Notícias de Viseu 10 maio 2018

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Seia reforça promoção do concelho na FIT

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLIV - Nº 2161 - Quinta-feira, 10 de maio de 2018 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

O NOSSO DIRETOR RECEBEU INSÍGNIAS SUPERIORES

DA GRÃ-CRUZ DO MÉRITO CÍVICO E CULTURAL

O Município de Seia volta a marcar presença na Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorreu na Guarda de 28 de abril a 1 de maio, dando a conhecer no seu stand os principais ativos turísticos, alicerçados na valorização e promoção do património natural, cultural e museológico, de que são exemplo as Aldeias de Montanha, os Caminhos de Montanha, uma rede composta por 14 percursos pedestre e 4 itinerários cicláveis, o Museu do Brinquedo, o Museu Natural da Electricidade, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, a rede de praias fluviais, entre outras propostas para desfrutar do território.

SEGUNDA EDIÇÃO DO PROJETO NOITE FORA

O projeto Noite Fora está de regresso ao Teatro Viriato para mais uma sessão de leitura e de conversa em torno de teatro. No dia 16 de maio, às 21h30, Guilherme Gomes, artista convidado para esta sessão, faz-nos recuar até à segunda metade do século passado, até ao texto O Horácio, de Heiner Müller. Este será um momento para escutar palavras, imaginar universos e discutir possibilidades narrativas.

Honra–nos, sobremaneira, o facto do nosso diretor e fundador, Fernando de Abreu, ter recebido, no histórico Panteão dos Cabrais, em Belmonte, mais uma nova condecoração, ao serem–lhe concedidas as In-

sígnias Superiores do Grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, ao tempo que lhe era conferido o titulo de “ DOM”, agora designado por comendador Dom Fernando de Abreu, Grã–Cruz do Mérito

Cívico e Cultural da Ordem de Pedro Álvares Cabral, oficializada pelo Go-verno do Estado de São Paulo, mantenedora da Ordem aprovada pelo Governo do Brasil, através do MEC–Ministério da Educação e Cultura,

com ele foram também condecorados vinte personalidades, de Portugal e do Brasil, entre elas o embaixador do Brasil, em Portugal.

Museus de Viseu propõem mais de 50

atividades para todos os públicos

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2 Opinião

10 maio 2018 Quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tlm:968072909 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR/EDITOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Isabel Marques Nogueira Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de abril: 30.000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ....................................... 2 Viseu............................................ 3 Reportagem ............................... 6/7 O Escriba................................... 8 Regional .................................. 4/5/10 Saúde .......................................... 9 Diversos....................................... 11 Última ........................................ 12

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Crónicas de Lisboa “Os Livros que ninguém lê” Graças aos novos processos de produção, tornou-se relativamente fácil e barato editar um livro. Por isso, nunca tanto se editou em Portugal. O processo de composição, paginação, impressão, encadernação, etc, não se comparam com os métodos do passado, em que os tipógrafos colocavam, letra a letra, numa prancha, por cada página do livro, que depois seria colocada numa rotativa de impressão. E se recuarmos ao tempo de Gutenberg (ano de 1450), o inventor da prensa, que vivendo numa região caracterizada pelo cultivo de vinho pensou e adotou a metodologia das prensas que eram utilizadas para a obtenção do vinho, afim de “exprimir” o suco das uvas. Assim, esta foi tomada como molde embora ainda fosse necessário muito trabalho para transformá-la numa impressora tipográfica. As imagens e os textos eram feitos numa chapa só, como se fosse um grande carimbo onde as frases dos textos eram compostas por várias letras individuais. A

evolução, como tudo na vida, não parou e hoje falar dos métodos de Gutenberg é como que falar da “préhistória”, embora ainda existissem há poucas décadas. Estes custos fixos de produção, para uma edição livreira, tinham que ser diluídos por uma quantidade económica de exemplares editados. Hoje, graças à evolução das tecnologias de todo o processo, podem fazer-se edições de pequenas quantidades das obras literárias e recorre-se a um conjunto variado de “truques” para tornar mais apelativos os livros e cativarem os compradores e leitores. Desde as capas dos livros, o seu colorido e motivos dão um forte contributo ao impulso de comprar e até ler, mas também o tipo de letra, disposição das páginas, etc, em nada se comparam com as edições do passado, extremamente massudas. Aliada a estas técnicas de venda, a entrada no mercado das “Grandes Superfícies – vulgo Híper e Supermercados, mas não só”, que disponibilizam os livros “à mão” do comprador e leitor, matou as livrarias

tradicionais, e tornou os livros mais acessíveis e mais baratos. Contudo, a quantidade de obras confunde os potenciais leitores, ainda mais com a concorrência, que os livros sofrem, face a outros meios e outra oferta de lazer. Edita-se muito, de autores que ninguém conhece, nacionais e estrangeiros, e a qualidade literária não saiu favorecida. Muitas vezes, compramos um livro, ou levantamo-lo numa biblioteca, e a desilusão surge, porque a história, a forma de escrita, etc, não justifica o dispêndio de tempo, ele próprio tão escasso. Por isso, os monos literários, isto é, livros sem comprador ou rejeitados pelos leitores tem, como destino final, a destruição das resmas de papel gastas com a sua produção. Grande desperdício dos livros que ninguém lê… Obviamente que há as exceções e, muitas vezes, donde menos se espera. E eu tenho tido a sorte de “descobrir” autores que me surpreendem com obras de que acabo por gostar muito de ter lido. E alguns, como disse, são desconhecidos ou não “badalados” com os

prémios literários atribuídos a outros e que acabam por nos frustrar, quando os lemos. É um facto que o hábito de leitura tem vindo a decrescer assustadoramente nas culturas “ocidentais”, porque os jovens e adultos jovens de hoje não sentem esse apelo e a consequência mais visível é o mau trato que a língua mãe sofre. É triste verificar que a literacia está muito maltratada e não apenas pelos modernos “analfabetos” da sociedade de hoje, porque também a nível daqueles que usam a escrita na sua função profissional. Esta aversão à leitura é ainda mais inconcebível, se pensarmos que as gerações das “entas” pertencem a uma época, a um meio em que a tendência era exatamente para nos impedir que lêssemos: “para de ler, porque vais estragar a vista; vai lá para fora brincar, porque está um lindo dia; apaga a luz, porque já é tarde, etc, “. Eram” sermões” que ouvíamos. Hoje, esta mesma (nossa e mais novas) geração diz não ter tempo para ler e acrescenta: onde podemos ir roubar tempo para ler? à televisão, às tarefas diárias, a outras for-

mas de convívio; às redes sociais, etc? Para muitos, existe um conflito entre o desejo de ler e a falta de tempo para o fazer. Por isso, alguns meios de transporte (metro, etc) são, nos tempos modernos, a maior “sala de leitura”. Mas gostar de ler é uma forma de amor, ao livro, à palavra e à vontade de aprender, tal como o é amar alguém (filhos, pais, cônjuge)? Então, por essa ordem de ideias, também amar seria um roubo de tempo, tal como o tempo de leitura. Outros, argumentam que sai caro comprar livros, mas esquecem-se que há muita oferta gratuita para ler. Por exemplo, bibliotecas, empréstimos de livros e, modernamente, mas sem sucesso, “bancas de troca de livros” livre e gratuita em centros comerciais, jardins públicos, etc. Ler é o alimento da alma e da educação e da formação, tal como o comer, saudável, é vital para o ser humano. Caminhamos para uma preocupante iliteracia, na era dum desenvolvido sistema comunicacional sem paralelo? Serafim Marques – Economista (Reformado)

Da presunção da inocência à certeza na culpa Comecemos pelo que, parecendo óbvio, há muito anda esquecido, pelas terras lusas. Ninguém é culpado, apenas, por aparências. Ninguém deve ser considerado culpado, sem que tenha sido julgado. Posição, demagogicamente, declarada, como, politicamente, correcta, a minha. Sê-lo-á! Mas, às malvas, as opiniões dos paladinos da justiça popular. O arguido ganha, no direito português, essa condição, quando contra ele corra um processo, em que se verifique a existência de indícios sérios que fundamentem uma suspeita de que praticou um crime. Repare-se que a lei fala em meros indícios , ainda que depois exija que sejam sérios. Todos os supostos paladinos da Justiça, sustenta o seu discurso, na expressão sérios. Com isso,

pretende dizer que, se não houvesse essa exigência – a da seriedade –, nunca viria a terreiro, defender a crucificação pública de quem é arguido (muitas vezes, com a hipocrisia de quem diz “alegadamente”, “alegado” e batendo no peito, dizendo que observam a “presunção da inocência”). Do que se esquecem é o que significa a palavra “indício” e confundem-na com a palavra “prova”. Ora, o indício é o «sinal definido pela relação de proximidade com aquilo que significa», ao passo que a prova «é aquilo que mostra ou confirma a verdade de um facto». Parecem coisa semelhante. Por vezes, é possível que um indício se torne prova. Mas na realidade, quer material, quer jurídica, não são. O indício, por muito sério que seja, apenas, é uma aparência de reali-

dade. Dizendo de outro modo, se, num dado espaço, encontramos uma pegada de um sapato de homem, da medida 44, próxima do lugar onde se encontra um cadáver e temos um suspeito que calça o 44, aparentemente, este pode ser o autor do crime. Mas será esse indicio, forte o suficiente, para servir de fundamento à nossa convicção de que aquele suspeito, cometeu aquele crime? Se partimos do principio de que quem investiga, no decorrer do seu trabalho, afastou todas as outras hipóteses, também elas lógicas, sim. Mas e se verificarmos que o investigador não afastou essas outras hipóteses? Claro que o indicio existe, mas não prova que quem cometeu o crime foi aquele suspeito em concreto. Pode gerar a suspeita, mas, em

boa-fé, não é conclusivo. O que faz então a investigação, nestes tempos mediáticos? Fácil. Viola o segredo de justiça, remete para a comunicação social a notícia de que o suspeito é fulano, diz que tem indícios suficientes (quase sempre sem indicar quais são ou quando o faz, fá-lo, truncadamente) e depois espera. Espera a voragem dos acontecimentos, espera que o juízo da opinião pública gere a pressão sobre quem decide e então, procede como, na Roma Antiga. Lança os suspeitos aos leões e fá-lo perante um público, hu-

mano e imperfeito, isto é, sedento de sangue e de violência. O possível passa a verdadeiro. As imperfeiçoes da investigação são olvidadas e tudo o resto passa a inverosímil, por não caber no preconceito. Assim se faz do arguido, a quem vários direitos são atribuídos, na sua defesa, um indesculpável criminoso. De presumível inocente passa a, certamente, culpado. E nós aplaudimos acriticamente! Carlos Bianchi Publicado in https://entre-o-montemuroe-o-paiva.blogspot.pt/


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Viseu

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Museus de Viseu propõem mais de 50 atividades para todos os públicos -Assinala-se, a 18 de maio, o Dia Internacional dos Museus e os “Museus de Viseu” associam-se a esta iniciativa mundial com um fim-de-semana repleto de atividades para todos. Com início na sexta-feira, dia 18, as atividades prolongam-se até domingo, dia 20. O Passaporte dos Museus de Viseu também passa a estar disponível a partir da iniciativa, que adotou o lema “Aos Museus de Viseu, Indo Eu, Indo Eu”. É um documento didático que pode ser adquirido em qualquer Museu Municipal de Viseu pelo simbólico custo de 1,5 euros. Todos os que o adquirirem vão poder “carimbá-lo” nos diferentes museus, obtendo no final do roteiro uma lembrança. Sob a temática “Museus Hiperconectados: Novos Desafios e Perspectivas”, proposta pela ICOM Portugal, Museus Municipais de Viseu, Museu Nacional Grão Vasco, Tesouro da Sé, Tesouro da Misericórdia e Museu Etnográfico de Silgueiros apresentam um programa repleto de oficinas, atividades e apresentações para todos os gostos e idades. A inauguração da exposição “Ícones de Viseu – O Despertar do Museu” marca o programa, a 18 de Maio, pelas 18 horas, na Rua Direita, no espaço da antiga Papelaria

Dias. A “Ara de Vissaium” terá aí a sua próxima estação, junto a outros símbolos de Viseu. Um pouco antes, pelas 16 horas, o Museu Tesouro da Misericórdia inaugura a exposição “Interconectividades — Entre-Espaços para Refletir sobre Museus e Comunidade”, elaborada por alunos de Artes da Escola Secundária Alves Martins. Também sexta-feira, dia 18, o Museu Nacional Grão Vasco e o Museu da Misericórdia abrem as suas portas e proporcionam visitas gratuitas às exposições e, no dia 19, prolongam o seu horário de abertura até às 23H30. Ainda no dia 18, o Tesouro da Sé oferece entrada gratuita no Museu e, pelas 21 horas, apresenta o “Guia do Tesouro da Catedral”. Durante este momento, será apresentado o bilhete conjunto do Museu da Catedral e do Museu da Misericórdia. Será também a inauguração do “Caminho de Luz: a luz que se vê e que se ouve no Tesouro da Catedral”. Ainda na sexta-feira, dia 18, o Museu do Quartzo convida a ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal) para uma visita à exposição temporária “Minerais & Folclore: Entre Nós”. Para o efeito serão colocadas legendas em braile de forma a fazer

desta uma exposição inclusiva para todos os públicos. Todos os visitantes poderão ter esta experiência através de uma venda nos olhos. No mesmo dia à noite, também a partir das 21 horas, o Museu Etnográfico de Silgueiros recebe uma prova de vinhos e uma mostra etnográfica. Destaque ainda para a oficina “Bandeira com História”, no Museu de História da Cidade, nos dias 19 e 20 de maio, pelas 10H30, onde vão ser postos à prova os conhecimentos sobre a bandeira

da cidade de Viseu e onde se vão descobrir as histórias e lendas associadas a este símbolo da cidade. Já pelas 11H30, em ambos os dias, a Coleção Arqueológica José Coelho recebe a atividade “O Meu Brasão”: uma oficina-criativa de conceção de um brasão pessoal que constitui a segunda parte da oficina “Bandeira com História”. No ano em que Viseu se assume como “Cidade Europeia do Folclore”, os Museus de Viseu valorizam as tradições e o artesanato regional na comemoração deste

dia. Ainda durante o fim-desemana, a Casa da Ribeira recebe as oficinas “Cavalo de Pau”, “Criações Alternativas em Tecelagem” e um workshop de “Renda de Bilros”, para além de uma Prova de “Chás do Mundo” durante todo o dia de sábado, dia 19. Já a Casa de Lavoura e Oficina do Linho faz o lançamento do livro “Várzea de Calde: uma aldeia tecida a linho”, no dia 18, e proporciona o percurso pedestre “A Dinâmica do Linho” no dia 19, sábado de manhã. Entre outras atividades para todos os gostos e idades, realce para a inauguração da exposição “Arte Postal” na Quinta da Cruz, no dia 18, pelas 11 Horas, e para a oficina Almeida Moreira “Hiperconectado”, nos dias 18 e 19. Sábado à noite, há propostas intimistas no Museu Nacional Grão Vasco e no Museu do Quartzo. Na casa do grande pintor viseense, tem lugar, pelas 21 horas, um concerto de piano e poesia portuguesa com António Victorino D’Almeida e Aurelino Costa. Já no Monte de Santa Luzia, à mesma hora, está programada uma caminhada noturna, ao redor do Museu do Quartzo, com o tema “Arqueologia e Geologia: Uma Viagem pelo Passado e Presente”.

SEGUNDA EDIÇÃO DO PROJETO NOITE FORA

O projeto Noite Fora está de regresso ao Teatro Viriato para mais uma sessão de leitura e de conversa em torno de teatro. No dia 16 de maio, às 21h30, Guilherme Gomes, artista convidado para esta sessão, faz-nos recuar até à segunda metade do século passado, até ao texto O Horácio, de Heiner Müller. Este será um momento para escutar palavras, imag-

inar universos e discutir possibilidades narrativas. Noite Fora é um dos mais recentes do projeto do Teatro Viriato com a encenadora Sónia Barbosa e consiste na organização de encontros abertos ao público para leituras em voz alta de textos teatrais. Em cada encontro será apresentada uma obra ou um autor, que será escolhido pelo

artista convidado. Não existindo temáticas impostas, o leque das escolhas poderá conter textos e artistas clássicos ou contemporâneos, portugueses ou estrangeiros, conhecidos ou desconhecidos. Com este projeto o Teatro Viriato e Sónia Barbosa procuram estimular a reflexão, o pensamento, privilegiando sempre o envolvimento de todas as pessoas presentes.


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Regional

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AMIGOS DO NOTÍCIAS DE VISEU FIZERAM FÉRIAS EM BENIDORM Em autoestrada, e em autocarro conduzido pelo motorista Orlando Ramos, da empresa Marques – Barraqueiro, um grupo de Amigos do jornal Notícias de Viseu esteve a passar curtas, mas agradáveis férias, em Benidorm – Espanha, com tempo excelente para saborear o prazer daquela estancia turística, no mediterrâneo. Na viagem, houve almoço, num parque, ao ar livre, com leitão, na ementa, confraternização esta que deixou o grupo encantado, para repetir.

Fotos de Nelson Ramos Fizeram compras, o hotel Cabana prestou um serviço do bom e do melhor, com buffet, proporcionando uma agradável estadia. Esta iniciativa, que se promove já alguns anos a esta parte, como grupo familiar, juntando pessoas da região de Lafões, amigas da Alzira Pereira e de Viseu, irá continuar em outubro desta vez para os santuários de Montserrat – Catalunha e Lourdes- França e Andorra, num total de quatro noite, com pensão inncluida.

Exposição sobre o Lobo Ibérico em Portugal abriu em festa À hora da inauguração oficial da mostra “O Lobo Ibérico em Portugal” o espaço encheu-se de crianças e foi pequeno para o momento transformado em festa e sessão de sensibilização para a defesa e conservação de uma espécie em perigo de extinção. A cerimónia inaugural foi esta quinta-feira, 3 de maio, no átrio da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, onde a exposição vai estar patente ao público até dia 30 deste mês. Depois, vai andar em itinerância pelo país. “Estamos muito interessados e empenhados nesta luta contra o risco de extinção do lobo ibérico”, afirmou perante o público mais jovem e os convidados presentes, José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira. Empenho igualmente partilhado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (que se fez representar por Luísa Jorge), pela ACHLI – Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (representado por Nelson Nobre) e pelo Parque Eólico do Douro Sul S.A. (representado por Ricardo Jorge). A mostra é composta por sete expositores, em formato gigante, que ocupam o espaço inteiro do átrio dos Paços do Concelho, que têm por base o trabalho de vários anos do fotógrafo de natureza João Cosme, que também marcou presença na inauguração oficial. As fotos transportam-nos para paisagens de grande beleza e situações de rara “intimidade” do lobo no seu habitat natural e são complementadas com textos informativos sobre a espécie e o seu habitat (em português e inglês). Trata-se de uma exposição única que o público português tem a oportunidade de ver pela primeira vez em Moimenta da Beira, município escolhido por ser o último reduto do lobo ibérico a sul do Douro. É que na serra de Leomil vive a mais importante e estável alcateia desta região do país.

Município de Castro 23º Encontro de Os Daire dá apoio aos Barões da Sé de Viseu Peregrinos do Concelho Maio é o mês da Peregrinação, começando por estes dias as caminhadas para muitas pessoas até ao Santuário de Fátima. À semelhança do que acontece em várias zonas do país, também no concelho de Castro Daire dezenas de pessoas se deslocam para Fatima. Assim, o Município de Castro Daire irá disponibilizar a Unidade Móvel de Saúde de 7 a 11 de maio para apoiar todos os peregrinos do nosso concelho nomeadamente, em cuidados de enfermagem e disponibilizando um técnico do estabelecimento das Termas do Carvalhal contribuindo deste modo para a recuperação física dos peregrinos. Esta viatura prestará apoio em pontos específicos de passagem dos peregrinos, estando disponível para todo o apoio solicitado e também para o acompanhamento destas dezenas de de peregrinos ao longo deste período.

Feira Medieval evoca as lendárias Cortes de Lamego Em memória de D. Afonso Henriques e das lendárias Cortes de Lamego, a Feira Medieval de Lamego volta a “assentar arraiais” na zona envolvente do Bairro do Castelo. Este evento regressa às ruas e ruelas da zona alta da cidade, num ambiente efervescente e repleto de animação, onde dezenas de artesãos, mercadores, artífices e místicos serão responsáveis pela recriação do comércio e das artes e dos ofícios medievais. Nesta viagem ao passado, o público poderá vivenciar vários episódios de época, enquadrados na moldura de um mercado. Não faltarão, por isso, mercadores e artesãos que vão desenvolver atividades de comércio, “bailias e folguedos com músicos”, para além de “jogos de destreza e perícia”. Para quem pretender retemperar forças durante a folia haverá “cousas de comer e beber e outras para folgar”. Ao longo de três dias e três noites, de 8 a 10 de junho, a nobreza, os mestres de ofício e os servos da gleba vão fazer a recriação histórica dos tempos de D. Afonso Henriques. Através da realização deste evento, a Câmara Municipal de Lamego quer aumentar a atratividade para os turistas do bairro do Castelo e dinamizar a atividade económica do comércio tradicional. A entrada é gratuita. Neste momento, os expositores interessados já podem fazer a sua inscrição em www.cm-lamego.pt

Dia 12 de Maio de 2018, sob o lema: “Uma amizade para a Vida”, realiza-se o 23.º Encontro de Os Barões da Sé de Viseu.

«Rever os amigos dos bons velhos tempos, é cada vez mais importante, para convivermos e estarmos um pouco todos juntos, e curtirmos um bocado, deixarmos de lado tristezas e complicações que a vida nos traz» é a justificação dada pelos Barões para se voltarem a reunir. O programa para este ano é o seguinte: 18h00 - Concentração nas “Bicas” 20h00 – Jantar 22:00 – Convívio/passeio pelo Centro Histórico

Os Barões da Sé «A Sé de Viseu foi algo que nós vivemos, usufruímos, comungámos, preservámos. Um cenário esplendoroso para todos nós, quando nos abeirávamos das janelas das casas onde nascemos! E crescemos! A Sé é, também, nossa! E de todos os que a visitam na colina onde, todos nós Barões, deixámos raízes... E porquê Barões? Será necessário esperar por uma herança nobiliárquica de família, se todos nós nunca a teremos? Somos Barões porque partilhámos algo que hoje rareia nas cada vez mais inumanas torres de betão! Somos Barões porque partilhámos uma rua, uma calçada, uma escadaria, uma bola, um baralho de cartas, uma ida à piscina nas manhãs domingueiras, uma piada, um cigarro, uma asneira, uma travessura, uma conversa, um namoro, uma briga, um cachaço, uma amizade!... É isso que nos une! Uniu, une e unirá! Uma amizade para a vida! Quem a tem só poderá ser Barão! Ou até Rei de um reino de sorrisos, abraços e conversas em reencontros que se repetem anualmente... Alguém duvida da justeza do título? O ano de 2018 marca o 23º Encontro. Vinte e três encontros que marcam o desencontro de cada uma das nossas vidas que se separaram ao sabor das vicissitudes de cada um de nós. No dia 12 de Maio de 2018, sempre com a Sé por fundo, iremos, mais uma vez, brindar à Nobreza da amizade! Abram alas aos Barões!»


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Seia reforça promoção do concelho na FIT O Município de Seia volta a marcar presença na Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorreu na Guarda de 28 de abril a 1 de maio, dando a conhecer no seu stand os principais ativos turísticos, alicerçados na valorização e promoção do património natural, cultural e museológico, de que são exemplo as Aldeias de Montanha, os Caminhos de Montanha, uma rede composta por 14 percursos pedestre e 4 itinerários cicláveis, o Museu do Brinquedo, o Museu Natural da Electricidade, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, a rede de praias fluviais, entre outras propostas para desfrutar do território. Complementarmente, o Município promoveu durante a feira um conjunto de eventos e projetos estratégicos, que valorizam o território e a região. O dia da abertura foi reservado para as apresentações do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que acontece em Seia de 13 a 2 de outubro, e das Rotas da Eletricidade – turismo industrial de Seia, uma oferta estruturada pelo Museu Natural da Electricidade. A primeira teve lugar no stand da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e a segunda decorreu no palco da FIT, onde ainda foi promovido o “plano de animação da Rede das Aldeias de Montanha para o concelho de Seia”, da qual constam eventos como “Cabeça Aldeia Natal”, “Festa da Transumância” e “Festa do Solstício”. No segundo dia, igualmente no palco da FIT, o Município de Seia apresentou a Semana da Criança e

HMB, Rita Guerra, ATOA, Cuca Roseta e Diogo Piçarra são os artistas confirmados para a 5ª edição das Festas do Concelho de Seia, que decorrem uma vez mais decorre na praça do município e espaço envolvente, este ano de 15 a 19 de agosto.

do Brincar, com destaque para o Parque Encantado, que será recriado no Parque Municipal de Seia no dia 3 de junho, onde mais de uma centena de colaboradores da Câmara Municipal de Seia voltam a dar vida, de forma voluntária, a personagens do imaginário infantil. A apresentação na capital de distrito contou com a presença de 50 personagens, naquela que foi uma

As Festas do Concelho são organizadas pela Câmara Municipal de Seia, em parceria com a Associação Empresarial da Serra da Estrela e a Associação de Artesãos da Serra da Estrela, e contemplam vários espaços expositivos de empresas de diferentes ramos de atividade, entre outras coletividades, numa mostra de serviços e produtos, artesanato, tasquinhas,

pequena mostra do que é recriado na data. A FIT também foi palco para a divulgação dos eventos desportivos “Oh Meu Deus Ultra Trail Serra da Estrela”, que se realiza de 8 a 10 de junho, e do “Granfondo Serra da Estrela”, com data agendada para 8 de julho, assim como das Festas do Concelho. Festas do Concelho animam centro da cidade em agosto

complementada com animação diária. Semana da Criança e do Brincar Seia dedica uma semana à criança e ao brincar com um conjunto de ações, lúdicas e de formação, com o intuito de sensibilizar a comunidade para a importância do brincar e da atividade lúdica no bem-estar e no desenvolvimento psicossocial da criança. Assim, de 25 de maio a 3 de junho, são várias as propostas direcionadas a pais, profissionais, crianças e jovens e à comunidade em geral. O vasto programa tem início com a apresentação em palco da peça “Hamlet”, pela Escola Secundária de Seia. Esta será a primeira representação teatral integrada no MOTIN – Mostra de Teatro Infanto juvenil, projeto desenvolvido com os jovens do 2º e 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário e profissional, em parceria com a autarquia, no âmbito da educação artística. O MOTIN, que este ano conta com a sua 13ª edição, prossegue nos dias 28, 29 e 30 de maio, com as peças: “Conto de Inverno”, pela Escola Profissional da Serra da Estrela; ”Pedro e Inês”, pela Escola Evaristo Nogueira; e “REI UBU”, pela Escola Dr. Guilherme Correia de Carvalho. Tendo como principais objetivos aprofundar o conhecimento cultural e teatral dos jovens das escolas do concelho, promover o gosto pelo teatro/expressão dramática, bem como a cidadania, a participação comunitária e o pensamento crítico sobre o mundo que os envolve, as representações serão apresentadas no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, às 21h30. Para o dia 26 de maio está agendado o ciclo de conferências

de terapias expressivas. Organizado pela Associação de Musicoterapeutas MUTEpt, o programa abordará a prática da música, teatro, arte e dança enquanto métodos de terapia na prevenção e apoio a problemas de saúde mental. Ainda nesta data o projeto “Vozes em Meia Ponta”, da autoria de Ana Carina Reis e Vanessa Silva, sobem ao palco do cineteatro da Casa Municipal da Cultura, às 21h, com o musical “Alice no país das maravilhas”. No dia seguinte, a 27 de maio, a Associação Artística Andante promove na Biblioteca Municipal dois espetáculos, o primeiro para bébés (dos 6 meses aos 2 anos), às 10h30, e o segundo para crianças até aos 5 anos, às 11h30. “Afinal o íbis” é o nome do espetáculo de promoção da leitura para bébés, com poesia de Fernando Pessoa, música de Joaquim Coelho e imagem de Mafalda Milhões. Durante a tarde, às 15h30, o Cineteatro da Casa Municipal da Cultura acolhe a 9ª edição do Festival Especial. Protagonizado por crianças e adultos da Casa de Santa Isabel, do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) da Casa do Povo de Seia e da Fundação Aurora Borges e ainda, por crianças autistas e portadoras de deficiência das unidades de ensino estruturado do concelho, o festival conta com representações dramáticas e momentos musicais únicos. O dia 28 de maio é dedicado ao Brincar… nas Escolas. Dinamizado por técnicos da Divisão Sociocultural do Município, a proposta é brincar com jogos tradicionais nas escolas do 1.º ciclo e pré-escolar do concelho, no âmbito do Dia do Brincar. A terça e quarta-feira também terá como mote a brincadeira, mas desta vez dedicadas a grupos escolares e nas infraestruturas munici-

pais: no CISE, na Biblioteca, na Ludoteca, no Museu do Brinquedo e no Museu Natural da Eletricidade. No dia 31 de maio, a autarquia oferece entradas gratuitas para crianças (até aos 12 anos) no CISE, no Museu do Brinquedo e no Museu Natural da Eletricidade. O Dia Mundial da Criança, que se comemora a 1 de junho, este ano será assinalado com o Concerto Grandes Canções da Disney, pela Associação Vox Angelis, em exclusivo para as crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo do concelho. Os espetáculos acontecem no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, às 09h, 11h e 14h30. Ainda, neste dia, o Agrupamento de Escolas de Seia promove no anfiteatro da cidade, às 21h, um Sarau Cultural e Desportivo. Quase na reta final do extenso programa, está agendado para a 2 de junho o 1º Encontro A Criança e o Brincar “Brincar: em casa, na escola e nos espaços públicos”. Destinado à comunidade, o encontro inicia com o olhar das crianças do concelho sobre o brincar, seguindo-se temáticas como “o brincar e as culturas de infância”, por Carlos Neto (investigador da Faculdade de Motrocidade Humana da UL), “a brincar é que a gente se entende”, pelo pediatra e docente (na Universidade do Minho e no Instituto Politécnico do Porto) Hugo Rodrigues. O painel da manhã terá como moderadora Joana Campos, pediatra no Hospital São Teotónio de Viseu. Durante a tarde serão abordados temas sobre Brincar no presente, “ofereça um presente especial aos seus filhos – brinque com eles – e o presente falará no futuro”, por Maria da Conceição Lopes, professora associada com a Agregação da Universidade de Aveiro, e “o universo dos brinquedos populares: um património a conhecer e preservar”, por João Amado (professor associado com Agregação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra), comunicações moderadas pela professora do ensino secundário, Orquídea Lopes. Por fim, mas não menos importante, no dia 3 de junho, das 10h às 19h, o parque municipal da cidade dá lugar ao Parque Encantado. Um dia diferente, repleto de alegria e muita magia, marcado pela viagem ao mundo encantado que será recriado no Parque Municipal da cidade, com uma centena de colaboradores da Câmara Municipal de Seia a vestir o papel de personagens da Disney e das histórias mais populares do imaginário infantil…


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Reportagem

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O NOSSO DIRETOR RECEBEU NOVA CONDECORAÇÃO,COM AS INSÍGNIAS SUPERIORES DO GRAU DA GRÃ CRUZ DA ORDEM DO MÉRITO CIVICO E CULTURA , CONFERINDO–LHE TAMBÉM O TITULO DE ” DOM” Honra–nos, sobremaneira, o facto do nosso diretor e fundador, Fernando de Abreu, ter recebido, no histórico Panteão dos Cabrais, em Belmonte, mais uma nova condecoração, ao serem–lhe concedidas as Insígnias Superiores do Grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, ao tempo que lhe era conferido o titulo de “ DOM”, agora designado por comendador Dom Fernando de Abreu, Grã–Cruz do Mérito Cívico e Cultural da Ordem de Pedro Álvares Cabral, oficializada pelo Go-verno do Estado de São Paulo, mantenedora da Ordem aprovada pelo Governo do Brasil, através do MEC–Ministério da Educação e Cultura, com ele foram também condecorados vinte personalidades, de Portugal e do Brasil, entre elas o embaixador do Brasil, em Portugal. A cerimónia, presidida pelo Soberano Grão-Mestre do Sodalício Heráldico Internacional Comendador Grão–Colar Dom Galdino Cócchiaro, foi apresentada pelo arauto comendadora Regina Lúcia Ferreira de Assunção Araújo, mestra de cerimónias, para anunciar: “ a outorga de condecorações oficializadas e concedidas após rigoroso crivo seletivo, sob a égide da instituição e apoio da chancelaria da Ordem, no reconhecimento público dos méritos de cidadãos prestantes que se distinguiram com eficiência e eficácia, no âmbito de suas respetivas atividades e áreas de atuação”. Por sua vez, Dom Galdino Cóc-

chiaro falou da satisfação da instituição, a que preside, em promover a fraternidade entre as repúblicas de Portugal e Brasil, utilizando o Panteão dos Cabrais para a realização daquela cerimónia outorgando cidadãos prestantes

de ambos os países, como instalar a Ordem Internacional do Mérito Nobel José Saramago e outorgar, pela primeira vez, o prémio cultural e humanístico “Por Saramago”. Recordou, depois, os já agracia-

dos, entre eles António Guterres, ao tempo primeiro ministro, hoje secretário geral da Organização das Nações Unidas; general Ramalho Eanes, antigo Presidente da República; Leonardo Ribeiro de Almeida, que foi presidente da Assembleia da República, entre outros. Na condecoração das diversas personalidades portuguesas e brasileiras, e com o Panteão dos Cabrais repleto de individualidades, Arauto Regina, leu quem foi e é o Comendador Dom Fernando de Abreu, GrãCruz do Mérito Cívico e Cultural da Ordem de Pedro Álvares Cabral, seguinte: Fernando de Abreu Iniciou a sua vida profissional como aspirante de Finanças que, a seu pedido, deixou de exercer para ingressar como jornalista profissional, no Jornal de Notícia, do Porto. Fundou os jornais Diário de Viseu e Diário da Guarda e os semanários Notícias da Serra, de Seia; Jornal de Oliveira do Hospital, Jornal de Lafões, de Oliveira de Frades e Notícias de Viseu, de que ainda é diretor. Fundou também a Rádio Viriato, hoje Rádio Cidade de Viseu -102.8 e a revista ilustrada “Nós Por Cá”. É delegado, na Região Centro: da Casa do Poeta “Lampião

de Gás, de São Paulo; do Movimento Poético Nacional, do Brasil; da Associação Portuguesa de Poetas e da Confraria Luso Galaico. Pertence à Associação de Escritores de Portugal, com 26 livros escritos, de ficção, teatro, revista, históricos e infantis, alguns editados e outros no prelo. Foi da iniciativa, e angariou fundos necessários, para a colocação da estátua, a Dom Afonso Henriques, em Viseu, terra natal do primeiro Rei, fundador de Portugal e organizou o primeiro encontro internacional, Luso Galaico de Confrarias gastronómicas, enófilas e culturais de Viseu. Em serviço de reportagem, acompanhou entidades, a vários países, entre eles, o Brasil, para fazer a cobertura jornalística da visita de Mário Soares, onde recebeu uma medalha gravada, com o seu nome, de homenagem, do Conselho da Comunidade Portuguesa, de São Paulo e é sócio honorário da Casa de Viseu do Rio de Janeiro. Consta do mundo da medalhística, com uma coleção de medalhas, gravadas em bronze, do conceituado escultor David de Oliveira, na qual tem a sua imagem facial, no anverso, e a primeira pagina, do Notícias de Viseu, no reverso.


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Diversos

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COMUNICAÇÃO O ofício em que convida Fernando de Abreu para receber as insgnias de Grã Cruz do Mérito Cívico e Cultural: Comendador Fernando de Abreu Viseu – Portugal Excelência

Belmonte 10/04/18 Cerimónias Comemorativas do DIA DE BELMONTE a 26 de abril, em Portugal, data que se celebra a primeira missa de Cabral em terras de Vera Cruz Exmo. Sr. Comendador A Ordem Honorífica do Mérito Internacional do Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral foi instituída, em 1968, para comemorar o V Centenário do Nascimento do Fidalgo e Navegador que, em 1500, cortou as águas do Atlântico para inscrever o Achamento do Brasil entre os mais relevantes factos históricos da Idade Moderna. Simultaneamente, esta Ordem Honorífica, nascida da iniciativa de intelectuais brasileiros no século passado e oficializada pelo Governo do Estado de São Paulo, através do Decreto 49.579, de 7 de Março de 1968, visa distinguir personalidades nacionais e estrangeiras dos dois países irmãos, cujos méritos de honra, de solidariedade e de cooperação entre povos e culturas, à luz dos pri-

mores da cidadania e da dignidade, devam ser enaltecidos para conhecimento das gerações vindouras, bem como para reconhecimento público e explícito pelos respetivos países. Nestas circunstâncias, depois de analisada em profundidade a proposta que nos foi submetida pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, mantenedora da Ordem e oficializada pelo Governo do Brasil através do MEC – Ministério da Educação e Cultura, pela Portaria 151 de 4 de junho de 1965, bem como declarada de Utilidade Pública pelo Governo do Estado de São Paulo, em conformidade com a Lei 6.869 de 22 de Agosto de 1962, com vistas à uma justa e nova Condecoração a ser concedida a V. Excia., foi determinado, por unanimidade, em Conselho Superior Honorífico da referida Instituição que mantém Chancelaria Institucional em Belmonte, conceder-lhe as insígnias superiores do Grau de Grã Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, na Cerimónia de Encerramento da Semana do Brasil, que será realizada em Belmonte as 18:00 horas da quinta-feira dia 26 de Abril corrente, no histórico e emblemático Panteão dos Cabrais – Igreja de Santiago. Esta deliberação se assentou no valor e na exemplaridade da profícua carreira de V. Excia. ao serviço dos interesses do Brasil e nomeadamente, com a cultura luso brasileira; das tradições históricas e do progresso aliado à ruralidade, ao equilíbrio e à sus-

tentabilidade ambiental. Por inerência estatutária, as mesmas insígnias superiores desta Ordem Honorífica Cavalheiresca e Nobiliárquica Brasileira, conferirão a V. Excia. o título de “DOM”, no âmbito do Sodalício, agregando a elas, todas as prerrogativas estabelecidas, sendo objeto de registo nos anais desta Câmara Municipal, onde é institucionalmente mantida uma Chancelaria das Ordens brasileiras, bem como junto à Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania, subordinada ao Governo do Estado de São Paulo, no Brasil, cujos relatórios anuais de atividades, são prestados pelas Or-

dens Honoríficas mantidas pela Instituição desde 1959, no século passado, ano de sua fundação. Recordamos a V. Excia. que, em Portugal, Condecorações oficializadas e distintas da Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística já foram atribuídas, dentre outras personalidades, ao primeiro presidente da República eleito democraticamente por sufrágio universal, após o 25 de abril de 1974, General António Ramalho Eanes; ao antigo Presidente do Parlamento Dr. Leonardo Ribeiro de Almeida e ao antigo Primeiro Ministro, Engenheiro António Manuel Oliveira Guterres, re-

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centemente elevado, pela Graça de Deus e pela vontade dos povos do mundo, à condição de Secretário Geral da ONU Organização das Nações Unidas, com mandato de 2017 a 2021. Com os melhores cumprimentos e felicitações. Comendador António Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Belmonte e Chanceler-Mor da Ordem Internacional do Mérito Pedro Álvares Cabral Portugal

VINHO, NOSSA PAIXÃO ESTIVERAM NA REGIÃO DE LAFÕES Festivamente, o Restaurante Luciana, de Sejães - Oliveira de Frades, onde se come o melhor bacalhau, com batata a murro,

primeira vez, se juntarem todas as marcas de vinhos engarrafados e respetivos produtores da região, com uma prova de mel e pão de ló

Luciana o filho Marcelo e a nora Ana preferido de Pinto da costa, do F.C.do Porto e de Fernando Mendes, da RTP, “Preço Certo”, vestiu–se de fina beleza para receber o grupo de amigos “Vinho, a nossa Paixão” para divulgar os vinhos e produtores da Região de Lafões, com relação das Câmaras. Recebidos, com doçura, pela proprietária Dona Luciana, seu filho João Marcelo e esposa Ana, a comitiva deliciou–se com o evento, que consideram inédito por, pela

de milho húmido sem glúten. Depois, uma mesa posta de entradas com chouriça assada, salpicão, farinheira artesanal do fumeiro, pataniscas de bacalhau, entre outras, a destacar.A seguir o celebre bacalhau à lagareira, uma delícia, com batata a muro. Por fim, e antes da sobremesa, buffet de doces caseiros, a não menos famosa, vitela de Lafões, assada em forno de lenha. Paulo Ferreira, jovem que

venceu a presidência da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, como independente, felicitou a iniciativa, tanto quanto oportuna, por divulgar a região e os famosos vinhos que nela se produzem, constituindo, à parte, uma salutar convivência com os produtores e responsáveis pelas marcas e engarrafamento dos vinhos que se comercializam, como Chão do Vale, Quinta da Moitinha, São Frei Gil e Quinta da Comenda. Por sua vez, o responsável pelo

Paulo Ferreira e José Amtónio Pereira grupo “Vinho, Nossa Paixão”, António José Pereira, referiu os objetivos do grupo, que visa essencialmente a defesa dos vinhos, do mel e de outros produtos

endógeos, dando significativas explicações em relação às caraterísticas únicas do vinho de Lafões, entre o verde e maduro, “ sui generis”, algum com grau alcoólico bastante elevado, atingindo os 13 graus; com reconhecida propriedade digestiva, a que se lhe junta a sua frescura e acidez, num vinho fresco, muito apreciado. Os produtores, apresentaram as respetivas marcas que engarrafam e os métodos para conseguirem tais resultados, devendo – se basicamente à flagrante tipicidade e originalidade, bem como às caraterísticas do solo e das castas, vinhos que obtiveram várias medalhas de ouro e prata em concursos nacionais e internacionais. Fernando de Abreu


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O Escriba

Quinta-feira 10/5/2018

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Daniel Machado, conhecido no sussurrar das ruas por Kadosh, é um viseense que desde cedo se enamorou da expressão poética e, mais tarde, do Hip-Hop. Partilha com os leitores do Notícias de Viseu o seu perfil, estética e visão sobre a actual cultura do seu estilo.

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inútil um “diário” quando tinha ao meu lado resmas de papel branco para viajar até à lua e voltar. Num primeiro momento foi escrita, apenas escrita. Mais tarde entrou a música na minha vida e eu tentei conciliar estas duas partes. Soava mal, pessimamente mal, não tinha ritmo, dicção, controlo, “flow”; mas eu gostava, fazia-me sentir feliz e continuar a trabalhar para sair melhor. Neste início, o facto de eu ter continuado a querer melhor, nunca foi com intenção de mostrar, simplesmente ser melhor, por mim e para mim. Em relação à pergunta: teve momentos determinantes, talvez mais associados à dor e a um querer desabafar terrível, mas tudo foi conduzido por um processo natural – apaixonei-me pelo HipHop.

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1 – Qual é a origem do nome artístico Kadosh?

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É engraçada. No início, tinha eu os meus 13/14 anos, lancei-me com um nome artístico muito mais simples: KD. Passo a explicar, de forma muito simples e, naturalmente, na inocência da minha adolescência, K seria de “Carlos” enquanto D de “Daniel”, os meus dois primeiros nomes. No começo o nome não foi nada mal aceite, mas apercebi-me de que a sua interpretação era errada. “K” foi associado a “King” enquanto que “D” era mais óbvio. Visto numa perspetiva global, não foi propriamente uma boa ideia utilizar K para expressar o que queria, mas foi uma maneira que encontrei para fugir, talvez, a um “CD”. Assim, procurei encontrar um nome diferente mas mantendo sempre esta base de origem. Surgiu então Kadosh. Apareceu-me na cabeça do nada e ficou. Ficou porque tem uma sonoridade engraçada e tem na sua origem essa base tão simples mas tão importante para mim, que marca o meu começo no Hip-Hop.

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2 – Quando é que surgiu a necessidade de expressares os teus sentimentos através da escrita e da música? Existiu algum momento determinante ou foi um processo natural?

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Eu desde muito pequeno comecei a escrever. Frases, quadras, poemas soltos e simples. Na altura, já denotavam uma certa capacidade escrita. Muitas vezes desabafava sobre problemas em casa, desgostos pessoais, amorosos. De certa forma achava

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3 – Ao estudar o teu percurso apercebi-me que preparavas uma mixtape designada de “Deixa-me Cantar”. Concluíste esse trabalho? Não. Consegui montar um estúdio caseiro e tive essa intenção. No meio do processo apercebi-me que não tinha a qualidade que queria (sendo eu a gravar, produzir, masterizar sem qualquer conhecimento nesta área, claro que houve projetos com qualidade muito baixa). Tentei outras vias, outros estúdios que cobravam bastante para algo tão simples para mim: cantar por cima de um beat da internet. Claro que na altura fui inocente e mais tarde vim-me a aperceber que não é assim tão simples como parece. Voltando à questão e, sem referir nomes, outro colega artístico viseense do ramo ofereceu-se para ajudar-me a lançar e a progredir e eu caí na cantiga para mais tarde dar de caras com o provérbio: “ amigos amigos, negócios à parte”. Foi aí que larguei a ideia e apostei em sons soltos - até porque queria fazer um trabalho de prestígio e mais profissional, com beats originais, outro tipo de masterização...

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4 – Há alguma faixa que gostes particularmente? Algum filho artístico pródigo?

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Dos que já deixei a público, claramente: Carta para Ti. No entanto, tenho faixas escritas e finalizadas que, na minha opinião, batem qualquer uma que tenha sido lançada.

5 – Ao analisar algumas das tuas letras, denoto que contrasta com o rap que, à data de hoje, é massivamente explorado: rap da ostentação e da rima fácil. Entendes que o rap, como era na sua génese, deve constituir, acima de tudo, um veículo de mensagens poéticas, sociais, urbanas e de intervenção ou deve dar espaço a uma pluralidade ainda maior? Um primeiro ponto importante: o rap começou na rua. Foi a partir daí que todas essas mensagens sociais e interventivas começaram, por pessoas expostas a circunstâncias cruéis da vida. O problema começa quando as pessoas ouvem um "Fuck the Police" e associam a um gesto "gangsta" em vez de refletirem e chegarem à conclusão que se calhar o “Fuck the Police” criticava os atos de brutalidade policial que se davam na altura e não era apenas uma atitude desrespeitosa. Um segundo ponto - escrever sobre o que cada um passa é fundamental para criar algo real e sentido. Se eu nunca passei fome não vou dizer que passei, tal e qual como se nunca tive a mandar rolos de notas pela cidade equivalentemente não irei dizer que o fiz. Acho que a questão está aí. Metade dos Mc's que se ouvem hoje em dia, desculpa-me o termo mas, só falam bosta. Depois queixam-se quando vêm pessoas dizer que o Hiphop, cada vez mais, se está a tornar numa forma de arte simples, fácil, e de carisma falso. Mas não é.O enquadramento gramático, a métrica, as metáforas, o sentido das palavras... tudo importa para mim porque nunca quis o fácil e básico. Gosto de provar que o rap é algo bem mais complexo do que a maioria pensa e faz parecer. A ver A verdade é que isso acontece porque hoje em dia valoriza-se o mediano e despreza-se o bom. Como se diz, vozes com conteúdo não abrangem maiorias. Por fim resta-me dizer que concordo plenamente com pluralidade musical, aliás até apoio, mas se for algo com nexo e não meros gritos e berros que eu oiço produzidos com auto-tune.

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6 – Quais as temáticas mais presentes na tua música?

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Tento sempre diversificar, tanto no estilo como na mensagem, não

gosto de estar sempre a bater no ceguinho. De certa forma já abordei tantas temáticas que nem sei qual delas a mais presente na minha música. Talvez a que mais se sobressai tanto direta como indiretamente será o gosto e a necessidade de fazer essa mesma música. 7 – Consideras que a crescente popularização do hip-hop prejudicou a natureza underground dessa cultura ou, por outro lado, propiciou um maior número de oportunidades para os artistas?

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Excelente pergunta. As duas coisas. Há duas perspetivas a ser analisadas (relação causa-consequência): Num primeiro plano, o facto do Hiphop ser um estilo cada vez mais procurado e ouvido proporcionou possibilidades a vários Mc’s como nunca antes tinham sido vistas: concertos, atuações, entrevistas, até publicidade. Obviamente que, se temos um estilo cada vez mais enraizado, há que ter consciência do que se diz, assim como de quem se ouve. Se passa na rádio não convém dizer umas certas coisas que todos sabemos. Se graúdos ouvem, também não. A questão está na forma em que analisamos as coisas. Se fizermos as contas ao contrário se calhar o HipHop português não tinha chegado onde chegou se não se tivesse largado essa veia “underground”, “de ghetto”, “bairro”. (estou meramente a analisar factos, até porque o underground é o estilo que mais gosto de ouvir) Por outro lado, tornando-se cada vez mais comercial, levou-nos a um estado em que só se faz HipHop banal: aquele que bate porque sim, e que vende porque assado. Já ninguém tem interesse em rimar underground porque o que passa nas playlists são sons para a criançada abanar o rabo e sonharem em ter uma vida de fortunas e vinho verde. Banal. Daí o meu interesse tão grande no underground: puro e real.

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Poetas de Karaoke – Neste momento um som banalizado e comercial, quando a mensagem visava, precisamente, a comercialização. Aconselho a quem realmente gosta desta forma de arte, a tentar perceber detalhadamente o que é que o prodígio Samuel tentou fazer com aquilo. Resumidamente, quem ele critica e ridiculariza ao longo da faixa inteira, hoje canta sem sequer se aperceber disso. É por isso que me desperta tanto interesse, por vezes é preciso ver o outro lado da moeda antes de a aceitar.

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10 – Palavra que te define.

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Como artista: trabalhador. Como pessoa: amigo.

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11 – Onde é que os leitores podem encontrar os teus trabalhos?

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Maioritariamente no Youtube sendo só necessário pesquisar o nome “Kadosh” acrescido do nome da faixa que desejam ouvir: Carta para Ti, Hoje Acordei, Nem por mil Palavras, Como a vida me mata (… ).

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10 – Tens algum projeto a ser lançado em breve?

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Em breve, especificamente, não posso dizer que sim. Tenho trabalhos feitos. Foi uma das coisas que prometi a quem me ouvia e acompanhava, não parar de fazer o que gosto. E a verdade é que não parei. Em público ou em privado continuo.

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11 – Qual a mensagem que endereças aos teus ouvintes?

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9 – Som predileto desde sempre.

8 – Quanto às influências, queres destacar alguns nomes?

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Influências básicas nacionais como Sam The Kid e Valete. Alguma veia poética de Mundo, a safadice de Regula, Bellini e underground de Chullage.

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Para esperarem. A pressa é inimiga da perfeição. E eu prometo que vou voltar, mais tarde ou mais cedo. Quero que quem me acompanhou e presenciou a minha evolução desde miúdo entenda que, neste momento, a minha vida não é o HipHop apesar de haver uma conexão especial. Mas quero que acreditem em mim e que nunca deixem de acreditar, porque um dia esse momento chegará. E quando chegar, meus amigos, faremos do céu a nossa terra!..

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Saúde

Quinta-feira 10/5/2018

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Doenças do movimento são muito frequentes, mas profissionais de saúde estão atentos Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)

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As doenças do movimento são frequentes na população portuguesa e podem causar incapacidade importante aos doentes. Entre estas doenças está a Doença de Parkinson – a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da Doença de Alzheimer e que afeta perto de 20 mil portugueses. “A revolução que ocorreu no conhecimento da genética nos últimos 20 anos permitiu conhecer genes que causam ou predispõem para algumas doenças do movimento”, afirma o neurologista Alexandre Mendes, presi-

dente da Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento (SPDMov), explicando a razão pela qual o tema do Congresso Nacional da SPDMov é “Genética das Doenças do Movimento”. Entre vários avanços significativos a nível da genética, o especialista destaca as novas técnicas que vieram simplificar a sequenciação do ADN e permitiram a descoberta de genes implicados nestas doenças do movimento. “O conhecimento de genes implicados nestas doenças pode permitir entender melhor os mecanismos implicados e contribuir

para novos tratamentos, que poderão vir a ser individualizados para cada doente. Também se espera que venha a ser possível alterar o curso progressivo de algumas destas patologias”, acrescenta o neurologista. O diagnóstico da Doença de Parkinson é importante e leva a que os doentes sejam orientados para consultas especializadas. Pode ser atrasado, sobretudo nos cerca de 30% de doentes que não têm tremor. “É importante pensar na doença de Parkinson, uma doença muito frequente, e não olhar para a dificuldade motora como um problema da idade

ou apenas associado a patologia da coluna ou a patologia articular”, explica Alexandre Mendes. O tremor essencial é a doença do movimento mais frequente na população. Contudo, não é nesta patologia que se verifica, na maioria dos casos, a maior incapacidade para o doente. Outras doenças do movimento, menos frequentes, e que terão a atenção dos participantes no Congresso, são as distonias, as coreias, as ataxias, as síndromes parkinsónicas atípicas e doenças do movimento provocadas por fármacos.

Problemas de sono têm uma relação direta com a violência e a criminalidade Assinalou-se o Dia Europeu da Vítima de Crime e os problemas de sono são algo que vítimas e criminosos podem ter em comum. É por isso que “sono e violência” será um dos temas em debate no “Lisbon Sleep Summit”, um congresso internacional que decorrerá de 16 a 19 de maio em Lisboa e cujo tema será, na sua primeira edição “O sono nas Mulheres”. Teresa Paiva, neurologista, responsável pelo Centro de Medicina do Sono (CENC) e uma das organizadoras do Lisbon Sleep Summit explica que a relação entre sono e comportamentos violentos ou criminosos acontece de várias formas: “as vítimas de crime sofrem ou de stress agudo (insónia, flasbacks, irritabilidade, ansiedade, dificuldades de memória e de concentração, fadiga) ou de stress pós-traumático com insónia complexa, pesadelos graves e depressão e fadiga. Outras sentem desrealização, negação, ou sentido de injustiça (porquê a mim?) ou raiva, rancor ou vingança. Já as vítimas passivas, como por exemplo os habitantes de uma zona onde houve um crime, têm problemas de sono na noite seguinte: adormecem mais tarde e têm disrupções na produção de cortisol (principalmente as crianças). E quem assiste a atos violentos ou ações terroristas tende a ter insónia transitória e inclusão dos conteúdos violentos nos sonhos nos dias subse-

quentes”. “Já a privação de sono associa-se a maior prevalência de comportamentos violentos”, refere a especialista. “Isto foi provado num estudo nacional com adolescentes portugueses”. Teresa Paiva refere ainda que “há doenças do sono com comportamentos violentos. O sonambulismo, os distúrbios comportamentais do sono REM (rapid eye movement) e algumas epilepsias noturnas podem ter comporta-

mentos muito violentos não intencionais. E estes factos podem ser usados criminalmente para desculpabilizar criminosos reais”. Além de “o sono e a violência” , o Lisbon Sleep Summit dedicou--se a temas tão diversos como o sono e os desafios na vida das mulheres, o sono e a maternidade e as “coisas” estranhas que as mulheres fazem à noite. Esta iniciativa é destinou-se a clínicos, cientistas,

entidades públicas e privadas e à sociedade civil, apelando a que participem ativamente na discussão e na criação de soluções para as principais questões negativas associadas ao sono nas Mulheres. Tem como objetivo melhorar o conhecimento relacionado com o sono no género feminino, avaliar o impacto de fatores internos e externos no sono das mulheres em qualquer idade e discutir as diferenças entre géneros no âmbito da


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Diversos

Quinta-feira 26/4/2018

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Projeto EduCO2cean reúne, em Aveiro, parceiros internacionais da Polónia, Escócia, Espanha e Portugal No âmbito do projeto europeu EduCO2cean - modelo pedagógico Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS), sobre as causas e os impactes das alterações climáticas no mar e oceanos e respetivas medidas de mitigação e adaptação, apoiado pelo programa ERASMUS+, coordenado pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) realizou-se uma reunião na cidade de Aveiro, que decorreu entre os dias 2 e 4 de maio, com todos os parceiros internacionais (Escócia, Polónia, Espanha e Portugal). Este evento aconteceu com o propósito de fazer uma avaliação global do projeto, de forma a organizar e definir estratégias para garantir a continuidade das metodologias desenvolvidas, aquando do término do financiamento do projeto, previsto para agosto de 2018. O grau de cumprimento dos objetivos pré estabelecidos e o reajuste nas tomadas de decisão sobre as acções correctivas dos trabalhos foram componentes cruciais à discussão. Segundo o coordenador do projeto, Joaquim Ramos Pinto, presidente da direção Nacional da ASPEA, esta reunião serviu para «consolidar alguns trabalhos em fase de conclusão e deixar alguns desafios para o futuro».

O projeto EduCO2cean decorre até agosto deste ano, do qual resultará um E-book: “Alterações climáticas e redução da pegada de carbono nos oceanos” e um Portal de educação colaborativa que inclui uma área de recursos sobre 8 eixos temáticos relacionados com o oceano e alterações climáticas para estabelecer uma comunidade de aprendizagens colaborativas, uma revista digital com conteúdo científico e experiências pedagógicas e a disponibilização de conteúdos audiovisuais como por exemplo: entrevistas, conferências, reportagens, entre outros disponíveis em EDUCO2CEAN TV. Através deste projeto conseguiu-se o desenvolvimento de uma comunidade de ‘Cientistas Escolares’, sendo referência para outras comunidades de investigadores escolares noutros países da União Europeia permitindo a comunicação de ciência e transferência de conhecimentos à sociedade através dos jovens a partir de atividades pedagógicas desenvolvidas em contexto curricular, sendo uma oportunidade dada aos alunos para a sensibilização e informação dos cidadãos sobre matérias tão importantes no contexto atual no âmbito das problemáticas associa-das às alterações climáticas e os seus efeitos no

oceano e em toda a vida do Planeta. Neste momento, já é possível aceder a uma plataforma web (www.educo2cean.org) onde se podem encontrar muitos recursos de apoio a professores e alunos assentes nos 8 eixos temáticos desenvolvidos no projeto e uma das oito unidades didáticas que farão parte do e-book e que está disponível. Para Joaquim Ramos Pinto, os desafios para o futuro, resultantes desta reunião, «corresponderam às expectativas criadas, enquanto coordenador deste projeto Europeu, no sentido em que todos os parceiros manifestaram interesse em continuarem a trabalhar no âmbito dos temas do projeto e, por outro lado, ficou explícito o interesse em promoverem programas de mobilidade de alunos e professores em próximos programas ERASMUS+ potenciando, assim, todo o conhecimento já produzido no âmbito do projeto EduCO2cean. O presidente da ASPEA considera, também, que a proposta de uma parceria apresentada pelo MASTS - The Marine Alliance for Science and Technology for Scotland revela o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e competências da associação tendo sido proposto que venhamos a receber

alunos de doutoramento desse centro de investigação integrados

ASPEA e os restantes parceiros, mas também todos os interessa-

em programas de estágios em contexto de trabalho. MASTS é um centro de investigação, para as questões do mar, de reconhecimento internacional e reúne a maior parte da capacidade de ciências marinhas da Escócia em uma única estrutura organizacional, garante que a ciência marinha escocesa permaneça competitiva internacionalmente e fornece a plataforma académica para governança e comércio marinhos para apoiar a Scottish Marine Strategy. Joaquim Ramos Pinto acrescenta que no final do projeto a

dos nestes temas, ficam com acesso a muito material científico e de apoio pedagógico para as atividades que se desenvolvem comas escolas, estando a ASPEA a estabelecer uma parceria de apoio a atividades a desenvolver na rede «Escola Azul». À parte de todos os trabalhos, para além do programa da reunião, a ASPEA, organizou um programa social e cultural no sentido de dar a conhecer a cidade de Aveiro, seus costumes e valores, aos parceiros do Projeto.

Teatro em Rede nas Beiras e Serra Fim de semana da Estrela com inscrições abertas gastronómico em Resende Estão abertas as candidaturas de voluntários para projeto inovador de teatro comunitário em rede para a reinvenção e reinterpretação das histórias e costumes da região. Qualquer pessoa pode participar e integrar a equipa de atores. O projeto de Teatro “Odisseia” é promovido pelos Municípios de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas e Seia, em articulação com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, e tem como fim promover a cultura e a identidade regional, numa produção de teatro participada pelos residentes no território. Pretende-se que seja um projeto desenvolvido da região para a região que congregue todos os cidadãos que tenham vontade e interesse em integrar uma equipa de Teatro e participar na conceção e realização de uma produção ao longo de 3 meses. O projeto de Teatro é coordenado pela companhia profissional de Teatro ASTA e envolverá voluntários dos 5 Municípios que promovem o projeto. Durante a primeira quinzena de junho, os voluntários inscritos participarão num período intensivo de ensaios para a preparação do espetáculo. Os ensaios terão lugar na Casa da Cultura de Seia e decorrerão em regime pós-laboral e noturno. As deslocações e alimentação dos

participantes são asseguradas pela organização. O espetáculo produzido será posteriormente apresentado, pelo menos, uma vez em cada um dos Municípios patrocinadores do projeto nos meses de julho e agosto. O calendário de apresentações será atempadamente divulgado junto dos voluntários selecionados. Os voluntários interessados em integrar a equipa de atores deverão enviar a sua candidatura por e-mail para casacultura@cmseia.pt, indicando nome completo, morada, idade e número de telefone/telemóvel. As inscrições estão abertas e são limitadas, pelo que se recomenda a submissão da candidatura no tempo mais breve possível. Este projeto de Teatro comunitário integra-se na operação “Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela” liderada pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e cofinanciada pela União Europeia através do Fundo Estrutural de Desenvolvimento Regional ao abrigo do Programa CENTRO 2020, que tem como objetivo geral a constituição de uma rede territorial e institucional vocacionada para a projeção e divulgação do território e da sua identidade, fortemente alicerçada na promoção da cultura e do turismo cultural.

O Município de Resende realiza, entre os dias 25 e 27 de maio, mais uma edição do fim de semana gastronómico, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal. À mesa de nove restaurantes do concelho vai estar o anho assado com arroz no forno, com oferta de um copo de vinho, e cavacas de Resende para a sobremesa. Assim, os seguintes restaurantes aderiram à iniciativa fazendo as delícias de quem quer descobir o melhor da gastronomia resendense: A Barraca, Bengalas, Das Caldas, Douro à Vista, Douro Marina Hotel & SPA, Gentleman, O Emigrante, Paga Tu e a Tasquinha do Zé. Para além da boa gastronomia, os turistas que por estes dias queiram permanecer em Resende, têm 20% de desconto nos seguintes alojamentos: Douro Marina Hotel & SPA, Hotel Comércio, Quinta de Casal Mato, Quinta das Lamas e Salgueirinhos e Vald’ Aregos - Turismo Rural. De referir que no domingo, dia 27 de maio, celebra-se a Romaria a Santa Maria de Cárquere, que todos os anos se realiza no 4.º

Domingo de maio. Trata-se de uma grandiosa romaria religiosa, cuja origem recua até à Alta Idade Média, e que decorre durante todo o dia, onde as povoações de todas as freguesias vizinhas visitam o santuário em procissões com as suas cruzes e os seus estandartes. Os rituais desta romaria continuam a ser praticados segundo a tradição, constituindo um marco de religiosidade na diocese de Lamego e na região. Quem pretender conhecer um pouco da história e cultura do concelho pode visitar, ainda, o Museu Municipal, com o seguinte período de abertura: 25 de maio, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00; dia 26 de maio, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00; dia 27 de maio, das 10h00 às 13h00.


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Diversos 11

Quinta-feira 10/5/2018

O MORTO QUE OUVIA Comédia em II atos, por Fernando de Abreu DIAS ALVES – Então, se é assim, vamos parar com esta conversa. Está tudo bem, para continuar a namorar em todos os anos da nossa vida com todo o amor, lealdade e fidelidade no conceito do dever entre esposos. MARIA DO RIOSÁRIO - E assim disseste tudo em poucas palavras. És um mestre na língua portuguesa. Contigo irei aprender muito, não só através daquilo que escreves, mas no nosso dia a dia. DIAS ALVES – Não te menosprezes, porque és uma mulher muito inteligente. Sem teres estudos, sabes muito mais do que alguns com habilitações académicas, que andaram a estudar durante vários anos. MARIA DO ROSÁRIO - Hoje é o dia mais importante da minha vida! O dia que desde criança mais esperava que acontecesse, mas nunca sonhei ser tão feliz! DIAS ALVES – Essa felicidade será completada com o nascimento dos nossos filhos, que vão ser lindos parecidos com a mãe. MARIA DO ROSÁRIO – Lá vens tu com a pressa em ter filhos. Temos muito tempo para que isso venha a acontecer. Primeiro, vamos gozar a vida, passeando por esse mundo além, depois sim, um ou

dois no máximo. Sabes que com o nascimento dos filhos, a mulher perde as linhas da beleza. Geralmente, engorda, cria barriga, os seios ficam mais flácidos e os homens deixam de se apaixonar por elas. DIAS ALVES – Mas isso é de somenos importância, comparado com a alegria e a felicidade de vir a ter filhos, promovendo a sucessão e unindo-nos mais como casal. Não digo que seja já, mas logo que passem os primeiros meses após o casamento, vamos fazer com que aconteça a tua primeira gravidez. Para mim, quando isso acontecer, irei festejar muito mais essa pureza da continuidade, do que esta nossa cerimónia de casamento. MARIA DO ROSÁRIO – Temos opiniões diferentes. Respeito a tua e, como o corpo é meu, vais também respeitar a minha, sem entrar em stress, sem entrar em conflito. Quando acontecer, vamos estar preparados para que o bebé apareça à luz do mundo. III CAPITULO MARIA DO ROSÁRIO E DIAS ALVES FAZEM VIDA SEM INTERESSE

DIFÍCIL SER -SE MULHER

História de escravidão Bem dedicada ao lar, Ao seu senhor e marido, Aos filhos sua paixão, Numa vida dura, singular, Plena de amor, dedicação.

O SERENO ENCANTO

Eu quase morri de saudade, Pelos anos de minha idade, Mas, ele me disse baixinho Porque também é velhinho.

Como era tão penoso Ser-se mulher no antanho, Exclusões abundavam, Nesse tempo infrutuoso Onde o viver era um pesar, Um problema tamanho.

Escola lhe fora vedada, As ovelhas para guardar, Sua faculdade era o campo, Onde poderia labutar Para se tornar adorada, Dócil, humilde ao casar.

conjugal. Trato–te com amor, muito carinho, dou te tudo para te agradar de modo a que te sintas feliz junto de mim. MARIA DO ROSÁRIO – Eu sei que és bom homem, mas eu preciso de mais sexo, não me deixas realizada. Se tu não recorres a estimulantes, eu também não vou para aparelhos, como vibradores eróticos que deixam as mulheres desconsoladas. Quero sim, e muito, que tudo aconteça ao natural contigo nas mais diversas posições, para que me leves às nuvens, em prazer. DIAS ALVES – Santo Deus! Mas será que estou mesmo a falar com a minha esposa, ou com uma mulher que desconheço e agora virou a tarada sexual!...~ MARIA DO ROSÁRIO – Partiste para a ofensa. Tu, Dias Alves que, pela tua formação, és pessoa calma e educada, estás a dizer que sou uma “ tarada sexual”, por gostar de sexo e tu não me satisfazeres, a culpa é minha e passei a ser uma tarada..., na tua opinião.

Eu vi o sereno tão lindo, Pela noite se espargindo, Num momento de ténue clarão, Que emocionou meu coração.

(recordando anos 1930-40)

Recordo tempos da guerra, Das moças lindas e belas, Vivendo sem um vintém, Criadas para mourejar Embora filhas de alguém, Como aquela que muito amei.

MARIA DO ROSÀRIO- Oh, Dia Alves que achas da nossa relação? Estamos há três anos casados e ainda não temos um filho e cada vez te sinto mais distante de desejos sexuais. DIAS ALVES – Sabes muito bem quanto também desejo ter um filho nascido do teu ventre, mas não tem calhado. Nunca evitei que tal acontecesse. É uma questão de se passar por um ginecologista para que se faça algum tratamento, para que possas ficar grávida. MARIA DO ROSÁRIO – Para que saibas, não será somente um filho que nos irá aproximar, noto uma certa frustração no nosso casamento. A nossa relação física deixou de ser desejada por ter passado a ser monótona, daí que não me satisfaças sexualmente e bem sabes como eu sou bastante fogosa, uma mulher carente de afeto e de sexo. DIAS ALVES – Surpreende– me, de todo, que me digas isso. Acho que sou um homem normal, gosto muito de ti, deixas -me plenamente realizado, sem necessidade de estimulantes, ou seja, sinto que somos como a maioria dos casais que cumprem o dever

Três cursos poderiam tirar Para mal do seu penar, Cultivo das terras, costureiras, E, para total realização, Excelentes cozinheiras Para a família alimentar.

Como recordo minha mãe, Naqueles tempos já bem idos, Onde ninguém era ninguém, Nossos sonhos reduzidos, Da mocidade privados, Árduos tempos mal vividos.

Mas do nada, da escuridão, Outra época se enraizou, De maior grandeza, elevação, Novo futuro se traçou À mulher, ser adorado, Nesta data de exaltação.

Se você um dia se for, E morrer de um grande amor, Numa tarde linda e morena Sentirei tristeza e muita pena!

O sereno já viu um dia, Que muito amor em sentia Porque comecei logo a amar E ter a paixão em meu olhar!

Cont. próxima edição

UMA DÁDIVA DIVINA Lisboa urbe velhinha, sagrada, Bem cuidada de beleza e magia, Fora por Ulisses enfeitiçada Adornando-a de paz e harmonia.

Teus campos de beleza adornados Temperados por clima invejável, Fostes um universo de retornados, Um centro de afeição inigualável.

Por magos à beira-mar demarcada, Surgiu retângulo sagrado, divino,

O sereno que vem lá do céu, Estende seu manto num véu. Mas, parte logo sem vida Como numa louca corrida! Eu não quero nem pensar, Ao ver o sereno acabar. É como ver um amor partir E nunca mais esse sonho sentir.

Para se tornar estrela encantada.

Da paz, em doce paz, fizeste um hino, Notável poesia consagrada, Ao prestígio dum povo genuíno.

Eu nunca quero pensar, E deixar o céu sem olhar. Para lá um dia vou viajar E o sereno vou encontrar!

ZÉ ROQUE Adriano Augusto da Costa Filho

PROSA


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