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232087050 Aldeias Históricas de Portugal são o primeiro destino em rede português com um plano de combate à covid19 A Rede das Aldeias Históricas de Portugal (AHP) desenvolveu um plano operacional de combate à covid-19, com o objetivo de reforçar as 12 aldeias da rede como destino seguro e sustentável, no atual cenário pandémico. Os turistas, a população residente, mas também os agentes económicos e as mais diversas entidades do território, são os alvos de um plano que surgiu da necessidade identificada pelas AHP de requalificar e adaptar as aldeias enquanto destino seguro e de confiança. As AHP tornam-se, assim, o primeiro destino em rede, em Portugal, a desenvolver um programa tão completo de resposta à covid-19.
Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2219 - Quinta-feira, 1 de Outubro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído
Época mais critica termina com 65.000 hectares ardidos e morte de cinco bombeiros
Estrada Nacional 2 em Castro Daire reaberta após encerramento em 2019
Notícias de Viseu / Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte www.issuu.com/noticias de viseu - publicidade@noticiasdeviseu.com -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu
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2 Opinião
Escriba Nº42 – Equação Turística Parte II: Região + Portugal = Regional
01 outubro 2020 Quinta-feira
Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de Setembro 30000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião................................. Regional ............................... Diversos ................................. Saúde........................................ Última ....................................
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Conforme prometido, damos sequência à primeira parte da nossa equação turística. O ouro distrital não coube na fragilidade do nosso cofre de papel, mas o ouro é igual à lata se ninguém o observar. É isso que procuramos fazer, convidando os leitores a seguirem os corredores deste museu de letras e tinta. Na primeira parte do artigo, expusemos as pérolas regionais em seis categorias envidraçadas: História Erguida, Património Verde, Alma Popular, Ao Sabor da Terra, Distrito Museu, Beira Alta, mas Profunda. Se metade da equação foi resolvida num artigo, praticaremos uma certa democracia de páginas, com a outra metade a ser tratada no presente escrito. Ao Sabor da Terra – Aqui está uma ementa de devoções, lutas e ideias manifestas nos sabores, onde as tréguas entre o doce e o salgado são assinadas com a caligrafia ancestral das receitas, naquelas folhas cor de gema que denunciam os séculos. As carnes, doces e vinhos formam um quase inesgotável jogo de combinações e a fome tem as horas contadas. Viseu – Viriato, Castanha de Ovos,
Cabrito à Moda da Beira, Vitela Assada à Lafões, Vinho do Dão; Vinho Adega de Silgueiros; Vouzela – Sopa Seca e Pastéis de Vouzela; Santa Comba – Broinhas de Santa Columba; Lamego – Bola de Lamego; Sernancelhe – Sopa da Castanha e Bolo de Castanha; Tabuaço – Matrafões; Resende – Cavacas de Resende; Penedono - Ouriço de Castanha; São Pedro do Sul – Vouguinhas; Mangualde – Esticadinho; Tondela – Cabrito do Caramulo; Penalva do Castelo – Maçã Brava de Esmolfe e Nelas – Coelho à Mirra de Santar, Vinho Casa de Santar. Distrito Museu – Se o museu é uma das vozes da história, vários museus são um coro afinado pelo maestro do pretérito. O distrito guarda na sua bolsa geográfica museus de arte, história, religião, coleccionismo, ciência e tradição, como se fosse água cultural para a sede dos curiosos. Viseu - Museu Nacional Grão Vasco, Quinta da Cruz, Casa do Miradouro, Museu do Linho da Várzea de Calde, Casa da Ribeira, Museu Histórico da Cidade, Museu Tesouro da Sé; Lamego – Museu de Lamego; Carregal do Sal - Museu Municipal
Manuel Soares de Albergaria; Nelas – Museu José Adelino; Vila Nova de Paiva - Museu Arqueológico do Alto Paiva; Tondela – Museu da Terra de Besteiros e Museu do Caramulo; Moimenta da Beira - Museu Etnográfico de Arcozelo da Torre e Casa Museu Aquilino Ribeiro; Resende - Museu Municipal de Resende; São João da Pesqueira – Museu do Vinho; Mangualde - Palácios dos Condes de Anadia e Casa de Tibaldinho; Tabuaço – Museu do Imaginário Duriense; Mortágua – Núcleo Museológico Raízes e Memórias; Castro Daire – Museu Municipal Castro Daire; São Pedro do Sul – Termas Romanas e Palácio do Marquês de Reriz; Vouzela – Museu Municipal de Vouzela; Oliveira de Frades – Museu Municipal de Oliveira de Frades e Cinfães – Museu Serpa Pinto. Beira Alta, mas profunda – Aqui, no seio da pátria, vislumbra-se a profundeza amada pelos céus, que confunde os tempos, repulsa os traidores e agradece ao povo. Está ali, sobre o enorme coração invisível das gerações, com a companhia de casinhas de pedra, pratos de barro, santos e musgo arrefecido nos intervalos dos
caminhos. Quando a arquitectura faz pacto com o antigo e a natureza servese às gentes, conseguimos viajar no tempo sem aspirações tecnológicas e cibernéticas. Basta sentir a terra e imaginar. Lapa, Aldeia do Fujaco, Póvoa Dão, Salzedas, Ucanha, Aldeia da Pena, Salzedas, Maceira Dão, Povolide, Alhais, Vildemoinhos, Cabrum, Santar. O artigo dividido em duas partes explica-se pela fartura da oferta distrital (e ainda existiram esforços de síntese). O leitor tem a poltrona da proximidade e o açúcar do berço à sua disposição. Um olhar pode salvar os séculos. Venha, visite a nossa região, visite o nosso país. O amor é mais belo quando fala, move e olha. Francisco Paixão
Pindelo de Milagres
O postigo do meu cubículo Através da Revista Internacional COMMUNIO que se publica em 13 línguas, na publicação de 15 de Outubro de 1992 vamos extrair alguns parágrafos de extensos textos de autores estrangeiros e portugueses. Tenho autorização da respetiva Direção. Como este número da Revista é do princípio ao fim, no sentido de alertar todos mas todo)o mundo na interessantíssima preservação do meio ambiente, este camponês pergunta ao prezado leitor se está verdadeiramente interessado, neste caso de vida ou de morte... Começamos pelos dizeres do Professor Roberto Carneiro 'fi recente ECO-92 e a cimeira da Terra transformou o Rio de Janeiro no centro da consciência mundial. Um aparte para dizer, infelizmente,esta expressão" "é o TRANSFORMAVAS I " A Educação Ambiental dirige-se a uma formação de uma reta consciência sobre questões do Homem é da sua interação com a Natureza e por conseguinte ao aprofundamento inevitável das implicações éticas que essa temática abarca. Uma Educação para os Valores e não uma Educação mais ou menos tecnocrática, basicamente neutra, que não tem a coragem de enfrentar a pluridimensionalidade de personalidades humanas em formação aberta não apenas ao fascínio da aquisição cognitiva como também à aventura da percepção ética, estética, afectiva, transcendente e espiritual da vida. A Terra é um dom da Criação. Daí que
os valores em presença não sejam redutíveis a uma visão redutoramente mercantil ou utilitarista. "Não herdamos a Terra dos nossos avós mas tornamo-la emprestada aos nossos filhos" é um velho e sábio proverbio. Entender o mundo como criação significa em primeiro lugar, que ele nos é confiado como concessão. O Mundo é uma dádiva Deus ao Homem e é-lhe concedido para que o ofereça também por sua vez. A criação é-nos colocada nas mãos como herança. Não temos nenhum direito de a destruir ou de a agravar com hipotecas que neste momento já são incalculáveis. Esteja onde estiver, seja qual for a sua ocupação, pode ajudar a preservar o ambiente; todos nós, cada um temos tremenda responsabilidade de salvar o planeta, o mesmo é dizer a defesa da vida da Terra... a sua própria Vida, porque também e disso que estamos estado a falar! Porque não utilizar muito menos os carros e viajar nas carreiras. Porquê tanto entulho de plásticos, etc, etc. De Peter Henriei, a recente ECO-92 realizada no Rio da Janeiro veio relançar a nível internacional a questão da preservação do ambiente como tarefa fundamental cometida à humanidade; sobretudo na responsabilidade que compete neste domínio aos governos das nações e aos detentores do poder económico,e não apenas. Nesta questão ecológica manifesta-se de modo preocupante e extrema, a in-
vasão dos valores operada na modernidade uma vez que se dá, entre imensas coisas o primado ao interesse de grandes grupos económicos em detrimento do primado da pessoa humana e da sua relação social. Na problemática ambiental estaríamos em presença do que o Magistério recente da Igreja chama de "estrutura de pecado". A revista COMMUNIO que neste número fazer eco desta problemática tão atual. Os diversos artigos aqui apesentados são contributo para reflexão e para a responsabilidade que todo o mundo cabe cada um em particular no âmbito da cultura tecnológica. Do texto do Klans Toper. Uma compreensão da Natureza de que modo falso coloca o homem no centro; que considera a natureza como simples objecto; que sobrevaloriza as capacidades humanas para a conser vação da vida natural e não entende o valor autêntico da natureza ética em virtude da qual não mais ocupam o seu devido lugar o respeito por todas as formas da vida, a humanidade, o cuidado e a consciência dos problemas. O ser humano não é 'a medida de todas as coisas" pois a humanidade juntamente com os animais e plantas com a terra, a água, o ar, e o fogo, urge a história da natureza como uma entre milhões de espécies, na árvore da vida em geral. As pessoas sensibilizam-se, gostam de ver, muitas vezes apreendem, o que está para além do espetáculo que lhes chama atenção.
Certamente que se interrogam, por exemplo: Como é possível que um casal de cagarras faça o ninho numa cova de um rochedo perdido nas ilhas Selvagens no meio do Atlântico, parta para milhares de quilómetros de distância e volte num ano depois ao mesmo rochedo, à mesma cova ao mesmo ninho? Que memória que instinto, que sentido se alberga no cérebro desta ave para não errar um milímetro da longitude ou da latitude, viajando sem computador, sem satélite, sem bússola, sem astrolábio! Esta é cá do "rapaz"; neste momento com 80 anos, 8 meses, 15 dias e 4 horas — idade é sabedoria salvar o Ambiente é com efeito primordial mente, salvar o próprio Homem das garras da sua cega antropologia comportamental e levá-lo empenhar-se na pacificação das relações entre espécies e destas com o mundo inanimado. Biodiversidade e sua preservação é um apelo fortemente repetido. (Quem não tiver um bom dicionário, antropologia é a ciência do homem e da mulher; estudo das raças e populações humanas do ponto de vista físico;- cultural: estudo do homem e da mulher nos seus diversos aspectos, constituindo o grupo das ciências humanas: etnologia, história, sociologia, psicologia social e psicologia.) Custódio Vale Duarte
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Aldeias Históricas de Portugal são o primeiro destino em rede português com um plano de combate à covid-19 A Rede das Aldeias Históricas de Portugal (AHP) desenvolveu um plano operacional de combate à covid-19, com o objetivo de reforçar as 12 aldeias da rede como destino seguro e sustentável, no atual cenário pandémico. Os turistas, a população residente, mas também os agentes económicos e as mais diversas entidades do território, são os alvos de um plano que surgiu da necessidade identificada pelas AHP de requalificar e adaptar as aldeias enquanto destino seguro e de confiança. As AHP tornam-se, assim, o primeiro destino em rede, em Portugal, a desenvolver um programa tão completo de resposta à covid19.
Património, Mobilidade, Comércio e Natureza. Para fundamentar a análise, foram efetuadas visitas aos locais, além de entrevistas, questionários e workshops. O diagnóstico à segurança sanitária destacou a existência de pontos bastante positivos, mas também alguns a rever, transversais a várias aldeias ou específicos de uma só. A principal dificuldade transversal às AHP relaciona-se com a mobilidade, uma vez que uma parte significativa do tecido urbano das aldeias é composto por vias estreitas, que não facilitam o distanciamento, no caso de se registarem grandes fluxos de turistas. O plano sublinha a necessi-
Castelo Novo
O plano, elaborado em parceria com a consultora Deloitte, partiu de um desafio lançado pelas AHP, visando garantir que todo o ecossistema do Turismo instalado nas 12 Aldeias Históricas de Portugal tenha capacidade de resposta à nova situação, de forma a acautelar os interesses das comunidades locais e, simultaneamente, transmitir um sentimento de segurança que atraia os turistas. A consultora analisou a situação nas 12 aldeias e a sua capacidade de adaptação à nova realidade, nomeadamente nos vetores Alojamento, Restauração,
dade de sensibilização dos turistas, residentes, agentes económicos e entidades diversas para os efeitos da pandemia, uma vez que a maioria da população das aldeias se encontra num grupo de risco, devido à idade avançada. Nesse sentido, e para dar resposta às necessidades identificadas, transversais e específicas, o plano elenca um conjunto de medidas a aplicar, repartidas por três eixos: Digitalização, com a implementação de medidas diversas que digitalizem processos, com vista à redução dos pontos de contacto;
Físicas, com o desenvolvimento de medidas de adaptação sanitária em termos de mobilidade, informação e higiene; Capacitação, com a produção de guias de boas práticas de segurança sanitária e de sustentabilidade (o Manifesto do Turista Responsável é disso exemplo), a organização de ações de capacitação como webinars de Esclarecimento “Destino Seguro e Sustentável”, mas também a implementação de diferentes sistemas de monitorização, de modo a avaliar a evolução da adoção das medidas de mitigação implementadas, bem como a implementação de tecnologias com funcionalidade de gestão de fluxos. No fundo, o plano propõe um conjunto de iniciativas que, objetivamente, mitigam os riscos de propagação do vírus em cada Aldeia Histórica. Recorde-se que as Aldeias Históricas de Portugal são também o primeiro destino em rede à escala mundial e o primeiro destino nacional a receber a certificação “Biosphere Destination”, que distinguiu a estratégia das AHP na defesa da preservação do território, da natureza e das tradições e costumes das gentes locais.
Sortelha
numa viagem ao tempo de reis e rainhas, épicas e infinitas batalhas que escreveram a História como a
um sem fim de trilhos para caminhadas e percursos de bicicleta e BTT – como a Grande Rota 22 (GR),
Marialva
Sobre a Rede das Aldeias Históricas de Portugal: Perdidas entre montes e vales da verdejante paisagem do interior de Portugal, repletas de lendas e castelos, sabores e tradições, há 12 singelas aldeias onde apetece perdermo-nos, para nunca mais nos encontrarmos. Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso: as Aldeias Históricas de Portugal, um destino que são 12, são paraísos escondidos que nos levam
conhecemos hoje. Viajar até às Aldeias Históricas de Portugal é, assim, descobrir a História de um país de temerários conquistadores, através das pedras das suas calçadas e das suas frondosas muralhas e castelos, orgulhosa e imponentemente erguidos. É, ainda, a garantia de momentos inesquecíveis de lazer, aventura e descoberta, temperados com os inigualáveis aromas e sabores da região, que compõem a sua típica gastronomia. No território das Aldeias Históricas de Portugal há
a maior rota de Walking & Cycling em Portugal, com cerca de 600 km. As Aldeias Históricas de Portugal são o primeiro destino em rede – à escala mundial –, e o primeiro destino nacional a receber a certificação BIOSPHERE DESTINATION. A Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal (GR22) é a maior rota europeia para caminhadas com selo Leading Quality Trails – Best of Europe, entregue pela European Ramblers Association (Associação Europeia de Caminhada).
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Benedita Rua, da Escola de Hotelaria e Turismo do DouroLamego, representa Portugal no Euroskills Graz, na Áustria Está fechada a equipa que vai representar Portugal no Campeonato Europeu das Profissões em Graz, na Áustria, em janeiro de 2021.
periência simulada" de um campeonato internacional em termos de provas, de avaliação, de pressão e de horários. O World Skills são competições dirigidas
A Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego envia um representante, a aluna Benedita Rua, para esta competição. A aluna terminou o curso de Técnico de Restaurante/Bar no passado ano letivo e ingressa, este ano, o curso de Gestão e Restauração de Bebidas. A aluna vai competir na categoria Restaurante/Bar. Os jovens apurados estão, esta semana, a cumprir a 1.ª semana de estágio para o Campeonato Europeu das Profissões, EuroSkills Graz 2021, no Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto. Ao longo de uma semana, toda a seleção portuguesa que irá competir no World Skills, vai viver a "ex-
a jovens entre os 17 e os 25 anos, que concluíram ou se encontram a frequentar um percurso de qualificação, em modalidades de educação e formação profissional,e visam demonstrar o nível individual de competências, rigor e domínio de técnicas e de ferramentas para o exercício de cada profissão a concurso, através da realização de provas práticas de desempenho avaliadas segundo critérios exigentes e de acordo com prescrições técnicas estabelecidas internacionalmente por júris compostos de peritos altamente qualificados (formadores, profissionais, empresários).
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Banco de Terras atribui primeira exploração a um pastor No âmbito do “Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro” e do Banco de Terras para pastores promovido pela COAPE – Cooperativa Agro-pecuária dos Agricultores de Mangualde, foi atribuída a primeira exploração para a instalação de um pastor que irá investir na produção de leite de ovelha da raça autóctone Serra da Estrela. Este é o resultado de um esforço conjunto das entidades locais e regionais para a valorização da atividade da pastorícia e da produção de queijo com DOP, pela importância que esta atividade possui na manutenção e preservação do património e paisagem dos territórios que integram a região DOP. Rui Costa, presidente da COAPE, sublinha a “importância do banco de terras no apoio concreto na revitalização da atividade da pastorícia e na manutenção das raças autóctones”. Pretende-se assim “aumentar aprodução de leite das raças autóctones, Bordaleira e Churra Mondegueira no território, ao permitir que novos empresários agrícolas possam investir na fileira ou, aos já existentes, para que possam aproveitar as terras disponíveis e subaproveitadas. A
única -“Vou passar a conseguir ter uma fonte de rendimento certa, fazer o que realmente gosto e até aumentar a produção dentro da região DOP” com o fornecimento de matéria-prima a várias queijarias certificadas para fabricação de queijo com DOP Serra da Estrela, adiantou Vítor Pais Almeida, pastor a quem foi atribuída a exploração do terreno. Já para o proprietário desta parcela de terra, que agora é cedida à exploração para atividade pastorícia, caracteriza esta iniciativa “como inteligente e inovadora” na perspetiva que contribui “para a benfeitoria do terreno, dando a produzir o que antes estava improdutivo”, sublinhou Germano Loureiro. Este é um projeto levado a cabo pela Cooperativa Agro-pecuária dos Agricultores de Mangualde que permite facilitar o acesso à terra nos municípios de Mangualde, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia, Fornos de Algodres e Penalva do Castelo aos novos empreendedores rurais que se queiram dedicar à pastorícia; evita o abandono e degradação das paisagens e contribui para o crescimento e sustentabilidade da economia de base
COAPE estará sempre na linha da frente, junto dos seus produtores, na procura de novas abordagens inovadoras que promovam benefícios económicos e ambientais”, adianta o responsável. No caso específico deste pastor, a atribuição de uma exploração revestiuse de especial importância. Devido ao facto de a zona de pastagem do seu rebanho estar anteriormente localizada fora da região DOP Serra da Estrela. Por esta razão estava impossibilitado de fornecer matéria-prima para a produção deste queijo DOP, mesmo apesar de o jovem pastor já ter um rebanho da raça Serra da Estrela – é só com o leite destes animais que é possível produzir queijo com DOP Serra da Estrela. O arrendamento da exploração através dobanco de terras para pastores da COAPE foi assim uma oportunidade
rural. O Banco de Terras para Pastores é uma iniciativa financiada pelo Programa Operacional Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia.
Resende – Detido em flagrante por tráfico de estupefacientes O Comando Territorial de Viseu, através do Posto Territorial de Resende, dia 28 de setembro, deteve em flagrante delito um homem de 45 anos, por tráfico de estupefacientes, no concelho de Resende. No âmbito de uma ação de patrulhamento de proximidade, os militares constataram que, aquando da sua passagem, o suspeito ficou inquieto e nervoso, tendo sido abordado e alvo de revista. Após se ter apu-
rado que tinha em sua posse 100 doses de haxixe, foi realizada uma busca domiciliária onde foram apreendidas 236 doses de haxixe e 41 munições. No âmbito da operação foram ainda identificados dois homens, de 18 e 20 anos, por consumo de estupefacientes. O suspeito foi constituído arguido, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Lamego.
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Plano de negócios quer ajudar a transformar boas ideias em negócios de sucesso
V21 Rural ajuda a construir negócios com bases sólidas O V21 Rural continua em marcha. Depois da oficina do empreendedor, destinada a todos os que queriam testar o seu perfil de empreendedor, o programa acelera. Seguese o Plano de Negócios que quer ajudar os promotores a transformar boas ideias em negócios de sucesso. As inscrições estão abertas até 7 de outubro, os interessados devem apresentar a sua ideia de negócio e formalizar a candidatura . O Plano de Negócios arranca a 27 de outubro e terá a duração de três meses. Nesta fase, os promotores vão receber apoio para a estruturação de um plano de negócios de base rural realista, parametrizável e inteligível, apto para implementar e financiar o negócio. Esta fase é assim dirigida a todos aqueles que têm uma ideia de negócios e precisam de apoio especializado nesta fase de arranque ou de empresas já constituídas que queiram crescer e inovar-se. No total são 24 horas de ações de capacitação, divididas em oito sessões de três horas, que têm o grande objetivo de transmitir conhecimentos e ferramentas que su-
portem a elaboração do Plano de Negócios. É também nesta fase que os promotores vão beneficiar de um acompanhamento personalizado. Para isso, ser-lhes-á atribuído um mentor que irá promover reuniões presenciais reuniões presenciais e online, semanais. O Plano de Negócios é acessível a todos os candidatos com uma ideia de negócios. Serão escolhidas as 15 melhores propostas. Importa, ainda, esclarecer que o facto de não ter frequentado a Oficina do Empreendedor (1ª fase do Programa V21 Rural) não é fator de exclusão. O Plano de Negócios está inserido no programa V21 Rural, promovido pela Vissaium XXI e pelo Município de Viseu, integrado no programa municipal Viseu Rural. O programa é ainda constituído por uma terceira fase: Estágio e Cooperação, na qual será constituída uma rede de suporte e partilha de experiência e na qual os promotores terão a oportunidade de participar ativamente em várias ações relevantes.
Época mais critica termina com 65.000 hectares ardidos e morte de cinco bombeiros A época mais crítica de incêndios florestais terminou ontem com cerca de 65 mil hectares de área ardida e a morte de cinco bombeiros e de um piloto de um avião de combate aos fogos. Nos últimos três meses, o dispositivo de combate aos fogos esteve na sua capacidade máxima ao estarem no terreno 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos, no denominado ‘reforçado – nível IV’. A época mais critica de incêndios fica marcada pela morte de cinco bombeiros das corporações de Oliveira de Frades (distrito de Viseu), Miranda do Corvo (Coimbra), Leiria, Proença-a-Nova (Castelo Branco) e Cuba (Beja) durante as operações de combate. Durante o combate a um incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês morreu um piloto após a queda de um avião Canadair. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPEC) a abertura de um inquérito sobre as circunstâncias das mortes, não existindo ainda conclusões. O risco de incêndio foi este ano elevado o que levou o Governo a decretar por vários dias em julho, agosto e setembro a situação de alerta especial para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR).
Apesar de não estar disponível o relatório com os dados atuais, os números provisórios divulgados na página da internet do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de que se registaram este ano 8.980 incêndios florestais que provocaram cerca de 65 mil hectares de área ardida. Comparando com o relatório de 30 de setembro de 2019, verifica-se que se registaram este ano menos 1.379 ocorrências de fogos rurais, mas a área ardida aumentou cerca de 58%. Depois da considerada época mais crítica, os meios de combate vão ser reduzidos hoje, quinta-feira ao passar estar em vigor o nível de empenho operacional denominado “reforçado de nível III”, de acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o DECIR. Durante a primeira quinzena de outubro vão estar no terreno até 9.804 elementos de 2.277 equipas e até 2.154 veículos dos vários agentes presentes no terreno e até 60 meios aéreos. A Rede Nacional de Postos de Vigia para prevenir e detetar incêndios vai continuar com os 230 postos de vigia até 15 de outubro. Na segunda quinzena de outubro, a DON prevê uma nova redução dos meios de combate a incêndios.
Estrada Nacional 2 em Castro Daire reaberta após encerramento em 2019 A Estrada Nacional 2 (EN2) em Castro Daire foi reaberta, dia 29, à circulação automóvel após o encerramento, em dezembro de 2019, em consequência da tempestade Elsa que provocou desabamento de terras e um morto. “A reabertura da EN2 é uma excelente notícia para toda a comunidade, visto tratar-se de uma via fundamental para o desenvolvimento e para a própria dinâmica de todo o concelho, sendo também uma referência e uma marca cada vez mais importante ao nível turístico”, considerou o presidente da Câmara de Castro Daire, Paulo Almeida.
nenhum entrave”, uma vez que o projeto de execução estaria pronto no início de março. Entretanto, enquanto a EN2 esteve cortada, o Governo, no início de fevereiro, cumpriu com a promessa de isentar do pórtico da A24, entre as Termas de Carvalhal e Castro Daire, medida que se aplicava a quem utilizava este troço da A24 como alternativa ao troço encerrado da EN2. A empreitada, de 280 mil euros, compreendeu a estabilização dos taludes de ambos os lados da via, com a colocação de betão e respetivas malhas de pre-
A EN2 ficou cortada na sequência de um aluimento de terras entre os quilómetros 138 e 142, entre Ponte Pedrinha e Vale da Azia, no concelho de Castro Daire, distrito de Viseu, aquando da depressão Elsa, em 19 de dezembro de 2019, provocando a queda de uma
gagem. No que diz respeito à drenagem, “foi instalada uma nova descida de talude que permite o encaminhamento das águas provenientes do caminho municipal e respetivas águas pluviais de montante”, que serão posteriormente
máquina retroescavadora e a morte do seu motorista. Em fevereiro, aquando da visita do secretário de Estado das infraestruturas, Jorge Delgado, à EN2, Paulo Almeida tinha apontado para a reabertura da via “lá para junho ou julho, se não aparecer
encaminhadas para a nova passagem hidráulica colocada na EN 2”. Foi também construído um tanque, à semelhança do que existia, na zona da fonte de água existente.
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Rodrigo Correia e Miguel Paião com táctica perspicaz no Constálica Rallye Vouzela A dupla do Kia Picanto GT Cup está optimista para o Rallye Vidreiro Centro de Portugal – Marinha Grande, quinta ronda do Campeonato Portugal de Ralis, sobretudo depois de ter deixado a sua marca de resiliência e combatividade na região de Lafões. Rodrigo Correia assinou mais uma prova notável e, paulatinamente, vai arquivando as dúvidas
que lhe surgiram no início deste novo ciclo da sua carreira desportiva. No Constálica Rallye Vouzela, o piloto de Reigoso, Oliveira de Frades, não só alcançou um excelente resultado em termos competitivos, como absorveu mais uma grande porção evolutiva, em nítido crescendo de prova para prova.
O piloto de 16 anos do Kia Picanto GT Cup, acompanhado por Miguel Paião, realizou uma prova tacticamente inteligente, ultrapassando de forma incólume todas as dificuldades que encontrou pela frente e, no final das seis provas especiais, estava obviamente muito satisfeito com o resultado conseguido no Constálica Rallye Vouzela que encaixa na perfeição nos objectivos traçados à partida.
«As coisas correram bem, melhor do que a equipa estava à espera, e que alcançámos um excelente resultado final. Penso que aplicamos a táctica mais adequada às circunstâncias, não cometemos erros e isso reflectiu-se no final, com o 15.º lugar à geral e segundos posicionados na classe P2, apenas superados por uma viatura
muito mais evoluía que a nossa», começou por dizer o piloto da região de Lafões. «Felizmente que a evolução tem sido rápida pautada com muito rigor, em que a nossa história tem sofrido mutações constantes à medida que vamos enfrentando os desafios, pelo que já estamos focados no nosso próximo compromisso sempre com a determinação de absorver os ensinamentos transmitidos pelo Miguel Paião que tem desempenhado uma tarefa extraordinária», acrescentou. Rodrigo Correia sai de Vouzela ainda mais confiante e optimista em relação ao futuro e particularmente ao Rallye Vidreiro Centro de Portugal – Marinha Grande, quinta ronda do Campeonato Portugal de Ralis, na estrada nos próximos dias 9 e 10 de outubro. «Vai ser, na minha concepção, uma competição interessante, porque marca a estreia do troféu monomarca de ralis, o Kia Picanto Rally Cup, permitindo medir forças com viaturas iguais para todos, fiáveis, catalogados na categoria RC5, com o aliciante de integrar o pelotão do Campeonato Portugal de Ralis», certificou o mais jovem piloto nacional de ralis. Refira-se que Rodrigo Correia, a correr praticamente em casa, uma vez que é de Oliveira de Frades, mas estuda na Escola Profissional de Vouzela, viveu este fim-de-semana um cenário inédito ao nível competitivo, dado que teve os amigos de perto a incentivá-lo, sobretudo pelas redes sociais devido ao distanciamento
social imposto em resposta à epidemia da Covid-19. Para quem encarou o Constálica Rallye Vouzela pela primeira vez ao volante precisa de controlar a ansiedade e, o jovem piloto, fê-lo com a habilidade que o caracteriza, afirmando que «foi excepcional ter recebido mensagens de incentivo dos meus amigos, deixando inúmeros “post” no Instagram, Facebook e em outras redes sociais, estando muito grato por os ter “próximo” de mim». «Naturalmente que foi uma prova com sabor especial, até pelo simples facto de ter assistido ao seu nascimento quando tinha apenas nove anos de idade, mas muito do que fizemos no Cosnstálica Rallye Vouzela foi a pensar na próxima prova e estamos confiantes que podemos chegar a mais um bom resultado», disse ainda Rodrigo Correia, motivado «pelos meus parceiros, aos quais agradeço a confiança e nós depositada, nomeadamente, Constálica, Castrol, Travocar, Cácio – Sublime Fur-
niture, Caves Primavera, InspeÁgueda, Sin Profile, Promolafões – Organizamos Emoções, Astrilusa – Representações, Creactive, autolook.pt, Facting, Gapmec – Economistas e Consultores, Motor Vision, Movielight e Consultâmega». O Constálica Rallye Vouzela, terceira prova pontuável para o Campeonato Centro de Ralis, foi vencido pela dupla Fernando Teotónio e Luís Morgadinho (Mit subishi Lancer Evo IX), enquanto Carlos Matos e Ricardo Faria (Peugeot 208 T16 R5) destacou-se na classe X5 e os mais rápidos da competição do Gondomar Automóvel Sport, promovido pela Promolafões. No entanto, Armando Car valho e Ana Santos (Mitsubishi Lancer Evo V) foram que reuniram o maior número de pontos do Campeonato Centro de Ralis e vencedores do Desafio Kumho 1.
Três em cada dez portugueses que se sentiram doentes durante a pandemia não recorreram aos cuidados de saúde Embora a maioria dos 664 mil portugueses que se sentiram doentes durante a pandemia - 454 mil, ou seja, 69% - tenha recorrido aos cuidados de saúde, três em cada dez (210 mil ou 31%) não o fizeram. Os dados foram divulgados, na Ordem dos Médicos, em Lisboa, na apresentação do estudo “Acesso a cuidados de saúde em tempos de pandemia”, da responsabilidade da GFK Metris e promovido pelo Movimento Saúde em Dia - Não Mascare a Sua Saúde, uma iniciativa da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) e da Ordem dos Médicos, em parceria com a Roche. Ao todo, mais de metade dos
portugueses (57%) considera que a pandemia dificultou o seu acesso aos cuidados de saúde, sendo a população mais idosa (69%) e os doentes crónicos (70%) quem mais manifesta esta dificuldade. Uma situação que resulta de uma experiência efetiva: ao todo, revela o mesmo estudo, 692 mil portugueses não realizaram as consultas médicas que estavam marcadas. A quase totalidade das consultas não realizadas foram canceladas pelas unidades de saúde. Muitos portugueses ainda manifestam receio no acesso aos cuidados de saúde em tempos de Covid-19 - apenas metade da população diz sentir-se segura. Cerca de 40% dos portugueses diz que recorreria de certeza a
cuidados de saúde durante a pandemia em caso de necessidade; 35% afirma que só recorria a cuidados de saúde se a situação fosse grave e mais de 22% indica que “provavelmente recorreria” a cuidados durante a pandemia. Quem manifesta insegurança refere o receio de contágio como principal justificação para evitar uma ida ao médico. A telemedicina foi outro dos temas abordados pelo estudo, que quis perceber de que forma os portugueses receberam esta alternativa. Contas feitas, 775 mil tiveram uma consulta médica por telemedicina marcada neste período pandémico, com a esmagadora maioria (90%) a realizá-la. No entanto, em 95% destes casos as con-
sultas foram feitas por telefone, não configurando uma efetiva consulta de telemedicina - menos de 5% dessas teleconsultas envolveram transmissão de imagem. E apesar de a experiência ter sido considerada muito satisfatória, a verdade é que dois terços não gostariam de voltar a ter esta solução em nenhuma situação ou só em casos muitos excecionais. Para outro terço a teleconsulta só poderia ser uma opção em algumas consultas. Só 2% das pessoas gostariam de manter a teleconsulta em todas ou quase todas as ocasiões. O estudo quantitativo foi realizado com base em questionários presenciais, entre 28 de agosto e 7 de setembro, com uma amostra
representativa da população portuguesa, constituída por mais de mil pessoas a partir dos 18 anos, residentes em Portugal Continental. O Movimento Saúde em Dia Não Mascare a Sua Saúde foi lançado no início de setembro pela Ordem dos Médicos e pela APAH, em parceria com a Roche, com o objetivo de alertar a população para a importância de estar atenta a sintomas e sinais que precisem de observação médica, mas sem esquecer também as regras já conhecidas para combater a pandemia. Trata-se, no fundo, de um apelo para que a saúde dos portugueses não seja descurada.
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Saúde
Quinta-feira 1/10/2020
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COVID-19 em doentes diabéticos
Coronamellitus – uma pandemia infecto-metabólica Um grupo de médicos do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar TondelaViseu (CHTV) estudou o impacto e a influência da Diabetes Mellitus (uma doença que se estima afetar mais de 2 milhões de pessoas em Portugal) em doentes com COVID19. Segundo o estudo os valores mais altos de glicémia (concentração de glicose no sangue) à entrada no serviço de urgência parecem estar associados a estados inflamatórios mais graves e por isso maior gravidade na infeção pelo novo coronavírus. Os doentes diabéticos estudados apresentavam ainda assim um bom controlo da sua doença de base, o que pode justificar a ausência de diferenças significativas na gravidade e mortalidade entre os grupos estudados (diabéticos e não diabéticos). Ainda assim, este estudo reforça a necessidade de um bom controlo da diabetes, minimizando assim o risco acrescido associado a estes doentes crónicos. Esta pandemia criou um novo paradigma totalmente desconhecido aos hospitais, mas principalmente aos serviços de Medicina Interna, tratando-
se de uma doença que nos surpreende diariamente, nos obriga a novos desafios e nos indica o longo caminho de aprendizagem a percorrer. Um estudo retrospetivo levado a cabo por médicos do CHTV procurou esclarecer o impacto da Diabetes Mellitus em doentes com COVID-19 que recorreram à urgência daquele Centro Hospitalar e que tiveram necessidade de internamento. No estudo foram incluídos 89 doentes, 38,2% mulheres e 61,8% homens com idade média de 73,23 anos internados por infeção COVID-19 durante a primeira vaga pandémica de março a maio de 2020. Cerca de 30% dos doentes eram diabéticos e, segundo Rui Marques, médico internista autor principal do artigo publicado recentemente na Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, “os doentes apresentavam um relativo bom controlo da sua diabetes o que nos pode ajudar a justificar que não se tenha verificado uma maior mortalidade neste grupo”. Ainda assim os autores salientam
que os valores de glicose no sangue mais elevados, na admissão, estavam correlacionados com quadros clínicos mais graves. Para Inês Fróis e Daniel Aparício, médicos internos de formação específica em Medicina Interna no CHTV, os achados do estudo vêm mostrar a importância de “seguir de perto os doentes crónicos” e, nomeadamente no caso concreto da Diabetes Mellitus, “procurar manter um bom controlo dos doentes, para que assim possamos minimizar o risco acrescido que atribuímos a esta doença”. Neste trabalho colaboraram também Andreia Lopes e Inês Bagnari, médicas que se encontram a realizar o seu ano de formação geral e que destacam que a prática clínica hospitalar deve também ser suportada pela investigação e pela contribuição científica. O artigo completo pode ser consultado em: https://www.spmi.pt/revista/vol27 /vol27_n3_2020_236_240.pdf
Presidente da Câmara de Viseu “muito preocupado” com doentes oncológicos O presidente da Câmara Municipal de Viseu exigiu , na Assembleia Municipal, que se faça mais investimento no Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) e mostrou-se “muito preocupado” com os doentes oncológicos que têm de viajar para Coimbra. “Estou muito preocupado com os doentes de oncologia. Ainda há poucos dias, numa conversa com responsáveis, verificava o défice de médicos que existe, neste momento, na área da oncologia”, disse António Almeida Henriques. E acrescentou: “Não estaremos, outra vez, daqui a uns dias, a correr para Lisboa a dizer à senhora ministra que não permito, nem admito, que os nossos doentes oncológicos tenham de ir para Coimbra para serem tratados”. António Almeida Henriques falava na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Viseu dia 29, após a intervenção da deputada social-democrata Sofia Mesquita ter felicitado “o avanço para as obras nas urgências com a saída do visto do Tribunal de Contas”, anunciado na sexta-feira. Na sua intervenção, a deputada municipal questionou sobre “as medidas que estão a ser tomadas, nomeadamente sobre o centro de oncológico”, uma vez que, “do centro, a única coisa que existe são promessas de projetos de qualquer coisa que vai
acontecer e uma placa a identificar o local”. Sofia Mesquita também considerou “incompreensível que o hospital de Viseu não tenha um laboratório de biologia molecular e que continue a depender de terceiros para o resultado de exames com o atraso na resposta que disso advém, não permitindo o diagnóstico célere que se exige”. Em resposta, Almeida Henriques (PSD) defendeu que “o hospital é demasiado importante para a estratégia de desenvolvimento de todo este território” e, por isso, considerou que não se pode “permitir que ele seja desvalorizado”. “Estas coisas têm de ser tratadas. Não nos esqueçamos também que, se calhar, há aqui uma força que puxa para Coimbra e que quer desvalorizar o nosso hospital central e isto tem de ser dito com todas as letras”, apontou. “Não sei se hoje temos, por exemplo, na direção da ARS Centro um aliado em relação ao nosso hospital, ou se temos alguém que está a procurar desvalorizar o hospital para que alguns serviços sejam prestados em Coimbra”. Neste sentido, mostrou-se ainda “muito preocupado com o número de camas dos cuidados intensivos que, neste momento, estão disponíveis” no CHTV e contou que “ainda há dias teve de se deslocar um doente para Coim-
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Consultório Clínica de S. Cosme Clínica Geral e Domicílios bra e isto é lamentável” que aconteça. “Não podemos permitir isto. Este é o maior hospital do interior do país, é um hospital central. Temos de estar muito atentos e unidos. Esta é uma luta de todos. Não podemos perder o que já temos. Temos hoje um hospital central de grande valia e tem de continuar a investir-se, seja no centro oncológico, na questão das análises”, exigiu. Neste sentido, disse que não está “a apontar o dedo a ninguém” e desejou que o novo conselho de administração, que tomou posse em julho, “consiga atingir objetivos que o anterior não conseguiu e que se consiga efetivamente manter a importância do hospital de São Teotónio. Almeida Henriques fez questão ainda de “elogiar todos os profissionais do Hospital de São Teotónio que fazem um enorme esforço, face às debilidades que a casa tem” e, considerou que “se fazem milagres todos os dias naquela casa”.
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Assinatura de Protocolo Município de Cinfães e Federação Portuguesa de Ténis de Mesa Decorreu durante a manhã, dia 29 de setembro, na Biblioteca Municipal de Cinfães, a cerimónia de assinatura de protocolo entre o Município de Cinfães e a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, com o objetivo da modalidade seja promovida junto de todos os alunos do 1º Ciclo. A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, entregou vários kits composto por bolas, redes, marcadores e raquetes, para a prática da modalidade. Marcaram presença na cerimónia Armando Mourisco, autarca de Cinfães, Pedro Moura, Presidente da Direção da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, Vereadores Pedro Semblano e Sónia Soares. Nesta cerimónia estiveram presentes os Diretores dos Agrupamentos de Escolas e da Escola Profissional de Cinfães. Para o Presidente da Direção da As-
sociação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, Aquilino Pinto, "refere que a partir deste momento estão reunidas as condições, para que a prática da modalidade seja uma realidade e que surjam clubes e muitos atletas federados oriundos deste Concelho. Espera também que outros Municípios do Distrito, tenham este exemplo de Cinfães e queiram também promover a modalidade nos seus territórios".