Notícias de Viseu - 17 de Dezembro 2020

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Região de Coimbra tem orçamento de 16,3 ME para 2021 A proposta de orçamento e grandes opções do plano da CIM da Região de Coimbra para o próximo ano foi aprovada por maioria pela Assembleia Intermunicipal, em reunião realizada na segunda-feira. “O valor total previsto no documento é de 16.298.820 euros, o que corresponde a um aumento superior a quatro milhões de euros face ao orçamento do ano transato”, afirma em comunicado o organismo liderado pelo presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino.

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2227 - Quinta-feira, 17 de Dezembro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído

Assembleia Municipal de Viseu pede ao Governo que avance com centro oncológico

São Pedro do Sul lança mais de cinco milhões de euros em obras “De 30 de outubro até 27 de novembro lançámos todos os dias diversos tipos de obras, desde escolas, pavimentação de estradas, abastecimento de água, central de camionagem, muros, redes de saneamento, ou seja, só num mês o investimento é, de longe, superior a cinco milhões de euros”, sintetizou Vítor Figueiredo. O autarca acrescentou que a autarquia realizou investimentos “na ordem dos nove milhões de euros” ao longo de 2020, um ano em que foram “batidos todos os recordes no que diz respeito a quantidade de obras e, neste momento, já são 66 as obras que foram lançadas em concursos públicos”.

Presidente da Câmara de Tondela começou a ser julgado por peculato e falsificação de documento Foto : TVI

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2 Opinião

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dezembro 2020 Quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras

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ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

Opinião....................................... 2 Diversos ................................... 3 Regional ................................. 4/5/6 Saúde........................................ 7 Publicidade .............................. 8

Quinta-feira 17/12/2020

Número 45 – Conversa com Marta Ribeiro, Consultora de Beleza A verdadeira mulher, no somente-existir, ora a Deus com o sorriso, maquilha a vida com o pó da virtude. É uma serenata feita ao mundo com acordes, ouro refinado em corpo, mistério para os poetas, tinta seca de soberbo pintor. Ah, carne do verdadeiro enigma! As joias não existiriam sem mulheres, nem os ourives para as criar. Estariam, como os homens, à margem de uma alternativa de cria-ção. A mulher, extraída da nossa matéria, é o embelezamento do rascunho. Mas se até as flores se vestem de finas pétalas e as grutas de pedras preciosas, não será a mulher lícita de unir beleza à sua própria? Essa missão está a cargo das consultoras de beleza como Marta Ribeiro, viseense de 28 anos que inaugurou, no presente ano de 2020, a loja “Marta Ribeiro – Consulta de Beleza”, terceira loja do Centro Comercial 2000, nesta cidade de Viseu. Recebeu-nos na dita loja com charme no

trato e esperança na voz. Feitas as apresentações, ajeitou o sonho aos lábios e re-velou: “Sempre fui apaixonada por moda, desde miúda que procuro fazer combinações de roupa de modo a afirmar a minha identidade feminina. Então pensei: porque não aconselhar outras mulheres a sentirem-se bonitas? Percebi que tudo dependia de circunstâncias como o carácter, o corpo e a estética pessoal e, em razão disso, criei um espaço que abrisse portas às mulheres que ainda não encontraram a sua própria identidade.” A máscara despótica não inibia as formas do sorriso de Marta, identificável ao movimento dócil das maçãs do seu rosto. Além das palavras de orientação, a loja da jovem designer oferece serviços destinados à tranquilidade, descanso e beleza da mulher. “A minha loja vende roupa em segunda mão, a qual podem negociar comigo, joalheira e produtos de beleza. Neste momento, procuro

criar um espaço de massagens, manicure e pedicure, acompanhado de música de ambiente. O apelo é este: venham e esqueçam os vossos problemas. Eu cuido de vós por um momento.” Depois de observar o desfile dos sonhos da Marta, convicta, empreendedora e defensora do comércio tradicional, inquiri-me se existia algo a acrescentar. De facto, a última carta dialogada estava por lançar, um concurso que promove a criatividade natalícia através de objectos reciclados: “Concurso aberto para sensibilizar Viseu a reciclar e aproveitar objectos para serem reutilizados,

ganhando outro conceito e utilização. Este concurso tem como objetivo encontrar a estrela de Natal mais votada na página de Facebook, Bymartaribeiro, onde colocam a foto da sua estrela e quem tiver mais likes terá o seu trabalho exposto na árvore da loja, ganha um produto Oriflame, um vale para treino personalizado ou pilates e um cartão de Natal também feito com materiais reutilizados.” O sonho da Marta anda de mãos dadas com a sua intenção: o belo é mais belo quando embeleza o próximo. Francisco Paixão

“Crónicas de Lisboa” Não Quero Morrer na Praia Quando nascemos, temos, como garantido, de que um dia a nossa passagem pela terra terá um fim. Desde crianças indefesas e que, para vencermos os primeiros anos de vida, necessitamos e dependemos dos cuidados dos adultos, a nossa luta pela vida será uma constante, pois os perigos são muitos. E neste processo da luta pela sobrevivência, até que a “morte natural” ocorra, depende muito de nós, individualmente, e do sistema de saúde (público, suportado pelos nossos impostos e privado, ao qual nem todos podem recorrer), preventivo e curativo. Em tempos idos, o nosso país estava na cauda de muitas áreas da saúde, mas hoje, felizmente, estamos bem posicionados, pois o investimento na saúde tem crescido, mas nunca é o desejável. Só que “não há almoços grátis”, isto é, tudo que é público tem de ser pago com os impostos e estes provêm da geração de riqueza. Nesse aspeto, a nossa classificação não nos coloca no grupo dos países ricos. Atravessamos um período crítico, o nosso pais e o Mundo, inimaginável e, de certo modo único, - sabemos que ocorreram outras “pestes” com milhões de mortes - só comparável aos efeitos duma Guerra Mundial. Apenas o património material (edifícios, infraestruturas, etc.) ainda não são muito afetados, porque na economia, no desemprego - dramático para muita gente, pois há sectores de atividade que pararam e ou estão a morrer-, nos recursos que os Estados gastam nesta guerra e que terão como consequência o crescimento do endividamento do Estado e que terá de ser pago por todos. Será uma “herança” que deixamos aos nosso filhos e netos, mas “vão-se os anéis e fiquem os dedos” ou, de outra forma, endividemo-nos

para salvar vidas, estas sim as principais vítimas diretas desta guerra cuja luz ao fim do túnel começa a vislumbrar-se, mas ainda se desconhece o comprimento desse túnel da esperança em vencermos mais uma batalha e outras até ao final desta guerra contra algo que não vemos . Um vírus que vence na luta contra os países, por mais desenvolvidos que sejam, até enormemente preparados para as guerras reais e viagens interplanetárias, onde gastam milhões e milhões, mas que acabam por parecer uns “exércitos mal preparados” nesta guerra contra a pandemia que ataca o mundo apanhado desprevenindo. Tão entretidos andavam nas questiúnculas diversas, algumas de relevante importância como seja a Ecologia e o Ambiente em acelerada destruição, que o Covid19 se zangou e veio “por o mundo em sentido”. Obrigou-nos a todos a sermos “soldados combatentes” para defendermos a vida, a nossa e a dos outros. Só assim, numa conjugação de esforços e de comportamentos, poderemos chegar ao ponto que ambicionamos, para que a nossas vidas possam voltar a ser como o “antes Covid19”, isto é, sobrevivermos até à vacinação e à farmacologia para a cura daqueles que sejam “apanhados” por esta pandemia. Mas viveremos, e refiro-me aos países mais ricos, como dantes? Será esse o modelo que sustentará o “estado em que ficarão” a maioria das economias do mundo? Imagine-se o que fazer com um enorme exército de desempregados provocados pela pandemia, se tanta coisa está a mexer na economia mundial e a perderem-se empregos atrás de empregos! E os “traumas” provocados, direta ou indiretamente, por esta já longa guerra e cujos efeitos ainda não se conhecem? E o efeito,

dramático, que está a exercer sobre todo ensino e também nas relações familiares e sociais? Tudo está a ser “contagiado” pelo inimigo comum, pelo que, mesmo com informações otimistas que nos vão chegando, não poderemos “baixar armas”, quer dizer, deixarmos de agir com as “armas “que temos para lutar contra o vírus, só porque estamos “saturados” das limitações que os governantes nos impõem. Infelizmente, observam-se comportamentos e atitudes de alguns “soldados” que não se defendem nem defendem os outros, por vezes, a família, onde, diz-se, “nascem a maioria dos contágios”. Como foi, e ainda é, possível que os residentes em “lares seniores”, muitos deles de boa qualidade e pertencentes a instituições vocacionadas para isso, tenham sido as grandes vítimas mortais desta pandemia? O que falhou ali e foram às dezenas de instituições? E nos mais pequenos e “clandestinos”, como terá sido, mas que não objetos de notícias? Sou da geração em que só os mais fortes sobrevivam aos primeiros anos de vida, porque, naquele tempo, nas décadas de 30, 40 e 50 do século XX, a mortalidade infantil e as condições socioeconómicas eram “terríveis” e inimagináveis para as gerações atuais mais novas. Essa luta pela sobrevivência era contante e, logicamente, o corpo carregava consigo as “carências da sua fabricação” e da vida difícil e doenças sem a cura de hoje, pelo que a esperança média de vida (EMV) não tinha os índices de agora. Por exemplo, em 1960 era de 61,1 anos, nos homens, e de 66,7 anos, nas mulheres. Mas em 2018 já era de 78,3 anos, nos homens, e de 84,5 anos, nas mulheres. Graças a muitas variáveis, por exemplo, desenvolvimento socioeconómico, mas, acima de tudo, à medicina e à far-

macologia, em 58 anos, eu sei do que falo, porque nasci em 1950 e vivi num mundo rural inimaginável, e mesmo urbano, para as gerações atuais, a EMV subiu 17 anos, quer para homens quer para mulheres (17,2 e 17,8 respetivamente). Caminhávamos e caminhamos para um “país de velhos” e com projeções para o decréscimo da população residente, pois a natalidade de Portugal é uma das mais baixas ….do mundo (em 2019 era a 5ª mais baixa da UE) e os efeitos das mortes, desta pandemia, terá consequências no numero de portuguese e residentes, embora se veja livre de muitos “velhos” que não soube proteger. Eu estou a “meio caminho” de ser velho e, ainda por cima, sou de risco, pelo que terei de continuar a luar pela sobrevivência que já foi afetada algumas vezes, das quais saí vitorioso. Até o teste do Covid19 já me mandaram fazer por duas vezes…, pelo que já senti o “lunático meio” (parecem “ETs” e que assusta e causa ansiedade até conhecermos o negativo…) em que a luta próxima contra o vírus se desenrola. E agora espero, ansiosamente, pela vacina prometida, (estou no grupo da primeira fase de vacinação) para acrescer às vacinas da gripe sazonal e da pneumonia que tomei, para que possa viver mais alguns anos. Sinto-me um naufrago, como milhões de pessoas por esse mundo, neste mar cheio de perigo, mas nado em direção à praia que vejo ainda lá longe. Será que vou sobreviver ou morrer na praia? Todos temos que perceber que, agora, é a vez de assumirmos um papel ainda mais “guerreiro” no combate ao Covid19, porque seria inglório morrer na praia. E eu não quero morrer na praia… . Serafim Marques Economista/Reformado


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Diversos 3

Quinta-feira 17/12/2020

Assembleia Municipal de Viseu pede ao Governo que avance com centro oncológico A Assembleia Municipal de Viseu decidiu pedir ao Governo que, em 2021, promova as diligências necessárias para iniciar a construção da primeira fase do centro oncológico, a instalar no Centro Hospitalar Tondela-Viseu. “Desbloqueado o Fundo Europeu de Recuperação e o novo Orçamento Comunitário Plurianual, deve o Governo integrar o centro oncológico no Programa de Recuperação e Resiliência, a entregar em janeiro, em Bruxelas, uma vez que o investimento na área da saúde é uma das prioridades definidas e assumidas na sua elaboração”, pode ler-se na moção apresentada pelo deputado Pedro Alves (PSD), que foi aprovada por unanimidade. O deputado lembrou que esta infraestrutura, “além do distrito de Viseu, servirá também o da Guarda

e parte do de Castelo Branco”, revestindo-se de grande importância para a região. “Trata-se de um investimento que o último Governo do PSD tinha decidido concretizar e que o anterior Governo do PS, reiteradamente, anunciou publicamente como prioritário, subsistindo ainda uma placa colocada no local em 2017 que assinala o ‘iminente início’ da obra”, lamentou. Pedro Alves lembrou que “o projeto de execução deste equipamento estará praticamente concluído” e que existe um estudo da Entidade Reguladora da Saúde que “atribui parecer favorável à instalação desta unidade em Viseu, para servir toda a região das Beiras”. Rafael Amaro (PS) e Filomena Pires (PCP) justificaram o voto favorável com o facto de esta ser uma reivindicação que deve unir todas as bancadas, atendendo à

sua importância para a região. Pedro Alves congratulou-se com o facto de os deputados do PS na Assembleia Municipal terem votado a favor, contrariamente ao que fizeram os deputados do PS no Parlamento. O social-democrata lembrou que, no Orçamento de Estado para 2021, foi aprovada uma proposta de aditamento do PSD relativa à construção do centro oncológico de Viseu, que foi aprovada por maioria e com os votos contra dos deputados do PS, incluindo os eleitos por Viseu, que nem sequer justificaram a sua atitude com uma declaração de voto. “O centro oncológico é uma matéria que reúne consenso ao nível social e político da região. Foi sempre assim ao longo dos anos, nesta assembleia, na assembleia intermunicipal Dão Lafões e na Assembleia da República. Como tam-

bém o foi, recentemente, por todos os autarcas e forças vivas no Conselho da Regional do Centro”, frisou. Neste âmbito, “não se compreende este inaudito desvario dos deputados do PS, que nada dignifica a atividade política e de nada serve para estreitar os laços de confiança e compromisso” com os eleitores, acrescentou. Também o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), lamentou a “postura de feijão-frade” dos deputados parlamentares do PS. “Ainda bem que o PS (na Assembleia Municipal) emendou a mão e disse que vota a favor”, acrescentou. O deputado do PS Rui Martins levou à Assembleia Municipal queixas de comerciantes da Rua Direita, no centro histórico de Viseu, relativamente à falta de apoio da

autarquia. “Ninguém diz que a Rua Direita está um mar de rosas. Quando passo na Rua Direita, fico triste em ver como as coisas estão. Há muitas vicissitudes, mas uma coisa é certa: nunca houve um executivo que investisse tanto na Rua Direita como nós estamos a investir”, garantiu Almeida Henriques, elencando as várias medidas em curso. No entanto, Almeida Henriques considerou que “o despovoamento que se deu nos centros históricos demora a retomar”. “Há muito percurso feito e estamos a sentir os primeiros sinais da reanimação. Nos últimos tempos abriram lojas novas na Rua Direita”, acrescentou.

Museus do Côa e Douro desafiam músicos a inspirar-se em miradouros da região Os museus do Côa e do Douro avançam em 2021 com dois projetos, com financiamento de 500 mil euros, que levam músicos a inspirar-se em miradouros da região, visam a realização de concertos e uma exposição fotográfica. As instituições revelaram, dia 14, que o projeto Lua’Douro envolve também o município de São João da Pesqueira, através do Museu do Vinho, visa a promoção do território, tem como temática principal a música e desenvolve-se em sete miradouros. Bruno Navarro, presidente da Fundação Côa Parque, em Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, destacou a “programação

cultural em rede”. “Estamos muito comprometidos com esta ideia de podermos, a partir da dinâmica cultural, valorizar a nossa região Norte e potenciá-la no plano nacional”, afirmou. Fernando Seara, diretor do Museu do Douro, no Peso da Régua, Vila Real, disse que o projeto é voltado para a animação do território, considerando tratar-se “de uma carência” no Douro, e acrescentou que vai também apoiar atividades e profissões que estão praticamente paradas nesta altura de pandemia. Luís Carvalho, coordenador financeiro da Fundação Museu do

Douro, adiantou que projeto arranca já no início de 2021 com a seleção de sete miradouros da região e o desafio que será lançado a músicos é para fazerem “sonoplastias entre música e paisagem”. Este trabalho, acrescentou, será uma rampa de lançamento para a realização de concertos no verão, altura em que já se espera ter públicos nos espetáculos. A programação será “eclética” e envolverá desde o fado às tunas tradicionais portuguesas. O segundo projeto desenvolvido entre os museus do Côa e Douro é o CôaDouro e visa a realização de um trabalho de recolha fotográfica, através de convite a

vários fotógrafos que têm trabalhado nestes territórios, que vai dar origem a uma exposição e que irá, depois, iterar fora da região. No âmbito deste projeto, segundo Luís Carvalho, o conjunto Sons do Douro irá desenvolver um espetáculo de rua que irá evocar figuras míticas durienses e vai animar as praças das aldeias e das vilas desta região. O Sons do Douro é um grupo musical de percussão contemporânea que utiliza pipas de vinho, cestos de vindima ou sacholas como instrumentos musicais, juntando-os à viola, guitarra, bandolim e gaita-de-foles.

O objetivo, segundo Bruno Navarro, é criar um “grande evento cultural de notoriedade nacional e internacional e que terá dois polos de implementação: Côa e o Douro”. “Ambos os projetos estão muito voltados para a animação do território”, salientou Fernando Seara. Os projetos resultam de duas candidaturas submetidas a fundos comunitários, no valor de cerca de meio milhão de euros, e serão desenvolvidos ao longo de 2021.

Região de Coimbra tem orçamento de 16,3 ME para 2021 O orçamento da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra para 2021 ascende a cerca de 16,3 milhões de euros, mais quatro milhões do que o de 2020. A proposta de orçamento e grandes opções do plano da CIM da Região de Coimbra para o próximo ano foi aprovada por maioria pela Assembleia Intermunicipal, em reunião realizada na segunda-

feira. “O valor total previsto no documento é de 16.298.820 euros, o que corresponde a um aumento superior a quatro milhões de euros face ao orçamento do ano transato”, afirma em comunicado o organismo liderado pelo presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino. Em 2021, segundo a nota, “serão desenvolvidas uma série de ações destinadas a pensar as políti-

cas e interagir com o território, reforçando o posicionamento da Região de Coimbra” a nível nacional e internacional. Na nota, a CIM, com sede em Coimbra, destaca o “concurso público de publicitação internacional de mobilidade e transportes”, bem como “a posição que a Região de Coimbra [constituída por 19 municípios] vai assumir enquanto Região Europeia da Gastronomia”, em 2021.

Por outro lado, “vai continuar a apostar e defender os projetos ligados aos transportes, educação, saúde, património natural e construído, cultura, turismo, proteção civil e inclusão social, enquanto investimentos de âmbito intermunicipal, fomentando parcerias entre agentes regionais e indo ao encontro das políticas públicas”. A CIM da Região de Coimbra, cuja população ronda os 400 mil habitantes, é constituída pelos mu-

nicípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-oVelho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, todos no distrito de Coimbra, além de Mortágua, distrito de Viseu, e Mealhada, distrito de Aveiro.


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Regional 4

Quinta-feira 17/12/2020

São Pedro do Sul lança mais de cinco milhões de euros em obras O presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul divulgou que durante um mês foram lançadas todos os dias obras que ultrapassam os cinco milhões de euros de investimento. “De 30 de outubro até 27 de novembro lançámos todos os dias diversos tipos de obras, desde escolas, pavimentação de estradas, abastecimento de água, central de camionagem, muros, redes de saneamento, ou seja, só num mês o investimento é, de longe, superior a cinco milhões de euros”, sintetizou Vítor Figueiredo.

O autarca acrescentou que a autarquia realizou investimentos “na ordem dos nove milhões de euros” ao longo de 2020, um ano em que foram “batidos todos os recordes no que diz respeito a quantidade de obras e, neste momento, já são 66 as obras que foram lançadas em concursos públicos”. “Não, não tem a ver com as eleições, tem a ver com a situação financeira do município. Quando entrei, o município tinha um passivo de 26 milhões de euros de dívidas e, neste momento, con-

seguimos abater 11 milhões e a situação financeira vai-se negociando”, justificou. Vítor Figueiredo explicou que “grande parte destas obras agora lançadas tem apoio”, uma vez que foram alvo de candidaturas. Por exemplo, “a escola secundária tem 92,5% de comparticipação, a central de camionagem 85%, a zona de lazer de Pouves 50%, tal como o mercado municipal, e o pavilhão municipal tem 60%”. “Conseguimos agora conciliar todas estas obras e a verdade é

que todas já estão ou em execução ou em lançamento de concurso público. Umas são de requalificação, outras são obras de raiz, temos de tudo um pouco, como a pavimentação da estrada que liga São Pedro do Sul às Termas”, acrescentou. O presidente eleito pelo PS justificou ainda que “não tem nada a ver com ser ano de eleições, até porque há obras que não vão ficar prontas em 2021, vão arrastar-se no tempo, como é o caso da escola secundária, que vai demorar ano e meio, e a central de camionagem”.

No que diz respeito à central de camionagem, “o investimento é de cerca de 800 mil euros e era daquelas obras que se falava há mais de 20 anos e agora o executivo conseguiu arranjar comparticipação para que acontecesse” a requalificação. “Estamos a falar de investimentos avultados, de obras grandiosas, em que havia necessidade de as realizar e, nos últimos anos, temos vindo a desenvolver este trabalho de conseguir comparticipações para não custar tanto ao erário público”, defendeu.

Presidente da Câmara de Tondela começou a ser julgado por peculato e falsificação de documento O presidente da Câmara de Tondela justificou , dia 15, o facto de ter recebido pagamentos indevidos por deslocações em viaturas próprias com a interpretação feita pelo serviço de Recursos Humanos à forma como eram preenchidos os boletins de itinerário. José António Jesus e o seu vicepresidente, Pedro Adão, começaram a ser julgados no Tribunal de Viseu pelos crimes de peculato e falsificação de documento, que terão ocorrido entre 2010 a 2017. Segundo a acusação, em causa está o pagamento de ajudas de custo por deslocações efetuadas em viaturas próprias que terão sido realizadas em viaturas do município. José António Jesus (PSD) – que assumiu a presidência da Câmara em 2013, depois de ter sido

vereador - admitiu ao coletivo de juízes que, muitas vezes, não colocava nos boletins de itinerário a indicação se tinha usado viatura própria ou do município nas deslocações. “Quando tinha presente se era viatura própria ou viatura municipal, eu escrevia. Quando não sabia, ia em branco”, para o serviço de Recursos Humanos verificar o extrato da Via Verde do município e depois proceder ao pagamento em conformidade, justificou. O autarca disse estar convencido de que esses “eram os procedimentos que o município fazia desde sempre” e que, só em 2017, quando a Polícia Judiciária solicitou documentos à Câmara, é que teve “noção de que havia incongruências”. “Naqueles em que não havia informação (se era viatura própria

ou do município), os serviços perceberam que era como estando a meter viatura própria”, explicou. José António Jesus admitiu que, a partir do momento em que foi eleito presidente da autarquia, passou a ter “um conjunto de representações mais intensas que levaram a que não preenchesse com regularidade” os boletins de itinerário, chegando a acumular vários meses. À exceção de “uma ou duas vezes” em que foi a sua secretária a preencher o boletim, habitualmente era ele que o fazia, baseando-se em dados da agenda que esta lhe fornecia. Quando questionado se não se apercebia de que lhe estavam a pagar dinheiro a mais, o autarca respondeu que não, porque, como por vezes se juntavam vários meses, não tinha noção a que mês

se referia o montante recebido. José António Jesus foi confrontado com alterações de datas nos boletins de itinerário, que referiu ter feito na sequência da confrontação de documentos (agenda, boletins de itinerário e extratos de Via Verde do município), em julho de 2017, quando se apercebeu de que haveria inconformidades e quis perceber quais. Por exemplo, uma deslocação a Coimbra foi mudada de 21 para 22 de setembro de 2015, porque, ao confrontar o boletim de itinerário com a sua agenda, verificou que, no dia 21, teve Assembleia Municipal em Tondela e não poderia estar em Coimbra, justificou. José António Jesus disse ainda que várias pessoas (entre técnicos, vereadores e assessores) usavam as viaturas disponíveis para a presidência, o que muitas vezes

obrigava a que usasse as pessoais. “Não havia registo, nem présinalização”, contou, explicando que, muitas vezes, a decisão de qual viatura levar era tomada no próprio dia, mediante a disponibilidade. José António Jesus e Pedro Adão foram acusados pelo Ministério Público em dezembro de 2019. No início desse ano, durante uma reunião de Câmara, os autarcas anunciaram que já tinham devolvido o dinheiro recebido indevidamente: o primeiro entregou 11.099,76 euros e o segundo 10.144,68 euros. Na altura, o Ministério Público disse ter requerido a perda de mandato relativamente aos dois arguidos.

ACERT estreia “Car12, a grande viagem” em teatro e música sem palavras “Car12, a grande viagem” é a última produção de 2020 da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), que se estreou, dia 15, , e coloca em palco dois 'músicos-atores' com “a palavra escondida”, para a fazer despertar no espectador. “Diria que é uma viagem pela palavra escondida, uma viagem que duas pessoas optam por fazer. Chegam a um local surpreendentemente agradável para eles e aí abancam e acontecem várias aventuras durante essa estadia”, adiantou o encenador. José Rui Martins, também diretor artístico do Trigo limpo Teatro ACERT, disse que “é a ausência da palavra, se bem que entendida como a palavra dita”, que marca a ação, uma vez que “o espetáculo não tem a palavra, mas tem a palavra contida em cada gesto, em

cada atitude”. “Mesmo as próprias músicas que, não sendo cantadas, têm palavras subjacentes, e aquilo que desejamos é que o espectador ao seguir esta viagem, encontre as palavras que realmente conduzem as ações e que o subtexto deste espetáculo seja como se fosse um grande texto”, acrescentou. O encenador explicou que em palco estão Miguel Cardoso e André Cardoso, que não têm parentesco familiar. São músicos, e “foi a música que os fez cruzar o caminho, e têm os dois experiências pontuais no teatro”. “Como trabalho de fundo, é o primeiro que fazem. O André Cardoso é professor de música no Conservatório Azeredo Perdigão, em Viseu, e o Miguel Cardoso é professor na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade

Católica de Viseu, e faz umas consultas em clínicas e ainda tem tempo para isto, para criar e fazer acontecer”, contou. José Rui Martins adiantou que “o Miguel [Cardoso] anda, pelo menos, há uns 10 anos, a amadurecer este espetáculo, criou-o, construiu os instrumentos musicais e, juntamente com o André [Cardoso], desenvolveu este guião”. “Esta grande viagem é conduzida fundamentalmente por um espírito inventivo e um amadurecimento da ideia original que constituiu um desafio artístico e criativo cujo resultado, pelo menos para quem trabalha no espetáculo, é extremamente gratificante”, elogiou. No palco estão “duas pessoas que têm provas dadas e com uma relação afetiva muitíssimo forte, e

depois é uma caixinha de surpresas”, disse, sem querer desvendar o que se passa ao longo dos 60 minutos de viagem. “A interpretação teatral é tão equilibrada como a musical, e a forma como corresponderam aos desafios que nos fomos fazendo uns aos outros é extremamente maravilhosa, porque são dois intérpretes que sonhavam com isto desde há muito, e isso nota-se na cumplicidade que têm”, caracterizou. José Rui Martins admitiu que se questiona “como é possível ter uma resposta tão grande em termos interpretativos”, e afirmou não ter “a mínima dúvida que isso advém de um sonho que [os intérpretes] vêm alimentando dentro de si e que estava mortinho para sair, e este 'Car12' é exatamente isso, uma viagem pelo fantástico”.

“Não é um espetáculo que, do nosso ponto de vista, tenha catalogação, ou seja, se é de mímica ou ‘clown’. Há uma linguagem que estamos a explorar e que cruza tudo isso. A linguagem 'chapliniana' ou todos esses universos, mas procurando encontrar também alguma identidade na própria representação dos dois músicos/atores num guião fortemente marcado por uma partitura musical, e é arrepiante”, considerou. O encenador não escondeu a “imensa felicidade” com os resultados obtidos e, “sem qualquer tipo de pretensiosismo”, assegurou que “é um espetáculo do ponto de vista artístico e criativo que tem muita novidade na cena teatral e musical portuguesa”.

Lusa


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Quinta-feira 17/12/2020

Ministra da Coesão Territorial otimista com empresas “em contraciclo” Tábua de enchidos, cabrito assado no forno e arroz doce, ementa do fim-de-semana gastronómico É já esta sexta-feira, sábado e domingo (18, 19 e 20 de dezembro) que três restaurantes do concelho de Moimenta da Beira têm nas ementas “tábua de enchidos” como entrada, "cabrito assado no forno" como prato principal e “arroz doce” como sobremesa. Faz tudo parte da iniciativa inserida na XII edição dos Fins-de-Semana Gastronómicos, evento promovido pelo “Turismo do Porto e Norte de Portugal”, com o apoio da Câmara Municipal, que visa promover e posicionar o produto endógeno “gastronomia e enoturismo”.

cas, ruelas de caráter popular, montes ermos com referências religiosas, o visitante absorve a historicidade deste município, corredor de povos errantes, que marcaram de forma indelével o “Modus Vivendi” e a Cultura das nossas gentes. Fica lançado o desafio para um ‘touring’ pelo Município de Moimenta da Beira!

Oito unidades de alojamento do concelho aderiram também, e vão fazer descontos nas estadias. O programa permite ainda visitas grátis à Fundação Aquilino Ribeiro, em Soutosa, e à Casa Museu Gente da Nave, em Alvite. Nos dias em que os visitantes permanecerem em Moimenta da Beira, há paisagens, recantos, casario e muita história para ser sentida, alguma com mais de cinco mil anos, cujo testemunhomaior é a necrópole megalítica do Planalto da Nave, no cimo da Serra de Leomil.

(telef: 254 583 257 - GPS: 40.980552, 7.614227); - Quinta do Melião, Arcas, Sever (telef: 254 588 143 - GPS: 41.008311, 7.682299).

Muito do que se pode (e deve) visitar está relatado na obra ímpar do escritor Aquilino Ribeiro, que viveu numa dessas aldeias de pedra do concelho, carregadas de lugares mágicos: a ‘sua’ Soutosa. Há, por isso, muito para calcorrear por serranias e zonas ribeirinhas, sítios onde o visitante encontra inspiração e vivências únicas recheadas de emoção nos recantos inóspitos habitados por uma diversidade de património natural. E deambulando por entre o património arquitetónico secular que ornamenta praças emblemáticas e históri-

Restaurantes aderentes - Peto Real (Hotel Verdeal), Moimenta da Beira (telef: 254 584 061/2 - GPS: 40.981435, -7.610715); - Prato Dourado, Moimenta da Beira

Unidades de alojamento aderentes - Hotel Verdeal, Moimenta da Beira (telef: 254 584 061/2 - GPS: 40.981435, 7.610715); - Solar dos Correia Alves, Moimenta da Beira (telef: 919 439 663 / 254 588 127 - GPS: 40.981434, -7.610746); - Casa do Monge, Sever (telef: 968 628 069 / 968 427 503 - GPS: 41.000019, 7.706539); - Moinho d’Antoninna, Leomil (telef: 967 616 495 - GPS: 40.971992,-7.64727); - Quinta da Regada do Moinho, Segões (telef: 968 700 924 - GPS: 40.85986200, 7.68228200); - Quinta Sul América, Castelo (telef: 966 125 887 127 - GPS: 41.006024, 7.617956); - Casa de Paradussa, Paraduça (telef: 914 820 423 - GPS: 40.990535, 7.678248); - Parque de Campismo, Barragem de Vilar (telef: 969 956 006 - GPS: 40.985733,

A ministra da Coesão Territorial disse , dia 15, que está “muito contente” depois de ter visitado empresas na região Centro que “estão em contraciclo” nesta altura de pandemia, ou seja, têm aumento de encomendas e estão a investir. “Vou muito otimista. Todas as empresas onde fomos [hoje] reportaram-nos um aumento da atividade inesperado. Estão a investir, vão continuar a investir”, afirmou Ana Abrunhosa. A ministra falava à agência Lusa depois de ter visitado a Sociedade Franco Portuguesa de Capacetes (SFP), em Carregal do Sal, no distrito de Viseu, empresa que, sublinhou, “depois da pandemia, sentiu como nunca um aumento da atividade” e cujos responsáveis “já estão a pensar” em expandila. Durante o dia, a governante visitou a IHCARE, em Penela, distrito de Coimbra, uma ‘start-up’ tecnológica da área da saúde e que surgiu da ideia de uma enfermeira para higienização que evite contágios de vírus e bactérias e que se encontra em fase de testes quer em Portugal, quer na Alemanha. Em Gouveia (distrito da Guarda), a ministra da Coesão Territorial também esteve na IOLine, uma unidade de desenvolvimentos de sistemas de automação empresarial e residencial, que desenvolveu o Mordomus, o sistema de casas inteligentes, domótica, na sua totalidade. Ana Abrunhosa terminou o dia de visitas a empresas da região Centro, na companhia da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, na SFPC em Carregal do Sal, na zona industrial de Oliveirinha. “As empresas que visitámos estão em contraciclo, estão a acrescer em atividade, em encomendas, estão a investir simultaneamente e vou muito otimista esperando que, de facto, para o ano seja cada vez maior o número de empresas que esteja nesta situação”, assumiu a ministra.

Ainda assim, Ana Abrunhosa reconheceu que “há muitas empresas em dificuldades, mas há a expectativa de para o ano recomeçar a atividade económica com o aumento da imunidade e, com isso, a situação económica comece a retomar”. Contrariamente àquelas duas primeiras empresas, que “receberam apoio, dentro das medidas lançadas pelo Governo para apoiar as empresas no âmbito da pandemia”, a SFPC não recebeu qualquer apoio, mas foi alvo da visita, “por causa de um desafio lançado na rede social Twiter”. “Quando o Miguel Oliveira ganhou a prova alguém nos desafiou a visitar a fábrica onde era feito o capacete que o piloto usava, porque isso é que era a verdadeira coesão territorial, porque acontecia aqui, em Carregal do Sal, em Portugal”, contou. No decorrer da visita à fábrica, Ana Abrunhosa ficou a saber que, apesar do capital da empresa ser todo francês, “o grupo tenta trabalhar ao máximo com parceiros portugueses ou, pelo menos, europeus”. “O que não é difícil, porque em Portugal temos muita qualidade em bons preços. Trabalhamos com fornecedores em Aveiro, Peniche, Figueira da Foz, Leiria, Porto, por exemplo, e depois temos na Tailândia onde temos a outra fábrica do grupo”, explicou o diretor de produção. Otávio Saraiva contou que, depois de um mês e meio em ‘lay-off’, a empresa registou “em setembro, um dos melhores meses de sempre”, com “33.500 capacetes produzidos”, um aumento de produção que é explicado, “pelo aumento de vendas de ‘scooters’, especialmente elétricas, talvez, pelo receio de andar em transportes públicos”. A empresa, que exporta mais do que vende em Portugal e tem mais de 200 trabalhadores, produz, em média, 300.000 capacetes ao ano, sendo que fabricam mais de 60% da marca internacional Shark.

Assembleia Municipal da Guarda propõe apoio ao setor da restauração A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por maioria, uma proposta do CDSPP para apoiar o setor da restauração considerado “um dos mais fustigados pela perda de rendimento” devido à pandemia causada pela covid-19. A proposta, apresentada pelo deputado municipal Henrique Monteiro, sugere que as refeições que são fornecidas pelas instituições sociais ao apoio domiciliário, aos sábados e domingos, “passem a ser suportadas pela autarquia, adquirindo as mesmas nos restaurantes locais”. A medida permitiria “aliviar o esforço financeiro dessas mesmas instituições e a folga necessária em alguns recursos humanos que começam a ser escassos, bem

como um apoio direto ao rendimento perdido por parte da restauração”. “A Câmara [Municipal da Guarda] já anunciou algumas medidas de apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e à economia local e o CDS entendeu que esta medida seria transversal”, disse Henrique Monteiro, acrescentando que, com a iniciativa, “apoia-se o comércio e também as IPSS”. Segundo o texto da proposta, “apesar de existirem alguns apoios do Governo, é dever da Câmara Municipal cooperar com todos os organismos e entidades, públicas e privadas, e liderar a sociedade civil no combate às consequências da pandemia”.


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Quinta-feira 17/12/2020

Resende

Detido em flagrante por tráfico de droga O Comando Territorial de Viseu, através do Posto Territorial de Resende, dia 14 de dezembro, deteve em flagrante delito um homem de 42 anos por tráfico de estupefa-

um comportamento nervoso, levantando suspeitas. Foi efetuada uma revista ao homem, tendo em sua posse dez doses de liamba.

Castro Daire

Três detidos por tráfico de estupefacientes O Comando Territorial de Viseu, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Lamego, dia 15 de dezembro, deteve dois homens de 38 e 47 anos e uma mulher de 28 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Castro Daire. No decorrer de uma investigação que teve início há cerca de 18 meses, os militares da Guarda apuraram que os suspeitos traficavam essencialmente nos concelhos de Lamego, Tarouca e Castro

cientes, no concelho de Resende. No âmbito de uma ação de policiamento, os militares abordaram o suspeito que, durante a passagem da patrulha, manifestou

Este Natal, em Viseu, o mote lançado pelo Município – “Escolha bem, Escolha Local” – estende-se também ao digital e ao projeto VISEU COMPR’AQUI. Até ao final do mês de dezembro, dia 31, todas as compras realizadas nas lojas aderentes de Viseu, através da aplicação “CTT – Comércio Local”, usufruem de um desconto de 50% na taxa de entrega, entrega essa que se estende também a todo o país. O processo é bastante simples: o cliente apenas tem de descarregar a APP “CTT – Comércio Local” (disponível na Play Store ou na Apple Store), navegar pelas lojas disponíveis online, escolher e encomendar os seus produtos de eleição. Toda a parte associada ao pagamento e entrega ao domicílio é assegurada pelos CTT, com toda a comodidade e segurança. Desde o seu lançamento, o projeto VISEU COMPR’AQUI conta já com 34 lojas online aderentes. Do artesanato às frutas e carnes, dos vinhos e licores à doçaria, do azeite a outros produtos endógenos, do vestuário à sapataria, dos produtos para casa e jardim aos de limpeza automóvel, há uma oferta bastante diversificada nesta plataforma digital dedicada ao comércio local.

·

47 doses de cocaína;

·

Uma balança de precisão;

·

Uma espingarda alterada;

·

18 cartuchos de calibre 12;

·

Dois veículos;

O suspeito foi constituído arguido, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Lamego.

VISEU COMPR’AQUI oferece 50% de desconto nas taxas de entrega para todo o país Campanha de Natal decorre até 31 de dezembro. São já 34 lojas de Viseu aderentes e disponíveis online na APP “CTT – Comércio Local”

material: · 172 doses de heroína;

A par de Viseu, integram também já esta APP os municípios de Caldas da Rainha, Penafiel e Vila Real. Apoiar os pequenos produtores, comerciantes e empresários locais, através da criação de lojas online onde possam promover e vender os seus produtos, incentivando a transição digital dos seus negócios e, consequentemente, o seu alcance e notoriedade, foi o objetivo do Município de Viseu ao firmar esta parceira com os CTT. Por outro lado, o lançar deste projeto constitui também uma medida de resposta aos efeitos da crise económica junto deste setor, provocada pela pandemia COVID-19. Neste contexto, o Município assumiu o compromisso de garantir a gratuitidade do primeiro ano a todos os aderentes. O interessados em aderir ao projeto e lançar a sua loja online poderão fazê-lo em www.viseucompraqui.pt, o site online onde poderá aceder ao formulário e condições de adesão, mas também a contactos úteis de entidades e serviços que prestam apoio nesta inscrição/gestão. São ainda parceiros deste projeto a Associação Comercial do Distrito de Viseu, a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e a VISEU MARCA. O portal “Centro Market” é parceiro de divulgação do projeto.

Daire. No seguimento das diligências policiais, foram realizadas duas buscas domiciliárias e quatro em veículo, que culminaram na apreensão do seguinte

· Um motociclo; · Diverso material de embalamento, corte e acondicionamento de estupefaciente.

Concertos, cinema e residências artísticas marcam programação cultural de Ílhavo Os três primeiros meses da programação cultural do Município de Ílhavo vão ser marcados por uma dezena de espetáculos, uma sessão cinema e cinco residências artísticas, revelou fonte do projeto 23 Milhas. No mês de janeiro salientam-se, na programação, o concerto de Júlio Resende, no dia 15, e o espetáculo Aurora Negra a 29, com Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Iracema. O projeto cultural 23 Milhas destaca, para fevereiro e março, a estreia do formato 'concerto-filme' “Nu”, sobre o terceiro álbum dos First Breath After Coma, e a apresentação da mais recente peça de Tiago Rodrigues, “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, uma parábola sobre a democracia estreada em Guimarães, e entretanto já publicada em França. A 4 e 5 de fevereiro o Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre acolhe a terceira edição do “Territórios Públicos”, encontro de serviços educativos e mediação. No dia 13 de fevereiro, é a Casa da

Cultura de Ílhavo a receber Ricardo Fino, e, no dia seguinte, sobe o pano do espetáculo para bebés “Mimar”, da Passos e Compassos. A banda de Leiria First Breath After Coma apresenta pela primeira vez o seu disco “Nu”, em conjunto com o filme com o mesmo nome, no dia 20 de fevereiro, mês que fecha com três sessões, nos dias 26, 27 e 28, do espetáculo “A Noite da Dona Luciana”, encenado por Ricardo Neves-Neves. “Catarina e a beleza de matar fascistas”, é uma grande produção de Tiago Rodrigues, com duas sessões agendadas para março, mês em que decorre também uma edição especial do festival Palheta. A fadista Sara Correia apresenta também o seu segundo disco, “Do coração”, na Casa da Cultura de Ílhavo. Além dessas propostas são anunciadas cinco residências artísticas, um seminário para o associativismo cultural em parceria com a D’Orfeu, oficinas de luz e som e ainda uma oficina de Dança e Literatura destinada aos mais novos.


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Saúde 7

Quinta-feira 17/12/2020

Cientistas da UC desenvolvem solução para possibilitar a auscultação convencional nos pacientes Covid-19 O estetoscópio é um instrumento essencial na prática da medicina. No entanto, face à pandemia de Covid-19, os médicos, especialmente os pneumologistas e internistas, foram obrigados a abandonar este meio de diagnóstico, devido às medidas de proteção individual exigidas aos profissionais de saúde e à imposição de uma distância segura dos pacientes infetados, para evitar o risco de contágio. A impossibilidade do uso do estetoscópio gera dificuldades no diagnóstico e na avaliação adequada dos pacientes com Covid-19 e obriga a recorrer a outros meios de diagnóstico mais dispendiosos, como o raio X ou ecografia. Um grande obstáculo que acaba de ser ultrapassado graças a uma solução tecnológica desenvolvida por uma equipa de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com os médicos Carlos Robalo Cordeiro e Tiago Alfaro, do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Basicamente, os cientistas desenvolveram um software que permite a ligação remota entre o estetoscópio colocado no doente e o médico,

através de um telemóvel android, um estetoscópio eletrónico comercial e uns auriculares. A ligação pode ser efetuada por cabo ou por sistema bluetooth. «É uma solução de engenharia muito simples, mas que resolve um grande problema operacional que os médicos enfrentam, permitindo restabelecer o uso de um instrumento essencial de diagnóstico e prognóstico», afirmam os autores da solução, Henrique Madeira, João Santos e Paulo de Carvalho, do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC). «Com a auscultação pulmonar ouvem-se e distinguem-se sons característicos de diversas situações clínicas broncopulmonares. Com esta solução será possível obter essas úteis informações de modo remoto e permitir uma tomada de posição terapêutica sustentada», salienta, por seu lado, o pneumologista Carlos Robalo Cordeiro. A solução vai ser disponibilizada gratuitamente a toda a comunidade médica internacional. Para tal, basta efetuar o download da aplicação “SafeSteth” na Google Play Store e adquirir um estetoscópio eletrónico Littmann, cujo valor comercial varia entre 200 e 300 euros.

Os investigadores vão também colocar o código fonte (software) em domínio público, de forma a que outros cientistas possam contribuir para melhorar e / ou alargar as funcionalidades da solução agora desenvolvida. Esta tecnologia foi criada no âmbito do projeto de investigação “Lung@ICU - Ferramentas avançadas para diagnóstico e prognóstico em pneumologia @ Cuidados Intensivos”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), centrado no desenvolvimento de um conjunto integrado de ferramentas de diagnóstico e prognóstico baseado em Inteligência Artificial (IA), com base em auscultação remota de som torácico e tomografia por impedância elétrica (EIT). Este projeto tem como objetivo dar resposta a três grandes desafios enfrentados nos atuais ambientes hospitalares para combater doenças pandémicas: dificuldades no diagnóstico e avaliação adequada dos pacientes com Covid-19, escassez de profissionais treinados em pneumologia e unidades de cuidados intensivos (UCI) e necessidade de ferramentas de apoio à decisão adequadas para o diagnóstico e prognóstico preciso da evolução da doença.

O Inverno está a chegar, mas este ano estou preparado! Os estados gripais são provocados por vírus da família Influenzae, mais presentes entre o início do Inverno e o final de fevereiro. Os seus sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, cansaço, dores musculares e nas articulações, tosse, irritação nos olhos e vias nasais e, eventualmente, vómitos e diarreias. Este é um ano diferente, pois outro vírus nos bate à porta e nos assusta. A pandemia COVID-19 veio alterar as nossas vidas e o que pensávamos como adquirido estava, afinal, muito longe de ser real. Tivemos de nos adaptar a um “novo normal”, com todas as condicionantes inerentes à vida numa pandemia. A adoção de medidas de prevenção contra a COVID-19, como a lavagem frequente das mãos, utilização de máscara e distanciamento físico, podem ajudar a diminuir a prevalência dos estados gripais. E então… o que podemos fazer como prevenção? - Alimentação A alimentação pode e deve ter um papel importante na prevenção dos estados gripais e de outras doenças respiratórias. Com a diminuição da temperatura torna-se difícil a ingestão da quantidade de água essencial e por isso a sopa é um alimento importante. Os hortícolas de cor

verde escura bem como os de cor alaranjada fornecem grande parte das vitaminas e minerais de que necessitamos. Se a eles juntarmos a fruta da época, cítrica, muito rica em vitamina C e os frutos oleaginosos como as avelãs, nozes e amêndoas teremos a suplementação em selénio e zinco de que necessitamos. - Exercício físico A prática de exercício físico moderado e contínuo é fundamental para aumentar a resposta imunológica do organismo. Melhora o bem-estar e ajuda-nos a diminuir o stress. Promove ainda uma melhor oxigenação celular e um melhor funcionamento do coração e pulmões. - Medicação e suplementação na prevenção e tratamento dos estados gripais Existem, ainda, alguns suplementos que podem ajudar-nos a reforçar o sistema imunitário preparando o nosso corpo para lidar melhor com os estados gripais. Vitamina D Longe vai o tempo da toma de óleo de fígado de bacalhau durante os invernos. Este foi um dos primeiros suplementos usados para aumentar as nossas defesas imunitárias com uma forte concentração em Vitamina D e Vitamina A. A Vitamina D pode atuar como imunomodulador, aumentando a nossa resposta defesa a vírus e bactérias. Vitamina C Esta vitamina aumenta capacidade de resposta do sistema imunitário e confere uma maior resistência do nosso corpo às infeções respiratórias. Zinco Atua na modulação imunológica do timo permitindo a proliferação celular de glóbulos brancos que nos defendem de vírus e bactérias. Alho Apresenta propriedades antibacterianas, antimicóticas e antivirais. É tradicionalmente usado

nas infeções brônquicas, do aparelho digestivo e na circulação. Equinácia Planta com propriedades imunoestimulantes ativando a proliferação de leucócitos. Atua de forma preventina e curativa em infeções respiratórias, apresentando uma ação anti-inflamatória e antiviral. Oscilloccocinum Existe a possibilidade de prevenção dos estados gripais através deste medicamento homeopático cuja composição é Anas Barbariae 200K. Aconselha-se 1 tubo com 1 g de glóbulos como dose semanal de outubro a março. Pode também ser utilizado para tratar os sintomas dos estados gripais, devendo ser tomado duas a três vezes por dia.

Vários são os medicamentos homeopáticos que podem ser utilizados para tratar e atenuar os sintomas dos estados gripais. Para a febre elevada poderá utilizar-se Belladonna ou Aconitum. Para febres mais baixas poderá utilizar-se Ferrum phosphoricum ou Gelsemium. Para as dores no corpo, que melhoram com o repouso, Bryonia é uma boa opção. Para quando todo o corpo dói Eupatorium perfoliatum é a melhor escolha. Se a tosse persistir e for seca pode experimentar Drosera, se piorar com a humidade Dulcamara e, se for de difícil expetoração, Antimonium tartaricum. Mas tão importante como a medicação é beber água.

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