Notícias de Viseu - 24 de Setembro 2020

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VISEU

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Companhia teatral ArDemente estreia “Numa natureza morta” na Quinta da Cruz em Viseu

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2218 - Quinta-feira, 24 de Setembro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído

Governo apresenta rede de inovação para enfrentar no futuro os desafios da agricultura

“É um espetáculo de teatro pensado para a Quinta da Cruz, centro de arte contemporânea de Viseu, e trata de uma família que todos os anos se encontra ali, naquela casa, que é a quinta, para celebrar o aniversário da avó”, contou o encenador Gabriel Gomes.

Município de Viseu transfere mais de 1,3 milhões de euros para as freguesias O Executivo Municipal aprovou esta terça-feira, 21 de janeiro, os protocolos de delegação de competências para 2020 nas Juntas de Freguesia, cujo valor total é superior a 1,3 milhões de euros. Nesta delegação de competências está prevista a manutenção de espaços verdes, limpeza de vias, espaços públicos, sarjetas e sumidouros. As freguesias ficam ainda responsáveis pela manutenção de espaços envolventes a estabelecimentos do pré-escolar a 1.º ciclo, assim como por pequenas reparações nesses espaços de ensino.

Interior pediu na "Portugal Smart Cities" políticas inteligentes contra assimetrias

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2 Opinião

Quinta-feira 24/09/2020

(Não) vai ficar tudo bem

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setembro 2020 Quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras

SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com

O ano 2020 ficará sempre marcado pela esperança em que a expressão "vai ficar tudo bem" nos fez acreditar. A verdade é que depois de bem-comportados, desconfinamos mal e voltamos a desvalorizar o que temos de mais importante: a saúde e o respeito pelo outro. Os dois meses de confinamento deram essa esperança de mudança a quem escreve sobre Desporto, a quem acredita piamente nos seus valores e que a competição só vale quando existe respeito pelo corpo, pelas regras, pelo adversário, pelo árbitro/juiz ou pelo público. Vivemos momentos, ainda, de muitas incertezas. O stress é visível no dia-a-dia. Mas será que não aprendemos nada?! O futebol profissional, que maltratou o público com jogos durante os dias de semana a horas tardias,

que não quis erradicar a violência que grupos organizados cometem, preços oportunistas, vem agora exigir público? E do bem-comportado?! Não souberam fidelizar o "puro" adepto. Não transmitiram valores que o desporto não pode dispensar. Atletas e treinadores merecem público. Quem geriu o futebol profissional e não percebeu que a essência do futebol é o público no estádio, e não a televisão e o dinheiro, a participar positivamente no apoio à sua equipa e que vibra com o espetáculo, não tem moral para reclamar. Os clubes, que tanto promovem a clubite e o ódio, não conseguiram unir-se na causa maior: a valorização do espetáculo desportivo. No desporto sénior – não profissional, existem receios de alguns agentes por não haver despistagens. As competições vivem

semana a semana. Mas todos nós na nossa vida o estamos a fazer. Tem sido muito difícil para todas as organizações manter o equilíbrio entre a saúde, a economia e a retoma desportiva! Quanto ao desporto, de formação, a DGS tem adiado as resoluções mais específicas e diretas para depois do início das aulas. Uma atitude discutível, mas que não justifica que existam clubes que não cumprem as regras atuais de distanciamento pelo medo de perder crianças/atletas. Basta passar por campos e assistem-se a sessões de treino iguais àquelas que se realizavam antes de haver COVID. Há muitas atividades que as crianças e os jovens podem realizar e que os ajudam no seu desenvolvimento motor e psíquico. Com certeza que o Governo e a DGS terão de repensar a situação

PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros

de público nos campos. O desporto não tem culpa nem pode ser descriminado. Milhares de agentes desportivos por este país têm esse direito. Qualquer espetáculo é para o seu público. O direito do adepto não pode ser colocado em causa porque se parte do princípio de que vai portar-se mal! A saúde é primordial. A educação indispensável. A atividade económica fundamental. Outras atividades como a cultura e o turismo essenciais à sociedade. Só que o Desporto, não a clubite, é tudo isto: saúde, economia, educação, cultura e turismo. Vai ficar tudo igual. Menos mal. Vítor Santos Embaixador do Plano Nacional de Ética Desportiva

In “ Jornal Mundo Lusíada”

SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos

O RECEIO DE OPINAR

DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de Agosto 15000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião................................. Regional ............................... Diversos ................................. Saúde........................................ Última ....................................

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Por Humberto Pinho da Silva Antes de me aposentar, prestei serviço em empresa, que possuía e possui, milhares de trabalhadores. Convivi apenas com pouco mais de uma ou duas dezenas. Contudo admirava-me, que em épocas eleitorais, quando se perguntava a opinião sobre os candidatos, esquivavam-se, declarando receosos: - “ Eu cá, voto na maioria, no que vai à frente, segundo a massmedia.” Admirava-me da atónita resposta. Vivíamos, já em plena democracia, (seria?); e em democracia, cada qual, não se deve inibir de ter opinião. Hoje, compreendo – a idade dá-nos sabedoria, – que para vir à praça publica, e dizer, em letra de forma, o que se pensa, requer coragem – muita coragem.

Principalmente, para quem não possui protecção de poderoso, que acuda quando se é retaliado. Eu sei, infelizmente, que muitas vezes, os dirigentes são escolhidos pelas suas ideologias, e que costumam beneficiar correligionários, e afastar os que não são da sua “ capela”. Eu sei… Em Congresso de Sociologia, realizado em Coimbra, no início do século, o sociólogo, Manuel Villaverde Cabral, defendeu a tese: que dois terços dos inqueridos, num estudo realizado em Portugal, sentiam receio de exprimirem opinião sobre governantes. Não é, portanto, de espantar, que humildes trabalhadores, não cobertos pelo “ guarda-chuva” do partido, sintam medo de serem marginalizados de futuras be-

nesses, pelas suas ideologias. Compreende-se, que quem vive do trabalho, ande com o “credo” na boca, para não sofrer represália, como eu sofri, por não ter cor politica. O medo dos “poderosos”, é muito antigo. Desde tempos ancestrais, sempre houve receio dos dirigentes. Basta ler o Livro de Ester 8:17, para se verificar isso: “ Os povos da terra, se fizeram judeus; porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles” Esse “temor” fez que muitos monarquistas se rendessem à república e que acérrimos partidários do Estado-Novo, se refugiassem em partidos de esquerda. Fizeram-se esquerdistas, do mesmo modo que no tempo de Ester se “ fizeram” judeus.

A frase do antigo Presidente do Município de Penalva do Castelo: “ Quem está com o Governo, come; quem não está cheira”, parece estar – e sempre estará, – actual. Aqui e em toda a parte.

Senhor, ex construtor emigrante no estrangeiro , deseja encontrar senhora com cerca de 60 anos para assunto sério. Tlm : 933887796 Bom nível social


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Diversos

Quinta-feira 24/09/2020

Companhia teatral ArDemente estreia “Numa natureza morta” na Quinta da Cruz em Viseu

O grupo de teatro viseense ArDemente estreia, na quinta-feira, a peça “Numa natureza morta”, na Quinta da Cruz, centro de arte contemporânea de Viseu, espaço para o qual foi concebida a peça, adiantou à agência Lusa o encenador. “É um espetáculo de teatro pensado para a Quinta da Cruz, centro de arte contemporânea de Viseu, e trata de uma família que todos os anos se encontra ali, naquela casa, que é a quinta, para celebrar o aniversário da avó”, contou o encenador Gabriel Gomes. Encenador e fundador do grupo ArDemente, Gabriel Gomes desvendou que, “entretanto, aconteceu uma situação que os faz ficar a pensar no que quer que os possa ter levado àquele acontecimento”. “No fundo, pretende refletir a questão de pessoas que, de certa forma, chocam umas com as outras, no fundo, uma relação familiar mais conflituosa. Como é que as pessoas conseguem coabitar um espaço, com tensões e conflitos, e presas numa espécie de ‘loop’ temporal por causa deste acontecimento que as faz ficar ali a pensar”, explicou. Gabriel Gomes revela que o teatro se desenrola em três palcos, ou seja, em três salas do centro de arte contemporânea, sendo que são “três momentos diferentes da família: o pequeno-almoço, o almoço e o jantar”. “Em palco estão cinco atores, três viseenses, incluindo eu, e dois de Lisboa, depois há um artista plástico que foi convidado para fazer as instalações plásticas que servem de cenografia ao espetáculo, que estão em cada uma das salas do museu, onde irá decorrer o espetáculo”, disse. Questionado sobre a possibilidade de levar o espetáculo a outros espaços, Gabriel Gomes não escondeu o desejo de que “isso seja possível de acontecer” e, por isso, o grupo “já tem debatido possibilidades” de transportar o “cenário” para outras realidades através de “uma readaptação ou restruturação total”.

“O espetáculo tem uma determinada itinerância. O artista plástico pensou numa instalação para cada um destes três espaços, mas temos falado na possibilidade de haver uma readaptação, ou restruturação total”, admitiu. Em causa, acrescentou, poderá estar “um museu ou outro que permita ter salas diferentes ou até adaptar para um palco normal, à italiana, com o público em volta, ou ao ar livre como agora tem sido uma opção mais viável por causa da pandemia”. Aliás, a pandemia de covid-19 atrasou a estreia deste espetáculo que esteve agendado para abril e vai agora acontecer na quinta-feira, dia 24, e mantém-se em cena até dia 28 de setembro. Em palco estão os viseenses Sofia Moura, Roberto Terra e Gabriel Gomes, também encenador, a que se juntam Inês Veloso e Henrique Bispo que, segundo o encenador, “já têm colaborado com o ArDemente, em vários projetos”. As instalações cénicas são da responsabilidade do artista plástico Vítor Freitas e os figurinos da autoria de Emanuel Santos. ArDemente é uma companhia de teatro criada em Lisboa, mas sediada em Viseu desde dezembro de 2018, altura em que o fundador Gabriel Gomes regressou à terra natal após finalizar o curso na Escola Superior de Teatro e Cinema. A companhia tem desenvolvido vários projetos de criação e experimentação teatral na cidade de Viseu e na região.

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Governo apresenta rede de inovação para enfrentar no futuro os desafios da agricultura A ministra da Agricultura apresentou, dia 22, em Nelas a rede de inovação para o setor, projeto que vai atentar aos desafios do futuro, como alterações climáticas ou desigualdades sociais e territoriais. “São 24 polos que constituem uma rede que se quer consolidada, moderna, tecnológica e preparada para fazer face àquilo que são os desafios que temos pela frente como o combate às alterações climáticas, o esbater as desigualdades sociais e territoriais”, explicou Maria do Céu Antunes. A governante, que falava em Nelas, no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, acrescentou ainda que outro desafio é “poder inverter a demografia e a tendência demográfica do país com o envelhecimento, nomeadamente no setor agrícola” e conseguir “ter territórios mais resilientes e mais preparados” “Para isso, sabemos que é preciso mais conhecimento, mais tecnologia e mais investigação dedicada e orientada para estes desígnios” referiu Maria do Céu Antunes que disse que “estes 24 polos querem ser o motor das políticas publicas” para atingir as “metas ambiciosas traçadas pela agenda de Inovação para a agricultura 20/30”. Daqui a 10 anos, em 2030, disse, o objetivo é “poder atingir as metas ambiciosas, nomeadamente fazer com que 80% dos jovens agricultores se instalem no interior do país e fazer com que mais 20% da nossa população adira à dieta mediterrânica como forma de saúde e promoção de bem-estar. “Que possamos aumentar a produção agrícola em 15% e onde possamos também fazer com que o investimento na investigação e no desenvolvimento tecnológico possa ser aumentado em 60%”, enumerou, acrescentando que “o desejo é valorizar a exportação em dois mil milhões de euros, mas por causa da pandemia, o valor poderá de ser ajustado”. Sem qualquer orçamento previsto para esta agenda de inovação – os polos vão funcionar em edifícios do Governo já existentes -, Maria do Céu Antunes defendeu que “o pior que pode acontecer, do ponto de vista em política é traçar objetivos e estratégias em função do orçamento, porque fica sempre coxo”. “Ou o orçamento não chega ou a estratégia fica sempre diminuída e esta agenda é ambiciosa e deve alocar fundos sejam eles da Agricultura, da Coesão, das Ciências, dos orçamentos de Estado ou a partir dos instrumentos mecanizados em Bruxelas”, assumiu. Da mesma forma que ainda não há

orçamento para a “requalificação de alguns dos polos que estão obsoletos”, admitiu a ministra, como é o caso do de Nelas, onde decorreu a apresentação da rede e, para o qual, o presidente da Câmara ainda não tem um levantamento feito do investimento necessário. “A presença aqui de todos estes responsáveis políticos, leva-me a crer que, até ao final do ano, poderá haver novidades. Estamos incluídos na rede e queremos saber em que se consubstancia esta

rede da inovação para o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão”, adiantou aos jornalistas José Borges da Silva. No seu entender, “tem de haver um envolvimento entre os agentes locais e económicos, instituições de ensino e os ministérios essenciais para dinamizar o centro que exige a requalificação das instalações e dos instrumentos de investigação e apetrechamento de recursos humanos”. Durante a apresentação, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Sobrinho Teixeira, destacou que “nunca o setor agrícola esteve tão qualificado como agora e a tendência é que seja cada vez mais qualificado”. Da mesma forma que a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, elogiou a meta da agenda ou “querer que 80% dos jovens agricultores se fixem no interior, porque isso é tornar o território mais coeso”. Os 24 polos distribuídos pelo país vão trabalhar “cadeias de valor e valorização de produtos endógenos” como a fruta, o vinho, vinha e espumante, o olival e azeite e a horticultura, os cereais, as leguminosas, a produção animal e pastagens e forragens.


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Regional

Quinta-feira 24/09/2020

Wine & Music Valley regressa a Lamego em 2021 O primeiro grande festival em Portugal inspirado no vinho - o Wine & Music Valley regressa a Lamego a 10 e 11 de setembro de 2021. A segunda edição deste evento voltará a reunir um cartaz musical de luxo, os produtores de vinho da região e chefes de cozinha de renome. Estes pormenores foram avançados durante a primeira ação de apre-

aposta ganha", fundamenta. A fusão dos melhores vinhos e da melhor gastronomia, acompanhada por uma seleção musical de qualidade, promete tornar o próximo Wine & Music Valley um festival diferenciador. Para o palco Douro Stage estão já confirmados os artistas João Pedro Pais, Ana Moura, Pedro Abrunhosa e Expen-

sentação do II Wine & Music Valley, na qual marcou presença o Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Ângelo Moura. "Na edição de estreia recebemos mais de 17 mil pessoas no Porto Comercial de Cambres. Acarinhamos este projeto desde a primeira hora e estamos muito satisfeitos com a parceria que desenvolvemos com os promotores da iniciativa, disponibilizando o apoio logístico necessário. A nossa ambição é incrementar a notoriedade deste território, que possui um enorme potencial, e estimular o desenvolvimento do enoturismo. É uma

sive Soul. Mas outros nomes relevantes, nacionais e internacionais, serão anunciados em breve para atuar no "coração" do Douro Vinhateiro em plena época de vindimas. Na vertente gastronómica, o destaque vai para a zona “Chef’s Stage”, onde estarão em ação cozinheiros nacionais a trabalhar em restaurantes com estrela Michelin. O público vai ainda poder assistir a momentos gastronómicos ao vivo com “live cooking shows” e degustações.

Município de Viseu transfere mais de 1,3 milhões de euros para as freguesias Aprovados protocolos de delegação de competências para 2020. Valor a transferir aumenta face a 2019 O Executivo Municipal aprovou esta terça-feira, 21 de janeiro, os protocolos de delegação de competências para 2020 nas Juntas de Freguesia, cujo valor total é superior a 1,3 milhões de euros. Face a 2019, o Município aumenta o montante a transferir em quase 8%. Nesta delegação de competências está prevista a manutenção de espaços verdes, limpeza de vias, espaços públicos, sarjetas e sumidouros. As freguesias ficam ainda responsáveis pela manutenção de espaços envolventes a estabelecimentos do pré-escolar a 1.º ciclo, assim como por pequenas reparações nesses espaços de ensino. A delegação de competências compreende ainda gestão e reparação de equipamentos desportivos e percursos

pedestres e a colocação de placas de toponímia. Neste conjunto de competências a delegar, destaque para o facto de a Junta de Freguesia de Viseu ficar, a partir de agora, responsável por um conjunto de tarefas mais alargado, no que diz respeito à limpeza de vias e espaços públicos. Desta forma, cabe à Junta de Viseu atuar nestes domínios nos seguintes locais: Gumirães, Pinhô, Urbanização do Fontelo, Rua das Fontainhas, Bairro de Santa Eugénia, PSP, Bairro da Misericórdia, Quinta da Carreira, Quinta da Longra, Esculca, Santiago, São João das Lameira e Bairro de Diamantes (S. João da Carreira). “Acredito que o que é feito na proximidade é muito melhor e é por isso que delego nas Juntas de Freguesia este conjunto de competências”, explica o Presidente da Câmara, Almeida Henriques.

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JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIO 2020 COM PARTICIPAÇÃO DA CÂMARA DE MANGUALDE A Direção-Geral do Património Cultural promove as Jornadas Europeias do Património de 25 a 27 de setembro, em vários locais do nosso país, dando relevância ao tema Património e Educação, e tendo como objetivo aumentar a sensibilização no que toca ao papel da educação no património, tal como o papel do património na educação, para assim existir uma forte ligação entre estes dois pilares fundamentais. A Câmara Municipal de Mangualde, com participação no evento desde 2008, através do Gabinete de Arqueologia e Gestão do Património Cultural, implementa este ano o programa “Passeios pela História - QR Codes”. Com um vasto leque de bens patrimoniais dispersos pelo concelho de Mangualde, o programa tem como principal objetivo a visita a estes locais históricos mangualdenses, dando a conhecer um pouco mais da história vivida pelos antepassados da região, através de QR Code que estes locais estão dotados. Devido ao COVID 19, e tendo como prioridade a saúde pública, convida-se o munícipe a realizar o circuito pelos vários monumentos com QR Codes disponíveis, podendo participar neste circuito qualquer elemento que tenha em sua posse um smartphone ou tablet com a capacidade de aceder a este tipo de conteúdos. Mangualde, sendo um concelho cheio de história e património, os locais dotados com o QR CODE são as seguintes, na Abrunhosa a Velha: O pelourinho, Janela Quinhentista e Presenças Barrocas na arquitetura (Situado em Vila Mendo Tavares). Em Alcafache: Solar de Santa Eufémia (Situado em Tibaldinho). Na Cunha Baixa: Anta da Cunha Baixa, Igreja São Tomé de Cunha Baixa e a Capela Senhor do Calvário (Situada em Abrunhosa do Mato). Em Espinho: Igreja São Pedro Espinho

(Situado na Abadia) e o Reservatório de água de Espinho. Em Fornos de Maceira Dão Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão (Situado em Vila Garcia). Em Freixiosa: Santuário Santa Luzia. Em Lobelhe: Casa de Lobelhe. Em Mangualde: Citânia da Raposeira, Igreja da Misericórdia, Igreja Matriz de São Julião, Palácio dos Condes de Anadia, Solar dos Rebelos Leitões, Torre do Relógio Velho/São Bartolomeu, Tribunal de Mangualde, Santo António dos Cabaços, Cine Teatro, Casa dos Albuquerques, Vila Gloria, Colégio São José, Casa dos Condes, Casa de Almeidinha (Situado em Almeidinha), Calçada Romana Mourilhe (Situado em Mourilhe), Casa de Darei (Situado em Darei), Nossa Senhora da Saúde (Situado na Cunha Alta), Capela de Santo António (Situado na Mesquitela), Igreja São Silvestre (Situado em Pinheiro de Baixo), Capela de São Domingos (Situado em Ançada), Casa do Canedo (Situado no Canedo), Casa dos Faros (Situado em Santo Amaro), Casa Pedro Alvares Cabral (Situado em São Cosmado). Em Santiago de Cassurrães: Ermida Nossa Senhora de Cervães, Igreja de Santiago de Cassurrães, Capela Cabral Pinto, Fontenário Seabra Beltrões. Em São João da Fresta: Igreja São João da Fresta. Em Tavares: Castro do Bom Sucesso (Situado em Chãs de Tavares), Pelourinho (Situado em Chãs de Tavares), Igreja de Chãs de Tavares (Situado em Chãs de Tavares), Igreja Matriz de Várzea de Tavares (Situado em Vila Cova Tavares) e Igreja de São Salvador (Situado em Travanca). Consulte o programa global das jornadas em: http://w3.patrimoniocultural.pt/jep2020/ digital/

FEIRA ANUAL DE S. MIGUEL NÃO SE IRÁ REALIZAR ESTE ANO A tradicional Feira de S. Miguel, que habitualmente se realiza a 29 de setembro, não se irá realizar este ano face à situação causada pela pandemia COVID-19, e de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 70-A/2020 de 11 de setembro de 2020. Sendo um certame que anualmente atrai centenas de visitantes a Tarouca, a autarquia procura desta forma agir preventivamente, procurando evitar aglomerados de pessoas. A salvaguarda da saúde dos tarouquenses e de todos aqueles que visitam Tarouca por ocasião das Festas de S. Miguel está no topo das prioridades da autarquia, pelo que a decisão de cancelamento da feira foi tomada por

unanimidade em reunião da Proteção Civil Municipal. É de extrema importância que de forma individual ou coletiva se mantenha a adoção de comportamentos responsáveis face à situação epidemiológica que se atravessa. A responsabilidade no combate a esta pandemia é de todos, e no que concerne à autarquia, manter-se-á a adoção de todos os procedimentos e normas tidos como necessários para preservar a saúde pública.


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Regional

Quinta-feira 24/09/2020

Covid-19: consórcio propõe terapia inovadora para eliminar o vírus SARS-CoV-2 em poucos segundos Eliminar o vírus SARS-CoV-2 – que provoca a doença Covid-19 – logo na principal “porta de entrada” no organismo, isto é, nas fossas nasais, usando a terapia fotodinâmica, é o grande objetivo do projeto “FOTOVID”, que acaba de obter 450 mil euros de financiamento do Programa Operacional Centro 2020. A investigação junta em consórcio a Universidade de Coimbra (UC), através de equipas multidisciplinares das faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Medicina (FMUC), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e as empresas LaserLeap (Coimbra), que coordena o projeto, e Ondine Biomedical (Canadá), líder mundial na fotodesinfeção antibacteriana. Os responsáveis do consórcio sublinham que o projeto “FOTOVID” assenta no «conhecimento recente de que o SARS-CoV-2 se associa a uma proteína preferencialmente presente nas cavidades

nasais, onde se cria um reservatório de vírus responsável pela transmissão da doença e generalização da infeção». Assim, fundamentam, «a inativação dos vírus presentes nas cavidades nasais nas fases iniciais da doença Covid-19 poderá acelerar o tra tamento, permitir que apenas se manifestem as formas mais benignas da doença, e contribuir para impedir a propagação da pandemia». Partindo de uma tecnologia de desinfeção nasal criada pela empresa canadiana parceira no projeto, que já é utilizada em todo mundo para eliminar bactérias multirresistentes, o consórcio vai desenvolver uma terapia inovadora capaz de matar vírus, em particular o coronavírus responsável pela Covid-19. Desta forma, a investigação será muito mais rápida e, em caso de sucesso, a colocação no mercado será mais fácil e a custo reduzido. «Esta é a inovação do projeto, pois a tecnologia nunca foi aplicada na inativação de vírus», su-

blinha Luís Arnaut, um dos cientistas envolvidos na investigação, esclarecendo que «estamos a propor um procedimento já com elevado grau de sofisticação, que já demonstrou ser eficaz na desinfeção de fossas nasais, mesmo para bactérias multirresistentes onde as alternativas terapêuticas existentes falham sempre, ou seja, tem sido possível fazer a inativação de bactérias multirresistentes com a terapia fotodinâmica. Este elevado grau de sofisticação faz prever o maior sucesso da terapia para combater a Covid-19». Tal como acontece com outras abordagens terapêuticas atuais, em que fármacos dirigidos a outras doenças são também aplicados no tratamento da Covid-19, na prática, o que este consórcio propõe «é um reposicionamento de moléculas, ou seja, pegar numa terapia que está a ser usada para destruir bactérias multirresistentes e reposicioná-la para matar vírus», acrescenta o catedrático da FCTUC. Os primeiros testes vão arran-

car já em outubro, na Faculdade de Medicina da UC, com amostras de vírus de doentes infetados por Covid-19 fornecidas pelo Serviço de Doenças Infeciosas do CHUC. Posteriormente, quando a equipa comprovar a eficácia da inativação fotodinâmica do vírus SARS-CoV-2, seguem-se os ensaios clínicos com doentes voluntários, o que deverá acontecer no próximo ano. Os testes vão ser coordenados pelos professores Manuel Santos Rosa e José Saraiva da Cunha. A terapia fotodinâmica é uma terapia não invasiva onde se utiliza uma molécula que inativa vírus e bactérias apenas quando absorve luz e só no local onde a luz incide, ou seja, atua de forma seletiva. É um tratamento rápido, que pode durar apenas alguns segundos, e de baixo custo. Sabendo-se que o nariz é a principal via de entrada do vírus SARS-CoV-2 no organismo, sem dúvida, a terapia fotodinâmica pode ser uma forte aliada no combate à pandemia. Os responsáveis

do projeto defendem que a tecnologia que propõem tem como objetivo ser a primeira opção terapêutica, eliminando o vírus numa fase muito inicial e impedindo deste modo a evolução da doença para fases mais graves: «nós estamos a oferecer uma alternativa terapêutica que consiste em atacar diretamente a porta de entrada do vírus no organismo, para reduzir a carga viral no sítio onde ela é mais crítica», afirma Luís Arnaut, vincando que se trata de uma tecnologia «que é para ser aplicada numa fase inicial de tratamento, para evitar complicações posteriores, em ambulatório». Além disso, conclui o especialista em terapia fotodinâmica da FCTUC, «trata-se de uma terapia que deve ser utilizada em grande escala, sem complicações e com um custo relativamente baixo. Em suma, queremos disponibilizar uma tecnologia em que o custobenefício é extremamente vantajoso».

Região Centro tem pela primeira vez mais de 100 empresas Gazela A região Centro conta, pela primeira vez, com mais de uma centena de empresas Gazela. São 112 empresas jovens que, num curto período de tempo, apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios. Trata-se de uma reduzida percentagem do universo das empresas, presentes em todos os setores de atividade e diferenciando-se, também, pelo seu posicionamento nos mercados e pela sua capacidade de gestão e de risco. Para Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), «estas 112 empresas representam o dinamismo económico e empresarial e a diversidade setorial da região Centro. Mesmo em circunstâncias difíceis, muitas vezes em territórios vulneráveis, são uma amostra de todas as empresas e dos empresários que diariamente ousam apostar, correr riscos e empreender. Nos últimos oito anos, temos vindo a acompanhar este segmento de empresas que gostaríamos de ver multiplicadas e distribuídas pela região Centro, dado o seu contributo para a criação de emprego e riqueza”.

Dado o atual contexto de pandemia, o reconhecimento a estas empresas não será feito, como habitualmente, numa Gala de Homenagem. Simbolicamente, este ano, o galardão será dado presencialmente apenas a uma das empresas Gazela, no município de Leiria, que é aquele que concentra o maior número de empresas Gazela na região. O galardão será entregue, no dia 29 de setembro, pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, à empresa Lubrifuel III, a empresa Gazela 2019 com o maior volume de negócios em Leiria. De acordo com o estudo efetuado pela CCDRC, que pelo oitavo ano consecutivo faz este apuramento, destas 112 empresas gazela na região Centro destacamse os seguintes aspetos: •O número de empresas Gazela identificadas na região Centro aumentou (18%) face ao ano de 2018, passando de 95 para 112 empresas em 2019; •Estas empresas têm um elevado potencial para gerar novos de postos de trabalho, tendo triplicado as pessoas ao serviço entre 2015 e 2018, passando de 1261 trabalhadores para 3490 trabalhadores;

•O volume de negócios cresceu cerca de 16 vezes entre 2015 e 2018, pois faturaram 79 milhões de euros em 2015 e 1248 milhões de euros em 2018;

(19%), representam 67% das empresas Gazela da região; •Em termos de distribuição geográfica estão bastante disseminadas pelo território, repartindo-se

Em termos sub-regionais, destacam-se os territórios correspondentes às NUTS III da Região de Aveiro (29), do Oeste (25), da Região de Coimbra (21) e da

•Metade (55% do total) das 112 empresas Gazela apresentavam valores de exportações. O total de exportações destas empresas somava cerca de 88 milhões de euros, em 2018, o que representava, em termos médios, 7% do volume de negócios; •Um quarto destas empresas desenvolve as suas atividades no setor da construção que, em conjunto com as indústrias transformadoras (23%) e o comércio

por 42 municípios da região Centro, sendo os concelhos de Leiria (14), Coimbra (9) e Aveiro (8) os que têm um maior número, seguidos pelos municípios de Torres Vedras (7), Ourém (6), Caldas da Rainha e Alenquer (com 5, cada). Com quatro empresas gazela, encontram-se três municípios: Albergaria-a-Velha, Estarreja e Lourinhã. Os municípios da Figueira da Foz, Ílhavo, Ovar, Vagos e Viseu apresentam três empresas Gazela cada.

Região de Leiria (19); •Metade das empresas Gazela apuradas foram constituídas nos anos de 2014 (23%) e 2015 (27%); •No final de 2019, 68% das empresas Gazela que se candidataram aos Sistemas de Incentivos do Portugal 2020 estão já a ser apoiadas, num total de 44 projetos (40 dos quais no Centro 2020), que representam 43 milhões de euros de investimento e 17 milhões de euros de incentivo.


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Regional

Quinta-feira 24/09/2020

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JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIO 2020

Lançamento do projeto «Sangue Novo em Veias Antigas» nos Monumentos do Vale do Varosa Em ano de pandemia, em que as institui-ções ligadas à cultura e ao património se vêem obrigadas a uma reflexão sobre o modo de trabalhar e novas formas de relacionamento com os públicos, os Monumentos do Vale do Varosa associam-se à celebração das Jornadas Europeias do Património (JEP), este ano dedicadas ao tema «Património e Educação», com o projeto «Sangue Novo em Veias Antigas», que será apresentando nas plataformas online (26 de setembro) e, no dia seguinte, no Mosteiro de São João de Tarouca, num formato presencial. Com o intuito de promover a criação artística e dar vi-sibilidade a projetos emergentes ligados à dança, música e artes performativas «Sangue Novo em Veias Antigas», parte do reconhecimento do enorme potencial dos monumentos que integram a rede do Vale do Varosa, como plataforma privilegiada do diálogo entre o passado presente e futuro, através de práticas artísticas contemporâneas

num território de baixa densidade populacional. Promovendo sentimentos de pertença, de identificação e apropriação do património, Sangue Novo em Veias Antigas apresenta-se, numa primeira fase, como um projeto assente numa rede colaborativa de escolas e associações vocacionadas para o ensino e produção artística, envolvendo diferentes contextos e interesses, que se pretende vir a alargar, por meio de um convite à participação pública para integrar o projeto, com início marcado para a primavera de 2021. Nos dias 26 e 27 de setembro, nas plataformas online e no Mosteiro de São João de Tarouca, oportunidade para co-nhecer e participar no projeto, que será apresentado pelo Embaixador do Museu de Lamego para os Monumentos do Vale do Varosa, João Pereira, num programa que inclui ainda os testemunhos das entidades que já aderiram à iniciativa e uma per-

formance, na igreja de São João de Tarouca, pelo seu mentor e também ator João Pereira. PROGRAMA 26 de setembro (online) 16h00 – Apresentação de «Sangue Novo em Veias Antigas» Convite público à participação Plataformas digitais (website e Facebook do Museu de Lamego e Vale do Varosa) 27 de setembro Igreja do Mosteiro de São João de Tarouca 16h00 – Apresentação de «Sangue Novo em Veias Antigas» Com a participação de Alexandra Falcão, João Pereira e José Damião 16h30 – YOHANAN - VOX CLAMANTIS. A história de São João, o Batista. Por João Pereira (Teatro Solo)

Interior pediu na "Portugal Smart Cities" políticas inteligentes contra assimetrias O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Almeida Henriques pediu , dia 22, políticas inteligentes contra as assimetrias do país, com base na tecnologia, e que a distribuição dos fundos para a retoma económica não se concentrem em Lisboa e Porto. Na “Portugal Smart Cities Summit 2020”, o evento sobre cidades inteligentes que teve início, dia 22, em Lisboa, o também presidente da Câmara de Viseu deixou uma mensagem do interior do país, na presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. “Saibamos ter uma política inteligente nos territórios, exatamente para cidades médias, e ao mesmo tempo procurar neste novo quadro comunitário de apoio, nestes apoios para o desenvolvimento e para a retoma económica, que eles sejam bem localizados. Que, mais uma vez, não se concentrem estes apoios todos em torno de dois grandes centros, onde está a maior parte da população”, desafiou. Almeida Henriques destacou que ao longo do percurso “já lá vão 102 mil milhões de euros investidos em Portugal de fundos europeus”, mas a realidade é que o tal “processo da coesão territorial não se verificou”. O autarca destacou que a covid-19

e os seus impactos socioeconómicos “evidenciaram também as oportunidades para o interior”, salientando que o teletrabalho “ganhou de facto um impulso completamente inimaginável”. O autarca de Viseu afirmou que a pandemia acelerou a dinâmica do processo de digitalização, mas deixou “a nu a grande disparidade dos territórios”, onde “uma boa parte do território ainda não tem cobertura em fibra ótica nem 3G quando estamos já a falar do lançamento do 5G”. “Como se pode fixar uma família ou uma empresa nestes territórios? Qual é o jovem que aceita viver com a sua família num território em que tem que andar às vezes 30 quilómetros para poder fazer até uma chamada através de GSM?”, questionou. O autarca defendeu que as tecnologias podem ser uma forma de corrigir as assimetrias no país e criar riqueza nos territórios do interior, com apoio num “conceito de cidades médias, que sejam cada vez mais o motor dos territórios”. “Também é possível criar riqueza nestes territórios, porque se houver boa acessibilidade, se tivermos competências, é possível ao mesmo tempo começarmos a fazer o percurso de criar uma administração mais eficaz, mais próxima dos cidadãos e cada

vez com mais soluções. Também é possível fixar pessoas nesses territórios”, disse. Por seu lado, o ministro João Matos Fernandes destacou que o Ministério do Ambiente tem uma agenda muito clara, nomeadamente com o roteiro para a neutralidade de carbono, a economia circular, o plano para adaptação climática, a estratégia para a biodiversidade e o desafio de chegar a zero emissões em 2050 na mobilidade, o que exige “grandes mudanças comportamentais”. “O caminho já estava a ser feito. E este estranho momento em que vivemos tem de ser razão para acelerar esse mesmo caminho no sentido de políticas mais próximas, de criar melhores oportunidades e de garantir que a sustentabilidade é um grande fator de criação de riqueza no nosso país”, acrescentou. De acordo com Matos Fernandes, “o ambiente, a sustentabilidade nas suas múltiplas faces que compõem este poliedro, são mesmo a pedra an gular daquilo que vai ser a recuperação económica do país”. A “Portugal Smart Cities Summit 2020” decorre até hoje, quinta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, reunindo entidades, empresas, 'startups', municípios e universidades presencialmente e via digital.

CARTÓRIO NOTARIAL – SÁTÃO Tânia Sofia Gonçalves Ribeiro – Notária =EXTRATO PARA PUBLICAÇÃO= CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de justificação, outorgada hoje e iniciada a folhas trinta e seguintes do Livro de Notas para Escrituras Diversas número QUARENTA E DOIS - A, deste Cartório Notarial, ISIDRO MARQUES DE ALBUQUERQUE, natural da freguesia de Viseu (São José), concelho de Viseu e mulher, MARIA DE LURDES DOS SANTOS ALEXANDRINO ALBUQUERQUE, natural da freguesia de Bodiosa, concelho de Viseu, residentes na Estrada Nacional nº 2, nº 412, 3515-331 Campo, Viseu, casados no regime da comunhão de adquiridos, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: RÚSTICO, denominado Espinho, sito no lugar e freguesia de Campo, concelho de Viseu, composto por terra de cultura com videiras e macieiras, com a área total de setecentos metros quadrados, que confronta do NORTE com Manuel Francisco, do SUL, NASCENTE e POENTE com Herculano Coelho, descrito na Conservatória do Registo Predial de Viseu com o número quatro mil trezentos e um/CAMPO, inscrito na matriz respetiva sob o artigo 477, com o valor patrimonial tributável de € 436,79. Que este prédio se acha definitivamente registado, a favor de JOAQUIM MARTINS DOS SANTOS e mulher, MARIA MADALENA RODRIGUES, pela apresentação “setenta e quatro” do dia treze de julho de mil novecentos e noventa e nove, atualmente já falecidos. E DISSERAM AINDA: Que este prédio veio à sua posse, já na constância do matrimónio, no ano de mil novecentos e noventa e nove, por entrega material feita em cumprimento de contrato verbal de compra e venda em que foram vendedores os titulares inscritos, pelo que não dispõem de título formal que legitime a sua posse. Que, não obstante a falta de título, sempre têm possuído o dito prédio, desde aquela data, exercendo todos os direitos e deveres correspondentes ao direito de propriedade, usufruindo do imóvel, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, participando nas suas vantagens e encargos, praticando todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, nomeadamente tratando das árvores, limpando o mato, sempre com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua, porque nunca interrompida e pública, porque à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém e tudo isto por um lapso de tempo superior a VINTE ANOS. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeito de estabele-cimento de novo trato sucessivo no registo predial, não dispondo, todavia, dado o modo de aquisição, de título que, pelos meios normais, lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade perfeita. Está conforme o original. Sátão, aos 22 de setembro de 2020.

A Notária em substituição, (Joana Marisa Aranda Fonseca) Conta nº 1756/2020


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Saúde

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Combate ao cancro: Melhor proteção dos trabalhadores contra produtos químicos cancerígenos Anualmente, verificam-se, na UE, cerca de 120 000 casos de cancro de origem profissional em resultado da exposição a agentes cancerígenos no trabalho, conduzindo a aproximadamente 80 000 óbitos. No intuito de melhorar a proteção dos trabalhadores contra o cancro, a Comissão propôs limitar ainda mais a sua exposição a produtos químicos cancerígenos. Esta quarta revisão da Diretiva relativa aos agentes cancerígenos e mutagénicos estabelece valores-limite novos ou revistos para três substâncias importantes: o acrilonitrilo, os compostos de níquel e o benzeno. Segundo se prevê, as novas regras traduzir-se-ão em proteção acrescida para mais de 1,1 milhões de trabalhadores em diversos setores. A proposta é a primeira iniciativa que dá corpo ao empenho da Comissão no quadro do plano europeu de luta contra o cancro, a apresentar proximamente. Nicolas Schmit, comissário do Emprego e Direitos Sociais, declarou: «Um local de trabalho deve ser um local seguro, mas o cancro é responsável por metade das mortes associadas à atividade profissional. A atualização da Diretiva relativa aos agentes cancerígenos e mutagénicos hoje anunciada é uma das primeiras etapas do nosso ambicioso plano de luta contra o cancro. É prova que estamos determinados a agir e a não pôr em risco a saúde dos trabalhadores. No contexto da grave crise sanitária decorrente da Covid-19, iremos redobrar esforços para garantir a proteção dos trabalhadores na Europa. Analisaremos formas concretas de alcançar este objetivo no âmbito do futuro quadro estratégico para a saúde e a segurança no trabalho.» Stella Kyriakides, Comissária responsável pela Saúde e a Segurança Alimentar, afirmou: «A redução do sofrimento causado pelo cancro é uma prioridade para nós e, para o conseguirmos, é fundamental reforçar a prevenção. Damos hoje um passo importante para proteger os nossos trabalhadores contra a exposição a substâncias perigosas no local de tra-

balho e arrancar com as ações no quadro do plano europeu de luta contra o cancro a apresentar em breve. Com o plano, procuraremos eliminar aos principais fatores de risco do cancro, mas também orientar os doentes em todas as etapas da sua viagem e contribuir para melhorar a vida das pessoas afetadas por esta doença.» Três valores-limite novos ou revistos A Diretiva relativa aos agentes cancerígenos e mutagénicos é regularmente atualizada à luz de novos dados científicos e técnicos. Três atualizações anteriores incidiram na exposição dos trabalhadores a 26 produtos químicos. A proposta apresentada acrescenta novos limites de exposição profissional, ou revê valores-limite já existentes, para as seguintes substâncias: Acrilonitrilo (novo limite); Compostos de níquel (novo limite); Benzeno (limite revisto em baixa). Benefícios para os trabalhadores e as empresas A introdução de limites de exposição profissional novos ou revistos para o acrilonitrilo, os compostos de níquel e o benzeno traduzir-se-á em benefícios claros para os trabalhadores. Serão evitados casos de cancro e outras doenças graves relacionados com o trabalho, em benefício da saúde e da qualidade de vida dos trabalhadores. A proposta trará também vantagens para as empresas, ao reduzir os custos decorrentes de problemas de saúde associados ao cancro, tais como o absentismo e indemnizações de seguro. Elaboração da proposta e próximas etapas A iniciativa foi desenvolvida em estreita colaboração com cientistas e com representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos Estados-Membros da UE. Os parceiros sociais (sindicatos e organizações patronais) também participaram numa consulta em duas fases.

Contexto A Comissão está empenhada em intensificar a luta contra o cancro e apresentará, antes do final de 2020, o plano europeu de luta contra o cancro. O plano ajudará os Estados-Membros a melhorar a prevenção, a deteção, o tratamento e a gestão do cancro na UE, reduzindo simultaneamente as desigualdades no domínio da saúde entre e nos Estados-Membros. Na sua Comunicação intitulada «Uma Europa social forte para transições justas», a Comissão comprometeu-se a rever a estratégia de saúde e segurança no trabalho (SST) a fim de abordar, nomeadamente, a exposição a substâncias perigosas, com vista a manter as elevadas normas europeias em matéria de saúde e segurança no trabalho. Este desígnio está em sintonia com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, proclamado conjuntamente pelo Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão na Cimeira Social para o Emprego Justo e o Crescimento, em 17 de novembro de 2017, que consagra o direito dos trabalhadores a um ambiente de trabalho são, seguro e bem adaptado, incluindo à proteção contra agentes cancerígenos. A melhoria contínua da proteção dos trabalhadores contra o cancro de origem profissional é tanto mais importante quanto, de acordo com a EU-OSHA, o cancro é a primeira causa de mortalidade ligada ao trabalho na UE: 52 % dos óbitos por doença profissional são atualmente imputáveis a cancros relacionados com o trabalho, contra 24 % atribuídos a doenças cardiovasculares, 22 % a outras doenças e 2 % a lesões. Esta iniciativa é a quarta revisão da Diretiva relativa aos agentes cancerígenos e mutagénicos. Nos últimos anos, a Comissão propôs três iniciativas que alteram este ato legislativo. Estas três iniciativas foram adotadas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho em dezembro de 2017, janeiro de 2019 e junho de 2019, e incidiram em 26 substâncias.

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