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ANO 1 | Nr.07 MENSAL | NOVEMBRO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€
Cheias em análise Os motivos que levam às cheias periódicas na Baixa de Sacavém.
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Reductores no concelho Câmara avalia o projecto piloto dos reductores da água para quem não paga a factura.
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Maior AUGI resolvida A maior AUGI do concelho, o Bairro da Castelhana, está finalmente licenciado. Um alívio para os moradores. Pág. 8
Rota das Linhas de Torres com dia nacional O dia 20 de Outubro representará o Dia Nacional das Linhas de Torres. Uma decisão já confirmada pela Assembleia da República.
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1º ANO DE MANDATO
BERNARDINO SOARES FAZ REVISÃO Em conferência de imprensa o presidente da Câmara Municipal de Loures fez um balanço dos primeiros 365 dias à frente do município Pág. 3
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EDITORIAL
Crónicas saloias
Ele há coisas Pedro Santos Pereira Director
Para que fique claro, este editorial está a ser escrito dia 28 de Outubro, dia em que fecha a 7ª edição do Notícias de Loures, apesar de só ser distribuído no dia 1 de Novembro. Perante esta clarificação e porque, amanhã dia 29 de Outubro, haverá reunião camarária, onde serão discutidos e votados diversos pontos do Orçamento Municipal para 2015, vários são os temas de interesse para munícipes e associações, algo que reportaremos no NL de Dezembro de forma mais aprofundada. Mas vou-me focar num, que por sinal, caso seja aprovado, e tudo indica que sim, será uma boa notícia para todos aqueles que possuem imóveis no concelho de Loures, a descida do IMI. Este ponto irá permitir poupar uns euros a esses munícipes e, segundo um zunzum que me chegou ao ouvido, esta medida foi proposta e negociada pela coligação “Loures Sabe Mudar”,
cujo principal partido é, esse mesmo, o PSD. Aquele que governa o País e que tão avesso tem sido a baixar os impostos, aliás bem pelo contrário, tem sido muito eficaz é a aumentá-los, foi o proponente de tal descida. Um sinal que os sociais-democratas ainda opinam e não se limitam a dizer “sim, Sr. Presidente”, como por muitos momentos pareceu durante este ano. Interessante é esta medida ter sido, segundo consta, negociada. Agora a CDU, fervorosa defensora da diminuição de impostos, já não aceita uma descidazinha de impostos de ânimo leve!? Realmente as coisas já não são como eram, principalmente quando se está no Poder. Isto leva-me a uma reflexão sobre o primeiro ano de mandato de Bernardino Soares. O próprio já fez um balanço, em que uma das principais ilações foi que o Município se tornou mais credível. Independentemente de
ser mais credível ou não, a verdade é que este primeiro ano de liderança deste executivo me tem surpreendido. Primeiro porque uma liderança da CDU não baixou impostos e fez cortes em diversas áreas, algo que parecia impensável para uma gestão comunista, a avaliar pelas constantes críticas que ouvimos desta força partidária, e o próprio edil de Loures, fazerem e terem feito na Assembleia da República. Apesar da incoerência, devo dizer que, na minha opinião, foram opções bem tomadas, pois acima de qualquer dogma partidário está a consciência e a responsabilidade de cada um. Bernardino Soares foi responsável neste primeiro ano. Percebeu as dificuldades e fez os ajustes em função delas. Outra semelhança com o actual Governo é que ambos se queixam de divídas e, nos dois casos, os seus antecessores foram os socialistas. Mas nem só de semelhanças com Passos Coelho vive Bernardino,
várias foram as diferenças na sua gestão em tempos de crise. Foi sempre contra toda e qualquer privatização, como tem comprovado a intensa luta que tem travado contra a privatização da EGF, tendo-se tornado mesmo o maior rosto da oposição a essa medida do Governo. Tem usado o diálogo, como uma das suas principais características, tendo a população como um dos seus destinatários. Desde o alargamento do prazo de discussão do PDM, passando pela discussão pública do Orçamento, vários são os exemplos esclarecedores da sua forma de fazer política. Às vezes até foi longe demais, auscultando a população sobre algo que ainda não aconteceu nem se sabe se vai acontecer! Também a capacidade de negociação foi um dos seus lemas e demonstrou-a através do acordo celebrado com o Município de
Odivelas que, de uma forma célere e por sua iniciativa, poupou dinheiro aos dois municípios e despedimentos, uma das palavras que ainda continua proibida na CDU de Loures, a vários funcionários municipais do antigo SMAS. Também o acordo alcançado com a coligação “Loures Sabe Mudar” mostrou os seus dotes de negociador, garantindo a viabilização da sua política em troca de dois pelouros com pouca visibilidade. Apesar desta opinião estar toda centrada no Presidente da Câmara, é de elementar justiça associar o desempenho deste primeiro ano de mandato à equipa por si gerida. Vários têm sido os vereadores que têm demonstrado ser mais-valias, com destaque para Paulo Piteira e Maria Eugénia Coelho. Por último, a pouca ou nula oposição que o PS lhe tem feito só joga a seu favor.
Ficha Técnica
Contactos: 219 456 514 | noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Ana Rodrigues, André Julião, Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: Anabela Pereira, Florbela Estêvão, João Alexandre, José Reis Santos, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rodrigo Moreira, Rui Pinheiro Fotografia: Cátia Isaías, João Pedro Domingos, Nuno Luz Direcção Comercial: Luís Bendada (Director), Bruno Rodrigues Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 126 489 Depósito Legal nº 378575/14
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Bernardino faz balanço Após um ano de liderança, o presidente da Câmara Municipal de Loures fez um balanço daquilo que foi feito e do que se irá fazer. A ideia base destes primeiros 365 dias para Bernardino Soares é que o Município ganhou credibilidade. No discurso de balanço do primeiro ano de mandato, Bernardino Soares dividiu-o em três: o que encontraram, o que foi feito e o que irão fazer. O que foi encontrado A primeira referência do discurso foi para o empenho e dedicação do Executivo face aos problemas herdados. Prosseguiu dizendo que o maior ganho real não se mede em euros, pois foi a credibilidade que o Município reconquistou perante a população. A transparência e o incentivo à participação, demonstrado nas cerca de 50 sessões públicas promovidas pela Câmara, foram outros dos pontos sublinhados. As dificuldades financeiras também foram afloradas, algo que não faz parte do passado e que continuará a pesar no futuro do Município, atribuindo culpas aos últimos governos, que retiraram recursos às autarquias e lhes imputaram maiores responsabilidades, de 2010 para 2015 a Câmara receberá menos 13,5 milhões de euros, e ao anterior Executivo, do qual herdaram 26 milhões de euros de dívidas a fornecedores. Para reforçar este último item, disse que “o Executivo anterior fez a “festa”
e deixou cá a conta para pagar. E ainda por cima foi uma “festa” de que a maioria da população não tirou qualquer benefício”. A derrama negativa de cerca de 3 milhões de euros, referente a 2008, também foi tema, pois condicionou fortemente a tesouraria no segundo semestre. Destaque também para a racionalização da despesa, avenças, viagens e no concurso de refeições escolares, onde se poupou 1,7 milhões de euros por ano. Apesar destas poupanças o município ainda não tem capacidade para dar resposta a investimentos essenciais, que não sendo feitos provocarão despesas maiores no futuro e sérios prejuízos para a população. O que foi feito Depois de enumerar as dificuldades financeiras o tema seguinte foi aquilo que foi feito. Destaque para a criação dos SIMAR, um acordo que ficará para a história do Concelho, pois permitiu poupar e evitar despedimentos este
Filipe Esménio Comunição
Mel de Cicuta Um ano a um ano Loures faz o balanço de um primeiro ano de mandato. Portugal prepara-se para ir a eleições legislativas daqui a um ano. Bernardino Soares optou por cortar, por sanear financeiramente o concelho. Por permitir, como diz no seu discurso de balanço do primeiro ano de mandato, «a recuperação na credibilidade no executivo Municipal» e, na verdade, não pode ser criticado por isso. Pedro Passos Coelho, por seu lado, após cortes e recortes, afirma ter devolvido a Portugal a «credibilidade junto dos agentes internacionais» e, na verdade, precisávamos dela. Eu, que tenho uma empresa e pago ordenados, IVA, IRC, Segurança Social, Derrama e outros impostos e taxas, uma coisa sei; quanto facturava e quanto facturo. Quanto pagava de impostos e quanto pago. E garanto que eu e todos os meus colaboradores estamos a trabalhar mais e a receber menos. 40 anos de democracia e não seguimos no caminho correcto em muitas matérias e a tendência é sempre culpar
acordo inter-municipal com a Câmara de Odivelas. A manutenção do horário de 35 horas para os trabalhadores do município, foi também uma das bandeiras erguidas, assim como a questão das delegações de competências para as freguesias. O relacionamento com as AUGIS também foi abordado, sublinhando o clima de confiança bi-unívoco reinante. O investimento na Educação, 1,5 milhões de euros em obras e a abertura de quatro salas de jardim-de-infância, o não aumento do IMI e da água e a contestação à privatização da Valorsul finalizaram esta parte do discurso. O que irão fazer Melhoria e requalificação do espaço público, em particular da rede viária, iluminação pública e reivindicação junto do Governo e das operadoras das graves carências nos transportes públicos. Outra prioridade será o investimento na rede escolar, assim como o não aumento do IMI e da água, neste último elimi-
quem esteve antes. António Costa, exministro de Sócrates e recém empossado Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, prepara-se para deixar os votos dos seus eleitores nas mãos de outros. E prepara-se para assumir o cargo de primeiro-ministro. E quem o pode culpar, na verdade precisamos de uma alternativa a Passos Coelho, nem que seja para animar a discussão, independentemente do vencedor. O Bloco implode aos olhos de todos em guerras intestinais, Marinho Pinto critica o que ele próprio recebe e até no Partido dos Animais a direcção se demite em bloco. O que nos espera? Na minha parca análise, mais do mesmo, a menos que se mude o paradigma. Não há visíveis alterações de comportamento dos políticos, não há lufadas de ar fresco, não há novos rumos. A mal os portugueses perceberam uma coisa. A acção dos políticos é determinante para as suas vidas. No entanto, eu acredito na democracia representativa. Acredito que não é tarde. Acredito que há pessoas e líderes no activo com capacidade para dar mais a Portugal. Acredito em compromissos. Em soluções mais equilibradas. Hoje Loures é um exemplo disso. Mas se rapidamente os partidos não chegam a entendimentos sobre grandes opções estratégicas, se não são incluídos verdadeiros independentes capazes de fazer mais e melhor pela nossa política, a degradação a que se assiste vai ter consequências ainda mais graves. Já não estão em causa os partidos e o status quo. Está em causa a vida de milhões de portugueses e até da própria nação. As ideologias são importantes, mas mais importante é a acção. Basta! Por favor governem-nos, e levem-nos a bom porto. Eu por mim continuo a votar e a não votar de cruz. Talvez todos possamos fazer o mesmo. Mas no dia em que deixar de votar prometo que não vou assistir de braços cruzados ao naufragar do meu país.
nando algumas tarifas existentes, por serem consideradas injustas. A concretização da Agência de Investimento e a aposta no desenvolvimento rural, no quadro de projecto comum com Sintra e Mafra. Estas foram algumas das promessas mais relevantes. Conferência de Imprensa Entre as várias questões colocadas destaque para o incentivo ao turismo, através da entrada no Turismo de Lisboa, de onde o
Município se havia auto-excluído. Para a relação com o PSD que tem sido franca, apesar de nem sempre estarem de acordo. Por último, para as obras que de momento não serão concretizáveis como a Escola Básica nº1 de Camarate, que está há seis anos em contentores e para o Centro Comunitário de Santo António dos Cavaleiros, que necessita de um investimento de 1,5 milhões de euros. Pedro Santos Pereira
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Problema das cheias nas «mãos do Governo» Com a chegada do Inverno, regressa o problema das cheias em Sacavém. Bernardino Soares, presidente da CML, destaca a construção da nova ponte e revela ter colocado o problema na agenda do Governo. É um cenário que se repete ano após ano nas zonas baixas de Sacavém, com especial incidência na zona da Ponte na Praça da República. Foi assim há poucas semanas e será, certamente, assim daqui por algumas mais. A nova ponte, já se sabe, será substituída em breve, mas a resolução do problema de fundo não tem ainda fim à vista. Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures (CML), revelou ao NL ter desbloqueado um processo que «estava fechado, porque mesmo no Ministério do Ambiente, não havia um conhecimento pormenorizado desta situação e das suas necessidades». O problema é bastante antigo, exige uma intervenção no caneiro e na sua saída para o rio Trancão. Isto porque a altura mais crítica é quando há uma elevada pluviosidade e, em simultâneo, a maré está cheia. Ou seja, quando a maré sobe, o caneiro não deita água para o Trancão, porque é o rio que entra para dentro do caneiro, devido à força da maré cheia do Tejo e do próprio Trancão. «Tem de haver soluções para esses momentos mais críticos, que passa por
algum sistema que impeça que a maré entre pelo caneiro adentro e que haja uma solução para que a água pluvial, que vem do caneiro, seja enviada para o rio», defende Bernardino Soares. «Na ribeira do Prior Velho precisávamos de ter um mecanismo que fizesse alguma contenção e que sustivesse, pelo menos durante algumas horas, a água, permitindo que a maré baixasse antes de a libertar, permitindo que ela escoasse mais facilmente para o rio Trancão, mas isso não está montado», adianta o presidente da Câmara. Obras na ponte por mais de um ano Já a questão da ponte, que afecta sobretudo o trânsito rodoviário, passa pelo caudal do Trancão, cuja quota centenária é superior à do tabuleiro e coloca em perigo a segurança da infraestrutura. «A ponte vai ser levantada um metro e setenta centímetros, para garantir que, mesmo a quota da cheia centenária é inferior ao tabuleiro da ponte», esclarece Bernardino Soares. «Esse problema ficará resolvido, mas quanto a tudo o que está do lado
da Praça da República, a ponte pode até vir a agravar alguns problemas, por isso estamos a realizar reuniões com as Estradas de Portugal para procurar encontrar formas de fazer a obra sem piorar o que já existe naquela praça», acrescenta o edil. As obras terão início ainda antes do final do ano, «logo que estejam garantidas todas as condições de segurança para que não haja prejuízo para a Praça da República, pelo que estamos a trabalhar com as Estradas de Portugal para encontrar as soluções que nos satisfaçam», refere o autarca. A obra para a colocação da nova ponte deverá demorar mais de um ano e implicar perturbações inevitáveis. Para tentar precaver essas situações da melhor forma, a Câmara Municipal de Loures organizou há semanas uma sessão pública para debater o problema, «que foi muito participada e levantou questões e esclarecimentos», revela Bernardino Soares. A alternativa ainda não está decidida, irá sair das conclusões das reuniões com as Estradas de Portugal, mas as situações a prever são muitas e variadas. «Além do problema das
cheias, há ainda a questão dos transportes públicos, a circulação rodoviária propriamente dita, o acesso de emergência e a circulação pedonal normal», particulariza o responsável, acrescentando que «é preciso não esquecer que são os bombeiros de Sacavém que tratam de todas as emergências nas freguesias das zonas da Bobadela, Santa Iria de Azóia e São João da Talha». A solução deverá possibilitar que as duas margens não fiquem isoladas uma da outra durante um longo período de tempo. CML põe situação na «agenda» do Executivo A solução para as obras que deverão pôr termo ao problema das cheias na zona baixa de Sacavém está nas «mãos das entidades da Administração Central, após um conjunto de reuniões com o ministro da Economia, com o secretário de Estado das Obras Públicas e com o secretário de Estado do Ambiente», disse ao NL o presidente da Câmara. «A solução de fundo exigirá um investimento de muitos milhões de euros», revelou o edil. O papel da autarquia neste processo será, sobretudo, a participação na delineação do projecto, que implica intervenções diversas, nomeadamente na ribeira do Prior Velho, no caneiro e na entrada do caneiro no Rio Trancão. «Os nossos técnicos têm algumas ideias sobre o assunto para confrontar com as ideias do Ministério do Ambiente e de todas as entidades que intervêm nesta questão», revela
Bernardino Soares. O feed-back do Governo foi, segundo o líder da autarquia, «positivo, tendo o Executivo assumido o compromisso de que se vai trabalhar neste sentido, embora ainda nada esteja projectado». No entanto, acrescenta, «foram encetados contactos para começar a trabalhar, fazer reuniões com todas as entidades envolvidas, ver quais as soluções possíveis para aquela situação e depois equacionar os projectos». No entanto, e face ao cenário eleitoral que se perfila no horizonte, o processo poderá ficar em «banho-maria» à espera de maior estabilidade governativa. Para Bernardino Soares, é indiferente «falar com este Governo ou com outro qualquer», sendo que o importante é colocar a «resolução definitiva daquele assunto na ordem do dia e foi isso que a Câmara Municipal de Loures fez». O próximo passo é, por isso, «continuar a pressionar para que, mesmo resolvido o problema da ponte, o resto não pare e haja reuniões, projectos e o equacionar de uma solução para se encontrarem os financiamentos necessários, que até podem ser comunitários», revela Bernardino Soares. Para o autarca, o «Governo tem condições para se candidatar a fundos comunitários, que até estão vedados à Câmara Municipal e é preciso encontrar aí os recursos para fazer esta obra, que é muito importante para a população da zona e para todo o concelho». André Julião
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Dia de finados, de todos os santos e o Verão de São Martinho Pedro Cabeça Advogado
Estamos em Tempo de Finados, de São Martinho, enfim, em mês de celebração de ciclos que se fecharam, esperando os dias de sol de um enganador “verão” de São Martinho. Um ano… o tempo passa a uma velocidade que quase nem damos por ele, vivemos o hoje sem nos darmos conta que já é ontem e que o amanhã ainda não chegou. Cada dia, cada minuto, devia ser de realização, de preocupação em analisar o que fizemos, de fazermos as nossas autocríticas e corrigirmos os erros para que o amanhã possa ser melhor. Na actividade política, que todos temos de ajudar a reconstruir pela positiva, existe neste momento o imperativo de ouvir
os outros (ouvir verdadeiramente) sem lhes cortarmos a opinião, ou sem lhe colocarmos na mão as perguntas que queremos que nos façam para respondermos o que já sabemos (não fica bem a um eleito colocar perguntas na mão de um cidadão para que o mesmo faça as perguntas que aquele quer responder e depois apregoarmos que ouvimos as pessoas). Com actos demagógicos, mostrando a fachada pintada de um prédio de cenário, por muito que digamos que ninguém duvida que somos mais credíveis, a verdade é que não somos, nem ajudamos a credibilizar a política. Um ano… o tempo voa. E voam as oportunidades se nos limita-
mos a um repetido gasto ostensivo e bacoco exercício de desculpabilização com o passado deixado pelos outros, maquilhando assim a nossa própria incapacidade de fazer. De cada vez que nos propomos fazer, e para isso somos eleitos, devemos fazer (ponto final). Não esquecemos que existe passado e que devemos aprender com ele, mas esse passado não pode ser usado como âncora, para não colocarmos a navegar o barco do futuro, disso as pessoas já estão cansadas. Por muito que se escreva que “hoje ninguém duvida” (a expressão mais usada quando sabemos que a grande maioria duvida), ou que “sabemos que há quem diga…”,
Reivindicação pelo novo Centro de Saúde de Santa Iria
A Assembleia Municipal de Loures aprovou, por maioria, uma moção apresentada pela CDU, que reclama a construção do novo Centro de Saúde de Santa Iria de Azóia, assim como a urgente colocação de médicos de família para suprir os 6 mil utentes sem médico. O actual edifício não tem condições para receber condignamente quem ali se desloca, especialmente as pessoas com dificuldade de mobilização, pois o Centro de Saúde fica num prédio concebido para habitação sem elevador. Uma situação que urge resolver e para a qual são apontadas várias falhas, como a demora na entrega do terreno à Associação Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), por parte do anterior executivo camarário, estava prevista a entrega para Outubro de 2012, mas o processo só foi finalizado em Setembro de 2013. O actual executivo municipal já solicitou várias reuniões com carácter de urgência ao Ministério da Saúde, mas
até ao momento não obteve qualquer resposta afirmativa. A reivindicação pelo novo Centro de Saúde de Santa Iria de Azóia remonta a 1986, mas nos últimos 18 anos poucos têm sido os progressos. Perante esta situação e após a aprovação da moção, a Assembleia Municipal de Loures irá exigir do governo e da ARSLVT a rápida colocação de médicos de família, suficientes para suprir as necessidades de cerca de 6 mil utentes sem médico de família em Santa Iria de Azóia. Exigir do governo e da ARSLVT que, uma vez já reconhecido pelos seus responsáveis que o actual Centro de Saúde situado num prédio de habitação sem elevador e sem condições de acesso para a maioria dos utentes deve ser substituído, se proceda de imediato à tomada das medidas necessárias com vista à construção de um novo Centro de Saúde no terreno existente para esse efeito.
em jeito de desculpabilização de uma realidade deturpada, em nada respondemos aos verdadeiros anseios da população e apenas tentamos dourar a pílula que sabemos ser desagradável. Um ano… o tempo perdeu-se, e perdeu-se sem melhorias, por muito que anunciem que chegámos ao paraíso, a verdade é que as pessoas não sentem essa chegada, o que sentem é que o seu paraíso está mais longe, mais sujo, menos cuidado, e que ainda assim pagam o mesmo. Urge efectivamente Mudar, mas esta “coligação” PCP/PSD fez um passeio pela gestão corrente, pejando de justificações o atalho que percorreu, sem implementar qualquer mudança na melhoria
da qualidade de vida dos munícipes de Loures e sem ter qualquer rasgo de estratégia que nos permita rumar ao futuro que todos desejamos. A mudança não surge por intervenção divina (mesmo em mês de todos os santos) a mudança nunca ocorre quando a tentamos anunciar, mas sim quando contribuímos para a sua realização. A mudança sente-se, pratica-se, não se apregoa. E termino citando, em jeito de homenagem, um admirável político assassinado neste mês de Novembro, há 51 anos: “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro” John Fitzgerald Kennedy
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Redutores de água alargados a todo o concelho O projecto-piloto dos redutores de caudal de água em curso na Portela e na Quinta do Mocho poderá ser alargado a todo o concelho. Bernardino Soares, presidente da CML, refuta a recente contestação e revela haver outros municípios interessados na ideia. Um projecto-piloto lançado pelos Serviços Municipalizados de Águas e Resíduos de Loures e Odivelas visa permitir aos utentes do concelho regularizarem situações de incumprimento relativas ao pagamento da água. Trata-se de um redutor de caudal e permite que o munícipe em falta continue com um fio de água nas torneiras em vez de efectuar o corte total. O mecanismo está a ser aplicado na Portela (Edifício Concórdia) e na Quinta do Mocho (Sacavém) e deverá ser alargado a um por cento da população do concelho nos próximos meses. Mas o projecto não tem sido pacífico e tem sofrido contestação por parte da oposição e de alguma comunicação social. Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures, acedeu explicar ao Notícias de Loures como funciona o projecto. A introdução do projecto-piloto dos redutores do caudal de água em dois bairros do concelho está a gerar alguma polémica. O que pensa sobre esta contestação? Houve uma ou duas intervenções um pouco descentradas do assunto em concreto que têm contestado, mas que só podem justificar-se por desonestidade intelectual ou por tacanhez na abordagem da questão. Trata-se, tão só, de substituir o corte total, efectivo por um sistema que não corta totalmente a água e permite que a pessoa continue a ter alguma água. Portanto, a alternativa não está em ter a água em pleno e tê-la reduzida, mas sim entre não ter água nenhuma e ter o caudal diminuído. Onde tínhamos apenas a solução do corte total e efectivo, passámos a ter uma outra, ainda em experiência piloto, no sentido de permitir que as pessoas mantenham alguma água e isso significar um incentivo para que venham regularizar a situação connosco. Ao mesmo tempo, garantimos o princípio das Nações Unidas, de termos o mínimo de água disponível. Este restrictor de fluxo tem a dimensão correspondente e até superior a esse valor das Nações Unidas. E foi esse o parâmetro que esteve na base da sua elaboração. Isto tem permitido resolver várias situações. Não há hoje ninguém que tenha rebentado com essa infraestrutura. Todos os que foram alvo da experiência piloto mantiveram o redutor a funcionar, ou, na maioria dos
casos, vieram regularizar a situação, têm um plano de pagamentos a muitos meses, aderiram à tarifa social ou foram isentos de juros no pagamento das dívidas que já tinham. Foi um conjunto de medidas que pudemos aplicar e que permitem a regularização das situações e que as pessoas voltem a ter água em pleno. Por exemplo, nos Terraços da Ponte, na parte que corresponde à antiga Quinta do Mocho, uma das zonas onde se aplica esta situação, 75 por cento dos locais onde foi aplicado este mecanismo têm hoje a situação completamente regularizada. No prédio em que o sistema foi aplicado, metade das pessoas pagavam a água e a outra metade não. Mas há quem defenda que o ideal, na actual conjuntura, seria mesmo não cortar… Há quem possa dizer que o que se devia fazer era nunca cortar, mas isso não existe em nenhum sistema, e sobretudo não exis-
te nem pode existir num sistema com 170 mil consumidores e utentes, como é o caso dos Serviços Municipalizados de Águas e Resíduos de Loures e Odivelas. Este mecanismo tem de existir, têm de ser tidas em conta as situações sociais e haver mecanismos próprios para isso. Também estamos a estudar o alargamento da aplicação da tarifa social a mais pessoas, pois pensamos que é insuficiente o âmbito da sua aplicação. Mas este mecanismo inclui-se nessa política de aproximação às pessoas. Em vez de cortar, reduzir, é essa a filosofia desse restrictor de fluxo. Estamos até a ser contactados por outros municípios, no sentido de conhecerem melhor a nossa experiência para, eventualmente, a poderem aplicar nos seus territórios. O projecto-piloto vai durar até quando? Vamos agora passar para uma fase de um maior universo de
aplicação. Fizemos a experiência em dois prédios localizados – um na Portela (Edifício Concórdia) e outro nos Terraços da Ponte (zona da Quinta do Mocho) – e julgamos que, para termos conclusões mais sólidas, precisamos de ter um universo maior. O plano que procuraremos concretizar nos próximos meses é de aplicar este sistema a um por cento dos consumidores, que serão cerca de 1.700 fogos. A partir daí, tiraremos conclusões definitivas. Nos locais onde aplicámos, a experiência traduziu-se como positiva, mas são apenas algumas dezenas de pessoas. Precisamos de ter uma amostra maior para ver se o projecto, de facto, tem efeito numa escala maior e para depois o podermos generalizar se for caso disso. Se a experiência for avaliada como positiva depois deste alargamento, a ideia é expandi-la a todo o concelho. Não é para aplicar em todas as situações,
mas apenas naquelas em que isso se justifique, porque nem todos os contadores permitem aplicar o sistema e há outras questões técnicas que impedem a sua aplicação. Se tudo resultar como válido e positivo, passamos a ter um novo instrumento, que passa por, nalgumas situações, em vez de cortar, reduzir. E esse é um ganho fundamental. Como tem sido o feed-back dos utentes e dos técnicos? Os técnicos estão bastante empenhados no projecto. Uma das mudanças que se verificou de imediato foi a alteração da relação dos técnicos com a população. O facto de não cortarmos completamente a água levou a que as pessoas deixassem de olhar para os nossos trabalhadores e fiscais como inimigos. Passaram a ser representantes de uma entidade que está a procurar soluções para os ajudar a ter água. Só esse ganho é absolutamente extraordinário. Em quanto tempo é possível regularizar os pagamentos em atraso? Em 99 prestações. Tem um escalonamento por valores, mas é o número máximo de prestações permitido. É claro que só a partir de determinado valor em dívida se pode ir a esse número de prestações, mas os valores permitem todos acomodar em prestações muito pequenas. Durante a duração do projecto-piloto, os restantes utentes do concelho estão sujeitos ao regime normal de cortes de água? Sim, enquanto não pagam. Depois de vários avisos e dos procedimentos habituais, procede-se ao corte da água normal. Existe alguma experiência do género noutros países? Não, que conheçamos. É a primeira experiência do género a nível europeu. Houve, em tempos, uma ideia semelhante numa cidade alemã, mas não chegou a ser concretizada. Esta ideia foi idealizada nos nossos serviços, o mecanismo foi produzido nas próprias oficinas dos serviços e está patenteado. Poderemos até vir a ter receitas no futuro com o dispositivo, embora não seja esse o objectivo. Mas, tivemos o cuidado de o patentear, pois é uma inovação. E da inovação é que se faz o avanço das sociedades. André Julião
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Bruno Bengala Cartoonista
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Bairro da Castelhana finalmente legalizado Custou, mas foi. O maior bairro de génese ilegal do concelho recebeu da Câmara o alvará de loteamento. Foi o culminar de quase quatro décadas de impasse e o início de uma vida nova para os moradores do Bairro da Castelhana, em São João da Talha. Rui Pinheiro Sociólogo
Fora do Carreiro Ei-los que partem… Ei-los que partem novos e velhos buscando a sorte noutras paragens noutras aragens entre outros povos ei-los que partem velhos e novos (…) É a primeira estrofe de um poema de Manuel Freire, que o próprio musicou e cantou, a propósito da malfadada emigração a que os portugueses estiveram sujeitos, por falta de condições de subsistência no país, durante décadas. Foi uma época, que levou uma imensa massa de portugueses, a procurarem noutros países toda a espécie de trabalhos, que lhes assegurassem a sobrevivência. Em pleno século XXI, depois da revolução de Abril, depois da adesão à “europa rica”, choca e revolta que tenhamos voltado anos e anos para trás. Não há semana que não nos chegue ao conhecimento que mais um amigo, mais um familiar, mais alguém que nos é próximo, rumou ao estrangeiro, para começar ou recomeçar uma vida, para poder estudar ou trabalhar, para poder investigar ou ser profissionalmente reconhecido. Esta é uma outra época, outra realidade, outras circunstâncias, mas ei-los que partem! E partem por razões semelhantes às de outros tempos: a falta de condições no país que é o seu, que amam e para o qual a maioria quer voltar, mas a respeito do qual cada vez têm menos esperança. Uns, indignados, escreveram cartas públicas ao mais, retrógado e atávico Presidente da República pós-Abril de 74, outros lamentam ter de abandonar os seus e a sua comunidade, alguns protestam. Debalde. Os actuais governantes, meros mercenários dos poderes financeiros, missionários de uma demanda ideológica só comparável aos fascismos, não apenas fazem por ignorar, como tomam todas as medidas que podem para expulsar os melhores de nós, os mais qualificados, o futuro do país. E vêm, recorrentemente, com cínicos e melífluos apelos a “pactos de regime”, cujo propósito não é outro que não o de tentar garantir apoio a inomináveis velhacarias. Para garantir a “sustentabilidade da segurança social” dizem eles… Garantir todas as sustentabilidades que o país precisa, é assegurar que as novas gerações tenham condições de estudar, de se formarem e de cá trabalharem, tudo o mais são fingimentos e mistificações para enganar os incautos. O que este governo e este presidente da república estão a fazer aos nossos filhos enoja-me e com isso me envergonham, como pai, como contribuinte, como cidadão, como eleitor, como profissional, como português. Aqui ficam dois apelos. O primeiro, aos portugueses, para que não deixem que isto continue a acontecer e expulsem, agora sim, estes meliantes políticos que promovem a fuga dos mais habilitados e jovens de nós. O segundo, às autarquias locais para que na medida dos seus minguados recursos e cada vez mais cerceada autonomia, apostem em projectos de educação, cultura, conhecimento científico, inovação, comércio justo e empresariado responsável, como forma de atenuar os desgraçados efeitos destas políticas governamentais.
O Bairro da Castelhana, em São João da Talha, recebeu finalmente da Câmara Municipal de Loures (CML) o seu alvará de loteamento. Com cerca de 26 hectares, este bairro constitui a maior área urbana de génese ilegal (AUGI) de São João da Talha e a maior do concelho em dimensão, com reversão de iniciativa dos proprietários. Para o vereador responsável pela Equipa Multidisciplinar das Áreas Urbanas de Génese Ilegal da Câmara Municipal de Loures, António Pombinho, este foi um passo «decisivo no processo de reconversão da maior AUGI do território de Loures, conduzida por iniciativa dos seus proprietários». O processo de legalização do Bairro da Castelhana pôs termo a décadas de incerteza, transformando um loteamento clandestino num loteamento legal. Para o vereador, «foi o culminar de um processo longo e, muitas vezes, nada fácil, que, pelo caminho, encontrou alguns constrangimentos que se conseguiram ultrapassar com o trabalho, dedicação e determinação de todos os co-proprietários, que sempre estiveram disponíveis para a conclusão do processo e de todos aqueles que participaram nas associações, comissões de moradores e na comissão de administração conjunta do Bairro da Castelhana, bem como do município e os seus técnicos». Refira-se que o Bairro da Castelhana é um bairro de características residenciais, composto por moradias e com infraestruturas montadas, nomeadamente redes de abastecimento de água, saneamento e electricidade. Este projecto de reconversão, além de definir áreas para espaços verdes e equipamentos de utilização colectiva, prevê ainda a construção de um parque urbano – anexo à Ribeira das Cachoeiras -, que deverá incluir uma zona de mata, zonas de lazer e percursos pedonais. «O projecto de recuperação prevê áreas de cedência para equipamento de utilização colectiva, de 20.874 metros quadrados e para espaços verdes, de 7.433 metros quadrados», revela António Pombinho. «Já existe um pequeno espaço ajardinado com parque infantil», adianta o vereador, sendo que «a área localizada na
proximidade da Ribeira das Cachoeiras será objecto de um arranjo paisagístico, composto por uma zona de mata, percursos e zonas de estar, constituindo-se como um parque urbano aberto à comunidade». Por seu turno, José Lucas, presidente da Comissão de Administração Conjunta do Bairro da Castelhana, confessa que o culminar deste processo permite à população local «poder legalizar as suas habitações, para não deixar este fardo para os filhos». Por outro lado, as pessoas vão ter ainda a possibilidade de «poderem comercializar as suas habitações após a obtenção da licença de utilização», acrescenta José Lucas. Um processo cheio de obstáculos Houve diversos entraves à conclusão do processo e que levaram a sucessivos adiamentos. Em primeiro lugar, «a legislação que, até 1999, não distinguia os bairros de génese ilegal dos processos correntes de loteamento», explica José Lucas, acrescentando que, «em segundo lugar, esteve o problema da regularização da posse das parcelas». Por seu turno, António Pombinho refere que a «reconversão foi condicionada pela dimensão do bairro, onde a tipologia edificada é, em regra, composta por moradias uni e bifamiliares de dois pisos, pela sua consolidação e pelo cumprimento das servidões administrativas da A1-IP 1, Canal do Alviela e Ribeira das Cachoeiras.» Uma «obra de Santa Engrácia» que chegou ao final e «vai permitir que os interessados possam iniciar o processo de licenciamento da sua propriedade e construção», explica António Pombinho. «O alvará de loteamento dá a possibilidade de cada proprietário dispor livremente do seu bem, ultrapassada a situação da compropriedade com a conversão das cotas de avos em lotes autónomos e iniciar o processo de licenciamento de novas construções e a legalização das já existentes», aponta o vereador. Quanto a outros bairros na mesma situação, o executivo municipal vai apostar em força na reconversão das AUGI. Recorde-se que, no concelho de Loures, estão
por concluir cerca de uma centena de processos de reconversão de AUGI, sendo que 61 têm a sua conclusão condicionada à entrada em vigor do novo Plano Director Municipal (PDM). O objectivo, segundo António Pombinho, «é dar prioridade ao contacto com as administrações conjuntas, estabelecendo um calendário de trabalho, que define as responsabilidades do município e dos proprietários e os prazos para a sua concretização, até à legalização integral dos bairros». De acordo com o vereador responsável pelas AUGI, «a concretização da revisão do PDM, até final do ano, vai
permitir que, no universo dos 102 bairros com processos de reconversão por concluir, cerca de 60 possam ver os seus processos concluídos, estando previsto que, até final de 2014, se possam emitir mais dois alvarás de loteamento». António Pombinho refere ainda que, ao nível da «Reconversão por Iniciativa Municipal, estamos a reforçar os meios e a implementar uma nova dinâmica, envolvendo os proprietários para encontrar soluções para os constrangimentos que se vão encontrando no processo de reconversão». André Julião
Um problema com quase 40 anos O Bairro da Castelhana nasceu no final da década de 1960. Com o advento do 25 de Abril, os proprietários do bairro deram início ao processo de loteamento, que foi crescendo de forma desordenada. «Os proprietários das áreas rústicas envolventes depressa se aperceberam de que a solução para alienarem as suas propriedades era essa, pois as suas famílias tinham perdido a vocação agrícola e estavam em conflito entre elas devido às partilhas de sucessão», revela José Lucas. «O dinheiro era assim mais fácil de dividir», explica. O próximo passo foi «cativar, como noutros bairros, os operários das fábricas mais próximas para a aquisição de propriedades onde podiam construir algo que seria seu», conta o responsável. Na sequência da tradição operária, os proprietários constituíram-se então em comissões para, de forma organizada, resolverem os seus problemas relativos às necessidades mais básicas, como a água, luz, esgotos e arruamentos. «Estas obras foram realizadas com o apoio da Câmara Municipal de Loures e da Junta de Freguesia de São João da Talha após a realização dos projectos de infraestruturas», acrescenta. «Foi assim que se chegou ao estado actual do bairro, após terem sido resolvidos os problemas cadastrais mais prementes», conclui José Lucas.
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ACTUAL
II Festival “O Bairro i o Mundo”
Ricardo Andrade
Comissário de Bordo
Quarenta anos de memórias Na maioria das culturas com as quais tenho tido contacto, ao longo da vida, o aniversário é entendido como a comemoração periódica de um evento importante. O aniversário é um momento em que se celebra algo relevante e que se procura não deixar passar em branco nem permitir que caia no esquecimento. No passado dia 25 de Abril celebrámos, um pouco por todo o País, o 40º Aniversário desse marco de liberdade para a nossa Nação que é a Revolução de Abril. Com essa liberdade surgiram muitas histórias, muitas experiências e muitos desafios que os Portugueses vivenciaram, independentemente das suas crenças e convicções. Uma de muitas dessas histórias ligadas a Abril é a história do PPD/PSD em Portugal e no Concelho de Loures. Por isso, no passado dia 3 de Outubro aqui em Loures, a estrutura local dessa instituição resolveu fazer, na Biblioteca José Saramago, a “Cerimónia Oficial de Comemoração dos 40 anos do PSD Loures” celebrando também dessa forma “40 anos de Democracia, 40 anos de PSD” no nosso País e no nosso Concelho. Tantos anos de história trazem sempre memórias, trazem sempre lembranças, trazem sempre pedaçinhos daquilo que foram construindo milhares e milhares de homens e mulheres que, com as suas convicções e princípios, tentaram sempre fazer, à sua maneira, com que os seus valores ajudassem o próximo. Tantos anos de caminhada mereciam algo de especial. Tantos anos de dedicação justificavam que, mais do que elogiar a instituição, os Militantes Social-Democratas mereciam que, de forma pública e com dignidade, se verificasse a existência de um reconhecimento a tantos e tantos rostos (mais ou menos conhecidos da maioria dos seus conterrâneos) por inúmeras décadas de dedicação à causa pública. A história colectiva de um povo deve ter sempre presente que não existe futuro sem memória. Jamais pode haver um “hoje” e um “amanhã” sem um “ontem”. Se fazemos parte de um presente é porque alguém nos ajudou a construí-lo no nosso passado. Mas com a história e com o relembrar de todos os passos que muitos Lourenses deram até aos nossos dias vem a responsabilidade de não desiludir quer quem sempre lutou, quer quem deve lutar, ainda com mais força e convicção, por uma sociedade de Loures mais justa e solidária. Por isso mesmo este dia de 40 anos do PSD em Loures se revestiu de uma importância redobrada. Dessa importância que têm os momentos em que se une a experiência dos mais antigos à irreverência dos mais jovens. Dessa importância que têm as alturas em que se assume o compromisso de nunca desistir dos sonhos. Pois só assim... haverá sempre um passado! Pois só assim... haverá sempre um futuro!
Arte urbana e programação cultural transformam Quinta do Mocho, num projecto único no País. Durante três dias (3, 4 e 5 de outubro), a Urbanização Municipal Terraços da Ponte, mais conhecida por Quinta do Mocho, acolheu a segunda edição do festival “O Bairro i o Mundo” – uma co-produção da Câmara Municipal de Loures e da associação artística Teatro IBISCO (Teatro Inter Bairros para a Inclusão Social e Cultura do Optimismo), que pretende alterar a imagem dos bairros sociais do concelho. À semelhança da primeira edição, realizada em 2013 na Quinta da Fonte, lançou-se uma OPA (Ocupação Pública Artística) sobre o bairro que transformou o seu quotidiano e o sentimento de pertença comunitário. Dezenas de artistas de arte urbana, como Odeith, Nomen, Smile, Bordalo II, Glam, Utopia, Vespa, Tosco, Tamara, Gonçalo MAR, Miguel RAM e o Colectivo RUA, entre muitos outros, estão a enriquecer as empenas dos prédios com graffiti de grandes dimensões, dando origem a uma verdadeira galeria de rua e a um dos maiores projectos do mundo nesta área. Noutras artes, ao longo de todo o fim-de-semana, uma
programação cultural diversificada, que incluiu dezenas de concertos e espetáculos de dança, teatro, exposições, workshops, jogos tradicionais, insufláveis para crianças e tasquinhas, animou os moradores e trouxe inúmeros visitantes ao bairro. O projeto “O Bairro i o Mundo” visa a requalificação artística dos edifícios, a reabilitação do espaço público e equipamentos coletivos e a alteração de comportamentos na forma como os moradores do bairro se apropriam das habitações e espaço público. O festival marcou o início de uma intervenção mais consistente de requalificação das habitações, que se prolongará no tempo. Até ao final de Novembro serão concluídos os trabalhos de arte urbana. Este ano, “O Bairro i o Mundo” surge integrado num projecto do Conselho da Europa, ao qual a autarquia de Loures aderiu – Communication for Integration (C4i) – para combater os preconceitos e rumores que estão na base de atitudes racistas e xenófobas junto das comunidades migrantes, ambicionando afirmar Loures como um concelho que valoriza a diversidade cultural e promove a interculturalidade e a união entre os povos.
CM Loures e IST na requalificação da Quinta dos Remédios CM Loures e Instituto Superior Técnico (IST), através do seu Pólo na Bobadela, estão de mãos dadas na requalificação da Quinta dos Remédios como Espaço Verde de fruição pública, facultando aos munícipes a possibilidade de desfrutar desta mancha verde, situada no coração de uma zona fortemente urbanizada, onde não abundam espaços da mesma natureza, pretendendo-se desenvolver actividades em várias vertentes. A CM Loures / Divisão de Desporto assegurará a implementação de iniciativas desportivas, em articulação com as colectividades locais, dinamização de actividades desportivas articuladas com as escolas do concelho, utilização livre da Quinta para passeios a pé, jogos e outras actividades ao ar livre, não organizadas. Dinamização de actividades destinadas a crianças e jovens com o objetivo primordial de esti-
mular o interesse pela ciência e tecnologia, observação astronómica, campeonatos de aeromodelismo, robótica, automobilismo (Fórmula Student, mobilidade sustentável), sustentabilidade ambiental. Realização de semanas temáticas científicas, para alunos do concelho de Loures em ATL. A dinamização das actividades será operacionalizada por núcleos de alunos do IST. Bernardino Soares destacou a aproximação à zona ribeirinha da população, assim como a melhoria da qualidade de vida da população envolvente. Sublinhou também a reactivação da ligação entre o Município e o IST, que revelou boa vontade neste entendimento. Está prevista a Inauguração Oficial da Quinta dos Remédios e a sua respectiva abertura à população, no 1º semestre de 2015.
Criação de um percurso ribeirinho pedonal, em madeira, a nascente do IC2. • Troço 1 (ponteado a branco) em articulação com os pontões 1 e 2 • Troço 2 (ponteado a salmão), dependente da possibilidade de atravessamento sobre o túnel da Valorsul, junto ao pontão 3 • Troço 3 (ponteado a vermelho) junto aos terrenos da GALP, cuja reconversão se encontra em estudo
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ASSOCIAÇÃO
A Pomba da Paz A Associação Pomba da Paz é uma instituição Particular de Solidariedade Social fundada em 1982. Tem o Espaço Sede e uma Extensão no Catujal, Freguesia de Unhos, e um pólo no Bairro Municipal dos Terraços da Ponte, na Cidade de Sacavém, o Espaço Comunitário. A sua fundação visava dar uma resposta social às famílias que trabalhando, não tinham alternativa segura e acessível para as suas crianças, facto que se agravava no contexto social e económico da Freguesia de Unhos. José Reis Santos Investigador
Postais a leste Podemos? Claro que podemos. Há um novo fenómeno político em Espanha que interessa seguir. Chama-se Podemos, e irrompeu como uma flecha plebeia no seio do rotativismo plutocrata da política espanhola, apresentando-se como um partido competitivo, republicano e de base popular, contra o quadro dualista, contra a casta elitista e oligárquica sempre dominante da monarquia Ibérica. Como partido que existe apenas há um par de meses, o Podemos conseguiu transformar um projecto conduzido por um escasso número de intelectuais urbanos que procuravam converter a indignação popular em mudança política (ou de políticas), numa ameaça real ao bipartidarismo espanhol, especialmente depois de recolher mais de 1 milhão de votos nas europeias, ter elegido 5 eurodeputados e estar agora, em todas as sondagens, mano -a-mano com o PSOE e com o PP. Mais que um epifenómeno, o percurso do Podemos deve interessar, sobremaneira, à esquerda portuguesa, e principalmente ao novo PS. Isto porque o Podemos tem demonstrado que é eleitoralmente viável combater o descontentamento popular contra os partidos tradicionais, tecnocratas, consagrando invés uma nova cultura política progressiva, aberta, descomplexada, e de ligação ao micro (e não ao macro) e às pessoas (e não às empresas). Por outro lado, falta ainda ao Podemos algum substrato institucional e experiência governativa não-alienante, ou seja, falta ao Podemos ser capaz de agregar em torno do seu projecto político largas franjas da sociedade, e não apenas quem se julga encontrar fora do sistema. Neste sentido, mais que ao PCP, BE ou Livre, interessará ao (novo) PS entender e ligar-se a este movimento, principalmente agora que se encontra sob a liderança de António Costa, um político que afinal tem feito carreira a construir pontes alargadas, e a colher os frutos do diálogo constante que tem mantido com a oposição institucional e com a sociedade civil organizada (lisboeta). Assim, e principalmente se almejar alcançar a maioria absoluta, se pretender revitalizar o PS ligando-o simultaneamente à sociedade civil, ao protesto (contra a austeridade cega) e ao reformismo (social e político), deve e pode António Costa seguir o que o Podemos tem desenvolvido, primeiro por razões de contiguidade programática (e ideológica) e (alguma) proximidade geracional. Depois, juntando-lhe a necessária credibilidade (e consistência) governativo -institucional, fazer a quadratura do círculo, e romper com o imperativo que tem obrigado a social-democracia (europeia) a guinar (sempre) à direita. E se há político em Portugal capaz de o fazer, é sem dúvida António Costa. E com isto fazer-nos acreditar que sim, que Podemos. Que podemos fazer (bem) melhor que o que temos feito nos últimos anos...
O crescimento da instituição e das suas respostas sociais e educativas, em resultado da procura das comunidades em que nos inserimos, tem sido prova da importância deste projecto e da qualidade com que tem sido desenvolvido. Excelência pedagógica Com mais de 30 anos na promoção da infância, a Associação Pomba da Paz tem um corpo docente e auxiliar estável e experiente e um projecto educativo adaptado às necessidades das crianças e das suas famílias, conciliando a resposta social com a excelência pedagógica. O nosso projecto educativo harmoniza práticas e modelos pedagógicos como o Movimento da Escola Moderna, o Modelo Curricular High Scoop e o Modelo Pedagógico Reggio Emília, colocando a criança no centro do processo de aprendizagem. A nossa oferta A Associação Pomba da Paz tem uma oferta social
e pedagógica a partir dos três meses até três anos, em Creche Familiar e Creche, e a partir dos três anos em Educação Pré-escolar. Procurando ir ao encontro das necessidades das famílias o horário de funcionamento está fixado entre as 07h00 e as 19h00 e em 2015 passará a funcionar 15 dias no mês de Agosto. Mensalidades apoiadas As mensalidades dos nossos utentes são calculadas em função da capacidade económica de cada agregado familiar, existindo acordos de cooperação com a Segurança Social e com o Ministério da Educação, praticando-se ainda um desconto nas situações de frequência de um ou mais irmãos.
Da infância aos idosos Serviço de apoio domiciliário A partir de 2001 a Associação Pomba da Paz iniciou a assistência à população mais idosa, com a criação de um Serviço de Apoio Domiciliário, sediado
no Espaço Comunitário em Sacavém. Este serviço dirige-se a quem, possuindo as condições para uma vida autónoma no seu lar, necessita de ajuda nas suas actividades diárias. Pela excelência do serviço prestado visase a redução dos episódios de urgência médica, maior integração na comunidade e combate ao isolamento, à solidão, contribuindo para o bem-estar e felicidade. Assim, o serviço privilegia idosos, doentes crónicos, convalescentes, pessoas em situação de dependência física, indivíduos e/ou famílias com limitações várias que possam ver o seu quotidiano melhorado Os serviços básicos prestados são os cuidados de higiene, o conforto pessoal e supervisão na toma da medicação, a limpeza básica da habitação, o fornecimento e a assistência nas refeições, o tratamento de roupas, marcação de consultas, ajuda na organização da vida doméstica, pagamento de serviços, deslocações ao supermercado, etc… Podem ainda ser prestados serviços complementares e pontuais como sejam os
arranjos ou apoio em pequenas reparações domésticas, a limpeza geral da habitação ou o acompanhamento de emergência ao hospital. Sendo um serviço que possui acordo de cooperação com a Segurança Social, a comparticipação de cada utente é calculada de acordo com a sua capacidade económica, em função das suas necessidades específicas e dos serviços requeridos. Uma referência de qualidade no sector solidário A Associação Pomba da Paz tornou-se ao longo de trinta anos, fruto do empenho dos seus dirigentes e da dedicação e profissionalismo dos seus trabalhadores, uma referência no sector solidário. Intervindo em comunidades fortemente condicionadas pelo contexto socioeconómico, tem conseguido prestar de serviços de qualidade, proporcionado aos seus utentes e às suas famílias reais oportunidades de elevação da sua qualidade de vida. Crescemos nas nossas comunidades e elas têm crescido connosco.
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Desde 1927
ao serviço da população de Loures
CCAM de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. Missão
Evolução
Com uma história de 85 anos, a CCAM de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L., tem como objectivo central da sua actividade criar valor para os seus cooperantes, procurando, em simultâneo, satisfazer as necessidades dos seus clientes e a realização profissional dos seus colaboradores. A sua primeira e fundamental missão é alinhar uma estratégia de reforço constante e sustentado da sua posição competitiva no mercado com um total respeito pelos interesses e bem-estar dos seus Clientes e Colaboradores. É seu dever permanente contribuir activamente para o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental do local em que exerce a sua actividade.
Em 3 de Janeiro de 1927 e com alvará de 12 de Janeiro de 1927 emitido pelo Ministério da Agricultura - Caixa Geral de Crédito Agrícola foi constituída a cooperativa, como Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Camarate, C.R.L., (com publicação na II série do Diário do Governo nºs 22 de 27/01/1927 e com autorização do Ministério da Agricultura). Em 10 de Outubro de 1991 e com autorização de 13 de Setembro de 1991 comunicada pelo Banco de Portugal foi alterada a denominação da cooperativa, para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.L, (com publicação na III série do Diário da República nºs 283 de 07/12/1996).
Em 19 de Setembro de 2007 e com autorização de 13 de agosto 2007 comunicado pelo Banco de Portugal foi realizada a fusão, por incorporação, com a Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Sintra e Litoral, C.R.L, tendo sido alterada a denominação da cooperativa, para a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L, (com publicação no site www.mj.pt/publicações). Pessoa colectiva de utilidade pública, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Loures sob o nº 8, contribuinte nº 501 055 843 com capital variável e ilimitado, com sede na cidade de Loures. Ao longo da sua existência temse caracterizado como instituição de índole local, especializada no crédito agrícola e vocacionada
para o apoio ao mundo real. Em 2009 a Caixa procedeu à expansão da sua área de acção social, procedendo à abertura de mais uma delegação, no concelho de Oeiras, passando a operar em seis concelhos contíguos. A Caixa está integrada no SICAM (Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo), possuindo actualmente quinze balcões, distribuídos por seis concelhos, na Área Metropolitana de Lisboa. Caixa Hoje A Caixa é uma Instituição Financeira com o seu centro de decisão em Loures, o que confere ao território local o seu mercado privilegiado. Em 31 de Dezembro de 2013, a actividade da Caixa representava 165.405.052,16
euros de activo líquido e mais de 60 colaboradores, a Caixa é uma das maiores do SICAM, em termos do seu volume de negócios, do seu activo e a operar na área seguradora. A Caixa serve todos os segmentos de clientes particulares, empresas e institucionais, oferecendo-lhes uma gama abrangente de produtos e serviços financeiros através de abordagens e propostas de valor diferenciadas, capazes de responder de forma distintiva às suas necessidades. Os produtos e serviços prestados incluem a captação de depósitos, a concessão de crédito a empresas e particulares, a gestão de fundos de investimento, serviços de corretagem e custódia, e ainda à comercialização de seguros de vida e não vida.
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A administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.: José António Barreira, José Costa e Oliveira e José António Regedor.
Estamos mais perto dos clientes e muito mais disponíveis para os ouvirmos José António Barreira, administrador da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L., descreve como funciona a instituição. Uma entrevista, onde esteve presente a restante administração, José António Regedor e o José Costa e Oliveira. Outros temas abordados foram o apoio às associações e à comunidade local, a proximidade com os clientes e a recomendável saúde financeira da instituição, assente em capitais nacionais. O que é que diferencia a Caixa de Crédito Agrícola das outras Instituições Bancárias? Nós somos uma instituição/cooperativa bancária. A diferença é que estas instituições são locais, têm a sua direcção e administração que é local, assim como os seus funcionários. Desta forma existe uma maior proximidade entre a instituição e os seus clientes, o que permite que os problemas sejam resolvidos de uma forma mais célere. A grande diferença, podemos afirmar, está no conhecimento real e proximidade que existe entre todos os intervenientes.
Pode-se concluir que a rapidez de resposta, para qualquer tipo de situação, se deve à proximidade não só da sucursal mas, essencialmente, da Administração? Praticamente as coisas resolvem-se no dia. A decisão está no local e pode ser de imediato, pode ser no dia ou na hora, enquanto nas outras instituições pode levar uma semana ou um mês conforme. Quais as zonas que estão ligadas directamente a esta Caixa? Nós pertencemos a um grupo
de Crédito Agrícola que tem 82 Caixas espalhadas por todo o País. Cada uma destas Caixas funciona como Sede de uma determinada zona e conta com várias delegações. Acima das sedes temos uma Caixa Central, que para nós funciona como se fosse o Banco de Portugal. A nossa Sede engloba Loures, Odivelas, Amadora, Oeiras, Cascais e Sintra. Digamos que a Caixa Central é um regulador? Sim. É a ela que recorremos em última instância para esclarecer
dúvidas, seja a nível funcional como jurídico, apesar de cada sede ter os seus próprios mecanismos. Existem muitas delegações nesta sede da Caixa de Crédito Agrícola? Nós temos a sede e mais 14 delegações. Bobadela, Fanhões, Famões, Loures, Oeiras, Almargem do Bispo, entre outros locais. Qual a forma que a Caixa de Crédito Agrícola utiliza para cativar os seus clientes? Ao
contrário de outras instituições bancárias não utiliza publicidade a nível nacional, a publicidade local é suficiente? Nós somos todos da mesma terra, vivemos nas mesmas localidades, com certeza que as pessoas também apostam no seu Banco. Nós estamos muito perto das pessoas, os nossos empregados são de cá e isso é uma maisvalia. Além disso apoiamos praticamente todas as associações da nossa zona, dando um sinal positivo da nossa presença à comunidade.
Freguesia
A Caixa de Crédito Agrícola é, teoricamente, um Banco mais pequeno, que não se expandiu internacionalmente. Foi esse um dos motivos que protegeu a instituição da grave crise económica financeira, deixando-o com maior solidez? Nós só temos dinheiro português e os nossos recursos são todos portugueses. Nós para captarmos dinheiro dos nossos clientes também temos de pagar e como nós sempre pagámos, nunca nos encostámos de forma alguma. As pessoas do Crédito Agrícola são pessoas locais e também de bem, são empresários agrícolas, tal como eu. Nós viemos para esta área com um grande carinho e sentimos pelos agricultores um grande respeito e muita vontade de os ajudar a vencer as suas crises e problemas. Somos sensíveis a essa matéria. Nós estamos mais perto dos clientes e muito mais disponíveis para os ouvirmos. Além disso, quando “rebentou a bolha” nós éramos o único Banco que não sofreu com isso. De que forma esta instituição, com 87 anos de vida, tem vindo a evoluir? A Caixa de Crédito Agrícola há 50 anos tinha mais de 500 balcões independentes. Desde os anos 90 estas dependências vieram a fundir-se, mantendo os balcões mas agrupando-se, originando as actuais 82 sedes. Por exemplo a Caixa de Loures estava sozinha e agora está com a de Sintra. Foi nesta altura que foi dado um passo muito importante, a revolução informática do sistema, da qual fiz parte como presidente dessa missão. Na altura cada balcão funcionava de forma independente e não tinha ligação com qualquer outro. Com essa “revolução” conseguimos ligar todos os balcões e, hoje, todas as delegações estão ligadas entre si. O objectivo é que ainda sucedam mais algumas fusões, de maneira a que fiquem cerca de 50 sedes, o que permitirá trabalhar cada vez mais o conhecimento e que os funcionários sejam ainda mais qualificados para exercerem as suas funções. O crédito mal parado na Caixa de Crédito Agrícola é menor que nos outros bancos? Se formos a ver no real é. Só que os outros bancos portugueses têm outros investimentos que nós não temos e nem precisamos de ter. O que é nosso é verdadeiro, não há ganância. Temos ainda 82 sedes o que significa que caso ocorra algo de mal em algumas delas, existem todas as outras para suportar essas dificuldades. Caixa de Crédito Agrícola é um nome que faz uma ligação directa à agricultura. Ainda hoje é assim ou pode-se considerar que nos dias que correm é instituição bancária universal que não está ligada a nenhum sector específico? A nossa base são todos os agricultores e empresários e todos os residentes de Loures, portanto estamos aber-
tos a todo e qualquer tipo de clientes. Além disso, no nosso concelho podemos fazer praticamente todas as operações que qualquer instituição bancária faz e se houver uma situação ou outra que a Caixa Agrícola não possa fazer, temos a Caixa Central que a fará. A banca acabou por ser afectada no prestígio, o que era algo intocável até há uns anos atrás. Os problemas do BPP, BPN e do BES acabaram por danificar a imagem das instituições bancárias perante a população? A Caixa de Crédito Agrícola sentiu isso de alguma forma? Essa falta de respeito pelas pessoas quando fazem operações aqui não existe. Nós temos uma auditoria interna local a funcionar aqui, temos na Caixa Central um departamento que monitoriza todos os movimentos da Caixa e que lança alertas para qualquer operação fora dos limites. Além disso temos anualmente uma auditoria externa, onde disponibilizamos tudo aquilo que pretendem. Por isso é muito difícil haver operações fora da legalidade. Pode dizer que é mais seguro depositar na Caixa de Crédito Agrícola do que noutras instituições? É mais seguro até por uma razão, porque nós descontamos para o fundo de garantia, que é um seguro. A Caixa de Crédito Agrícola tem no Banco de Portugal muitos milhões de euros no fundo de garantia, que é aquilo que a Banca nunca teve. O que o levou a si a presidir uma instituição bancária como esta? Eu antes de vir para a Caixa Agrícola trabalhei no sector da agricultura, todos os créditos agrícolas passavam por mim, ou seja, tinha uma ligação forte com esta área. Depois eu vivia aqui em Loures e, na altura, os responsáveis da Caixa pediram-me para vir para aqui dinamizar esta zona. Convidei um grupo de amigos daqui e formámos um grupo que criou uma dinâmica forte. Esta era a Caixa mais pequena do sistema e hoje somos das maiores. A Caixa de Crédito Agrícola também é conhecida pelos apoios que dá à comunidade. Esta é uma forma de valorizar a sua própria terra? Em praticamente todas as associações da nossa terra, nas equipas de futebol e nas igrejas estamos presentes. Depois não há nenhuma festa que não tenha o nosso patrocínio. Já mobilámos o lar de terceira idade da Associação Luís Pereira da Mota, da qual tenho o orgulho de ser presidente, oferecemos cinco ambulâncias equipadas aos bombeiros, ajudamos nas obras de recuperação de edifícios comunitários. A Caixa de Crédito Agrícola está sempre disponível para ajudar tudo e todos. Nós aqui damos muita atenção a tudo aquilo que são mecanismos de apoio para as associações da comunidade.
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Crédito Agrícola apoia vinhos nacionais O Crédito Agrícola é o patrocinador oficial do Mercado de Vinhos, que decorre entre 31 de Outubro e 2 de Novembro, no Campo Pequeno, e reúne 115 produtores de vinho nacionais, com especial enfoque nas empresas vinícolas de pequena e média dimensão. Através desta iniciativa, cujo objetivo é estimular relações comerciais e sensibilizar o público para aquisição de produtos portugueses, o Crédito Agrícola reforça a sua política de apoio à economia nacional, que tem nestas empresas de menor dimensão grande motor de desenvolvimento. Em destaque neste certame estão os produtos e serviços do Crédito Agrícola, podendo os visitantes ficar a conhecer as soluções a si adequadas. O Mercado de Vinhos assinala a sua terceira edição. A iniciativa recria os antigos mercados onde a compra era feita directamente ao produtor, com a particularidade de disponibilizar apenas vinhos que não comercializados nas grandes superfícies comerciais. A edição deste ano conta ainda com a “Taberna do Mercado”, espaço de convívio e degustação de vinhos e petiscos, inspirados nas antigas tabernas portuguesas.
Crédito Agrícola Em Portugal, a banca cooperativa é representada pelo Grupo Crédito Agrícola que regista uma marcante história secular, mais de 100 anos de história gerando valor para associados, clientes, comunidades locais e empregados. 1896 Primeira lei prevendo a criação de cooperativas de crédito agrícola para apoiar os agricultores. 1911 Crédito Agrícola foi formalmente criado em Portugal, sob uma estrutura cooperativa e o seu modelo, não obstante as adaptações ao longo do tempo, ainda é actual. 1929 Por razões políticas, o crédito para a agricultura em conjunto com outros regimes de crédito especializado, ficaram sob o controlo da CGD, detida pelo Estado. 1976 Após a revolução de 1974, todas as instituições financeiras privadas foram nacionalizadas, com excepção do Crédito Agrícola e das instituições financeiras não-portugueses. 1978 A Federação Nacional do Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM) foi criada para suportar e representar os interesses dos seus membros, tanto nacional como internacionalmente. 1982 Crédito Agrícola torna-se autónomo e termina o controlo pela CGD. Foram criadas novas CCAM atingindo-se um número máximo de 223 Caixas. 1984 A Caixa Central foi criada com o objectivo de ser a cabeça financeira do Grupo.
Crédito Agrícola patrocina Portugal Fresh na Fruit Attraction O Grupo Crédito Agrícola, em parceria com a Associação Portugal Fresh, participa na “Fruit Attraction”, a maior feira de comércio ibérica para o sector hortofrutícola, que se realiza em Madrid, de 15 a 17 de Outubro. Estarão presentes nesta feira, os principais players mundiais, assim como pequenos e médios fornecedores, prevendo-se a participação de cerca de 700 empresas ligadas ao sector, das quais 30 são portuguesas. O programa da Feira inclui
a visita oficial de Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar, bem como da Ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha, Isabel García Tejerina. No decorrer do certame, os visitantes terão oportunidade de apreciar momentos musicais e ainda demonstração de cozinha tradicional portuguesa, cujos ingredientes assentarão na produção nacional. No Fruit Attraction, que em 2013 atraiu 675 expositores provenientes de 16 países e que contou com 25.000 visitan-
tes de 83 países, as empresas presentes procuram consolidar parcerias existentes e diversificar o seu leque de contactos, dando a conhecer o que se produz em Portugal de frutas e legumes. O Grupo Crédito Agrícola com um forte enraizamento nas comunidades locais onde se insere sempre se empenhou no apoio às empresas do sector agrícola, pelo que se alia a este evento de grande importância para o negócio da exportação das empresas portuguesas do sector.
Principais Indicadores
Através da rede de balcões e de ATM, o Crédito Agrícola está fortemente implantado, com presença em 291 dos 308 municípios (94%)
Cobertura nacional da rede do Grupo Crédito Agrícola
• O Grupo Crédito Agrícola cobre a maioria do território em Portugal Continental e a Região Autónoma dos Açores. • Através da sua rede de 683 balcões e de ATM, o Grupo Crédito Agrícola está presente em 291 dos 308 Concelhos em Portugal (94%).
Em 622 localidades, o Crédito Agrícola é a única Instituição Financeira presente, das quais: • Em 222, o único balcão bancário é do Grupo Crédito Agrícola; • Em 400, a única ligação ao sistema bancário nacional é uma ATM do Grupo Crédito Agrícola.
1991 Foi atribuída à Caixa Central a missão de supervisão, orientação e representação financeira do SICAM (incluindo as Caixas e a própria Caixa Central) 1992 Início da actividade internacional 1994 Caixa Central amplia seu escopo de actividades (banco universal) e investe em outros negócios (além de banca de retalho) para prestar um serviço financeiro global. 2011 Crédito Agrícola celebra o seu centenário. 2013 Crédito Agrícola iniciou um processo de reorganização, como parte de uma estratégia empresarial que visa reforçar o negócio e o posicionamento do Grupo em Portugal e no estrangeiro. O Crédito Agrícola é actualmente composto por 82 CCAM, pela Caixa Central, Empresas Especializadas e Fenacam. O Grupo Crédito Agrícola cobre a maioria do território em Portugal Continental e a Região Autónoma dos Açores. Através da sua rede de 683 balcões e de ATM, o Grupo Crédito Agrícola está presente em 291 dos 308 Concelhos em Portugal (94%). Em 622 localidades, o Crédito Agrícola é a única Instituição Financeira presente, das quais em 222, o único balcão bancário é do Grupo Crédito Agrícola, em 400, a única ligação ao sistema bancário nacional é uma ATM do Grupo Crédito Agrícola. O Grupo Crédito Agrícola (e as Caixas Associadas que o compõem) tem como objectivo: -Ser o motor de desenvolvimento das comunidades locais através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e projectos financeiros. -Ser reconhecido pelas autoridades e pelo público em geral como o “Melhor Grupo Financeiro” nos mercados em que opera. O Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença internacional em 2014, com enfoque nos principais destinos de emigração portuguesa. Em mais de 100 anos de actividade, o Crédito Agrícola contribui para o desenvolvimento económico, social e cultural das regiões onde as Caixas Associadas estão fortemente implantadas. Os princípios e valores cooperativos constituem características intrínsecas ao Grupo CA e às Sociedades que o compõem.
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Paisagens & Patrimónios Florbela Estêvão
Arqueóloga e museóloga
Hoje falar-vos-ei de um sítio que é o meu local de trabalho, e, portanto, muito relacionado com memórias pessoais, tempos diferentes que se cruzam e fogem da linearidade cronológica do senso mais comum. Trata-se da Quinta do Conventinho, onde funciona o Museu Municipal de Loures. Inaugurado a 26 de julho de 1998 (anteriormente o museu funcionava na Casa do Adro, junto à Igreja Matriz de Loures), este equipamento cultural, com vasta programação ao longo do ano, associada na sua maioria às exposições aí patentes, está localizado numa encosta junto à cidade de Loures. Mas, como o seu próprio nome indica, ali funcionou um convento, cuja edificação está intimamente relacionada com a chamada Província da Santa Maria da Arrábida, e portanto com a Ordem dos Franciscanos Arrábidos. A construção do Convento do Espírito Santo, como era chamado, iniciou-se no ano de 1574; com capacidade para 16 frades, integrava-se num conjunto mais vasto, um total de 22 conventos, que constituíam a referida Província de Santa Maria da Arrábida. No actual concelho de Loures havia ainda um outro, o Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Santa Iria de Azoia, edificado em 1584; dele tratarei noutra oportunidade. Os Franciscanos estabeleceramse em Portugal em 1217. Apesar de ser uma ordem que primava por uma forma de vida despojada, os séculos XV e XVI presenciaram o surgimento de múltiplas “Províncias” no nosso território. A de Santa Maria da Arrábida foi constituída em 1560 e os vários conventos que a compunham distribuíam-se geograficamente entre a Serra da Arrábida a sul (Convento de Santa Maria da Arrábida, Casa fundadora, erigida em 1542), e, a norte, a zona de Leiria (Convento de Santo António, edificado em 1652). Os Franciscanos Arrábidos distinguiam-se dos demais ramos da
mesma Ordem por seguirem um regime de vida particularmente austero, muito voltado para o isolamento e a contemplação. E, por isso, normalmente estes conventos procuravam lugares relativamente afastados de povoações. O Convento do Espirito Santo dispunha de uma cerca que garantia privacidade aos seus religiosos, nela se fazendo o cultivo de alimentos necessários à subsistência. O conjunto era constituído por uma capela de uma só nave, e pelo edifício conventual que fazia parte da área de clausura, e que integrava várias dependências (celas dos frades, Sala do Capítulo, refeitório, cozinha e livraria). No centro deste complexo estava o belo claustro, que a determinada altura foi revestido com excelentes painéis de azulejos representando cenas de vida comum. Havia também várias oficinas, e uma casa que servia de hospedaria (onde presentemente funciona a zona de exposição do Museu), a qual recebia outros religiosos, e peregrinos, durante breves estadias. Este conjunto perdeu a sua função religiosa em 1834, passando desde então a ser uma residência civil que pertenceu a várias famílias. Hoje funciona ali também o Centro de Documentação Braamcamp Freire, ligado ao Museu; é um repositório de informação sobre a história local, tal como o próprio Museu. Entre as numerosas atividades que se realizam ao longo do ano no Museu, irei hoje chamar a atenção dos meus leitores para uma série de debates que vão agora decorrer ali em quatro tardes de sábado; concretamente, nos dias 1 de Novembro (portanto, no dia em que este jornal se publica), 8 de Novembro, 29 de Novembro e 6 de Dezembro. São de entrada livre, decorrerão em ambiente descontraído, e visam propor às pessoas que quiserem assistir (e participar) uma reflexão sobre o tempo. Melhor diria, sobre as muitas formas como vivemos o tempo... um bem cada
vez mais escasso... Ora, nada há de mais subjetivo do que a consciência do tempo, e, hoje em dia, estamos sempre a ser solicitados para tanta coisa que tendemos a sentir que o tempo nos foge. Para além das nossas obrigações profissionais, e dos momentos de evasão, somos com frequência interrompidos pelas comunicações, facilitadas pelos telemóveis e pela internet, a um ponto tal que, muitas vezes, nos resta muito pouco tempo para ficar em silêncio connosco próprios, e para fazer uma espécie de “balanço” dos nossos dias, das nossas vidas...Pois bem, as sessões (coordenadas por um professor aposentado da Universidade do Porto... o arqueólogo e poeta Vítor Oliveira Jorge) serão sucessivamente sobre História (1 de Novembro), Memória (8 de Novembro),
Arquivo (no sentido mais amplo desta palavra) e Museu (6 de Dezembro). Como se vê, todos estes temas estão articulados entre si, e em última análise visam pensarmos todos sobre a tendência que as sociedades modernas têm para, em reação ao “tempo que nos foge”, e à memória das coisas (costumes, tradições, etc.) que muitas vezes sentimos estar a perder, “congelarem” o tempo - ou as aquilo que afinal é dele testemunho (documentos, objetos, recordações) - em arquivos e em museus... Essa vontade “arquivística” dos nossos tempos é um sintoma de um certo mal-estar cujas causas são variadas, mas que importa perceber. Porque pensar sobre isso, como sobre tantas outras coisas que nos interpelam, acaba por ser um factor de equilíbrio psicológico (tão necessário nos
Claustro da Quinta do Conventinho
tempos que correm), e, afinal, de felicidade. As sessões contarão, sempre, com vários moderadores, pessoas que se prestam a dar a sua colaboração, a comunicarem-nos a sua experiência e as suas reflexões sobre estes temas. Decorrerão entre as 3 e as 6 da tarde, com um intervalo a meio que o leitor poderá aproveitar para fazer uma rápida visita ao museu ou ao sítio em que está implantado (onde há um bar e esplanada). Por isso, se realmente puder assistir a estes encontros, não fique em casa, pois estou certa de que sairá deles mais enriquecido(a). Venha daí conhecer o Conventinho e, se já o conhece, venha ouvir e participar nestes eventos que foram concebidos a pensar em si.
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Ninho de Cucos
Placebo
O regresso a Portugal João Alexandre Músico e Autor
Setlist de uma das últimas atuações no mês passado: 1. B3 2. For What It's Worth 3. Loud Like Love 4. Every You Every Me 5. Scene of the Crime 6. A Million Little Pieces 7. Too Many Friends 8. One of a Kind 9. Exit Wounds 10. Meds 11. Song to Say Goodbye 12. Special K 13. The Bitter End Encore: 14. Running Up That Hill (A Deal with God) (Kate Bush cover) 15. Post Blue 16. Infra-red
É já nos próximos dias 3 e 4, respectivamente no Porto e em Lisboa, que os Placebo regressam a Portugal para dois concertos. 17 anos depois da sua primeira apresentação em Portugal, na altura no auditório da Antena 3 (ainda nas Amoreiras), para promoção do homónimo álbum de estreia, perante uns 100 felizardos, os Placebo estão de volta para, com certeza, revisitar os destaques da sua carreira de sete álbuns, recheada de momentos altos e de alguns apagões. Os Placebo, formados em 1994 em Londres, foram descritos inicialmente como uma versão glam dos Nirvana devido ao seu som cru, um mix de prog tock dos anos 70 com secções rítmicas punk e à sua propensão estética andrógina, sobretudo do vocalista e guitarrista Brian Molko, com a temática das letras muitas vezes à volta da sexualidade dúbia. O álbum estreia foi um sucesso inesperado no Reino Unido, onde singles como "Nancy Boy" e "Teenage Angst" se tornaram êxitos de top. Fruto da sua excentricidade Brian Molko tornou-se alvo da imprensa especializada, alimentando histórias infindáveis de tricas e mexericos, muitas vezes alimentadas pelo próprio. A banda abriu concertos para os reunidos Sex Pistols e U2. Pouco tempo depois Brian Molko, o baixista sueco Stefan Olsdal, já com o novo baterista Hewitt (aliás
um regresso à formação inicial) foram convidados por David Bowie, um fã da banda e simultaneamente influência no som dos Placebo, para tocar na comemoração do seu 50º aniversário, no Madison Square Garden, em Nova Iorque. O 2º álbum “Without you i’m nothing” conseguiu de novo vendas impressionantes no Reino Unido e ameaçou nos Estados Unidos, sobretudo através do acutilante “Pure morning”, utilizado em diversas campanhas publicitárias e do seu videoclip de arrasador suspense em slow motion. No entanto por terras americanas os resultados terão ficado aquém das expectativas, apesar de todo o apoio e participações de David Bowie em gravações e concertos. Black Market Music, o 3º álbum de originais, adicionou elementos hip-hop e disco ao rock tenso da banda. O álbum foi lançado na Europa em 2000 e meses mais tarde na América, neste caso incluindo o tema “Without you i’m nothing” em dueto com David Bowie e o cover dos Depeche Mode "I Feel You ". Na Primavera de 2003 é lançado “Sleeping with Ghosts” e apesar de vendas de milhão e meio de cd’s em todo o mundo, é neste momento que os Placebo começam a perder a influência anterior no que respeita à música indie, aos concertos em festivais e às páginas de jornais e revistas de música. Talvez a forma como construíram a carreira muito baseada em fait divers, a tal
tenha conduzido. É tempo de rentabilizar com um best of do material editado até então. “Meds” em 2006, era mais um balão de oxigénio para os Placebo mas o fervor e a dimensão de outrora estava difícil de agarrar. “Battle for the Sun” o sexto álbum, coincide com a saída do baterista Hewitt e a rescisão com a editora de longa data EMI / Virgin. Com o novo baterista Steve Forrest, a banda gravou e lançou este trabalho produzido pelo vencedor do Grammy, David Bottrill (produtor de artistas como dEUS, Silverchair, Muse) durante o verão de 2009. Uma longa tournée e um álbum ao vivo se seguiram. No ano passado foi lançado “Loud like Love”, o sétimo e ultimo trabalho dos Placebo até à data. Apelativo à nostalgia da base de fãs do grupo, com a voz de Molko em pitch bem alto e letras angustiantes de relatos de juventude alienada são os ingredientes para a (re)conquista do objectivo. Os destaques vão para a balada poderosa “Hold on to me”, o muito forte e candidato a clássico “Too many friends” e o som jangly à la R.E.M de “Loud Like Love”. É uma excelente oportunidade para ver ou rever os Placebo, de regresso a Portugal e aos Coliseus de Porto e Lisboa a 3 e 4 de Novembro, respetivamente, uma banda que merece crédito pela colecção de canções capazes de manter um concerto sempre em alta.
“Clarinete in Orquestra 2014”
A Câmara Municipal de Loures vai promover três concertos, em espaços públicos, no âmbito da iniciativa “Clarinete in Orquestra”, nos dias 31 de Outubro, 1 e 2 de Novembro. O programa terá início com Krakowskie trio Stroikowe da Polónia, nos Paços do Concelho, a partir das 21h30. No sábado, dia 1 de Novembro, decorrerá na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fanhões, às 21h30. No domingo, pelas 18h00, vai ter lugar na Igreja Matriz de Loures. Em “Clarinete in Orquestra”, que conta com o apoio da Junta de Freguesia de Loures, vão participar os solistas António Saiote, Luís Gomes, João Pedro Lopes dos Santos e Martim Barbosa. Durante estes três dias, realizam-se masterclasses de clarinete, oboé e fagote, na Academia dos Saberes de Loures.
Art Music Fest
O Art Music Fest decorreu nos passados dias 3, 4 e 5 de Outubro no Castelo de Pirescoxe. Uma iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela que serviu para comemorar o Dia Internacional da Música e o 17º aniversário da Agita. A entrada foi gratuita e a adesão popular em grande número.
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CULTURA
AGENDA
CULTURAL Conhecer o Conventinho de forma animada
O Museu Municipal de Loures acolhe, até ao final de Novembro, novas sessões da "Visita Animada ao Conventinho", sempre ao terceiro sábado de cada mês, a partir das 15 horas. A Visita Animada ao Conventinho é um convite para conhecer um local que faz parte da paisagem de Loures há mais de cinco séculos. A história que lhe será contada tem como elemento orientador a exposição “De Convento a Conventinho – Biografia de Um Espaço”, onde se revelam momentos e pormenores da ocupação da Quinta ao longo dos tempos. Aqui, conduzidos por personagens de época, os participantes encetam uma viagem pelo passado, percorrendo lugares e documentos que fazem parte da história da Quinta do Conventinho. Os interessados devem proceder à reserva de lugar até à véspera da sessão pretendida, junto da Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Loures, através do telefone 211 150 673 ou pelo e-mail: se_conventinho@cm-loures.pt . O valor da inscrição é de 1.50 €. Participação gratuita para menores de 12 anos e maiores de 65.
Tempos de Crepúsculo
Nos dias 1, 8 e 29 de novembro e 6 de Dezembro, às 15 horas, o Museu Municipal de Loures acolhe o ciclo de debates “Tempos de Crepúsculo”, coordenado pelo professor Vítor Oliveira Jorge. A iniciativa pretende ser um espaço de reflexão, através da abordagem de temas como história, memória, arquivo e museu, analisando a “importância do estudo crítico do passado” e a compreensão da “lógica da história”. A participação é gratuita mediante inscrição prévia. Informações e inscrições Telefone: 211 150 660 Email: dc@cm-loures.pt
Cinemateca Portuguesa
Jornada do Património - Bucelas, 27 de Outubro A Cinemateca Portuguesa comemora o Dia Mundial do Património Audiovisual com a Jornada do Património que se irá realizar a 27 de Outubro. O Dia Mundial do Património Audiovisual foi instituído pela UNESCO, sendo assinalado a 27 de Outubro. A Cinemateca Portuguesa irá, neste mesmo dia, promover uma série de atividades para todos os gostos, entre elas, uma conferência de imprensa, workshops e sessões especiais. Destaque para a visita ao ANIM – Arquivo Nacional das Imagens em Movimento – na Chamboeira, em Bucelas, onde a Cinemateca irá revelar o lado menos visível da sua atividade. Os participantes tomarão contacto com os vários tipos de património e com o trabalho desenvolvido nos diferentes setores. Mais informação e programação em http://www.cinemateca.pt/Cinemateca/ Noticias/JORNADA-DO-PATRIMONIO.aspx
Junta de Freguesia de
MOSCAVIDE E PORTELA
Sessões de Cinema Português Centro Cultural de Moscavide 5 de Novembro - 15h00
Informações: Sede da Junta de Freguesia – Portela:
Em Moscavide:
Ex-Escola Vasco da Gama, Av. da República, 2685-232 Portela LRS Telefone: 219 446 417 / 219 444 135 / 934 491 885 secretaria.geral@jf-moscavideportela.pt
Rua António Maria Pais nº6, 2ºDto, 1885-001 Moscavide Telefone: 219 458 670
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CULTURA / DESPORTO
Arquivo de Cinema localiza-se em Loures Rodrigo Moreira
Ortopedia e Traumatologia / Medicina Desportiva
Notícias com ossos Lesões meniscais Os meniscos são umas fibrocartilagens em forma de cunha que existem nos joelhos e que têm como função aumentar a congruência articular entre o fémur e a tíbia, e dessa forma, melhorar a transmissão das cargas. Em cada joelho encontramos um menisco interno e um menisco externo. Cada um tem as suas particularidades e por esse motivo as suas lesões são mais ou menos frequentes, ou mais ou menos bem toleradas. Quer seja na sequência de traumatismo, quer seja por desgaste inerente à sua utilização, em determinado momento as roturas meniscais podem acontecer. Habitualmente são provocadas por traumatismos indirectos nos quais o joelho sofre um movimento de torção com o pé fixo no chão. Quando se ultrapassa os limites de mobilidade destas fibrocartilagens, estas acabam por ceder e rompem. E se estas roturas acontecem em joelhos saudáveis como o são o dos atletas, mais facilmente podem a acontecer em joelhos com a degenerescência característica da idade. Assim, tanto temos estes problemas em jovens desportistas, como em adultos sedentários e até mesmo em idosos. Clinicamente estes doentes apresentam dor, aumento de volume do joelho e impotência funcional para realizar determinadas tarefas ou movimentos. Em algumas situações de maior gravidade, o joelho pode inclusive apresentar-se bloqueado. Salvo nas excepções em que as queixas são bem toleradas, o tratamento é inequivocamente cirúrgico. Com uma abordagem artroscópica, minimamente invasiva, o cirurgião tem acesso à globalidade do joelho e em particular a ambos os meniscos, permitindo-se dessa forma fazer o tratamento que consiste na excisão parcial dos fragmentos de menisco lesado, regularização e preservação do remanescente de menisco saudável. Numa pequena percentagem de lesões, a rotura meniscal é passível de ser suturada e desta forma preservar o menisco na totalidade. Tratando-se de um procedimento pouco invasivo, se não houverem lesões concomitantes de cartilagem ou ligamentares, é de esperar um restabelecimento funcional em cerca de 6 semanas, contando com o apoio da fisioterapia.
Face menos visível da Cinemateca, o Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM), o mais importante arquivo do cinema português, funciona desde 1996 no concelho de Loures, numa quinta com mais de 8.000 hectares, feita de vários edifícios e rodeada por uma área de pinhal, com laboratórios, milhares de bobines e quilómetros de película, cuja preservação está ameaçada pela actual conjuntura de crise. Nos cofres, a temperaturas e níveis de humidade controlados, estão guardados tesouros do cinema português – e também algumas obras estrangeiras -, desde finais do século XIX até à actualidade, incluindo curtas e longas-metragens, ficção, documentário, filmes familiares, públicos e privados. Actualmente estão inventariados mais de 70.000 materiais, dos quais 50.000 são fílmicos, em película, guardados em centenas de bobines, armazenadas nesses cofres, e cujos originais têm sido copiados ou digitalizados. Nos edifícios, feitos de múltiplas salas, corredores, pátios interiores, terraços e cofres sem janelas, trabalham apenas vinte pessoas, acompanhadas de complexas máquinas e aparelhos cinematográficos antigos. Numa visita guiada a estes
espaços, o director do ANIM, Rui Machado, admitiu à agência Lusa que por ali se faz quase um trabalho de arqueologia, na identificação dos arquivos e de paciente construção de "puzzles", quando as obras estão degradadas ou em risco. "O ANIM é um departamento que é responsável pela salvaguarda de todo o património cinematográfico, todo ele – analógico ou digital – muito perecível, que não resistirá muito ao tempo se não houver arquivos que tratem da sua conservação", sublinhou. E também aqui se sente a crise que atravessa a sociedade portuguesa. A programação que a Cinemateca Portuguesa decidiu fazer este mês centra-se precisamente nos arquivos e no ANIM -, para alertar para a situação de fragilidade que atravessa, devido a constrangimentos económicos e administrativos, por via de decisões políticas. Um dos exemplos mais directos dos cortes orçamentais está nas reservas do ANIM: os novos cofres climatizados estão recheados de pilhas de bobines com filmes, porque não há dinheiro - são precisos cerca de 500 mil euros - para comprar estantes. Rui Machado deu ainda outro exemplo: O ANIM tem um dos poucos laboratórios em
todo o mundo especializado em restauro de filme em película e que responde a encomendas de cinematecas da Europa e América Latina. Este laboratório, que dá prestígio e receita adicional à Cinemateca, corre o risco de ficar parado, por causa de problemas contractuais com três dos cinco elementos que trabalham nessa área, alertou. O ANIM tem ainda de responder ao desafio do digital - "porque todo o património que está a ser produzido atualmente é digital" -, mas o departamento não tem um leitor para as novas cópias
de filmes nesse formato: "Significa que não podemos trabalhar esse património e que ele deixa de ser acessível aos espectadores", disse. No ANIM, onde reina uma espécie de corrida invisível contra o tempo, na preservação da memória do cinema português, aposta-se sobretudo na preservação da película, cuja validade ainda é muito superior em relação ao digital. "Em boas condições de preservação, um filme em película pode durar 500 anos, dizem os especialistas, muito mais do que o digital", afirmou Rui Machado.
Filipe Silvério no Olhanense Depois da saída do Zawisza Bydgoszcz, Filipe Silvério voltou a acompanhar Jorge Paixão na nova aventura. O destino é a equipa algarvia do Olhanense, onde esta equipa técnica tentará renovar as aspirações do clube de Olhão, que não está a atravessar um bom momento. Depois de uma primeira experiência algarvia no Farense, que correu da melhor maneira, a qual foi interrompida devido à transferência para o Sporting de Braga da I Liga, espera-se agora um desiderato semelhante. A situação em que o Olhanense se encontra na II Liga é muito parecida à encontrada aquando do projecto Farense. Esperemos que estes técnicos aproveitem esta oportunidade para relançar a carreira, num ano que começou bem mas que tem vindo a decair.
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SAÚDE
Gripe Sazonal
Campanha de Vacinação contra a Gripe A gripe é uma doença viral aguda do aparelho respiratório provocada pelo vírus influenza que apresenta uma elevada taxa de transmissão, um curto período de incubação (1–5 dias) e sendo uma doença sazonal, ocorre habitualmente entre os meses de Outubro e Março sob a forma de surtos ou epidemias de gravidade variável. A gripe afecta indivíduos em todo o mundo, a maior parte dos casos de gripe evolui para a cura espontânea, mas os indivíduos com determinadas doenças crónicas, imunodeprimidos ou com idade igual ou superior a 65 anos, podem desenvolver algumas complicações decorrentes da infecção viral. As complicações mais comuns da gripe são: a pneumonia bacteriana, a infecção de ouvido, a
sinusite, a desidratação e agravamento de doenças crónicas tais como, insuficiência cardíaca congestiva, asma ou diabetes. Nos idosos a gripe pode ainda causar e/ou agravar doença cardiovascular e cerebrovascular (ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais). As complicações podem resultar em hospitalização e morte prematura. Até 90% de mortes relacionadas com a gripe ocorrem em indivíduos com mais de 65 anos, especialmente entre os que apresentam patologia crónica subjacente. O peso desta infecção é duplo. Por um lado, pode haver doença grave e morte, e por outro lado, um grande número de casos leves e moderados resultam em tempo de trabalho perdido e diminuição da produção, bem como
aumento dos custos em serviços de cuidados de saúde e sociais. A incidência desta doença é diferente de ano para ano, o que torna difícil estimar o número anual de mortes e do seu impacto económico. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o vírus da gripe infecta anualmente cerca de 10 a 20% da população mundial, sendo 10% de adultos e 1/3 das crianças. A nível mundial a gripe é responsável, directa ou indirectamente, por meio milhão de mortes todos os anos. Portugal apresenta um excesso de mortalidade anual atribuído à gripe de cerca de 1200 a 1800 óbitos por ano. O vírus transmite-se através de partículas/gotículas de saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da tosse,
corrimento nasal e espirros mas também por contacto directo com superfícies contaminadas, por exemplo, através das mãos. Os principais sintomas no adulto são: febre alta, tosse, mal-estar geral, dores musculares e articulares, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal. Na criança além dos sintomas anteriormente referidos também pode haver sintomas gastrointestinais, incluindo vómitos e diarreia. Os sintomas podem durar de 2 a 5 dias, por exemplo a febre, mas a tosse, o mal-estar e as dores musculares podem durar até 2 semanas. Alguns sintomas, como por exemplo a febre, podem durar de 2 a 5 dias, mas a tosse, o mal-estar e as dores musculares podem durar até 2 semanas.
Os principais cuidados quando se está com gripe são: ficar em casa de repouso, ingestão abundante de líquidos, evitar mudanças de temperatura, não usar demasiados agasalhos, medir a temperatura 2-3 vezes por dia (controlo da temperatura). Em caso de febre e de dores utilizar preferencialmente o paracetamol (excepto se houver contra-indicação conhecida), mas não tomar antibióticos (não curam doenças virais). As pessoas idosas e/ou que vivem sozinhas, devem pedir a alguma pessoa das suas relações que lhe seja próxima, que lhes telefone regularmente para saber do seu estado de saúde e prestar auxílio em caso de complicações.
A vacina recomenda-se ainda às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos De facto o melhor remédio para a gripe é a prevenção! • Evite o contacto com outras pessoas em aglomerados especialmente em ambientes fechados e pouco arejados; • Lave frequentemente as mãos; • Evite tossir ou espirrar, proteja a boca e o nariz com um lenço de papel (use-o uma vez e deite-o fora) ou utilize o antebraço; • Para se assoar utilize lenço de papel (use-o uma vez e deite-o fora); • Se está num grupo de risco, vacine-se.
Nesta época gripal, a vacina manter-se-á gratuita para todos os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, bem como para pessoas vulneráveis residentes ou internadas em instituições, sem necessidade de receita médica ou de pagamento de taxa moderadora. Os cidadãos não abrangidos pela vacinação gratuita devem adquirir a vacina na farmácia comunitária, sendo para o efeito, necessária receita médica. As receitas médicas nas quais seja prescrita, exclusivamente, a vacina contra a gripe, emitidas a partir de 1 de Julho de 2014, são válidas até 31 de Dezembro de 2014. A vacina tem indicação para ser efectuada a partir de Outubro e durante todo o Outono e inverno. Neste âmbito os Serviços de Saúde operacionalizam a vacinação gratuita, desenvolvendo actividades que dêem resposta às necessidades de informação da população em geral, á acessibilidade e vacinação dos grupos de risco. Compete ainda aos Serviços de saúde proceder á avaliação da cobertura vacinal da população vacinada nos Cuidados Primários de Saúde e/ou das Instituições com direito ao seu fornecimento
gratuito. Ao nível do ACES Loures-Odivelas, as actividades previstas e realizadas pela Unidade de Saúde Pública no âmbito da Campanha de Vacinação contra a gripe sazonal, em estreita articulação com a direcção do ACES, com todas a 30 Unidades funcionais, bem como com as Instituições com direito a vacinas gratuitas, têm por finalidade aumentar a cobertura vacinal nos grupos de risco de forma a contribuir para a redução das complicações e mortalidade resultantes da infecção pelo vírus Influenza. Os resultados da vacinação na última época gripal 2013-2014 foram superiores aos de anos anteriores, uma vez que, de acordo com as estimativas da DGS, cerca de 57% dos idosos receberam a vacina sazonal. A gripe é a principal doença dos adultos que pode ser prevenida pela vacinação, no entanto, actualmente permanece um importante problema de saúde pública mas cujo controlo está ao nosso alcance. Se está dentro do grupo de risco, pela nossa saúde Vacine-se!
O vírus O vírus da Gripe sofre constantes alterações (mutações), por isso todos os anos são desenvolvidas vacinas diferentes contra a gripe, sendo necessário que as pessoas repitam a vacinação, que representa a melhor prevenção para evitar a doença e as suas complicações, juntamente com as medidas que reforçam a higiene das mãos e as regras de etiqueta respiratória já referidas. A vacinação anual contra a gripe sazonal é o método mais efectivo de prevenir as infecções contra o vírus da gripe e suas complicações. De facto, uma das estratégias de combate a gripe sazonal na Europa, e a principal no âmbito da prevenção, é o aumento das taxas de cobertura vacinal nos grupos de risco nomeadamente, dos profissionais de saúde, das pessoas com idade igual ou maior que 65 anos e dos doentes
crónicos. Em Portugal a Direcção Geral de Saúde (DGS) emite anualmente Orientações que normalizam todas as intervenções relacionadas com a campanha de vacinação contra a gripe sazonal. A Orientação para a época gripal 2014-2015, á semelhança com os anos anteriores prevê: • Vacinação fortemente recomendada para: • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; • Doentes crónicos e imunodeprimidos, a partir dos 6 meses de idades; • Grávidas com tempo de gestação superior a 12 semanas; • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (trabalhadores em lares de idosos, designadamente);
Luciana Bastos Médica Saúde Pública/Delegada de Saúde Coordenadora da Vacinação Unidade de Saúde Pública do ACES Loures-Odivelas Por lapso, na última edição do NL não saíram os autores do artigo da Unidade de Saúde Pública do ACES Loures-Odivelas, que tinha como título "A importância da higienização das mãos". Para colmatar essa situação aqui ficam os nomes dos autores desse artigo Josefina Chemela, Enfermeira de Saúde Comunitária e Cátia Rodrigues, Técnica de Saúde Ambiental.
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SAÚDE
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Para celebrar o São Martinho experimente fazer este BOLO DE CASTANHAS! Ingredientes
Preparação
• 500g de castanhas cozidas descascadas
1. Unte a forma com margarina e ligue o forno a 180 graus. 2. Passe as castanhas cozidas pelo passevite e reserve. 3. Numa tigela, bata bem o açúcar com a margarina até obter um creme esbranquiçado. 4. Junte as gemas, bata novamente muito bem. 5. Adicione o puré de castanhas aos poucos e o fermento e bata. 6. À parte, bata as claras em castelo e envolva-as suavemente no preparado. 7. Verta para a forma e leve ao forno durante 50 minutos ou até que fique cozido.
• 100g de margarina • 250g de açúcar • 5 ovos • 1 colher de chá bem cheia de fermento • Margarina para untar
Anabela Pereira Nutricionista
Castanhas…Quentes e boas! Chegou o Outono e com ele os dias mais curtos, o frio, as folhas secas no chão e, claro, o São Martinho. O santo que inaugurou a tradição do magusto onde se comem as primeiras castanhas do ano. As castanhas eram um alimento muito consumido em Portugal durante muitos séculos, reinavam na alimentação dos portugueses, até que foram destronadas pelas batatas que foram introduzidas na Europa na época dos Descobrimentos. Actualmente estão cada vez mais presentes na nossa alimentação, são muito utilizadas na confecção de pratos salgados, doçaria, licores e aperitivos. Este fruto apresenta características nutricionais bastante interessantes: o seu valor energético é de aproximadamente 180 Kcal por 100g, sendo constituída por 40% de hidratos de carbono complexos (amido), 3% proteína e 2% lípidos. Tem baixo teor de gordura quando comparada com outros frutos secos como os amendoins ou as amêndoas, que fornecem cerca de 570 e 620Kcal. Por serem ricas em vitamina C, fortalecem o sistema imunitário, mantêm os ossos, a pele e as articulações saudáveis e tem uma função antioxidante contra os radicais livres. São constituídas maioritariamente por amido, que é um hidrato de carbono de absorção lenta, permitindo maior saciedade. É também um fruto rico em sais minerais, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio, magnésio, fósforo e potássio. Não contém glúten, sendo portanto um alimento bem tolerado por pessoas com doença celíaca. Contém substâncias alcalinizantes que neutralizam o excesso de ácidos no sangue e facilitam a sua eliminação através da urina. Esta propriedade é extremamente útil para que tem excesso de ácido úrico e para pessoas que comem carnes vermelhas com frequência. No entanto, apesar de terem bastantes benefícios para a saúde é preciso ter cuidado com o seu valor calórico, uma vez que 7 ou 8 castanhas equivalem a 4 colheres de sopa de arroz cozido ou a uma carcaça. Tendo em conta que o consumidor actualmente preocupa-se mais com o valor nutricional e com o efeito na saúde dos alimentos, a castanha é um fruto a eleger como parte integrante de uma alimentação saudável. Podendo ser consumida assada, cozida com ervas, em forma de puré e sopa, substituindo as batatas e massas. Atenção que comê-las cruas pode causar flatulência. Agora que já sabe um pouco mais sobre este delicioso fruto, deixo-lhe uma receita que espero que aprecie!
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Félix Bolaños bate com a porta Félix Bolaños, director do Agrupamento de Escolas da Apelação, pediu a demissão devido aos problemas relacionados com a colocação de professores, que têm impedido a estabilidade necessária para atingir bons resultados, segundo o próprio no dia 17 de Outubro à agência Lusa. “A confusão na colocação de professores não é só deste ano, verifica-se há vários anos e esse factor impede a melhoria dos resultados escolares”, justificou Felix Bolaños que dirige há 10 anos aquele agrupamento, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).
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“Uma das minhas batalhas sempre foi a estabilidade dos professores”, referiu, indicando tratar-se de uma das escolas mais complicadas do país, a braços com problemas de violência e insucesso quando assumiu a direcção. No início das aulas ainda faltavam 13 docentes, num universo de profissionais que deveriam estar na escola em Setembro. “Em certa altura conseguimos estabilizar os professores e aí os resultados melhoraram e diminuiu a indisciplina, até recebemos um prémio, mas de há três anos para cá a instabilidade no corpo docente não permite atingir esses objetivos”, defendeu. O Professor Félix Bolaños teve um excelente desempenho na gestão do Agrupamento de
Escolas da Apelação. A sua intervenção foi elogiada por personalidades de diversos quadrantes.
20 de Outubro Dia Nacional das Linhas de Torres A Assembleia da República deliberou, por unanimidade, instituir o dia 20 de Outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres. Para os Municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, tal representa o reconhecimento deste património identitário comum que constitui, simultaneamente, um singular
produto turístico. Fortificações provisórias, erguidas em tempo recorde com recurso à força de trabalho de cerca de 150 mil portugueses e implantadas em áreas com forte pressão antrópica, as Linhas de Torres estabeleceram um ponto de viragem na história das Campanhas Napoleónicas, assumindo grande relevo quer para a História de Portugal, quer para a História Contemporânea Mundial. “A criação do Dia Nacional das Linhas de Torres propõe ser uma justa homenagem à memória e resistência do povo português aliada à estratégia e engenharia militar. Ao espírito de sacrifício de todos aqueles que lutaram contra o invasor fosse integrando o exército aliado, construindo as fortificações
Beatriz Ângelo deve ficar no Estado Esta é a proposta aprovada em Assembleia de Freguesia em Santo Antão e S. Julião do Tojal. O Hospital Beatriz Ângelo deve ficar nas mãos do Serviço Nacional de Saúde, uma moção vinda da bancada da CDU e que contou com o apoio da coligação “Loures Sabe Mudar” e a abstenção do PS. Uma moção na linha do que a CDU já tinha feito, tanto no Parlamento como na Assembleia Municipal de Loures. Ficam aqui os principais pontos da moção e os destinatários da mesma. “A população do Município de Loures sempre se manifestou pela defesa do SNS – Serviço Nacional da Saúde que este ano comemora 35 anos de existência e pela necessidade da construção se uma unidade hospitalar no Concelho que assegurasse a devida prestação dos cuidados hospitalares. Sempre apoiou a construção do actual HBA, com cerca de 424 camas, servindo uma população de 278 mil habitantes, abrangendo presentemente parte do município de Loures
e a totalidade dos municípios de Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço. O Município de Loures contribuiu com avultados meios públicos para construção do HBA, ente terrenos e acessos, num valor superior a 20 milhões de euros. As populações destes concelhos sempre defenderam que esta unidade hospitalar deveria ser integrante do SNS não tendo sido essa a opção dos governos PS e do PSD/CDS. Foi antes a de construir uma parceria público-privada com a SGHL- Sociedade Gestora do Hospital de Loures, dominada pelo Grupo Espírito Santo Saúde (GESS), para efectuar a gestão desta unidade hospitalar. Assim, a Assembleia de Freguesia da UF de Santo Antão de São Julião do Tojal reunida a 30 de Setembro de 2014; 1 Repudia e manifesta a sua total oposição a qualquer alineação da posição detida pelo Grupo Espírito Santo Saúde no
HBA a qualquer grupo económico; 2 Exige e reclama junto do Governo PSD/CDS o desencadear do processo jurídico-político que conduza à plena integração do HBA no SNS, com uma gestão pública. 3 Exorta a população do município de Loures a associar-se a esta exigência pelo cumprimento constitucional do direito à saúde, só assegurado em pleno por uma SNS cada vez mais eficiente e ao serviço das populações. Esta moção irá ser enviada ao Presidente da República, ao Primeiro-ministro, ao Ministro da Saúde, à Presidente da Assembleia da República, aos Municípios de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte. Agraço e respectivas Assembleias Municipais. Às Juntas de Freguesia do Concelho de Loures e respectivas Assembleias de Freguesia, à Administração do Hospital Beatriz Ângelo, à ARSLVT e aos Órgãos de Comunicação Social.
ou abandonando as suas casas e destruindo os seus bens, privando o exército invasor de se alimentar no terreno, mas, também, pondo em causa a subsistência dos compatriotas e o futuro do país”, pode lerse no projecto de resolução aprovado. A escolha do dia 20 de Outubro deveu-se ao seu simbolismo, já que foi nesta data que a estratégia defensiva das Linhas de Torres começou a ser desenhada no terreno: “20 de Outubro [de 1809] é a data do memorando que o Lord Wellington dirigiu a Richard Fletcher ordenando o reconhecimento do terreno e a fortificação dos pontos mais convenientes e defensáveis, criando um sistema de defesa a norte de Lisboa”.
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Nem a chuva prejudicou a Festa do Vinho e das Vindimas
Parquímetros da Portela podem sofrer alterações
Apesar de o tempo não ser favorável, não foi impeditivo que as pessoas saíssem à rua e celebrassem a Festa do Vinho e das Vindimas em Bucelas. Uma festa com larga tradição e que atrai milhares de visitantes.
O estacionamento pago na Portela – com recurso a parquímetros - poderá sofrer alterações muito em breve, sobretudo no que se refere ao Parque das Piscinas e ao Parque do Jardim Almeida Garrett. A notícia foi avançada ao NL pelo novo presidente da Loures Parque, Nuno Abreu, que referiu ainda que os parquímetros do Centro Comercial da Portela poderão igualmente ser alvo de mudanças, quer ao nível das taxas, quer no que respeita aos períodos taxados, na sequência de uma reunião com os comerciantes daquele estabelecimento, que terá lugar «muito em breve», adiantou o presidente ao NL. As novidades foram referidas na sequência da recente sessão de esclarecimento público sobre estacionamento e parqueamento pago, realizada no Centro
Cultural de Moscavide, no passado dia 9 de Outubro, e que permitiu aos responsáveis da Loures Parque, da União de Freguesias de Moscavide e Portela e da Câmara Municipal de Loures ficarem a par dos vários problemas que afectam a população das duas freguesias no que toca ao estacionamento. «No que diz respeito à Portela, estamos a analisar um conjunto de sugestões de melhoria, que os munícipes nos têm feito chegar e é natural que algumas dessas sugestões possam motivar alterações ao serviço de gestão do estacionamento na Portela», desvendou Nuno Abreu, adiantando, no entanto, ser «ainda prematuro avançar com qualquer decisão ou prazo». Nuno Abreu disse ainda que a Loures Parque está a «ouvir a União das Freguesias
de Moscavide e Portela, a população, os representantes dos comerciantes e a administração do Centro Comercial da Portela, entre outros intervenientes, e quando existirem conclusões e medidas concretas de intervenção, estas serão seguramente divulgadas». Já, quanto a Moscavide, o problema é bem mais profundo, como refere o presidente da Loures Parque: «É, sobretudo, a falta de espaço, resultante do ordenamento urbano da vila de Moscavide, cujo enquadramento torna difícil encontrar as necessárias soluções de estacionamento gratuito, nas franjas do núcleo urbano, complementares às zonas de estacionamento tarifado existentes no interior da vila». André Julião
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