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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLII - Nº 2124 - Quinta-feira 24 de Novembro de 2016 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído
FESTIVAL TINTO NO BRANCO BRINDA AO AMOR
“Viseu Habita” apoia 86 famílias Pág.3
Ricardo Pais recorda filmagens atribuladas do «Amor de Perdição» em Viseu
Viseu quer colocar “Tinto no Branco” a paixão proibida de Simão Botelho e Teresa Albuquerque, protagonistas do «Amor de Perdição», de Camilo Castelo Branco, mais do que uma vez, adaptado ao cinema. Entre 2 a 4 de dezembro, no Solar do Dão, o salão “Vinhos de Inverno” e o seu festival literário irão brindar ao Amor, tema escolhido para a segunda edição do certame. O programa romântico leva-nos ao encontro de Ricardo Pais, que interpretou Baltazar Coutinho (o mau da fita), no «Amor de Perdição» de Manoel de Oliveira. Memórias de “um grande estoicismo” e de Pág.10 “uma grande aprendizagem”.
Alunos de Turismo abrem museus na noite de 7 de dezembro
Pág.8 e 9
VI Festa da Castanha e do Mel de Lustosa – Ribafeita Pág 6
“Viseu insiste em não ter um teatro capaz” Pág. 9
Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres 25 de Novembro
Hospital de S. Teotónio terá unidade de radioterapia em 2017 Pág. 4
Esgotos a correr para o Mondego em Nelas Pág. 3
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2 Opinião
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Quinta-feira 24/11/2016
Violência contra as mulheres
Coisas & Loisas X
Por Vitor Santos
novembro 2016 quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com
Algumas do Senhor Calheiros
Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com
Por Álvaro de Meneses
PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de Outubro 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião .................................. ...............2 Sociedade...............................................3 Saúde................................ ....................4 Economia..............................................5 Destaque.............................................6/7 Cultura................................................8/9 Educação.............................................10 Desporto..............................................11
Os números sobre a violência contra as mulheres têm vindo a aumentar assustadoramente. Tendo em conta a importância deste tema e sua relevância social, justifica-se uma intervenção rápida e eficiente, através da criação e desenvolvimento de políticas públicas que combatam este flagelo, assim como proporcionar uma assistência mais adequada às vítimas desta violência, além de uma maior proteção. Todo e qualquer ato que afete a integridade física e psíquica da mulher, além de constituir uma flagrante violação aos direitos humanos é uma covardia – um crime público. O silêncio da mulher ao longo dos tempos – por várias e diferentes razões, permitiu que estes atos ficassem impunes. O impacto da violência afeta a mulher - refletido nos sentimentos de insegurança e impotência, a família direta – filhos e pais, até suas relações com o meio social e laboral fragilizadas em decorrência da situação de silêncio e isolamento. O medo toma conta da vida destas mulheres e as ameaças de morte e/ou a guarda dos filhos são constantes e contribuem para o seu crescimento. A ideia que a violência contra as mulheres resulta da mentalidade que define a condição feminina como inferior à masculina é obsoleta e desfasada do tempo. Estamos no século XXI e a violência aparece mais cedo e a mudança de atitudes, nestes assuntos, está em retrocesso. A culpabilização das novas tecnologias para a ocorrência destes casos, não se justifica, e é retrógrada. A culpa é da estupidez humana! O corpo da mulher não é «saco» de pancadas! Não podem as autoridades deixar de intervir nestes casos e reforçar as capacidades institucionais e a educação e formação do público em geral em assuntos de violência contra a mulher. O problema da violência contra a mulher é um problema de todos e a sua eliminação requer ação incluindo os seus perpetradores. O Ser Humano tem de fazer jus à sua condição: humano. Respeitar o próximo, dar-se ao respeito – para ser respeitado! Vale para toda/os. Pactuar com a violência é que nunca. O Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres celebra-se todos os anos a 25 de novembro. Esta data visa alertar a sociedade para os vários casos de violência contra as mulheres, nomeadamente casos de abuso ou assédio sexual, maus tratos físicos e psicológicos. Em média, uma em cada três mulheres é vítima de violência doméstica. Pintura de Paulo Medeiros
O Senhor Gonçalo Bandeira da Gama Calheiros era pessoa nutrida, bastante fora dos cânones da elegância apolínea, pelo que as gentes de Viseu lhe prantaram a alcunha de “Calheiro Gordo”. Filho do Senhor “Calheiros das Barbas”, já por mim referido numa destas croniquetas sobre figuras típicas viseenses, herdou dele a graça de espírito, temperando-a, porém, com algum excesso de sal e pimenta. Usava chapéu de abas derrubadas, um tanto “à estroina”, e movia-se pesadamente porque os seus cento e muitos quilos não lhe permitiam ligeirezas de alvéola nem de libelinha. Pertencente a uma das famílias mais fidalgas do País, dava o cavaquinho por acamaradar com quem apreciasse umas boas petisqueiras, regadinhas por uns quartilhos da boa pinga cá da região. Fumava cachimbo e jogava razoavelmente o xadrez, dando-me a honra de o defrontar nas lides escaquísticas, com lugar no Café Santa Cruz, na mesinha que habitualmente ocupava, junto à vitrina. Desportivamente, aceitava os meus xeques-mates com o mesmo sorriso bonacheirão que tinha quando me ganhava. Chegando-lhe os azeites, a bonacheirice simpática desaparecia-lhe e a sua língua afiava-se como naifa de esfolador de cabritos. Uma vez, entrou o Senhor Calheiros num dos bancos da Rua Formosa, para tratar de um qualquer assunto. Os funcionários, como ainda hoje muitas vezes acontece, nem sequer os olhos levantaram dos jornais que estavam a ler. Gonçalo Calheiros, de pé, encostado ao balcão, esperou calmamente que reparassem nele. Em vão. O pessoal bancário continuou entregue à leitura. O Senhor Calheiros tossicou, para se fazer notar. Nada! Já de mostarda a chegar-lhe ao nariz, continuou a esperar, repetindo o sinal de presença com fortes tossidelas, que nem tísico em último grau. Moita-carrasco! Era de um homem não aguentar mais: - Então não há aqui o filho de uma cabra que me venha atender?!! – vociferou com voz de trovão. Levantou-se todo o pessoal. - Ora essa! – exclamou o terrível Calheiros – Nunca pensei que houvesse tantos!... Pesadão, como era, dava o Senhor Calheiros na vista. Numa terça-feira (dia de feira em Viseu), passava ele pela Rua Direita, quando umas moçoilas, armadas à engraçadinhas, exclamaram, ao vê-lo: - Ai que grande pipa! - E ainda as meninas não apalparam o batoque!... – ripostou, rápido, o Senhor Calheiros. Numa outra ocasião, de bexiga apertada, teve o Senhor Gonçalo Calheiros de ir verter águas ao toro de uma árvore do Jardim de Santa Cristina. Por baixo do saliente abdómen, o “batoque” esguichava como bica de fonte em dia de enxurrada. Dois pequenitos, que por ali brincavam, observaram a cena e um deles comentou: - Ena, que grossa pilinha a daquele senhor! Gonçalo Calheiros, satisfeito na sua vaidade masculina, chamou o catraio e, tirando cinco coroas do porta-moedas, entregou-lhas e disse: - Toma lá, para ti e para o teu amigo, que viram uma coisa que eu, com esta barriga, já não vejo há mais de trinta anos!...
(Texto publicado no Notícias de Viseu em 7 de Novembro de 1996)
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Viseu 3
Quinta-feira 24/11/2016
“Viseu Habita” apoia 86 famílias Oitenta e seis famílias carenciadas de Viseu serão apoiadas com um financiamento superior a 550 mil euros, no âmbito do programa municipal ‘Viseu Habita’. A medida foi aprovada por unanimidade, na reunião do executivo camarário, de 17 de novembro. Cada família irá receber uma comparticipação máxima de cinco mil euros. Nos casos de maior carência e precariedade poderão beneficiar de mais 8.300 euros de financiamento (no âmbito do Viseu Solidário), que poderão represen-
tar os 100 por cento do custo da obra. O vice-presidente da Câmara de Viseu, Joaquim Seixas, explicou que os agregados das famílias a apoiar são compostos por 180 pessoas, dos quais 70 são idosos e 22 são menores. O montante de financiamento é de 554 mil euros, no entanto, o investimento nas habitações será superior aos apoios camarários, prevendo-se que a reabilitação das 86 habitações ultrapasse o milhão de euros.
Com estas obras, que deverão ser realizadas no prazo obrigatório de um ano, as habitações ficarão dotadas de melhores condições de habitabilidade, higiene, segurança e conforto. O programa municipal Viseu Habita destina-se a apoiar a qualificação de habitações de famílias carenciadas em estado de precariedade, construídas antes de 1970, e em regime de habitação própria ou arrendamento. Uma mesma casa não pode beneficiar de mais do que um apoio munici-
pal num período de dez anos. A reunião do executivo camarário serviu ainda para aprovar uma linha de apoio específica à reabilitação de habitações degradadas de famílias numerosas do concelho, com três ou mais dependentes. Neste caso, as habitações poderão ter data posterior a 1970 e o apoio municipal terá um incremento das comparticipações em 20 por cento face aos montantes previstos no programa municipal “Viseu Habita”.
Parque Arbutus do Demo distinguido O Parque Botânico Arbutus do Demo foi distinguido pelas entidades Turismo Centro de Portugal e QUERCUS, como um dos projectos emblemáticos do concelho de Vila Nova de Paiva e, seguramente, um dos mais importantes e significativos entre os desenvolvidos nas últimas décadas. Este espaço, instalado nos terrenos do antigo Viveiro Florestal de Queiriga, acolhe mais de um milhar de diferentes espécies botânicas, dispostas por famílias, usos etnobotânicos e industriais, propriedades medicinais e características aromáticas. Aqui podem ser admiradas desde as pequenas briófitas às gigantescas Sequoia sempervirens, numa notável harmonia estética e ambiental.
O Arbutus do Demo assentou numa estratégia de reconstrução fiel da paisagem natural e antropogénica das terras altas do Paiva. Um conjunto de edifícios perfeitamente integrados no parque e adaptados às novas funcionalidades, respeitando a arquitetura original, constituem pólos de desenvolvimento de atividades técnico-científicas, culturais e artísticas relacionadas com este espaço. Durante o ano, o parque acolhe diversas atividades desenvolvidas para diferentes públicos, desde campos de férias, visitas de estudo, encontros micológicos, provas de infusões de diversas espécies aromáticas e medicinais, entre outros.
seguem de forma gravitacional por uma vala aberta pelos esgotos, para uma linha de água que culmina no rio Mondego. A intervenção dos Verdes decorre de uma visita ao local, após uma denúncia da população da freguesia de Lapa do Lobo. Foi possível constatar que “as águas residuais da rede de saneamento
após rececionadas em duas fossas séticas são rejeitadas a céu aberto, quer num terreno inculto, quer junto a um caminho florestal”. No local “para além de serem visíveis os esgotos a céu aberto, de cor acinzentada e gordurosa, foi possível constatar um cheiro intenso e nauseabundo, assim como inúmeros insetos, na envolvente,
que derivam aparentemente desta situação”, alertam. Entre outras perguntas, o grupo parlamentar quer saber que medidas estão a ser tomadas no imediato para resolver o problema e se está previsto encaminhar os efluentes das fossas sépticas para alguma ETAR já existente ou a construção de uma pequena ETAR.
Bombeiros Voluntários traçam estratégia futura Procurar soluções financeiras para obras de remodelação do Quartel, com novos espaços para camaratas femininas, novo refeitório e espaços para formação, é um dos muitos propósitos inscritos na moção de candidatura aos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, para o triénio
2017-2019. A lista, apresentada dia 21 de novembro, surge na sequência do mandato anterior, mantendo quase todos os seus elementos, designadamente, António Tomás da Costa, na presidência da Direção, Valdemar Freitas, na presidência da Mesa da Assembleia Geral, e José Alberto Costa Ferreira, na presidência do Con-
selho Fiscal. Os sócios subscritores da moção apresentam-se como uma equipe experiente, motivada e também apoiada na maior valia de alguns novos elementos. Para o novo mandato, segundo a moção, traçam vários objetivos estratégicos, no sentido de “criar condições para o cada vez melhor funciona-
mento do Corpo de Bombeiros Voluntários de Viseu” e de “continuar a percorrer um caminho de seriedade, transparência e dignificação do bom nome da Associação que desde há 130 anos se mantém como referencial da Proteção Civil no nosso concelho, no nosso Distrito e no nosso País”.
“Exercício MARTE 16” em Mangualde O 2º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Rodas/ NATO Response Force 2016 (2BIMecRodas / NRF2016) está a realizar, em Man-
gualde, desde o dia 22 até dia 30 deste mês, o designado “Exercício MARTE 16”. Trata-se da execução de uma “Operação Ofensiva” e
Amanhã, 25 de novembro assinala-se o "Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres". Neste âmbito, o Instituto Piaget de Viseu promove, hoje (dia 24), pelas 9h30, o Seminário "Rostos da Violência: O Lado feminino. Aspectos Psicológicos da Violência”, em colaboração com a Unidade de Investigação em Educação e Intervenção Comunitária (RECI). A iniciativa tem lugar no Anfiteatro 1, no Campus Universitário de Viseu e visa criar uma base de reflexão sobre as questões da mediação em situações de violência contra as mulheres, tendo por base as diferentes abordagens teóricas e práticas sobre este fenómeno.
Candidaturas para habitação até fim do ano
Esgotos a correr para o Mondego O deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre esgotos a correr a céu aberto, há vários anos, sem qualquer tratamento na freguesia de Lapa do Lobo, município de Nelas, os quais
Seminário "Rostos da Violência”
posteriormente uma “Operação de Estabilização”, em locais como os Bombeiros Voluntários de Mangualde, em Tibaldinho, na Fregue-
sia de Alcafache, na zona da Cunha Baixa e na União de Freguesias de Tavares, na aldeia de Corvaceira e no Monte do Bom Sucesso.
A empresa municipal de habitação – Habisolvis – já lançou a terceira fase do concurso para atribuição de habitações em regime de arrendamento e a preços condicionados no Centro Histórico de Viseu. Os interessados devem formalizar a sua candidatura até 30 de dezembro. Os apartamentos que retomam a concurso são dois T2 e um T3 na rua Direita. Relativamente à segunda fase, a habitação T3 sofre uma redução de 20% no valor da renda, representando um abate mensal de cerca de 45 euros.
Daniel Bessa em Mangualde Daniel Bessa estará em Mangualde, no próximo dia 30 de novembro, para falar de «Portugal e o Futuro». O economista aceitou o convite da presidente da Assembleia Municipal de Mangualde, Leonor Pais, e do presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, para proferir uma conferência que fale um pouco dos nossos dias, a atualidade, e daquilo que se perspetiva para o futuro.O encontro está marcado para as 21h00 no auditório da Câmara. A entrada é gratuita, mas a confirmação de presença é obrigatória até ao dia 28 de novembro.
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4 Saúde
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PRESIDENTE DA CÂMARA SAÚDA COMPROMISO DO GOVERNO
Unidade de Radioterapia em 2017 no Hospital de São Teotónio Unidade melhorará significativamente o acesso de centenas de doentes oncológicos por ano a estes cuidados de saúde, assim como a sua qualidade de vida e bem-estar físico e psicológico, evitando deslocações longas e penosas. A notícia tão esperada chegou dia 15 de novembro: o Ministério da Saúde vai avançar com a instalação de uma Unidade de Radioterapia no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, que poderá servir toda a região das Beiras. Adalberto Campos Fernandes anunciou, na comissão parlamentar no âmbito do Orçamento de Estado 2017, que a unidade será instalada no próximo ano no Hospital de S. Teotónio. O presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, expressou de imediato a sua satisfação e saudou o compromisso público do Governo, o qual responde “a uma necessidade premente destes cuidados de saúde na cidade-região e a um forte apelo das suas principais instituições e da sociedade civil”. Num comunicado enviado à comunicação social, o autarca realça que “esta é a prova de que uma voz forte, coletiva e solidária na região produz bons efeitos”. O Presidente da Câmara manifesta “disponibilidade para uma parceria que permita viabilizar, no mais curto espaço de tempo, este importante serviço de saúde”. Almeida Henriques acrescenta que a Unidade de Radioterapia do Hospital de São Teotónio melhorará significativamente o acesso de centenas de doentes oncológicos por ano a estes cuidados de saúde, assim como a sua qualidade de vida e bem-estar físico e psicológico, evitando deslocações longas e penosas. No seu entender, “a decisão confirma ainda o reconhecimento da importância do Centro Hospitalar da região, cuja área de influência abrange aproximadamente meio milhão de pessoas”. Almeida Henriques saúda ainda o ministro da Saúde, Adalberto Campos
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Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)
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ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO Fernandes, pela decisão de investimento no alargamento do serviço de Urgências do Hospital de São Teotónio, dando resposta positiva ao cresci-
mento do número de utentes à escala regional, que se situa atualmente no número de 170 mil por ano, um dos mais elevados do país.
Deputados do PSD reagem: “Suum cuique tribuere” Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu consideram, em comunicado enviado à imprensa, que “todos os investimentos apregoados correspondem à lista das prioridades definidas e aprovadas pelo anterior Governo do PSD/CDS, através da ARS Centro, onde se inclui a ampliação da urgência do Centro Hospitalar Tondela-Viseu e a reabilitação da extensão do centro de saúde de Cabanas de Viriato; as Unidades de Saúde Familiares de São João de Areias (Santa Comba Dão) e Casa das Bocas (Viseu); e as extensões de saúde de Lamas (Sátão) e de Campo de Besteiros (Tondela)”. “Suum cuique tribuere”, reclamam em latim.”O seu a seu dono!” traduzem. Para o PSD, o mais importante era que o ministro da Saúde tivesse anunciado o compromisso orçamental correspondente a cada investimento e o calendário de execução de todas as obras. Quanto à instalação da Unidade de Radioterapia, os deputados do PSD dizem estar “satisfeitos” pela vontade política demonstrada, mas dizem que “a única decisão conhecida, nesta matéria, é de natureza técnica e por parte da Entidade Reguladora da Saúde e proposta do atual Conselho de Administração”, não sendo conhecida, por parte do Governo, “qualquer decisão, despacho ou deliberação”. O PSD congratula-se e saúda o ministro por não haver encerramento de nenhuma extensão de saúde no distrito, “salvaguardado, assim, os interesses dos utentes e apostando numa política de proximidade”.
Saúde de proximidade debatida em Tarouca Entre os investimentos realizados nesta área, destaca-se o funcionamento da Unidade Móvel de Saúde de Tarouca e a integração de um enfermeiro nesta viatura A Câmara Municipal de Tarouca promoveu, no dia 18 de novembro, no Auditório Municipal Adácio Pestana, em Tarouca, um debate sobre a Saúde Local, com o intuito de informar e elucidar a população sobre os serviços e valências de que dispõem ao nível dos cuidados de saúde primários prestados localmente, bem como auscultar e esclarecer os seus principais anseios e apreensões nesta matéria. A iniciativa contou com as intervenções do presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Valdemar Pereira, do presidente da Assembleia Municipal, Domingos Nascimento, do coordenador da UCSP - Centro de Saúde de
Drª. M. Lurdes Botelho
Tarouca, Simões de Carvalho, e do diretor executivo do ACES - Agrupamento de Centros de Saúde do Douro Sul, Rui Dionísio. Nas suas alocuções, os oradores deram nota dos investimentos realizados no domínios das infraestruturas de saúde, no sentido de garantir um serviço de proximidade em benefício da população do concelho e da sua qualidade de vida, a que se seguiu um espaço de debate e esclarecimento da inúmeras questões colocadas pelos presentes. Recorde-se que, não obstante de não se tratar de uma área da responsabilidade direta da autarquia, têm sido
inúmeros os investimentos realizados nesta matéria, tais como, e a título de exemplo, o funcionamento da Unidade Móvel de Saúde de Tarouca e a integração de um enfermeiro nesta viatura, o qual presta um conjunto de cuidados primários que são de valor incalculável para quem os recebe, bem como a realização semanal de transporte de doentes que não possuem recursos para efetuarem os seus tratamentos no IPO, entre outros.
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Economia 5
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Produção de mirtilos em Penedono distinguida por Centro de Frutologia
Mais de 20 mil visitantes no Mercado Magriço
Jovem empreendedor é farmacêutico de profissão É na região de Penedono, distrito de Viseu, que Gil Silva vai instalar o seu pomar com mais de 15 hectares. Até 2020, pretende estar a produzir um total de 12 toneladas de fruta. Farmacêutico de profissão, com 27 anos, Gil Silva decidiu candidatar-se com uma instalação de mirtilos, que se destacou pela elevada sustentabilidade do projeto. Foi, por isso, um dos projetos vencedores da Academia 2016 do Centro de Frutologia Compal. Ana Pacheco, Carlos Matos e Gil Silva foram os empreendedores distinguidos pelos seus projetos inovadores com bolsas de instalação de 20.000€. Depois da participação naquela que é já uma formação de referência a nível nacional, os três empreendedores viram o seu trabalho e projetos distinguidos pelo júri da Academia, composto pela Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA) e Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP). É na Herdade da Galeana, em Messejana – Aljustrel, uma exploração familiar que partilha com o irmão, que Ana Pacheco vai insta-
Trio vencedor lar o seu pomar de romãs, com um total de 7 hectares. Carlos Matos, nascido e criado no Porto, escolheu a região do Fundão para instalar um pomar de Cerejas, com cerca de 6 hectares, por ser uma zona privilegiada para a produção desta fruta. Gil Silva, como acima referimos, aposta numa instalação de mirtilos, em Penedono. De acordo com José Jordão,
Presidente do Centro de Frutologia Compal, “com esta iniciativa temos tido a satisfação de contribuir ativamente para reforçar a geração de futuro da fruticultura em Portugal. Através da transferência de conhecimento crítico ao nível da gestão e da fruticultura, da partilha das melhores práticas agrícolas e da criação de um ambiente propício ao desenvolvimento de novas parcerias e criação de novos proje-
tos, fomentamos a colaboração e a inovação.” A Academia do Centro de Frutologia Compal foi criada em 2012 com o objetivo de estimular a inovação no setor frutícola nacional, levando os empreendedores do sector a ver o pomar e o negócio com os olhos dos gestores agrícolas do futuro.
Lâmpadas LED iluminam Mangualde A Câmara Municipal de Mangualde estabeleceu um acordo com a EDP Distribuição para a substituição das lâmpadas de mercúrio, utilizadas na iluminação pública de algumas freguesias do concelho, por lâmpadas de tecnologia LED. Na formalização do acordo marcaram presença o presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, o vereador da autarquia, João Lopes, e os engenheiros da EDP, Garcia Mendes e Carlos Peres. Este acordo, sem custo para o município, permite uma poupança
de 50% no consumo de energia nos referidos postes, além de permitir economizar em gastos com manutenção. Até ao final do ano vão ser substituídas 300 luminárias no concelho. As lâmpadas de mercúrio contêm metais pesados prejudiciais para o meio ambiente. O LED não possui esses metais e possui uma alta durabilidade que permite diminuir a quantidade de lixo produzido. Ao consumir menos energia, diminui ainda drasticamente a quantidade de CO2 emitida na atmosfera.
S. Pedro do Sul já tem terreno para novo parque empresarial O Município de S. Pedro do Sul já assinou a escritura de aquisição do terreno para a instalação do novo Parque Empresarial de Pindelo dos Milagres. São mais de 100 mil metros quadrados que vão receber este projeto constituído por duas fases, a primeira por 10 lotes e a segunda por 20 lotes, representando um investimento de mais de 1,7 milhões de euros. Já se encontram a decorrer as
obras de colocação das condutas de água para abastecimento do futuro Parque Empresarial, prevendo-se que a empreitada inicie no decorrer do próximo ano. A autarquia pretende assim criar uma área empresarial devidamente estruturada, que permita concretizar o forte potencial de crescimento no concelho, correspondendo a um anseio demonstrado pelos empresários e industriais da região.
Penedono recebeu a 7ª edição do Mercado Magriço, iniciativa promovida pela autarquia, que contou com a presença de mais de 20 mil visitantes e 132 empresários e produtores que, ao longo dos três dias do certame, mostraram o que de melhor se produz na região. Sob o mote “Fomentar o empreendedorismo e valorizar as iniciativas locais”, a edição deste ano do Mercado Magriço, segundo a organização, reforçou a sua missão de montra das principais atividades comerciais, artesanais pecuárias, agrícolas e industriais do concelho, proporcionando aos intervenientes um espaço de negócio e divulgação dos seus produtos. A par da exposição, o evento contou com inúmeras atividades lúdicas e espetáculos musicais promovidos pelas diversas coletividades que promoveram o património cultural e as tradições da região. Um dos pontos altos da sétima edição do Mercado Magriço foi o Concurso de Ovinos e Caprinos, que decorreu sob a orientação da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, e no âmbito do qual foram submetidos a avaliação 162 animais das raças Fina, Exótica, Churra e Serrana.
Sátão atrai milhares na Feira do Míscaro O Município de Sátão levou a cabo, com sucesso, a X edição da Feira do Míscaro, tendo recebido milhares de pessoas, entre turistas, visitantes, especialistas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores e compradores de míscaros. O programa foi completado com várias atividades. Além da prova de míscaros, de pão e vinho do Dão, restaurantes com pratos confecionados com míscaros, teve lugar o tradicional magusto de S. Martinho. “Conheça o Sátão e apanhe Pokémons” e a atuação da grande artista Rosinha e da Contituna contribuíram para animar a festa.Em jeito de balanço, a autarquia considera que “Sátão, a Capital do Míscaro, continua a oferecer a todos os satenses e visitantes um certame já com tradição, onde o Míscaro e uma vasta oferta cultural e gastronómica proclamaram a Arte de Bem Receber das gentes de Sátão”.
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Destaque VI FESTA
DA CASTANHA E DO MEL DE LUSTOSA
Quinta-Feira 24/11/2016
DO LAVRADOR AO CONSUMIDOR SITUAR MERCADO NAS ORIGENS COM PRODUTOS ENDÓGENOS LOCAIS Nos tempos que correm, o modo de vida das pessoas, por diversos fatores, tem sofrido profundas alterações envolvendo a politica, economia, cultura, demografia, tecnologia e a área social. Anos atrás, realizavam-se feiras e mercados, bastante concorridos, em quase tudo quanto era sítio para vender, trocar e comprar, desde os produtos agrícolas, aos animais. Tal como aconteceu na VI Festa da Castanha e do Mel de Lustosa Ribafeita, estes mercados são, sem dúvida, uma mais valia para os habitantes rurais, que, noutros tempos, sem sair de casa, tinham à sua porta compradores para os produtos que cultivavam e cria-
vam: como o suíno, a vaca, entre outros para abate. Hoje, a política proibe que haja animais à venda nos mercados, a economia criou centros comerciais protegidos pelos sucessivos gover-
nos que levaram ao encerramento das mercearias, enquanto os mercados nas freguesias rurais começam a rarear pelo esquecimento que há em relação aos mais pequenos agricultores e criadores. =>
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Entidades comprometeram-se a apoiar Na VI Festa Anual da Castanha e do Mel, que se realizou na povoação de Lustosa, freguesia de Ribafeita, concelho de Viseu, foram os expositores e vendedores a sentirem a necessidade de se realizar um mercado trimestral para que possam escoar produtos endógneos, para um público consumidor que não quer comprar gato por lebre. Armindo Amaral, sentindo ‘in loco’ a vontade dos participantes, transmitiu a ideia de tornar trimestral o certame, ao presidente da Junta de Freguesia, Custódio Ferreira. A festa contou também com a presença do vereador António Guilherme que, em nome do Município, se comprometeu a criar as condições para dar satisfação ao anseio das populações.
É de registar uma grande afluência de visitantes, num total de cerca de um milhar de pessoas. No programa de animação participaram o Grupo Folclórico Verde Gaio, de Lordosa, e a Tuna da Confraria Saberes e Sabores “Grão Vasco” de Viseu. Pela primeira vez estiveram presentes na festa 36 utentes/residentes do lar de idosos e 22 do Centro de Dia da mesma ins-tituição. Os objetivos da Feira são promover os produtos locais e criar mais-valias que levem à dinamização da economia local, o que consequentemente, promoverá a criação de postos de trabalho, a fixação dos jovens e o combate à desertificação do interior. A 6ª Feira da Castanha e do Mel de Lustosa é promovida pela Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Lustosa, em parceria com a freguesia de Ribafeita, sendo que este ano não contou com o apoio do Município de Viseu.
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Festival Literário “Tinto no Branco” de 2 a 4 de dezembro
OS AMORES QUE OS VINHOS DÃO Muito já foi dito e escrito sobre a relação entre vinho e o amor. Mas Viseu quer ir mais longe, colocando “Tinto no Branco” a paixão proibida de Simão Botelho e Teresa Albuquerque, protagonistas do romance «Amor de Perdição». Entre 2 a 4 de dezembro, o salão “Vinhos de Inverno” e o seu festival literário “Tinto no Branco” – organizados pelo Município de Viseu e pela Viseu Marca – irão brindar ao Amor, tema escolhido para a segunda edição do certame. A obra «Amor de Perdição» de Camilo Castelo Branco, cuja narrativa acontece em boa parte na cidade
Presidente da Câmara do Porto à conversa com Almeida Henriques A abertura do “Tinto no Branco” colocará à conversa Almeida Henriques e Rui Moreira, presidentes das câmaras municipais de Viseu e Porto, na companhia de Francisco José Viegas. Os “amores às cidades”, às suas histórias e ao seu futuro, são o tema do momento. A leitura de poesia no quarto escuro regressa depois de lotação esgotadíssima em 2015. Desta vez apelidada de “Amor às cegas”, traz as vozes de Filipe Vargas, Luís Filipe Borges, Mariano Marovatto e Sónia Balacó, na noite de sexta, às 23 horas. A conversa “Tomai todos e bebei” e o espetáculo de poesia “Missa Mal Dita” marcam o dia de sábado. A primeira traz a Viseu o escritor e jornalista António Marujo, o poeta Daniel Jonas e o escritor e tradutor da Bíblia Frederico Lourenço. De seguida Renato Filipe Cardoso serve poesia satírica e humor. Para os mais novos haverá espetáculos juvenis, sessões de magia e um ateliê de ilustração por Paulo Galindro. Para a manhã de domingo, está marcado no calendário um passeio no comboio turístico por Viseu com um guia especial: Joel Cleto. O cartaz musical dos “Vinhos de Inverno” apresenta-se em 2016 reforçado. Os charmants Lucky Duckies darão um espetáculo na noite de abertura. Outros nomes como Francisco Cappelle, Soul Orquesthra ou Carlos Viçoso sobem também ao palco das tendas Tinta e Branca instaladas nos Jardins do Solar. O “Vinhos de Inverno” terá ainda duas Dão Parties, nas noites de sexta e sábado, a primeira com Jonny Abbey e a segunda com a DJ Rita Mendes.
vinhateira do Dão, será resgatada da memória e servirá de mote a diversas conversas literárias, bem como aos espetáculos de poesia e stand-up literário incluídos na programação. Leituras encenadas - A convite do Município, o Teatro AFTA - Projeto OFF dará vida ao romance de Camilo, em diversos locais da cidade, nos oito dias que antecedem o arranque do evento. Em múltiplas intervenções de surpresa, a companhia fará leituras encenadas do romance de Camilo. Este serve ainda de mote para re-
cuperar outros amores perdidos de Viseu e do país neste festival. Filmes e fotografias - Da programação faz parte o lançamento da edição comemorativa em DVD dos primeiros dois filmes sobre Viseu, da autoria de Almeida Moreira e de Amélia Borges Rodrigues e datados dos anos 30 do séc. XX, assim como a apresentação de uma obra sobre a criação fotográfica quase secreta de Domingos Alvão sobre três regiões vinhateiras – entre as quais a do Dão – na primeira metade do séc. XX, autoria de Manuel Carvalho.
“Filmes e fotografias foram atos de amor à cidade de Grão Vasco e ao Dão, tal como estas edições são também, por sua vez, um ato de amor ao património, ao cinema e à fotografia”, refere a organização. 30 escritores - Participam do evento 30 escritores, entre romancistas, poetas, historiadores e ensaístas. Ao todo, o salão “Vinhos de Inverno” e o seu festival literário apresentam-se com 40 momentos de programação ao longo de três dias, entre conversas e espetáculos literários, provas de vinhos e sabores do Dão, ateliês artísticos, ap-
resentações de livros, workshops vínicos, Dão parties, concertos e muita animação musical. Para o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, “Viseu será nestes dias a cidade vinhateira mais apaixonante do país. Este que é o evento de charme de Viseu voltará a reanimar o Solar quinhentista do Vinho do Dão, a reacender as suas lareiras, e a desafiar população e visitantes a apaixonarem-se pela nossa cultura, pelas estórias e os sabores de Viseu no Inverno.”
RICARDO PAIS RECORDA BALTAZAR COUTINHO A romântica temática do Festival Literário Tinto no Branco leva-nos ao encontro de Ricardo Pais, que, há 40 anos, foi Baltazar Coutinho (o mau da fita), no «Amor de Perdição» de Manoel de Oliveira. O seu testemunho aviva a memória e aguça a vontade de ver ou rever um filme mal-amado e pouco conhecido do público português. Ainda é tempo.
“É tempo de lhe abrir o coração…”
Ricardo Pais tinha cerca de 34 anos – “já estava fora de prazo”, diz o próprio -, quando interpretou a personagem de Baltazar Coutinho, no filme Amor de Perdição, de Manoel de Oliveira. Não foi a primeira escolha. Um dos assistentes de direção de Manoel de Oliveira lembrou-se da sua pessoa, depois de Luís Miguel Sintra ter rejeitado o papel, conta Ricardo Pais ao Notícias de Viseu. Miguel Sintra teria preferido representar Simão Botelho, personagem principal, para cuja interpretação fora escolhido o então jovem e inexperiente ator António Manuel Sequeira Lopes. Nessa altura, mais precisamente em 1976, Ricardo Pais era professor de Direção de Atores na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, funções que exerceu entre 1975 e
1983. Como professor, tinha a paixão de ensinar, mas, mais ainda, estava ávido de aprender. Baltazar Coutinho permitir-lhe-ia uma grande aprendizagem, junto de um grande mestre do cinema. Manoel de Oliveira tinha, então, 68 anos, vários filmes realizados (AnikiBobó, Acto da Primavera, O Passado e o Presente, Benilde ou a Virgem Mãe) e uma inquietação criativa permanente que, cremos, o acompanha na eternidade. “Tinha quase a idade que eu tenho hoje e é bom ver que um homem, mesmo com esta idade, consegue, ainda, ser tão ingénuo, tão criativo e inovador”, observa Ricardo Pais. “Era preciso ser-se estoico” A ideia de participar no filme
«Amor de Perdição», de Manoel de Oliveira, agradou-lhe de imediato. Já então considerava esse romance de Camilo como “uma das obras mais bonitas da literatura portuguesa” e, desde muito novo, tinha grande admiração pelo cineasta. Além disso, parte das filmagens decorreriam em Viseu, terra a que estava ligado por laços familiares. Com diminuta experiência como ator de cinema, Ricardo Pais teve de prestar provas antes de Manoel de Oliveira decidir atribuirlhe o papel. “Viu-me, fez-me um teste e gostou muito. Passado 24 horas, já me estavam a tirar as medidas para os fatos”. O papel não era grande, já que Baltazar Coutinho, despeitado e vingativo, decide matar o seu rival e acaba assassinado, numa cena trágica que ditará o infeliz destino
de Simão Botelho. Contudo, as filmagens em Viseu arrastaram-se no tempo, de forma penosa, por causa da chuva que impedia os trabalhos e demais atribulações inerentes à produção. “O que era para durar meia dúzia de dias, durou meses…” “Foi muito difícil. Era preciso ser-se estoico”, recorda. “Mas foi uma aprendizagem muito importante”, salienta. “Eu era muito compassivo, até porque achava que o Manoel de Oliveira estava a sofrer horrores”, diz Ricardo Pais. Aguentar o frio e a repetição das cenas, vezes sem conta, foi a sina dos actores envolvidos nas filmagens no exterior. A exigência de Manoel de Oliveira ditava que assim fosse. E o mau tempo não ajudava. Quando era impossível filmar por causa da chuva, a equipa ia para o Hotel Grão Vasco, onde estava instalada, jogar e conviver com pessoas de Viseu que entretanto conhecera. Momentos divertidos de camaradagem e amizade, que o encenador recorda com agrado. Quanto ao seu desempenho, Ricardo Pais assegura que fez rigorosamente tudo o que o realizador lhe pediu, embora não o compreendesse. “Era difícil perceber o que o Manoel de Oliveira queria; só mais tarde é que o compreendi totalmente”. Por isso, “se fosse hoje, teria feito tudo aquilo com muito mais prazer”. Grande aprendizagem e experiência única Quarenta anos depois, Ricardo Pais orgulha-se do seu Baltazar moralista e perverso - o “vilão” da história. “Esse rapaz correu-me bem”. De resto, “foi uma experiência única e uma aprendizagem fantástica”, reconhece. “Gostei muito
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e fiz amizades muito grandes que ficaram para o resto da vida”. Ricardo Pais ainda sabe o texto todo de cor. “É tempo de lhe abrir o coração, prima; está bem disposta a ouvir-me?”, perguntava Baltazar, enquanto descia a escadaria de pedra da Casa de S. Miguel (espaço que, no filme, é o solar da família Albuquerque), indo ao encontro de sua prima Teresa, sentada no jardim. Há cenas que jamais esquecerá, pela estranheza e desconforto que lhe causaram. Por exemplo, a cena do baile. Teresa sai de casa a correr para ir encontrar-se com o seu amado Simão. Baltazar espreita-a por uma janela, mordido de inveja. Até aqui tudo bem. O pior é que Ricardo estava sujeito à marcação rígida de Manoel de Oliveira. Ou seja, tinha de colocar os pés em determinado sítio e mantê-los numa determinada posição. “Ficava completa-
mente aleijado”, lembra. “É o meu filme favorito de Manoel de Oliveira” O filme estreou em 1979 e foi transmitido a preto e branco na RTP, para desagrado dos espectadores, que, então, viviam a excitação da primeira telenovela brasileira. “Era impossível competir com a Gabriela, Cravo e Canela”, diz Ricardo Pais. Depois da estreia, o ator encontrou-se, por acaso, com Manoel de Oliveira, no avião, rumo a Londres, onde o realizador ia apresentar o filme. Acabaram por ir juntos ao London Film Festival. Aqui, Ricardo presenciou a euforia e comoção da plateia, perante o «Amor de Perdição». “Depois da exibição, houve um colóquio que nunca mais terminava”, tal era a paixão que o filme despertara no público londrino. Foi então que Ri-
cardo Pais compreendeu totalmente as opções do cineasta. “É o meu filme favorito de Manoel de Oliveira”, afirma. “É uma obra iniciática, com uma frescura que aquele nunca mais teve” e que “consegue contar um grande drama familiar sem cair nos clichés do realismo bacoco”. Na opinião de Ricardo Pais, “Manoel de Oliveira foi tão moderno ao fazer o filme, como Camilo ao escrever o livro”. Lamenta que a fita tenha sido exibida tão poucas vezes, em Portugal. Mas é com alegria que relê a carta que Manoel de Oliveira lhe enviou, quando Ricardo Pais era director do Teatro Nacional de S. João, na qual o realizador escreve: “O Senhor não só dirige muito bem o seu Teatro, como defendeu fantasticamente o meu Baltazar”.
A Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva possui um volume especial da obra «Amor de Perdição», publicado pela Casa Editora Alcino Aranha & Ca.. Trata-se de uma “edição monumental enriquecida com estudos especiaes de Manuel Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão e Theophilo Braga e ilustrada com seis desenhos de página expressamente executados por J. J. de Souza Pinto, Caetano Moreira da Costa Lima e José d’Almeida e Silva reproduzidos em phototypia pela Casa de L. Rouillé de Paris”, como se lê no próprio livro. 1879 é o ano da assinatura do prefácio escrito por Camilo, nesta que é a 5ª edição do romance. O livro, com um capa requintada e magníficas ilustrações no interior, encontra-se nos Reservados (fundo destinado aos volumes datados entre 1820 e 1860) e só é disponibilizado para consulta de investigadores devidamente credenciados. Poderá, contudo, ser exposta temporariamente, para que o público tome conhecimento de tão preciosa publicação. Teresa Almeida, coordenadora da secção de adultos da Biblioteca, considera que aquela “edição lindíssima”, só por si, lhe desperta a vontade de voltar a ler o romance de Camilo. De resto, está ciente de que o Festival Literário “Tinto no Branco” também irá contribuir para avivar a memória e estimular o regresso à leitura da obra camiliana, por parte de todos os participantes. A Biblioteca Municipal tem nas suas estantes, em regime de livre acesso, cerca de 30 títulos de Camilo Castelo Branco, entre os quais sete exemplares do «Amor de Perdição» de várias editoras. Tem, ainda, ao dispor do público, a obra «Narrativa Literária e Narra-
“Viseu insiste em não ter um teatro capaz” A ópera-oratória Oedipus Rex, de Stravinsky, com libreto de Jean Cocteau, é o último trabalho artístico de Ricardo Pais, que estreou dia 10 de novembro, no Teatro São Carlos. Curiosamente, este regresso de Ricardo Pais ao São Carlos, acontece 25 anos após ali ter encenado a semi-ópera Amor de Perdição, de António Emiliano (1991), com coreografia de Olga Roriz, obra que foi também apresentada no Théâtre Royal de La Monnaie, em Bruxelas, por ocasião da Europália '91. A pergunta é: poderemos ver Oedipus Rex, em Viseu? “Não” é a resposta. “Viseu insiste em não ter um teatro capaz”, lamenta Ricardo Pais, que há muito vem defendendo a ideia de que o Teatro Viriato é bom mas não chega. Na sua opinião, é necessário um palco dotado das dimensões necessárias, para apresentação de grandes espectáculos.
Sofia Meneses
Biblioteca tem edição monumental do livro «Amor de Perdição»
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Música na ACERT Depois do concerto intimista, poético, divertido e provocador de Carlos Clara Gomes, qual tertúlia de velhos amigos, reunidos em volta da música e das memórias artísticas, segue-se, dia 26, pelas 21h45, Miguel Cardoso, para mais um “Concerto Nu Palco”, na ACERT - Tondela. Este espetáculo será uma viagem por músicas e instrumentos que têm marcado o percurso do artista. No mesmo dia, pelas 23 horas, tem lugar a apresentação do primeiro single “Desértico Eléctrico”, dos Loq (Daniela Varela e Jorge Manuel Marques). Dia 30 de Novembro, às 22h30, haverá outro café-concerto, pelo projecto Lavoisier.
Dança no Teatro Viriato “New Age, New Time” continua, no Teatro Viriato, até dia 27. Esta mostra de dança contemporânea que se realiza pelo quinto ano consecutivo, apresenta um total de oito espetáculos, duas estreias – “Play” de André Mesquita, ontem à noite, e “Glimpse-5 Room Puzzle”, de Tânia Carvalho, dia 27 - e aulas com todos os coreógrafos presentes. Hoje, dia 24, a noite é de Clara Andermatt que, a partir das 21h30, irá apresentar “A Minha História da Dança” (conferência). Amanhã à mesma hora, sobe ao palco “Hu(r)mano”, criação de dança de Marco da Silva Ferreira. Dia 26, sábado, às 19h00, haverá a conferência-performance “I Was Here” de João Fiadeiro. O programa termina domingo, dia 27, pelas 18h00, com “Glimpse-5 Room Puzzle”, de Tânia Carvalho, que fará em Viseu a sua estreia nacional.
“Delta Blues Riders” em Celorico da Beira
tiva Fílmica. O caso de "Amor de Perdição», tese de doutoramento de Maria do Rosário Leitão Lupi Bello (doutorada em Estudos Literários), publicada em 2005 pela Fundação Calouste Gulbenkian. Teresa Almeida diz que são poucos os leitores que requisitam o «Amor de Perdição», até porque a maioria terá um exemplar em casa. Contudo, os livros patentes na biblioteca vão tendo algum uso. Há utentes – sobretudo os mais velhos – que os consultam, lendo apenas algumas passagens, sem os levar para casa. Publicado em 1962, o romance «Amor de Perdição» foi escrito em 15 dias, na Cadeia da Relação, no Porto, onde Camilo cumpriu pena durante um ano, pelo seu “crime”
de amor com Ana Plácido. No prefácio do livro, o autor dá conta da sua desventura, trágica, mas tão ao gosto do romantismo português, de que Camilo foi um dos expoentes máximos: “Escrevi o romance em 15 dias, os mais atormentados da minha vida. Tão horrorizados tenho deles memória que nunca mais abrirei o Amor de Perdição nem passarei a lima sobre os defeitos em edições futuras”. A verdade é que, contrariamente ao que, então, escreveu, Camilo terá voltado a abrir o «Amor de Perdição». O autor releu e reviu, mais tarde, esta sua obra-prima, que é, também, uma das obras-primas da literatura portuguesa.
Sofia Meneses
O Centro Cultural de Celorico da Beira recebe, no dia 26 de novembro, sábado, um espetáculo de blues, pelos “Delta Blues Riders”. Oriundos da cidade do Porto, estes quatro músicos, exploram as sonoridades que originaram os blues (Mississippi) até aos nossos dias, onde os diálogos entre a guitarra e o piano são constantes. A Delta Blues Band tem uma forte interação com o público, imiscuindo-o na cadeia rítmica que o ambienta. Acompanharam grandes nomes internacionais, como: Chris Jagger (irmão de Mick Jagger), Liz McComb, Diunna Greenleaf, Velma Powell, Zakiya Hooker (filha de John Lee Hooker) e Mable John (cantora de Ray Charles).A banda é constituída por Paulo Veloso (voz, piano, hammond, guitarra, dobro e harmónica), Jorge Loura (guitarra), António Ferro (baixo) e Miguel Pardal (bateria).
Espíritos Inquietos inauguram sede Os Espíritos Inquietos, agentes culturais da região de Lafões, nomeadamente, do concelho de S. Pedro do Sul, inauguraram oficialmente, no dia 19 de novembro, a sua sede, sita nas antigas instalações da Junta de Freguesia de Várzea. Para Os Espíritos Inquietos, “este espaço é determinante para que consigamos alcançar os objectivos a que nos propomos, ou seja, o nosso envolvimento com a população em geral e as diversas entidades de forma a proporcionar actividades regulares para todos os artistas da nossa região com a disponibilização da nossa sede e um conjunto de equipamentos, entre outros”. A associação considera que este “é um momento especial, dado que é o ano da comemoração do nosso 10º aniversário”.O programa do dia contou ainda com a exibição da entrevista à 3ª personalidade de Pessoas com História - ator e cantor Sérgio Lucas, bem como, com a música dos Stained Black.
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ContiTuna toca nos corações A ContiTuna é um grupo relativamente recente, formado em Fevereiro de 2016. Esta iniciativa partiu da professora Adriana Figueiredo que há muito queria formar um grupo, e aproveitou a sua aldeia - Contige - para o fazer. Chamou pessoas de todas as idades para que se juntassem e assim foram aparecendo cada vez mais, neste momento são cerca de 40 elementos. Nenhum dos elementos sabia tocar qualquer instrumento e partiram mesmo daí. Ela mesmo deu aulas de música: cavaquinhos, guitarras, parte da precursão e também a flauta. Os arranjos da músicas são todos feitos por ela. " Somos um grupo diferente, pois tentamos fugir ao tradicional Rancho Folclórico, e ao mais atual, somos uma mistura que por sinal tem resultado muito bem, exatamente por sermos uma coisa diferente do que as pessoas estão habituadas a ver”, sublinha. Destaca ainda que “em Maio tivemos a nossa primeira atuação no cineteatro de Sátão, a convite
do Presidente da Junta de Sátão e participamos na comemoração do Floral; apresentamos apenas três músicas (Saia Velhinha, Ferreiro, Vira Vinho) mas logo o retorno do público foi formídavel o que nos deu força para continuar a fazer mais e melhor”. Mais tarde “recebemos um contive da Associação Progresso XXI em Vila Boa de Fer-
reira de Aves e assim no dia 31 de Julho lá estava a ContiTuna a apresentar o projeto e a estrear músicas novas, tais como Fado Toninho, Milho Verde, Vejam Bem, Menina Estás á Janela, Hino de Contige, entre outras”. Depois destas atuações chegou a vez de atuar na nossa terra Contige e no dia das festas da aldeia, 6 de Agosto, “to-
camos para as nossas gentes!”. As atuações até aqui tiveram tanto sucesso que mais tarde no dia 18 de Agosto “fomos convidados pelo Presidente da Câmara de Sátão a participar na Festa do Emigrante, esta integrada nas festa da vila, Festas de São Bernardo”. Depois destas atuações fizeram uma pausa o que deu tempo para
aprender novas músicas. “Até que voltamos a receber convites, desta vez pela parte da Direção do Rancho Folclórico de São Miguel de Vila Boa, com o intuito de participarmos no Magusto. E assim foi, realizou-se no passado dia 6 de Novembro e aqui, mais uma vez, estreamos músicas (Dia de Folga, Rama da Oliveira, Zumba na Caneca) e foi um sucesso que logo a seguir, novamente o Presidente da Câmara (presente neste magusto) nos convidou a participar na XX Feira do Míscaro em Sátão que se realizou no passado domingo dia 13 de Novembro, e foi mais uma vez um sucesso”. Proximamente a ContiTuna tem duas atuações agendadas: dia 26 de Novembro em Lisboa a contive da APCD (associação de diabéticos), e dia 27 de Janeiro em Coimbra, num congresso onde a professora Adriana Figueiredo irá apresentar, seguindo- se uma atuação na Escola Superior de Educação de Coimbra. Laurinda Ribeiro
Tomada de posse do Conselho Científico da Escola de Tecnologia e Gestão
Biblioteca Dr. Alexandre Alves comemora aniversário
O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), engenheiro Fernando Sebastião, conferiu posse, no 15 de novembro, às personalidades que passam a integrar o novo Conselho Pedagógico da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV). O ato público, que decorreu na sala do Conselho Geral da instituição na presença da comunidade académica, surge na sequência dos resultados do processo eleitoral e do despacho de homologação do presidente do IPV de 3 de novembro do ano em curso.
O 19º aniversário da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, será assinalado, amanhã, 25 de novembro, pelas 21h00, com a edição do projeto «Sextas da lua». A efeméride conta com dois momentos chave: o concerto Guitardrums, no auditório, e o brinde festivo de aniversário, num ambiente de café concerto onde se vão recordar as músicas da década de abertura da Biblioteca Municipal. Guitardrums, de Vila Franca de Xira é uma orquestra constituída por guitarras que conseguiu trazer a público um novo e inovador som acústico, uma vez que ritmos, baixo, percussão e melodia são feitos nas respetivas guitarras.
O Conselho Técnico-Científico da ESTGV é um órgão de gestão com mandato de dois anos, constituído pelos representantes eleitos, em número total de 25 membros. Compete-lhe apreciar o plano de atividades científicas da ESTGV e pronunciar-se sobre as linhas orientadoras das políticas a prosseguir pela ESTGV, nos domínios do ensino, da investigação, da extensão cultural e da prestação de serviço à comunidade, entre muitas outras competências.
Alunos de Turismo abrem museus na noite de 7 de dezembro “Há noite no museu” será um evento realizado pelos alunos da licenciatura em Turismo, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. Terá lugar a 7 de dezembro de 2016, entre as 20h30 e as 24h00, em três museus situados no centro histórico da cidade de Viseu – Museu Nacional Grão Vasco, Museu da Misericórdia e Museu de Arte Sacra. O evento consiste na abertura destes museus à noite, com entrada gratuita, possibilitando a todos os visitantes mais do que uma simples visita ao museu: haverá música de estilos diversos, dança e teatro, num ambiente de animação, com o objetivo de viver uma noite diferente. Na vertente musical o evento irá contar com a participação de Sílvia Mitev, Madrasta, O “Manipulador”, Sex on the road, Malama-
dos entre outros momentos musicais que prometem animar a noite nos museus. Os visitantes poderão, também, assistir a um desfile de moda alternativa, conhecer várias personagens históricas relacionadas com os museus que serão interpretadas pela Visiunarte Ateliês e contactar com vários estilos de dança, apresentados pelas Escolas Lugar Presente e Pedro & Fernanda. Com este evento pretende-se cativar e incentivar as pessoas a visitar os museus emblemáticos da cidade de Viseu, esperando-se uma grande adesão da comunidade. De salientar que a organização decidiu conferir um caráter social ao evento, apoiando o Centro de Acolhimento Temporário (CAT) de Viseu. Deste modo, cada participante poderá deixar um donativo a
“Prémio Margarida e Jaime Gralheiro”
esta Instituição que acolhe crianças entre os 0 e os 12 anos de idade. O programa detalhado pode ser consultado no site oficial do
evento http://hanoitenomuseu2016.w ixsite.com/turismo2016.
O “Prémio Margarida e Jaime Gralheiro, um aplauso para a formação e para o conhecimento” será entregue, amanhã, dia 25 de Novembro, pelas 18:30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de S. Pedro do Sul, à aluna do agrupamento de escolas local, integrada no escalão A do ASE, que ingressou no Ensino Superior Público, com a melhor nota final. O objetivo deste prémio, como refere o regulamento, “é o apoio solidário ao prosseguimento dos estudos em estabelecimento do ensino superior público, na vertente da contribuição para os encargos normais com os mesmos”
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Desporto 11
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Antigos atletas consagrados dão lições de ética nas escolas Antigos Atletas consagrados do Atletismo Português, Internacional e Olímpico - Paulo Guerra, Albertina Dias, Aurora Cunha, Ezequiel Canário e Carlos Lopes disponibilizaram-se para participar em Ações de promoção do Desporto e da Ética no Desporto, a realizar nas escolas junto dos alunos e restante comunidade escolar. Estes antigos e consagrados atletas estão disponíveis para se deslocarem aos Estabelecimentos de Ensino para partilharem as suas experiências de vida e, com os seus exemplos, motivarem e influenciarem toda a comunidade escolar para a prática desportiva, bem como, para estimular a adoção de comportamentos éticos no desporto… e na vida. Estas acções decorrem no âmbito do PNED – Plano Nacional de Ética no Desporto – www.pned.pt, e não implica qualquer encargo para as escolas interessadas, pois
contam com o apoio técnico e logístico dos Serviços Desconcentrados do IPDJ, em cada Distrito da Região Centro – Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e
Viseu. Pedidos de informações complementares e/ou marcação de eventos, deverão ser dirigidos ao PNED pned@pned.pt, dando con-
Câmara de Viseu lança programa de apoio 2017
hecimento ao Técnico da Direção Regional do Centro, Luís Fardilha: luís.fardilha@ipdj.pt .
Atleta de "Os Ribeirinhos” corre maratona de Valência O atleta do Grupo Desportivo "Os Ribeirinhos" participou em mais uma edição da «Maratón de Valencia Ciudad del Runninge» (42 quilómetros), com cerca de vinte mil a passarem o risco de chegada. Esta edição ainda teve uma meia maratona e uma participação aberta para todos os que quiseram correr os dez quilómetros. O atleta (individual) Vitor Kipchirchir assumiu a corrida e com ele "arras-
tou" mais três concorrentes, para disputarem o triunfo, ficando a segundo a 25´´ e o terceiro a 42´´ . O primeiro português foi Rui Pinto (24º) com o registo final de 2:20,42´´. O atleta do Grupo Desportivo "Os Ribeirinhos" Rui Gomes, que tinha corrido há poucos dias a maratona do Porto, deslocou-se a Valência para participar em mais uma corrida de quarenta e dois
“ Honradez de um beirão ” Aguente-se com o seu marido !
CAPITULO XVIII
Corrida de S. Silvestre dia 17 de dezembro A Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, em coorganização com a Termalistur e a União de Freguesias de S. Pedro do Sul, Várzea e Baiões vai levar a cabo a 4.ª edição da Corrida S. Silvestre, denominada Manuel dos Santos Almeida. A prova decorrerá no sábado, dia 17 de dezembro, mas as inscrições devem ser até dia 9 de dezembro.
quilómetros, conseguindo a marca de 3:13,13´´, ficando em 591º no escalão de Veteranos B, sendo 2.247 da geral. É uma distância que o atleta ribeirinho faz várias vezes ao ano, não esquecendo que também tem uma dedicação ao "Traill" em longas distancias. Em Femininos a vencedora foi Valary Jameli (individual) com o agradável tempo de 2:24,46´´. Olímpio Coelho
Do livro de
O Presidente da Câmara Municipal de Viseu apresentou, dia 21 de novembro, a edição do programa municipal de apoio ao desporto para o ano de 2017, à qual podem concorrer as associações e clubes do concelho. Uma das novidades será a abertura de dois períodos distintos de candidaturas. Em 2016, a Câmara Municipal de Viseu 1,1 milhões de euros no apoio ao associativismo desportivo, mais 200 mil euros face a 2015, através da celebração de contratos-programa com 33 clubes e associações do concelho (mais 10 face a 2013), beneficiando 3279 atletas. Um esforço que a autarquia espera renovar em 2017.
Fernando de Abreu CAVALO P´RÀ SOBRINHA
Isto, por o enlace que mantenho com a
Sendo assim, e existindo da sua parte von-
cavalo que seja seu,. Jamais verá um cêntimo
constituindo o fundo primitivo dos cavalos merid-
Amélia é mais um estado sem graça, sem atra-
tade em se separar da Amélia não se importa que
meu para esse fim. Que peça o dinheiro aos
ionais da Península Ibérica, ameaçados de ex-
tivos e sexualmente há uma grande distancia.
eu lhe telefone para a informar de que o Teodósio
pais....
tinção.
Com a Amélia não consigo ter desejos, mais me
namora a minha filha com quem deseja vir a
parece e sinto deitar – me ao lado de uma irmã.
casar depois de obter a separação de casamento
comprar o cavalo, os pedidos começaram a cair
que funcionou como rastilho para logo pegar
Fico sem ação, quero e não consigo, logo não en-
que mantém com ela...
na mente dos pais.
fogo na vaidade do casal “ João dos Doutores “/
Vedada assim a porta do marido em lhe
A boa nova chegou breve à Quinta da Verga,
contro perspetivas de mudança para ambas as
-Claro que não! Pelo contrário, até lhe
Daí o desejo em ter um cavalo seu, que mel-
Rosalina, que não tiveram outra forma de o apa-
partes. Ao contrário, com a sua filha a música é
agradeço, já que ela está farte de saber que
hor lhe obedecesse, logo era o massacre, quase
gar, senão comprando também um puro - sangue
outra bem diferente, diria que nascemos um para
namoro a sua filha e faz de contas, perante as
diário, que ela travava com os pais para o com-
Lusitano, distinto pelo porte grande, cauda e
o outro...
pessoas que sou o homem mais fiel que há no
prarem.
crina longas, cabeça relativamente pequena e
Os atos são riais, há prazer, desejo e, sobretudo, muita vontade na relação amorosa. Depois
mundo, constituindo um casal feliz, quando nada disso se passa...
Perante a paixão da filha em ter um cavalo, e sabendo que o marido não contribuía, acabaram
orelhas curtas. Um lindo exemplar, como a mais antiga sela
a sua filha é linda, meiga, inteligente, compreen-
Aparte dessa aparência, veio agora com a
por lhe dar esse gosto, comprando uma lida égua
do Mundo, de origem portuguesa, com mais de
siva ao ponto de me aceitar mesmo sendo
conversa da treta para lhe comprar um cavalo.
Ibérica Sorraia, de raça cruzada com cavalos
3000 a. C.
casado, de corpo perfeito, condições físicas inve-
Naturalmente, veio bater à porta errada.
jáveis e acima de tudo excitante, por demais...
Com o meu dinheiro, nunca ela vai montar
“barbes” oriundos do norte de África, assemelhando – se bastante ao puro sangue lusitano,
(continua)
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