Notícias de Viseu -24 de Junho 2019

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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLIV - Nº 2191 - segunda-feira, 24 de junho 2019 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

NOTÍCIAS DE VISEU FAZ ANOS DE HOJE A UM ANO, FAZEMOS 45 Ininterruptamente, no próximo ano, Notícias de Viseu, neste dia 24 de junho, festa de São João e das Cavalhadas de Vildemoinhos, faz 45 anos, a cinco anos de atingir a provecta idade de meio século, ao serviço da região de que Viseu é capital. Congratulatoriamente, depois de uma acentuada crise económica, que quase fez parar o país, outros “ ares” apareceram, de maior tranquilidade , dando aos portugueses “folgo” para continuar e garantir que no próximo ano, vamos festejar este dia, com pompa e circunstância, com sangue novo, mas sempre na mesma função de independência e, tanto quanto possível, informativa e pedagógica, comentando com isenção e rigor, sempre na defesa da área metropolitana de Viseu, rumo a um Portugal digno, como nação livre e soberana, lutando por um bem-estar de população, de acordo com os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nestes quarenta e quatro anos, Notícias de Viseu tem passado honroso, ao fundar o Diário de Viseu e Diário da Guarda, o jornal Notícias da Serra – Seia; Jornal de Oliveira do Hospital, Revista “ Nos Por Cá” e a Rádio Viriato, a emitir em 102.8 MHz, hoje com o nome de Radio Cidade de Viseu; além do construção do complexo Conventurispress para instalar todos estes e outros serviços. A nossa grandeza é tanto maior na distribuição profusa que se faz de exemplares gratuitamente, nos centros comerciais, nos postos de venda, por assinatura e pela Internet, com milhares de visualizações. Fomos, somos e seremos Notícias de Viseu, sempre de Viseu e para Viseu!

CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS A TRADIÇÃO MANTEM–SE A QUALIDADE E GRANDEZA SÃO CONSTANTES,PARA MELHOR

O Palácio do Gelo Shopping, recebeu a eleição da Miss Viseu 2019. Um evento recheado de classe, requinte e glamour, a que a organização do evento já nos tem habituado. Foi enorme a mancha humana presente no Palácio do Gelo Shopping, tendo a organização estimado uma centena de espetadores para ver desfilar as treze maravilhosas candidatas de todo o distrito de Viseu. A organização do evento esteve a cargo da empresa Grupo Peixoto, que se mostrou orgulhosa e agradecida pela adesão da população viseense, não tendo palavras para descrever a emoção que sentiu ao ver a casa tão cheia. Foram vários os parceiros associados a este evento e que tornaram possível uma noite tão magnifica. O evento foi apresentado por Sandra Pinto e contou ainda com a atuação de vários artistas viseenses. A saxofonista Diana Sampaio, fadista Mara Pedro e a escola de dança Street Gymn. A difícil tarefa de escolha esteve à responsabilidade de, Nuno Peixoto, Diretor do Grupo Peixoto, Cristina Lopes, Diretora do Palácio do Gelo Shopping, Estela Silva, estilista de renome em Viseu, e José António, cabeleireiro conceituado da cidade de Viseu.

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2 Opinião

24 junho 2019 segunda-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR/EDITOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de maio 150000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ....................................... 2 Viseu................................ 3/4/5/78/9 Diversos .................................... 10 Saúde.......................................... 11 Publicidade................................ 12

Segunda-feira 24/6/2019

Andam faunos por Viseu Andam Faunos Pelos Bosques, obra literária de 1926 da autoria ilustre do beirão Aquilino Ribeiro, envolta em polémica fogueada e em conflitos ideológicos, estreia-se nos estrados do teatro pelo engenho e criatividade da AFTA, grupo OFF, que incentiva autores de vários ofícios criativos a expressar artisticamente o que pensam acerca do escritor que conquistou a devida perpetuidade. “(..)bendita a Virgem Santa Maria, para que nos dê um bom dia, e na hora da nossa morte nos assista e nos conforte, nos dê graça, nos dê luz, ora e sempre, amém Jesus!(...)” - Aquilino Ribeiro, Andam faunos pelos

bosques Florbela Sá Cunha, responsável pela dramaturgia e criação do espectáculo desta peça inaudita, revela ao Notícias de Viseu parte da estrutura teatral: “Contamos já com 14 actores em cena, Isabel Brito Moura, Irene Telo de Castro, Carlos Cruchinho, João Almiro, Rafael Lopes, Margarida Quintal, Helena Figueiredo, Francisco Poppe, Gabriela Coutinho, José Carlos Leorne, Sérgio Silva, Sandra Correia Lúcia Vilhena, Maria Manuela Antunes, dois músicos, Sara Costeira e João Afonso Sousa, que executam a música ao vivo durante o evento e ainda Samuel Santana, na fotografia e grafismo. Foi

a 31 de Maio que ocorreu a estreia, em Vila Chã do Monte, Torredeita, na casa do professor Adélio Carvalho, um espaço magnífico que evoca o início do século XX.” O tributo ao autor não se fica por aqui. No dia 13 de Setembro, na comemoração do aniversário de Aquilino Ribeiro, realizar-se-á o evento “Um Escritor Confessa-se”, com variados percursos teatrais pela cidade de Viseu, inspirados na sua obra. A peça de teatro do livro “O Malhadinhas” tem estreia marcada para o ano de 2020. “O nosso objetivo é fazer um tríptico teatral intitulado: Faunos e Malhadinhas por Terras do Demo. Ou seja, adaptar para teatro, Andam faunos

pelos bosques, Malhadinhas e Terras do Demo.” - explica Florbela Sá Cunha Recomenda-se aos leitores seduzidos pela escrita aquiliniana que consultem as redes sociais da página do Grupo OFF, onde datas, locais e outros elementos informativos se encontram expostos. Francisco Paixão

SOARES DOS REIS O MAIOR ESCULTOR PORTUGUÊS SUICIDOU-SE HÁ 121 ANOS Em vésperas de Santo António, o atelier de Soares dos Reis, sito na rua de Camões, em Gaia, engalanava-se para receber visitas. Arrimavam-se as esculturas; cobriam-se de panos brancos, os esboços; penduravam-se vistosos balões chineses; acendiam-se as velas; e, para concluir, o artista suspendia enfeites, de papel crepe, de várias cores. Sobretarde, ao declinar do dia, chegavam os convidados, entre eles, apareciam: Henrique Pousão, Souza Pinto, Tomás Costa, Teixeira Lopes, Marques Guimarães, Diogo José de Macedo. Serviam-se, em bonitas bandejas de porcelana, doce de chã da “ Palaia” – estabelecimento que ficava na rua do Bonjardim, no Porto, – e biscoitos de Valongo; abriam-se garrafas de “Porto”, da Companhia Geral de Agricultura dos Vinhos do Alto Douro; e quando a festa atingia o auge, o anfitrião, tangia incipientes melodias ou dedilhava, nas cordas de velho violão, trechos da “ Marcha de Luís XIV”. Conversava-se sobre Arte, e de conhecidos artistas plásticos, que residiam na Cidade da Luz; os que pretendiam estar à la page, liam e comentavam o folhetim de: “ A Palavra”, onde experimentado jornalista, desassombradamente, desancava na política e nos políticos da capital. Era festa modesta, mas de intelectuais, onde imperava respeito e dignidade.

Tinha o escultor índole amargo, frontalidade que facilmente se confundia com grosseria e agressividade. Só os íntimos – e pouco mais, – conheciam-lhe o coração terno, e a apurada sensibilidade hipersensível. Insignificante falta de atenção, frase não concluída, era bastante para o deixar em atroz ansiedade. Tinha Soares dos Reis numerosos detractores. Contribuiu para isso, o jeito agreste e rude como se exprimia. Frequentemente citava Boileau: “ Un sot, trouve toujours un plus sot qui l’admire”. Ao analisar trabalho alheio, não se inibia de declarar publicamente, se não fosse de seu agrado: “ É uma borracheira! …” Detestava os políticos, mormente os hipócritas, que para ele eram quase todos. Considerava-se democrata e católico, mas poucas vezes ia à missa. Escrevia muito pouco, e carteava-se ainda menos. Aos domingos, fazia longos passeios a pé, por: Paço de Rei, Quebrantões, Gervide e Lavandeira. Levava casaco comprido, botas-deelástico, nada cuidadas, e cabelo desamanhado. Fascinava-se com a beleza campestre, o sossego das boiças, o trinar dos passarinhos, o sussurro embalador dos córregos, e a beleza das flores silvestres, que atapetavam os verdes campos de Oliveira do Douro. Quando se apaixonou pela dedicada esposa, mudou por com-

pleto. Mandou fazer, na Alfaiataria Rocha, bonito fraque e substituiu as cambadas botas-de-elástico, por modernas de cordão. Passou a cuidar o cabelo e amiúde frequentava o barbeiro. Se o tempo não permitia passear pelo campo, recolhia-se no Clube Recreativo de Mafamude, jogando bilhar e dominó. Numa hora de extremo desespero, que o levou ao suicídio, escreveu no papel de parede do quarto: “ Sou cristão, porém nestas condições, a vida, para mim, é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal.” Soares dos Reis – o maior escultor português – nasceu em Santo Ovídio (Gaia), numa terça-feira, a 14 de Outubro de 1847. Foram seus pais, Manuel Soares Júnior – proprietário de mercearia, onde o filho era marçano, – e D. Rita do Nascimento. Foi baptizado na Igreja de Mafamude pelo Padre Francisco Ribeiro de Moura, e teve como padrinhos: Santo António e D. Ana Maria de Jesus. Desde cedo mostrou tendência pelo desenho. Na escola (a do Cabeçudo) retratou, às escondidas, o professor, o Sr. Matos. Descoberta a falta de atenção, o mestre não lhe bateu, e terminada a aula andou a mostrar, admirado, o talento do aluno. Pouco depois, os pintores Francisco José Resende e Diogo de Macedo, este último, avô da es-

posa de Soares dos Reis, ao conhecerem o extraordinário valor do rapaz, convenceram o pai a matriculá-lo na Academia de Belas Artes. Entrou na Escola a 1 de Outubro de 1861; seis anos depois partia para Paris, como bolseiro do Estado. Devido à guerra franco – prussiana, deslocou-se, depois a Roma, onde na Rua de S. Nicolau, 4, esculpiu o fabuloso “ Desterrado”,a obra-prima.. Regressa à Pátria, em 1872, torna-se em 1881, professor da Academia Portuense de Belas Artes. A16 de Fevereiro de 1889, suicida-se na sua casa da rua de Camões, em Gaia. Casou a 15 de Julho de 1885, com D. Amélia Aguiar de Macedo. Do matrimónio nasceram: Bernardo de Macedo Soares dos Reis, que faleceu com 27 anos (foi empregado da Foto - Bazar e do Banco Comercial do Porto,) e Raquel Soares dos Reis, que morreu solteira. Quarenta e dois anos após a sua morte – em Portugal é assim que se tratam os artistas de nomeada, porque os outros, morrem à fome, se não se tornam políticos (à força,) – concederam à viúva e filha, a pensão de mil e quinhentos escudos mensais, por despacho de 2 de Março de 1931, do Presidente Óscar Fragoso Carmona, como gratidão da Pátria à família do genial escultor. Por Humberto Pinho da Silva


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Viseu

Segunda-feira 24/6/2019

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Cavalhadas de Vildemoinhos A Associação : Associação foi fundada em 6 de Agosto de 1981 tendo herdado uma tradição agora com 366 anos, legalizando as comissões nomeadas anualmente para a realização das Cavalhadas. A seguir à Feira de S. Mateus este é o evento mais antigo da cidade de Viseu. Embora concebido em Vildemoinhos, reza a história e mantém-se até aos dias de hoje, que o cortejo atravesse as ruas da nossa cidade até S. João da Carreira. Fruto de uma luta pela sobrevivência dos moleiros e padeiros de Vildemoinhos que, em tempo de seca, viam a água do rio Pavia travada por açudes feitos pelos agricultores, precisamente junto à Capela de S. João da Carreira. O litígio foi para tribunal – o chamado tribunal do Rei – tendo as gentes de Vildemoinhos pedido, em suas orações, a intervenção do Santo, prometendo que iriam todos os anos agradecer-lhe a sua intervenção caso o desfecho do litígio lhes fosse favorável. A notícia chegou a 23 de Junho e logo na madrugada do dia seguinte as gentes de Vildemoinhos, vestidas a rigor, rumaram a S. João da Carreira em cortejo muito ruidoso com gente a cavalo, a pé, com os tocadores de bombos a marcar o compasso. Ao longo dos séculos a promessa cumpre-se. Os cavaleiros com seus trajes imponentes saem de Vildemoinhos, de manhã cedo, rumo a S. João da Carreira cumprindo a rigor a promessa. Como é evidente ao longo dos tempos este cortejo foi sendo valorizado. Apareceram os carros artísticos lindíssimos e outros tipos de animação, mas a parte tradicional continua a ser o ponto forte do nosso desfile. Objetivos culturais e artísticos: Pretendemos, como sempre, realçar a cultura tradicional. Manter fiel o que os nossos antepassados fizeram desde 1652. Um cortejo festivo encabeçado pelos cavaleiros, mordomos e moleiros trajados a rigor, seguidos pelo povo ao toque de tambores e carroças enfeitadas, puxadas por bois ou burros. Era assim em 1652 e continuará ao longo dos tempos. A arte esteve sempre presente desde a origem deste desfile, no

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qual os carros eram enfeitados a rigor e que ao longo dos anos se foi modificando mas nunca descurando o que é tradicional. Apareceram os carros artísticos com peças maravilhosas, muitas delas que não saem da memória dos que ao longo dos anos assistem às Cavalhadas. E é isto que pretendemos fazer. Manter a tradição procurando sempre melhorar o cortejo Ramiro Figueiredo

Testemunhos :

Presidente da Direção Ramiro Figueiredo "Somos gratos e orgulhosos da nossa tradição. A todos que connosco colaboram e que acreditam, o nosso bem-haja."até atingirmos a perfeição.

Presidente da Assembleia Geral José Costa "Cavalhadas de Vildemoinhos, a vitalidade secular do Povo Trambelo. Um contributo, único, para a coesão e identidade de Viseu Região."

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Fernando Ruas Sócio Honorário A perenidade das Cavalhadas de Vildemoinhos A denominação social desta agremiação está, imediatamente, ligada à realização anual das famosas CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS, evento notável na região de Viseu e inédito no contexto nacional. Mas, a Associação é também espaço físico acolhedor para sócios e não sócios desta briosa população trambela. Em sede física, que tive o gosto de inaugurar, passam crianças em espaço lúdico-educativo, há um breve museu evocativo de algumas das mais marcantes caraterísticas desta genuína expressão cultural. As CAVALHADAS representam, contudo, a componente com mais visibilidade, pelo fato de se realizarem há séculos e de, pontual e anualmente, se mostrarem ao POVO em cada 24 de junho. Em Viseu, não há S. João que não tenha direito ao desfile dos carros alegóricos, com mensagens diversas, exaltando, para o bem e para o mal, a atualidade social e política, tanto local como nacional. É, também, permeável ao contexto internacional, com destaque, no momento, para o sério problema das “alterações climáticas”, sendo o seu cortejo portador de alertas para esta problemática, fazendo jus, ao slogan: “agir localmente para influenciar globalmente”. E este contributo revela-se genuíno e corolário de muita atenção e de acompanhamento dos problemas nacionais e mundiais. É de salientar um aspeto

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menos visível, que se prende com o imenso trabalho que, depois, é traduzido naquilo que se vê e metaboliza, aquando da mostra nas ruas da cidade de Viseu. Assim que termina uma edição das CAVALHADAS, ainda, à volta da mesa onde é servido o manjar, sardinha na brasa, broa e caldo verde, já se começa a falar da próxima edição. Um trabalho de reflexão, de escrutínio dos acontecimentos locais e nacionais marcantes, conduzem à conceção dos “carros”, seguindose o juntar, em horas roubadas ao divertimento e à família, de um vasto número de trambelos, que vão construindo o cortejo. Mas a azáfama atinge o seu ponto alto algumas semanas do 24-J, em que o tempo parece faltar, em que tudo parece estar atrasado. Mas a fibra e o querer destas boas gentes tudo ultrapassa, para que no dia aprazado o cortejo seja realidade. O Governo da cidade apoia, mas também o fazem as empresas e os cidadãos que; no dia especial em que o comércio encerra, por momentos, as suas portas, para que todos não faltem; se mostram generosos, mesmo que a sua bolsa seja curta. Aos trambelos de nascimento e a todos quantos vestem a camisola trambela só podemos estar agradecidos e incentivar o seu querer e vontade em persistir, mesmo que os ventos sejam contrários.

Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu " À associação das Cavalhadas de Vildemoinhos, a todos os artistas e trambelos, expresso o meu

bem-haja, em nome do Município, pela alegria e dedicação com que renovam a sua identidade e a história na Cidade de Viseu".

Objetivos culturais e artísticos: Pretendemos, como sempre, realçar a cultura tradicional. Manter fiel o que os nossos antepassados fizeram desde 1652. Um cortejo festivo encabeçado pelos cavaleiros, mordomos e moleiros trajados a rigor, seguidos pelo povo ao toque de tambores e carroças enfeitadas, puxadas por bois ou burros. Era assim em 1652 e continuará ao longo dos tempos. A arte esteve sempre presente desde a origem deste desfile, no qual os carros eram enfeitados a rigor e que ao longo dos anos se foi modificando mas nunca descurando o que é tradicional. Apareceram os carros artísticos com peças maravilhosas, muitas delas que não saem da memória dos que ao longo dos anos assistem às Cavalhadas. E é isto que pretendemos fazer. Manter a tradição procurando sempre melhorar o cortejo até atingirmos a perfeição.

ZÉS PEREIRAS Os Zés Pereiras de Vildemoinhos, grupo de bombos integrado nas Cavalhadas de Vildemoinhos, nasceram aquando da formação da Associação das Cavalhadas, fundada em 6 de Agosto de 1981 tendo herdado uma tradição agora com 366 anos, legalizando as comissões nomeadas anualmente para a realização das Cavalhadas. A seguir à Feira de S, Mateus este é o evento mais antigo da cidade de Viseu, sempre acompanhado pelos Zés Pereiras de Vildemoinhos. Noutros tempos, os Zés Pereiras atuavam em todo o país, em festas e eventos, com os seus bombos, caixas, cabeçudos é gigantones. Ao longo dos mais de 30 anos, tiveram muitos sucessos mas também muitas erosões. Hoje, revitalizados, são mais de 40 elementos, trajados de vermelho e amarelo, acompanhados por 2 gigantones e 6 cabeçudos.


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Viseu

Quinta-feira 24/6/2019

CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS, COM HISTÓRIA DESDE O ANO DE 1652 Reza a história, que nesse ano, os moinhos existentes ao longo do rio Pavia estavam parados, porque a água do rio não corria. Isto por culpa dos agricultores, alguns mal intencionados, que fizeram açudes e represaram a água do rio Pavia. Os agricultores necessitavam da água para regarem as suas culturas e os trambelos (habitantes de Vildemoinhos) necessitavam da água para fazerem mover as mós que moíam os cereais em Vildemoinhos. Esta situação originou vários tumultos entre os moleiros e os agricultores, acusando-se mutuamente. Sem resolução à vista, os moleiros, na noite do santo Precursor, sob o pretexto de o festejarem, reuniram-se pela madrugada, com gente da cidade e dirigiram-se à capela de São João da Carreira, onde fervorosamente rezaram ao santo, rogando-lhe que desse ao Pavia um volume de água suficiente para todos. Foram também rio acima e destruiram os açudes e puseram de novo a água a correr. Assim, os moinhos tornaram a moer e estava assegurado o sus-

tento deste povo. Os proprietários reclamaram ao juiz do povo e, após vários recursos apresentados, as autoridades de Lisboa deram razão aos moleiros. Estes deliraram de entusiasmo e resolveram ir, na noite de 23 para 24 de junho, em luzida cavalgada a São João da Carreira, agradecer ao santo. Para isso vestiram os seus melhor fatos, enfeitaram de fitas burros e cavalos e, levando à frente um grande “Estrondo”, puseram-se em marcha, com todos os seus serviçais, atrás deles, armados de alavancas, sacholas e roçadoiras bem encavadas, não fosse o diabo tecê-las pelo caminho. É a esta vitória sobre os agricultores que os trambelos agradecem a São João e renovam todos os anos com as cavalhadas e com a festa na freguesia. Atualmente, a temática das cavalhadas é constituído por três temas, tradicionais, humorísticos e artísticos. Estes temas sempre foram representativos do que de mais importante e relevante se passava na sociedade. Desde o amor, passando pela política e as

questões da nação entre outros, sempre foram temas explorados pelos construtores dos carros das cavalhadas. As cavalhadas evoluíram, de

um cortejo de gente de Vildemoinhos que vinha à cidade com animais e carroças engalanadas, para um desfile de carros alegóricos, grupos de bombos, cabeçudos, gi-

gantones, fanfarras, bandas, ranchos folclóricos e espectáculos variados.

lhida pelos jurados): Estefânia Neves - Miss Viseu 2019 (escolhida pelos jurados): Catarina Narciso Destas 5 condecorações, 2 delas terão a participação garantida numa Final Nacional, repre-

sentando a nossa cidade nos dois concursos de beleza Nacionais com maior dimensão, sendo eles: - Top Model Portugal 2019 (Estefânia Neves) e Miss Queen Portugal 2019 (Catarina Narciso).

Miss Viseu 2019 O Palácio do Gelo Shopping, recebeu a eleição da Miss Viseu 2019. Um evento recheado de classe, requinte e glamour, a que a organização do evento já nos tem habituado. Foi enorme a mancha humana presente no Palácio do Gelo Shopping, tendo a organização estimado uma centena de espectadores para ver desfilar as treze maravilhosas candidatas de todo o distrito de Viseu. A organização do evento esteve a cargo da empresa Grupo Peixoto, que se mostrou orgulhosa e agradecida pela adesão da população viseense, não tendo palavras

para descrever a emoção que sentiu ao ver a casa tão cheia. Foram vários os parceiros associados a este evento e que tornaram possível uma noite tão magnifica. O evento foi apresentado por Sandra Pinto e contou ainda com a atuação de vários artistas viseenses. A saxofonista Diana Sampaio, fadista Mara Pedro e a escola de dança Street Gymn. A difícil tarefa de escolha esteve à responsabilidade de, Nuno Peixoto, Diretor do Grupo Peixoto, Cristina Lopes, Diretora do Palácio do Gelo Shopping, Estela Silva, estilista de renome em Viseu, e José

António, cabeleireiro conceituado da cidade de Viseu. O desfile para a eleição da Miss Viseu 2019, foi realizado com três indumentárias diferentes, sendo elas, calça de ganga e Thsirt, Bikini e Vestido de Gala. As candidatas escolhidas foram; - Miss Popular (eleita através de votação nas redes sociais): Diana Sampaio - Miss Fotogenia (escolhida entre as antigas Misses presentes): Érica Ferreira - Miss Simpatia (escolhida entre as 13 candidatas): Catarina Narciso - Top Model Viseu 2019 (esco-

VISEU NO CORAÇÃO DE PORTUGAL FAbreu

brevemente “VISEU GLOBAL” Diariamente, o seu jornal

EXCURSÃO A COMPOSTELA Dois dias com tudo incluído, por 59.90 euros Para assistir às cerimónias religiosas do Apostolo Santiago e visita à Cascata da Ria Barrosa, nos dias 20 e 21 de julho de 2019. Dormida, dois almoço e um jantar com a tradicional queimada. Contactar Alzira Pereira - 965 470 827 Oliveira de Frades ou Fernando de Abreu 960 100 300 - Viseu


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Viseu

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Pilotos de aviação comercial vão ser formados em Viseu Instituto de Formação Aeronáutica vai formar pilotos, assistentes de cabine e mecânicos para a aviação comercial. Escola será instalada no aeródromo municipal Gonçalves Lobato Foi aprovado pelo Executivo Municipal o protocolo de colaboração com o Instituto de Formação Aeronáutica, que resultará na instalação de um Centro Formação Aeronáutica no Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, em Viseu. Este Centro ministrará formação a pilotos e assistentes de cabine (assistentes e comissários de bordo) para aviação e técnicos de manutenção e outros profissionais da aviação. Estes cursos, com formação teórica e prática, deverão arrancar em setembro próximo. “Este é mais uma valência im-

portante no desenvolvimento do nosso aeródromo, uma das maiores estruturas aeroportuárias da região Centro e que recebeu recentemente certificação da Autoridade Nacional de Aviação Civil por mais cinco anos”, refere o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques. De acordo com o protocolo agora aprovado, o Instituto de Formação Aeronáutica comprometese a manter os cursos por um período de cinco anos, bem como efetuar todas as obras de adaptação do espaço cedido pelo Município no aeródromo. Ainda de acordo com o Presidente da Câmara, esta nova competência que se instala no aeródromo vem “consolidar Viseu enquanto destino de investimento” e fixar pessoas, pois num prazo máximo de dois anos,

“poderão estar em Viseu cerca de duas centenas de alunos para receber a formação do Instituto de Formação Aeronáutica”. Viseu recebe comemorações oficiais do 67.º aniversário da Força Aérea Portuguesa Viseu recebe entre os próximos dias 27 de junho e 1 de julho as comemorações oficiais do 67.º aniversário da Força Aérea Portuguesa. Durante cinco dias, a cidade vai ser palco de inúmeras atividades, como concertos, exposição de meios e de missão, conferências, concursos junto de escolas, batismos de voo, uma prova desportiva e cerimónia militar com desfile das Forças em Parada e de meios aéreos. “É um orgulho para Viseu acol-

her as comemorações oficiais da Força Aérea Portuguesa”, diz o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, que destaca a importância da “dinâmica em curso no nosso Aeródromo Municipal”, determinante na operação que a Força Aérea mobiliza para estas celebrações. No âmbito das comemorações, o Executivo Municipal aprovou esta quinta-feira o protocolo de colaboração com a Força Aérea Portuguesa, no qual o apoio do Município assenta essencialmente na vertente logística e de isenção de taxas. O apoio financeiro é de 4 mil euros. As atividades deste ramo das Forças Armadas estarão centradas entre 27 de junho e 1 de julho em diversos espaços da cidade, como o Pavilhão Multiusos, onde decorrerá uma exposição, o Aeródromo

Municipal, o Solar do Vinho do Dão ou o Teatro Viriato, palco do concerto oficial pela Banda da Força Aérea. A operação logística, de grande envergadura, começa a ser visível já no próximo dia 24 de junho, Dia de São João, com a presença de um avião no Rossio. O programa oficial arranca a 27 de junho com as Jornadas Aeronáuticas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, batismos de voo no Aeródromo Municipal e, à noite, um concerto junto à Sé Catedral. O programa intenso de comemorações culminará a 1 de julho, Dia da Força Aérea, com a cerimónia militar junto ao Solar do Vinho do Dão.

Município rejeita 3 diplomas de transferência de competências O Executivo Municipal aprovou a não assunção de competências no domínio da Educação. Recorde-se que no âmbito do projeto de transferência proposto pelo Governo, o Município de Viseu, ainda que com o interesse em desenvolver e aprofundar as competências nesse domínio, quis ver esclarecidas algumas matérias que não estavam definidas no documento. Como até ao momento, a

reunião solicitada junto da tutela não se realizou, o Executivo Municipal entende não estarem reunidas as condições para assumir as competências na área da Educação para 2019, manifestando, no entanto, a disponibilidade para as assumir logo que tais matérias estejam ultrapassadas. Ainda neste domínio, e no que diz respeito à transferência de competências para a Comunidade

Intermunicipal Viseu Dão Lafões, o Município de Viseu dá o seu acordo, atendendo ao trabalho já efetuado pelos vários municípios em Plano Estratégico da Comunidade Intermunicipal. Nesta sessão do Executivo, foi ainda rejeitada a transferência de competências do Estado Central no domínio do serviço público do transporte de passageiros regular em vias navegáveis, bem como no

domínio das áreas portuário-marítimas, porque apesar de entender que não tem aplicabilidade ao nosso território não existe nenhum regime de exceção quanto à pronúncia. Recorde-se que já este ano, o Município de Viseu aprovou a assunção de competências nos domínios da Cultura, Lojas do Cidadão e Espaços do Cidadão; na Habitação; na gestão do imobiliário

público sem utilização; e na gestão do estacionamento público. Em sentido inverso, rejeitou os diplomas nas áreas da Justiça, gestão de praias fluviais; jogos de fortuna e azar; promoção turística, vias de comunicação; projetos financiados por fundos europeus e captação de investimento; apoio às associações de bombeiros voluntários; proteção e saúde animal e de segurança dos alimentos.

Campo de Jugueiros e Pavilhão Cidade de Viseu vão ser requalificados Assinados os autos de consignação. Intervenções totalizam 263 mil euros O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, acompanhado da Vereadora da Educação e Desporto, Cristina Brasete, esteve no Centro Escolar de Jugueiros para consignar as obras de requalificação do Campo de Jogos deste Centro Escolar. Desta forma, o Presidente da Câmara cumpriu a promessa deixada há cerca de um ano, aquando

de uma visita ao estabelecimento de ensino. “Há um ano atrás assumi o compromisso de criar aqui um espaço em condições. Estou a honrar esse mesmo compromisso e agora virei cá à inauguração no primeiro dia de aulas”, disse Almeida Henriques às crianças e responsáveis escolares, já depois de ter sido recebido com um momento musical pelos alunos do 1.º ciclo. A empreitada, com um prazo de execução de 49 dias e um custo

de cerca de 43 mil euros, consiste na substituição da pavimentação do campo, atualmente em saibro, para polipropileno, sem custos de manutenção e ambientalmente sustentável, já que não necessita de rega como os campos relvados. Na envolvente do campo será colocado pavimento em calçada em cubo de granito. Será também instalada uma vedação em rede metálica plastificada, com um portão de acesso independente ao exterior da escola.

A empreitada inclui um sistema de drenagem de águas pluviais, através de uma caleira perimetral. Já no Pavilhão Cidade de Viseu, as obras de reparação do recinto têm um prazo de 140 dias e um custo superior a 220 mil euros. Nesta obra será substituída a cobertura de fibrocimento que contém amianto, nas zonas sociais do pavilhão, por cobertura em chapa metálica devidamente isolada. Também as paredes e tetos do

átrio do recinto e ginásio serão alvos de reparação e pintura. Os balneários serão alvo de uma profunda recuperação, com a substituição de revestimentos dos pavimentos, paredes, tetos e louças sanitárias. Está ainda prevista a substituição da rede de abastecimento de água quente e fria. Serão requalificados ainda o corredor de acesso aos balneários e a nave do campo de jogos.

Viseu integra consórcio europeu em projeto de mobilidade Algumas componentes do veículo não tripulado Viriato serão comparticipadas pelo projeto “Cooperative Streets”. Vereador João Paulo Gouveia esteve na formalização do contrato, que decorreu na Holanda Depois de ter visto aprovada a candidatura ao “Cooperative

Streets”, o Vereador João Paulo Gouveia, em representação do Município de Viseu, esteve esta quinta-feira, 6 de junho, na cidade de Eindhoven (Holanda), para participar na cerimónia de assinatura do termo de aceitação deste projeto europeu. A contratualização foi formalizada durante o Congresso ITS, a

maior feira europeia dedicada à mobilidade inteligente e à digitalização dos transportes. O documento foi assinado pelo Presidente Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP, Eduardo Feio, em representação do Ministério das Infraestruturas e Habitação. Viseu integra este projeto com 27 entidades parceiras, entre as

quais 12 municípios portugueses, ainda que nenhum outro do Interior do País. “A mobilidade é uma ferramenta determinante no ecossistema de qualidade de vida que temos vindo a criar em Viseu”, refere o Vereador João Paulo Gouveia. O valor global do “Cooperative

Streets” ascende a 31 milhões de euros, estando garantido 50% desse montante por fundos europeus. A inclusão neste projeto europeu permitirá o financiamento de algumas componentes da instalação do veículo não tripulado Viriato, que substituirá o Funicular.


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CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS A TRADIÇÃO MANTEM–SE A QUALIDADE E GRANDEZA SÃO CONSTANTES,PARA MELHOR Fielmente, cumprindo, pois, a sacra tradição e, cada vez, com maior rigor histórico, o cortejo trambelo prepara – se para subir à cidade de Viriato, trazendo consigo a doçura dos manjericos e o gosto popular de São João e a alegria contagiante de um povo que, ao longo de século, impôs - se pelos seus direitos, quando em ano distante, de seca, os lavradores a nascente, represaram a agua do bazófia Rio Pavia, fazendo parar as 43 mós de fabricar farinha. A luta, nesse ano de 1652, não foi fácil, o compadrio dos agricultores fez os juízes de Viseu julgarem a seu favor. O supremo Lisboeta não concordou com a injustiça que estava a ser feita aos moleiros de Vildemoinhos, dando razão a quem a tinha, fazendo de novo a água bater no rodízio que faz girar a mó, com o trambelo a dar o ritmo da queda dos cereais para serem transformados em farinha. Assim, aconteceu precisamente há 367 anos, como ato de

reconhecimento e agradecimento a S. João por aquele bem que considerarão perdido, organizando um cortejo com trambelos e com os

seus burros de transportarem a farinha, organizaram as Cavalhadas que, daí para cá, se tem repetidos ininterruptamente, para nos últi-

mos serem um dos maiores eventos a nível nacional. E como equipa vencedora, não se altera, a presidência de Ramiro Oliveira

Figueiredo tem dado ao evento enorme dimensão de grandeza na qualidade. Modesto, quase tímido, mas

competente, bairrista q.b, divide esse louvor, em tom apologético, da forma seguinte: “”- Nunca estive, como dirigente, em corpos sociais, tão orgu2lhoso como estou com esta que constitui as Cavalhadas de Vildemoinhos. “ - disse convictamente. - Interrompemos: Logo, equipa vencedora não se altera-” Prosseguiu: Sim! Vildemoinhos reconhece esse trabalho de cada ano ser cada ano melhor, não houve mais listas concorrentes e assim ficamos mais um ano para realizar a 367ª cavalhada que será, garantidamente, a melhor de sempre, com mais carro alegórico, alguns deles enormes com dois atrelados e tradicionais, com muita surpresa, onde impera o tradicional, sempre, mas já com um cheirinho de mo-1dernidade. Porque pretendemos que os Espanhóis venham a Viseu ver as Cavalhadas de Vildemoinhos, temos chamado grupos das cidades vizinhas para participarem no cortejo alegórico fazendo assim publicidade ao evento, para que, cada vez em maior número, venham também eles, venham ver e conhecer a cidade de Viriato, a melhor cidade para viver”. -É assim! Quando os meios de comunicação portuguesa, sediados em Lisboa, não divulga o maior acontecimento popular que se realiza no país, somente por se passar em VISEU, a direção das Cavalhadas demonstra desta forma de que, “quem não tem cão, caça com um gato...”


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A PARTICIPAÇÃO DAS FREGUESIAS DO CONCELHO, PROVA A GRANDEZA E A IMPORTANCIA DAS CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS Atenta aos valores de que Viseu dispõe , a direção das Cavalhadas de Vildemoinhos, está atenta para numa missão filantropa louvar os bons serviços prestados, divulgando também o que de melhor se faz. Daí que tenha colocado, como tema , para as Cavalhadas de 2019: “Memórias e sabores”. Enaltecendo de forma especial e particular o centenário de GNR – Pela Lei e pela Grei, de Viseu, e a celebre broa de Vildemoinhos, reconhecidamente pela boa qualidade. Entre os corpos diretivos das Cavalhadas de Vildemoinhos Anabela Tavares Abreu Sousa, secretária, que se tem destacado pelo excelente serviço que tem prestado. Autêntico computador no conhecimento e ação criativa, acrescentou a importância da gastronomia a nível da região, tão rica e variada e que a Câmara Municipal, através do pelouro da cultura promove. Com tudo na ponta da língua, Anabela Abreu começou por fazer justiça lembrando, de modo zeloso, o trabalho que as equipa

Nesta apresentação, recuperamos mais umas das muitas tradições deste povo trambelo, com as tricanas, que vem desde a década de 30, chegando a ser

sendo parte da receita doada aquela associação de beneficência. A terminar, quero chamar a atenção às pessoas e condutores que circulem da rua de acesso ao

fazem ao longo de meses para que,no dia 24 de junho, as Cavalhadas de Vildemoinhos subam à cidade grandiosas, inovadoras, melhores de sempre, ao ponto das Cavalhadas de Vildemoinhos terem um historial tão importante e com o maior prestígio, alguns freguesias também se incorporarem e associarem, com casos tradicionais, pois todos eles serão bem vindo – congratulou–se para logo prosseguir: “ No cartaz anunciador das Cavalhadas de Vildemoinhos de 2019, para além de se fazer tributo ao centenário da GNR e à gastronomia, onde se destaca a broa de Vildemoinhos, como rainha, tem o coração, nas tricanas, que ali aparecem, de volta, a vinte e um, dedicado à cultura, com a sua apresentação, num dos cinco dias de festa para Vildemoinhos.

famoso a nível nacional, que veio de um outro chamado Flor do Pavia. Historiando todo o passado destes grupos, encontramos motivos etnográficos da maior importância para serem chamados enriquecendo assim a tradição trambela , englobando padeiras, moleiros, agricultores, lavadeiras. Perante esta riqueza etnográfica das tricanas, a direção da presidência de Ramiro Figueiredo, entendeu anexar às Cavalhadas de Vildemoinhos, tal como os Zés Pereiras, como inicio de uma nova era, todos eles fazendo o seu próprio caminho. Entre muitas outras inovações no desfile das Cavalhadas de Vildemoinhos, acrescentou Anabela Abreu vai ser o aparecimento da Caritas, como parceiro, passando a ter a incumbência do cravanço,

estádio de Futebol dos Trambelos para repararem no lindíssimo mural pintado no lado lateral do pavilhão da Associação de ativi-

dades tradicionais das Cavalhadas de Vildemoinhos, dedicado à povoação, com a inserção de toda a tradição do povo trambelo, onde aparecem com perfeição e requinte de qualidade as padeiras, agricultores, tricanas, Zés Pereiras, Lusitano futebol, moinhos, vegetais que na época eram vendidos na praça 2 de Maio. Um dos elementos na contratação de grupos que tem desfilado pelas ruas da cidade de Viseu, é o vice presidente Acácio Braguêz da Costa que faz apelo à população de Viseu para assistir às Cavalhadas de Vildemoinhos por ser algo de novo, de diferente de grandioso, com particular sentido para que os professores levem os alunos assistir ao desfile como ação pedagógica e cultural dando lhe a conhecer uma linda e histórica tradição. Segundo Acácio Braguêz, para se avaliar quanto é importante e rico o cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos bastará somente di-

vulgar os número envolvidos ao ultrapassarem os cem mil euros, valores distributivos pelos carros alegóricos e tradicionais, bandas , conjuntos, grupos de folclore, cavalos onde este anos se conta com a presença de campinas de Santarém. Daí que valha a pena vir assistir ao cortejo como o evento mais popular e da maior grandiosidade que se realiza pela região da Beira. Por último, praticamente em conjunto, Ramiro Figueiredo, Acácio Braguêz, Anabela Abreu e Carla Maria Abibe fizeram agradecimento aos homens e mulheres que trabalharam para a realização das Cavalhadas 2019, e à Câmara Municipal, através do pelouro da cultura pelo apoio às Cavalhadas e às tricanas, a toda a população pelos cinco dias de festa onde todos e os demais proporcionaram o cortejo mais bonito dos últimos anos. Fernando de Abreu


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Presidente da Câmara de Viseu diz que requalificação do IP3 “é um logro” Infraestruturas de Portugal informou que o projeto da reabilitação integral da via que liga Viseu a Coimbra só deverá estar concluído em 2021 O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, mostrou-se esta quinta-feira “preocupado e desiludido” com as informações sobre a requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), pois segundo a Infraestruturas de Portugal, a reabilitação integral desta via entre Viseu e Coimbra só deverá ter o projeto concluído em 2021. Em declarações aos jornalistas no final da reunião do Executivo

Municipal, o autarca disse que “os viseenses estão a ser vítimas de um logro” e, por isso, “o primeiroministro terá que lhes pedir desculpas”. A informação sobre os timings da intervenção no IP3 foi prestada pelo vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, numa reunião realizada na sede da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, na qual o Município de Viseu se fez representar pelo seu Vice-Presidente, Joaquim Seixas. “Na melhor das hipóteses teremos o projeto concluído em 2021, o que quer dizer que pelo menos nos próximos quatro anos não ter-

emos a via requalificada. Vamos ter mais estes anos de sacrifício naquela que apelidei da estrada da morte?”, questionou, exortando o Governo a adotar um “procedimento de emergência”, que encurte os prazos da empreitada. Almeida Henriques recorda que a obra que o Governo adjudicou recentemente, que prevê a reabilitação do troço entre a Lagoa Azul e Penacova, “é apenas um paliativo”, que não vem resolver o problema estrutural do IP3. “Isto é um logro que é preciso denunciar. Sinto-me zangado e ludibriado, porque foi criada nas

pessoas a ilusão que o IP3 seria reabilitado de imediato”, reforçou, lembrando que esta é “uma obra de emergência nacional”. Almeida Henriques apela à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, no sentido de colocar esta empreitada no topo das prioridades. Se não o fizer, “terá que pedir desculpas aos viseenses”, mas “se vier dizer que eu é que estou enganado e que o projeto da reabilitação integral do IP3 estará pronto em 5/6 meses, então darei a mão à palmatória e direi que me enganei”.

Câmara exige resposta rápida do Governo à rutura no Serviço de Oncologia Na sequência das preocupações manifestadas pelos médicos do serviço de Oncologia do Hospital de Viseu, que alertaram para o facto de estar em risco a cirurgia oncológica naquela unidade, e do próprio serviço estar em rutura, o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, espera uma resposta rápida e eficaz do Governo, para que a “situação desumana” a que os doentes oncológicos estão a ser sujeitos não se prolongue no tempo. “Já tentei entrar em contacto com a Ministra da Saúde e, em simultâneo, enviei para o seu gabinete um pedido de audiência,

para que nos possa esclarecer sobre as medidas que serão tomadas”, refere o Presidente da Câmara. O autarca mostra-se “chocado” com o teor do comunicado tornado público esta terça-feira pelas estruturas representativas dos médicos. “Os médicos assumiram a incapacidade de garantir a consulta e os tratamentos de quimioterapia para novos doentes, o que demonstra a gravidade da situação. É responsabilidade da tutela, o Ministério da Saúde, assumir a condução deste processo, de extrema gravidade, e avançar já com o re-

forço do corpo clínico”, reforça. O Presidente da Câmara Municipal de Viseu espera também que a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões tome uma posição de desagrado sobre esta situação, por estar em causa o tratamento de “doentes de toda a região, que podem ficar sujeitos a ter que percorrer centenas de quilómetros para efetuar os tratamentos”. Em simultâneo, os Presidentes de Câmara dos Municípios de Viseu Dão Lafões marcaram presença na audiência com a Ministra da Saúde, solicitada pelo Presidente da Câmara Municipal de Viseu.

MANGUALDE: APROVADA CANDIDATURA A FUNDO PARA A DESTRUIÇÃO DOS NINHOS

DA VESPA ASIÁTICA O Município de Mangualde viu aprovada a candidatura de apoio financeiro para a destruição dos ninhos da vespa velutina, usualmente conhecida por “vespa asiática”, tendo auferido o montante máximo por beneficiário de 10.000 euros.

tor tem vindo a resolver as situações dos ninhos identificados, pelos seus próprios meios e recursos, tendo contabilizado a destruição de 13 ninhos em 2017 e de 203 ninhos em 2018. No entanto, o surgimento de casos de avistamentos de ninhos tem au-

Esta medida insere-se no eixo de intervenção “Funções ecológicas, sociais e culturais da floresta” previsto no Regulamento do Fundo Florestal Permanente e pretende apoiar financeiramente os municípios na tarefa de deteção e destruição dos ninhos e colónias de vespa velutina. A conhecida “vespa asiática” é um predador de abelhas e de outros insetos que, ao colocar em risco os recursos apícolas, surge como uma ameaça ao cumprimento pelos espaços florestais, da imprescindível função ecológica e, por consequência, agrícola e económica, que é a polinização das plantas. Nos últimos dois anos, a autarquia de Mangualde, através do seu Gabinete Técnico Florestal e do Gabinete de Apoio ao Agricul-

mentado significativamente, pelo que se torna fundamental o investimento neste tipo de luta. No presente ano, já foram destruídos alguns ninhos primários, pelo que o município pede a colaboração de toda a população na identificação dos mesmos, para que se proceda à sua destruição e, assim, se impeça o nascimento de centenas de obreiras desta espécie. Os munícipes poderão contactar diretamente o município ou divulgar essa informação junto da plataforma online SOS Vespa, para posterior validação por estes serviços. Nenhum cidadão deve, em qualquer circunstância, tentar destruir o ninho pelos seus próprios meios.


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MESCLA é a nova viagem à cultura de Viseu De 1 a 7 de julho, o Centro Histórico de Viseu recebe a primeira edição deste “caleidoscópio” de talentos, projetos e colaborações artísticas da cidade de Viriato O Centro Histórico de Viseu vai viver, na primeira semana de julho, uma MESCLA de luz e viagens, de experiências de cultura e projetos artísticos. O festival, promovido pelo Município de Viseu e VISEU MARCA, põe em especial destaque na sua programação “um caleidoscópio” de projetos culturais e talentos “made in Viseu”, com a participação de dezenas de artistas e coletivos radicados na cidade de Viriato, abrindo-se ainda a nomes nacionais e internacionais, em diferentes áreas de expressão. Das esculturas de luz às instalações sonoras, das músicas de diferentes paisagens à diversidade do teatro – o clássico, o de rua ou o de marionetas – , do novo circo ao café-concerto, da poesia ao conto e à literatura de viagens, da fotografia ao cinema de animação, das oficinas aos roteiros, o MESCLA promete marcar (e acelerar) o ritmo de Viseu durante os primeiros 7 dias do mês 7. De segunda-feira a domingo, o Centro Histórico de Viseu será assim palco de estreias e apresentações inéditas na cidade-jardim, de novas experiências e de reencontros há muito desejados, em mais de 200 momentos de programação, distribuídos por 20 espaços. “Num mix positivo de artes e talentos propomos, aos viseenses e aos milhares de visitantes que procurarão Viseu, uma programação com identidade própria, onde todos podem ter lugar, independentemente da idade e origem”, frisou o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, na apresentação. A Praça D. Duarte, o Adro da Sé, a Fonte das 3 Bicas, o Largo Pintor Gata, o Largo de S. Teotónio, o Largo António José Pereira, a Rua de Grão Vasco, os Jardins e Casa do Miradouro, a Incubadora CAVA, o Carmo 81’, os Museus Municipais da cidade e diversos espaços do Mercado 2 de Maio são alguns dos “meeting points” do evento. Do território cultural de Viseu sobressaem no MESCLA nomes e coletivos como Moullinex, a Gira Sol Azul e a “Viseu Big Band”, o “Teatro Mais Pequeno do Mundo” de Graeme Pullyen, João Lugatte, Ricardo Bernardo e Ricardo Silva (em residência), o projeto CRETA de Guilherme Gomes com diversos atores viseenses, a ZunZum, a Tribal, a “Ritual de Domingo” e Sónia Barbosa, Luís Belo, John Gallo, Inês Flor, Cláudia Sousa, o CARMO 81 e “Sr. Jorge”, a associação Memória Comum, entre outros. Uma seleção de “bandas de garagem” conquistarão também palco nesta programação. Para o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Jorge Sobrado, “o MESCLA é um festival que respira Viseu por todos os poros, com

uma marca de liberdade e de diálogo inclusivo, explorando os conceitos civilizacionais da viagem e da luz”. Manuel Alão e Sérgio Ferreira são os criadores convidados para a conceção de diversas esculturas de luz originais que distinguirão o MESCLA. Instalações “site specific” que vão iluminar Viseu, algumas delas com componente sonora, formando um roteiro entre diversos largos e ruas. A dupla Samuel Coelho e César Estrela protagonizam a criação e instalação de um “estranhofone” de grandes dimensões no Adro da Sé, escultura sonora que permitirá a realização de performances, assim como a livre interação do público. No plano nacional e internacional ganham ainda destaque o coletivo francês La Meute, os Palmilha Dentada, a Companhia de Música Teatral, o Festival Monstra, o coletivo “Ovo Alado” e, na música, Noiserv, Fogo Fogo, Marta Ren, Elisa Rodrigues, SURMA, Solar Corona e as Sopa de Pedra. O MESCLA faz também uma incursão em escolas, dando início a um projeto de estímulo da escrita sobre viagens que se prolongará no ano letivo de 2019/2020. “O Outro Marco Polo, que viajou - talvez - com Fernão de Magalhães” é o nome da iniciativa, organizada pela associação MEMÓRIA COMUM com os Museus Municipais. Inspirada na obra conhecida por “Viagens de Marco Polo” e em “As Cidades Invisíveis” de Italo Calvino, e servindo também de tributo aos 500 anos do início da Viagem de Circumnavegação de Fernão de Magalhães, a iniciativa propõe sessões de conversa e exploração com alunos do 3º e 4º ano escolar, das quais resultam textos inventivos sobre “mundos” desconhecidos, mas a ponto de serem descobertos. Da junção dos vários textos sobre estas geografias longínquas será organizado e publicado um livro, cujos cadernos serão produzidos em oficinas que terão lugar, durante o MESCLA, no Museu de História da Cidade. O festival marca também a adoção de uma atitude ambientalmente mais sustentável por parte dos principais operadores de bares e cafetaria da cidade. Com o MESCLA será erradicada a utilização de copos plásticos descartáveis, sendo substituídos por copos reutilizáveis mediante caução. Anualmente são desperdiçados mais de 3 milhões de copos descartáveis no Centro Histórico de Viseu. Da intensa agenda de programação, destaque para os grandes concertos musicais que se farão ouvir pelo centro histórico, de 1 a 7 de julho. A “Viseu Big Band”, formada por jovens músicos de bandas filarmónicas da região, vai protagonizar o concerto de abertura do evento, a 1 de julho, na Fonte das 3 Bicas, tendo como intérprete convidada Elisa Rodrigues. No dia seguinte, no mesmo palco, é a vez dos “FOGO FOGO”, que vão tocar música de inspiração africana em Viseu.

Na quarta-feira, SURMA é a protagonista musical do dia, no MESCLA. A concorrente e finalista da última edição do Festival da Canção, que nos últimos 2 anos se apresentou ao vivo em 16 países, vai subir ao palco da Fonte das 3 Bicas pelas 22h30. Marta Ren, uma das mais carismáticas vozes da nova música portuguesa, também atua no MESCLA, no dia 4. O embaixador de Viseu MOULLINEX e o "homem-orquestra" NOISERV “sobem ao palco” sexta-feira para dois momentos muito aguardados. A atuação de NOISERV, no Mercado 2 de Maio, terá como cenografia a instalação de “lanternas japonesas” produzidas por crianças nas oficinas diárias conduzidas pela artista viseense Inês Flor. As honras de encerramento do MESCLA caberá a “Sr. Jorge”, um dos projetos musicais mais originais made in Viseu. Ao fadista autodidata Jorge Novo juntam-se os músicos e compositores Gonçalo Alegre (Galo Cant’Às Duas), Rui Souza (Dada Garbeck e El Rupe) e João Pedro Silva (The Lemon Lovers). No que toca à encenação artística, destaque para o “Teatro Mais Pequeno do Mundo”, um projeto de Graeme Pulleyn, com a peça “Debaixo do Capuz Histórias de Devorar e Chorar por Mais”. Esta performance multidisciplinar que convida os espetadores a juntarem-se, debaixo de um capuz, para escutar contos tradicionais, decorre todos os dias do MESCLA, no Largo S. Teotónio. Do mesmo encenador, vai-se poder assistir ao teatro para a infância “O AUTÓMATO”, na sexta-feira. O MESCLA também traz circo a Viseu. 78 TOURS é um projeto francês de circo contemporâneo que conta com 1 músico e 2 acrobatas, acompanhados de um aparelho de 10 metros de altura. A performance acontece no Adro da Sé, na noite de 4 de julho. E sendo as “viagens” um dos conceitos fundadores do MESCLA, “Viseu pelas Bocas do Mundo – Guias de Viagem da Monarquia Constitucional ao Estado Novo” é a exposição que inaugura no Museu Almeida Moreira, a 5 de julho. Uma mostra de guias de viagens internacionais publicados entre 1820 e 1974 que põem os olhos (e a boca) sobre Viseu. Animação de rua, contos para crianças e adultos, teatro para bebés e atuações de Bandas de Garagem de Viseu são algumas das restantes propostas do MESCLA para a primeira semana de julho, na cidade de Viriato. Em permanência, entre os dias 1 e 7, os Museus Municipais organizam oficinas infantojuvenis e para famílias, para além de visitas guiadas pelas atuais exposições em exibição. A programação completa está disponível para consulta no site do evento, em www.mesclaviseu.pt, e nas redes sociais.

Operação FRONTEX - GNR deteta migrantes na Ilha de Samos No âmbito da missão da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira (FRONTEX), a Guarda Nacional Republicana (GNR), através da Unidade de Controlo Costeiro (UCC), no dia 13 de junho, detetou uma embarcação com 58 migrantes, junto ao cabo Prasso, na ilha de Samos – Grécia. Durante uma ação de vigilância, os militares da GNR que constituem a equipa Termal Vision Vehicle (TVV), detetaram a existência de uma embarcação suspeita no mar, proveniente da Turquia em direção ao Cabo Prasso. De imediato, os militares entraram em contacto com as autoridades Helénicas, que operavam embarcações naquela área, com o intuito de verificar o tipo de embarcação em causa. Foi possível verificar que se tratava de uma embarcação de borracha, transportando 58 pessoas, de diferentes nacionalidades, tendo as mesmas sido resgatados. A deteção dos migrantes foi possível através de uma câmara térmica de formação de imagens em tempo real, equipamento que oferece capacidades de observação em condições de ausência total de luz e de visibilidade degradada. Esta operação europeia visa prevenir, detetar e reprimir casos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e outros crimes fronteiriços, contribuindo fundamentalmente para a salvaguarda de vidas humanas no mar através de missões de busca e salvamento, onde a Guarda tem uma força destacada desde o mês de abril.

O Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Viseu, no decorrer de três investigações autónomas por a prática de crimes de furto em veículos e a estabelecimento comercial, após ter efetuado durante algumas semanas várias diligências de investigação, conseguiu recuperar os artigos que foram alvo de furto, nos ilícitos acima mencionados. Nos referidos processos identificou e constituiu em arguidos seis cidadãos com idades compreendidas entre os 17 e 34 anos de idade, residentes em Viseu, Aveiro e Porto. Das referidas diligências resultou ainda a apreensão dos artigos subtraídos: um computador, um tablet, um telemóvel, seis cadeiras e duas mesas. Alguns dos artigos já se encontravam fora da cidade de Viseu, mais concretamente na cidade de Aveiro e Porto, onde foram recuperados. Os artigos vão ser entregues aos seus legítimos proprietários. Alguns dos arguidos já possuíam cadastro criminal, tendo todos ficado sujeitos a Termo e Identidade e Residência. Os mesmos ficaram em liberdade a aguardar os ulteriores trâmites processuais. A mesma Polícia, através de elementos da Divisão de Lamego, no dia 16 do corrente mês, pelas 00H10, deteve, numa das artérias dessa cidade, um cidadão de 25 anos de idade, já referenciado por consumo de estupefacientes, por ter na sua posse haxixe que daria para cerca de 15 doses individuais. O referido produto estupefaciente foi apreendido e o detido presente no Tribunal Judicial de Lamego.


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Ordem do Caminho de Santiago assina acordos com países americanos para promover o turismo religioso A Ordem do Caminho de Santiago, com sede na capital da Galiza promove, durante o mês de Junho, diversas atividades em vários países da América com o objetivo de promover e potenciar o turismo religioso e garantir a presença da Ordem no continente americano, onde já conta com grande representação. No Brasil organizará um simpósio sobre o Caminho de Santiago e assinará dois protocolos: no Perú impulsionará uma jornada alusiva ao turismo religioso, que repetirá no México, onde também procederá à abertura de uma nova Sede e à realização de um Capítulo Especial da Ordem. Para levar a cabo todas estas atividades, a Ordem do Caminho, a que preside o Grão-Mestre Miguel Pampín, destacou até ao continente americano o seu Vicepresi-

dente Executivo Alejandro Rubín e o Conselheiro da Ordem, Jesús Ares. Atividades no Brasil, México e Perú O primeiro país a visitar será o Brasil, mais concretamente Foz do Iguaçu, onde, coincidindo com o Festival das Cataratas organizará um simpósio sobre o Caminho de Santiago e diversas atividades, das quais se destacam os protocolos a assinar com a COTAL (instituição pioneira no turismo sul americano). A missão desta associação, que inclui vários países, é a de integrar o trabalho dos setores público e privado nas áreas gastronómica, hoteleira, de lazer e transportes, para além de promover os destinos emergentes. Uma parte da sua

atividade está centrada no turismo religioso. O outro protocolo será com a Fundação São José de Ciências Humanas e Religiosas (Paraná, Brasil) como organizadora do Congresso internacional de Turismo Religioso e Sustentável. Esta entidade promove a investigação e fomenta o debate de ideias, integrando jovens estudantes, docentes e profissionais de vários países, através de um projeto internacional que desenvolve o evento a nível mundial. No Perú, a Ordem organizará uma jornada sobre o Caminho de Santiago, aberta ao público, com a participação de representantes institucionais do país. Nela será promovida a Rota do Inca, através de experiências de peregrinos e da análise à vocação que existe ao

Catalunha e depois na Galiza.

Apósto Santiago no Perú. Promover a Rota do Inca no México O programa previsto para o México inclui, no dia 17 (segundafeira), a abertura de uma nova sede administrativa da Ordem na Cidade do México, com uma visita à Igreja de Santiago (lugar de partida dos peregrinos para Compostela) e a realização, na Capela do Rosário em Puebla, de uma jornada sobre O Caminho de Santiago. No dia 18 terá lugar um Capítulo Especial em que serão investidos 12 novos Cavaleiros e Damas. A Ordem do Caminho de Santiago completa, assim, um conjunto de atividades que tiveram início recentemente nos Açores, na

Capítulo anual em Julho Como já é tradição, a ordem realizará o Capítulo Geral anual em Santiago de Compostela, nos dias 20 e 21 do próximo mês de Julho. Recorde-se que a missão da Ordem do Caminho de Santiago é promover os valores universais do Caminho, servindo de vínculo entre vários continentes para as pessoas que professam o seu respeito ao Apóstolo Santiago e defendem os valores do Caminho, fomentando peregrinações, a ligação entre territórios e difundindo o património cultural e etnográfico das diferentes rotas do Caminho de Santiago, contribuindo, assim, para promover o turismo cultural, religioso ou espiritual.

EXCURSÃO RELIGIOSA SANTUÁRIOS DE MONTSERRAT CATALUNHA VISITA A LOURDES FRANÇA E ANDORRA Dia 26, de setembro, saída de Oliveira de Frades, às 18 horas e de Viseu, as 19 horas, com passagem por São Pedro do Sul, Salanca, Madrid, chegada a Montserrat, às 9 horas, do dia 27, com p.a. livre. Às 13 horas. almoço ao ar livre. Na emente constam 3 leitões, costeletas do caçacho e outros pratos, aperitivos e sobremesa. Às 16 horas, saída para Andorra, jantar e dormida, no hotel Sant Eloi; Dias 28, livre para compras, p.a. bufffet, almoço, jantar e dormida no mesmo hotel; Dia 29, p.a. buffet, e almoço, às 11,30 horas , com paragem em Paz de Lá Casa, chegada a Lourdes, Jantar buffet, no Hotel Galilé, participação procissão das velas e dormida no mesmo hotel; Dia 30, livre, com refeições buffet e dormida, no Hotel Galilé; Dia 01, de outubro, p.a. buffet e almoço Preço 255 euros, tudo incluido, sendo 55 euros no ato da inscrição e o restante durante a viagem. Os lugares são marcados pelas ordem das inscrições, sendo o preço de 245 euros para as pessoas que ocuparem o último. Fernando de Abreu, telemóvel 00351 960 100 300 Inscrições Conventurispress, Lda, telefone 00351 232 087 050 Manuel Leonídio Silva -Telemóvel - 969568130

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Saúde 11

Segunda-feira 24/6/2019

SÁTÃO SOLIDÁRIO COM O DIA MUNDIAL DO DADOR DE SANGUE O Município de Sátão, através da Biblioteca Municipal, associou-se ao Dia Mundial do Dador de Sangue e, no passado dia 14 de junho promoveu no seu espaço, uma Sessão de Colheita de Sangue que ocorreu das 09h00 às 13h00, realizada pelo Centro de Sangue e da Transplantação de Coimbra. A ação visou consciencializar toda a população saudável, entre os 18 e os 65 anos, para a necessidade de dádivas regulares, que permitam a todos receber os componentes sanguíneos de que necessitam, quando e onde precisam. A dádiva de sangue contou com 50 dadores, sendo a grande maioria dadores de sangue pela primeira vez.

Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)

Telefones: 232 181 205 / 967 003 823

Atrofia no nervo ótico pode provocar perda ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO irreversível da visão útil MÉDICOS DENTISTAS

A Neuropatia Ótica Hereditária de Leber (NOHL) é uma doença genética neurodegenerativa que atinge os nervos óticos, provocando perda grave de visão. Esta afeta maioritariamente homens em idade jovem (entre os 15 e os 35 anos) e manifesta-se com perda profunda e rapidamente progressiva da visão central, primeiro num olho e semanas depois no outro, ou em ambos os olhos simultaneamente. Com uma prevalência estimada de um a nove casos em cada 100 mil habitantes, a NOHL é provocada por uma mutação no ADN das mitocôndrias, os constituintes das células responsáveis pela produção de energia necessária para o seu funcionamento. As células dos tecidos nervosos, incluindo as existentes nos olhos e nervos óticos, são extremamente exigentes a nível energético, motivo pelo qual têm um elevado número de mitocôndrias, sendo particularmente afetadas pela NOHL. O ADN mitocondrial é herdado a partir da mãe, o que justifica que numa proporção significativa de casos possa existir história de cegueira no lado materno da família. Para além da perda de acuidade visual (geralmente inferior a 1/10), evidente na avaliação com tabela de optótipos, os testes de visão de cores estão alterados e os campos visuais revelam perdas de sensibilidade visual densas e amplas no campo de visão central ou para-central (próxima do centro). Na observação do olho, numa fase inicial, o aspeto do disco ótico (a cabeça do nervo visível com fundoscopia) pode ser inocente ou apresentar uma discreta indefinição dos seus limites, assim como finos vasos anómalos em seu redor. Posteriormente, à medida que a atrofia do nervo se estabelece, o disco ótico apresenta-se pálido. Esta atrofia resulta da perda de fibras nervosas e pode ser documentada com recurso a um exame de

NOVOS PROTOCOLOS ADSE ( GNR - PSP )

Consultas de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30; e das 14h30 às 19h. Consultório: Rua 21 de Agosto Centro Comercial “Happy Dream” - 3510 VISEU Telefone: 232 435 141 / 917 264 605 Urgências: 917 882 961

DR. ADELINO BOTELHO Chefe de Serviço de Clínica Geral

Consultório Clínica de S. Cosme Clínica Geral e Domicílios Tel: 232 435 535 - 963 309 407 Praça de Goa - 3510-085 VISEU imagem, designado tomografia de coerência ótica (OCT), que mede a espessura das camadas de fibras nervosas do olho. Existem ainda testes eletrofisiológicos que avaliam a condução elétrica nos tecidos nervosos do olho, isto é, se estes desempenham bem a sua função. Estes testes apresentam-se alterados numa fase precoce da doença e apoiam a suspeita de que a causa da perda visual reside numa alteração destes tecidos. Contudo, o diagnóstico definitivo de NOHL é feito através de testes genéticos que procuram identificar as principais mutações no ADN mitocondrial conhecidas para a doença. Atualmente não existe tratamento para a NOHL e embora uma pequena proporção de doentes possa apresentar melhoria espontânea da visão durante o primeiro ano de doença, na

maioria dos casos, NOHL é sinónimo de perda irreversível de visão útil. A orientação terapêutica na NOHL envolve, geralmente, medidas de suporte para promover a adaptação do doente às limitações visuais, através da prescrição de ajudas técnicas para baixa visão. O aconselhamento genético e a evicção do tabaco e álcool (fatores ambientais que agravam a doença) são também medidas fundamentais na orientação destes doentes. Apesar de não existir nenhuma associação de doentes ou sociedade científica dedicada à temática da NOHL, os doentes e as suas famílias têm recorrido à ajuda de organizações que trabalham esta doença a nível internacional. Artigo de Opinião de Rita Couceiro, Neuroftalmologista

Martha Santos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA ECOGRAFIAS

CONSULTAS: SEGUNDAS E QUINTAS, DAS 14H ÀS 20H Rua Miguel Bombarda, nº 66, Sala BU - 1º - VISEU Telefone: 232 426 695


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