo João Alexandre Músico e Autor

- Cass McCombs, a matriz de Television/Velvet Underground e boas canções. - Daughter, bonito, de sala cheia e público rendido.

O maior festival musical de Verão, urbano e com praia por perto resiste ano após ano às crises económicas, às crises de crescimento e identidade e até a um cartaz onde porventura faltariam um ou dois nomes capazes de equilibrar diariamente um cardápio, ainda assim com nomes bem sonantes. Dezenas de milhares de pessoas oriundas de todos os cantos do mundo acabaram por inundar o recinto nos três dias do Alive. O agora denominado NOS Alive deu origem a muitas páginas de jornais, revistas e outras publicações, inúmeros posts nas redes sociais, opiniões, discordâncias indignadas, concordâncias em carneirada, muito vento e pó, cerveja e erva, personagens no espaço vip que parecem completamente alheadas do que decorre e um espectro etário cada vez mais alargado e ligado aos seus smartphones enquanto decorrem

as actuações das largas dezenas de artistas que compõem o cartaz do evento. Naquela que é orgulhosamente a primeira presença oficial do Notícias de Loures num grande evento musical, a qual desde já agradecemos à Everything is New, aqui vos deixamos uma opinião (no caso específico é mesmo uma opinião e não um relato) de alguns dos concertos a que assistimos. Tal como em edições anteriores, o palco Heineken em nada ficou a dever ao NOS (o palco principal). Dada a sobreposição de concertos em palcos diferentes e até porque física e mentalmente nao havia disponibilidade ou capacidade para mais, registamos de forma abreviada os “ + ”, os “ + ou - ” e os “ - “ do Alive. (+) Gostamos de: - Elbow, nao há ali uma nota em

falso e as canções são grandes em tamanho e beleza. - War on Drugs, um improvável casamento entre Dylan e shoegaze e uma banda ultra competente. - Chet Faker, com algum hype da imprensa, especialmente a portuguesa mas que se justifica neste caso e especialmente neste concerto... cruzamentos de soul, jazz e house na voz quente de um enérgico Faker (Murphy). - The 1975, uma boa prestação, viva e teen, com algum “óleo” à mistura e muito à la Thompson Twins, mas em crescendo até ao fim da actuação. - Drenge, um duo poderosíssimo de guitarra e bateria!...Jack White que se cuide. - Jungle, não assistimos a todo o espectáculo mas confirma-se a delícia e o álbum recentemente lançado merece crédito e a escuta. Electrónica elegante em "Time for Jungle".

(+ ou -) Morno: - MGMT, a banda não terá aqui assinado a sua melhor actuação, faltou-lhes garra e isso passou claramente para o público desconcentrado e que apenas acordou em “Time to pretend” e “Kids”. - Foster the People, talvez demasiado leve mas com empenho e momentos agradáveis. - Arctic Monkeys, provavelmente a banda que fez vender mais bilhetes para o Alive 2014. Demasiadamente colado ao som dos Queens of the Stone Age, talvez fruto da produção e colaboração com Josh Homme, os Arctic Monkeys demonstraram competência nesse stoner rock de riffs marcados e foram totalmente venerados por um público que preenche as playlists dos seus telemóveis e mp3 com “do i wanna know” ao lado de “não me toca” e “happy”. Ok, não vem mal nenhum ao mundo por isso! - Black Keys, mais que nunca submeteu-se no Alive a ser uma banda de one hit wonder, leia-se “Lonely boy”. - Interpol, com pena nossa mas não podemos dizer que tenha sido um grande concerto porque não foi, começando por um som deficiente e insuficiente para o palco principal. - Au Revoir Simone, com uma discografia bem interessante esperaríamos e desejaríamos mais e melhor da performance ao vivo mas de novo mais problemas técnicos acabariam por

condicionar muito a actuação. - Libertines, com o recinto já meio despido foi com certeza uma escolha que terá dado azo a um debate interno entre a organização. A banda nem esteve mal, verdade seja dita mas aquela hora havia muita coisa excitante a passar-se nos outros palcos. (-) Nao gostamos: Unknown Mortal Orchestra, nao foram só os problemas técnicos iniciais (e aos quais a banda até será alheia) e que levaram o técnico da banda a estar possesso com o pessoal de apoio, mas também não são os solos infindáveis e tribais de bateria ou descargas de distorção que transformam tudo num bom concerto. Uma coisa é gostarmos de uma banda. Outra é dizer que um concerto foi bom só porque gostamos da banda. É que infelizmente tal por vezes não acontece! O balanço do NOS Alive 2014 é muito positivo! A organização geral e as infra -estruturas do Festival melhoram de ano para ano o que é de realçar e demonstra atenção, acompanhamento e preocupação dos responsáveis em corrigir o que de menos bom se possa ter passado nas edições anteriores. Os horários dos concertos foram escrupulosamente cumpridos e apesar de alguns problemas técnicos nos palcos havia sempre, em qualquer momento do evento algo de interessante a acontecer… Faltará talvez uma relvinha no lugar da terra batida, assim em jeito de pedido… Que venha o próximo em 2015!


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CULTURA

AGENDA

CULTURAL Rancho “Os Ceifeiros da Bemposta” comemora aniversário

No dia 6 de Setembro o Rancho de Folclore e Etnografia “Os Ceifeiros da Bemposta” celebra o seu 47º aniversário. Para comemorar a data elaborarou o seguinte programa: 19h00 – Jantar Convívio 21h00 - Entrega de Lembranças 21h30 – Demonstrações Etnográficas: - Rancho de Folclore e Etnografia “Os Ceifeiros da Bemposta" - Rancho Folclórico de Perosinho (Vila Nova de Gaia) - Rancho Folclórico de Paranhos da Beira (Seia) - Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré

Moscavide Sunset

A Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, em colaboração com os comerciantes locais, levará a cabo o Sunset Moscavide no dia 13 de Setembro, entre as 16 e as 24 horas.

Loures Fashion Design - Casting (entre os 16 e 30 anos)

A Câmara Municipal de Loures procura de jovens, entre os 16 e os 30 anos, rapazes e raparigas, para um casting de moda que vai realizar-se dia 13 de setembro, na Casa da Cultura de Moscavide. Os selecionados irão desfilar, no dia 20 de setembro, no Loures Fashion Design. O casting será às 16h00 e às 19h00.

Encontro de Modelismo de Loures

No dias 13 e 14 de Setembro decorrerá entre as 10 e as 19 horas, no Pavilhão Multiusos, no Parque da Cidade em Loures, o Encontro de Modelismo de Loures. Para aqueles que não conhecem será uma excelente ocasião para ficarem a perceber a paixão de adultos por um conceito de criança.

Encontro sobre Guerras Napoleónicas em Portugal

A Câmara Municipal de Loures e a Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres organizam, nos dias 18 e 19 de setembro, o I Encontro sobre Arqueologia e Museologia das Guerras Napoleónicas em Portugal, que decorrerá no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures.

Exposição de Fotografia "Prazeres Comuns"

Até 20 de Setembro, visite a exposição “ Prazeres Comuns” patente na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe. Uma exposição de Ana Ribeiro e João Mac Santos.

Sábados em Cheio

Nos sábados 20 e 27 de Setembro vive um dia em cheio na Biblioteca José Saramago. No dia 20, pelas 15horas, assista a “ Contos Pulga” de Beatriz Osés e no dia 27 à mesma hora a “ OTTO, Autobiografia de um Urso”, de Tomi Ungerer. Entrada Livre.

Tiago R. Santos ensina a escrever para cinema

No dia 11 de Setembro, entre as 14 e as 20 horas, Tiago R. Santos irá dar um workshop sobre como escrever guiões de ficção para cinema. Compreender a estrutura da ficção cinematográfica e dos vários elementos que fazem parte da escrita de guião. O workshop decorrerá na Restart e tem um número limite de 16 vagas, que são abertas a todos os interessados com mais de 17 anos.

Bobadela Vila Rock

Nos dias 12 e 13 de Setembro realiza-se a 4ª Edição "Festival - Bobadela Vila Rock 2014. Local: Recinto das festas da Bobadela.

Dia do Bem-Estar na Biblioteca José Saramago

No dia 13 de Setembro entre as 10h00 e as 17h00 na Biblioteca José Saramago ( Loures) promove-se o Dia do Bem- Estar com actividades de Ioga, Concertos para bebés, contos e degustação. Inscreva-se até dia 10 de Setembro através do e-mail: bmjs@cm-loures.pt ou 211 151 262.

”Os Gatos não Têm Vertigens” estreia dia 25

O mais recente filme de António-Pedro Vasconcelos “Os Gatos não Têm Vertigens”, que conta com o argumento do portelense Tiago R. Santos irá estrear no próximo dia 25 deste mês. Além de ter escrito os filmes “Call Girl” e “A Loira e o Papparazzo”, este argumentista trabalhou em séries como “Liberdade 21”, “Conta-me como Foi” e “Filhos do Rock”.


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DESPORTO

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”Sacavenense é nova «fábrica» de talentos” O rigor orçamental não tem impedido o Sport Grupo Sacavenense de crescer. Prestes a inaugurar um novo relvado sintético, o clube foi reconhecido pela Câmara Municipal de Loures pela conquista do Campeonato Nacional de Juniores da II Divisão. Mas o clube não quer ficar por aqui. Com mais de um século de existência, o Sport Grupo Sacavenense parece ter ganho uma vida nova. Campeão nacional de juniores da II Divisão, o emblema de Sacavém tem conseguido manter-se no Campeonato Nacional de Seniores e ceder vários dos seus jogadores aos grandes «tubarões» do futebol nacional. Apesar das dificuldades financeiras, o Sacavenense faz da formação a sua principal bandeira e apela à Federação Portuguesa de Futebol que ajude os clubes mais pequenos com as despesas da organização dos jogos. Climério Ferreira, relações públicas e assessor da presidência do Sacavenense revelou ao “Notícias de Loures” a que se deve o bom momento do clube.

tos na forja e, neste momento, somos um clube apetecível para os empresários. Todos os dias, aparecem aqui empresários para ver as nossas «pérolas». O assédio de empresários e dos clubes é constante, por vezes até de uma forma deselegante.

O Sacavenense parece estar em alta, sobretudo no que toca à formação. Recentemente, foi mesmo reconhecido pela Câmara Municipal de Loures, por ter vencido o Campeonato Nacional de Juniores da II Divisão. O que significa para a direcção este prémio? O Sacavenense está em alta em vários aspectos, nomeadamente na modernização do seu complexo desportivo, no crescimento da sua organização e do rigor na tesouraria e ainda a nível desportivo. Trata-se de um clube que não dá um passo maior do que a perna. Este é um Sacavenense de rigor. Um dos nossos objectivos é recuperar perdas do passado a nível financeiro, para que o clube possa ser digno dos 104 anos que o Sacavenense tem. Somos um clube com muita história e por onde passaram grandes atletas e grandes dirigentes. Não somos um clube qualquer, somos mesmo um grande clube!

E no que respeita ao futebol sénior? Estamos num campeonato difícil, temos que ter em linha de conta que o orçamento do Sacavenense é terrivelmente inferior em relação à maior parte dos outros clubes. Mas, também temos as nossas linhas para fazer o nosso pano. Temos como objectivos mantermonos no Campeonato Nacional de Séniores, porque para ir mais longe é preciso criar raízes e estruturas, o que, neste momento, não é possível, pois a direcção debate-se com grandes dificuldades financeiras. As juntas de freguesia e as câmaras municipais estão falidas e vão criando uma bola de neve que acaba por atingir os clubes. E não é com as receitas dos jogos que os clubes conseguem sobreviver. A despesa da organização de um jogo, incluindo o policiamento, ronda os 1200 euros. Como as receitas, por jogo, rondam os 200 euros, ao fim de 18 jornadas, o resultado é negativo. E assim é difícil sobreviver. A Federação Portuguesa

O que mudou na formação do clube e começou a motivar os

Quais os objectivos do Sacavenense para os próximos anos no que toca à formação? É manter este nível e, se possível melhorá-lo ainda. Queremos bater-nos de igual para igual com o Benfica e o Sporting. É uma meta ambiciosa, mas tenho visto que se trabalha muito bem em Sacavém ao nível da formação. Há bons técnicos, boa organização e isso pode ser bastante importante para o futuro.

resultados recentes? Foi desenvolvido um grande poder de organização e de angariação de parceiros que defendem os interesses do Sacavenense. Neste momento, o Sacavenense é já a terceira potência em termos de futebol de formação em Lisboa. E mesmo a nível nacional, também já pede meças. Estes desenvolvimentos na formação vão ser seguidos ao nível do futebol sénior? Sim, a intenção é haver um aproveitamento deste trabalho que está a ser feito na formação para, no futuro, jogar com a «prata da casa» e assim ter boas equipas com orçamentos reduzidos. Vamos trabalhar com o que formos produzindo ao longo das épocas. Temos tido inúmeros talentos, alguns deles foram já para os grandes clubes, e é com isso que vamos viver. A formação do Sacavenense

tem cedido alguns dos seus melhores jogadores aos clubes grandes, como o recente caso de João Palhinha para o Sporting. Há outros talentos na forja em Sacavém? Temos cedido esses jogadores para que possamos ter algumas contrapartidas financeiras no futuro. No entanto, com os regulamentos actuais, as contrapartidas financeiras começam a ser minguadas para os clubes pequenos. Os clubes como o Sacavenense constroem grandes jogadores e cedem-nos aos clubes grandes. Vê-se que as selecções nacionais são depois constituídas por jogadores de clubes como o Sacavenense, o Damaiense, o Futebol Benfica e outros. Estes clubes chamados «pequenos», são na verdade grandes clubes, pois substituemse ao Estado, tiram as crianças da rua para as levarem para as suas instalações para praticar a modalidade de que tanto gostam. Temos muitos talen-

de Futebol (FPF) devia ter mais atenção em relação às receitas e contrapartidas respeitantes às despesas. Se os clubes desistirem dos campeonatos, resta uma federação de selecções e os torneios acabam. Tenho pena que os clubes mais pequenos continuem a ser marginalizados pelas entidades governamentais e pela FPF. E como poderia a FPF ajudar os clubes? A FPF podia criar uma organização de jogo que contemplasse o prémio da arbitragem, restringindo os custos da organização a valores entre os 400 e os 500 euros. Isso já era uma grande ajuda. Caso contrário, partimos sempre com prejuízo. Onde o Sacavenense quer estar daqui por cinco anos? Queremos estar na Primeira Divisão, ao nível dos juniores, e manter as mesmas quatro categorias nos campeonatos nacionais. Nos séniores, gostávamos de estar na Segunda Liga. O Sacavenense tem as contas em dia? No mandato actual, o deve e o haver está totalmente regularizado. E ainda estamos a pagar facturas do passado. A política desta nova direcção, que entrou há quase dois anos, é gastar em função das receitas do clube. Esta direcção tem sido uma equipa de combate, que «dá o corpo às balas» e enfrenta as dificuldades que o clube tem. Tem feito muita obra, com o auxílio de parceiros, como a Junta de Freguesia de Sacavém e a Câmara Municipal de Loures, de onde se destaca o novo relvado sintético, que está prestes a ser inaugurado. O Sacavenense é hoje um clube que não pára e que está em constante crescimento. André Julião


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DESPORTO

Decisão da FPF «revolta» futsal da AM Portela A Federação Portuguesa de Futebol recusou o recurso do futsal da AM Portela, mantendo SC Braga e Rio Ave na Primeira Liga. Uma decisão «revoltante» mas que, para Rui Rego, dirigente do clube, “não altera um milímetro” à estratégia do emblema, de “estar nos oito melhores do país daqui a cinco anos”. “Revolta” e “sentimento de injustiça” foram algumas das emoções que passaram pelo espírito de Rui Rego, dirigente da Associação de Moradores da Portela (AM Portela), quando conheceu, no passado dia 8 de Agosto, a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que, na prática, manteve o SC Braga e o Rio Ave no principal campeonato do futsal português, optando por ignorar o recurso interposto pela AM Portela. O emblema portelense havia interposto um processo para anular a decisão do Conselho de Justiça da FPF, que permite ao SC Braga e ao Rio Ave manterem-se na Primeira Liga de futsal. Em causa, está a violação do regulamento da prova, que obriga a que todos os clubes da primeira divisão tenham escalões de formação nos anos anteriores, o que não se verifica nos dois emblemas nortenhos. “Os regulamentos das provas oficiais obrigam a que os clubes que disputam as competições nacionais tenham tido, na época anterior, pelo menos, Juniores A e Juniores B a competir nos campeonatos nacionais ou distritais”, revela Rui Rego. “Tratase de um dos requisitos de qualificação para as provas, mas o que se verificou é que muitos clubes não cumprem esta norma e fazem-no com o beneplácito da FPF”, acrescenta o dirigente. Concorrência desleal Estão nesta situação, segundo dados do emblema portelense, 23 clubes de todas as divisões do futsal português, uma situação que, para o responsável da AM Portela, comporta “concorrência desleal, até porque a formação custa dinheiro e há clubes que passaram a investir menos na equipa sénior para terem formação, enquanto outros canalizam todas as verbas para a equipa principal”. De acordo com as regras deste regulamento, aprovado em 2013, a AM Portela exige a despromoção de SC Braga e Rio Ave, o que colocaria o clube de Loures automaticamente na Primeira Liga, dado ter sido o segundo classificado da sua série (série B), falhando a subi-

da ao principal escalão do futsal apenas pelo confronto directo com o Burinhosa. No entanto, a FPF alegou incumprimento por parte da AM Portela dos prazos processuais previstos no regimento do Conselho de Justiça, absolvendo os réus da instância, o que na prática significa que o SC Braga e o Rio Ave se mantêm na Primeira Liga. A FPF já havia igualmente rejeitado um recurso interposto pelo Piedense no mesmo sentido. No entanto, segundo Rui Rego, “a AM Portela cumpriu escrupulosamente os prazos ali previstos, pelo que esta decisão só pode ter como propósito o facto de a FPF não querer conhecer o mérito do recurso, assim protegendo os clubes que com ele poderiam ser prejudicados”. Ainda não há decisão sobre os próximos passos a tomar, sendo que “a AM Portela está a estudar as hipóteses de reacção a esta decisão”, revela Rui Rego. David vs Golias Embora o regulamento possa, em teoria, dar razão à equipa da AM Portela, a verdade é que se trata de uma “guerra” de David contra Golias, algo que Rui Rego não temia, pese embora o peso desportivo de clubes como o SC Braga ou o Rio Ave. “Até conhecer o acórdão do Conselho de Justiça da FPF não temia isso, mas depois de o conhecer tenho a certeza de que a FPF, incluindo o seu Conselho de Justiça, tudo farão para proteger os clubes incumpridores”, acusa Rui Rego. “É pena que tenha sido esta a posição do Conselho de Justiça da FPF, pois parece-me que assim os campeonatos não começarão nos prazos previstos, com enorme prejuízo para todos os clubes envolvidos”, acrescenta. O dirigente da AM Portela vai ainda mais longe, sustentando que “a decisão da FPF, que tudo faz para não conhecer do recurso por nós interposto, vai originar uma batalha jurídica com consequências negativas para todos os clubes envolvidos nos campeonatos nacionais”. Uma “verdadeira escola de futsal”

Embora não tenha conseguido, por pouco, a subida à Primeira Liga, o futsal da Portela está em alta e em franca evolução. Os resultados estão aí para o comprovar e os objectivos a curto e médio prazo são ambiciosos. “Em três anos, fomos campeões da terceira divisão e ficámos em terceiro e em segundo lugar na segunda divisão. Na formação, embora os resultados desportivos tenham sido muito bons, temos ainda muito que melhorar”, recorda Rui Rego. Identificando a formação como a maior lacuna do clube, Rui Rego está ciente do caminho a seguir: “Temos que cativar mais jovens para a prática da modalidade, criar melhores condições de trabalho para os nossos treinadores e melhorar a nível organizativo”. Para tal, a AM Portela está a implementar um projecto a médio prazo, sobretudo no que respeita à formação. “Contratámos um coordenador com uma larga experiência na área formativa que irá, em colaboração com o resto da estrutura do futsal, desenvolver um projecto que a AM Portela nunca teve: uma verdadeira escola de futsal”, revela Rui Rego. Ao mesmo tempo, a AM Portela está a tentar colabo-

rar com as escolas do agrupamento da Portela, com a Junta de Freguesia e com diversas outras instituições locais para que o futsal seja cada vez mais conhecido. “Tenho o sonho de transformar a Portela na terra do futsal”, confessa Rui Rego. “Se o conseguirmos, iremos triplicar ou quadruplicar o número de praticantes e assim iremos crescer de forma sustentada”, explica. Estar no Top 8 em de cinco anos Um projecto que eleva as metas da AM Portela bem alto, como conta o responsável: “Penso que, se o projecto que está a ser construído for mantido, seremos, daqui a cinco anos, uma das oito melhores equipas nacionais. Essa é a minha ambição, sabendo, no entanto, que o caminho é difícil e que, no desporto, há um grau de subjectividade grande, pois, às vezes, a bola bate no poste”. As infraestruturas já existem e os financiamentos podem estar a caminho, como explica o dirigente: “Celebrámos, este ano, um protocolo com a Zona Óptica, que poderá, a médio e longo prazo, colmatar essa lacuna”. No entanto, para voltar

a estar entre os grandes, a AM Portela prefere apostar num trabalho sustentado e que permita uma subida consolidada e não apenas brilharetes ou fogachos ocasionais. “Basta ver que, este ano, não subimos à Primeira Liga por uma questão de golos, pois acabámos o campeonato com os mesmos pontos do que o primeiro classificado”, recorda Rui Rego. “Mas a nossa filosofia não é subir a todo o custo, por isso, a nossa aposta é na formação”, acrescenta. Trata-se, sobretudo, de uma questão de prioridades e de opções estratégicas. De acordo com o dirigente da AM Portela, o clube até teria “condições para contratar jogadores que dessem garantias de subir de divisão, dentro da subjectividade do desporto, claro está, mas preferimos não o fazer porque preferimos apostar na formação”. O futuro, segundo o dirigente, passa mesmo pelos jovens: “O que queremos é formar os nossos jovens da formação, pois acreditamos muito no valor desses nossos atletas e temos a certeza de que, com eles, dentro de alguns anos, teremos uma equipa muito competitiva”. André Julião


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DESPORTO

David Grachat ganha medalha de bronze David Grachat, atleta da Gesloures, no passado dia 5 de Agosto ganhou em Eindhoven, na Holanda, a medalha de bronze na prova de 400 metros livres S9 (natação adaptada) com o tempo de 4 min 26 seg e 61 cent. Para além desta prova, o atleta português participou nos 50 e nos 100 metros livres S9, tendo alcançado, em ambas as provas, o 6º lugar. Uma excelente prestação do atleta lourense de 27 anos, estudante de Ciências do Desporto e que já teve um documentário exclusivo com a sua história “S9 – David Grachat”, realizado pelo luso-brasileiro Filippe Gonçalves em 2011, que efectuou este documentário para apresentar como tese final do curso de “Cinema” na Universidade da Beira Interior (UBI). O Campeonato Europeu de Natação Adaptada realizou-se entre 4 e 10 de Agosto e além de David Grachat, contou ainda com outro atleta da Gesloures, João Pina, que esteve presente na final dos 50m livres (S2) acabando em 8º lugar, com o tempo de 1 minuto, 21 segundos e 82 centésimos, tendo batido o recorde nacional nas eliminatórias, com o tempo de 1 min 20 seg e 87 cent. Ambos os atletas foram saudados pela Câmara Municipal de Loures. Parabéns aos atletas e à Gesloures, que desta forma prestigiaram o desporto nacional, dando relevo ao desporto de Loures.

Ivan Santos campeão nacional Ivan Santos, em representação da Associação Desportiva Leões Apelaçonenses, sagrou-se, nos dias 26 e 27 de Julho, campeão nacional de decatlo. Este feito foi alcançado através de uma excelente pontuação, 6 330 pontos, o que serve para abonar ainda mais no fito alcançado. Tal como os atletas da Gesloures, também Ivan Santos e o seu clube receberam uma saudação da autarquia, que foi decidida por unanimidade.

Mostra do Desporto Local A organização é do Desportivo Olivais e Moscavide que desafiou os clubes locais a marcarem presença numa demonstração das diversas modalidades desportivas que podem ser praticadas na zona oriental de Lisboa incluindo Loures (Moscavide e Portela). O evento que terá lugar na próxima segunda feira dia 8 de Setembro pelas 18h no Pavilhão do antigo Bingo do CDOM pretende reunir no mesmo espaço modalidades como Basquetebol, Ténis, Futsal, Judo, Ballet, Ténis de Mesa, Padbol, Ginástica, Futebol Americano, Desportos Náuticos, Triatlo e futebol. Este evento contará ainda com a apresentação do “Plano Nacional de Ética no Desporto” promovido pelo IPDJ, que ficará a cargo da embaixadora da Federação Portuguesa de Futebol Carla Couto. Nuno Delgado, Jorge Amaral e Paulo Futre completam a lista de convidados de honra do evento que também contará com

a presença de representantes da Associação de Futebol de Lisboa, das Juntas de Freguesia de Moscavide e Portela, Olivais e Parque das Nações bem como da Câmara Municipal de Lisboa e de Loures. O regresso às aulas começa no Estádio Alfredo Marques Augusto neste evento que visa sensibilizar adultos e principalmente jovens para a importância da prática desportiva. A comunicação da Carla Couto incidirá ainda sobre a educação e promoção de valores sociais através do desporto. O evento é de entrada livre e contará ainda com algumas surpresas, demonstrações e zonas de experimentação/sensibilização, onde o participante poderá ter contacto com a modalidade e obter informações sobre os clubes e locais onde poderá praticar desporto. Mais informações em: www.facebook.com/serdesportivo

Torneio de Outono na AM Portela Futebol de 5 - Torneio Outono 2014 e Taça AMP Organização: AM Portela Jogos: Sintético da AM Portela Inscrições: Até 30 de Setembro - Limitado a 16 equipas Valor da inscrição: 150 euros (mínimo 4 jogos) Prémio: 300 euros para o vencedor do Torneio e diversas taças e troféus em disputa Início: 1º fim-de-semana de Outubro Jogos ao fim-de-semana

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SAÚDE

Para relaxar da preocupação do regresso às aulas, divirta-se com as crianças a preparar este saudável Anabela Pereira Nutricionista

Alimentação das crianças no regresso às aulas Com o regresso às aulas surgem algumas preocupações com a alimentação das nossas crianças. Que alimentos estão disponíveis no bar? O que vão almoçar e jantar? Que merendas podem levar de casa? Não desespere… existem algumas sugestões práticas para gerir da melhor forma a alimentação dos mais pequenos. Comece por planear as refeições para a semana, que ingredientes vão ser precisos e o que vai ter que trazer do supermercado. Para executar esta tarefa envolva os seus filhos, escolha com eles as refeições e os lanches para levar para a escola e peça ajuda na preparação e confecção. Muitas vezes as crianças rejeitam os lanches, que levam de casa e preferem comer um bolo ou batatas fritas na escola, porque estes lhe foram impostos. Atenção ao pequeno-almoço, pois este é fundamental para fornecermos ao organismo a energia e os nutrientes necessários ao começo de um novo dia. Deve incluir pão ou cereais, com pouco sal e açúcar, um copo de leite ou derivados e fruta. Não se esqueça que o almoço e o jantar devem iniciar-se com um prato de sopa, pois esta é rica em vitaminas, minerais, fibra e água, componentes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Varie a sua alimentação, conheça as ementas dos seus filhos. Se ao almoço na escola comeram carne, em casa ao jantar dê-lhes peixe. Varie os acompanhamentos, ofereça-lhes vários tipos de frutas e iogurtes. Tenha atenção aos horários, evite que os seus filhos cheguem a casa com fome ou saiam de casa apenas com um copo de leite. Não seja demasiado restritivo com as guloseimas, os bolos, os chocolates, os gelados e outras tentações que fazem parte da nossa vida. Lembre-se que “o fruto proibido é o mais apetecido”, por isso é preferível ensinar os seus filhos a dosear o consumo destes alimentos. Por exemplo, no fim-de-semana preparar um bolo caseiro com os seus filhos para depois o saborearem em família ao lanche. Dê o exemplo… não se esqueça que os pais são os ídolos das crianças! Os seus filhos só vão adquirir bons hábitos alimentares se tiverem boas referências. Lembre-se que os hábitos alimentares que lhes incutimos desde cedo influenciam o seu estado de saúde no futuro. Boas escolhas alimentares e um bom regresso às aulas!

bolo de maçã e nozes Ingredientes

Preparação

• 100g de farinha integral

1. Junte o azeite ao açúcar e mexa até estarem totalmente misturados.

• 100g de farinha de trigo

2. Junte os ovos um a um e mexa.

• 100g de nozes

3. Adicione a canela e mexa.

• 100g de açúcar

4. Junte a farinha integral e depois a farinha de trigo, mexendo sempre entre cada adição.

• 4 maçãs • 4 ovos • 1 colher de chá de canela • 1 colher de chá de azeite

5. Adicione as maçãs fatiadas. 6. Junte as nozes e coloque a massa numa forma previamente untada com azeite. 7. Coloque a forma no forno pré-aquecido a 180º.


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SAÚDE

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Cuidados com o sol A pele é o maior órgão do nosso organismo e tem como principal função a sua protecção. Assim sendo, por ser a barreira mais externa do corpo humano, está exposta a todas as agressões do meio que nos rodeia. Uma dessas condicionantes externas a que a pele é muito susceptível é o sol. Por um lado, sabemos que este é essencial à vida na terra, ao funcionamento equilibrado dos ecossistemas e também à saúde humana, providenciando luz, calor, bem-estar e alguns elementos essenciais à saúde, como a vitamina D. Mas por outro lado, os seus efeitos podem ser nefastos para a saúde, sobretudo se a exposição for excessiva e se não forem tomadas as devidas precauções. A principal componente do sol responsável pelos seus perigos é a conhecida radiação ultravioleta (UV). Esta radiação, que não se vê nem se sente, é capaz de penetrar em profundidade na pele e causar danos irreversíveis. Além disso, é importante estar ciente de algumas das suas propriedades para que nos possamos defender: a radiação UV tem capacidade de atravessar as nuvens, reflecte-se no chão e na água, varia com a altura do ano e com a altura do dia… conhecer estas características alerta-nos para o facto de que, por exemplo, mesmo num dia enublado devemos tomar precauções, ou que estar exposto ao sol às 9h da manhã ou às 13h da tarde não acarreta um risco igual. Tal como é já amplamente conhecido, o maior risco da exposição solar é o cancro da pele. Tratase de uma doença séria, que se manifesta muitos anos após as exposições de risco e que pode ser prevenida com gestos simples no nosso dia-a-dia. As suas manifestações frequentemente não são evidentes para quem não as conheça, pois surgem sob a forma de sinais cutâneos cujas características diferem apenas discretamente dos sinais que todos temos. Podemos saber algumas características de alerta, como o aumento rápido de tamanho de um sinal que já existia, a presença de várias cores num mesmo sinal, ter bordos irregulares, etc., mas o ideal será prevenir o seu aparecimento com os cuidados certos durante toda a vida. Naturalmente, há pessoas cujo risco é maior do que outras, como as pessoas de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos

louros ou ruivos ou que tenham sardas ou muitos sinais. Se para estas pessoas os cuidados devem ser redobrados, isto não significa que quem tenha uma pela morena não deva protegerse, pelo contrário, os cuidados são para todos. Assim, as principais medidas de protecção da pele contra a radiação solar prejudicial são as seguintes: 1 - Evitar a exposição solar nas horas mais perigosas: é recomendado evitar a exposição solar entre as 12h00 e as 16h00, sendo que as horas mais apropriadas são antes das 11h00 e depois das 17h00. 2 - Procurar sombra: Esta é a melhor forma de nos protegermos do sol, ainda que não completamente. Existe uma regra simples - a regra da sombra - que nos permite rapidamente perceber se a exposição solar é adequada no momento: se a sombra é menor que os objectos, devemos evitar o sol. 3 - Proteger com roupa: A roupa é uma óptima forma de protegermos a pele dos raios UV, sendo recomendado ao fim de duas horas seguidas de exposição solar. A exposição solar deverá ser feita de forma progressiva: menos horas nos primeiros dias. É preferível usar roupa comprida e de cor mais escura. A preferir usar roupa transparente ou mais clara, certifique-se que possui protecção UV. 4 - Usar chapéu: Um chapéu com aba larga é um óptimo protector do sol para as orelhas, face e nuca, que frequentemente são esquecidos quando aplicamos protector solar. 5 - Usar óculos de sol: Ao contrário da pele humana que parcialmente se adapta à radiação UV “bronzeado”, o olho humano não possui quaisquer mecanismos de adaptação. Os olhos deverão ser protegidos por óculos de sol contendo filtro UV. Esta recomendação é especialmente importante para as crianças visto que o efeito da radiação UV é mais nociva nas crianças - a retina é menos protegida. 6 - Usar protetor solar: Os protetores solares atenuam a transmissão da radiação UV na pele. Em todos os casos, o protetor solar não deverá ser usado para prolongar o tempo de exposição, mas sim limitar os danos resultantes da exposição ao sol. É esta a razão pela qual os protectores solares se aplicam em

zonas não cobertas pela roupa como o nariz, pescoço, ombros, peito dos pés, etc. Deverão existir cuidados especiais com bebés e crianças. É importante notar que o efeito do protector solar depende não somente da sua qualidade mas também da sua correta aplicação, de acordo com as instruções do fabricante. De modo geral recomenda-se a aplicação do protector solar trinta minutos antes de sair de casa e renovar as aplicações de duas em duas horas e após o banho de mar ou piscina, mesmo que o protector seja à prova de água. Para a escolha do protector solar mais apropriado, existe indicação dos valores de factor de protecção solar (FPS) de acordo com os diferentes tipos de pele:

• Pessoas com pele muito clara ou com sardas, cabelos ruivos ou loiros e olhos azuis ou verdes deverão utilizar um FPS de pelo menos 50. • Pessoas com pele clara, cabelos loiros ou castanhos, olhos azuis ou verdes deverão utilizar um FPS de pelo menos 50. • Pessoas com pele morena, cabelos castanhos e olhos castanhos deverão utilizar um FPS de pelo menos 30. • Pessoas com pele muito morena, cabelos castanhos ou pretos e olhos castanhos deverão utilizar um PFS de pelo menos 30. Se os protectores solares forem correctamente usados eles poderão constituir uma protecção para o eritema, cancro e foto-envelhecimento. 7 - Evitar solários: As fontes

artificiais de raios UV devem ser evitadas, danificam a pele e geralmente os olhos não são protegidos. 8 - Estar atento ao índice UV: O índice UV dá informações importantes para planear as actividades ao ar livre, de maneira a proteger do excesso de exposição solar. Devemos procurar sabê-lo e redobrar os cuidados a partir do índice UV acima de 5. Este Verão proteja a sua pele, a sua saúde agradece!

Unidade de Saúde Pública do ACES Loures Odivelas Inês Silva- Médica Luisa Queiró- Médica Elvira Martins- Médica de Saúde Pública


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Loures Notícias de

Tiago R. Santos ensina a escrever para cinema No dia 11 de Setembro, entre as 14 e as 20 horas, Tiago R. Santos irá dar um workshop sobre como escrever guiões de ficção para cinema. Compreender a estrutura da ficção cinematográfica e dos vários elementos que fazem parte da escrita de guião. O workshop decorrerá na Restart e tem um número limite de 16 vagas, que são abertas a todos os interessados com mais de 17 anos. Vários temas e momentos como a estrutura mítica das estórias, a criação de personagem, diálogos e sons e descrição, assim como as diversas fases da elaboração de um guião, como storyline, sinopse, treatment, step-outline e guião e as peças: beat, cena, sequência e acto também serão abordadas. Tiago R. Santos, portelense, nascido em 1976 começou a carreira como jornalista, mas em 2007 inicia o seu trabalho de argumentista com “Call Girl” para António-Pedro Vasconcelos, para quem escreveu também a “A Bela e o Paparazzo” e o mais recente “Os Gatos não Têm Vertigens”, que estreará no próximo dia 25 deste mês. Trabalhou em séries como Liberdade 21, Conta-me como Foi e Filhos do Rock. É crítico de cinema na Revista Sábado. Em 2013 publicou o seu primeiro romance: A Velocidade dos Objectos Metálicos.

Moscavide Sunset A Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, em colaboração com os comerciantes locais, levará a cabo o Sunset Moscavide no dia 13 de Setembro, entre as 16 e as 24 horas. O evento terá animação, com a presença de Dj’s, insufláveis, espaços infantis, com a presença do Mágico Banana e Mascote Panda e outras particularidades. Com o lema “A Avenida com’vida a viver e “Um centro comercial a céu aberto” a organização espera criar muita interacção entre os participantes e dar à Avenida de Moscavide uma dinâmica que a dignifique. Este evento vem na linha de alguns criados este ano, de que são exemplo o do Centro Comercial da Portela e o da zona comercial do Infantado.

BREVES

I Encontro sobre Arqueologia e Museologia das Guerras Napoleónicas em Portugal É uma iniciativa que ocorrerá nos dias 18 e 19 de Setembro, o I Encontro sobre Arqueologia e Museologia das Guerras Napoleónicas em Portugal. O evento terá lugar no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte. Este encontro é promovido pela Câmara Municipal de Loures e pela Associação para o Desenvolvimento Turístico e Cultural das Linhas de Torres Vedras, instituição que substitui a anterior estrutura intermunicipal designada por PILT (Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres), constituída por seis municípios, responsáveis pela Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT). A RHLT recebeu em 2012 um prémio do Turismo de Portugal,

como um projecto de Excelência e este ano um prémio internacional da Europa Nostra 2014, na categoria de "conservação", para a qual haverá uma cerimónia pública de entrega, juntamente com outro projecto português também galardoado "Encontros com o Património". Para quem é interessado em história e para quem quiser perceber melhor a Rota das Linhas de Torres, este é um momento em que dúvidas poderão ser esclarecidas e novas informações acrescentadas. Esta Rota é uma referência mundial na engenharia ao serviço militar, sendo também uma forma de colocar Loures no mapa mundial.

Encontro de Modelismo de Loures No dias 13 e 14 de Setembro decorrerá entre as 10 e as 19 horas, no Pavilhão Multiusos, no Parque da Cidade em Loures, o Encontro de Modelismo de Loures. Esta será uma excelente oportunidade, para todos os apaixonados da modalidade, poderem trocar experiências e conhecer as novidades. O Modelismo é a recriação em escala reduzida de modelos de carros, navios, aviões, helicópteros, comboios, etc. É uma recriação que se pode destinar a actividades profissionais mas, de um modo geral, tem carácter recreativo. Cada modelo recriado obedece a escalas específicas, normalmente escalas lineares que servem para estabelecer uma relação entre as dimensões do objecto real e do modelo recriado. Como uso profissional destaca-se o uso de modelos e maquetas para levantamento de dados como flutuabilidade, resistências mecânicas, aerodinâmica e hidrodinâmicas. Para aqueles que não conhecem será uma excelente ocasião para ficarem a perceber a paixão de adultos por um conceito de criança.


Loures NotĂ­cias de

LAZER

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Loures Notícias de

BREVES

Incêndio põe em risco habitações

Sacavenense em obras

No dia 2 de Setembro deflagrou um incêndio em Santa Iria da Azóia. As chamas começaram a fazer-se notar pouco depois da uma da tarde, tendo-se prolongado até às 16 horas. As chamas queimaram uma zona de mato, chegando a criar alguma apreensão nos moradores do Bairro do Cativo, que viram as labaredas muito próximas de algumas

O campo nº3 do Sacavenense encontra-se a receber obras de melhoramento. Com estas obras, o clube terá mais um espaço para melhorar as condições dos cerca de 450 atletas, divididos por 19 escalões de futebol, que representam este emblema. A obra conta com um investimento municipal de cerca de 55 mil euros.

habitações. A pronta intervenção dos bombeiros de Sacavém, Moscavide e Portela e Alverca conseguiram anular a propagação e defender as casas em causa. Na altura em que o NL fazia a reportagem, ainda não tinham sido apuradas as causas do fogo, estando ainda em fase de rescaldo.

A intervenção centrou-se na regularização dos terrenos do campo e de uma zona envolvente, onde funcionará um parque de estacionamento, na rede de drenagem pluvial, na construção de passeios e na beneficiação da entrada do complexo desportivo, tendo sido colocado um tapete betuminoso. Esta intervenção foi um compromisso assumido pelo anterior executivo e que esteve parada, por abandono do empreiteiro, desde Setembro de 2013. A nova administração assumiu a obra em Janeiro de 2014, estando em fase de conclusão.

LOCAL

497.13

Sala de estar e jantar, Suite, Lavandaria, Despensa, Garagem, Alpendre, Painéis Solares, Aspiração Central, Pré-instalação de Ar Condicionado e Alarme. Moradia T3 124.500,00

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LINEA

433.13

Sala de estar e jantar, 3 Suites, Lavandaria, Alpendre para 2 carros, Churrasqueira, Painéis Solares, Aspiração Central, Pré-instalação de Ar Condicionado e Alarme. Moradia T3 129.500,00

era.pt/UmDiaJaERA


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