Noticias de Viseu 27 de Outubro 2016 by Noticias de Viseu

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semanário independente e regionalista / director e Fundador: Fernando de Abreu AnO Xlii - nº 2122 - quinta-feira 27 de Outubro de 2016 - Preço: 0,60 eur. - iVA incluído

MuniCíPiO de Viseu renOVA APOstA nA CulturA e disPOnibilizA MeiO MilhãO de eurOs

em outubro, o Museu à noite vai ser dedicado ao Património natural, dando particular atenção às ameaças sobre a Fauna selvagem e o contributo de instituições como o CerVAs para a recuperação e devolução de aves à natureza. A iniciativa vai ter lugar no Castelo de Pinhel, esta quintafeira, dia 27 de outubro, a partir das 21.00h, sendo nosso convidado o Coordenador do CerVAs, ricardo brandão. no ﬁnal da tertúlia, os participantes serão convidados a assistir à libertação / devolução de uma ave de rapina noturna.

VinhOs dO dOurO e dO dãO nO MerCAdO de VinhOs dO CAMPO PequenO O Mercado de Vinhos do Campo Pequeno está de volta e com mais novidades. Até 30 de outubro, a mítica praça lisboeta vai receber mais de 100 produtores de vinhos de qualidade de várias regiões do país, naquele que já é considerado como um dos mais importantes eventos do panorama vitivinícola nacional. Pág 5

Viseu encontra “histórias Perdidas” desengane-se o leitor que folhear estas páginas para encontrar apenas ecos do passado. este livro está vivo”, diz João Ferreira da Fonseca, autor de “histórias Perdidas, Memórias e Vivências dos Viseenses”. A publicação foi apresentada, no dia 21 de outubro, na Pousada de Viseu, no ﬁnal do programa comemorativo do terceiro Aniversário da Freguesia de Viseu.

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2 Opinião

Quinta-feira 27/10/2016

Coisas & loisas Viii

27 outubro 2016 quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos

Pedro dias por Celso Neto

Pedro Dias é manchete nos jornais e canais televisivos. É a “novela” mais barata que temos, com todos os ingredientes para a mediocridade de uma sociedade onde quem trabalha tanto pode ganhar quinhentos como quinhentos mil euros por mês, que meia dúzia de filhos da puta nos tentam vender como justa! Por mais voltas que dê ao meu “entendimento” não consigo perceber o mediatismo que está a ser dado ao caso Pedro Dias, ou melhor, não consigo compreender a complacência das autoridades competentes perante a presença de uma comunicação social que transmite ao minuto toda a ação das forças de segurança destacadas para o local. Não haverá na nossa Constituição um pequeno paragrafo que salvaguarde a possibilidade de a comunicação social poder ser impedida de transmitir seja o que seja sobre a investigação de um crime? Para que serve aquele aparato todo de viaturas e homens fardados? Será que os competentíssimos chefes das nossas forças de segurança não descortinam que não estamos em New York? A quem interessa todo este mediatismo? À segurança das populações não é certamente, porque como se tem visto, Pedro Dias chega sempre primeiro, o que significa eficácia zero do dispositivo montado, com a comunicação social a prestar todas as informações necessárias para que Pedro Dias possa ser ajudado sem grande risco, por amigos ou por quem quer que seja. Pedro Dias não é um homicida qualquer! As razões que o levaram a cometer estes crimes horrendos só ele as pode revelar se for capturado. Há que dar tempo ao tempo e deixar trabalhar as forças de segurança com calma e tranquilidade, fora da pressão mediática. As câmaras e os “diretos” só atrapalham a investigação! Os donos dos media, os diretores de informação e muitos senhores jornalistas têm que aprender a ser gente! A avidez por um “direto” da captura de Pedro Dias é ignóbil! Há de faltar muito pouco para que se transmita uma “morte e direto” a troco de uns tostões pagos a uns familiares se escrúpulos. Compete aos políticos não deixar transformar Portugal numa República das bananas, pondo um ponto final na coscuvilhice doentia que é apanágio de um Povo macambúzio e triste!

DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de Setembro 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

CIDADE FM viseu 102.8

Opinião .................................. ...............2 Viseu..................................................7/12 Regional.............................................5/8.

Tlm: 968072909

A tobias Por Álvaro de Meneses

Andaria eu por volta dos 20 anos de idade, quando a Tobias se salientava, em Viseu, como uma das mais conhecidas figuras típicas da cidade. Antes de ter enveredado pela vadiice, pelo vício dos copitos e por comportamento de mulher de má vida, vendia ela sardinha pelas portas, daquela que pelo São João pinga no pão, fresquinha e grande, e custava a 15 tostões o quarteirão. Naquele tempo de penúria, a sardinha era o alimento dos pobres. Alimento, é como diz o outro, porquanto uma sardinha tinha, em certas casas, que dar para três pessoas. Quem comesse a parte carnuda do lombo, nos dias seguintes, tinha de contentar-se com a cabeça ou com o rabo. O saboroso peixe era mais para dar cheirinho ao naco de broa ou ao papo-seco do que para encher barriga. Dizia o grande republicano e amigo de meu Avô Materno, Dr. Duarte Leite, nosso embaixador no Rio de Janeiro e eminente homem de ciência, que, se a sardinha fosse um peixe raro e caro, não haveria banquete em que não fosse servida como prato de luxo e de requinte. As sardinheiras, como a Tobias, traziam-na, acamadinha em sal, numa canastra a que chamavam burriqueira, por vezes, utilizada também como berço dos meninos pobres. Por certo, tinha sido uma burriqueira a caminha dos dois filhitos da Tobias, uma menina e um menino, lindos que nem querubins. Um dia, a menina adoeceu com fortíssima diarreia. A mãe Tobias, desesperada por ver a filhinha a desfazer-se em constantes esguichos intestinais, resolveu tratá-la à sua maneira e, vai daí, pôs-lhe uma rolha de cortiça no rabito. Claro está que o “tratamento” não resultou e a pobre criancinha veio a falecer, mas talvez não propriamente por causa da rolha. A Tobias, ou por lhe ser demasiado doloroso separar-se da menina ou porque a sua mente de alcoólica, não a fazia aperceber-se de que a criancinha estava morta, teve-a quatro dias em casa, até que a vizinhança se deu conta da situação e pediu a intervenção da polícia. Lembro-me de que certos energúmenos lhe gritavam, ao vê-la passar: - Mataste a menina, ó Tobias?! A mulherzinha, que como é natural adorava os filhos, ficava, então, furiosa e arremessava sobre aqueles imbecis, de almas empedernidas, toda a casta de pedradas e de asneiredo, o que enchia de gozo tais pedaços de asnos. O Tobias, filho, andava gordito e bem tratadinho. Era um miúdo simpático que aparecia na Rua Formosa a pedir um tostãozinho a quem passava. Suponho que deixou Viseu, após a morte da mãe, pois nunca mais soube nada dele, a partir daí. Como todas as peixeiras daquela época, a Tobias trazia a canastra da sardinha à cabeça. O crânio feminino era, então, um precioso instrumento de carga e tão resistente que causava espanto o peso dos carregos, de variadíssima espécie, que ele suportava. Por vezes, para não magoar, a carga era posta sobre uma rodilha. Bonitos e alegres eram os pregões com que as vendedeiras anunciavam o que traziam para venda. A Tobias, com a sua canastra de sardinha habilmente equilibrada sobre a cabeça, por sinal bem bonita, gritava: - É de Espinho, viva! A 15 o quarteirão, freguesas!... Já lá vai tudo!...

Saúde................................ ....................9 Diversos ..................................3/4/6 e 11

CIDADEFMVISEU@GMAIL.COM

(Texto publicado no Notícias de Viseu em 31 de Outubro de 1996)

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Diversos 3

Quinta-feira 27/10/2016

Viseu encontra “histórias Perdidas” “Desengane-se o leitor que folhear estas páginas para encontrar apenas ecos do passado. Este livro está vivo”, escreve João Ferreira da Fonseca, autor de “Histórias Perdidas, Memórias e Vivências dos Viseenses”. A publicação foi apresentada, no dia 21 de outubro, na Pousada de Viseu, no ﬁnal do programa comemorativo do terceiro Aniversário da Freguesia de Viseu. Resultante de um projeto vencedor do I Orçamento Participativo da Freguesia de Viseu, o livro agora impresso é o primeiro de três volumes sobre as memórias da cidade, reveladas, sobretudo, por um conjunto de habitantes nascidos entre as décadas de 1930 e 1950, que se envolveu de alma e coração neste trabalho de construção da história recente. O projeto “contempla três partes gerais – os Quotidianos, os Gestos e os Saberes”, explica o autor. O primeiro volume é dedicado ao Quotidiano. Ao longo de cerca de 186 páginas, o leitor entra no dia a dia das famílias viseenses, pobres, remediadas e abastadas, contactando com as suas tradições, as suas crenças, os seus preconceitos, os seus afazeres e, até, os sonhos. A publicação recorda os usos e costumes das gentes de Viseu, do nascimento à morte, conta histórias pitorescas e mostra imagens antigas (cartas, fotos e outros documentos), comparando-as, por vezes, com fotograﬁas da atualidade, estas, da autoria de João Pedro Pinto. O próximo volume, adianta

João Ferreira da Fonseca, “continuará a viagem pelos quotidianos antigos, pela Alimentação, pelo Corpo, pelo Vestuário, mergulhando cada vez mais na sua individualidade”. Depois, o projeto editorial irá abraçar “os Gestos, como a Vida, o Falar e o ‘Sempre a labutar: os ofícios e afazeres’”. A obra ﬁnalizará com “os Saberes”, incidindo sobre o registo das memórias da vida cultural. A apresentação do livro, com sala cheia, foi animada por vários momentos musicais (pelo Conservatório de Viseu e pela Infantuna) que conferiram ao evento uma ampla dimensão cultural, num ambiente festivo e afetuoso. Diamantino Santos, presidente da Junta de Freguesia de Viseu, e, seguidamente, Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, mostraram-se felizes pela concretização deste projeto, considerando-o uma expressão de cidadania ativa e, ao mesmo tempo, um importante contributo para a aﬁrmação da identidade cultural local. Alberto Correia, autor do prefácio do livro, fez a apresentação desta obra nascida “em louvor da memória” e recordou as entrevistas e tertúlias que o processo de recolha implicou, criando laços entre todos os envolvidos. “Histórias Perdidas, diz o título do livro. Perdidas já não são. Ficaram letra. É sempre bronze, a letra quando escrita”, lemos no prefácio. S.M.

MuniCíPiO de s. PedrO dO sul distinGuidO COM PrÉMiO “terrA de CulinÁriA” O Município de S. Pedro do Sul foi distinguido com o prémio “Terra de Culinária”, no 3.º Congresso Nacional de Turismo e Culinária em Oliveira de Azeméis. Este projeto é da responsabilidade da APTECE – Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, em parceria com o Turismo de Portugal e a DGARD – Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, e tem como objetivo distinguir o Município que contribui com maior dinamismo para a valorização do património gastronómico e para a promoção turística e cultural locais, com base num programa de atividades integrado com os agentes económicos. A Vereadora Teresa Sobrinho recebeu o prémio do último Município distinguido, Monchique, com o compromisso de, durante um ano, apostar na promoção do selo “Terra de Culinária”, com iniciativas destinadas ao mercado nacional e internacional integrando a gastronomia como fator diferenciador na oferta turística, preservando a essência e tradição locais e defendendo o receituário típico e os produtos endógenos.

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4 Diversos

Quinta-feira 27/10/2016

AMIGOS DO NOTÍCIAS DE VISEU

EXCURSÃO A MONTSERRAT, ANDORRA E LOURDES, CONSTITUIU ENCANTO, PRAZER DE VER E CONVÍVIO Não há fome, que não dê em fartura... Os amigos do jornal “Notícias de Viseu”, foram até Montserrat, Andorra e Lourdes, não só por ter enchido o autocarro, como por terem ﬁcado a espera de qualquer desistência, cerca de uma dezena de pessoas desejosas de também participar neste passeio. Isto, por haver fortes perspetivas em que o passeio iria constituir encanto por haver um acordionista e fadista de grande conceito musical para animar, além dos lugares a visitar serem reconhecidos internacionalmente, tanta a sua beleza paisagistica, comercial e fé cristã. Logo, foi a sorte do grupo inscrito ser de uma conduta exemplar, como familia, sem haver atrasos, sem qualquer recomendação, amigos, companheiros! Depois, os hoteis com buﬀ ilimitado, que lhes deram grande prazer alimentar, como aconteceu com o almoço nas altas penedias abruptas de Montserrat, onde não faltou leitão e tantas outras variedades de comida. Em Lourdes, a procissão calou fundo na fé de milhares de pessoas que assistiram, bem como a visita às grutas de betarran, um verdadeiro encanto subterrâneo. Em Andorra, as pessoas encheram de compras a bagajeira do autocarro, acabando por ser pequena para tanta lembrança. No hotel, após o jantar, na discuteca, houve festa dançante com o acordeonista Sr. Custódio, de Oliveira de Frades e a esposa a animarem a excursão do jornal “Notícias de Viseu”, a que se juntou uma outra da cidade de Vila Real, enchendo – se o espaço com mais de cinquenta pares. Esta animação prosseguiu viagem fora, terminando no restaurante “ O Velho”, em Vilar Formoso, com idêntico baile. A satisfação foi unânime, em todos os parcipantes, com desejos de voltar que, atendando a solicitações e às pessoas que não tiveram lugar, vamos voltar, com pequenas alterações do itinerário, aproveitando o feriado “ 25 de abril de 2017”, com os mesmos de dias, podendo desde já fazer a

Fotos de Carlos Silva respetiva marcação: 960 100 300 – Fernando de Abreu – Notícias de Viseu.

965 470 827 - Alzina Pereira – Oliveira de Frades; 962 308 080 - Manuel Leonídio Silva – Penalva do Castelo.

II MEETING DE ORIENTAÇÃO DÃO LAFÕES EM TERRAS DE SÁTÃO O concelho de Sátão recebeu , o II Meeting de Orientação Dão Lafões, mais concretamente no Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos, em Rãs, num espaço onde já decorreu em 2012 uma prova internacional, Portugal O Meeting. Com organização do Clube de Orientação de Viseu, Câmara Municipal de Sátão e Federação Portuguesa de Orientação, esta prova reuniu cerca de 500 participantes. Num ﬁm-de-semana de orientação que contou com 3 etapas (distância média, mass start noturno e distância longa), em que duas destas (distância média e longa) contaram para a taça de Portugal. Entre outros, apoiaram este II Meeting a Associação dos Bombeiros Voluntários de Sátão, o Posto da GNR de Sátão e a Proteção Civil local.

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Regional 5

Quinta-feira 27/10/2016

VinhOs dO dOurO e dO dãO nO MerCAdO de VinhOs dO CAMPO PequenO O Mercado de Vinhos do Campo Pequeno está de volta e com mais novidades. De 28 a 30 de outubro, a mítica praça lisboeta vai receber mais de 100 produtores de vinhos de qualidade de várias regiões do país, naquele que já é considerado como um dos mais importantes eventos do panorama vitivinícola nacional. Viseu é o distrito com o maior número de produtores presentes. Ao todo, são 17 produtores de vinho das regiões demarcadas do Dão, Douro e Bairrada, tais como: Quinta das Camélias, Soito Wines, Boas Quintas - Quinta Fonte do Ouro e Quinta da Giesta, Quinta do Espinho, Quinta de Carvalhão Torto, Quinta de Reis, Quinta do Perdigão, Amora Brava, Quinta dos Três Maninhos - PALWINES, Quinta do Cerrado da Porta, Quinta dos Frades - Wine Man, Casa de Mouraz Quinta dos Abibes, Quinta do Monte Travesso - Volteface, Alteia Wines - Fausto Cardoso e Vinho Preguiça, Quintas de Sirlyn, Vinho ART e Quinta de S. José. Ao nível da Gastronomia, Viseu conta ainda com a Biscake.come e a Queijaria Povolide. Durante três dias, os 10 mil visitantes esperados poderão provar e comprar uma vasta seleção dos melhores vinhos portugueses, além de terem a possibilidade de participar em provas, workshops e iniciativas, levadas a cabo por alguns dos mais conceituados produtores, enólogos e escanções do país. "O Mercado de Vinhos assume-se cada vez mais como uma montra de referência do mercado vitivinícola nacional. Para os pequenos produtores, cujos vinhos não se encontram nas grandes superfícios, esta é uma oportunidade única para darem a conhecer vinhos de excelente qualidade a novos consumidores, além de cimentarem a sua presença

junto de um público ﬁel", refere Tomás Caldeira Cabral, responsável pela organização. Dos clássicos de sempre às novas estrelas, do Douro ao Alentejo, passando pelo Dão, Península de Setúbal, região do Vinho Verde, Lisboa, Tejo, e Açores, a seleção da quinta edição do Mercado de Vinhos promete agradar até ao mais exigente dos palatos. E para aqueles que não dispensam um petisco para acompanhar o vinho, o Campo Pequeno vai reunir 20 reconhecidos produtores de iguarias típicas portuguesas, como queijos, enchidos, presuntos, pão e azeites, entre outros produtos de excelência que resultam da utilização das mais ancestrais técnicas de fabrico e que revivem o gosto dos nossos avós trazendo os paladares antigos ao consumidor atual. “Já vamos na quinta edição e orgulhamo-nos de ser o palco de apresentação de várias marcas em Lisboa. Desde os agrupamentos SWOP – Secret Wines of Portugal e Young Winemakers, até aos vinhos antigos das Caves de São João, entre outros produtores como António Saramago Vinhos, Alteia, Herdade da Maroteira, Quinta da Confeiteira, Quinta do Carvalhão Torro e Quinta do Escudial, foram várias as marcas que escolheram o Mercado de Vinhos para a sua estreia na capital e que estão muito satisfeitos com os resultados”, conclui Tomás Caldeira Cabral. Da responsabilidade da Associação de Escanções de Portugal são os workshops, onde os apreciadores mais curiosos terão a oportunidade de se iniciarem à prova, conhecer vinhos antigos ou aprenderem a harmonizar vinhos com pratos gastronómicos, entre outros temas. Mais uma vez, a Taberna do Mercado regressa com os clássicos petiscos gourmet e degustação de vinhos.

eXCursãO: sAntiAGO COMPOstelA e FestA internACiOnAl GAstrOnOMiA eM Ourense dias 4 e 5 de fevereiro de 2017 Viseu, Oliveira de Frades, Braga e Santiago de Compostela, para pernoitar em Ourense, visita à cidade e participar na festa internacional de gastronomia, que se realiza no salão da Expourense, jantar( livre), com a possibilidade de escolha de comida de várias regiões de Portugal, Espanha, França e paises latinos da América, regresso por Chaves, Lamego, Viseu e Oliveira de Frades. Preço 100 euros, incluindo viagem, dormida e pequeno almoço buﬀ, dia 5; Dia 4, entrada no salão de Xantar e almoço ao ar livre( leitão e frango de churrasco e bifes do cachaço de porco). Contatar telefones para inscrição: 960 100 300 - Fernando de Abreu- Viseu; 965 470 827 - Alzina Pereira – Oliveira de Frades; 962 308 080 - Manuel Leonídio Silva – Penalva do Castelo.

O Mercado de Vinhos é uma organização conjunta do Campo Pequeno e da House of Wines e funciona entre as 11:30h e as 21:30h nos dias 28 e 29 de outubro e das 11:30h às 20:00 no dia 30 de outubro. O bilhete de entrada tem um valor de 3€ sem copo e 6€ com copo. Sobre o Campo Pequeno Construído em 1892 sob um projeto do arquiteto Dias da Silva, o Campo Pequeno é um ícone da cidade de Lisboa e um dos mais notáveis edifícios de estilo neoárabe de Portugal. Com a reconversão concluída em 2006, o Campo Pequeno transformou-se numa sala polivalente, onde tanto podem ter lugar corridas de toiros como concertos, bailados ou eventos corporativos. O Campo Pequeno conta com um centro comercial com 60 lojas, 20 restaurantes, 8 salas de cinema e um supermercado. Situado numa artéria principal da cidade de Lisboa, é servido por uma ampla rede de transportes, entre os quais o metropolitano, com saída direta para a área comercial e ainda um amplo parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 1250 automóveis. Sobre a House of Wines A House of Wines é uma empresa especializada em vinhos e espumantes que tem como missão promover marcas. Cria os palcos para dar a conhecer as pessoas que produzem os vinhos e as suas histórias bem como as especiﬁcidades das várias regiões vinícolas. Oferece um conjunto de serviços que ajudam à divulgação do vinho (eventos e mercados de vinhos), e faz formação e aconselhamento proﬁssional (cartas de vinhos, harmonização da oferta vínica com a gastronomia, formação ao pessoal).

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Diversos

Quinta-feira27/10/2016

O sAbuGueirO, eM seiA, reCebe MAis uMA ediÇãO dA nOite dAs CAÇOilAs No dia 5 de novembro a Aldeia mais alta de Portugal, o Sabugueiro, que também é a 1.ª Aldeia Inteligente de Montanha, recebe mais uma edição da Noite das Caçoilas. Outrora no Sabugueiro, terra de pastores e queijeiras, por ocasião dos casamentos e festas populares, confecionavam-se a chanfana, o cabrito ou o borrego, em caçoilas de barro que depois eram levadas ao forno comunitário para assar. A noite das caçoilas é uma iniciativa que pretende valorizar de forma criativa as tradições locais, em particular a gastronomia e as vivências da aldeia que têm como cenário o forno comunitário. Nesta noite o Sabugueiro desaﬁa os participantes a degustar os verdadeiros sabores de montanha, sabores que também contam histórias, como o pão de centeio, os biscoitos e as caçoilas de carne, tudo em ambiente de festa e animação popular. Transformar tradições em experiências turísticas autênticas e genuínas é o grande objetivo da organização. A iniciativa promovida pela Junta de Freguesia do Sabugueiro, em parceria com a Associação de Beneﬁcência do Sabugueiro e a Comissão de Festas da Senhora da Graça, integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha.

ASSINATURAS Informamos os nossos assinantes que se encontra a pagamento a assinatura 2016 Assinatura Nacional - 20 € Assinatura Estrangeiro - 30€ O pagamento poderá ser efetuado por envio de cheque ou valor postal para: Av . do Convento nº 1 - Orgens 3510-674 Viseu ou por transferência bancária : nib : 001800000643366600110 ibAn: Pt 5000 001800000643366600110

teAtrO dO MOnteMurO estreiA nOVO PrOJetO "MOnÓlOGOs de uMA VidA" ESTREIA - QUINTA DA CAVERNEIRA (TEATRO ARTIMAGEM)MAIA A 28 DE OUTUBRO PELAS 21H30 Monólogos de uma Vida é a história de um homem que precisa de tomar uma decisão. É a terceira oportunidade que tem de mudar a sua vida, encontrar o amor e realizar-se. Reﬂete sobre a sua vida até esse momento. A peça tem três partes: Sísifo Um rapaz de cabeça quente, vinte anos de idade, sentese frustrado com as limitações da sua vida numa pequena aldeia. Um acontecimento numa feira faz ferver as suas frustrações que viram violência e o ressentimento congela-se no seu estômago como neve. Ícaro O rapaz conhece uma jovem de Lisboa e apaixona-se por ela. É uma oportunidade para sair da aldeia, viver em Lisboa

e criar uma nova vida. Graças a uma combinação de infeliz coincidências e o seu feitio precipitado ele acaba por deixar Lisboa e o amor da sua vida e regressa à aldeia. Perséfone De volta para a vida na aldeia, torna-se um agricultor de sucesso, vê a mudança chegar à sua região e através das novas tecnologias ganha acesso a um mundo maior. A sua antiga amada contacta-o através do facebook. Encontramse e o amor reacende, mas quando visita Lisboa apercebese de quanto gosta da sua vida na aldeia e da ligação que sente à comunidade. Volta para a aldeia e confronta-se coma a decisão que precisa de tomar. Esta peça é um triângulo amoroso entre um homem, o amor da sua vida e a sua terra natal. É contada por três performers, um actor, um bailarino e um músico.

MAriA dA GrAÇA FerreirA de ArAÚJO DOCE ABRIGO , DA ARTE POÉTICA, DA SUA PENA SAI ARDENTE BRISA. ENFEITA TODO E QUALQUER POEMA E AOS POETAS ENVIA O SEU LEMA " MILHARES DE POESIAS ELA ADORA, TRANSFORMA EM DOCE, POESIA MORNA. RAINHA DA A.P.P. E DE SEU ENFEITE, ELEVA A POESIA A UM DELEITE ! EM QUALQUER POESIA LEVA A SUA ARTE, FAZENDO DA POESIA A SUA PARTE. DANDO AO POEMA UM MAIOR CALOR, O TRANSFORMANDO EM SÚBLIME AMOR ! O CÉU A DOTOU DESSA FORMOSURA

E A TODOS TRANSMITE SUA TERNURA. NO ENFEITE DA POESIA MAGISTRAL, MARIA DA GRAÇA, UMA POETISA ESPECIAL ! TODOS OS VATES DA NOSSA A.P.P. LINDA, LHE ENVIAM ABRAÇOS DE FORMA INFINDA. AO FINAL DAS POESIAS TEM O SEU CARINHO, MOSTRANDO A TODOS POETAS O SEU CAMINHO ! NOS SONHOS DO POETAR DA FANTASIA, EM QUE OS POETAS CRIAM NO DIA A DIA. GRAÇA, RAINHA DA POESIA A TODOS MOSTROU E TODOS POETAS AO CÉU ELA ELEVOU !!!

ADRIANO AUGUSTO DA COSTA FILHO- A.P.P. 104.

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Viseu 7

Quinta-feira 27/10/2016

MuniCíPiO de Viseu renOVA APOstA nA CulturA e CriAtiVidAde e disPOnibilizA MeiO MilhãO de eurOs Apresentação das candidaturas ao “Viseu Terceiro” tem lugar até 15 de novembro. Informação e formulário publicados em www.cm-viseu.pt. O Município de Viseu abriu a terceira edição do concurso de apoio a projetos culturais e criativos “Viseu Terceiro” para 2017. Um investimento municipal de 500 mil Euros com o objetivo de estimular a produção de projetos independentes em áreas-chave da programação e criatividade culturais do concelho, estimulando ainda a formação artística de talentos e de novos públicos. As candidaturas decorrem até à meia-noite do dia 15 de novembro, terça-feira, e deverão ser remetidas através do email cultura@cmviseu.pt, de acordo com o estabelecido na

documentação publicada em www.cm-viseu.pt Nesta edição do concurso, há novidades. Uma delas é o facto das normas de acesso preverem a possibilidade de serem pré-aprovados neste concurso projetos plurianuais, ainda que seja condicionada a aprovação da sua programação anual específica. Outra novidade respeita à autonomização das linhas de financiamento para projetos consolidados e projetos novos ou emergentes. Os primeiros contam com um orçamento de 300 mil euros; os segundos com uma verba de apoios de 200 mil euros. Para Almeida Henriques, “o Viseu Terceiro é hoje um modelo de financiamento transparente, regular e com sentido estratégico no desenvolvimento criativo e cultural local,

e favorece um planeamento consistente da agenda de eventos com potencial turístico”. O apoio financeiro máximo a atribuir por candidatura mantém-se nos 125 mil Euros. Somando apoios não financeiros do Município como apoio na logística, isenção ou redução de taxas municipais, etc., o apoio ao projeto pode ascender até 137.500 Euros. As normas de acesso definem ainda que as entidades beneficiárias que violem as obrigações estipuladas no âmbito do “Viseu Terceiro” ficam impedidas de apresentar a sua candidatura aos concursos do mesmo ano, bem como nos dois anos civis seguintes. Jorge Sobrado

Projeto “Viseu ArenA” dá o seu primeiro passo Reconversão e upgrade do Multiusos de Viseu estará concluída em 2018 Teve lugar no Multiusos de Viseu, a assinatura pública do acordo de cooperação para o desenvolvimento do projeto “VISEU ARENA”. O protocolo foi celebrado entre a Câmara Municipal de Viseu, a VISEU MARCA e o ARENA ATLÂNTICO – Gestão de Recintos Multiusos, S.A. O projeto “VISEU ARENA” visa a reconversão, o upgrade técnico e restyling global do “Pavilhão Multiusos de Viseu” num equipamento capacitado enquanto sala de grandes espetáculos, eventos públicos e realizações corporate.

Com meta para arrancar em 2018, o “novo” espaço permitirá a Viseu ter uma inﬂuência regional relevante no contexto da realização de grandes eventos e espetáculos, contribuindo para a promoção de Viseu enquanto polo cultural relevante na Região Centro e enquanto destino turístico. Marcaramm presença neste ato público o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, o Presidente da VISEU MARCA, João Cotta, e o Administrador do ARENA ATLÂNTICO, Jorge Silva.

Com cerca de centena de participantes Confraria Grão Vasco comemorou do “dia do Município” Cerca de centena e meia de pessoas estiveram presentes num jantar comemorativo do Dia do Município, numa iniciativa da Confraria Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco, em colaboração com a Câmara de Viseu. A iniciativa, que decorreu numa unidade hoteleira da cidade, contou com a presença de mais de três dezenas de membros da comunidade beirã do Rio de Janeiro; uma delegação de Marly-le-Roi, cidade francesa geminada com Viseu, bem como várias individualidades, com destaque para o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que esteve acompanhado do vice-presidente Joaquim Seixas e dos vereadores João Paulo Gouveia, Odete Paiva e Guilherme Almeida; do presidente da Assembleia Municipal de Viseu, Mota Faria, e do presidente da Freguesia de Viseu, Diamantino Santos. Referência especial para as presenças do presidente da Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro, Flávio Martins; do embaixador da Confraria no Brasil, António Cardão, o grande responsável pela realização desta iniciativa; do Almoxarife da Confraria, José Ernesto Silva; do Grão-mestre da Confraria, António da Costa Vidal, e do presidente do Conselho Consultivo da Confraria, Garcia Mendes. Da comunidade beirã do Rio de Janeiro, destaque para a presença dos Comendadores César Soares, do Arouca Barra Clube, e Orlando Cerveira, do Clube Niteroi; do jornalista Filipe Mendes, director do jornal Portugal em Foco, e de Aurélio Silva, um

dos fundadores da Casa do Distrito de Viseu do Rio de Janeiro. A noite foi abrilhantada pelas fadistas Maria Alcina, há muito radicada no Brasil, e pela viseense Mara Pedro, com um momento especial protagonizado por Isabel Silvestre, que cantou “Manhouce” em todo o seu esplendor. Nos discursos da noite, Almeida Henriques saudou as delegações presentes, salientando o trabalho desenvolvido pela Confraria com as Associações da Diáspora portuguesa. Por sua vez Almoxarife da Confraria, destacou a importância da aproximação de Viseu às comunidades beirãs espalhadas pelo mundo, com destaque para a do Rio de Janeiro. José Ernesto Silva lembrou a aposta na internacionalização da Confraria, com o nascimento de Confrarias irmãs em Zurique, na Suíça, e no Rio de Janeiro, tendo como base a Casa de Viseu. Para breve outras poderão nascer no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos e no Canadá. A Confraria entregou ainda lembranças às várias entidades presentes, com o vinho do Dão à cabeça. No âmbito das comemorações do “Dia do Município” foi apresentado o livro “Maria Alcina: a força inﬁnita do Fado!”, da autoria do jornalista Igor Lopes sobre a vida da fadista. Foi também entregue o Grau de Comendador ao presidente da Câmara de Marly-le-Roi, Jean Yves Perrot, e o Grau de Titular Confrádico ao presidente da Associação Les Amis du Jumelage, de Paris.

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8 Regional

Quinta-feira 27/10/2016

FESTA DAS COLHEITAS EM VILA DA RUA É na época de colheitas, época da apanha da maçã, da uva e da castanha também, que a freguesia de Rua, Moimenta da Beira, celebra em festa o trabalho do campo, exaltando os produtos que a terra de cultivo lhe dá todos os anos. Mas não só. Aproveita o certame, de ‘título’ feito de jogo de palavras, “RUAlidades”, de “Ruralidades”, para aclamar igualmente outros produtos manufaturados como os doces tradicionais, doces conventuais, a gastronomia, etc.,produtos esses que vão estar expostos e à venda em mais de dez expositores que serão instalados no Largo da Igreja de Vila da Rua, no dia da festa, 30 de outubro. O programa está feito. Começa às 10h00, com a abertura simbólica da feira de produtos locais; às 11h00, realiza-se a Eucaristia das colheitas; às 12h30, almoço; às 14h30, Concerto das Vindimas pelo quarteto de clarinetes “Shawm Quartet”; e às 15h30 a atuação da Tuna de Tabuaço. No espaço da feira, e ao longo do certame, estão abertos os expositores com produtos locais e a tasquinha com gastronomia típica.

FestA dA CAstAnhA nA lAPA dOs dinheirOs eM seiA Saberes e Sabores de outono presentes em mais uma edição da festa da castanha. No próximo domingo, dia 30 de outubro, a aldeia da Lapa dos Dinheiros acolhe mais uma edição da Festa da Castanha, uma iniciativa integrada no Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha. Com papel preponderante na dieta da montanha em tempos anteriores à cultura do milho e da batata, a castanha tem um especial signiﬁcado nesta Aldeia de Montanha, pela abundância deste fruto nos 18,15 hectares de Castanheiros

do Souto da Lapa dos Dinheiros, uma verdadeira reserva da árvore que, nos últimos dois mil anos, constituiu um eixo fundamental da vida serrana. Assim, num verdadeiro espírito comunitário, a aldeia convida a conhecer os seus soutos, os saberes e sabores de outono mais típicos desta aldeia, num mercado de rua com especial enfoque na castanha e onde não faltará o tradicional magusto com caruma e animação tradicional. Neste ambiente festivo terá ainda lugar mais uma edição do concurso " Castanha Saberes e Sabores” um concurso da

melhor iguaria (doce) feita com castanha, dirigido aos restaurantes, pastelarias e público em geral do concelho, valorizando este recurso endógeno, outrora de grande importância para a economia familiar. A Festa da Castanha é promovida pela União de Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, o Centro Social da Lapa dos Dinheiros e Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha.

exposição itinerante da Assembleia da república Joshua benoliel – repórter Parlamentar, 1906-1924 De 20 de outubro a 20 de novembro, vai estar patente no Castelo de Pinhel uma exposição itinerante do Museu da Assembleia da República dedicada à obra de Joshua Benoliel, fotógrafo e jornalista considerado por muitos como o pai do fotojornalismo em Portugal. Joshua Benoliel nasceu a 13 de janeiro de 1873, no seio de uma família hebraica que se instalara em Gibraltar. É considerado o criador da reportagem fotográfica em Portugal e fez a cobertura jornalística dos grandes acontecimentos da sua época, acompanhando os reis D. Carlos e D. Manuel II nas suas viagens ao estrangeiro, assim como a Revolução de 1910 e as revoltas monárquicas durante a Primeira República. Nesta exposição itinerante da Assembleia da República é dada particular atenção ao trabalho de Joshua Benoliel enquanto “Repórter Parlamentar”, no período entre 1906 e 1924, quando teve oportunidade de acompanhar momentoschave daquela casa, desde o início do curto reinado de D. Manuel II até ao final da I República. Ao todo, são 66 fotografias que relatam e retratam o trabalho desse notável e ilustre repórter no nosso país. Com entrada livre, a exposição “Joshua Benoliel – Repórter Parlamentar” vai estar patente no Castelo de Pinhel, de 20 de outubro a 20 de novembro, podendo ser visitada de

terça-feira a domingo, das 10.00h às 12.00h e das 14.00h às 18.00h. De referir que esta é já a segunda exposição itinerante que a Assembleia da República traz a Pinhel. No ano passado, por esta mesma altura, esteve por cá uma exposição dedicada à História do Parlamentarismo.

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Saúde

Quinta-feira 27/10/2016

1º rObOt CirÚrGiCO nO nOrte É dO hOsPitAl dA luz ArrÁbidA O Hospital da Luz Arrábida vai iniciar o seu programa de cirurgia robótica, disponibilizando a todos os doentes da região norte, pela primeira vez, uma tecnologia inovadora e minimamente invasiva, com excelentes resultados no tratamento cirúrgico de diferentes patologias, como o cancro da próstata ou a obesidade. O primeiro sistema cirúrgico robótico do Norte do país está já instalado e começará a funcionar no Hospital da Luz Arrábida até ao ﬁnal deste mês, concretizando, deste modo, mais um passo na estratégia do Grupo Luz Saúde de disponibilização de uma rede de vanguarda clínica e tecnológica, que visa abranger todas as suas unidades. Com este novo equipamento no Hospital da Luz Arrábida, a

rede Hospital da Luz alicerça a expansão do seu programa de cirurgia robótica e estende a sua medicina de inovação e excelência a todos os seus clientes, de norte a sul. A instalação deste primeiro robot cirúrgico na região Norte do país insere-se ainda num plano de investimentos de cerca de dez milhões de euros em tecnologia clínica topo de gama nas unidades da rede Hospital da Luz, que será desenvolvido durante os próximos meses, e que prevê a instalação de novos equipamentos, além da Arrábida, no Hospital da Luz Aveiro e no Hospital da Luz Póvoa de Varzim, entre outras. Alguns desses equipamentos serão únicos a nível da Península Ibérica.

sOCiedAde POrtuGuesA de reuMAtOlOGiA AtuAlizA reCOMendAÇÕes nACiOnAis PArA A terAPÊutiCA dA OsteOPOrOse 12% da população adulta portuguesa sofre de osteoporose No âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) anuncia a revisão das suas recomendações nacionais para o diagnóstico e terapêutica da doença reumática que afeta 12% da população adulta portuguesa. A osteoporose é uma doença óssea metabólica, caraterizada por diminuição da massa óssea, maior fragilidade óssea e maior suscetibilidade a fraturas, principalmente, da cabeça do fémur, coluna vertebral e punho, que constituem

Para o Presidente da SPR, João Eurico da Fonseca, “a osteoporose em Portugal é um problema de saúde pública. Apesar do melhor conhecimento desta doença por parte dos profissionais de saúde e pela população, continuamos a verificar um subtratamento da mesma. As recomendações, que vamos tornar públicas no dia 22 de outubro, no decorrer das Jornadas de Outono da SPR, visam reduzir o risco e a frequência de fraturas osteoporóticas, que estão associadas a uma alta taxa de mortalidade, através de práticas clínicas validadas, que permitem uma utilização eficaz dos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis”.

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as suas complicações mais graves. Hoje sabe-se que a prevalência destas fraturas aumenta exponencialmente com a idade e difere entre os sexos. Estudos europeus revelam que oito em cada 20 (40%) mulheres e três em cada 20 (15%) homens irão sofrer uma ou mais fraturas osteoporóticas ao longo da sua vida. Após os 65 anos de idade, o risco de fratura aumenta exponencialmente e a frequência de fraturas nas mulheres é 2-3 vezes superior à dos homens. De acordo com o maior estudo sobre a prevalência de doenças reumáticas em Portugal (EpiReumaPt), a prevalência de osteoporose nas mulheres portuguesas pósmenopáusicas acima dos 50 anos é signiﬁcativamente superior, correspondendo a 39%. Estas mulheres têm uma elevada prevalência de fraturas de fragilidade, ou seja, de baixo impacto (18%). Quando se analisa o consumo de medicação, veriﬁca-se que apenas 15% das mulheres pósmenopáusicas com osteoporose refere estar sob terapêutica e 19% mencionam ter feito algum tratamento no passado.

sobre a sociedade Portuguesa de reumatologia: A Sociedade Portuguesa de Reumatologia, fundada em 1972, é uma organização científica que tem por objetivo promover o desenvolvimento da reumatologia ao serviço da saúde da população portuguesa. A sua atuação tem por finalidade fomentar o conhecimento das doenças reumáticas, favorecendo a formação médica, bem como o desenvolvimento de estudos e projetos de investigação em Reumatologia. A Sociedade Portuguesa de Reumatologia assume-se, igualmente, como um centro de documentação destinada quer a profissionais, através da edição e publicação de informação científica médica especializada, quer ao público em geral, mediante o seu website. Além disso, coopera com as associações de doentes e planifica ações de educação às populações. Atualmente, representa 200 profissionais, com os quais colabora na defesa do título de Reumatologista e do bom nome da especialidade. Para mais informações, é possível consultar: www.spreumatologia.pt.

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10 Desporto

CAMPeã ibÉriCA de ArCO e FleChA É MAnGuAldense

Quinta-feira 27/10/2016

JOãO rOdriGues reCebe MedAlhA MuniCiPAl de MÉritO CulturAl e desPOrtiVO eM PenedOnO

beAtriz GOMes FOi reCebidA PelO Presidente dA CÂMArA MuniCiPAl de MAnGuAlde, JOãO AzeVedO O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, recebeu a mangualdense Beatriz Gomes que se sagrou campeã ibérica de arco e ﬂecha. Venceu o GTI – Troféu Ibérico que decorreu em Madrid nos passados dias 8 e 9 de outubro. João Azevedo deixou palavras de parabéns pela conquista e de incentivo para continuar este percurso brilhante. Beatriz Gomes faz parte do Clube Arqueiros de Viseu e tem apenas 15 anos.

João Rodrigues, Campeão Europeu de hóquei em patins ao serviço da Seleção Nacional, foi homenageado pela Câmara Municipal de Penedono com a atribuição da Medalha Municipal de Mérito Cultural e Desportivo. Na cerimónia pública que decorreu no auditório municipal, coube ao Presidente da Câmara, Carlos Esteves, a atribuição da menção honrosa ao atleta campeão europeu, num discurso em que enalteceu o seu percurso desportivo e o feito alcançado com a camisola das quinas, e onde fez questão de realçar os valores desportivos que existem no interior do país. “Esta é uma forma simples da Câmara Municipal homenagear o João Rodrigues, mas estamos muito orgulhosos por fazer este reconhecimento público a um jovem campeão da terra”, aﬁrma o Presidente do Município de Penedono.

i trail rota da truta juntou runners de vários pontos do país O Trail Rota da Truta estreou-se, em Vila Nova de Paiva, com a 1ª edição desta iniciativa, sob a organização da casa do Povo de Vila Nova de Paiva, da ASSAP – Associação de Solidariedade Social do Alto Paiva, com o apoio do Município de Vila Nova de Paiva, entre outros parceiros. Esta modalidade que atrai cada vez mais adeptos, reuniu em Vila Nova de Paiva 300 participantes, divididos por três percursos distintos, um Trail Longo de 40 Km, um Trail Curto de 23 Km e Mini Trail e Caminhada de 11 Km.

O mau tempo que se fez sentir, não foi suﬁciente para demover os participantes que se começaram a juntar bem cedo, no Auditório Municipal Carlos Paredes, para o levantamento de dorsais e ofertas. As provas iniciaram por volta das 9h00, percorrendo vários cenários e paisagens destas Terras do Demo, desde as Minas do Rebentão, em Queiriga, ao Parque Botânico Arbutus do Demo e à Praia Fluvial de Fráguas, entre outros de igual beleza. Os participantes tiveram direito a reforços durante a prova, almoço, uma t-shirt técnica e fumeiro das nossas terras. O executivo municipal esteve representado pelo Presidente do Município, José Morgado, pelo Presidente da Assembleia Municipal, Paulo Marques e pela Vereadora Delﬁna Gomes.

João Rodrigues, o atleta homenageado, agradeceu o reconhecimento mostrando-se orgulhoso da sua origem e das ligações familiares que mantém com Penedono, nomeadamente com a freguesia de Beselga. No seu breve discurso, o atleta atualmente ao serviço do Sport Lisboa e Benﬁca fez questão de agradecer o apoio de amigos e familiares, realçando a importância do seu pai, também ele internacional de hóquei em campo e jogador do Belenenses durante 25 anos, para os resultados desportivos alcançados. Para terminar, João Rodrigues frisou ainda que o objetivo é continuar a trabalhar com vista a participação no Mundial de hóquei em patins do próximo ano, na China, onde a ambição é chegar à ﬁnal e erguer o troféu, juntando ao título de Campeão Europeu o de Campeão Mundial.

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Diversos 11

Quinta-feira 27/10/2016

“ Honradez de um beirão ”

Do livro de

Aguente-se com o seu marido !

CAPITULO XVII Ana Maria vai à festa

AnA MAriA VAi À FestA

ponto de necessitares da dona Purificação

Fernando de Abreu

para estar comigo...

Purificação me indicou sendo eu o namoro ideal

Ana Maria não dormiu toda a noite com

para que eu saiba do teu interesse por mim?!

Mesmo o facto de atender ao seu pedido

para si, somente pelos bens que, amanhã, com

fortes turbulências de ideias desconcentradas que a agitavam. Havia dentro do peito dela algo de explosivo, maior do que o seu cérebro e coração. No dia seguinte, muito lhe custou ir com aquela velha bruxa, para mais que era um

- Peço desculpa desse meu embaraço,

que fiz à dona Purificação para vir falar com

a morte dos meus padrinhos, poderei ver a

mas não tinha coragem para dar o primeiro

o Tobias, não lhe quero criar falsas esper-

ter...É, isso!?

passo...

anças, ou seja se estou ou não interessada

- Sim! No fundo, e na verdade, é isso

Por mais que me esforce não consigo

em namorar consigo, por ser a primeira vez

romper o desejo que tenho em me aproximar

que falamos e isto não será amor à primeira

das pessoas de quem gosto.

vista, que veja olhos nos olhos os seus senti-

o que a Bruxa estava a preparar e ficou imóvel

mentos, aparte do que aprecio fisicamente.

durante algum tempo com o olhar fixo, pen-

mesmo. Ana Maria ficou perturbada, vivamente com

perigo constante na estrada com ela ao

A Purificação ao ver que o moço deu a re-

volante do velho carro, de oito cilindros, a

sposta que ela desejava ouvir, adiantou para

Nestas condições, proponho que se dê

sativa, em como fora tão ingénua ao acreditar na

consumir gasolina que nem um burro a beber

ambos: - O meu papel está feito. Ficam,

tempo, ao tempo, e depois se verá se a força

artimanha por ela montada, quando estava

água, mas estava disposta a engolir sapos e

frente a frente, agora entendam – se...

dos nossos destinos se irão cruzar e aceitar,

farta, fartíssima de saber quem era aquela mis-

porque caso não haja química entre ambos,

era.

arriscar a vida, somente para saber quem era a personagem que gostava assim tanto dela,

A Ana Maria sabe que Tobias é acanhado, não é capaz de dizer palavra.

o melhor mesmo é nem sequer começar a

mas tímido, ao ponto de não aparecer, se-

Logo, o desejo é vosso.

termos encontros futuros para não nos vir-

quer, para a cumprimentar na zona de onde

A partir de agora, estou aqui a mais...

mos a magoar.

residia.

Dona Purificação agradeço a consider-

- Pois, é! Aqui que faço, raramente sai

Chegados à capelinha, a procissão com a

ação que teve em me apresentar ao Tobias,

banda de música da Filarmónica de Ribafeita

fico – lhe , pois, muito grata, e vou conversar

Peço – lhe desculpa, menina Ana Maria.

a acompanhar os andores, dando a volta à

com ele um pouco.

Não devia ter pedido à dona Purificação

capela, com paragens para dizer orações. A dona Purificação, sem demora chega

Vamos ficar aqui sentados debaixo desta sobra, vá a senhora rezar!

junto do moço e diz: - Ana Maria apresento

- Pois é, Tobias! Pelos vistos, és mesmo

– te o rapaz de que te falei, chama – se Tobias

um moço simpático, mas cheio de complexos.

Jardineiro. Gosta da menina e quer namorar

Estás bem vestido, de fato e gravata, foste

consigo. Ana Maria olha – o de frente estende – lhe a mão direita e perguntou - diz – me cá, Tobias, és assim tão tímido e reservado ao

bem

para falar com a menina Ana Maria, mas foi

O moço, tal como Ana Maria ficou também boquiaberta, não podendo acreditar no que a Ana Maria lhe dizia em relação à dona PurificaçãoEla disse – me que eras bom rapaz, honesto e trabalhador e rico.Pois, bem.

ela que me alvitrou fazer este pedido,

Acredito que tenha aqueles predicados, mas

dizendo – me que a Ana Maria viria a ser a

há um que pouco me diz, é a riqueza... Quero um

herdeira dos seus padrinhos...

homem digno, com ou sem riqueza.

O que! Exclamou Ana Maria.

ao barbeiro cortar e pantear o cabelo, com

Ora esta!, estou a sentir – me enganada...

perfume agradável, enfim, estás todo jan-

Desculpe, Tobias!

ota...

Então nunca me tinhas visto?!

Agradeço também essa atenção que tive

Lamento! Tal como eu, o Tobias também foi vitima nas mãos daquela bruxa.

Estas a pedir – me namoro porque a Dona

Quanto ao resto, acho que já dissemos tudo um ao outro...

(continua)

euFOriA “A alegria é preferível ao mau humor, mas algumas pessoas possuem inclinações eufóricas, um entusiasmo irreal com as coisas triviais como se fossem magníﬁcas descobertas”. Maria Lúcia Madureira (psicóloga) A euforia pode variar de um sentimento de grande segurança, de certeza de saber de tudo, até um otimismo exagerado e arrojado. As sensações de satisfação e alegria tornam-se intensas, como explosões de fogo-de-artifício sobre uma multidão em êxtase. A melhor nota da turma num teste de matemática, ou uma resposta positiva a uma banal proposta de namoro com recetividade. Uma sensação difícil de explicar. Como um salto mortal sobre o precipício. O cérebro como que dispara um sinal, um grito interior, rasgam-se os códigos da prudência. À minha frente um túnel de luz, reﬂexos multicolores, um grito sinfónico de orquestra em desarmonia, uma explosão de estrelas minúsculas serpenteando sobre o horizonte. Um orgasmo descontrolado. Corremos sobre a carruagem abrandando ao longo da linha. Os ferros gemem, como mulheres em alcova gozando a eternidade entre suas pernas trementes. Ultrapassamos os carris parale-

los, como linhas de duas vidas próximas mas eternamente desencontradas. O comboio sustem a respiração. Acomoda-se aos carris quentes. As latas de tinta em spray saltam dos sacos para as mãos ágeis. As máscaras que nos enfeitam a cara protegem-nos da identiﬁcação. Somos criminosos. Dizem de nós os justos e os pecadores. Fecham-nos as portas da criatividade espontânea. Obrigam-nos a esta vingança. Transformam-nos em assaltantes sem rosto, como assassinos sedentos de sangue. Vertemos sobre os corpos imensos de ferro lavado e brilhante das carruagens os gritos manchados de raiva e de protesto. Atacamos o comboio como peões ao assalto de um castelo em movimento. As nossas armas desfazem-se em manchas coloridas, disformes, provocadoras. Cenários ﬁngidos. Lembranças do futuro. Penduro-me a um puxador da porta da carruagem. A porta abre-se de rompão. O “pica” olha-me, aterrorizado. Viu um fantasma, quando susteve a respiração, olhando-me através de uns olhos esbugalhados, o meu rosto escondido sob um capuz, numa das mãos a lata de tinta erguida. Arranca de um suporte pendurado um pesado extintor. Socorreu-se da única possibilidade de defesa. Pensou naturalmente estar a ser objeto de um as-

salto. Os meus olhos pararam nos olhos do homem. Diziam que não. Era tudo um equívoco. Somos grafiteiros, “man”. Deixanos entusiasmar. Não pretendemos magoar ninguém. Apenas pintar aquilo que nos preenche a alma. Somos grafiteiros, pintores da velocidade, desenhadores de sonhos. Contrabandistas do imaginário. Criminosos, gritava. Cambada de bandidos. Destroem isto tudo. Cambada. Vão trabalhar, bandidos! O extintor explode em nuvens brancas de espuma, como gigantesca ejaculação de um pénis ereto preenchendo a largura de uma tela de cinema pornográfico. Torno-me branco, como arbusto percorrido por um súbito nevão. Esbracejo. Eufórico. Corro em direção à porta escancarada. Salto. Atravesso o espaço curto voando. Eufórico. Um salto curto. Um salto para a morte. O “pica” esbraceja. Possuído por estranha agitação. Ergue as mãos, consecutivamente. Roda a cabeça, depois o corpo. Espreita para a linha. Ergue novamente as mãos. Aciona o alarme. Alguns ocupantes da carruagem assistem sentados. Erguemse depois, em simultâneo, catapultados pelos gritos do homem. Cabeças agitadas, intimidadas, espreitam para a linha engolida por outro com-

boio circulando em sentido contrário. Algumas bocas gritam de horror. O corpo de um jovem arrastado pela composição. Uma mancha encarnada no cenário. Não eram manchas de tinta. O corpo do rapaz lembra um embrulho lançado borda fora. Como rolos de papéis amachucados. O corpo mantém-se imóvel, quase invisível. O comboio estremece e apita. Reinicia a marcha. Os olhares atónitos. Uma réstia de luz, como um pequeno farol na noite, torna-se a derradeira lembrança da imagem do corpo deixado para trás. Ao comprido da linha. A marcha imparável do ritmo constante do anoitecer na trepidante metrópole. A marcha incessante dos comboios sobre os longos carris direitos. A marcha incompreendida das vidas agarradas à rotina desmaiada do quotidiano urbano. Correm os graﬁteiros ao encontro da mancha encarnada salpicando as travessas de madeira e as pedras sujas de cinza. Abandonadas as latas de tinta. Abandonadas as máscaras. Abandonados os sonhos nas formas precipitadas deixadas suspensas na carruagem conquistada. Abandonadas as ﬂores. Carlos Almeida

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2122

VISABEIRA COM UM PERCURSO DE 35 ANOS DE CRESCIMENTO CONTÍNUO E SUSTENTADO -Orgulho empresarial dos viseenses Em luxuosa encardenação, o Presidente do Conselho de Administração da Visabeira, engenheiro Fernando Nunes, teve a gentileza de nos enviar Relatório Anual de 2015 que, tal como nos tem habituado, marca um percurso de 35 anos de crescimento contínuo e sustentado daquele exemplar Grupo internacional, nascido em Viseu, que cala fundo no orgulhosos dos viseenses. Na carta que amavelmente nos endereça, Fernando Nunes, refere: - “ Esta efeméride ﬁca assinalada pelo reforço da posição internacional do Grupo, um designo nacional que tem sabido interiorizar e que se mantém sua estratégia principal ao longo do tempo. Como corolário, neste exercício, o Grupo registou, pela

relevo para o ultrapassar da barreira dos 681 milhões de euros, no volume de negócios consolidado, e pelo facto de o EBITDA se situar acima da fasquia dos 109 milhões de euros”. Neste contexto, Fernando Numes transmite ainda uma mensagem de otimismo, imbuida do espirito de vitória que continuará a pautar o futuro da Visabeira, sempre orientada para a capacidade de concretização e criação de valor. Tudo isto..., para se constatar que a Visabeira alcançou estatuto de grande dimanção mundial nas telecomunicações, energia, industria, construção, tecnologia e turismo, dada a sua vasta oferta de produtos e soluções “ chave na mão”.

primeira vez, mais de 60% do seu volume de negócios nos mercados externos, com especial relevância na Europa Central, nomeadamente Alemanha, Bélgica e, principalmente, França, geograﬁa que se posiciona já como o principal mercado do Grupo. O ano de 2015, apesar de um cenário macro económico bastante adverso, ﬁcou ainda marcado pela superação de máximos históricos nos principais indicadores, com especial

Na industria, desenvolve um ampla variedade de negócios, ao comercializar produtos e serviços em areas como cristalaria, vidro e mobiliário, serviços prestados atualmente em 16 países, entre eles a Espanha, Dinamarca, Angola e Moçambique, para além de mais 70 nações, num mundo global, empregado mais de dez mil empregados e colaboradores. Neste universo, é importante referir que, somente no

PeriFeriAs no Cine-Clube de Viseu O Cine-Clube de Viseu promove de 1 até 29 de Novembro o ciclo Periferias. Neste ciclo, segundo a organização, “os filmes são de tal forma invadidos pela periferia que os cerca, e esta vem tão imbuída nas ficções propostas, que na maior parte do tempo é de uma forma de exílio que parece tratar-se”. E assim este ciclo se foi adaptando às histórias, permeado pelas várias periferias. É desse conceito que surgem os tons do programa: uma geografia física e humana fascinante, muitas vezes distante, sob a óptica de cinco filmes de cinematografias quase "excêntricas", como sejam a sérvia, romena ou russa. 01 NOV . SORRISOS DE UMA NOITE DE VERÃO Sommarnattens leende, de Ingmar Bergman , Suécia, 1955, 105'

08 NOV . LEVIATÃ Leviafan, de Andrey Zvyagintsev, Rússia, 2014, 140' 15 NOV . TESOURO Comoara, de Corneliu Porumboiu, Roménia, 2015, 88' 22 NOV . TÃO SÓ O FIM DO MUNDO Juste La Fin Du Monde, de Xavier Dolan, Canadá, 2016, 95' 29 NOV . SOL DE CHUMBO Zvizdan, de Dalibor Matanic, Sérvia, 2015, 120'. PROJECÇÕES NO IPDJ VISEU PELAS 21H30 PROGRAMA COMPLETO, TRAILERS http://www.cineclubeviseu.pt/PROXIMAS-SESSOES

turismo, a Visabeira, disponibiliza uma grande variedade de infraestruras hoteleiras, de lazer e de restauração e bem – estar, estética e desporto, oferecendo um leque único de experiências, no seguementos que abraguem lazer, negócios, natureza, cultural e histórico. Tudo isto ...Visabeira é muito mais! Fernando de Abreu