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ANO 1 | Nr.09 MENSAL | JANEIRO 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€
Igreja Matriz de Loures precisa de ajuda Cerca de 600 mil euros é quanto "Os Amigos da Igreja Matriz" tentam angariar para as obras deste monumento.
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Escola de S. João da Talha remodelada Mais de 1 milhão de euros foi quanto custou a remodelação da Escola nº 4 de S. João da Talha. Parte desta verba foi cofinanciada pela Valorsul.
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Tribunal de Loures eleito um dos piores As condições de funcionários e utentes do tribunal de Loures estão no fim da lista de um relatório da Associação Sindical dos Juízes Portugueses . Pág. 24
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QUINTA DO MOCHO
PINTURAS SÃO UM SUCESSO
A arte urbana na Quinta do Mocho está a chamar a atenção do País. Uma verdadeira galeria de arte a céu aberto. Pág. 3
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EDITORIAL
Crónicas saloias
Um ano positivo Pedro Santos Pereira Director
Ficha Técnica
Por norma, esta é a altura dos balanços ou revisões. Se a ideia de que o País está mal impera, com repercussões na vida de cada um, a verdade é que 2014 trouxe muitas coisas boas para o concelho de Loures. Desde o acordo intermunicipal para a criação do SIMAR, que poupou postos de trabalho e dinheiro aos municípios de Loures e Odivelas, passando pela luta incessante contra a privatização da EGF, a re-inauguração da Escola nº 4 de S. João da Talha, a legalização do Bairro da Castelhana até ao Dia Nacional das Linhas de Torres, o crescente sucesso do Festival do Caracol, várias foram as notícias positivas para uma edilidade que se tenta erguer. Mas, para mim, o momento alto foi o Festival "O Bairro i o Mundo",
que demonstrou que, com pouco dinheiro, se pode fazer uma grande obra. Uma iniciativa que vem do anterior executivo, que em 2013 criou esta acção na Quinta da Fonte e que teve sequência com esta nova administração na Quinta do Mocho. Mais do que o Festival em si, que tem sempre pontos positivos de interacção da comunidade, tanto a nível pessoal como cultural, o meu maior destaque vai para as obras-primas criadas naquelas empenas de prédios. Felicitar os artistas é de elementar justiça, pois fizeram de um bairro social, cujos maiores ou únicos motivos de interesse eram as escaramuças, uma verdadeira galeria de arte. Desde a escultura de Bordalo II até às pinturas de Nomen, Chip e Smile muitos são os motivos
de interesse para visitar a Quinta do Mocho. Referi estes artistas de forma parcial, pois os seus trabalhos encheram-me as medidas. Mas também é justo referir o papel de duas pessoas que, por trás da cortina, organizaram e potenciaram esta iniciativa, o Hugo Cardoso e a Cristina Melo, a quem felicito pelo excelente desempenho na coordenação deste projecto. Espero que estas obras sejam motivo de interesse por esse País fora, a comunicação social nacional já o tem demonstrado, pois assim permitirá que a Quinta do Mocho seja, que sempre foi, mais do que um bairro problemático. Mas não foi só o Município que este activo, várias foram as freguesias e associações que mostraram vitalidade. Acções
Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Ana Rodrigues, André Julião, Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: Anabela Pereira, Florbela Estêvão, João Alexandre, José Reis Santos, Lucília Bahleixo, Patrícia Duarte e Silva, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rodrigo Moreira, Rui Pinheiro Fotografia: Cátia Isaías, João Pedro Domingos, Nuno Luz Direcção Comercial: Luís Bendada (Director) Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 126 489 Depósito Legal nº 378575/14
como os campeonatos nacionais e distritais de futebol de praia em S. João da Talha, passando pelos "night outs" do Infantado, Moscavide e Centro Comercial da Portela, continuando nas diversas iniciativas do Teatro Independente de Loures e do IBISCO, do Carnaval de Loures, da Festa do Vinho e das Vindimas ou da Feira setecentista em Santo Antão do Tojal, muitas foram as iniciativas que ajudaram a entreter e divertir a população e potenciar o comércio do nosso Concelho. Também no desporto vários foram aqueles que se destacaram, colectivamente a formação do Sacavenense salientouse, mas também a AM Portela que esteve a golos de ascender à 1ª divisão de futsal e o GS
Loures que subiu à 2ª divisão de andebol foram destaques. Individualmente, Beto ganhou a Liga Europa pelo Sevilha, conquistada a André Almeida que fez a sua melhor época no Benfica, que teve uma temporada de sonho, Carlos Mané continua, cada vez mais, a ser influente no Sporting, Rodrigo Matos foi campeão do mundo de ginástica acrobática e David Grachat foi medalha de bronze nos europeus de natação adaptada. No ano em que o Notícias de Loures nasceu também houve notícias más, mas centremo-nos nas boas que podemos transmitir aos lourenses e esperar que 2015 seja, no mínimo, semelhante.
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Quinta do Mocho Um sucesso a nível europeu
A C4i (Communication for integration: social networking for diversity) visitou Portugal e ficou satisfeita com o que viu. Loures faz parte deste projecto da União Europeia, que visa pôr fim aos preconceitos e rumores sobre os imigrantes. No dia 11 de Dezembro uma comitiva da C4i visitou Portugal, mais concretamente a Quinta do Mocho, para avaliar a evolução deste projecto europeu no nosso Concelho. O resultado foi positivo, para o qual muito contribuiram as diversas fachadas pinta-
das pelos nossos artistas, uma forma de embelezar um bairro social e torná-lo mais atractivo. Este projecto, em Portugal, tem ainda incorporado a Quinta da Fonte na Apelação e a cidade da Amadora. Com o objectivo de integrar e abater preconcei-
tos sobre os imigrantes, este projecto internacional financiado pela União Europeia está ainda inserido em mais nove cidades europeias, Barcelona, Sabadell e Bilbau em Espanha, Erlangen e Nuremberga na Alemanha, Limerick na República da Irlanda,
A visão do C4i
reótipos sejam eliminados "é preciso mudar mentalidades e isso é algo que demora muito tempo".
Como nos disse Hugo Cardoso, um dos principais responsáveis deste programa, "é uma galeria a céu aberto". Como recompensa, este projecto, O Bairro i o Mundo, é finalista do prémio Diversity Advantage Challenge, organizado pelo Conselho da Europa e tem sido notícia em toda a imprensa nacional, o que significa que se conseguiu pôr a Quinta do Mocho nas bocas do mundo pela positiva. Assim, esta autêntica exposição, onde não existem horários de abertura e fecho, já começou a trazer pessoas externas ao bairro, promovendo a interacção, o que permitirá afastar alguns dos rumores que existem sobre o bairro que, por norma, só tinha sido notícia, anteriormente, por situações desagradáveis.
O projecto nasceu em janeiro de 2014 e Dani de la Torre, um catalão de Barcelona e principal timoneiro do C4i, mostrou-se contente com o que viu, mas alertou para o facto de "ainda haver um longo caminho a percorrer". Explicou que "o objectivo é criar estratégias de comunicação que permitam esbater os preconceitos em relação aos imigrantes, uma vez que os rumores são a principal forma de propagação destes mesmos estereótipos. São estratégias como esta que poderão devolver uma interacção entre locais e imigrantes, pois eliminando rumores elimina-se, também, o principal veículo de transmissão de preconceitos". Mas as coisas não são assim tão simples, pois para que os este-
"O Bairro i o Mundo" Esta é uma iniciativa que começou na Quinta da Fonte, ainda com o anterior executivo municipal, tendo-se alargado para a Quinta do Mocho, já com o actual executivo. Uma acção que visa valorizar, integrar e tornar mais apelativos estes dois bairros, onde a comunidade imigrante tem um grande peso. Várias têm sido as iniciativas feitas dentro deste projecto, mas a última delas tem dado que falar. A pintura de empenas inteiras, em diversos edifícios da Quinta do Mocho, por parte de vários artistas portugueses de arte urbana está a tornar-se um sucesso.
Pedro Santos Pereira
Botkyrka na Suécia, Patras na Grécia e Lublin na Polónia. Depois da visita à Quinta do Mocho os representantes do C4i tiveram uma reunião de trabalho no Palácio dos Marqueses da Praia, em Loures. Neste encontro, que teve como anfitrião o
município de Loures, foram debatidos temas técnicos e quais as melhores estratégias para uma maior visibilidade do projecto, o que permitirá um maior impacto na comunidade e, simultaneamente, uma maior efectivação da mensagem.
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Patriarca de Lisboa benze a Primeira Pedra do novo Centro Pastoral de Moscavide Pedro Cabeça Advogado
Mais um Ano ou um Ano? Ciclicamente é assim, encerramos o ano, fazemos balanços e tentamos planear o novo. Pois, está aí o novo ano! Olhando para trás apenas vejo anos muito difíceis, este último foi penoso. Olho para este ano e não avisto, a curto prazo, as melhoras que todos desejamos. O ano que agora chega será, certamente, mais difícil. Mas o Ano que agora chega será (ou terá que ser) um ano de mudanças. A nível político nacional teremos eleições legislativas, que certamente marcaram o ritmo do ano. A nível político local teremos mais um ano de dificuldades para oposições e executivo mas o que desejo e sonho é a afirmação de um novo espírito, que desenvolva a actividade política pela positiva. Sinceramente desejo um Ano Novo de afirmação de ideias novas, já que materialmente tudo continuará difícil, pelo menos que no plano das ideias (que teremos de colocar em prática) se inove, deixando as perseguições e fundamentalismos apenas como más lições do passado. No ano que agora chega desejava que todos, mesmo todos, pensassem verdadeiramente nos interesses colectivos, sem calculismos partidários e meramente eleitoralistas. Infelizmente as pessoas estão cada vez mais cansadas, mais tristes, mais incapazes de conseguirem superar os problemas e, como várias vezes por aqui alertámos durante este ano, corremos o risco de enfrentar as demagogias dos salvadores da pátria. Ao contrário de outros anos, em que sem entrar na especulação dos adivinhos e lançadores de cartas poderia antever alguns cenários, o ano que se inicia é uma grande incógnita nem que seja porque o mundo estará também em mudança, algumas dessas mudanças começaram já no ano que passou (EX: a crise do Petróleo, a crise na Ucrânia, a crise na Rússia e as crises que se vão mantendo ou agravando, a mudança diplomática das relações Cuba/USA) e tudo isto influenciará o nosso País e, claro, o nosso concelho que não é uma ilha fora do mundo. É por isso que durante este ano de 2015 teremos de ser nós próprios a solidificar o futuro, temos nós que tomar a iniciativa e fazer. Sabendo que não podemos deixar de dar prioridade ao futuro. Em 2015 os munícipes de Loures tem de saber exactamente que projectos cada um dos protagonistas locais pretende ver desenvolvidos, a curto médio e longo prazo e têm colaborar nessa construção. 2015 será um ano difícil mas será essencial (o tempo de errar já não existe), para que de uma vez a população, em geral, volte a confiar na política e nos políticos e comece a sentir esperança no futuro. Desejo A todos um ano de 2015 cheio de realizações, saúde e esperança porque “A esperança é uma arma poderosa e nenhum poder no mundo pode privar-te dela.” Nelson Mandela
A Igreja Paroquial de Moscavide recebeu no passado dia 7 de Dezembro o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente que presidiu à Eucaristia. No final procedeu à Bênção da Primeira Pedra do novo Centro Pastoral de Moscavide. O projecto do novo Centro Pastoral de Moscavide foi apresentado pela primeira vez à comunidade e conta com salas de Formação da Fé, de reunião, espaço escutista, capelas da Ressureição (mortuárias), residência paroquial, e Universidade Sénior. A obra rondará os 800 mil euros. A Igreja de Santo António de Moscavide encheu para receber o Patriarca de Lisboa num espaço marcado pelo espírito natalício. No local estiveram em exposição, durante mais de uma semana, mais de uma centena de presépios construídos pelas famílias da catequese e do Centro Social Paroquial. Os presépios foram entregues para angariação de fundos tendo em vista a construção do novo Centro Pastoral. Os presépios benzidos por
D. Manuel Clemente foram depois entregues às famílias no dia 8 de Dezembro no final de um concerto de Coros que decorreu também na Igreja Paroquial e que assinalou a celebração dos 58 anos de Dedicação da Igreja Paroquial de Moscavide. Na Eucaristia da Bênção da Primeira Pedra do novo Centro Pastoral estiveram presentes várias individualidades, entre elas a Presidente da Assembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos, os vereadores da Câmara Municipal de Loures, Maria Eugénia Coelho e Tiago Matias, e a Presidente da Junta de Freguesia Moscavide e Portela, Manuela Dias. À comunidade ficou a promessa de inauguração da nova obra dentro de dois
Municípios da Valorsul avançam com acção para exclusão da EGF Os municípios de Loures, Lisboa, Odivelas, Vila Franca de Xira e Amadora, accionistas da Valorsul, decidiram no dia 18 de Dezembro, solicitar a convocação de uma assembleia geral extraordinária da empresa, para aprovar uma acção judicial visando a exclusão do accionista Empresa Geral de Fomento (EGF) por violação do dever de lealdade. Na missiva, dirigida ao presidente da Assembleia Geral da Valorsul, os cinco presidentes dos municípios fundamentam a iniciativa por considerarem que a EGF, ao não assegurar o respeito pelas bases que fundamentaram a constituição da Valorsul, o cumprimento dos respectivos estatutos e a defesa dos interesses da empresa, tem vindo a adotar comportamentos que consubstanciam a violação grave do dever de lealdade, ou se revelam perturbadores do funcionamento da Valorsul, com relevantes prejuízos para a sociedade. O comportamento da EGF no processo de privatização e o desrespeito pelo Acordo Parassocial da Valorsul são exemplos do atrás referido, que consubstanciaram atitudes e acções de defesa dos interesses próprios do accionista maioritário da EGF, o Estado, contra os interesses da sociedade e dos restantes accionistas. E a luta continua...
“Natal no Parque” da Cidade de Loures A Câmara Municipal de Loures realizou o “Natal no Parque”, até ao passado dia 23, no Parque da Cidade de Loures. Tratou-se de uma Venda de Natal, entre as 12 e as 19 horas, no Pavilhão de Macau, onde esteve patente uma exposição e venda de artesanato executado por artistas do Concelho. Também houve animação infantil, a visita do Pai Natal e uma árvore decorada para o efeito.
anos, já marcada para 8 de Dezembro de 2016, aquando da celebração dos 60 anos da Dedicação da igreja, e que contará novamente com a presença do Patriarca de Lisboa. Foi ainda prometida a ajuda da Câmara Municipal de Loures na demolição e limpeza dos edificios antigos bem como na abertura dos alicerces do terreno onde crescerá a nova obra. O Prior, José Fernando, lançou
um apelo à participação nas inúmeras actividades programadas para a angariação de fundos, assim como à boa vontade dos paroquianos e de toda a comunidade na ajuda à construção do novo Centro Paroquial de Moscavide, “que servirá não só os fiéis como todos os que lá se dirigirem”. Patrícia Fernandes
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Igreja Matriz precisa de restauro de 600 mil euros A ano e meio de receber a imagem de Nossa Senhora do Cabo, o que só acontece de 25 em 25 anos, a Igreja Matriz de Loures precisa de obras de recuperação urgentes. Há várias iniciativas de angariação em curso, mas o padre pede o apoio urgente das empresas do concelho. A Igreja Matriz de Loures precisa de obras de requalificação urgentes, «na ordem dos 600 mil euros», revelou ao NL o padre Duarte Morgado, colaborador do padre Francisco, responsável pela edificação. Classificada como monumento nacional, esta igreja, «que recebe 800 a 900 fiéis por semana», está bastante degradada, apesar das obras de melhoramento de que tem vindo a ser alvo. As necessidades são diversas e vão da limpeza à conservação dos materiais. «Do ponto de vista do recheio patrimonial, temos a talha dourada, que precisa de ser conservada, restaurada e consolidada, porque há madeiras com alguma decomposição», explica o padre Duarte Morgado. «Precisamos também de limpar o espaço entre o tecto e o telhado, que, neste momento ainda concentra, na nave central e na nave lateral direita, entulho de obra deixado há uma série de anos», acrescenta o responsável. São várias as toneladas de lixo acumuladas e que urge retirar, tarefa a que é necessário juntar a consolidação das tábuas e o repinte. Mas, não só, como refere o padre Morgado: «As colunas necessitam muito de uma estabilização dos pigmentos, ou seja, de repintura, para que não desapareça a pintura original, que é fabulosa. Todas as colunas são diversas e têm motivos diferentes umas das outras. Os arcos e os janelões também precisam de uma estabilização da pintura, assim como o subcoro, que é a base do coro alto, que tem uma pintura seiscentista que está a desaparecer com o tempo. Isto é o que é mais urgente neste momento». Há ainda a acrescentar a renovação das casas-de-banho, a recuperação de um anexo e outras mais. Para algumas delas, a diocese tem contado com a ajuda da Câmara Municipal, nomeadamente na construção de uma rampa para pessoas portadoras de deficiência, uma obra a realizar em breve e que envolverá ainda o arranjo exterior do templo, incluindo o passeio público e a zona de passagem de viaturas. A colaboração com a autarquia tem-se, aliás, estendido a outras tarefas. «Quando foi o restauro do tecto da nave lateral esquerda, cederam-nos um grande contentor para o entulho de obra e também alguns colaboradores», revela o pároco. «Gostaríamos muito que a autarquia nos con-
tinuasse a ajudar porque este imóvel não é apenas da Igreja Católica, é do povo português e um dos patrimónios nacionais que mais nos orgulha no concelho», alerta. Amigos da Igreja Matriz tentam angariar fundos Nesta fase, toda a ajuda é pouca, independentemente de onde venha. Para tentar acelerar a angariação de fundos, há pouco mais de um ano, algumas pessoas frequentadoras da Igreja Matriz juntaram-se para criar um grupo de acção: os Amigos da Igreja Matriz de Loures. O padre Duarte Morgado, um dos fundadores, explica que se trata de um grupo da paróquia, que começou, de imediato, a funcionar com quotas: «Cada um deu cinco euros e hoje temos quase 300 pessoas. Cada pessoa paga uma quota de um euro por mês, pelo que se trata ainda de um grupo pequeno para as necessidades financeiras do restauro. O dinheiro para a obra é preciso agora, ainda que de uma forma faseada, mas precisamos já do restauro do tecto, do coro, do altar, etc. Além disto, é depois necessário fazer a manutenção da igreja.» Uma missão que se afigura bastante difícil para os Amigos da Igreja Matriz, ainda para mais quando o tempo não corre a favor. Isto porque, em Setembro de 2016, a igreja acolhe a imagem de Nossa Senhora do Cabo, algo que só acontece de 25 em 25 anos. Além disso, 2016 será também o ano das jornadas mundiais e a data em que o Patriarcado de Lisboa comemora 300 anos. «Imagine o que é receber aqui as pessoas numa igreja que precisa de um restauro tão grande», desabafa o padre Morgado. O primeiro passo é dado já este mês, com o restauro da nave lateral direita, uma obra orçada em cerca de 30 mil euros. Existe ainda um projecto para a «readequação litúrgica» do espaço, ou seja, a colocação de um novo altar, um ambão e uma presidência devidamente pensados para o espaço. Entre as várias actividades dos Amigos da Igreja Matriz, incluemse noites de fados, almoços, venda de artesanato ou leilões de coisas doadas. Além disso, este grupo procura também acompanhar as actividades ditas
civis, tentando colocar stands em eventos onde possa vender algo. Iniciativas que permitiram angariar, no ano passado, cerca de 35 mil euros, «com a ajuda de um mecenas grande e de outros de pequena dimensão», conta o padre Morgado. Um valor muito pequeno ainda, tendo em conta a referência dos 600 mil euros orçados para a obra, na totalidade. «Esse montante serviu para recuperar uma imagem de Nossa Senhora da Graça, que estava há mais de 100 anos delapidada, com uma pintura do século XIX já muito reinventada, que não tinha cara nem mãos, nem sequer o menino Jesus, que ainda está a ser refeito», explana o pároco. «Deu ainda para recuperar o tecto da nave lateral esquerda e para pagar a recuperação das portas e do guarda-vento, ou
seja, apenas pequenas reparações», acrescenta. Padre apela a empresas do concelho Para breve, estão previstas novas iniciativas de angariação de fundos, nomeadamente um festival de sopas, uma feira de doces e um almoço, entre outros. «O problema é que há actividades onde angariamos mil euros e outras onde conseguimos apenas 200», reconhece o padre. «Para conseguirmos realizar esta obra, era importante que as empresas do nosso concelho olhassem para esta Igreja como sua, do ponto de vista estético, artístico e cultural», defende. Quando questionado acerca dos apoios públicos para a recuperação do património, o padre
Duarte Morgado sustenta que «o problema em Portugal é que nos habituámos a um Estado que aglutinou para si próprio património que não é capaz de sustentar, património esse que é muito amplo, muito diversificado e muito estratificado na hierarquia de grau de importância». E dá o exemplo da própria Igreja Matriz: «Neste momento, estamos a fazer todo o restauro em colaboração com a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e o secretário de Estado da Cultura já esteve nesta igreja, inclusive, com o director da DGPC e com alguns investigadores, para nos dar a opinião sobre o que está a ser feito e como deve ser conduzido. O problema é que não têm dinheiro para nos dar». André Julião
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Recuperação da zona ribeirinha Ricardo Andrade
Comissário de Bordo
Virada do ano Com o virar do ano penso que se torna normal pensarmos no que passámos no ano anterior. Julgo que fazermos uma retrospectiva, nesta altura do ano, é tão natural como respirar. Penso que olharmos para trás pensando o que iremos fazer para a frente é, além de comum, imensamente positivo. Nos jornais, na televisão e na rádio somos inundados por análises do ano que passou. Toda a comunicação social, desde os jornalistas até aos comentadores, partilham com quem os lê, escuta ou ouve, aqueles que são os seus pensamentos e perspectivas acerca do que marcou o mundo nos cerca de 365 dias do ano anterior. Tudo o que referi acima acaba, necessariamente, por nos fazer pensar. Acaba, quase sem pensarmos, por nos levar a fazer as nossas próprias análises e por nos fazer concordar ou discordar acerca do que escutamos. Mas mais do que nos prendermos ao que recebemos dos outros, penso que nos devíamos debruçar acerca do que fizemos de bem ou mal. Talvez devêssemos pensar mais no que ainda podemos fazer ao invés do que concordar ou discordar com aquilo que eventuais líderes de opinião nos transmitem. Com certeza nos tornaríamos melhores pessoas se nos procurássemos apoiar no passado recente para melhorar o futuro próximo de todos quantos passam nas nossas vidas. Acredito verdadeiramente que se cada um de nós pensasse mais no que pode fazer de diferente do que em exigir dos outros contribuiríamos mais para o bem comum. No entanto, penso ter a honestidade intelectual suficiente para conseguir ver que se sugerimos aos outros que se melhorem a si mesmos deveríamos igualmente procurar dar esse exemplo para que não caíssemos no erro fácil de ser apenas quem sempre pede e nunca quem dá. Acredito ainda que mesmo tendo todos iguais deveres, existem aqueles que devem, por inerência das suas funções, demonstrar a todos quantos não têm certas responsabilidades de serviço público qual o caminho a seguir. Por isso, nesta “ virada de ano” ( como chamam os brasileiros à passagem do ano ) e porque procuro nunca fugir às responsabilidades que, como responsável politico, assumi perante todos os Lourenses, ligarei menos ao que escutar na comunicação social e pensarei mais no que verdadeiramente falta ainda fazer para que Loures se torne num melhor lugar para todos viverem.
Requalificar o que resta de toda a frente ribeirinha entre a Póvoa de Santa Iria (Vila Franca de Xira) e o Parque das Nações, no limite do concelho de Loures, é o objectivo de uma candidatura conjunta aos próximos fundos comunitários que está a ser estudada pelos dois municípios Até ao momento já foram realizadas duas reuniões técnicas com responsáveis dos dois municípios e os resultados são animadores. É expectativa dos dois executivos que uma candidatura conjunta possa ter maiores hipóteses de captar os apoios da União Europeia, que deverão chegar no âmbito do novo quadro comunitário em vigor até 2020. Em declarações ao jornal "O Mirante", o vereador responsável pelo pelouro do urbanismo e ambiente da Câmara de Loures, Tiago Matias, diz que se trata de uma oportunidade “ímpar” de aproximar
os dois concelhos e as populações ao rio. “Foi um contacto quase recíproco entre Vila Franca e Loures. Vila Franca já tem trabalho muito bem feito neste tipo de requalificações e uma das nossas vontades é precisamente chegar à frente ribeirinha e torná-la acessível e do usufruto da população”, explica. O autarca de Loures diz estar entusiasmado e motivado com os primeiros resultados das reuniões e garante que existe “uma grande vontade” de concretizar a candidatura conjunta. “Não tenho dúvidas que pode ser o primeiro
passo para uma convergência de esforços e interesses, incluindo noutras matérias”, refere. Por sua vez, em declarações ao mesmo meio de comunicação social, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o socialista Alberto Mesquita afirma “temos a grande ambição de chegar ao Parque das Nações e permitir que as pessoas possam caminhar ou andar de bicicleta entre Lisboa e Vila Franca de Xira. Um dos principais problemas é o facto da maioria dos terrenos à beira-rio ser propriedade privada. Um desafio que
tem de ser estudado caso a caso. Será um processo que tem de ser tratado com prudência. Teremos sempre de salvaguardar o interesse público”. Loures já iniciou um processo de reabilitação da zona ribeirinha na Bobadela, em parceria com o Instituto Superior Técnico e estas conversações dão a possibilidade de essa área ser alargada até Vila Franca de Xira. Maior qualidade de vida e valorização das freguesias abrangidas será uma inevitabilidade, caso o projecto ande por diante.
Sub-estação de Fanhões distribui mais qualidade
No âmbito do programa de investimento da EDP Distribuição para a região de Loures, estava previsto o estabelecimento de duas novas saídas em Média Tensão, a 10 kV, a partir da Subestação de Fanhões, saídas a interligar com linha aérea já existente. Foi agora realizado esse investimento, que vai influenciar claramen-
te a melhoria da qualidade de serviço, muito concretamente em Bucelas e S. Julião do Tojal. As duas novas saídas permitiram a abertura da linha existente, constituindo-se dois circuitos distintos: um deles alimenta a rede mais a norte (zona de Bucelas); o outro circuito alimenta a rede
mais a sul (zona de S. Julião do Tojal). A execução da obra apresentou-se complexa devido às características do terreno, muito acidentado, mas também devido à necessidade de coordenação dos trabalhos com a concessionária da autoestrada (A9 – Circular Regional Exterior de Lisboa), que foi atravessada por estas
novas linhas. Tornou-se indispensável o corte do tráfego nos dois sentidos na referida via, corte que ocorreu durante um fim-de-semana, por forma a minimizar o impacto sentido pelos utentes. Esta intervenção vai, também, proporcionar uma diminuição considerável das perdas de energia.
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Fim das obras da Escola nº 4 de S. João da Talha As obras de remodelação e ampliação da Escola Básica Nº4 de São João da Talha forão inauguradas no dia 12 de Dezembro, às 11 horas, pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares. O equipamento escolar com 305 crianças beneficiou de uma intervenção de fundo visando a reabilitação da escola existente, construída em 1985 e a ampliação da área construída, que passou de 1200 para 1920 m2, o que permitiu a criação de três novas salas de aula, duas salas para jardim de infância, que não existia nesta escola, uma nova sala de apoio à multideficiência e três salas de actividades e apoio às actividades extracurriculares. Não menos importante para o bom funcionamento da escola é a nova biblioteca, o refeitório e cozinha mais amplos e o ginásio
remodelado. O conforto e a segurança das crianças, professores e auxiliares também não foi esquecido, os edifícios forma revestidos e isolados e instaladas janelas de vidros duplos com corte térmico. A cobertura de fibrocimento foi substituída por painéis metálicos também com isolamento térmico. Os espaços exteriores foram reorganizados de forma a tirar melhor partido da área existente e dar resposta às situações de mobilidade condicionada. Foi construído um novo campo de jogos e criada uma área destinada à implementação de uma horta pedagógica. A área
coberta do logradouro foi ampliada. Esta intervenção da Câmara Municipal de Loures representou um investimento de cerca de 1,25 milhões de euros, foi co-financiada pela Valorsul e faz parte de um conjunto de intervenções previstas para requalificação da rede escolar com vista à melhoria das condições de educação e ensino nas escolas do Concelho. Na cerimónia de inauguração da "nova" escola os alunos foram os primeiros protagonistas, cantando, tocando e lendo para todos os presentes. Depois seguiram-se os discursos de circunstância, que
começaram com Maria da Luz Costa, coordenadora da escola, que se referiu à importância das obras, pois dará melhores condições aos alunos que serão o futuro do País. Daí a expressão utilizada "é hora de semear para depois colher". Por sua vez a directora de agrupamento, Dina Ferreira, destacou a necessidade das melhorias "uma obra muito ansiada que finalmente está concretizada. A Escola não está remodelada, está nova". O presidente da freguesia de Sta. Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela, Nuno Leitão, fez questão de "agradecer à anterior gestão municipal
nas pessoas de Ricardo Leão e Carlos Teixeira e à actual, nas pessoas de Bernardino Soares, Paulo Piteira e Maria Eugénia Coelho". Mas não se ficou por aqui em termos de agradecimentos "destaco a contribuição da Valorsul nesta obra, tal como já tinha acontecido com o Ecoparque". Por fim tomou a palavra o presidente do Município, Bernardino Soares, que igualmente sublinhou a importância da Valorsul, aproveitando para afirmar "que este também é um dos motivos pelos quais não deve ser privatizada". Realce também para a abertura em tempo útil, agradecendo
aos funcionários municipais e empreiteiros todo o empenho e dedicação demonstrados para que os alunos pudessem iniciar as aulas a tempo. Agradeceu também à anterior gestão municipal, que iniciou o processo e acrescentou que "a Câmara Municipal de Loures irá investir 5 milhões de euros nos próximos dois anos" em estabelecimentos de ensino. Seguiu-se uma visita às instalações, onde houve pequeno almoço e tempo para ouvir uma história de Natal com os alunos. Pedro Santos Pereira
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2014
O ano em revista
Iniciativas Filipe Esménio Comunição
Mel de Cicuta 2015 - O Novo Mundo José Sócrates, Ricardo Salgado, Eleições Legislativas, Desenvolvimento Económico, o Bicampeonato do Benfica, o Euromilhões que sai mais uma vez em Portugal serão os grandes títulos dos jornais em 2015. A Casa dos Segredos 6 e o Correio da Manhã continuam a bater audiências. As praias enchem no Verão, o frio acentua-se no Inverno. Na verdade nada muda. Nas nossas vidas poucas coisas mudam depressa. Apenas por vezes a morte chega… depressa … essa por vezes vem mesmo rápido. Por isso vamos à vida que a morte é certa. Há uma hora em que chega de lamúrias. Há uma hora em que temos de tomar o rumo da nossa vida. Temos de assumir a responsabilidade de nós. Os momentos da verdade. Podemos mudar de emprego, podemos mudar de vida. Mas não nos vimos livres … de nós. Temos é de querer. De mudar. É hora de pensar positivo. É hora de fazer por nós e pelos outros. É hora de dar sem pensar em receber, chegou a hora de perceber que temos apenas de ser. Só de uma verdadeira cooperação social e política podemos dar a volta a um mundo injusto e desigual. A uma justiça desigual, a um Estado vilão, a uma Europa enfraquecida, a uma teia de uma falsa democracia que nos desgoverna. Aos obsoletos partidos políticos às estruturas que precisam mesmo de um abanão. A começar pela nossa estrutura. Eu pela minha parte sei quem sou.
Loures e Odivelas criam SIMAR
EGF - Luta contra a privatização
Bairro Castelhana - Finalmente a legalização
Bairro i o Mundo - Uma iniciativa de sucesso
«Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou. Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma. Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim» Álvaro de Campos Pela minha parte, vivo sem saudade. Apenas com o amor de todas as pessoas que gostam de mim. Felizmente são muitas. Na verdade, também eu amo muitas pessoas. E isso dá-me força. Meus amigos, desejo-vos votos sinceros de um bom ano. De um ano cheio de amor, saúde e felicidade. De um ano à sua imagem. De um ano em que construa o seu futuro. Mas que acima de tudo saiba viver o seu presente. O presente temporal, o momento. Mas, acima de tudo, o maior presente que já lhe deram na sua vida. A vida. Viva a sua vida. Faça o favor de ser feliz.
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2014
Linhas de Torres já têm Dia Nacional
Sunset Moscavide - As ruas encheram
Festival do Caracol sempre a crescer
Eduardo Gageiro, o fotógrafo de Abril
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COLECTIVIDADE
Sociedade Recreativa e Cultural de Pintéus “Eis como se articula a ênfase de uma frase. Também a música é uma língua humana”. Pascal Quignard, in “Todas as manhãs do Mundo” A criação A Sociedade Recreativa e Cultural de Pintéus foi fundada em 14 de Outubro de 1943 por cinco jovens músicos naturais de Pintéus, à qual deram inicialmente o nome de Sociedade de Beneficência de Pintéus, visto ter sido criada com a finalidade de promover Bailes e atendendo às dificuldades da época, interagir no apoio e beneficência da população de Pintéus. Com o passar do tempo foi criada nesta coletividade, uma Top Jazz, com jovens da terra, e uma escola de música de onde surgiu um conjunto denominado “Os Vencedores de Pintéus”. Com o passar dos anos, o grupo musical foi-se esvanecendo e a sociedade acabou por deixar de ter ligação à música. Em 2010 surgiu o projeto para formar uma escola de música em parceria com a Junta de Freguesia de Santo Antão do
Tojal e a Sociedade Recreativa e Cultural de Pintéus, sem fins lucrativos, de ensino gratuito e aberto a toda comunidade da localidade de Pintéus e da freguesia de Santo Antão do Tojal. Este projecto pretende incentivar o gosto pela música no seio das camadas jovens sendo no entanto, apenas viável se for sustentado pela aproximação e o interesse da juventude. A importância dos pais e educadores neste projecto também é outro pilar de sustentabilidade. A sua sensibilização e colaboração são essenciais para que incentivem os filhos numa actividade tão enriquecedora e salutar como a música. Os objectivos Os objetivos deste projeto consistiram em fazer uma escola de música e posteriormente formar uma orquestra de sopros, cordas e percussão para integrar
os jovens e crianças que frequentam a escola de música. Aperfeiçoar este agrupamento de modo que se torne artisticamente funcional e atingir uma dinâmica que levasse à criação de um espaço de integração social através da música, sustentável e com a envolvência da comunidade local. Usar a música como forma de ocupar os tempos livres das crianças e jovens de uma forma salutar. Desenvolver o gosto e conhecimento dos diversos géneros musicais. Proporcionar experiências musicais diversificadas. Desenvolver aptidões próprias dos alunos e de autoestima. Incentivar a responsabilidade e autonomia dos alunos. Enriquecer cultural e intelectualmente os alunos através da experiência musical. Aproveitar as capacidades musicais de alguns habitantes da localidade e envolvê-los no projeto como músicos e monitores.
A Escola A escola começou o seu funcionamento com 15 alunos no dia 5 de Junho de 2010. A primeira audição foi no dia 4 de Setembro de 2010 nas festas de Pintéus. Os primeiros instrumentos foram distribuídos aos alunos em 12 de Fevereiro de 2011. Desde então o número de executantes cresceu e existe actualmente uma grande diversidade instrumental, onde constam instrumentos de sopro – clarinete, flauta transversal, trompete, trombone, saxofones alto e tenor e bombardino, instrumentos de cordas – violoncelo e contrabaixo de cordas e instrumentos de percussão. A actividade tem-se desenvolvido com grande intensidade, caracterizando-se pelo crescente número de solicitações que tem recebido e o número de actuações, sobretudo em concerto, que de ano para têm vindo a aumentar. De igual modo,
tem sido chamada para acompanhar projectos de desenvolvimento pedagógico de ensino musical nas escolas, levados a cabo por alunos de Mestrado em Ciências Musicais, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, realizando concertos que proporcionem a alunos do ensino básico e do 2º ciclo experiência musical em contexto de orquestra, articulando as músicas e canções que aprendem nas aulas de ensino musical com músicas executadas pela orquestra. Neste momento a escola de música tem 45 alunos, conta com o apoio voluntário de vários músicos monitores e é dirigida pelo professor Hélio Gonçalves.
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BREVES
Loures rejeita criação do Sistema Multimunicipal de Água e Saneamento de LVT A Assembleia Municipal de Loures aprovou por unanimidade o parecer negativo, proposto pelo presidente da câmara e deliberado, igualmente por unanimidade, em reunião do executivo municipal, sobre o projeto de Decreto-Lei para criação do Sistema Multimunicipal (SMM) de Água e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo. O município de Loures manifesta assim a sua total recusa em aderir e integrar o proposto SMM e reitera a firme rejeição do processo, que levou à apresentação daquele projecto de diploma
desenvolvido no desrespeito e à revelia das atribuições e competências do Poder Local. O município de Loures considera prematura a extinção do actual SMM e da respectiva sociedade gestora, a SIMTEJO, S.A., e exige o cumprimento dos pressupostos que o levaram a aderir a este sistema e a concretização das medidas, insistentemente, reclamadas pelos municípios, nomeadamente: dos fluxos financeiros para a Águas de Portugal, a eliminação do inadmissível valor da actual remuneração de capitais no sistema público,
a revisão e renegociação do Estudo de Viabilidade Económica e Financeira, o cumprimento de responsabilidades por parte do concedente (Estado) na sustentabilidade do SMM e nos pressupostos de adesão do município ou a recolocação de competências na esfera dos municípios, aplicando os princípios dos sistemas de titularidade municipal e uma estrutura tarifária adequada à realidade económica e social dos municípios fixada, no limite, à taxa de inflação. O município de Loures alerta, nesse documento, para o facto de, a ser criado este novo SMM,
as taxas de águas residuais cobradas ao Município aumentarem 14,22% e a taxa relativa ao abastecimento de água crescer 23,7% no próximo quinquénio, com graves consequências económicas e sociais para a população do Concelho. No parecer negativo, emitido com carácter vinculativo, o município de Loures exige que se tenha em conta o papel determinante dos municípios em todo o processo de reestruturação do sector da água. O Município de Loures denuncia também o facto do governo se
preparar para dar, sem qualquer custo, a concessão desta grande empresa à EPAL, o que, conjugado com o aumento de tarifas, traça um caminho claro de futura privatização de um bem essencial que é a água, como acontece neste momento com o tratamento de resíduos, através da alienação da EGF. Por todas estas razões, o município de Loures reafirma que utilizará todos os meios políticos, institucionais, económicos e legais para impedir a retirada de mais uma importante competência aos municípios portugueses.
Bombeiros de Sacavém de parabéns A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sacavém (A.H.B.V.S) comemorou o seu 117º aniversário no passado dia 6 de Dezembro, às 15 horas. A cerimónia incluiu a entrega de emblemas aos sócios que completaram 25/50 anos de associados, promoções na carreira de diversos elementos constituintes do Corpo de Bombeiros, entrega de Condecorações de Assiduidade de 5/10/15/20/25 anos de antiguidade, entrega de Placa aos Bombeiros Voluntários da Azambuja pela camaradagem demonstrada aquando do acidente do VFCI 07 no grande incêndio da Serra Caramulo de 2013, entrega de Placa Agradecimento
ao Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro pela disponibilização de salas para a realização dos Exames Distritais de Lisboa, para o Acesso a Carreira de Bombeiro Voluntário, durante os anos de 2013 e 2014. Mas não ficou por aqui, houve mais distições como a entrega de Placa Agradecimento a TRIU pela Oferta de um veículo pesado de transporte com Ampliroll, entrega de Placa Agradecimento à Dyrup /PCC pelo donativo para equipar a renovação do veículo VTTU 02. Seguiu-se a Cerimónia de Inauguração de Meios Operacionais e tudo terminou com um Bucelas de Honra.
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Rui Pinheiro Sociólogo
Fora do Carreiro Os portugueses têm que se decidir Os portugueses apresentam-se fartos e enfastiados com, o que se usa agora dizer, a “classe política”, expressão que me parece pouco inocente, porque se destina a acantonar todos os que desenvolvem actividade política, num mesmo “saco”. A maioria é suficientemente inteligente e informada para saber que os políticos não são todos iguais, que os partidos não são todos iguais. Uma minoria, ou ignorante, ou ostensivamente desinformada ou ainda simplesmente seguidista, limita-se a papaguear o que ouve outros dizerem, sem a menor reflexão sobre o que está a reproduzir e o contexto que a envolve. Governados há mais de 35 anos pelos denominados partidos do “arco do poder”, os portugueses manifestam crescente repulsa por quem os governa mas, eleição após eleição, repetem maioritáriamente o voto naqueles em quem já haviam votado antes e por quem vão sentindo crescente aversão, o que a partir de determinado momento, começa a ser muito difícil de entender. Os portugueses queixam-se amargamente, uma e outra vez, de terem sido enganados, mas a cada vez que vão votar, parecem padecer por uma absurda atracção pelo abismo. Insistem nas soluções de sempre, afinal, aquelas de que se queixam amargamente. Como é que se pode perceber isto? Não pode ignorar-se a manipulação e condicionamento que o “sistema” faz sobre os cidadãos e sobre os eleitores. Todos os dias, a todas as horas se repete “que não alternativa”, de que sem os mesmos de sempre, será o caos, de que todos os outros são piores do que aqueles que têm exercido o poder. Mas é caso para perguntar, como pode achar-se que são todos iguais, se só se conhecem alguns? Como podem os portugueses acreditar que os outros são piores, se nunca os viram governar? Enfim, como podem pessoas que se supõem inteligentes deixar-se submergir em mistificações tão grosseiras? Quem foi que nos trouxe das imensas esperanças do 25 de Abril a este estado comatoso em que o país se encontra? Quem foram aqueles que governaram os imensos recursos que o país recebeu da União Europeia e o deixaram cheio de dívidas e problemas? Querem os portugueses ter “segurança” no que os espera, mesmo que isso, seja o pior que lhes pode acontecer? Nesse caso, têm tido a “segurança” que pedem e escolhem. A vida tem sido “seguramente” pior a cada ano que passa, para um crescente número de jovens, idosos, desempregados, licenciados, doentes, estudantes, trabalhadores por conta de outrém e pequenos e médios empresários. Os portugueses têm que se decidir, porque é impossível querer uma coisa e simultâneamente o seu contrário. Isso não existe. Como não faz sentido não querer exactamente o que escolhemos. Só às crianças de tenra idade e personalidade não consolidada são permitidas tais imaturidades.
ENTREVISTA
Loures mais verde em 2015 O elevado estado de degradação de alguns espaços verdes do concelho levou à intervenção rápida do novo executivo. Há ainda grandes falhas na rede de ciclovias e nas hortas sociais, mas 2015 vai trazer novidades. Tiago Matias, vereador da CML, desvendou ao NL, algumas delas.
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Preparámos planos de revitalização do parque de Santa Iria e do parque do Cabeço de Montachique e esperamos agora, no início de 2015, implementá-los e começar a disponibilizá-los à população
Reabilitação dos parques urbanos de Santa Iria da Azóia e Cabeço de Montachique e abertura do parque verde da Quinta dos Remédios, na Bobadela, são as grandes bandeiras do executivo municipal no que se refere à gestão dos espaços verdes do concelho até à data. Tiago Matias, vereador do Ambiente e Transportes Municipais da Câmara Municipal de Loures desvendou ao NL as principais apostas para o seu pelouro em 2015, numa altura em que o PDM está aberto para discussão. A expansão da rede de ciclovias e o desenvolvimento de actividades na Várzea de Loures são outros dos eixos de actuação do executivo, que se encontra ainda a avaliar o estado actual do projecto de hortas sociais e urbanas. Para Janeiro, está prevista a divulgação da lista de actividades a levar a cabo nesta área.
Quais têm sido as linhas de força de actuação da Câmara Municipal de Loures no que toca à gestão dos espaços verdes do concelho e à sua disseminação? Tendo tomado posse há cerca de um ano, encontrámos os nossos parques urbanos, principalmente o Parque Urbano de Santa Iria de Azóia e o Parque de Montachique num estado de degradação e de abandono elevados. Desde logo, e dada a escassez financeira, quisemos que esses parques tivessem devolvida a sua qualidade natural como espaços verdes, pelo que preparámos planos de revitalização e de dinamização de oferta de oportunidades em que a população pudesse usufruir desses parques e vivê-los. Preparámos planos de revitalização do parque de Santa Iria e do parque do Cabeço de Montachique e esperamos agora, no início de 2015, implementá-los e começar a disponibilizá-los à população para que estes parques
sejam vividos e tenham um maior número de munícipes a vivê-los e a usufruir da oferta, quer cultural, quer social, quer desportiva que pretendemos dar à população por via destes parques. Queria salientar também a abertura, para o primeiro semestre, do Parque Urbano da Quinta dos Remédios. Trata-se de um parque de aproximadamente 13 hectares, na Bobadela, que vamos abrir à população, por via de um protocolo que vamos estabelecer com o Instituto Superior Técnico (IST), a entidade que gere aquele espaço. É um acontecimento que vai marcar o mandato deste executivo ao longo destes quatro anos, ao nível da oferta de espaços urbanos e espaços verdes do município para a população. Como se encontra o projecto das hortas sociais e empresariais? Estamos num processo de reavaliação. Percebemos que estavam disseminados por vários serviços vários tipos de hortas, com várias funções.
Havia hortas sociais, hortas biológicas e outras. Há um potencial para a existência das hortas urbanas e neste momento estamos numa fase de reavaliação de todas estas hortas e de preparar o programa de oferta integrada de todos estes tipos de hortas para cada tipo de público -alvo. Uma horta social tem uma função, muitas vezes, integradora, onde ela está. Posso dar-lhe o exemplo dos Terraços da Ponte, em Sacavém, onde pode ser um factor motivador de inserção das várias pessoas que ali vivem. As hortas urbanas podem servir como meio de subsistência e de ocupação de tempos livres e até do ponto de vista terapêutico. Há vários tipos de hortas que queremos integrar e estamos a passar por esse processo de reavaliação e de reorganização, porque muitas delas, nomeadamente as hortas sociais, foram abandonadas e deixaram de ter alguma regra. Acabaram por ficar, do ponto de vista ambiental e estético, muito degradadas.
Parque Urbano de Santa Iria de Azóia
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ENTREVISTA
Quando se prevêem desenvolvimentos? Ainda não temos datas previstas, mas pensamos que, no início de 2015, teremos essa proposta para apresentar. A autarquia está a prever a criação de novos espaços verdes, a prazo, no concelho? Essencialmente, é este parque verde da Quinta dos Remédios, na Bobadela, que é um parque de grande dimensão, com uma grande implementação no território, que vai marcar e servir a população, não só da União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, mas também Sacavém e Prior Velho, porque realmente são 13 hectares e será uma marca inquestionável que irá acontecer na abertura do semestre, em 2015. Depois, há outros projectos em que estamos a trabalhar. Decidimos que a Várzea de Loures é um elemento fundamental de ligação, funcionando quase como coração entre a zona norte e a zona oriental do concelho. Preparámos uma candidatura ao Programa LIFE, cujo resultado saberemos em Junho de 2015, que prevê a requalificação de vinte quilómetros destas linhas de água que atravessam toda a várzea e que ligam Loures a Sacavém. Ganhámos também agora uma parceria com a Associação dos Beneficiários da Várzea de Loures para a limpeza dessas linhas de água com acesso a um fundo de recursos hídricos, o que nunca tinha sido conseguido. Isso vai permitir angariar cerca de 200 mil euros para limpar estas linhas de água, para mitigar os riscos de cheias, em caso de ocorrência de grande precipitação, no centro de Loures. Estamos também a desenvolver projectos de ciclovias, que pretendem ligar Loures a Sacavém, por via da várzea. Estão em curso projectos para fazer do parque agrícola da Várzea de Loures um elemento fundamental, ecológico e estrutu-
ral no nosso concelho. Está prevista a expansão da rede de ciclovias para servir a população crescente do concelho que utiliza a bicicleta? Sim, na zona oriental já existe uma ciclovia que queremos estender à Portela e, na zona norte, está em fase de projecto a execução de uma ciclovia para ligar Loures a Sacavém. Mas, trata-se ainda de um projecto, que estava no nosso programa de governo, e em que estamos a trabalhar, sendo que estes dois fundos – o projecto LIFE (comunitário) e o projecto para a limpeza das linhas de água – são os primeiros passos para a execução das ciclovias. O que se pode esperar do novo orçamento municipal para 2015 na área dos espaços verdes? O nosso concelho tem uma grande zona rural e algum potencial de florestação. Temos uma grande marca no concelho, que é a Várzea de Loures e que o Plano Director Municipal (PDM) assume como uma grande unidade operativa de gestão. Já começámos a trabalhar nesse projecto e já criámos uma equipa que liga todos os serviços para que a várzea possa ser o elemento unificador do concelho. E através dessa unidade, criar todos os laços com a cultura, com a educação, para que as pessoas possam começar a viver e a sentir a várzea, a fazer caminhadas, a conhecer o património barroco, nomeadamente São Julião e Santo Antão, a Praça Monumental, e todos os elementos arquitetónicos e patrimoniais que aí existem e que estão ligados à várzea. Estamos já, através do PDM, a potenciar esse elemento fundamental do nosso concelho. Podemos dizer que, hoje, pouca população conhece esta zona tão rica do concelho. Pretendemos potenciar, através dos projectos de ligação à Várzea e das várias disciplinas conectadas – ambiental, patrimonial, funcional e cul-
tural -, nomeadamente por via do conhecimento dos elementos arqueológicos que existem em Frielas e em Unhos, uma relação para que as pessoas possam visitar e conhecer os vários elementos que estão no perímetro da Várzea. Ainda no âmbito do PDM, sabemos que foram afectadas um conjunto de aptidões do solo da zona florestal e queremos ir ao encontro dos proprietários da zona norte do concelho para, com eles, em parceria, implementar vários projectos de reflorestação nesta zona, que tem potencial e aptidão para isso, não só na zona das costeiras da várzea, mas também na zona norte, de Loures, Fanhões e Lousa. Vai haver alguma intervenção específica no Parque do
Cabeço de Montachique? Como disse, estamos, até ao final do ano, a fechar esse plano de revitalização do Parque de Montachique. Estamos a reorganizar o parque, a dar-lhe novas funções específicas e a potenciar algumas áreas principais do parque. Naturalmente, que o parque tem uma função de lazer, durante o Verão, para todos os grupos, que é indiscutível e que pretendemos continuar a potenciar, mas queremos escolher duas ou três áreas dentro do parque, de ligação à natureza, para trazer mais gente ao parque, não só no Verão, mas também no Inverno, que é uma altura em que sabemos que o parque tem um decréscimo de utilizadores. Com as novas actividades que queremos desenvolver, pretendemos
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ter mais gente nessa altura. Mas, para isso, em Janeiro, vamos apresentar as novas actividades nesta área. Sabemos que queremos que, aos fins-de-semana, quer no Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, quer no Parque do Cabeço de Montachique, haja várias actividades do ponto de vista desportivo, cultural e social de oferta à população. Hoje em dia, se quisermos fazer uma festa ou um conto de uma história para uma família não há essa oferta. Se quisermos fazer uma aula de ginástica, isso também não existe. Existe um conjunto de actividades que queremos oferecer e, no início de 2015, anunciar essa programação que já está preparada, mas que não pretendia desvendar para já. André Julião
Parque do Cabeço de Montachique
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CULTURA
Ajudar o Conservatório de Loures Como sabemos o nosso País está muito mal a nível financeiro. O nosso Conservatório, uma escola artística de grande excelência, já presente em grandes palcos como Aula Magna, CCB, Casa da Música, Coliseu dos Recreios, MEO Arena, entre outros, está na eminência de fechar... Esta é uma casa para todos nós seus alunos, somos uma família. Por falta de apoios está para encerrar uma escola com mais de 7.000 alunos. É um
projeto diferente e especial, faz com que todos independentemente da cor da pele, da religião, do poder económico que possuam, etc, tenham acesso ao Ensino Especializado Artístico. Somos muitos e para todos nós o CAL é tudo, por isso temos que lutar para a sua sobrevivência. Se todos assinarem esta petição, poderemos fazer com que as entidades competentes atribuam apoios à nossa escola e assim todos nós podermos aqui continuar. Todos
Cinema é o tema do Carnaval de Loures Em 2015 o Carnaval de Loures terá como tema “Cinema”. Como se pode perceber é um tema que dará espaço à criatividade, num Carnaval onde se esperam mais de 50 mil pessoas, naquele que é o maior carnaval junto da capital portuguesa. A Associação do Carnaval de Loures dispõe de um novo endereço de correio electrónico, para qualquer informação contactar através do seguinte endereço: carnaval-loures@sapo.pt
Palavra do Ano 2014 A Palavra do Ano é uma iniciativa da Porto Editora que tem como objectivo principal enaltecer o património da língua portuguesa, sublinhando a importância das palavras e dos seus diferentes sentidos no nosso quotidiano. A escolha da Palavra do Ano é feita pelos cibernautas, através de votação online, cujo resultado será conhecido em cerimónia pública a realizar em Loures. Cerimónia de apresentação 5 de janeiro de 2015 11 horas Biblioteca Municipal José Saramago, Loures Palavras candidatas Banco – Toda a polémica em torno da situação de uma conhecida instituição bancária colocou este vocábulo no centro do nosso quotidiano, levando ao aparecimento de expressões como "banco
bom" e "banco mau". Basqueiro – Um vocábulo que surpreendeu a opinião pública quando foi utilizado pelo actual ministro da Economia num debate parlamentar. Cibervadiagem – A utilização de plataformas digitais, como as redes sociais, com fins lúdicos, durante o exercício de funções profissionais, é cada vez mais frequente e é um fenómeno que começa a ser objecto de análise jurídica. Corrupção – Ao longo do ano, foram sendo conhecidos vários casos de suspeita de corrupção em vários sectores da sociedade, envolvendo inclusive entidades e personalidades públicas. Ébola – O surto de ébola, que atinge maioritariamente África ocidental, tornou-se uma das preocupações das entidades públicas e das populações durante todo o ano. Legionela – Recentemente, registou-se no nosso país um inespera-
do surto de legionela, e o impacte que teve fez com que o uso deste vocábulo se tornasse generalizado. Gamificação – Cada vez mais e em inúmeros contextos – educação, saúde, política, entre outros – se faz uso de técnicas características de videojogos para resolver problemas práticos ou consciencializar ou motivar um público específico para um determinado assunto. Uma estratégia que tem o nome de gamificação. Jihadismo – O afirmar do jihadismo no Iraque e na Síria, através da utilização dos media e das novas plataformas como formas de propaganda à escala global, colocou este movimento no topo da agenda mediática. Selfie – Mais do que uma moda, mais do que uma tendência, as selfies fazem parte do nosso dia-a-dia, com presença constante nas redes sociais. Xurdir – Talvez pelas
circunstâncias socioeconómicas que o país atravessa, ou pela riqueza da língua portuguesa, verificou-se este ano um aumento significativo da utilização desta palavra que significa “lutar pela vida”, “mourejar”. Vote aqui http://www.infopedia.pt/ palavra-do-ano
Palavras eleitas nos anos anteriores 2013 – Bombeiro 2012 – Entroikado 2011 – Austeridade 2010 – Vuvuzela 2009 – Esmiuçar
juntos conseguiremos. Por favor assinem esta petição, e se puderem contribuir monetariamente agradecíamos muito. Um Muito Obrigada a todos os que tiverem bom coração para nos ajudar nesta luta e manter os nossos sonhos vivos! Assinado, Os Alunos Assine a petição em: http://peticaopublica.com/psign.aspx?pi=PT75609
Bailarinos de Loures em Sintra É já no próximo dia 10 de janeiro de 2015, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, que cerca de 800 alunos das Academias Ai! aDança sobem a palco para comemorar a sua paixão pela dança. Corpo de Luz é o espectáculo que homenageia a Luz como fonte de inspiração divina e de respiração humana. Ou não fosse a dança a linguagem oculta da alma. As Academias pertencem à produtora Ai! a Dança, cujo principal objectivo é massificar e democratizar a arte em geral e a dança em particular. Na área do Ensino Contínuo, o Ai!aDança tem sob a sua responsabilidade as Academias de Sintra I, II, Loures I, II, Santa Iria I, II e Pontinha. E são os alunos destas estruturas que, como se fossem grandes profissionais, sobem à cena para dizer com corpo e com a alma aquilo que de mais puro têm na sua essência. O espectáculo Corpo de Luz, será apresentado em três sessões: 15h30, 18h30 e 21h30. Os bilhetes podem ser adquiridos na Ticketline (www.ticketline.sapo.pt), Fnac, Worten, El Corte Inglés e na Bilheteira do Centro Cultural Olga Cadaval. Informações | Reservas: 219 107 110 (Centro Cultural Olga Cadaval)
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Ninho de Cucos
Música que valeu a pena em 2014 João Alexandre Músico e Autor
Temendo não acrescentar nada de relevante e trazendo aqui apenas mais uma lista em jeito de “best of” do que melhor aconteceu em 2014, musicalmente falando e até porque essas análises sempre subjetivas abundam em tudo o que é jornal, revista ou publicação digital nesta altura, centremo-nos nesta edição, a primeira de 2015, em cinco trabalhos do ano findo que merecem realmente a atenção de quem segue as correntes da música popular, casos estes onde se conjuga a qualidade apresentada em estúdio com a vocação de palco.
Granduciel é um fanático dos pedais de efeitos que pudemos confirmar no Nos Alive em Julho passado sem problemas em atrasar o início do concerto até a parafernália de cabos e pedaleira xxl estar como deve ser para dar azo depois ao som denso da banda onde a sua guitarra surge bastas vezes a soar a sintetizadores vários. A escrita é sensível, emotiva e humana. “Under the pressure”, “Red eyes”. “An ocean in between the waves” e “Burning” são eventualmente destaques num album nivelado por cima onde não é fácil fazê -los.
The War on Drugs
Real Estate
A banda de Adam Granduciel, de Filadélfia, lançou em 2014 o terceiro álbum de originais “Lost in the dream”, um trabalho que levou 15 meses a concluir, com gravações em 5 diferentes estúdio de 5 estados norte americanos diferentes. Apesar desta dispersão os 10 temas incluídos apresentam uma ligação e uma coerência brilhante, ameaçada nos trabalhos anteriores e agora plenamente alcançada. Não esconde as influências de Tom Petty, Bob Dylan e Bruce Springsteen sem que tal acarrete perdas na personalidade própria da banda.
Banda de New Jersey, claramente influenciada por Velvet Underground, Galaxie 500 ou os Go Betweens, lançou em Março de 2014 o seu 3º álbum “Atlas”. Música despretensiosa, bonita e despida de arranjos especiais. Melodias orelhudas de vozes doces e jogos de guitarras, baixo e bateria, simples mas confortáveis. O álbum abre com “Had to hear” seguido por “Past Lives” e “Talking Backwards” um trio de canções de excelentes canções que não revelam todos os seus segredos numa primeira audição mas talvez também por
The War on Drugs
isso valha bem a pena. Passam em Portugal este ano! Jungle Banda sedeada em Londres normalmente descrita como “neo-funk” ou “midtempo 1970’s style funk” é um dos mistérios mais calculados recentemente na cena musical. A banda apareceu ao publico sob a forma de vídeos onde apenas apareciam dançarinos mas não os membos da banda, 2 produtores conhecidos simplesmente como “J” e “T”. Caixas de ritmos vintage, linhas de baixo com muito Groove, abuso de vocais em falseto e muitos samplers, psicadelismo e sirenes de polícia num formato bem pop e dançável constituíram ingredientes para o sucesso confirmado no Nos Alive este verão. Com certeza muitos escutaram já “The Heat” mas temas como “Busy earnin’”, “Platoon” e “Time” afasta os Jungle e o seu álbum homónimo de 2014 da categoria de one hit wonder. Future Islands Banda americana que ao 4º álbum denominado “Singles”, o primeiro para a mítica editora 4AD, salta para a 1ª divisão das bandas indie pop rock qual-
quer coisa. Este é um disco de canções que podem ser hit singles a qualquer momento. Samuel o vocalista brilha em canções fáceis de apanhar. Há um cheirinho a Roxy Music em “Like the moon” “Seasons” é um belo tema e o baixista Cashion estudou definitivamente muito bem o trabalho de Peter Hook nos New Order. A banda visita Portugal em 2015. Nós estaremos lá. Por agora fica “Singles”, muito bom. Temples Banda inglesa que se estreou e bem em 2014 com “Sun structures”. Embora o disco nos remeta para uma viagem nostálgica ao final dos anos 60 com o som de órgãos barrocos, mellotrons e harmonias vocais flutuantes a banda parece absolutamente confortável, dominando todos os truques da era e transportando-os naturalmente para a atualidade num pop rock psicadélico e épico, recheado de canções com potencial de hit não fora estarmos na época em que existe sempre uma Miley Cyrus pronta a lamber uma chave de fendas ou a exibir a sua nudez num lar de idosos. Excelente 2015 com muito boa música e menos fait divers, pelo menos estes que são mauzinhos.
Real Estate
Future Islands
Temples
Jungle
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Paisagens & Patrimónios Palácio do Correio-Mor Florbela Estêvão
Arqueóloga e museóloga
Junto à cidade de Loures, relativamente próximo da sua magnífica Igreja Matriz, existe - escondido num vale, e rodeado de encostas abundantemente arborizadas um conjunto arquitectónico precioso, exemplar típico das muitas quintas e palácios barrocos que foram construídos em Portugal, o denominado Palácio do CorreioMor. Para aceder à porta principal deste palácio, o visitante tem que transpor uma longa álea, sendo escoltado nessa travessia por um denso arvoredo que esconde o palácio, de tal forma que, passada a última curva, o visitante é surpreendido quando consegue finalmente vislumbrar a imponente residência nobre. O palácio, perfeitamente enquadrado na arquitectura civil de setecentos, apresenta uma planta em U, e desenvolve-se em três pisos, com capela e torre sineira do lado esquerdo de quem nele entra. Este tipo de estrutura possibilita um desenvolvimento particularmente cenográfico dos seus vários volumes, tão característico do barroco, criando um efeito rítmico de continuidade e simetria, e convergindo, na zona central da fachada, para um elemento de maior grandiosidade. É precisamente nessa zona central que se abre, ao nível do piso térreo, o acesso ao edifício, em dois arcos, para passagem das carruagens. Porém, este imponente palácio não pode ser dissociado de toda a sua envolvente, um complexo arquitectónico que inclui belos jardins, outrora seguramente mais extensos e bem cuidados, que contribuíam para criar uma paisagem qualificada, um pequeno microcosmo, muito à maneira barroca. Esta Quinta da Mata, como é chamada, terá pertencido outrora ao mosteiro de Odivelas, e foi alugada no século XVI a um tal Gomes de Elvas. Pertencia ele a uma família de origem judaica que foi nobilitada por Filipe III em 1606, na pessoa de Luís Gomes de Elvas Coronel, como recom-
pensa por serviços prestados; este senhor alterou o seu apelido de cristão-novo para Gomes da Mata. Com efeito, o monarca concedeu-lhe o uso do sobrenome Matta, incluindo carta de brasão, e ele tomou por solar de família esta propriedade. Foi-lhe também outorgado o cargo de Correio-Mor do Reino, o que consolidou a sua importância económica e social. Tal cargo correspondia a grande distinção e poder, pois implicava o controlo do lucrativo serviço postal (cartas e encomendas) de todo o Reino, função que até então sempre tinha estado sujeita a nomeação régia, desde D. Manuel I, altura em que tinha sido criada. Neste momento, porém, tal realidade foi alterada, passando a família Mata a adquirir essa função a troco da quantia de 70.000 cruzados, pagos à Casa Real em 1606, e esse momento representou a criação de um monopólio que durante várias gerações, até 1797, esteve na posse desta família (quando, por decreto de D. Maria I, o serviço postal foi novamente incorporado na Coroa). Retornando ao palácio, este foi alvo de várias reformas que expressam a ascensão da família e os lucros que lhe advinham do cargo já mencionado. Devem corresponder aos inícios do século XVII as habitações da ala sul do edifício; mas as grandes alterações e melhoramentos ali feitos iniciaram-se mais tarde, pela capela, que ostenta na sua torre a data de 1744, e que foi sagrada pelo Patriarca D. Tomás de Almeida, o proprietário do Palácio de Santo Antão do Tojal (já focado numa minha crónica anterior). A mesma capela, bem como outros corpos do palácio, sofreram diversas intervenções na segunda metade do século XVIII, sendo seu impulsionador José António da Mata de Sousa Coutinho. A conclusão das diversas obras, nomeadamente nos jardins e quinta, corresponde ao período entre 1765 e 1766; quan-
Palácio do Correio-Mor - Edifício e Jardim to ao palácio, esses trabalhos terminaram em 1766, embora a decoração do seu interior só fosse ultimada em 1790. Se o edifício nobre, visto do exterior, marca de modo impressionante, pela sua monumentalidade, a paisagem local, causando um forte impacto a todo aquele que dele se acerca, o seu interior é ainda mais surpreendente pela riqueza dos elementos decorativos que ostenta. Merece destaque desde logo a cozinha, localizada no piso térreo, a qual apresenta uma rica iconografia parietal relacionada com a culinária, com peças de caça pintadas nos painéis de azulejos que lhe revestem todas as paredes. Mas, subindo-se ao andar nobre por uma magnífica escadaria, “perdemo-nos” numa sucessão de salas ricamente ornamentadas, exibindo paredes decoradas com painéis de azulejos temáticos, que servem de mote para
a designação das mesmas, bem como tectos de estuque em estilo rococó. Exemplo do que descrevo é a Sala da Caça, decorada com pinturas evocativas das “Metamorfoses” de Ovídio, atribuíveis ao pintor português José da Costa Negreiros (autor, entre outras, de algumas das pinturas do Coche de D. João V). Aproveito para também destacar o louceiro que antecede o salão destinado às refeições, e que tinha a função de ostentar as pratas dos proprietários em dias de gala, tão ao gosto, mais uma vez, dos palácios barrocos. No exterior os jardins obedecem ao mesmo sentido estético; como sabemos, os jardins barrocos eram normalmente povoados de estátuas e de fontes, por vezes com elaborados jogos de água, escadarias e grutas, numa procura de efeitos cenográficos surpreendentes. Também aqui os vários espaços dos jardins procu-
ravam representar o estatuto do proprietário, que pretendia fazer do seu jardim um locus amoenus, ou seja, uma paisagem idealizada traduzindo um ambiente de tranquilidade, bucólica ou pastoril. Era aí muito importante todo o jogo de elementos sensoriais, incluindo obviamente o perfume das variadas flores, a diversidade cromática dos espaços, o canto das aves, etc. No fundo os jardins eram locais lúdicos e de repouso, onde os nobres podiam descansar, reflectir, e sobretudo divertir-se e entreter-se. Aquando da passagem do Correio para a Coroa, os elementos da família Gomes da Mata foram de certo modo recompensados pela perda de tão valioso cargo com o título de “condes de Penafiel”. Esteve então o palácio desabitado durante algum tempo, o que terá sido causa de uma grande degradação no edifício, tendo sido neste espaço nobre que funcionou um hospital de campanha durante as Guerras Liberais (conflito decorrido entre 1832 e 1843). Posteriormente foram realizadas algumas obras de melhoramentos, mas as dificuldades financeiras acabaram por levar à venda do imóvel. A sua classificação como Imóvel de Interesse Público em 1967 veio reafirmar o interesse deste conjunto patrimonial de grande relevo e beleza, que constitui uma das maiores riquezas patrimoniais do nosso concelho. Actualmente aguarda a concretização de um projecto de reabilitação apresentado pelo fundo imobiliário Capital Real, projecto esse que inclui a construção de um hotel, um centro de congressos, entre outras valências, as quais abarcam não só o palácio como também contemplam um plano de reabilitação dos terrenos pertencentes à antiga quinta do Correio-Mor. Ela é, sem qualquer dúvida, um local a preservar e a valorizar, e, se possível, deverá tornar-se no futuro um sítio aberto à visita pública. Incluindo a sua, caro(a) leitor(a).
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Loures Notícias de
DESPORTO
3º Trail Bucelas Aventura Rodrigo Moreira
Ortopedia e Traumatologia / Medicina Desportiva
Natal nos Hospitais Todos os anos se repete. Alguém vai ter que trabalhar na véspera e no dia de Natal. E na semana seguinte é a passagem de ano. Sem grande celeuma, procuramos ser fiéis às escalas com as justas rotações. Desta forma o mal é distribuído por todos. Se não me calhar este ano, nos próximos será com certeza. Este ano estive escalado para prestar serviço de urgência no dia 25. Apesar de procurarmos transmitir alguma esperança e alegria àqueles com que nos vamos deparando durante o dia, não é fácil, pois não ficamos indiferentes às pessoas que neste dia procuram os nossos cuidados. É que neste dia apenas vamos assistir aqueles que não podem mesmo deixar para amanhã a ida à urgência. Cada caso, tem uma história de vida e que nos faz pensar na nossa. A primeira doente tinha pouco mais de 60 anos. O marido falecera na véspera. Na angústia e no luto que agora começava, quando ia para o funeral, escorregou e caiu. O diagnóstico era inequívoco. Acabara de fazer uma fractura do colo do fémur e teria que ser operada. Os filhos na desorientação, afinal a carrinha funerária continuava à espera deles, tinham agora que gerir também o internamento da mãe. Acontece que esta senhora tinha residência no Alentejo profundo. Não podia ficar internada, como era desejo seu e dos filhos. Tinha que ser transferida para o Hospital da sua área de residência! Eu não podia fazer mais. Nos últimos anos, mas de uma forma mais evidente nos últimos meses, as diretrizes são claras na admissão quer em consulta externa quer para internamento. Os doentes fora de área não podem ser tratados na nossa instituição. Nunca percebi se do ponto de vista legal será mesmo assim. Afinal o patrão não é o mesmo? É curioso que nunca vi nenhum colega tratar um doente melhor ou pior consoante a sua área de residência. Sou totalmente indiferente a isso. Se um hospital é mais procurado que outro, há que perceber o porquê e recompensar aqueles que tratam mais e melhor. Quando negamos o tratamento a um doente que nos procurou fica sempre um sentimento de impotência e dever por cumprir. Fico-me pelo primeiro doente. Mas houve mais. Cada qual com sua história…
O Grupo Bucelas Aventura em conjunto com os Bombeiros Voluntários de Bucelas, com o apoio da Junta de Freguesia de Bucelas e do Clube de Futebol “Os Bucelenses”, vão realizar no dia 1 de Fevereiro de 2015, pelas 9 horas, o 3º Trail Bucelas Aventura.
O evento irá percorrer os trilhos e caminhos na freguesia de Bucelas e será composto por duas provas: - Trail Longo 27 km 1000m D+ TL/Grau 2 - Trail Curto 15 km 400m D+ TC/Grau 1
Escalões Masculinos: -
As inscrições e qualquer tipo de informação acrescida, deverão ser efectuadas online no site bucelasaventura. blogspot.pt, até ao dia 26 de janeiro de 2015. As incrições são limitadas a 750 participantes e preço por participante é de 12 euros. Quem pretender almoço pagará mais 7 euros. Os eventuais lucros deste evento revertem, na íntegra, a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bucelas.
Andebol
Loures no bom caminho Tendo em conta que o GS Loures subiu este ano à 2ª Divisão de andebol, os resultados têm sido positivos. Neste momento ocupa o 10º lugar, com os mesmos pontos do 8º classificado, da 1ª Fase – Zona Sul. Em 14 jogos venceu cinco, empatou dois e perdeu sete, o que tem servido para fugir aos últimos lugares, o campeonato é composto por 14 equipas. Um bom prenúncio para uma época positiva da melhor desta modalidade no Concelho.
Seniores (18 a 39 anos) M40 (40 a 49 anos) M50 (50 a 59 anos) M60 (60 anos ou mais)
Escalões Femininos: -
Futsal
Futebol
As equipas do Concelho continuam em grande forma na 2ª divisão nacional – Série E. A AM Portela mantém o 1º lugar, enquanto a AMSAC está na 2ª posição, quando estão decorridas 10 das jornadas desta 1ª fase. Recordamos que os dois primeiros classificados apuramse para a fase de promoção, onde em seis equipas uma subirá. Ainda faltam muitos jogos mas, neste momento, o comportamento tem sido exemplar destas duas equipas.
As duas derrotas na última jornada deixaram o Sacavenense e o GS Loures (já sem possibilidades) mais longe da possibilidade de discutirem um dos dois primeiros lugares que darão acesso à fase de promoção. A equipa de Sacavém perdeu com o Sintrense fora por 2-0, enquanto o GS Loures perdeu na deslocação ao último classificado, o Fabril Barreiro, por 1-0. Na próxima jornada GS Loures e Sacavenense defrontar-se-ão em Loures, num derby que poderá, ou não, manter as poucas possibilidades que o Sacavenense ainda tem de chegar ao 2º lugar. Neste momento a equipa está a quatro pontos do Casa Pia, 2º classificado, mas com mais quatro equipas pelo meio. Um quadro muito sombrio, no que à promoção diz respeito.
Equipas de Loures lutam pelo acesso à 1ª divisão
Sacavenense e GS Loures mais longe da II Liga
Seniores (18 a 39 anos) F40 (40 a 49 anos) F50 (50 a 59 anos) F60 (60 anos ou mais)
Em juvenis o Sacavenense luta arduamente pela passagem à fase seguinte com Benfica e Sporting, são apuradas também duas equipas. Neste momento encontrase com os mesmos pontos da equipa de Alvalade e a um ponto da equipa da Luz, quando faltam disputar duas jornadas. A próxima será decisiva com um Sporting-Sacavenense, onde tudo poderá ficar decidido. Todo será pouco para esta equipa que, independentemente do que venha a acontecer, está a fazer uma época brilhante.
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DESPORTO
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O ano em revista
Desporto
Carlos Mané continua a ganhar influência no Sporting.
André Almeida viveu época de sonho no Benfica e participou no Mundial
Beto, mais uma presença no Mundial e decisivo na vitória do Sevilha na Liga Europa
São João da Talha foi a capital nacional do Futebol de Praia
Formação do Sacavenense continuou a dar alegrias
David Grachat - Medalha de Bronze no Europeu de natção adaptada
Rodrigo Matos - Campeão do Mundo em ginástica acrobática
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SAÚDE
Proteja-se do Frio Embora Portugal, seja um país do sul da Europa, influenciado pelos ventos do Norte de África, Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo, caracterizandose por ter um clima temperado tipicamente mediterrânico com Invernos temperados, com temperaturas não muito baixas e períodos de chuva abundante, existem evidências de que o excesso de mortalidade ocorrida durante o Inverno é superior à dos países do Norte da Europa (mais frios). Para além da mortalidade associada às condições meteorológicas do Inverno, o frio excessivo pode ter outras consequências para a saúde, tais como gripe, pneumonia, enregelamento, hipotermia e agravamento de doenças respiratórias e cardíacas (DGS, 2011). A duração e magnitude do período de frio intenso são fatores que contribuem para o impacto verificado na saúde. São ainda relevantes as características térmicas e de isolamento dos edifícios assim como os comportamentos individuais e coletivos de autoproteção. Nem todas as pessoas são vulneráveis aos efeitos de frio extremo de igual forma. Os grupos populacionais mais susceptíveis aos efeitos do frio excessivo são as crianças com menos de 5 anos; idosos (sobretudo, com mais de 75 anos); pessoas acamadas, com doenças crónicas; pessoas sem-abrigo; pessoas socialmente isoladas ou sem apoio institucional, trabalhadores com actividades desenvolvidas ao ar livre; pessoas cuja habitação tenha mau isolamento térmico. Neste sentido Portugal vem desenvolvendo sistemas de vigilância e alerta que contemplam medidas de prevenção face aos riscos para a saúde associados. Estes sistemas têm como objectivo melhorar o papel dos serviços de saúde, dos serviços sociais e dos serviços de Protecção Civil nos períodos de maior risco, tendo em vista a diminuição dos efeitos negativos do frio na saúde da população. A Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Loures/Odivelas vem desenvolvendo desde 2009 um plano de contingência para as vagas de frio, conforme as directrizes da Direcção Geral da Saúde (DGS) e Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). O plano é activado entre 15 de Novembro e 30 de Março, visto ser este o período em que se regista os efeitos
mais nefastos do frio na saúde humana. Este Plano é um instrumento estratégico que reforça a intervenção da USP, através das Autoridades de Saúde, em estreita articulação com o ACES, Hospital, Serviços Municipais de Protecção Civil, Segurança Social e demais parceiros locais com competências e atribuições no âmbito da protecção da população. Os níveis de alerta definidos são: Verde, Amarelo e Vermelho. Poderá consultar estas informações no site da DGS (wwwww. dgs.pt) “Recomendações Gerais para a População em Períodos de Frio”.
Principais efeitos sobre a saúde associados à exposição ao frio intenso SINTOMAS ASSOCIADOS: Sensação de frio Dor na parte exposta do corpo Tremores fortes Exaustão Para a prevenção dos efeitos do frio intenso recomendam-se as seguintes medidas: No domicílio Mantenha a temperatura da sua casa entre os 18ºC e os 21ºC; Se não conseguir aquecer todas as divisões da casa, tente manter a sala de estar quente durante o dia e aqueça o quarto antes de se ir deitar; Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás mantenha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde, evitando os acidentes por monóxido de carbono que podem ser causa de intoxicação ou morte; Evite dormir/descansar muito perto dos equipamentos de aquecimento; Apague ou desligue os equipamentos de aquecimento antes de se deitar ou sair de casa, de forma a evitar fogos ou intoxicações; Mantenha sob vigilância a utilização de botijas de água quente, para evitar o risco de queimadura. Higiene pessoal e vestuário Mantenha a higiene pessoal tomando banho com água morna uma vez que a água muito quente remove a camada protetora
natural da pele; Mantenha a pele hidratada, principalmente mãos, pés, cara e lábios; Use várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não use roupas demasiado justas que dificultem a circulação sanguínea; Proteja as extremidades do corpo (com luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e use calçado adequado às condições climatéricas; Evite andar descalço no chão frio ou molhado. Alimentação Faça refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas; Dê preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá; Aumente o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (ex. frutos e hortícolas) pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções; Faça uma alimentação variada e saudável, evitando alimentos fritos, com muita gordura e alimentos açucarados; Evite bebidas alcoólicas visto que provocam vasodilatação com
perda de calor e arrefecimento do corpo. Atividades e Exercício físico no exterior Mantenha a prática de exercício físico habitual mas em situações de frio intenso evite fazer exercício físico de esforço ao ar livre; Se tiver de realizar trabalho com muito esforço, proteja-se com roupa adequada e vá doseando o esforço; Procure um local abrigado se a temperatura diminuir e houver muito vento; Em caso de frio intenso faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas evitando o arrefecimento do corpo; Evite caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda; Procure manter-se seco e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo; Beba água antes, durante e depois da atividade física para evitar a desidratação. Se vai viajar de automóvel Evite viajar sozinho de automóvel ou em situações de reduzida
visibilidade; Ligue o aquecimento do veículo 10 minutos em cada hora e baixe os vidros uns milímetros para arejar; Se o carro bloquear, coloque uma manta colorida presa na janela ou na antena do veículo para chamar a atenção, cubra o corpo com mantas e mantenhase desperto. Mantenha-se atento aos avisos das Autoridades de Saúde, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Em caso de emergência ligue o 112 Para mais informações ligue para a Linha Saúde 24 - 808 24 24 24 Poderá também consultar informação sobre o assunto no site da Câmara Municipal de Loures http://www.cm-loures.pt/ Conteudo.aspx?DisplayId=537 Unidade de Saúde Pública Ana Verde - Técnico de Saúde Ambiental Elvira Martins - Médica de Saúde Pública Fernando Dias - Técnico de Saúde Ambiental
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SAÚDE
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Peito de Perú em Papelotes Preparação • Tempere o peito de peru com o sumo de limão. Adicione também a mostarda, sal e pimenta. • Coloque o perú sobre um rectângulo de folha de alumínio com os temperos anteriores. • Por cima disponha o tomilho e a margarina em bocadinhos. • Vire as pontas da folha de alumínio, de modo a fechar hermeticamente e a não deixar escapar os sucos produzidos pelo calor.
Ingredientes • 500g de peito de perú • 1 limão • 1 colher de café de mostarda em pó • 1 pé de tomilho ou de estragão • 1 colher-de-sopa de margarina sal e pimenta q.b.
• Leve, então, a cozer em forno bem quente, durante 45 minutos. • Quando tiver passado esse tempo. Abra a folha de alumínio e deixe apurar mais 5 minutos. Sirva e acompanhe com feijão verde cozido e puré de maçã. Bom apetite!
Anabela Pereira Nutricionista
Ano Novo Objectivos Alimentares Novos A altura das festividades de Natal e Ano Novo é sem dúvida uma altura complicada para manter uma alimentação saudável. Quantos de nós temos como objectivo para o novo ano a perda daqueles quilinhos a mais que tanto nos incomodam. Para atingir a meta com sucesso existem algumas dicas úteis que devemos ter em consideração. Ser realista Somos bombardeados diariamente com notícias e publicidades a dietas milagrosas, que prometem resultados fantásticos de perdas de quilos recorde numa só semana. Contudo, há que saber ver que estas dietas não são certamente o melhor caminho a seguir para uma vida saudável. Mantenhase realista em relação ao que consegue fazer e nunca opte por mudanças demasiado radicais que podem ter resultados insatisfatórios e, por vezes, até desastrosos para a sua saúde. Mudar gradualmente O ideal é que institua nas suas rotinas mudanças graduais e não drásticas e demasiado repentinas. Por exemplo, se quer passar a ter uma alimentação mais orgânica, não o faça da noite para o dia. Comece por pequenas mudanças a cada semana. Comece por comer um vegetal por dia na primeira semana e depois dois e assim sucessivamente, de forma a habituar o seu corpo, mas principalmente a sua mente, aos seus novos hábitos alimentares e limitações. Não corte radicalmente nos hidratos de carbono Não ponha totalmente de lado os hidratos de carbono. Isso seria um enorme erro! Embora as dietas que limitam fortemente o seu consumo possam até ser eficazes em alguns pontos, a verdade é que também se podem tornar facilmente excessivas e prejudiciais. O segredo está em ingerir os hidratos de carbono certos. Lembre-se que o seu corpo também precisa de hidratos de carbono para funcionar correctamente. Cozinhe com antecedência Com a agitada vida moderna é frequente faltar tempo e motivação para cozinhar diariamente, o que pode levar à ingestão de alimentos pré-cozinhados e ricos em gorduras. O segredo está em cozinhar com antecedência para a semana toda, congelando as refeições até ao momento de as preparar. Não só vai evitar comer o que não deve, como vai poder tranquilamente preparar refeições saudáveis sem sentir-se pressionado(a) pela disponibilidade de tempo. Deixo-vos estas importantes dicas para reflectirem neste novo ano. Feliz Ano 2015!
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CULTURA
Ninguém é bailarino por opção
Foto: Pedro Everett
pirar, ou a constância do pronuncio de morte, caso desaparecesse a expressão da alma, vestida num corpo a dançar. É uma sentença de facto! Mas de vida, de grito com pulmões cheios de ar, de cansaço e às vezes tanta dor no corpo. Se poderia ser diferente? Claro que não! Morria-se prematuramente, seria como estar vivo sem saber que já estava morto há tanto tempo. Então quando conhecer um artista que segue teimosamente a sua sina, que cumpre o seu destino, espero que se comova. Está a frente de um Ser que tem a coragem de se levantar todos os dias, olhar para o sol cheio de fé, e dizer como se de poesia se tratasse “Posso não conhecer a estrada e de que maneira caminharei, mas sei com a força de cada célula da minha alma e corpo quem sou: Sou bailarino! Portador da verdade daqueles que não têm a opção e a alternativa de cumprir a sua missão: ser feliz!”
Foto: Pedro Everett
Ninguém é bailarino por opção. É-se bailarino porque não há alternativa. Porque se sente este ímpeto interior a martelar dentro do peito, feito fluxo sanguíneo que não sabe existir sem a paixão insana de estar em palco. E se se tem medo? De viver esta paixão, de seguir a voz interior até ao outro lado da vida? Claro que sim! Há lá corajosos sem a consciência de que é possível falhar? Não existe é lugar à cobardia. Não há quem suba a palco sem o despojamento total do seu ego: não se é nada e é-se tudo ao mesmo tempo. Também é verdade que às vezes o bailarino vive sem mais nada. Mas nunca conheci nenhum que vivesse sem dançar! Desenganem-se as mentes mais pequenas quando manifestam incrédulos a dificuldade e até às vezes a miserabilidade de seguir a carreira performativa das artes, neste caso, bailarino. Imaginem antes, o que seria viver quase sem res-
Foto: Pedro Everett
Lucília Bahleixo
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SAÚDE
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Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje! Patrícia Duarte e Silva Psicóloga Clínica
“Só mais um episódio desta série, depois vou enviar os e-mails que me faltam.” “O fim do prazo é amanhã… mas vou primeiro arrumar o quarto” Estas afirmações parecem-lhe familiares? Então, provavelmente, é um procrastinador! A procrastinação ou deixar para amanhã o que pode fazer hoje é algo muito comum no dia a dia, mas em alguns casos pode causar sérios problemas na vida das pessoas. Em que consiste a procrastinação? Consiste em atrasar ou adiar sistematicamente a realização de atividades relevantes. Implica deixar que as tarefas de baixa prioridade (menos importantes) antecipem as de alta prioridade (mais importantes). Qualquer tipo de procrastinação envolve a decisão de adiamento. Esta decisão pode levar a um alívio temporário imediato, mas
a médio ou a longo prazo pode conduzir a sentimentos de culpa, autodepreciação, incerteza, inadequação, depressão, ansiedade, para além das consequências nefastas que advêm da não realização das tarefas a que se propôs. Uma vez que falamos de um comportamento aprendido, este também pode ser desaprendido. O primeiro passo para a mudança consiste em tomarmos consciência da maneira como procrastinamos. Atente, a título de exemplo, nalguns comportamentos de procrastinação: • Ignora uma tarefa por pensar que ela desaparece? • Vive para o momento? • Tem uma baixa tolerância à frustração? • Adia sistematicamente as tarefas sempre que possível e,
quando não é o caso, queixa-se dizendo que se sente pressionado pelos prazos apertados e que é incapaz de trabalhar tão bem como poderia caso tivesse mais tempo? • Substitui uma tarefa importante por outra aparentemente relevante? As principais causas e mecanismos que poderão estar na origem de um comportamento de procrastinação são: dificuldades de concentração, ansiedade relativamente às expectativas que os outros têm de si, crenças e pensamentos disfuncionais, falta de motivação, expectativas irrealistas, perfeccionismo, medo de falhar, má organização, entre outros. Como pode evitar/deixar de procrastinar? • Defina a tarefa em causa, antecipe os obstáculos e possíveis soluções. O facto de antecipar algumas das contrariedade faz
com que ganhe tempo e realize mais rapidamente a tarefa. • Identifique os elementos distratores e as estratégias de evitamento. Já se deve ter apercebido de que ao utilizar o computador, por exemplo, para fazer um simples pagamento, vai primeiro ao mail ou ao facebook, deixando para trás a sua tarefa principal. • Estabeleça objetivos claros, específicos, realistas e próximos no tempo. Não vale a pena definir objetivos que sabe que são de difícil prossecução ou por serem muito ambiciosos ou por envolverem a participação de outras pessoas. • Defina as suas prioridades. Escreva-as e mantenha-as num local bem visível de modo a poder vê-las todos os dias. • Organize-se. Utilize a sua própria agenda para tomar notas. De preferência, em papel, o facto de escrever obriga-o a
pensar, a planear, a redefinir se necessário em qualquer momento e lugar. • Desafie e reestruture os pensamentos e as crenças disfuncionais. Por exemplo, para o pensamento: “Neste momento, não me apetece!” crie a resposta alternativa: “Se eu estiver à espera que me apeteça, nunca irei fazê-lo!”. Mas atenção, a maior parte das vezes partimos do pressuposto que é a motivação que origina o trabalho, mas na verdade é a ação. Contrarie o que o convida ao adiamento das tarefas, aja em conformidade com as tarefas do momento. Neste início de ano, pense que o simples fato de conseguir realizar algumas tarefas importantes antes de se tornarem urgentes evitará que sua vida seja perturbada por causa da procrastinação e isso irá ajudar a melhorar a sua autoestima.
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Loures Notícias de
BREVES
Tribunal de Loures na lista dos piores De norte a sul do país, há 16 tribunais que foram considerados os piores em condições de higiene, funcionalidade e segurança, num relatório divulgado pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses. O Tribunal de Loures está nessa lista onde muitos são os problemas encontrados, como tribunais instalados em contentores, alguns com ratos, outros com milhares de processos no chão, paredes rachadas e tectos a desabar, instalações eléctricas em paredes apodrecidas, inundações frequentes, tribunais do Trabalho sem rampas para sinistrados. Os casos mais complicados, além de Loures, segundo o relatório, são: Oliveira de Azeméis - 2ª secção de Comércio; Beja, secção de Trabalho; Barcelos - 2ª secção de Trabalho; Braga-Família e Menores; Covilhã - Secção de Trabalho; Faro - 1ª secção de Instrução Criminal; Lagos- secção genérica; Loures - 1ª secção de execuções; Vila Franca de Xira - 1ª secção do Comércio; Loures (central) - secção cível e 1ª secção do Trabalho; Loures (local) - secção cível; Porto (central) - 1ª secção de execução, Porto (local) - 1ª secção cível; Instância Local de Almeirim (Santarém) e Instância Local de Vila Pouca de Aguiar (Vila Real). Os contentores de Loures são, por sua vez, apontados como um dos “casos mais graves de absoluto desrespeito pela dignidade dos
tribunais e pelas condições de segurança, saúde e higiene”. Muito falados aquando da entrada em vigor do novo mapa judiciário, em Setembro, os contentores acolhem as instâncias centrais cível e do trabalho e a instância local cível de Loures. Localizados à porta do edifício do Palácio da Justiça, no seu interior cabem 14 juízes, um procurador, cinco salas de audiências e uma sala polivalente. Tudo isto numa “área exígua”. A falta de espaço para os processos levou, aliás, à utilização de salas de audiência como depósito de milhares de processos, espalhados pelo chão. A juíza Maria José Costeira, secretária-geral da ASJP, sublinhou, em declarações ao DN, que “muitos tribunais estão em violação da lei, nomeadamente as secções do trabalho que não têm acessos apropriados para os sinistrados poderem ir fazer os exames médicos”. Nos contentores de Loures, os “funcionários têm de ir buscar os processos ao chão, junto aos ratos, até tiveram de montar ali ratoeiras”. O relatório foi enviado há um mês para o Ministério da Justiça para a Presidência da República que disse estar “atenta”. A associação reclama uma reunião “urgente” com a ministra Paula Teixeira da Cruz. E garante que o relatório completo sobre todos os tribunais será apresentado oportunamente.
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