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SEGUNDAS E QUINTAS, 14H ÀS 20H RUA MIGUEL BOMBARDA, Nº 66 SALA BU - 1O - VISEU 232 426 695 Judith dos Reis Teixeira, com o pseudónimo de Lena Valois, nasceu na cidade de Viseu, a 25 de janeiro de 1880, tendo um trajeto de vida, de glória e de luta, contra derrotistas que, sem dó, nem piedade, a esmagaram quando tinha enorme talento poético e novelista, com uma vasta produção literária da maior qualidade e importância. Aconteceu que, Judith Teixeira, não caiu em graça dos críticos conservadores e moralistas lisboetas, que a chamaram de lésbica, pior ainda foi violentamente atacando-a de desenvergonhada sexual e ignóbil. Quando, na verdade, Judith não era. Na época, poderá dizer-se que foi uma pedra atirada ao charco artístico modernista, muito próximo do novo século. Nos últimos trinta anos, não escreveu e pouco se sabe da sua vida, vindo a falecer a 17 de maio de 1959. Judith Teixeira, foi uma mulher com vasta cultura, muito bonita, rosto de boneca, pele fina e sedosa, cabelo comprido e olhos penetrantes.

Judith era filha legítima de Maria do Carmo e de pai incógnito, fruto de namoro com alfares de infantaria. Foi batizada na Sé, de Viseu, 7 dias depois do nascimento, mais propriamente em 1 de fevereiro de 1880. Apesar de não a ter perfilhado, o pai legítimo, sempre a apoiou, dando-lhe o necessário para os estudos, acabando mesmo por lhe dar o seu nome, quando já tinha 27 anos de idade, registando-a com o nome de Judith dos Reis Ramos, passando a ser filha de Maria do Carmo e de Francisco dos Reis Ramos, alferes de Infantaria. Não foi com agrado que os pais a viram sair para Lisboa, convictos de que a sua independência lhe poderia trazer privações, que ela criada com todo carinho e amor, não estaria preparada para os enfrentar essa batalha para conseguir emprego e, consequentemente, ganhar para o seu sustento. Judith era forte, mulher antes vergar do que torcer, foi confiante do seu saber e da sua beleza, vencendo, pois, escrevendo lindos poemas progressistas e servindo-se da sua beleza para casar com Álvaro Teixeira, cujos seus escritos apareceram depois na sua privacidade.

Logo, afoita, e convicta do seu saber, foi à procura de outro modo de vida, que a cidade de Viseu não lhe dava e, por isso e sem mais aquelas, decidiu ir viver para a capital. Decididamente, foi numa aventura para Lisboa, passando a residir na rua do Arco do Carvalho. Folgosa, como era, não tardou entregar-se a um empregado do comércio, de nome Jaime Levy Azancot, com quem veio a casar, passando ambos a viver na Rua Rodrigo da Fonseca. Rapidamente, chegou à conclusão que o sexo que ele lhe dava, não era tudo na sua existência. Culta como era, sentia forte vazio no dia-a-dia da sua vida, a sua amargura era notória com o casamento a degradar-se, não encontrando outra alternativa que não fosse a separação. As zangas e fortes discussões eram constantes, subindo de tom; pela pouca cultura que tinha, e ainda quantas vezes, chegava a casa com alguns copos de vinho a mais, o que levava a altercação a subir de tom.

Pouco tempo depois, naquele ambiente, logo deu conta que jamais seria feliz com aquele “pé rapado”, sem leira nem beira, pior, sem lavra que a acompanhasse, no meio cultural, tão vastos eram os seus conhecimentos literários e ambições. Decididamente, não era mulher para deixar para amanhã o que podia fazer hoje, pelo que cedo encontrou outro homem que lhe falou mais alto ao coração. Sem filhos, tudo fez para que isso não viesse acontecer, pois caso engravidasse somente lhe viria complicar a vida no futuro, pelo que rapidamente, chegou à conclusão que com aquele primeiro casamento jamais seria feliz, logo há que cortar o mal pela raiz. Certa disso, não demorou corrigir o que tinha feito de mal, e foi ao encontro de outro homem que lhe desse amor e melhores condições de alento, particularmente abertura para outras produções literárias que, certamente, teria guardado para mais tarde divulgar, de modo a não envolver o marido e a família dele viscondessa, no escândalo em que foi vítima. Bonita fisicamente, e com cultura acima da maioria das moças da sua idade, não era difícil conseguir quem a desejasse, oferecendo-lhe tudo que ela até aí ainda não tinha conseguido.

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