Noticias de Viseu 10 de Novembro 2016

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semanário independente e regionalista / Director e Fundador: Fernando de abreu ano XLii - nº 2123 - Quinta-feira 10 de novembro de 2016 - preço: 0,60 eur. - iVa incluído

Do Douro ao mondego: a pintura entre o renascimento e a contra-reforma o museu macional grão Vasco, acolhe a exposição: Do Douro ao mondego: a pintura entre o renascimento e a contra-reforna, organizada pela Direção geral do património cultural, numa parceria entre o museu nacional de arte antiga e o mgV sendo comissariada por joaquim caetano e josé alberto seabra.

Vem aÍ a 2º eDiÇÃo Do pousaDas gastronomic WeeK De 18 a 27 de novembro, as pousadas de portugal promovem mais uma edição do “pousadas gastronomic Week”, um evento gastronómico que apresenta um menu especial . Pág 4

Xantar - projeto transFronteiriÇo Dois paÍses, um Destino

Presidente da República, em Viseu Integrada nas comemorações do centenário da fundação do museu Nacional Grão Vasco, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado do Ministro da Cultura, Luis Filipe de Castro; da Diretora Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva e do presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, inaugurou a exposição Grão Vasco, “do Douro ao Mondego a pintura entre o Renascimento e a contrarreforma”, nas salas de exposições temporárias, no Paço dos Três Escalões, sendo Almeida Moreira, o primeiro diretor. Pág 4

proDutos traDicionais certiFicaDos DiscutiDos em manguaLDe o auditório da sociedade Filarmónica de tibaldinho, em alcafache, acolheu o ii encontro nacional dos produtos tradicionais certificados. a iniciativa foi uma organização conjunta da câmara municipal de mangualde e da adere-minho e contou com a participação de cerca de 70 pessoas. a certificação do tradicional Bordado de tibaldinho foi um dos temas abordados. Pág 8

DesempregaDos criam grupo De entreajuDa em Viseu Pág 3

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2 Opinião

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novembro 2016 quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de Outubro 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião .................................. ...............2 Viseu....................................................3/4 Regional................................................8. Saúde................................ ....................9 Diversos ......................................5/11/12

Quinta-feira 10/11/2016

nos eXaLtaDos trÂmites Da cura Hoje, sob o perfume duma noite, Envolta de encantos muitos, Vejo uma mente humana, Um ser roto de quereres e desejos, Coração triste, despido de ilusões, Seguindo alheia, à sua desurdida sorte, No seu corpo esmaecido, pleno de agitações. Isenta de equilíbrio do amor, Brilho, beleza, encanto e nobreza, Esvaia-se entre sonhos e pensamentos, Numa viagem desabrida, sem retorno... Faltava-lhe experimentar o sentir e viver, A pureza da vida, encontrar a fonte do amor Envolta ontem e sempre, na palavra do SENHOR. Resignada, de mãos dadas com seu destino, Há que saber demandar o caminho da paz, da luz, Do bem estar, harmonia e estabilidade, Para que sua alma, saindo da melancolia, Tente iluminar sua vida, defumá-la de doces odores, Dar-lhe eterno brilho e santidade, consciência plena, Para banir agonia, na senda e procura de JESUS. Há que viver e sentir a vocação sagrada do cupido, A paixão, a graça e o Pai Nosso que está no Céu, Origem do nosso bem estar, prosperidade e salvação, Para iluminar, aqui na terra como no azul celeste, Todas as criaturas humanas, ardentes de amor, Já que, com esse eterno valor, vive-se encanto, Abraça-se a essência, duma almejada cura. O amanhã se irá apresentar mais aberto, cintilante, Sob a beleza de TUA imagem, do Teu olhar paternal; Santificado seja, sempre, Vosso nome, Aqui nesta terra como entre os mistérios do Céu, Em que acredito e espero encontrar, Aquando da remissão dos meus pecados, Para reificar, minha consciência intuitiva e espiritual... António Pais da Rosa

coisas & Loisas iX

a castiça por Álvaro de meneses Das actuais “figuras típicas” de Viseu, é, com certeza, a “Castiça” a mais conhecida. Dizem-me que foi funcionária de uma repartição pública ou de uma qualquer empresa particular, tendo, nessa altura, fama de pessoa atilada e de bom nome. Azares da vida viriam a empurrá-la para os copitos de bagaço e canecas de tinto, acabando por fazer dela uma alcoólica inveterada. O seu comportamento passou a ser, então, do piorio, desde o estilhaçamento à pedrada de montras de estabelecimentos comerciais, à agressão física e oral a pessoas, à prática de cenas indubitavelmente chocantes, no campo sexual, a um metralhar de asneiredo capaz de fazer corar o mais pálido dos carroceiros. Actualmente, a “D. Sílvia” (Sílvia é o seu nome), envelhecida e um tanto fisicamente alquebrada, parece denotar menos “genica”. Mas nunca fiando… Ainda não há muitos dias, a vi e ouvi num dos seus frequentes solilóquios: - “Dizem que estou velhinha; pois estou… Mas tenho uma força do caraças!!”. Erguia as mãos, em punhos fechados, à maneira de um campeão de boxe, pronto para a luta. Meses atrás, partiu ou deslocou um pulso, certamente numa das suas muitas quedas com a pinga a mais. Encontrei-a, ia ela, apenas 80 por cento bêbada, a caminho da arruinada ex-casa dos Azevedos, aqui no bairro de S. Miguel, onde passa as noites gélidas de Inverno e tórridas de Verão, na companhia de ratazanas e de drogados que já lhe roubaram as roupas e o colchão, ofertados por alguém. Viu-me e, como é seu costume, persignou-se. Lá porquê não faço ideia. Creio que não é por ver em mim um diabo; mas, se vê um santo, também exagera a pobre da mulher… - “Então o seu pulso está melhor?” - “Venho do curativo. Dói-me, dói-me! Mas todos neste mundo, temos de sofrer…” Uma filósofa a valer, é a terrível “Castiça”! Nunca tive razões de queixa dela. Nem eu nem os meus. Sempre nos tratou educada e, até, respeitosamente. Simpatizamos com ela, mas, como toda a gente, receamo-la quando está com alguma das de caixão à cova. Já por duas ou três vezes ajudei a tirá-la do meio da rua, bêbada como um cacho, caída e enrodilhada como um farrapo, puxando-a para o passeio. De uma das vezes, alguém chamou o “115”, para a levar para o hospital, pois, além de carregadíssima de vinho ou de aguardente, sangrava da cabeça. Sabendo tratarse de quem se tratava, o socorro não apareceu. As autoridades conhecem-na de ginjeira e sabem aquele ditado que diz: “ao menino e ao borracho, põe-lhes Deus a mão por baixo”… Não fora a ajuda divina e a coitada da mulher, com tantas que já sofreu, desde há muito tempo que estaria na companhia dos anjinhos! Consta-se que inúmeras têm sido as tentativas para ajudá-la, só que ali nada há a fazer… Não haverá?! Volta meia volta, vejo-a, parada, a rezar. Não há atoleiro onde não floresça uma rosa! E que sabemos nós do que vai nas almas? - “Estou a cair de bêbada, mas a velhinha não se mete com ninguém”. O pior da festa é que se metem com ela e, então se lhe chega a mostarda ao nariz, lá vão o Carmo e a Trindade! Adora crianças, mas, pois claro, não lhes consente faltas de respeito. Tinha “D. Sílvia” um mano, também bastante “castiço” e igualmente apreciador do tinto!, que andava lá para as bandas da Ribeira. Um dia o observei eu a orientar “o serviço” da Estação de Camionagem: - Os senhores passageiros que seguem para o Porto fazem o favor de dirigir-se à gare número 13. Repito: Os senhores passageiros com destino ao Porto tomam o autocarro na gare número 13. Por acaso o homem não estava a enganar ninguém. Enganou muita gente foi quando se lembrou de pedir um donativozinho para o funeral da mana Sílvia, que, então, andava rija e sã como um pero. - O meu irmão andou a pedir para o meu enterro, mas eu é que o enterrei a ele… Sou de rija cepa! A “Castiça” tem os seus brios. Certa vez entrou simpaticamente sorridente, numa conhecida pastelaria da Rua Formosa, à hora em que muitas damas do “jet-set” viseense têm por costume ir ali tomar o aristocrático chá das cinco. - “Muito boas tardes, minhas senhoras!” – cumprimentou. E apresentou-se também: - “Eu sou a D. Sílvia, a rainha das bêbadas de Viseu!”. Não havia, na circunstância, hostilidade ou ofensa, mas simplesmente, ingénuo orgulho e “elegante” cortesia de uma “dama” a abarrotar de álcool…

Reportagem.......................................6/7 Desporto.............................................10

(Texto publicado no Notícias de Viseu em 26 de Setembro de 1996)


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Viseu 3

Quinta-feira 10/11/2016

Desempregados criam grupo de entreajuda em Viseu Desempregada, desmotivada e deprimida. eram estes os três “dês” de tatiana, residente no porto, antes de conhecer e de se envolver com o gepe – grupo de entre ajuda para a procura de emprego. jamais esqueceu a data: 1 de março de 2012. Quatro anos depois, tatiana veio a Viseu, na qualidade de coordenadora do gepe da região norte, para falar sobre este projeto e incentivar a sua criação aqui na cidade. ao que tudo indica, ainda este ano (provavelmente ainda este mês), um grupo de entreajuda começará a encontrar-se regularmente nas instalações do contrato Local de Desenvolvimento social de Viseu. a acompanhá-lo estará, mais do que uma certeza, uma esperança: “juntos vamos mais longe”. Cerca de uma centena de desempregados, residentes em Viseu, receberam uma convocatória para se apresentarem, dia 3 de novembro, nas instalações do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Viseu (CLDS), na Rua João Mendes. Aqui, foi-lhes dado a conhecer um projeto promovido pelo Instituto Padre António Vieira (IPAV), o qual, se tiver a adesão considerada suficiente (de 6 a 10 pessoas), arrancará, ainda este mês, na sede do CLDS. Designado por GEPE – Grupo de Entreajuda para a Procura de Emprego, o projeto consiste na criação de grupos informais de pessoas desempregadas que se reúnem semanalmente, com o apoio de dois “facilitadores” ou animadores voluntários, cuja função principal será moderar as sessões. O grupo foca-se na procura ativa de emprego para os seus membros, tendo cada um deles a missão de apoiar os restantes nessa missão. As reuniões acontecem uma vez por semana e têm a duração aproximada de uma hora e meia. Durante este tempo, trabalham-se três componentes: partilha de atividades desenvolvidas com vista à obtenção de emprego; entreajuda emocional; autoformação, no sentido de desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho. Mais do que tudo, o GEPE procura ser um espaço de encontro entre pessoas diferentes que tem em comum a sua situação de

desempregadas. Situação, essa, propícia à desmotivação, ao desânimo, à depressão e ao isolamento – fatores que dificultam ainda mais a reentrada no mercado de trabalho. Entre outros objetivos, o grupo pretende incutir nos seus membros a confiança e a força anímica necessárias à procura e obtenção de emprego. Conversar, partilhar infor-

mações, ajudar e ser ajudado, aumentar a rede de contactos, sentir compreensão e apoio e, eventualmente, sorrir, rir e construir laços de afeto, num ambiente descontraído e solidário, são as anunciadas vantagens de pertencer ao GEPE. “Juntos vamos mais longe”, ouvimos dizer, na sessão de apresentação. Tatiana Mendonça, coorde-

nadora do projeto no Norte do País, veio a Viseu, para explicar o funcionamento do GEPE e estimular a sua criação na cidade. No final, as pessoas preencheram um papel, expressando a sua livre vontade de aderir ou não aderir. “Pelo que vejo, parece que vamos ter participantes em número suficiente”, disse Tatiana ao Notícias de Viseu, depois de uma breve vista de olhos pelos pa-

péis. A jovem coordenadora contou aos presentes a sua passagem pelo desemprego e a forma como o GEPE a ajudou a ultrapassar o desânimo e o isolamento em que então caíra. “Deixei de ser eu. Comecei a evitar as pessoas para não ter que lhes estar sempre a dizer que ainda não tinha encontrado emprego”. Foi no Porto, onde reside, que abraçou “a possibilidade de uma experiência de dádiva e solidariedade entre desempregados”. Na primeira sessão de apresentação, a 1 de março de 2012, “muitos nos identificámos comprometendo-nos a dar-lhe vida, nascendo, em menos de um mês, o primeiro grupo de GEPE”. No encontro com os outros, Tatiana reencontrou-se a si mesma e recuperou a sua energia, confiança e socialidade. Bióloga Marinha de formação, Tatiana Mendonça diz rindo que a sua ligação ao IPAV tem a ver com a sua área académica, pois “o Padre António Vieira fez o Sermão aos Peixes”. Desde 2012, fora criados 176 GEPE no país, num total de perto de 2500 participantes. 32, 1 por cento é a sua taxa de empregabilidade, até 2015.

Sofia Meneses

“Numa sociedade progressivamente descaracterizada, individualista, desumanizada, as pessoas sentem-se cada vez mais isoladas. Contudo, quando nos é dado viver uma experiência como a do GEPE, quando nos é dado experimentar uma presença solidária, somos desafiados a questionar-nos ‘É ou não possível fazer a diferença.” Tatiana Mendonça, coordenadora do GEPE Porto “O GEPE é a diferença entre fazer um caminho sozinho, com muitos obstáculos, ou fazê-lo acompanhado, partilhando as aventuras que se nos deparam.” Cristina Carita, Coordenadora Nacional do Projeto GEPE “O desemprego é apenas mais uma pedra no caminho e, em jeito de Fernando Pessoa, com as pedras recolhidas um dia faremos castelos” Laura Alves, autora do livro «Acreditar – Histórias de Entreajuda no Combate ao Desemprego», edição IPAV “Eu olhava para o espelho e dizia: Tu pensavas que eras um coitadinho mas as pessoas não te veem assim!” Bernardo Gomes, ex-membro GEPE e animador “Há pessoas que, quando chegam ao GEPE, já estão nos últimos suspiros de esperança à procura de um emprego. São mulheres e homens que são a base de uma família e que de repente perdem a estrutura. E começa a bater um desespero, porque a conta da água, da luz e do aluguer estão batendo na porta, e às vezes há filhos pequenos que têm de ir à escola, que precisam de roupa e de bens básicos para poderem sobreviver.” Adriana Dihl, ex-membro GEPE e animadora Quem responde afirmativamente através da entrada num GEPE, descobre desde logo que pode ser útil, que não é o único sobre quem caiu esta experiência e, porventura, nem sequer é quem está a viver a situação mais dramática. Descentra-se de si, e do seu problema, e centrase no outro.” Rui Marques, presidente do IPAV

(Citações recolhidas do livro «Acreditar – Histórias de Entreajuda no Combate ao Desemprego», edição IPAV)


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Quinta-feira 10/11/2016

Viseu acolhe a segunda sessão dos Fóruns norgarante inoVaÇÃo DÁ meLHor resuLtaDo QuanDo HÁ partiLHa e conHecimento Do mercaDo Indústria não assusta empresários viseenses, mas levanta problemas ao nível da capacitação dos recursos humanos e da qualidade da gestão Para serem competitivas na economia digital, as pequenas e médias empresas portuguesas têm de ser capazes de resolver uma equação em que as variáveis principais são inovação, investigação e desenvolvimento, uso eficiente da energia, qualidade da gestão e financiamento. Assim se pode resumir o essencial da segunda sessão da quinta edição dos Fóruns Norgarante, que ontem, quinta-feira, teve lugar em Viseu. O evento foi promovido pela sociedade de garantia mútua que opera nas regiões Norte e Centro, as mais exportadoras do país, e juntou cerca de 200 participantes, empresários e gestores de empresas da região de Viseu, sobretudo, na Pousada da cidade. O objetivo era auscultar o tecido empresarial viseense sobre os desafios colocados pela chamada quarta revolução industrial e promover o debate e a partilha de experiências entre decisores empresariais, agentes do sistema científico e tecnológico nacional e operadores financeiros.

Daí o tema proposto para debate: “Portugal 4.0 - Rede de Inovação”. A sessão deixou uma série de alertas pertinentes sobre o processo de digitalização da economia portuguesa e a importância da inovação como fator de criação de valor para as nossas empresas. E pelo que o debate permitiu evidenciar, as empresas viseenses não receiam as mudanças ditadas pela ndústria 4.0. As suas preocupações principais, hoje, têm mais a ver com a capacitação e a partilha de recursos para inovarem respondendo às necessidades do mercado.2 Energia é determinante Todavia, no encerramento do encontro, o presidente da SPGM, a sociedade holding do Sistema Nacional de Garantia Mútua (SNGM), de que a Norgarante faz parte, introduziu uma outra questão que pode constituir uma ameaça à digitalização da economia: o uso da energia. “Enquanto seguia atentamente o debate, colocou-se-me uma questão de que aqui praticamente não se falou: a energia. Sim, de repente, o consumo energético vai disparar, quando a Indústria 4.0 estiver totalmente no centro do nosso modelo de desenvolvimento económico. Como se irá resolver este problema? Estamos todos, produtores e

consumidores, preparados para os impactos que essa revolução terá nas nossas vidas? Esse, sim, é um grande desafio”, comentou José Fernando Figueiredo, que preside também à comissão executiva da Instituição Financeira de Desenvolvimento. José Fernando Figueiredo aproveitou para destacar o papel da garantia mútua enquanto sistema facilitador do acesso ao crédito, que funciona numa lógica mutualista. Nessa medida, “promove a partilha”, sustentou. Em pouco mais de 20 anos, realçou ainda, o SNGM permitiu a cerca de 90 mil entidades, principalmente PME, investir mais de 24 mil milhões de euros e criar, ou manter, mais de 1 milhão de postos de trabalho. Para tanto, foram emitidas mais de 210 mil garantias, num valor global superior a 12 mil milhões de euros. As variáveis críticas cooperação, partilha e capacitação A discussão sobre o Portugal que está a enfrentar os desafios da Indústria foi lançada pelo orador principal da sessão, Miguel Botelho Barbosa, administrador da Agência Nacional de Inovação (ANI), que desafiou os empresários viseenses a apostar na investigação e desenvolvimento (I&D) como peça-chave do crescimento e manutenção das suas organizações. Conceitos como a “inovação colaborativa” devem, na sua visão, ser tidos em conta, para uma desejável “articulação entre os produtores de conhecimento e a produção 3 industrial”. É esta lógica que está no centro da atividade da ANI, que trabalha para “fazer com que as empresas participem mais em projetos de I&D”, salientou. Na região Centro, a Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior, do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), vem-se destacando no estímulo do tecido empresarial para a inovação e a investigação. A sua diretora, Teresa Paiva, explicou que a instituição “tem um departamento específico orientado para servir as empresas – o Politécnico to Business”. E pese embora a sua “pequenez” relativamente a instituições congéneres, “a verdade é que, pedagogicamente, estamos orientados para criar e desenvolver um conjunto de soft skills ajustados à realidade empresarial da região”, garantiu. Na opinião de Teresa Paiva, “a atitude e a cultura pró in-

ovação são das coisas mais difíceis de difundir”, por exigirem transformações e respostas efetivas das organizações e das pessoas. Mas, nenhum processo de inovação será bemsucedido se as empresas deixarem de avaliar as tendências de mercado ou se se esquecerem de monitorizar o próprio mercado. A sua experiência no IPG, referiu, ensinou-lhe que “as empresas não devem introduzir alterações que o mercado não procura”. Por seu turno, Remo Ventura, gestor italiano da Sociedade FrancoPortuguesa de Capacetes, em Carregal do Sal, apontou a cooperação empresarial e a partilha de recursos como condições indispensáveis para as empresas portuguesas enfrentarem com êxito qualquer processo de inovação. “O tecido empresarial português é semelhante, nas suas características, ao italiano. Estou há 15 anos em Portugal e o conhecimento que tenho do país permite-me dizer que a carta vencedora é a capacidade de partilhar recursos”, salientou. O desejável, defendeu o gestor do fabricante dos equipamentos de proteção individual e segurança da marca Shark, seria que os recursos humanos de uma empresa chegassem “prontinhos para trabalhar”, mas, como isso ainda não é possível, cabe às empresas “incentivar as suas equipas” e levar cada trabalhador a ser “um agente de mudança, de inovação permanente”. Para isso, 4 apontou, “há que desenvolver e incentivar cada colaborador a ser também um empreendedor”. A insuficiente formação e capacitação da mão-de-obra em Portugal foi uma das preocupações expressas por João Rocha, administrador da tecnológica viseense Ename: “A formação técnica dada nas escolas não prepara suficientemente os jovens para o trabalho nas empresas”. Por isso, a sua empresa “está sempre em processo de recrutamento e em busca de pessoas capazes de responder às necessidades do mercado” das tecnologias de informação e comunicação. Mas, ajuntou, “quando o mercado não oferece pessoal qualificado, introduzimos soluções tecnológicas para as substituir. E na maior parte das vezes, obtemos ganhos tangíveis”, referiu João Rocha. Norgarante apoiou 42 mil entidades em 14 anos Os fóruns “Portugal 4.0 - Rede de Inovação” são organizados pela Norgarante, umas das quatro sociedades operacionais do SNGM, que aproveita a iniciativa para promover os seus serviços às empresas e divulgar os sistemas de incentivos à inovação disponíveis no âmbito do Portugal 2020. Nesta quinta edição, a sociedade de garantia mútua que opera nas regiões Norte e Centro pretende suscitar o debate entre decisores e associações empresariais, instituições financeiras, agentes do sistema científico e tecnológico e consultores sobre a digitalização da economia portuguesa e a inovação como fator de criação de valor para as nossas empresas. Depois de Viseu, os Fóruns Norgarante deste ano, que começaram no Porto, a 14 de outubro, prosseguem em São João da Madeira, no próximo dia 17 (Casa da Criatividade) e, depois em Braga (Colunata de Eventos, no Bom Jesus),no dia 29. Olga Sousa

Vem aÍ a 2º eDiÇÃo Do pousaDas gastronomic WeeK De 18 a 27 de Novembro, as Pousadas de Portugal promovem mais uma edição do “Pousadas Gastronomic Week”, um evento gastronómico que apresenta um Menu especial composto por uma Entrada, Prato principal e Sobremesa, pelo valor fixo de 20 euros. São 27 os restaurantes da rede Pousadas de Portugal que, de norte a sul do país e mediante reserva antecipada, propõem sugestões variadas que refletem a diversidade da gastronomia regional. Cada restaurante apresenta uma proposta diferente, disponível ao Almoço e ao Jantar, dando a provar os sabores como o Estaladiço de alheira de Mirandela, Crocante de bacalhau e azeitona, Tamboril com cremoso de batata-doce, funcho e caldo de caldeirada ou Porco preto confitado arroz malandrinho de cogumelos, são algumas das sugestões. De acordo com Frederico Costa, Administrador das Pousadas de Portugal, “O Pousadas Gastronomic Week é mais uma iniciativa das Pousadas de Portugal que está integrada na

estratégia de simbolizar a Portugalidade através da gastronomia, sendo uma excelente oportunidade para degustar o melhor da cozinha regional portuguesa em condições exclusivas deste evento”. Reconhecidos pelo serviço e qualidade de uma gastronomia rica e variada e pelo ambiente requintado que oferecem, os restaurantes das Pousadas de Portugal – maior rede nacional de restaurantes de gastronomia portuguesa - aliam a gastronomia e o património, podendo desfrutar de produtos típicos da cozinha regional, em cenários autênticos carregados de cultura e história. Pousada Viseu Creme de Espinafres com Crocante de Broa de Milho e Queijo da Serra Filetes de Truta com Molho de Estragão,Tornedó de Vitela Bloody Mary,Brownie de Cenoura com Frutos do Bosque e Três Chocolates


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Diversos 5

Quinta-feira 10/11/2016

conFraria Da caLDeiraDa Do peiXe e camarÃo reaLiZou o ii capituLo A Confraria da Caldeirada de Peixe e Camarão de Espinho, realizou no FACE (Fórum de Arte e Cultura de Espinho)/Museu Municipal de Espinho o seu II Capítulo. Foram entronizados 9 novos confrades. Antes da cerimónia houve uma visita guiada ao museu, tendo os convidados possibilidade de ficar a conhecer as duas exposições permanentes do museu, uma relativa à Arte Xávega e outra relativa à antiga Fábrica de Conservas Brandão Gomes. Após isso, foi exibido o filme "É de Espinho Viva" do jovem cineasta de Espinho, Ricardo Leite.

alçaram a importância económica da Arte Xávega no passado e no presente, bem como a necessidade da sua preservação. A apresentação esteve a cabo do Confrade Luís Correia de Sá. Após isso, foram chamadas as 15 confrarias presentes: - Confraria Gastronómica dos Velhotes, Vila Nova de Gaia; Confraria das Papas de S. Miguel, Oliveira de Azeméis; Cofradía del Vino de la Ribera del Duero, Galiza/Espanha; Confraria do Presunto e Cebola do Vale do Sous, Penafiel; Confraria da Broa de Avanca, Avanca / Estarreja; Confraria Gastronómica de Lamego (Lamego); Confraria dos Gastrónomos de Lafões, Lafões / Vouzela; Confraria de Queijo de Rabaçal, Coimbra; Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno, Marco de Canaveses; Real

Confraria Gastronómica das Cebolas,Castêlo da Maia; Confraria dos Sabores da Fava ( lugar de Fonte de Angeão, concelho de Vagos); Confraria dos Sabores de Coimbra ,

De seguida realizou-se a entronização coletiva dos nove novos confrades, realizada pela presidente da "Campanha" (Assembleia Geral), Dr.ª Leonor Lêdo da Fonseca, e pelo presidente do Arrais (direção) Prof. Francisco Azevedo Brandão. Nos seus discursos re-

eXcursÃo: santiago composteLa e Festa internacionaL gastronomia em ourense Dias 4 e 5 de fevereiro de 2017 Viseu, oliveira de Frades, Braga e santiago de compostela, para pernoitar em ourense, visita à cidade e participar na festa internacional de gastronomia, que se realiza no salão da expourense, com comida de várias regiões de portugal, espanha, França e países latinos da américa, regresso por chaves, Lamego, Viseu e oliveira de Frades. preço duas opções: 125 euros, inclui viagem, almoço ao ar livre, jantar num restaurante em Xantar, dormida, pequeno almoço e almoço no salão internacional de gastronomia de Xantar; e de 100 euros, inclui viagem, almoço ao ar livre em santiago de compostela e estadia de um dia completa em hotel. a entrada no salão de Xantar e vista guiada na cidade e termas de ourense é oferta da direção da expourense ao grupo viseense. contatar telefones para inscrição: 960 100 300 - Fernando de abreu- Viseu; 965 470 827 - alzira pereira – oliveira de Frades; 962 308 080 - manuel Leonídio silva – penalva do castelo.

Coimbra; Confraria da Raça Arouquesa (Arouca); Embaixador na Região Centro da Confraria Luso Galaica, Viseu; Confraria da Fogaça; e Confraria Madrinha e representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas. Todas elas receberam como lembrança um carapau em vidro com uma vareira desenhada pela artesã Espinhense Sandra Duarte e um desenho do aniversário da Confraria do artista Espinhense Prof. Francisco Goulão, ofertas da Confraria da Caldeirada de Peixe e Camarão de Espinho e um livro Espinho Surf Destination e um guia turistico da Cidade de Espinho, oferta da Câmara de Espinho. O excelente almoço foi realizado no restaurante do Centro Social Luso Venezuelano, explorado pelo. Manuel Freitas.


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Reportagem

XANTAR PROJETO TRANSFRONTEIRIÇO

DOIS PAÍSES, UM DESTINO ! Considerou Alejandro Rubin, diretor geral de Xantar, no Porto Ininterruptamente, vai para dezoito anos que a Expourense, empresa de eventos sediada em Ourense, província da Galiza, leva a efeito à única feira internacional de turismo gastrómico, em Espanha, com extraordinário sucesso, apostando nos produtos agro-alimentares de qualidade, com denominação de origem gourmet. Nesta montra internacional alimentar, estão os melhores profissionais de hotelaria e restauração, a par de um espaço com decoração adequada, formando um cenário ideal para os visitantes sentirem turismo gastronómico de excelência, concentrado nos dois países Ibéricos, para além de outros nomeadamente França e países da América Latina, a que se juntam empresários para ver e comprar o melhor que se fabrica no mundo da hotelaria ali exposto. Paralelamente, a festa de Xantar associa o Carnaval de intensa tradição nas várias regiões participantes. A juntar a tudo isto, juntam – se meia centenas de confrarias no XIII encontro internacional e no XII também internacional sobre dieta e saúde, com mais de vinte e cinco ementas comentadas por chefes de prestígio em Espanha, Portugal, Costa Rica, México entre outros. “CAMINHOS DE SANTIAGO, SÃO FENOMENO UNIVERSAL QUE OS PAÍSES POR ONDE PASSAM, DEVEM APOSTAR” Feitas as assinaturas do protocolo, entre as regiões trans fronteiriças com a Expourense - Xantar

e Termatalia e Porto e Norte de Portugal, Alejandro Rubin, diretor geral de Xantar, usou da palavra para realçar a relação de amizade entre a Galiza e Portugal, dando como exemplo o facto de no ano passado ter visitado vinte países,

Isto, naturalmente, é uma mais valia que importa continuar para que haja melhores resultados, através de uma parceria forte e

Isabel Castro e Alejandro Rubin na assinatura do protocolo transfronteiriço

Alejandro Rubin diretor geral da Expourense na apresentação de Xantar 2017 que se realiza em Ourense, na cidade do Porto na divulgação dos eventos da Expourense e, em todos eles, falou nos “ Dois países, um destino”, com os caminhos de Santiago a serem um fenomeno universal que os países por onde passam devem apostar.

convincente dando a conhecer o que ambos os países tem de melhor, não só na gastronomia, mas também no turismo balnear, saúde e bem estar. Por fim, fez a apresentação de Xantar com ilustrações das festas

gastronomicas dos últimos anos. A Feira de Xantar – revelou Alejandro Rubin, nasceu há 17 anos, depois de ter visitado a feira gastronómica de Santarém, daí para cá tem tido sucesso em sucesso até atingir a classificação de interna-

cional, por gostarem do que fazemos. Em Xantar 2017, Portugal vai ser protagonista, onde irão estar meia centena de confrarias de Espanha, Portugal, França e do Mundo.


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Reportagem 7

XANTAR EVENTO ACARINHADO

PELOS PORTUGUESES -Convicção de Isabel Ferreira de Castro, diretora Departamento Operacional da Região de Turismo do Porto e Norte de Portugal

Isabel Castro dá as boas vindas

Emma Gonzalez vice diretora da Expourense na apresentação de xantar no Porto de BoasVindas Center

Festivamente, por entre mostras de vinho da região do Douro e verdes, no recém inaugurado Porto de Boas – Vindas – Center, espaço interventivo, Turismo Shop, Isabel Ferreira de Castro, diretora do Departamento Operacional da Região de Turismo do Porto e Norte, deu a conhecer aquele novo espaço da cidade Invicta, como por ter sido escolhido para ali ser assinado, por ela, como diretora e Alejandro Rubin, diretor de Xantar, protocolo entre regiões, com objetivo de promover, com ações temáticas de promoção entre a Galiza – Espanha e o norte de Portugal, cresçam de modo a avaliar a riqueza e turismo, na diversidade fronteiriças, salientando a importância que Xantar 2017 dá a Portugal, especialmente ao Porto e Norte, ao figurar como país convidado, ou seja situar – se como montra principal do evento - reconheceu

CONSIDERAÇÕES Xantar 2017, espera reunir os melhores profissionais e especialistas da indústria hoteleira, por desde há 18 anos, a esta parte, ser o espaço e o local ideal para desfrutar o melhor da cozinha, juntando turismo e gastronomia, tanto que, Xantar, em 2014, alcançou o reconhecimento de feira Internacional, importancia atribuída e concedido pela Ministério do Comércio, Ministério da Economia e Competitividade do Governo da Espanha. Daí que Xantar seja uma feira que, ano após ano, não tenha parado de crescer, reúne hoze dezenas de milhares de pessoas, transformando o pavilhão da Expourense num grande centro gastronómico, ao ponto de se tornar uma obrigação e um compromisso com a qualidade na boa alimentação. Restauração, degustação e exposição de produtos são a espinha

dorsal da feira também oferece palestras, palestras didáticas, apresentações literárias, exibição de filmes, concertos e grupos de dança e gaitas de foles, etc. Xantar 2017 em Ourense encontramos representados os seguintes setores: Restauração As empresas e firmas comerciais Promoção turística Instituições autónomas Boards turísticas Conselhos Reguladores Denominação de Origem Indicações geográficas protegidas Seleção de produtos de alta Artes festivais gastronômicos Cultura e Folclore Festival histórico Exposição de arte Note também que esta feira

também serve como um ponto de encontro dos recursos turísticos das regiões participantes no Hall

(Espanha e Portugal), sem sair do recinto da feira, os visitantes podem aprender sobre arquite-

Parte do vasto salão onde se realiza o Xantar de 2017

tura, atrações históricas naturais e, claro , comida, das diferentes localizações geográficas.


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8 Regional

Quinta-feira 10/11/2016

proDutores nacionais partiLHam eXperiências em Lamego

eXposiÇÃo De FotograFia De eDuarDo teiXeira pinto "o praZer De FotograFar"

Mais de 50 produtores de todo o país da área da charcutaria reuniram-se na cidade de Lamego no âmbito do "Clube de Produtores Continente" para partilharem experiências e ajudarem a desenvolver o setor agroalimentar num mercado cada vez mais globalizado e competitivo. O programa de trabalhos que decorreu no Teatro Ribeiro Conceição, na última sexta-feira, teve como um dos pontos altos a apresentação de duas empresas sedeadas na região e cuja atividade é vista como um modelo a seguir: a "Lacticínios do Paiva" e a "Beira Lamego", firma que opera na área da charcutaria. As temáticas abordadas pelos oradores convidados focaram muito a aplicação de novas tecnologias a produtos de charcutaria e laticínios, garantindo a uma maior qualidade e segurança.

Vai estar patente ao público no Centro Cultural de Celorico da Beira, de 2 a 30 de novembro a Exposição de Fotografia de Eduardo Teixeira Pinto, com o título “O Prazer de Fotografar”. Nota sobre o autor: Eduardo da Costa Teixeira Pinto nasceu em Amarante, em 1933 e começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes. Foi membro ativo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente «Associação Fotográfica do Porto», «Grupo Câmara» (Coimbra) e «Associação Fotográfica do Sul» (Évora). A sua vasta obra, dotada de um olhar poético sobre a realidade, fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX com fotografias que abordam diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar. Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal» e «Quietude», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional. Falecido em Janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto, deixou um espólio fotográfico de valor incalculável sendo vontade da família promover a sua divulgação com a referida exposição. Inserido nesse propósito foi publicado um livro, em Dezembro de 2010, Eduardo Teixeira Pinto - a poética da imagem, numa edição com o patrocínio total da empresa Mota Engil, com cerca 230 fotografias de Eduardo Teixeira Pinto agrupadas por temáticas: O Rio, A Nossa Terra, A Nossa Gente, as Festas e Outros Olhares. Em 14 de Junho de 2014 foi inaugurada uma nova exposição “ Aos Olhos de Eduardo “ no Museu Municipal de Ourense, composta por 70 fotografias da vasta obra do Autor. Esta exposição irá percorrer, durante os próximos anos, algumas das cidades da Galiza e do Norte de Portugal que fazem parte do Eixo Atlântico, tendo sido publicado um catálogo da referida exposição elaborado pela Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto e pela Fundação Vicente Risco ( Alhariz - Ourense), com o Apoio da Câmara Municipal de Amarante e do Concelho de Ourense. O trabalho de Eduardo Teixeira Pinto está patente no Museu -Amadeo de Souza-Cardoso - Amarante, com uma exposição permanente no primeiro piso daquele equipamento cultural. Eduardo da Costa Teixeira Pinto nasceu em Amarante, em 1933 e começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes. Foi membro ativo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente «Associação Fotográfica do Porto», «Grupo Câmara» (Coimbra) e «Associação Fotográfica do Sul» (Évora). A sua vasta obra, dotada de um olhar poético sobre a realidade, fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX com fotografias que abordam diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar. Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal» e «Quietude», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional. Falecido em Janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto, deixou um espólio fotográfico de valor incalculável sendo vontade da família promover a sua divulgação com a referida exposição. Inserido nesse propósito foi publicado um livro, em Dezembro de 2010, Eduardo Teixeira Pinto - a poética da imagem, numa edição com o patrocínio total da empresa Mota Engil, com cerca 230 fotografias de Eduardo Teixeira Pinto agrupadas por temáticas: O Rio, A Nossa Terra, A Nossa Gente, as Festas e Outros Olhares. O trabalho de Eduardo Teixeira Pinto está patente no Museu -Amadeo de SouzaCardoso - Amarante, com uma exposição permanente no primeiro piso daquele equipamento cultural. Em Junho de 2014 foi inaugurada uma exposição de 70 fotografias denominada “Aos Olhos de Eduardo”, no Museu Municipal de Ourense, numa parceria entre a Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto e a Fundação Vicente Risco de Alhariz (Ourense). Esta exposição encontra-se em itinerância por várias cidades de Espanha.

Na qualidade de anfitrião, coube a Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, encerrar este encontro nacional que uniu equipas das áreas comercial, investigação e produção. Ao longo da sua intervenção, exortou as empresas presentes a estabelecerem parcerias para "encontrarem soluções que são fundamentais" e garantiu que a cidade de Lamego estará sempre de "portas abertas" para acolher iniciativas deste género de apoio ao desenvolvimento económico. Criado em 1998 com o objetivo de aproximar a Sonae MC, detentora da rede de hipermercados “Continente”, aos produtores nacionais, o "Clube de Produtores" tem por missão

proDutos traDicionais certiFicaDos DiscutiDos em manguaLDe O auditório da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho, em Alcafache, acolheu o II Encontro Nacional dos Produtos Tradicionais Certificados. A iniciativa foi uma organização conjunta da Câmara Municipal de Mangualde e da Adere-Minho e contou com a participação de cerca de 70 pessoas. A certificação do tradicional Bordado de Tibaldinho foi um dos temas abordados. Na sessão de abertura João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, falou da importância da certificação para o Município de Mangualde salientando que ‘a certificação dos produtos ‘é uma garantia de valor acrescentado aos nossos produtos tradicionais’. ‘Todo o processo de certificação, embora nem sempre simples, é um processo que vale a pena levar a cabo e que traz investimento ao concelho, uma vez que a qualidade dos produtos é garantida e a continuidade de uma tradição diferenciadora é assegurada’ acrescentou. De seguida, Fátima Alves, Membro da Direção da Adere-Minho reforçou a importância da troca de experiências na área da certificação de produtos. A sessão tinha como objetivo promover, pela primeira vez, a discussão em conjunto dos produtos alimentares e não alimentares e o processo de certificação destes produtos tradicionais. Foram apresentadas as experiências daqueles que já têm o seu produto certificado e daqueles que querem certificar. Os produtos tradicionais destacados foram: Tapete de Arraiolos de Portugal, Bordado de Tibaldinho, Filigrana de Gondomar, Pão de ló de Ovar, Queijo serra da Estrela, Maça Bravo de Esmolfe e Maça da Beira Alta.


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Saúde

Quinta-feira 10/11/2016

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ii seminÁrio internacionaL aLZHeimer e outras Demências A Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu acolhe nos próximos dias 11 e 12 de novembro o “II Seminário Internacional Alzheimer e outras Demências: Conhecer, Compreender e Intervir”. O evento é organizado pela Escola Superior de Educação de Viseu, em parceria com as Obras Sociais do Pessoal da CMV e Serviços Municipalizados de Viseu, e conta com o apoio da autarquia local. A demência constitui a expressão clínica de várias entidades patológicas, sendo a doença de Alzheimer a mais prevalente. As suas repercussões drásticas ao nível da qualidade de vida, a par do aumento exponencial da sua incidência, faz com que seja uma das grandes problemática da atualidade. O evento pretende proporcionar um espaço de partilha de evidências científicas e experiências práticas neste âmbito, com vista à reflexão em torno de uma resposta mais integrada e atempada. O seminário versa aspetos relacionados com o conhecimento e compreensão desta realidade, mas também a partilha de intervenções inovadoras junto de pessoas com problemas de memória e demência, bem como com cuidadores.

cional da Saúde Mental, dr. Álvaro Carvalho. Neste primeiro dia do seminário decorrerá também a sessão de apresentação dos postéres submetidos. No segundo dia do evento (12 novembro), o programa contempla mais três painéis: “Experiências internacionais”, “Intervenção com tecnologias em pessoas com problemas de memória/demência” e “Intervenção em pessoas com problemas de memória/demência e familiares”. Relevo ainda para a realização de um segundo evento satélite de apresentação do projeto MAE – Movimento Arte Experiência. A sessão de encerramento e o anúncio dos vencedores do concurso de pósteres complementam o roteiro do seminário. O certame vai contar com cerca de 250 participantes: investigadores, docentes, profissionais das mais diversificadas áreas e estudantes do ensino superior. Para a professora Maria João Amante, responsável pela organização do seminário e docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu, “trata-se de um evento de grande importância para o IPV e para a região, quer pela pertinência e atualidade da temática, quer pela

Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

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DR. ADELINO BOTELHO chefe de serviço de clínica geral O programa inclui a participação de conferencistas nacionais e internacionais, provenientes de França, Reino Unido, Espanha e Alemanha, com mérito reconhecido nesta área. O dia 11 tem agendado a sessão de abertura – com a presença do Diretor Geral de Saúde, dr. Francisco George –, a realização de quatro painéis temáticos: “Conhecer e compreender I”, “Conhecer e compreender II”, “Intervenção centrada nos cuidadores” e “Intervenção centrada nas pessoas com demência” e do evento satélite “Projeto MentHA – Mental Health and Aging: bridging knowledge through generations”, que conta com a participação do Coordenador Na-

qualidade científica dos oradores nacionais e internacionais convidados, quer ainda pela oportunidade formativa para profissionais e estudantes. Permite ainda a difusão da investigação mais recente nesta área, e mais genericamente na área do envelhecimento, pela submissão de pósteres que serão avaliados por um júri. Os autores podem ainda submeter propostas de artigos para um número especial da revista Millenium – Journal of Education, Technologies and Health”. Joaquim Amaral

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10 Desporto

os riBeirinHos" organiZa magusto conViVio Para manter a tradição, a Direção do Grupo Desportivo "Os Ribeirinhos" vai realizar no dia 12 de novembro, com inicio às 15:00H o seu tradicional Magusto Convívio GDR / 2016. Este momento de convívio que vai reunir sócios / atletas e amigos do clube e vai decorrer no Largo da Sede, junto à Rotunda do Coval. Esta iniciativa faz parte do Programa de Atividades para 2016 do Grupo Desportivo "Os Ribeirinhos".

Os mais novos «ESCOLINHAS do RIBEIRINHOS» vão ter a oportunidade para visitarem a sede e com os seus olhos verificarem as muitas centenas de taças / troféus conquistados nestes cinquenta anos de atividade. Do programa elaborado para o efeito, que tem inicio às 15:00H com a receção aos convidados e visita à sede / instalações do clube. Pelas 16:00H tem inicio o Magusto Convívio GDR / 2016 e pelas 18:00H será a entrega de Material Desportivo - Fato de Treino + Polo aos atletas (seniores / veteranos) do Ribeirinhos. Para os mais novos, atletas das «ESCOLINHAS» o material desportivo será entregue, no mesmo dia, mas das 10:00H / 12:00Horas. A Direção do Grupo Desportivo "Os Ribeirinhos" agradece todo o apoio à Câmara Municipal de Viseu, Freguesia de Viseu, Beiracópia e Restaurante Apito do Árbitro. Caso as condições meteorológicas não permita a realização do convívio, o mesmo será realizado em data a anunciar oportunamente, mantendo-se a distribuição do Material Desportivo no mesmo sábado, mas das 15:00H às 19:00Horas. Olímpio Teixeira Coelho

Quinta-feira 10/11/2016

Ética no desporto e na vida Nos dias de hoje em que o homem cada vez mais se vê confrontado com situações que poem em causa os seus valores, torna-se pertinente discutir em todas as suas actividades as questões éticas. O desporto, como não podia deixar de ser, não escapa a esta realidade, quer seja através de atos isolados ou da própria configuração organizacional. Os líderes das grandes organizações desportivas, como por exemplo o Comité Olímpico Internacional e a FIFA, são hoje acusados de atos de corrupção e favorecimentos em troca de benesses. Quando os homens que ocupam os cargos de gestão são suspeitos de corrupção, pode-se ter a certeza que a própria atividade tem falta de moralidade e que os seus agentes não têm uma vivência ética. No entanto reconheça-se que estas pessoas não surgem do nada – fazem parte de um «aparelho» que os conduziu a estes lugares. Quando assim é, torna-se difícil a aplicação da ética no desporto. Mas não se pode desistir de o consagrar. Na verdade é consabido, que não existe desporto sem ética – será sempre outra coisa, mas não desporto. Assim, deve-se questionar sobre as vantagens efectivas dum desporto praticado e gerido com ética. E estas são relevantes para todos. O desporto que é também uma atividade económica de relevo, só pode obter benefícios com a criação e implementação de mecanismos de transparência nas suas decisões. Os princípios de ética são transversais a todos os agentes do desporto: praticantes, treinadores, árbitros, dirigentes, jornalistas, pais, empresários, espetadores, massagistas/médicos e entidades desportivas. No desporto os melhores saem mais vezes vencedores. O espetáculo desportivo é melhor e mais atractivo, se houver verdade desportiva e o público manifestar confiança nos resultados. Os patrocinadores aumentam quando acreditam que não há viciação nos resultados, uma vez que, as grandes empresas conhecem as vantagens de se aliarem ao desporto. O adepto vai ao espetáculo se puder ser acompanhado pelos seus e viver o jogo pelo jogo, torcendo obviamente pelo seu atleta, pela sua equipa. A comunicação social vende mais porque a atividade mobiliza mais público e desperta interesse. A TV paga mais pelos direitos, quando o espetáculo é de qualidade. Os políticos são bem-sucedidos ao proporcionarem uma vivência desportiva, em todas as suas vertentes aos seus concidadãos. A educação para a ética deve iniciar-se no 1.º ciclo escolar e depois no clube com a transmissão de valores éticos. A formação do jovem atleta deve ter sempre em conta a construção da sua personalidade, onde a preocupação com os princípios éticos é fundamental. Escusado será dizer que, o que o jovem aprende do comportamento ético no desporto, deve ser primeiro praticado. Aqui é grande a responsabilidade de treinadores, dirigentes, familiares e público em geral. É através do seu próprio comportamento que fazem com que o jovem se lembre dele para toda a vida. A relação (treinador/dirigente/adepto com o jovem atleta) pedagógica é uma função ética e deontológica que tem de ser assumida por todos os agentes envolvidos na formação desportiva.

GOLFE

torneio VinHos casa Da Ínsua O mau tempo vaticinado pelos me(n)teorologistas e que mais uma vez não se confirmou, fez com que um grande número de inscritos não comparecesse à prova dos Vinhos da Casa da Ínsua, a última da OM desta época do clube de Golfe de Viseu. A CASA DA ÍNSUA, outrora conhecida pelo “Solar dos Albuquerques”, terá motivado os dois “Albuquerques” em competição, pois o Luiz venceu a classificação gross, enquanto que o António Carlos se sagrava o melhor jogador viseense em net . O Luiz Albuquerque obteve 29 pontos, mais 2 que o José Santos e mais 4 que o António Albuquerque e João Navega, enquanto que na tabela abonada o convidado Silvério Nunes pulverizou toda a concorrência com 43 pontos, surgindo depois o António Albuquerque com 40, Manuel Cardoso 38 e António Araújo, Jorge Serra e João Navega todos 37. Nesta competição onde logicamente os vinhos da Casa da Ínsua foram amplamente degustados e apreciados, os prémios em disputa, ficaram assim entregues: Silvério Neves (1º convidado), Luiz Albuquerque (1º gross), Manuel Cardoso, Luís Chaves e José Ramalheira (venc. 2ª, 3ª e 4ª catª), António Araújo (1º sénior e nearest), Daniel Antunes (1º junior), Teresa Cabral (1ª senhora) e José Santos (longest drive). Álvaro Marreco

As verdadeiras questões éticas devem assumir uma relevância decisiva no desporto. Os valores que transmitimos na formação desportiva às crianças e jovens são transpostos para a vida. A legislação deve assegurar o comprometimento de toda a verdade desportiva. Os praticantes profissionais devem respeitar as regras do jogo e da competição, evitando a teatralidade com intuito de alterar a verdade desportiva. Os pais devem ter uma relação correta e cooperante com todos os outros agentes que intervêm no processo de formação do filho. Os treinadores devem ser o exemplo impoluto de que a qualidade e o trabalho, são as únicas ferramentas para se ser melhor e vencer mais vezes. Os clubes, dirigentes, árbitros, empresários devem proporcionar condições de uma prática/competição desportiva séria e verdadeira. O tratamento que inúmeros Meios de Comunicação Social (com maiúsculas!) dão ao desporto, fomenta a guerrilha e o ódio, premiando o «chico-espertismo». Alterar mentalidades para o exercício de condutas mais éticas leva tempo, e esse trabalho já devia estar a ser realizado, para assim criarmos adeptos mais exigentes e com o mínimo de … bom gosto! A falta de ética no desporto é uma prática que corrói, e vai acabar por destruí-lo no que tem de mais importante para oferecer: competição, amizade e cooperação. Quando agimos no interesse dos outros, o nosso comportamento em relação a eles é inevitavelmente positivo. O contrário também se aplica. NOTA: O Prémio Europeu «Fair Play SPIRIT Award 2016» atribuído pelo European Fair Play Movement, foi este ano ganho pelo Plano Nacional de Ética Desportiva. O « European Fair Play Movement », representa 42 países e diversas entidades e tem como objetivo divulgar e promover os princípios do Fair Play e a ética desportiva na Europa. Parabéns ao PNED – IPDJ, na pessoa do seu diretor José Lima, pelos projetos que desenvolvem.

vítor santos 2016©


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Diversos 11

Quinta-feira 10/11/2016

“ Honradez de um beirão ”

Do livro de

Aguente-se com o seu marido !

CAPITULO XVIII

Não lhe digo que não pague o que estipulou

servem de nada!

Fernando de Abreu caVaLo p´rÀ soBrinHa naquele centro hípico, como no da Visabeira, em

cobiçando as donzelas, sem deixar de rastejar,

Farminhão, nas proximidades do campo de golfe

mendigando a mulher do próximo.

dar à dona Purificação para ela continuar a bater

Oh, menina, por amor de Deus!

à porta de meninas com bons dotes, mas se és

O que quer dizer com isso...

e sempre que tinha disponibilidades não deixava

rico nem precisas deles, mas, antes, de uma mul-

Nada, Dona Purificação. ..

de ir assistir a Aveiro e ao Porto.

her que goste de si e lhe seja leal e o Tobias goste dela. Noto em si que é paz de alma e merece uma mulher que o faça feliz. Quanto a mim, o melhor é mesmo esquecer que eu existo e faça de contas que este encontro nunca aconteceu... Despediram – se para logo de seguida a Ana Maria ir encontrar a Dona Purificação na igreja a

Já falei com o Tobias, entendemos- nos perfeitamente.

Amélia Carriço nunca entrou em com-

delas a mais bonita adejando pousar no seu colo

petições, mas montava bem, com elegância e era

e receber beijos e experiências amorosas que, por

É um excelente rapaz, mas a resposta não foi

destemida. Toda esta atividade era feita em cava-

serem menores, desconheciam o doidivanas que

bem aquela que a dona Purificação, certamente,

los alugados, à hora, que aqueles centros tinham

ele era.

pretendia ou previa, mas tudo poderá acontecer,

para instrução e recreio.

quem sabe...

Numa delas, tinha autorização dos pais da

O seu marido Teófilo Chapinho nunca se im-

A seguir deu um grande suspiro de desafogo.

portou com aquilo que a esposa fazia nas suas di-

Estou morta por chegar à Quinta das Vergas para

versões, mas também nunca mostrou interesse na

respirar ar puro e fugir de vez desta mísera...

olhar para tudo, menos mostrar devoção e respeito imposto na casa do Senhor.

capituLo XViii

Ana Maria ajoelhou ao lado da bruxa e rezou, com fervor um pai nosso e Avé Maria.

Tinha dinheiro e um bom carro e as moças eram um verdadeiro enxame de borboletas, qual

caVaLo p´rÀ soBrinHa Ana Maria tinha o desejo em montar

por mera ostentação a Deus. È preciso praticar

mamífero perissodáctilo nativo das estepes, um

oração com sentimento.

cavalo de raça.

tando – se com a filha várias noites. Numa certa vez, a mãe desejosa por “ agarrar

compra de um cavalo que tanto ela desejava para

a presa”, entrou desta maneira: O senhor Teófilo

evitar em o aluguer e ao mesmo tempo ter mais

Chapinho é casado e anda a namorar a minha

carinho por um animal que fosse seu. Realisticamente, o marido Teófilo Chapinho

À saída, diz: - Sabe Dona! Não se vai à igreja

jovem em falar e pernoitar em casa deles, dei-

estava – se borrifando para o que a esposa fazia

filha que, apesar da diferença de idades, gosta muito de si, mas, como mãe, evidentemente, não quero que seja sua amante, ou a outra...

ou deixava de fazer.

- Dona Mariquinhas, disse muito bem, a sua

Era um bonito homem, tinha hábitos de sociedade, conversava bem, chegando mesmo, por

filha gosta muito de mim e eu, naturalmente, dela. Amamos nos, é sabido!

Na verdade, ao vê – la nesta capela a olhar

O” bichinho” pelos cavalos foi – lhe intro-

vezes, a ter um certo espírito nas conversas que

Acontece que, para me casar, preciso de me

para toda a gente, sem o mínimo de concentração

duzido pela Amélia Carriço que a levou ao Centro

mantinha quase todas como galã para raparigas

divorciar, e o meu casamento, com a Amélia tem,

religiosa, muito pior, longe, muito longe de qual-

Hípico de Viseu, para os lados de Mundão. As con-

de tenra idade. Mas, no fundo, todo ele não valia

como é sabido, os dias contados.

quer devoção, faz – me pensar e comparar uma

versas entre ambas acabavam, quase sempre, por

um tostão furado, para além de patranheiro, tinha

pessoa que tenha uma biblioteca com muitos e

bater em cavalos, conhecedora dos nomes dos

o defeito de ser muito enfatuado e vaidoso da sua

bons livros, mas, curiosamente , não aprendeu,

melhores em corrida e em saltos, como cavaleiros

beleza física e da sua distinção e, sobretudo, da

nem sabe ler...

que os montavam.

sua riqueza.

Na verdade, os livros de bons escritores, não

Não perdia competição que se realizasse

(continua)

Presunçoso como era, julgava – se um gato,

cicLo naturaL Da ViDa De uma mÁQuina Empolgado, quase encantado, ao recordar e viver um pequena fracção de uma vida passada, assaz ainda muito presente, minha memória acorda, se aviva, se projecta, trazendo-me até aos níveis do consciente, imagens pretéritas de uma actividade profissional, técnico criativo de máquinas industriais, passada entre energias e forças poderosas criadas por máquinas tão complexas como ruidosas, cuja finalidade era a destruição de materiais inertes, no caso particular as rochas calcárias,ricas em sílica, que deveriam ter como produto final , após diversas alterações, o gesso ou cimento. Recordo esses cilindros enormes,”rotay dryers” possuidores no seu interior de fortes esferas metálicas que rolavam e caíam sobre a pobre rocha, triturando-a, desfazendo-a, quase fazendo esquecer seu aspecto ou características originais, seu modo de estar na natureza, o habit, tudo sob a influência de uma onda de calor bem elevada, que corria livre no seu interior, para ir eliminando parte da humidade intermolecular. Depois, mais tarde, este material, levado por gigantes passadeiras mecânicas, rolantes, “screws” e ”belt conveyors”, já desnudado das suas características originais, era lançado em corpulentos fornos, “kettles”, que trabalham com temperaturas a rondar os 550ºC, para ser totalmente reduzido a partículas finas de pó para serem depois sugadas por “draw cleaners” ou “ dry cleaners”, máquina de sucção, que as levariam para os respectivos depósitos, “silos”, onde deveriam aguardar, de acordo com o programa geral estabelecido pelos computadores, preparados ou instruídos para esse efeito, ordens finais devidamente planeadas previamente pelos órgãos da produção. Antes, porém, esses produtos terão de receber e beneficiar, de acordo com os seus diferentes destinos de utilização, da incorporação de certos químicos de ajustamento, alguns dos quais com propriedades ou comportamentos catalisadoras, para lhes dar ou fornecer qualidades ou características próprias, mais objectivas face ao trabalho ou missão que lhes irá ser reservado ou destinado. E este ciclo mecânico se repetiu, noites e dias, por longos e longos anos, escondendo, aqui e ali, imperfeições, desgastes

vários, mecânicos e humanos e múltiplas alterações às características dos materiais e mesmo dos próprios e diferentes aços, tudo amadurecendo, nessa marcha infernal, tanto a nível material, como do corpo e alma!... E a máquina mecânica, ofegante, excitada, não poderia parar, já que isso iria ocasionar perdas volumosas, irrecuperáveis que, a vida material não indulta. Hoje, algumas largas dezenas de anos passados, sentado, pacificamente, na minha secretária, desfrutando do amor presencial de um tareco e de uma pequena e doce cachorrinha, amigos íntimos, sempre fiéis, exalto, quem sabe, meus derradeiros momentos de lazer, harmonia, paz e amor, desnudado ou divorciado de qualquer actividade profissional meditando, recriando e sonhando para tentar, neste ímpeto final, transformar a vida num berço de paz, numa fonte de amor inesgotável ou numa eterna poesia para embalar ou poder embalar sonhos e esperanças, por uma vida mais equilibrada, mais pura, mais precisa, mais humanidade, menos fria e material. Esta simples, mas complexa, máquina humana, criada por Deus, e que me foi dada perfeita e ajustada, começa hoje a ficar pesada, tentando arrastar-se e a tentar fugir ao impossível, ao seu desgaste natural, à sua total substituição, pois embora faça parte de uma unidade sagrada, um todo bem modelado e complexo, tem de se saber ajustar à relatividade temporal e compreender que ontem foi engenho perfeito e, hoje, já não o é, tal o desgaste e sacrifícios a que foi domada ou subordinada ao longo da sua já longa vivência ou existência. Por exemplo, tanto o meu coração, órgão altamente sofisticado, tal computador extremamente avançado, como o estômago, verdadeiro “kettle”, bem poderoso, na sua missão de continuamente dilacerar, destruir, alterar e transformar todos os produtos que lhe foram enviados, para os tornar ou transformar em alimentos desejáveis, bem adequados, após os quais faz transitar automaticamente para os intestinos, “screw conveyors”, onde serão devidamente qualificados e separados, uns incorporados na circulação sanguínea e os restantes natural-

mente eliminados, já se encontram nas fronteiras racionais da sua missão, sendo, hoje, o seu único combustível que os equilibra o Amor Universal. E esta máquina humana que considero avançada e perfeita, mostra, aqui e ali, sinais evidentes de desgaste profundo, de cansaço natural que está afectando os materiais originais, que já soltos ou folgados dão sinais de esgotamento e velhice, o que é bem natural, pois carecem de ser substituídas, ao fim de tão longo e ininterrupto fadário, se bem que é já possível proceder-se a algumas delas, em casos bem específicos. Até lá, como é racional, por se tornar humanamente impossível proceder-se à mudança de algumas partes afectadas ou à remoção de possíveis peças fundamentais da máquina, as mais avançadas ou sofisticadas, ter-se-à de aguardar com estoicismo e certa resignação este período ou estágio de ajustamento, de sofrimento, de esgotamento ou deterioração assinalável, que se irá apresentar tenuemente negativo e onde é impossível proceder a quaisquer alterações, simples ou mais sofisticadas, já que não existem, em armazéns ou oficinas, “workshops”, materiais de substituição e muito menos na Feira da Ladra a existência de quaisquer presumíveis stock, em segunda-mão. Tenho, sim, de continuar atento e vigilante a todo este complexo engenho humano, já que meus sonhos vão murchando, a alegria no rosto se vai dissipando e ocultando e o sorriso seca, se esvaece, nesta cavalgada final contra tudo e, mais propriamente, contra o tempo que corre, que passa, que voa!.... Há que fazer, agora e já, de um segundo uma hora, de um dia uma semana, de um mês uma eternidade com a ajuda e anuência do nosso mecânico, sempre ao nosso serviço, o Senhor Jesus. Só assim poderei viver e enfrentar, em paz e equilíbrio, esta última travessia do deserto.... António Pais da Rosa


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Presidente da República, em Viseu MONUMENTAL E RIQUISSIMA EXPOSIÇÃO DE PINTURA “Do Douro ao monDego: a pintura entre o renascimento e a contra-reForma Integrada nas comemorações do centenário da fundação do museu Nacional Grão Vasco, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado do Ministro da Cultura, Luis Filipe de Castro; da Diretora Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva e do presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, inaugurou a exposição Grão Vasco, “do Douro ao Mondego a pintura entre o Renascimento e a contrarreforma”, nas salas de exposições temporárias, no Paço dos Três Escalões, sendo Almeida Moreira, o primeiro diretor. Trata – se, com efeito, de uma parceria estabelecida entre o Museu Nacional de Arte

Antiga e o Museu Nacional Grão Vasco, da qual resultou um espaço de riquíssima qualidade, com obras de pintores falecidos, de prestígio mundial, qualidade que a classificação de , Museu “NACIONAL”, exige e obriga. Para tamanho êxito, houve toda uma maratona de boa – vontade de modo a que, na hora de Marcelo Rebelo de Sousa cortar a fita, tudo estivesse em perfeito esplendor de beleza decorativa para melhor envolver o enquadramento das raridades expostas de ambos os museus.

Após a visita científica explicada pelo vice-diretor do Museu de Arte Antiga, José Alberto Seabra a Marcelo Rebelo de Sousa, Agostinho Ribeiro, diretor do Museu Nacional Grão Vasco, fez diversos agradecimentos ao Presidente da República, Ministério da Cultura, Câmara Municipal de Viseu, para referir que, “ em cujo Município e Cidade, o agora secular Museu nacional Gão Vasco assenta as suas raízes, tanto fiscais, por estar localizado em pleno centro histórico da milenar cidade de Viseu, como simbólicas, pelo singular acervo que possui baseado na produção artística de excelência que em Viseu teve origem ou razão de existir, para be-

a sua marca produtora de cultura: desde o maior pintor do renascimento português, o celebrizado Grão Vasco que dá o nome ao museu, passando por todos os mecenas, doadores, artistas e artesãos que enriqueceram com as suas generosas dádivas, saberes, criatividade e percia técnica as fantásticas coleções que possuímos e expomos” recordou Agostinho Ribeiro para logo aproveitar

Por fim salientou o trabalho dos colaboradores do Museu Nacional Grão Vasco pelo excelente empenho e na entrega à causa maior que a todos motiva, nomeadamente Graça de Abreu Paula Cardoso e Alcina Silva, agradecendo nestas a todos os restantes membros da equipa de trabalho, para que o museu seja, em cada dia que passa, uma referência do património e da cultura

para salientar ser aquele ato da maior relevância para a construção da identidade nacional, como são as questões da cultura e do património artístico móvel , gostaríamos de sublinhar que é nossa convicção ser esta exposição uma das mais relevantes realizações do centenário do nosso museu, como contributo inquestionável que dá à história da Arte em Portugal, pela oportunidade única que generosamente nos concede ao reunir um notável conjunto de obras dos séculos XVI e XVII, em forma modelar como nunca antes tinha sido apresentada publicamente, para benefício dos estudiosos e fruição descomprometida de todos os amantes da cultura, da arte e do conhecimento”- concluiu.

viseense, à escala nacional e internacional. Seguidamente, usou da palavra o Ministro da Cultura.Luís Filipe de Castro e, por último, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que se mostrou encantado com o trabalho levado a cabo na exposição do Douro ao Mondego, tanto era o alto nivel cultural e ainda por revelar o que é a Pátria, sendo a cultura um conhecimento do Povo que deve ser passada aos vindouros na descoberta do passado Felicitou os envolvidos e elogiou Fernando Nogueira, do BCP, ao mostrar se verdadeiro mecenas da cultura pelo trabalho que tem feito em prol da cultura portuguesa

nemérita fruição de todos nós” Entrando propriamente no ato inaugural da exposição, Agostinho Ribeiro registou o profundo significado que tem o facto de o museu Grão Vasco passar a ter estatuto de equipamento cultural da maior relevância para a afirmação identidária nacional, tal como lhe tinha referido o Presidente da República, ao garantir que visitaria oficialmente o museu , por ser sua profunda convicção de que o papel do museu não podia deixar de ser dignificado, ao mais alto nível, em honra de todos os que por ali deixaram

Fernando de Abreu


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