Noticias de Viseu - 5 de Setembro 2019

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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLIV - Nº 2198 - Quinta-feira, 5 Setembro 2019 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

GNR tem este ano mais de 500 denúncias de vespa asiática

PCP questiona Governo sobre bolsa de horas na PSA de Mangualde VISEU-102.8

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setembro 2019 Quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras

SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de agosto 30000ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

Opinião ....................................... 2 Viseu........................................ 3 Regional ................................ 4/6 Diversos .................................. 5 Saúde.......................................... 7 Publicidade .......................... 8

Quinta-feira 5/9/2019

Novas regras na arbitragem de conflitos de consumo A lei de Defesa do Consumidor foi alterada pela quinta vez. Na mesma prevê-se que os consumidores possam sujeitar qualquer conflito de consumo a arbitragem necessária dentro de determinados limites em razão do valor e do território. A arbitragem necessária encontrava-se limitada a conflitos de consumo de determinada natureza, nomeadamente, a prestação de serviços públicos essenciais. São serviços públicos essenciais: O serviço de fornecimento de água; de energia elétrica, de gás natural e gases de petróleo liquefeitos canalizados; serviços de comunicações eletrónicas; serviços postais;

serviços de recolha e tratamento de águas residuais e serviços de gestão de resíduos sólidos urbanos. A arbitragem necessária distingue-se da arbitragem voluntária na medida em que nesta última a resolução do conflito, através da arbitragem, dependia da vontade de ambas as partes. Com a presente alteração existe um substancial alargamento das entidades sujeitas a arbitragem necessária, desde que o consumidor manifeste essa vontade. A presente alteração Introduz, ainda, o dever de informação sobre o direito a constituir advogado ou solicitador. Desta forma, dentro dos limites

territoriais já existentes, e desde que o valor em causa não ultrapasse 5000 euros, os consumidores podem sujeitar os conflitos de consumo a arbitragem necessária. A arbitragem é uma das formas de resolução alternativa de litígios, permitindo aos consumidores acederem a uma justiça célere e de custos reduzidos em detrimento das tradicionais vias judiciais. Em caso de dúvida sobre esta ou qualquer matéria de consumo não hesite em recorrer à DECO. A DECO-Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor encontra-se ao lado dos consumidores portugueses, desde 1974, a fim de os auxiliar em questões de consumo

prestando informação, promovendo a resolução, extrajudicial, de conflitos de consumo e encetando as mais variadas diligências a fim de defender os direitos e os legítimos interesses dos consumidores. DECO CENTRO Os leitores interessados em obter esclarecimentos relacionados com os seus direitos enquanto consumidores, bem como resolver os seus problemas, podem recorrer ao Gabinete de Apoio ao Consumidor da DECO, bastando, para isso, escreverem para a DECO – Rua Padre Estêvão Cabral, 79-5º, Sala 5043000-317 Coimbra ou para deco.coimbra@deco.pt.

UMA AVENTURA EM TRÁS-OS-MONTES Por Humberto Pinho da Silva Meu pai era rapaz citadino, aluno da Escola de Belas Artes. Sempre vivera rodeado de livros; e do mundo, apenas conhecia subúrbios do Porto, principalmente, a Maia, onde ia visitar o Padre Ernesto, amigo e confidente. Nas férias, ia de comboio, até Vizela, frequentar as termas. Casou com transmontana – amiga de infância, – que viera para a cidade estudar. Após o matrimónio, e curta luade-mel em Viana do Castelo, minha mãe, quis apresentá-lo à família, que vivia em pequena aldeia, perdida nas faldas de serra, algures no distrito de Bragança. Feito as malas, embarcaram em São Bento, e só pararam no Cachão, onde se hospedaram em estalagem (da Calrreta?), aguardando a chegada de familiares. Pela manhã, estando ainda

deitados, entrou-lhes, pelo quarto, a hospedeira; e sem mais, declarou: que estavam, lá fora, a perguntarem por eles, com bestas. Estremunhados, ergueram-se, e apressaram-se a recebe-los. Feito as apresentações, indicaram-lhes, para montar, soberbos cavalos. Meu pai, vendo bicho tão grande, e de pernas tão altas, recusou. Insistiram. Recusou, novamente, apontando para simpático jeriquinho, que lhe pareceu réplica do burro de Sancho Pança. Como teimasse, não encontraram melhor remédio, se não carregar as malas, no cavalo, e ajudá-lo a sentar-se na albarda do burrico. Foram por atalhos, pelas serras. O burrico, vendo-se livre, caminhava, a passo miudinho, apressadamente, distanciando-se da comitiva. Receosa, minha mãe, avisava

aflito o cunhado, para que parasse o jerico. De longe, ele barrigava: - “Xó! …Xó! …Xó! …” – Mas, o animal, impassível, seguia seu caminho – e, voltando-se para minha mãe, para a sossegar: - “Bô! … Ele sabe o caminho! … Não se perde! …” E assim, distanciando-se, com as mãos fincadas na crina do animal, lá foi por serras e vales, até o burrito entrar num povoado… Foi entrada triunfal! Acontecimento inédito, naquela pacata aldeia: ver um homem, montado num burro, aferrado, como lapa, ao pelo do asno… Parou o animal, à porta de residência. A dona da casa, que estava sentada na escaleira, cumprimentou-o, insistindo para se apear. Mas, as pernas adormecidas, não permitiam… Insistiu; meu pai, respondia-lhe:

- “Estou a descansar um bocadinho…” De súbito, o burro, cansado de esperar, enfia-se por estreita porta, no escuro estábulo. Meu pai estirou-se todo, para não bater a cabeça, nas traves, que sustinham o teto; e nessa caricata situação, o foram encontrar… Durante o almoço, perguntou, a minha mãe, se havia comboio, para baixo. Como lhe dissesse: só amanhã. Resignou-se. Uma semana depois, encontrava-se encantado: conversava, não só com parentes, mas com toda a aldeia…Tão encantado ficou, que todos os anos ia a Trás-os-Montes, correndo Vilas a aldeias vizinhas. E, mais tarde, foi com alegria e entusiasmo, que soube, que o Município de Vila Flor, lhe concedera o honroso título de vilaflorense adoptivo.

DEVANEIO EM MANHÃ DE VERÃO Por Humberto Pinho da Silva Caminho tranquilamente, passo a passo, para os oitenta anos, e estou numa esplanada, à beira-mar, olhando o manso ondear das águas, do imenso oceano. Longe, vejo o mar verde – verde glauco, – beijando suavemente as areias morenas; e mais além: barcaça, embrulhada em alva e diáfana névoa, esfumando-se rumo ao horizonte. Por cima de tudo, rebrilha, esplêndido céu azul; azul intenso e fresco. A manhã é macia, quase sem brisa, convidativa a doce sonolência. Lentamente…lentamente… muito lentamente, dentro de mim, languidamente, tudo se vai esvanecendo… Apaga-se o leve murmúrio embalador do oceano; o sussurro alegre de vozes perdidas, e risos escangalhados de crianças brin-

cando. Fecho os olhos. Abre-se, na memória, saudoso recorte do passado. Estampado na retina, vejo: cândido rosto de menininha: Tem faces trigueiras, cor de pão centeio, tostadinho; olhos fogosos e ternurosos; lábios vermelhinhos, cor de cereja, cheios de risos festivos; epiderme, acetinada, doirada, sedosa, fresca, cheia de Sol. Era ela; a garotinha que abria a porta da casa, quando era menino e moço. Lançava os frágeis bracitos, ao pescoço; circundava-me, a cinta, com as perninhas roliças e finas; e, com infantil gesto carinhoso, lambuzava-me, as faces, de doces beijinhos. Beijinhos húmidos, salivados. Beijinhos acariciadores, imbuídos de palavrinhas ternas, de sincera e ingénua amizade.

Depois…depois, pelo sombrio corredor, corria, balanceando a farta cabeleira, apanhada em rabode-cavalo, avisando, alegremente, a minha inesperada visita. A saudosa cena familiar, que aflorou, arrancada à gaveta da memória, nesta serena manhã de Verão, encheu-me, o coração de terna saudade; saudade do passado, que passou, de passado, para sempre, perdido…; mas, intensamente, ainda vive, dentro de mim. Numa tépida manhã de Maio, banhada de morna luz rosácea, parti…As lágrimas escorriam-me pelo rosto, mal escanhoado, e a voz, embargada de saudade, tremia, soluçando. Acreditava que o amor platónico, não teria fim…Enganeime. Até a conversa epistolar, extinguiu-se, como nuvem passageira… Meio século, passou… Passou a

juventude e as ilusões…e passou, também, a amizade… Eu sei… eu sei (mas, queria não saber,) que a amizade, depende, quase sempre, da idade, e da posição social, que se ocupa, no tabuleiro do xadrez da vida… Muitas vezes – para meu mal, – mergulho em melancólicos devaneios, recordando amorosos episódios do passado. Transformoos, então, em letra de forma. Servem-me para refletir: nos enganos e desenganos, que tive ao longo da vida. Sei, ao passa-los ao papel, que são motivo de riso e galhofa, para insensíveis, e para muitos e muitas, que conheci no meu triste peregrinar. Revelar o que nos vai na alma, é puro desconchavo. É que quem não pensa com a maioria; de acordo com o desvario, que é moda, é: anátema ou bobo….


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Viseu

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“Liberdade de Educar para a Vida” A ADAV-Viseu (Associação de Defesa e Apoio à Vida) vai levar a efeito, no dia 28 de setembro pelas 14 horas no Auditório do Centro Pastoral Diocesano um evento designado “Liberdade de Educar para a Vida”. Serão objeto de reflexão e partilha algumas temáticas educativas com preocupações de fornecer aos participantes, contributos equilibrados e no respeito pela Vida, em Liberdade.

You Can't Win, Charlie Brown assinalam dez anos de existência sem nostalgias

Alerta para acidente aéreo em Canas de Senhorim foi falso O alerta para a queda de um meio aéreo em Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, no dia 28, foi falso, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Ope-rações de Socorro de Viseu. “Os meios já estão a ser desmobilizados”, referiu a mesma fonte, cerca de duas horas após o início das buscas. Segundo o CDOS, o alerta tinha sido “dado por um popular, que sentiu um estrondo”, às 15:22. No local, chegaram a estar 53 operacionais, apoiados por 16 viaturas e dois meios aéreos. O comandante dos Bombeiros de

Canas de Senhorim, Hugo Ramos, contou à Lusa que o falso alerta terá sido dado porque andava “uma máquina a destroçar madeira no local onde o particular disse que teria caído a aeronave”. Os bombeiros efetuaram “buscas por parcelas, no sentido de despistar a situação que foi alertada”, mas não encontraram nada, acrescentou. Hugo Ramos contou que, a fazer buscas no perímetro indicado, esteve um meio aéreo “que efetua fotografia aérea e tem câmara térmica” e que habitualmente atua nos incêndios florestais.

Os portugueses You Can't Win, Charlie Brown celebram dez anos, uma data redonda que está a servir para olhar para trás e para confirmar que ainda faz sentido estarem juntos, disse à Lusa o músico David Santos. O grupo inicia no dia 13, em Lisboa, uma série de 13 concertos por palco nacionais, precisamente para celebrar uma década de existência, desde que lançou em 2009 a música "Sad Song". Em declarações à agência Lusa, o músico David Santos, um dos fundadores dos You Can't Win, Charlie Brown, explicou que a banda tem estado a ensaiar cerca de duas dezenas de músicas, e o alinhamento desta digressão será moldado concerto a concerto. "O que estamos a preparar é um bocadinho uma retrospetiva destes anos todos", na esperança de que, quem vá ver, possa ter uma noção de evolução do trabalho de composição do grupo, explicou. Depois de Lisboa, os You Can't Win, Charlie Brown apresentam-se no dia 14 em Guimarães, no âmbito do Suave Fest, e no dia 15 em Coimbra. A série de atuações prosseguirá pelo Porto (dia 19), Viseu (dia 20) e Aveiro (dia 21). Em outubro, o grupo estará em Portalegre (dia 04 e dia 12), Évora (dia 05), Faro (dia 11), Torres Vedras (dia 13), Fundão (dia 18) e Leiria (dia 19). "Dez anos não é assim tanto tempo. Entre 10 a 15 anos é quase o tempo em que todos nós estamos na música. Não acho que tocar as músicas mais antigas a gente sinta nostalgia muito grande. É engraçado perceber que já passou tanto tempo e que dez anos são dez anos. [...] Estamos juntos há muito tempo e faz sentido isto continuar", disse. Os You Can't Win, Charlie Brown surgiram em 2009, quando o tema "Sad Song" foi incluído na coletânea de música portuguesa

"Novos Talentos FNAC". Um ano depois lançaram o EP, homónimo, feito quando a banda ainda só era um quarteto com Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa e David Santos. "Na altura, quando começámos a tocar mais ou vivo, houve necessidade de ter uma bateria e mais mãos para tocar. E entraram o Tomás Sousa e o João Gil", recordou. Ligado por laços criativos, familiares (três dos elementos são primos) e de amizade, o sexteto editou três álbuns - "Chromatic" (2011), Diffraction/Refraction" (2014) e "Marrow (2016) -, pelo meio fez uma versão ao vivo do álbum "The Velvet Underground & Nico", dos The Velvet Underground, e providenciou a banda sonora para o filme "Maudite soit la guerre" (1914), de Alfred Machin, num cine-concerto para o Curtas de Vila do Conde. Da formação inicial, entretanto saiu o guitarrista Luís Costa, tendo sido substituído ao vivo por Guilherme Canhão e, agora para os próximos concertos, o guitarrista Pedro Branco. Cada um dos músicos dos You Cant Win, Charlie Brown desdobra-se por outros projetos dentro e fora da música, mas há "uma dinâmica de proximidade" entre todos e a cadência dos ensaios regulares numa sala de ensaios, sublinhou David Santos. Fora dos You Can't Win, Charlie Brown, Afonso Cabral editou recentemente o primeiro álbum a solo, "Moradia", e integra a formação de Bruno Pernadas, Salvador Menezes estreou-se a solo em 2018 com "Novas ocupações", David Santos é também conhecido como noiserv, Tomás Sousa integra Minta & The Brook Trout, e João Gil faz parte dos Diabo na Cruz. Depois destes dois meses de concertos pelo país, o grupo poderá planear um novo álbum para 2020. Lusa


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Regional

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GNR tem este ano mais de 500 denúncias de vespa asiática A presença de vespa asiática em Portugal motivou 508 denúncias de cidadãos durante este ano, localizadas maioritariamente no distrito do Porto (133), verificando-se um aumento do número de avistamentos desde 2017, revelou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR). Designada cientificamente por vespa velutina, a vespa asiática registou o primeiro avistamento em Portugal em 2011, no distrito de Viana do Castelo, e, “desde aí, tem vindo a deslocar-se para o sul do país, sendo que Lisboa, até agora, é o distrito mais a sul onde existe a presença da vespa velutina”, disse Ricardo Vaz Alves, do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. “Desde 2017 até ao corrente ano, temos verificado um aumento do número de denúncias”, afirmou Ricardo Vaz Alves, em declarações à agência Lusa, indicando que, em

2017, contabilizaram-se 499 avistamentos, número que aumentou para 708 em 2018 e que, este ano, até 25 de agosto, soma 508 situações relacionadas com a presença de vespa asiática. Em termos de localização, os distritos onde se registaram mais denúncias, ao longo deste ano, foram Porto (133), Braga (92), Viseu (60), Aveiro (53) e Coimbra (50). Segundo o responsável do SEPNA, a vespa asiática adapta-se aos espaços que lhe são oferecidos para polinizar e, também, para nidificar, pelo que “não há uma distinção entre espaços rurais e espaços urbanos” na distribuição e expansão desta praga em território nacional. No entanto, a vespa asiática escolhe, preferencialmente, locais com menos perturbação, o que explica “os espaços rurais serem mais atrativos para a sua instalação”. Através da linha SOS Ambiente e

Território – 808 200 520, a GNR vai registando o número de denúncias, “que muitas vezes são coincidentes com avistamentos”, referiu Ricardo Vaz Alves, advertindo que tal não significa que a presença da vespa asiática seja confirmada, “mas, de qualquer forma, há um registo ou, pelo menos, é uma noção que o cidadão tem que existe a presença de vespas velutinas”. Em 2018, foi implementado o plano de ação para a vigilância e controlo da vespa velutina em Portugal, que visa a prevenção, vigilância e controlo desses animais em todo o território nacional, com vista à segurança dos cidadãos, à proteção da atividade agrícola e do efetivo apícola, bem como à minimização dos impactos sobre a biodiversidade. Relativamente ao plano de ação, a GNR, através do SEPNA, tem participado nas ações de vigilância, controlo e destruição, assim como nas

ações de formação e divulgação, além de efetuar o tratamento e encaminhamento de todas as denúncias recebidas através linha SOS Ambiente e Território. Neste âmbito, Ricardo Vaz Alves apelou para que os cidadãos evitem fazer a destruição dos ninhos, “uma vez que, caso a destruição não seja a 100% do ninho, a vespa vai nidificar noutro local, persistindo o problema, dai que a destruição deva ser feita apenas pelas autoridades, neste caso serviços municipais de proteção civil”. A GNR não dispõe de dados sobre a contabilização de estragos e prejuízos provocados pela presença de vespa asiática, nem do número de vítimas. “São cada vez mais os casos em que existem reportes da vespa a ameaçar o cidadão, mas não conseguimos fazer essa contabilização de uma forma direta”, declarou o res-

ponsável do SEPNA, explicando que “a vespa só por si não ataca as pessoas, tem que sentir uma ameaça”, o que pressupõe uma distância de até cinco metros. De acordo com Ricardo Vaz Alves, “sempre que [as vespas] se sentem ameaçadas no seu território atacam e atacam em grande número, não apenas de forma isolada”, contudo “a picada em si não constitui perigo”, expecto para pessoas que sejam alérgicas à picada. Toda a informação recolhida sobre a evolução da vespa velutina em território nacional está centralizada na base de dados gerida pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), acessível através da plataforma SOS V e s p a (http://www.sosvespa.pt/web).

PCP questiona Governo sobre bolsa de horas na PSA de Mangualde O grupo parlamentar do PCP questionou o Governo sobre a legalidade da bolsa de horas no Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot/Citroen, que é uma das motivações da greve que os trabalhadores têm em curso. “Que medidas inspetivas tomou ou tomará o Governo, nomeadamente através da ACT (Autoridade das Condições de Trabalho), no sentido de verificar a legalidade dos procedimentos relativos à aplicação da bolsa de horas e ao não respeito pelos períodos de descanso dos trabalhadores legalmente consignados?”, pergunta o grupo parlamentar. Os trabalhadores anunciaram, em julho, que fariam greve todos os sábados até ao final do ano, após

terem falhado as negociações. Entre as suas reivindicações estão “o fim da bolsa de horas, a manutenção dos dois dias de descanso consecutivo, a não realização de mais de oito horas diárias de trabalho, o fim da perseguição, chantagem, pressão e repressão sobre os trabalhadores”. O PCP considera que, “nos últimos anos, a PSA/Citroen de Mangualde tem vindo a agravar e refinar as medidas contra os direitos dos trabalhadores, tendo como consequência o aumento crescente da exploração”. Segundo o partido, a direção do centro de produção “aumenta a pressão e repressão sobre os trabalhadores, chantageando-os com a ameaça de encerramento, intimi-

dando-os com entrevistas individuais para impor a bolsa de horas, ameaçando-os com o despedimento se não se submeterem à sua prepotência”. “Os aumentos consecutivos da produção, das vendas e dos lucros do Centro de Produção de Mangualde da PSA/Peugeot-Citroen em nada beneficiam os trabalhadores, embora resultem diretamente do aumento dos ritmos de trabalho, da aplicação ilegal da bolsa de horas e da consequente diminuição dos salários reais dos trabalhadores, do desrespeito pelos seus direitos laborais”, lamenta o partido. Por considerar que a atitude da empresa “constitui uma atuação ilegal, de afrontamento da legislação laboral”, o PCP defende que “deve

ser devidamente investigada e sancionada pelas autoridades competentes, nomeadamente pela ACT”. “Que medidas vai o Governo tomar para que a situação seja esclarecida e os direitos dos trabalhadores respeitados?”, pergunta o grupo parlamentar ao Governo. Na semana passada, a Comissão Sindical e a Comissão de Trabalhadores anunciaram que a greve iniciada a 13 de julho se mantém, atendendo à “intransigência da administração, que se recusa a reunir com estas estruturas representativas dos trabalhadores para discutir o caderno reivindicativo apresentado em janeiro de 2019”. Em julho, fonte da direção da PSA disse à agência Lusa que “o acordo de competitividade é de qua-

tro anos, termina no final destes, e só aí é que começam outras medidas, de forma a garantir o futuro da fábrica”. A direção explicou que este “acordo de bolsa de horas com a Comissão de Trabalhadores tem ajustes” enquadrados num “calendário de reuniões com a Comissão de Trabalhadores” e, “ainda em maio, houve trabalhadores a ficar em casa uma semana, mas, agora, tem de se garantir a produção deste mês”. “Quando se diz que se trabalha ao sábado, não é todos os sábados, porque os turnos vão rodando, há três turnos, e um turno trabalha, no máximo dos máximos, dois sábados num mês, depende do fluxo de encomendas”, acrescentou.

Sinal Verde para o Constálica Rallye Vouzela A poucos dias de pilotos e máquinas voltarem a colorir as estradas da região de Lafões, Vouzela recebeu a apresentação oficial do rali promovido pela Promolafões, tendo sido divulgadas as linhas mestras da próxima edição do rali. O Constálica Rallye Vouzela, na estrada nos próximos dias 21 e 22 de Setembro, irá manter no ponto de vista desportivo, muitas semelhanças com as edições passadas. Dois dias, quatro secções, 193,49 quilómetros em piso de asfalto, 80 dos quais a percorrer contra o cronómetro, é este o desafio que se coloca às equipas participantes no Constálica Rallye Vouzela. Com arranque marcado para as 21h30 do dia 21 de Setembro com a já tradicional super-especial noturna este ano denominada

“Toscca Street Stage Vouzela” , os participantes vão percorrer o traçado urbano com 1,60 quilómetros de extensão, desenhado nas principais artérias de Vouzela. No dia 22 serão disputadas as especiais de Moçâmedes/Multisac (9,15 km), a percorrer por duas vezes, às 9h55 e 11h39; Senhora do Castelo/Constálica (6,09 km), com tripla passagem pelas 10h18, 14h32 e 16h18; e Penoita/SIN Profile (13,50 km), igualmente com três passagens, pelas 10h36, 14h50 e 16h31. A chegada ao pódio está prevista para as 17h13, procedendo-se posteriormente à cerimónia de entrega de prémios. O rali terá uma estrutura muito compacta, o que permitirá por exemplo que os reconhecimentos decorram facilmente, num evento com cada vez mais maturidade e

emotividade, e este ano, conotado com uma cor bastante mais verde e ecologicamente responsável. As equipas, pilotos, técnicos e público em geral voltarão assim a testemunhar a capacidade promocional desta prova pontuável para o Campeonato Centro de Ralis, Campeonato Portugal GT Ralis, Campeonato Portugal Clássicos Ralis, Desafio Kumho Asfalto e Centro, e o Challenge 1000. Uma das maiores novidades apresentadas para esta edição prende-se com o modelo de organização logística, e com o novo projeto de cariz ambiental denominado “RACE4ECO”, que visa reduzir a pegada ecológica que a organização do evento provoca no meio ambiente, sem beliscar a qualidade organizativa, um selo de marca que já se encontra vinculado

ao Constálica Rallye de Vouzela pelo sucesso das passadas edições. Numa nova demonstração da capacidade da Promolafões, entidade promotora da prova do Gondomar Automóvel Sport (GAS), o trabalho tem sido intenso na idealização de ações, e providenciando meios e conhecimento para que seja efetivamente viável minimizar ao máximo o impacto no meio ambiente decorrente da organização do rali. Estão previstas ações de sensibilização global, utilização de viaturas com tecnologias mais amigas do ambiente, utilização de matérias primas bio-degradáveis em todos os materiais a produzir, disponibilização de ecopontos e investimento adicional na gestão dos resíduos produzidos em torno do evento, com tudo a ser pensado no sentido de garantir um resultado

efetivo com a cooperação de todos os envolvidos. Sob a égide da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), e com renovado apoio da Constálica e da Câmara Municipal de Vouzela, a competição do GAS reforça a região de Lafões como uma região com condições ímpares para a realização desta prova, confirmando que a paixão pelos ralis que continua a mover praticantes e adeptos, não é incompatível com um comportamento ambientalmente responsável e de efetiva redução da pegada ecológica. O lema do Constálica Rallye Vouzela será assim, a redução, reciclagem e reutilização.


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Regional

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Expodemo’19, o programa do certame, agora mais limpo, mais verde e mais amigo do ambiente A poucos dias do início da 8ª edição da Expodemo, em Moimenta da Beira. O certame é inaugurado no dia 13 de Setembro e vai prolongar-se pelo fim-de-semana. Três dias de festa e uma feira de negócios imbuída de cultura de exaltação à maçã, fruto da terra, das raízes e da luz, que este ano se estreia como “ecoevento”, certificado pela Resinorte. O estatuto obrigará à adoção, em todo o recinto, de medidas ambientais adequadas que promovam os conceitos da sustentabilidade, designadamente com a instalação de um serviço de recolha seletiva, sensibilização local e benefícios económicos associados à quantidade de embalagens separada corretamente. O certame será assim mais limpo, mais verde e mais amigo do ambiente. O programa, aliás, persegue esse desígnio de boas práticas ambientais. Um dos exemplos maiores é a caminhada por entre pomares (4º Trail Serra de Leomil), dia 14, que substituirá o plástico das garrafas, dos copos, dos sacos e da sinalética, por tecido, papel reciclável, madeira e cartão, tudo para reduzir ao mínimo a pegada ecológica. Tal como acontecerá com o concerto da Orquestra CemNotas, dia 13, em que alguns dos temas musicais serão executados em palco com instrumentos feitos em material reciclável. Os restaurantes e as tasquinhas aderem igualmente aos princípios do “ecoevento”. Ainda no domínio ecológico e da sustentabilidade ambiental, um sublinhado para a inauguração do “Parque Paiva Natura”, e do espaço expositivo no recinto da feira, dia 13. Trata-se de um investimento que resulta da aprovação de uma candidatura que contemplou, para já, a criação de um percurso pedonal ao longo do rio Paiva, o curso de água menos poluído da Europa,

e outro motorizado através das vias nacionais e municipais que atravessam o território entre as aldeias do Senhor dos Aflitos e Segões. Tudo numa área do concelho que pertence à Rede Natura 2000, espaço que apresenta grande biodiversidade, cujo valor biológico é inestimável, constituindo-se mesmo como um elemento identitário. Sobre o programa, destaque para os cabeças de cartaz: “Resistência”, com concerto dia 13 de setembro; e o espetáculo de dança aérea “Pedaleando hacia el Cielo”, pela companhia belga “Theater Tol”, dia 14. No terceiro e último dia, domingo, o “Somos Portugal”, da TVI, em direto de Moimenta da Beira para todo o mundo. De resto, relevância ainda para o 1º Festival de Estátuas Vivas, com 10 performances produzidas por 12 artistas, alguns deles premiados internacionalmente como António Santos, Carlos Ferreira e Andreia Silva. A presença de outros criadores artísticos também merece destaque pelo perfume das performances que deixarão no recinto da Expodemo. São eles: Paprika Gourmet; The Gentlemad; Marias Malucas; The Voice of Portugal; e Batidos com Coração. Além dos Djs que animarão as noites e madrugadas: Pedro Costa; Oskar’Dj; Piratas; Barbie Girls; Caitas; e Insert Coin. Culturalmente, o certame cresce e reforça-se com a estreia o “Pavilhão das Letras”, espaço de tertúlias, lançamentos de livros, maratona de leituras, presença de autores da lusofonia, poesia e debates, um deles sobre a interioridade/descentralização/regionaliza ção e a importância da literatura. Tudo a ver com o objeto central deste primeiro “Pavilhão das Letras - Variações sobre o país real… ou a ‘revolta poética’ da interioridade”.

No plano da comunicação e da difusão internacional do evento, realça-se a presença de nove jornalistas da FIJEV (Federação Internacional de Jornalistas e Escritores de Vinho) oriundos de sete países: Rússia, Hungria, China, França, Brasil, Espanha e Portugal. Estarão no recinto para as provas de vinho, e farão visitas à região vitivinícola. O fortalecimento da vertente económica é outra mais-valia do programa, que volta a apostar na “Diplomacia Externa” como forma mais capaz de alargar a internacionalização do tecido empresarial do concelho. É por isso que no certame marcarão presença mais de uma dezena de empresários espanhóis, e o Embaixador de Angola em Portugal.

PROGRAMA EXPODEMO´19 13 setembro Dia Crédito Agrícola 14h30 – Diplomacia Externa (Embaixador de Angola e comitiva; Empresários espanhóis; e Jornalistas estrangeiros da FIJEV) 18h30 – Inauguração do Certame 19h00 – Abertura da Exposição de Arte EX-VOTOS de Daniel Castro Gamelas 19h30 – Visita Oficial ao Recinto da Expodemo 19h30 – Provas de Maçã e Vinho (Távora-Varosa, Dão e Douro) 19h45 – Inauguração do “Pavilhão das Letras” 20h00 – Inauguração do espaço expositivo “Parque Paiva Natura” 21h30 – Atuação da Orquestra “CEMNOTAS” (Palco Crédito Agrícola) 22h30 – Concerto dos “RESISTÊNCIA” (Palco Expodemo)

00h00 – Apple Party (Palco Minipreço) DON´T FORGET 70´s, 80´s, 90´s DJ PEDRO COSTA OSKAR’DJ PIRATAS BARBIE GIRLS (Dancers) 14 setembro 10h00 – Abertura dos Expositores 15h00 – Festival de Acordeão Vítor Ferreira com concerto pela Academia de Música Quinta do Ribeiro e atuação do acordeonista Iurie Chiforisin, da República da Moldávia (Palco Minipreço) 15h30 – 4º Trail Serra de Leomil – Rota da Maçã 16h00 – 2ª Resistência de BTT Terras do Demo (Trofeu Resistência Beirão) 21h00 – Apple Dance (Palco Intermarché) DANÇA CRIATIVA DEZPASSITOS 22h30 – Teatro de Rua “PEDALEANDO HACIA EL CIELO”, espetáculo de dança aérea pela Companhia belga “Theater Tol” (Palco Crédito Agrícola) 23h30 – Concerto “QUANDO AS CORDAS UIVAM II” (Palco Intermarché) 00h30 – Apple Party (Palco Minipreço) DJ CAITAS INSERT COIN PIRATAS 15 setembro 09h00 – Jornadas Agro-Frutícolas Eng. Cartageno Ferreira 10h00 – Abertura dos Expositores 10h30 – Aula Aberta de Defesa Pessoal – Grupo Desportivo KURO OBI = CKO 12h30 – Programa da TVI “SOMOS PORTUGAL” (Palco Expodemo) 15h00 – Festival de Acordeão Vítor Ferreira com concerto pela Academia de Música Quinta do

Ribeiro e atuações dos acordeonistas Victor Ferreira e Mário Oliveira (Palco Minipreço) 20h00 - Encerramento ATIVIDADES A DECORRER EM SIMULTÂNEO NO RECINTO Pavilhão das Letras Apple Street Art GRAFFITER – SMILE (Grafitti 3D) INSTALAÇÕES ARTÍSTICAS (Impactplan - Art Productions) 1º FESTIVAL DE ESTÁTUAS VIVAS - “Napoleão Bonaparte”, por António Moreira; - “A Varina”, por Helena Reis; - “Beija-Mão Real”, por Carlos Ferreira e Andreia Silva; - “Porcelana”, por Ana Torrie; - “Flautista de Hamelin”, por Samuel Ornelas; - “Cantor Romântico”, por Guilherme Ferreira; - “Desilusão”, por António Santos; - “Amália, a Alma do Fado”, por Susana Costa; - “O Puto”, por José Costa; - “A Lenda da Fonte”, por Cátia Ferreira e Vítor Hugo Almeida PAPRIKA GOURMET – Fric à Frac Companhia de Teatro Circo THE GENTLEMAD - Fric à Frac Companhia de Teatro Circo MARIAS MALUCAS ROMEIRA DE PORTUGAL THE VOICE OF PORTUGAL – Companhia NaRua BATIDOS COM CORAÇÃO Outras Atividades TASQUINHAS PROVA DE VINHOS (TávoraVarosa, Dão e Douro) PROVA DE MAÇÃS PISTA DE TRATORES – IziFun (Infantil)


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Saúde

Quinta-feira 5/9/2019

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Acidentes rodoviários são uma das principais causas de lesões na coluna A propósito do Dia Internacional das Lesões na Coluna Vertebral, que se assinala hoje, 5 de setembro, a Campanha Olhe pelas suas costas recorda a importância de prevenir uma lesão na coluna enquanto se conduz, sublinhado que, em caso de acidente, o movimento brusco causado pela colisão do veículo pode provocar uma lesão da coluna vertebral e da medula espinhal, com consequências devastadoras para o resto da vida. “É importante manter a coluna e a cabeça bem apoiadas no banco, na altura correta, sem esquecer o cinto de segurança e todas as boas regras de condução como: respeitar os limites de velocidade, manter as distâncias de segurança recomendadas, não ingerir bebidas alcoólicas, usar o cinto de segurança, respeitar períodos de descanso e não utilizar o telemóvel”, explica Bruno Santiago, neurocirurgião coordenador da Campanha Olhe pelas suas costas, acrescentando que “estas recomendações são válidas quer para o condutor quer para os restantes pas-

sageiros, que muitas vezes adormecem em viagens longas em posições propícias a causar graves lesões na coluna aquando de um embate”. Após um acidente rodoviário os sintomas podem não ser imediatos, podendo surgir 12 a 24 horas após o impacto, em casos menos graves. O coordenador da Campanha olhe pelas suas costas recomenda que “se sofreu um acidente rodoviário, esteja atento aos potenciais sinais de uma lesão na coluna: dor no pescoço ou costas, dor ao longo do braço ou da perna, dificuldade nos movimentos por falta de força ou alterações de sensibilidade, como dormência. Respeitar a segurança rodoviária pode salvar milhões de vidas e evitar lesões na coluna, que podem ser altamente incapacitantes ou até levar à morte”. Também é muito importante ter cuidado com as quedas, sobretudo nos idosos, com os mergulhos em zonas de baixa profundidade e com a segurança no local de trabalho. Estas são as principais causas de traumatismos da co-

luna que podem mudar para sempre a vida de uma pessoa. Em Portugal os números dos acidentes rodoviários demonstram um aumento gradual de ano para ano. Em 2018, foram registados mais de 34 mil acidentes com feridos, segundo a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária. “Destaca-se muito o aumento de mortes na sinistralidade rodoviária em 2018, mas isso é apenas a ponta do iceberg, no último ano ocorreram quase 2000 feridos graves, com graves consequências para os próprios e para a sociedade”. Os acidentes rodoviários são uma das principais causas de morte no mundo, em todas as faixas etárias, e são a principal causa de morte de crianças e jovens adultos (entre os 5 e os 29 anos). Anualmente há cerca de 1,3 milhões de mortes provocadas por acidentes na estrada e as lesões provocadas por estes são já a oitava causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Perda rápida da visão central é o primeiro sinal de neuropatia ótica hereditária de Leber A neuropatia ótica hereditária de Leber (NOHL) é uma doença progressiva e rara, que causa uma perda rápida da visão central que pode levar à cegueira. Estima-se que esta doença tenha uma prevalência de uma em cada 50 mil pessoas, existindo cerca de 140 mil casos em todo o mundo. Os doentes com NOHL não têm qualquer sintoma até começarem a apresentar um quadro com visão turva central. Em cerca de 75 por cento dos casos regista-se perda de acuidade visual num só olho, seguindo-se um processo semelhante no outro olho seis a oito semanas mais tarde. Em alguns casos, ambos os olhos podem ser afetados em simultâneo. O início dos sintomas ocorre, tipicamente, entre os 15 e os 35 anos. Porém, já foram relatados sinais da doença em outras idades. Estima-se que 80 a 90 por cento dos doentes afetados sejam homens. Não existe ainda uma explicação para tal assimetria, mas pensa-se que as hormonas femininas possam exercer um efeito protetor. É importante lembrar que, por ser uma doença hereditária, a NOHL pode afetar vários membros da mesma família. A doença é causada por mutações no ADN mitocondrial e é transmitida exclusivamente via linhagem genética materna. Sabendo-se da existência de algum caso da doença na família, é essencial que se faça um aconselhamento genético. Os portadores da mutação no

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Martha Santos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA ECOGRAFIAS ADN mitocondrial devem ter atenção ao seu estilo de vida e alterar comportamentos menos saudáveis, de forma a reduzir o risco de perda de visão. Os fatores de risco que podem levar os portadores de NOHL a desenvolver perda de visão são: tabagismo, consumo de álcool em excesso, stress, doenças agudas ou tóxicos para a mitocôndria. Atualmente, o diagnóstico de NOHL é um dos principais problemas associa-

dos a esta doença, isto porque a comunidade médica não está suficientemente consciencializada para o problema, o que pode levar à demora no diagnóstico, ou até mesmo ao incorreto diagnóstico. O importante aqui é estar atento aos primeiros sinais. Não se esqueça que onde há um doente com NOHL, existe uma família em risco. Fale com o seu médico.

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