Noticias de Viseu 18 de outubro 2018

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Presidente da República cumpre promessa e volta à fábrica Portax/ Iberoperfil O Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, as instalações da empresa Portax/Iberoperfil, em Oliveira de Frades, um ano após o incêndio de outubro, que devastou totalmente as suas instalações. Marcelo Rebelo de Sousa, regressou, tal como havia prometido, para ver in loco a recuperação e o investimento efectuado, que quando estiver totalmente finalizado irá rondar os 20 milhões de euros. O Chefe de Estado deixou palavras de incentivo e de satisfação pelo trabalho realizado, enaltecendo a administração e os funcionários pelo seu esforço.

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLIV - Nº 2173 - Quinta-feira, 18 de outubro de 2018 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

Identificação de Prejuízos Agrícolas ocorridos pela passagem da Tempestade LESLIE

Congresso Internacional "Educação Patrimonial, Turismo, e C o mu n i d ad es : ( Tra n s ) fo rma çõ es e ( re) cri açõ es " No âmbito do Ano Europeu do Património Cultural que este ano se celebra, e que enquadra os grandes objetivos da promoção da diversidade cultural, do diálogo intercultural e da coesão social, visando chamar a atenção para o papel do património no desenvolvimento social e económico e nas relações externas da União Europeia.

Município altera perfis das passadeiras no acesso ao Parque Industrial de Coimbrões

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2 Opinião

18 outubro 2018 Quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tlm:968072909 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR/EDITOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Isabel Marques Nogueira Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de setembro: 30.000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ....................................... 2 Regional .................................... 3/4/5 Saúde ......................................... 6 Diversos....................................... 7 Última.......................................... 8

Quinta-feira 18/10/2018

RECORDADO OS MEUS MORTOS, NO DIA DE FIEIS DEFUNTOS Por Humberto Pinho da Silva

Tudo ou quase tudo, foi dito e redito, sobre a Morte. Parece-me, portanto, descabido, vir neste dia triste de Fieis Defuntos, abordar o tema, tecendo considerações que, a maioria dos leitores, perfeitamente, conhecem. Mas, ao folhear a “ Imagem da Vida Cristã” de Frei Heitor Pinto, deparei passagem que me impressionou, pela singeleza e verdade que encerra: “ É muito para espantar de nossos cuidados, sendo nós mortais, e vestindo e calçando de animais mortos, e comendo coisas mortas, e falando a cada dia nos mortos, não nos lembremos dos mortos.” Já Camões, em Carta, escrita de Ceuta, observava, que nunca vira: “ Cousa para lembrar e menos lembrada que a morte.” Possuo (como a maioria dos leitores,) longo e infinito rosário de amigos e familiares, que me foram “ deixando” ao longo da vida; mas acompanham-me, em mudo silencio…metamorfoseados em seres etéreos. Surgem-me, por vezes, de re-

pente, em sonhos. Então, ouço-os com prazer. Escuto vozes e palavras familiares, tão nítidas, tão reais, que fico com a impressão, que regressaram ao mundo dos vivos. Outras vezes, perpassando por locais, que me são queridos, revivem, dentro de mim, retalhos de conversas, perdidas num passado distante, que foi, mas já não é. Ao sentar-me, a semana transacta, na Praça da Liberdade, defronte da estátua equestre de D. Pedro, saltou-me, de súbito, à memória, recorte agradável do passado: a cavaqueira, que certa manhã de Inverno, mantive com o Manel (o “M” à quinta, como se intitulava,) – Manuel Maria Meirelles de Mello Magalhães. Falávamos, então, de Bento de Amorim. Há, também, cenas que relembro com carinho. - Ah! Como me lembro! … - Da acolhedora salinha, onde, em cálidas tardes de Verão, dialogava com: D. Eugénia Rapazote Flores. Espanto-me, ao descobrir, ainda dentro de mim, a voz branda, e o peculiar perfume do aconchegante lar!; hoje, totalmente, desfeito. Noutras ocasiões, recordo, nitidamente – como se hoje fosse! - da

querida prima Mariazinha, de Cascais; e do aprazível passeio que demos à Ericeira; terra onde a bondosa Rainha D. Amélia, embarcou para o exílio. Lembro-me – com saudade!... – das tardes de sábado, na companhia de Frei Martinho Manta, no parlatório do conventinho. Era franciscano, simples, observador, e conselheiro. Verdadeiro discípulo do Homem da Porciúncula. Quando o sono foge, na penumbra de meu quarto, em longas e intermináveis noites de insónia, desfilam, diante dos olhos, entes queridos, que “ partiram” para sempre. Até, os que apenas conheci epistolarmente, como Teresa de Mello – D. Maria de Lourdes Brandão de Mello – (Senhora, que se carteou comigo, legando-me muito da sua experiência,) participam no meu triste recordar. Aflora-me, neste momento, à memória, muitos dos meus mortos, que me marcaram pelo saber e bondade: D. Celeste (da Família Borges Guedes), sempre bondosa e amiga; D. Eugénia (neta de D. João da Câmara); Isaura Correia Santos (que morava na Praça da Galiza); O Daniel (pai da Lalita, ex-aluna do

Colégio da Baforeira, da Parede); D. Laura Cunha (que vivia em Gaia); Anselmo Tavares (homem bom, de Macieira de Cambra). A lista não tem fim: Amadeu Neves; Reinaldo Pacheco; Alberto P. Vargas; Padre Querubim (pároco de S. Nicolau, no Porto); Roca Colomé (companheiro do liceu); Prof. Doutor, Padre, Videira Pires, que generosamente me apadrinhou, publicando meu primeiro conto, no: “ Mensageiro de Bragança”; e muitos outros, que sempre me acompanharam ao longo da longa jornada. Neste meu recordar, ia esquecendo – esquecimento imperdoável, – do primo Júlio. Homem simples, mas sempre amigo e prestável. Nada que se lhe pedisse negava. Todos fazem parte de mim. A todos sou devedor. Todos vivem sempre comigo. Todos me legaram um pouco do seu modo de encarar a vida. Tenho, de todos, um pouco. É como continuassem a existirem dentro de mim…

vão adquirindo a sua autonomia, mas que nós tendemos sempre a querer proteger, com medo de que os muitos perigos desta vida, diferentes do meu tempo, mas talvez mais ameaçadores, os molestem, alguns de forma muito violenta e destruidora. Aprendemos a ser filhos, quando somos pais, esta é uma grande verdade. E aprendemos a ser pais, quando somos avós, digo eu na minha experiência de vida. Mas, contudo, não teremos já oportunidade de aplicar esses saberes adquiridos. “O tempo não volta para trás” e a partilha intergerações tem vindo a perder-se, pagando todos um custo elevado. Nestes papeis, acabo por sentir saudades do passado, como filho e pai, mas sentir também saudades do futuro porque nele se projeta a minha vida. Seremos lembrados, até que exista alguém que se lembre de nós e da nossa “obra” na terra. Mas, deixando o universo dum microcosmo que é a família, mesmo que constituída por três gerações, e apesar dela ser a base da pirâmide das superestruturas – cidade, região, país, continente e mundo – o futuro, tal como o vemos no presente e o projetamos, parece que, tudo o indica, não será um paraíso, aliás, em muitas partes do globo ele tem sido sempre um terrível

inferno. As ameaças são muitas, porque os governantes não sabem, não querem ou nós não os deixamos, combater os males destruidores dum futuro que deveria levar-nos a sentirmos saudades dele, mesmo esperando ainda o seu provir. Fome, desigualdades, migrações, terrorismo, guerras, episódios violentos da natureza – cada vez mais agredida e a leva a “vingar-se nos humanos – poderão levar o mundo ou significativa parte dele para situações que nos leve a sentirmos saudades dum futuro que deveríamos saber criar e gerir. Então e afinal, acabaremos por sentir saudades do passado ou dum presente que, sempre que o citamos, já é passado, apesar de tudo e de todas as ameaças, ainda é um paraíso, mas, infelizmente e apenas, para uma franja da população mundial, maioritariamente, localizada a norte do globo terrestre. Afinal onde está a riqueza e o desenvolvimento da humanidade. Sinto saudades das coisas boas ou menos más, mas também das coisas boas que poderemos gerar, no futuro.

“Crónicas de Lisboa” Sinto Saudades do Futuro Ter saudades do futuro, como assim se a saudade é um sentimento de algo ou de alguém que nos marcou ou marca positivamente? Saudade de alguém que amámos e que já perdemos, por exemplo um ente querido ou um amor. Saudade de algo que foi bom para nós, etc. “...e é por isso que eu tenho mais saudades…; Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis! De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência…”. O passado deixou-me “marcas” profundas, no corpo e na alma, mas que, por isso, constituíram, juntamente com o meu ADN, as bases da minha personalidade. Não tenho, por isso, saudades desse passado, apesar da importância que ele teve em mim, porque foi muito sofrido e doloroso. Tivesse ele sido de “cor de rosa” e, nesta era conturbada, teria saudades dele. Mas não foi e se, e quando o cito, faço-o não como saudade desse tempo, mas como exemplo desse condimento que se misturou, no cadinho da vida, com a minha herança

genética e ajudou a gerar o ser humano que fui sendo ao longo destas quase sete décadas de vida. Sendo, contudo, muito imperfeito, enche-me de orgulho, não um orgulho “bacoco”, mas um orgulho de encher a alma ao ponto de, por vezes, o peito querer rebentar, porque é demasiado pequeno para conter uma alma que quer ainda crescer, mas sempre num processo dinâmico, porque, até morrermos, poderemos sempre mudar para melhor. Só os mortos não mudam. Ao invés de sentir saudade do passado, apesar das críticas que me dirigem, quando cito esse passado duro, muitas vezes insensatas e indiciadoras de falta de sensibilidade ou de conhecimento duma realidade que milhares de portugueses viveram há décadas atrás, sinto saudades do futuro, saudades de um futuro que desejo viver e que, sei, não viverei. “… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do modo que eu penso que vai ser…” Gostaria de viver muitos anos ainda, porque gostaria de realizar ainda muitos sonhos e realidades. Por exemplo, ver os “rebentos” do meu sangue a percorrer os caminhos da vida sem as dificuldades do meu tempo. Ser vigilante desses seres que

Serafim Marques Economista


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Presidente da República cumpre promessa e volta à fábrica Portax/Iberoperfil O Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, as instalações da empresa Portax/Iberoperfil, em Oliveira de Frades, um ano após o incêndio de outubro, que devastou totalmente as suas instalações. Marcelo Rebelo de Sousa, regressou, tal como havia prometido, para ver in loco a recuperação e o investimento efectuado, que quando estiver totalmente finalizado irá rondar os 20 milhões de euros. O Chefe de Estado deixou palavras de incentivo e de satisfação pelo trabalho realizado, enaltecendo a administração e os funcionários pelo seu esforço. Marcelo Rebelo de Sousa, visitou os pavilhões atingidos pelas chamas, comentando o esforço e o trabalho realizado nestes últimos meses, chamando mesmo a atenção para pormenores de que se lembrava da visita que realizou dias após os incêndios de dia 15. Alberto Henriques, administrador da empresa, salientou já se estar a trabalhar “a cem por cento", mesmo depois de ter sido forçada a fazer uma paragem de

quase seis meses, a Portax/Iberoperfil conseguiu fazer face às encomendas graças à subcontratação de outras empresas, mantendo assim, uma presença forte num mercado em que somos líderes”. Um período de reconstrução, durante o qual a empresa passou por um "processo doloroso, mas foi possível manter os postos de

trabalho de mais de 200 pessoas, fazendo turnos, desmultiplicando as operações e a produção para conseguir, desta forma, servir clientes e manter os postos de trabalho", disse Alberto Henriques, salientando a Marcelo Rebelo de Sousa, ser esta empresa uma dos principais empregadoras do concelho.

“Apesar de termos perdido alguns clientes, que não quiseram esperar, e apesar das tentativas da nossa concorrência de nos tentar retirar mercado, conseguimos ter apenas pequenas quebras de faturação”, o que demonstra que a portax/IBeroperfil, um ano depois é uma empresa mais ágil, muito mais robusta e com muito maiores am-

bições”, afirmou Alberto Henriques ao Chefe de Estado. Esta reconstrução da Portax/Iberoperfil foi financiada por capitais próprios. No entanto, Alberto Henriques salientou, o trabalho de equipa realizado com a Seguradora Tranquilidade/Açoreana para que num esforço conjunto, o processo já esteja quase concluído. O administrador da empresa, elogiou ainda o esforço do Governo, na rápida criação de instrumentos de apoio às empresas, logo após os incêndios, os quais, ainda não estão a ser utilizados, com a excepção do apoio do IEFP, apoio, este que considerou fundamental a muitas empresas da região para a sua sobrevivência. A reconstrução das instalações, foi vista como oportunidade para mais, uma vez a Portax/Iberoperfil renovar as suas instalações, inovando e equipando as suas linhas de produção com os mais recentes avanços tecnológicos da indústria 4.0.

Congresso Internacional "Educação Patrimonial, Turismo, e C o mu n i d ad es : ( Tran s ) fo rma çõ es e ( re) cri açõ es " No âmbito do Ano Europeu do Património Cultural que este ano se celebra, e que enquadra os grandes objetivos da promoção da diversidade cultural, do diálogo intercultural e da coesão social, visando chamar a atenção para o papel do património no desenvolvimento social e económico e nas relações externas da União Europeia. Terá lugar, nos próximos dias 18, 19, 20 e 21 de outubro, no Museu Nacional Grão Vasco, o Congresso Internacional "Educação Patrimonial, Turismo, e Comunidades: (Trans)formações e (re)criações”. O património constitui um bem fundamental na (re)criação das nossas identidades fortalecendo o sentido de pertença aos nossos territórios, não ficando restringido aos mesmos, já que integra e incorpora os conhecimentos e saberes de outras culturas, outras identidades que completam, conformam e dão razão de ser à nossa. Pretende-se com este Congresso trazer a debate todas as formas nas quais o património se integra nas nossas vidas, refletindo

sobre a necessidade de uma educação patrimonial para todos. O Património é nosso, somos nós, e o seu acesso e desfrute é um direito de todos. as temáticas a abordar serão: Patrimónios comSentidos Debate sobre experiências inovadoras que reflitam sobre o papel da Educação Patrimonial na atribuição de valores simbólicos como identidade, pertença, unidade, respeito, etc. e/ou sobre as formas nas quais esses valores transformam as comunidades. Patrimónios conUNIDADes: Debate sobre experiências que reflitam sobre o papel da Educação Patrimonial no Desenvolvimento das Comunidades e sobre as diferentes formas de acesso ao património (inclusão, dinamização, tecnologias, etc…). Patrimónios CriativoGenéticos: Debate sobre experiências que reflitam sobre o papel da Educação Patrimonial no desenvolvimento sustentável dos territórios e/ou

sobre as formas inovadoras que a educação patrimonial pode tomar de forma a dinamizar os territórios e gerar valores ambientais, sociais, económicos e culturais (intervenção cidadã, indústrias criativas, turismo cultural…). Património no mundo das tecnologias exponenciais: what next?_TehcnoPatrimónios No mundo da aceleração tecnológica, a compreensão das tecnologias de trabalho e seus benefícios potenciais para a sociedade e o património são essen-

ciais. Sob este título serão discutidos aspetos relacionados com as chamadas tecnologias exponenciais como: informática, sensores, redes, inteligência artificial, fabricação digital, realidade aumentada / virtual e robótica, entre outras, no relacionamento com a educação patrimonial e o património. Programa completo em: https://coneducacionpatrimonial.wordpress.com Inscrição Geral e Inscrição em Livinglabs: http://apecv.pt/Congresso-EPTC Inscrição com Comu-

nicação: http://www.apecv.pt/proposta-conferencia-EPTC Esta iniciativa é uma coorganização Museu Nacional Grão Vasco, Município de Viseu e APECV Associação de Profissionais de Expressão Artística e Visual, com a coordenação científica de Ana Maria Barbero Franco. A participação no congresso é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia.


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AMIGOS DO JORNAL “ NOTÍCIAS DE VISEU” E TURIVIAJAR, VISITARAM MONTSERRAT, ANDORRA E LOURDES – FRANÇA Desde há uns anos a esta parte, o jornal “ Notícias de Viseu” e Turiviajar TV, tem vindo, em conjunto, a organizar visitas a Montserrat, Andorra e ao santuário de Lourdes – França, em passeio turístico, comercial e religioso, constituindo para muitos dos seus leitores que, doutra forma, não teriam possibilidade de visitarem locais com tanto encanto, por preço simbólico, com tudo incluído com refeições buffet, nos melhores hotéis. Perante esta realidade, os leitores do NV repetem ano, após ano, a inscrição para este passeio. A saída, verificou – se dia 4 de outubro, de Oliveira de Frades e Viseu para visitar o santuário Mariano, um dos centros espirituais mais famosos da cristandade, situado no maciço montanhoso da Catalunha, com mais de mil metros de altitude, essencialmente consti-

tuído por conglomerados fortemente dissecados por cursos de água, dando ao conjunto, uma topografia remi forme muito característica, autentico pedaço do céu que, por ali, com abundância, se quedou, com penedos indefinidos sem que se saiba, com certeza, a

imagem com que a natureza os esculpiu. No mosteiro, é venerada a santa La Morenita, de cor escura. Mercê

dos seus milagres e culto litúrgico, em conjunto com o santuário de Compostela, polarizaram a vida religiosa de Espanha. Na verdade, e convictamente, é preciso ver para crer com o Deus, por ali, em Montserrat, derramou

tanto encanto. Em mesa improvisada, serviu – se, ao ar livre, o almoço. Devoraram – se três leitões, frangos assados, carnes grelhadas e aperitivos diversos, servindo, para, além da óptima refeição, um salutar convívio. Depois de instalados, no hotel Sant Eloi, em Andorra, os 50 participantes no passeio, perderam – se nos centros comerciais, dispersos por Andorra a Velha, procurando os melhores preços que, de algum modo, os compensasse na inscrição da viagem. Dois dias depois assistiram à procissão das velas, no santuário de Nossa Senhora de Lourdes, repleta de peregrinos idos de vários países, movidos pela fé. Lindo assistir aquele ato religioso, com as velas acesas, descendo a avenida, como cobra quando se movimenta, cheios de devoção cantando versos religiosos à Santa Bernardete.

As refeições buffet, foram servidas no hotel Galilée, 4 estrelas, dando tempo para visitarem, na manhã do dia 8, as grutas de Bétharram.

Entraram pelo alto da montanha, para saírem na base, depois de descerem centenas de degraus de escada, andarem de barco e saírem de comboio, cantando felizes “ lá vem o comboio a apitar…”

Observando o interior da gruta, com rochas carbonadas, cálcios dispersos em grandes salas, em forma característica do modelado cársico, na grandeza e na beleza das formas nascidas da erosão; estalactites, estalagmites e colunatas calcárias, constituem grande atracão. Todo o serviço rodoviário foi feito pela empresa Marques, em luxuoso autocarro, conduzido pelo profissional Orlando Ramos, que, pelo seu excelente trabalho, recebeu os melhores elogios dos passageiros, por conduzir sereno e seguro, como fez, ao longo de todo o percurso. O dias, 4 a 9 de visita, terminaram em festa gastronómica, com um jantar no restaurante “ O Velho” , em Vilar Formoso, com os deliciosos ossos da assuã, arroz de feijão e fêveras do cachaço de porco, e tudo o mais…

No próximo ano, em setembro/ outubro, com certeza, recorreremos aos mesmos sítios que, por serem de grande encanto, se desejam, de novo, observar e, daí, não cansarem em se voltarem a visitar.

Identificação de Prejuízos Agrícolas ocorridos p el a p a s s agem d a Temp esta d e L ES L IE Na sequência da passagem da Tempestade LESLIE pela Região Litoral Centro, que provocou danos avultados nas explorações agrícolas, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro encontra-se, desde o primeiro momento, no terreno a efetuar o levantamento dos prejuízos de âmbito agrícola. No entanto, face à dimensão das ocorrências e para efetuar o levantamento de prejuízos no mais curto espaço de tempo possível, disponibilizou-se na página de internet da DRAPCentro uma plataforma para a submissão online da identificação desses prejuí-

zos, no seguinte link: http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/especial/pavii/pavii_f dp.php O formulário poderá ser preenchido e submetido on-line, pelos Agricultores lesados, Associações e Cooperativas do Setor, Serviços Municipais e Serviços das Juntas de Freguesia, que se disponibilizem para o efeito, devendo anexar ou entregar registo fotográfico digital dos prejuízos, cópia da apólice de Seguros, quando aplicável, documentos de parcelário (iE e P3) e quantificar os estragos. A identificação dos prejuízos, não

confere qualquer apoio aos agricultores lesados, uma vez que se trata de um procedimento exigível para a operacionalização das respetivas medidas de apoio a disponibilizar pelo Ministério de Agriculturas, Florestas e Desenvolvimento Rural, que irão consistir “ na atribuição de

apoios a fundo perdido no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural PDR2020, que atingem os 100% para prejuízos até 5.000 euros; 85% para prejuízos entre os 5.000 e os 50.000 euros; 50% para prejuízos entre 50.000 e 800.000 euros. Esta medida abrangerá in-

fraestruturas, instalações e equipamentos agrícolas e também perdas em animais e culturas permanentes, como é o caso de olivais, vinhas e pomares.” Além disto, “As despesas serão elegíveis a partir da data da ocorrência dos prejuízos e os pagamentos poderão ter lugar após a contratação dos projetos junto do IFAP, contra apresentação da fatura, podendo os agricultores dar já início aos trabalhos.”, conforme comunicado disponibilizado no seguinte endereço: http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/noticias.php?noticia=14868


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Município altera perfis das passadeiras no acesso ao Parque Industrial de Coimbrões Intervenção reforça segurança dos peões e melhora a circulação de veículos pesados Sensível aos apelos lançados pelos empresários do Parque Industrial de Coimbrões e moradores daquela zona, o Município de Viseu inicia em breve trabalhos de alteração dos perfis das passadeiras elevadas no troço entre a Estrada Nacional 231 e a autoestrada

A25, em Fragosela, numa extensão aproximada de 5,5 quilómetros. A intervenção consistirá na diminuição da inclinação das rampas de acesso às passadeiras, mas também na colocação de pavimento antiderrapante na aproximação às mesmas. Desta forma, aumenta-se a segurança de peões, ao permitir distâncias mais curtas nas travagens dos veículos, e por outro permite-se que os veículos pesados possam atravessar as passadeiras sem necessidade de imobilização prévia. O Município reforça, todavia, que esta intervenção nas passadeiras tem como obje-

tivo primordial a segurança de peões, atendendo a que esta variante da zona industrial e Avenida da Liberdade, em Fragosela, atravessa zonas habitacionais, serve um estabelecimento de ensino e tem tráfego pedonal que importa proteger. Os dados reportados pelo Comando Territorial de Viseu da GNR apontam para 14 atropelamentos em zonas não urbanas do

concelho, fenómeno que só pode ser combatido com a diminuição da velocidade média de circulação. O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, salienta que “este troço não pode ser utilizado como uma via rápida alternativa à ligação de dois nós da autoestrada A25, tendo que ser respeitados no seu percurso os limites de velocidade adequados aquele perfil de estrada”. Ainda de acordo com o autarca “a segurança das pessoas tem que prevalecer sobre a velocidade de circulação”.

PAVILHÃO MUNICIPAL DE MANGUALDE REQUALIFICADO A cerimónia de inauguração das obras de requalificação do Pavilhão Municipal, que contará com a participação de diferentes associações e clubes desportivos do concelho de Mangualde, terá lugar na próxima sextafeira, dia 19 de outubro, pelas 21h00. Recorde-se que a obra, iniciada o ano passado, representa um investimento de 325.700€,00€ com comparticipação de fundos comunitários. Para João Azevedo «O investimento no desporto e na educação é fundamental e prioritário para que se proporcione melhorias no conforto dos alunos, atletas e treinadores com o objetivo de promover o sucesso desportivo e educativo.» MELHOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, REABILITAÇÃO DO PAVIMENTO DESPORTIVO E ME-LHORADAS AS CONDIÇÕES DO PÚBLICO E DE UTENTES COM MOBILIDADE CONDICIONADA A intervenção no Pavilhão Municipal teve enfoque em múltiplas valências: ao nível da eficiência térmica e conforto, foi substituída a cobertura e toda a envolvente transparente por novos elementos e

soluções construtivas, de tecnologia mais recente e eficaz. Aumentou-se a eficiência energética pelo investimento em nova instalação elétrica, adoção de iluminação com lâmpadas de tecnologia LED e instalação de coletores solares para aquecimento de águas sanitárias, complementados com caldeira a gás como sistema secundário de suporte. Ao nível funcional, reabilitou-se o pavimento desportivo do ginásio e do campo principal e, neste, foram atualizadas as marcações para a prática de diversas modalidades. Foram ainda implementadas instalações sanitárias, na zona exclusiva para os atletas, destinadas aos que possuem mobilidade condicionada. As condições para o público também foram melhoradas e atualizadas pela aplicação de novos assentos nas bancadas, criação de corredores de circulação e construção de instalações sanitárias para pessoas de mobilidade condicionada. Todo o edifício foi alvo de pintura interior e exterior, destacando-se a substituição do revestimento exterior por um acabamento de alto desempenho e mais duradouro, além da substituição do sistema de iluminação de zonas destinadas à circulação e permanência do público.

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Protocolo entre Escola Superior de Educação e Liga Combatentes Núcleo de Viseu O Núcleo de Viseu da Liga dos Combatentes, pessoa coletiva de utilidade pública tutelada pelo Ministério da Defesa Nacional, tem como Missão Geral: - Promover a exaltação do amor à Pátria e dos Símbolos Nacionais; - Promover a proteção e o auxílio mútuo dos Antigos Combatentes; - Colaborar com as Entidades Públicas no auxílio aos Antigos Combatentes; - Desenvolver atividades culturais e educacionais em benefício do País e dos Antigos Combatentes. A Liga dos Combatentes vive dos e para os seus Associados, a grande maioria Ex-combatentes do Ultramar, cuja média de idades ronda os 70 anos, cada vez mais doentes, com mais problemas, com mais necessidades de apoios. Face a esta situação, com uma intenção de apoio mútuo, o Núcleo de Viseu da Liga dos Combatentes estabeleceu com o Instituto Superior Politécnico de Viseu um Protocolo de Colaboração que prevê a realização de um estágio curricular do Curso de Serviço Social. O Estágio, que iniciou em 11 de outubro, tem uma duração prevista de 8 meses e conta com duas estagiárias que irão desenvolver um trabalho de apoio aos associados, com foco nos seguintes aspetos: - Rendimento Social de Inserção;

- Abono de Família; - Reformas; - Complementos de Reforma; - Acompanhamento a consultas médicas; - Acompanhamento Psicossocial; - Preenchimento e tratamento de documentos; - Aconselhamento e encaminhamento. Tem este Núcleo a firme convicção de se tratar de uma mais-valia para os Associados, o que se refletirá numa inequívoca melhoria das suas condições de vida, fragilizadas devido aos problemas de saúde relacionados com a idade e situação socioeconómica vivenciada no nosso país, para não mencionar os, ainda e sempre muito presentes, traumas da guerra.

PCP Debate em Viseu "A Saúde é Um Direito, Não é um Negócio" Alvo de uma prolongada ofensiva, o SNS está hoje fortemente condicionado na sua missão constitucional de garantir o acesso à saúde a todos os portugueses. Procurando aproveitar o descontentamento, os arautos da política de direita tudo fazem para aumentar o coro daqueles que contestam o SNS. Neste contexto, o PCP reafirma a importância da existência do SNS na missão de garantir a prestação de cuidados de qualidade a todos os portugueses, opinião que não autoriza nenhuma leitura de branqueamento da grave e premeditada situação actual.

Viseu do PCP, considerou ser oportuno lançar a discussão sobre estas matérias, organizando para o efeito um DEBATE, que se realiza no dia 19 de Outubro, Sexta-feira, a partir das 21 horas, na Sala da Assembleia Municipal de Viseu, no Solar dos Peixotos (Junto à PSP) e contará com intervenções de: Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central do PCP; Noel Carrilho, Cirurgião, Presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Centro; Leonel Ferreira, Enfermeiro no CHBV; Filomena Pires, eleita na Assembleia Municipal de Viseu e do Executivo da DORV. Possibilitar um debate franco e aberto,

As principais vítimas da situação que se vive hoje no SNS – os utentes – vêem com angústia desaparecer a garantia de cuidados de saúde gerais e universais, assistem ao desaparecimento de unidades de cuidados de saúde, sofrem com as escandalosas listas de espera para consultas e tratamentos e são chamados a pagar do seu bolso os gastos em saúde. A Direcção da Organização Regional de

diagnosticar causas e apontar soluções para os graves problemas vividos pelo SNS, particularmente nas unidades de saúde do distrito de Viseu, dar a conhecer algumas das propostas do PCP para defender o Serviço Nacional de Saúde e melhorar a prestação de cuidados médicos, são os objectivos principais deste Debate e a razão para querer ouvir a opinião de todos os interessados.


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Hospital CUF Viseu disponibiliza avaliação

de risco de cancro da mama Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)

Telefones: 232 181 205 / 967 003 823

ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO MÉDICOS DENTISTAS

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Ações gratuitas com profissionais de saúde inserem-se no Mês Internacional de Prevenção do Cancro da Mama O Hospital CUF Viseu disponibiliza, de 19 a 30 de outubro, consultas de diagnóstico precoce de cancro da mama, realizadas pela equipa de oncologia do Hospital CUF Viseu. Esta ação insere-se num projeto nacional do Instituto de Oncologia da CUF no âmbito do qual sete unidades, de norte a sul do país, vão disponibilizar consultas de diagnóstico precoce com especialistas em Cancro da Mama e ações de ensino do autoexame da mama. As consultas são, sobretudo, dirigidas a mulheres a partir dos 45 anos, mas também estão disponíveis para homens que detetem alguma alteração mamária significativa. Esta ação é gratuita mas de ins-

crição obrigatória: os interessados podem ins-crever-se através da linha de apoio 800 100 077. Embora as taxas de sobrevivência à doença sejam bastante elevadas, o Cancro da Mama continua a registar uma elevada taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente, por isso, o lema da campanha adotado pelo Instituto de Oncologia da CUF é: o Diagnóstico Precoce pode salvar Vidas. Esta ação é organizada anualmente nas unidades CUF, durante o mês de outubro, Mês de Internacional de Prevenção do Cancro da Mama, como forma de sensibilizar para a importância de conhecermos o nosso corpo e os sinais que ele nos dá. Estar atento, conhecer a história familiar, ir ao médico, pelo menos, uma vez por ano e adotar um estilo de vida saudável, são algumas das principais recomendações dos especialistas.

Alimentação pode prevenir e retardar doenças degenerativas da visão A alimentação desempenha um importante papel na saúde e em particular na saúde ocular. Desta forma, e uma vez que os alimentos ingeridos influenciam a saúde da visão, é importante manter uma alimentação equilibrada e particularmente rica em nutrientes benéficos para os olhos. Os olhos são órgãos sensíveis e sofrem com diversos fatores não evitáveis que contribuem para a sua degeneração, nomeadamente a idade. Assim, é de grande importância ingerir alimentos adequados não só para preservar a saúde visual, como retardar ou prevenir o aparecimento de algumas doenças decorrentes do avanço da idade, como a Degeneração Macular da Idade (DMI). Um recente estudo realizado pelo Instituto Nacional do Olho dos Estados Unidos da América comprovou que a combinação de vitaminas antioxidantes e zinco previnem e atrasam a progressão da DMI, bem como a diminuição da acuidade visual que lhe está associada. Foram utilizadas vitaminas C e E, betacaroteno e zinco, constatando-se que o risco de desenvolvimento de DMI diminuiu em 25% dos indivíduos observados no estudo,

bem como a redução na perda de visão em 19% da amostra. Esta combinação de suplementos é uma opção com alguma eficácia na diminuição da progressão de DMI. Assim, é recomendado o consumo de alimentos ricos em vitamina C e E, zinco e betacaroteno. As melhores fontes de vitamina C são as frutas e legumes crus e frescos, como os citrinos, os morangos, os pimentos amarelos e os brócolos. Óleos vegetais, frutos secos e sementes contêm boas quantidades de vitamina E. O zinco encontra-se nos cereais e proteínas animais, como ovos ou lacticínios. As frutas e legumes como as cenouras, as mangas, os espinafres são fontes de betacaroteno. Esta dieta é recomendada principalmente a indivíduos com mais de 55 anos e com sinais da doença. Uma dieta rica em antioxidantes e minerais é essencial na prevenção da DMI: o desenvolvimento e progressão desta doença é pode ser significativamente mais baixo em indivíduos com este tipo de dieta. O Optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão, segundo a Organiza-

ção Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica, para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica. A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) representa

os Optometristas, a maior classe profissional de prestadores de cuidados para a saúde da visão, em Portugal. Atualmente conta com cerca de 1.130 membros. A APLO é membro Fundador da Academia Europeia de Optometria e Óptica, membro do Conselho Europeu de Optometria e Óptica e membro do Conselho Mundial de Optometria. Para mais informações consulte : www.aplo.pt


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Diversos 7

Quinta-feira 18/10/2018

REFLEXÕES E SENTIMENTOS DE UM MUNDO DIGITAL Amistosamente, pela mão de Adriano Costa Filho, presidente do Movimento Poético Nacional, fomos pela avenida Paulista fora, depois do almoço no centro Comercial da Cidade de São Paulo-Brasil, até à Casa das Rosas, um casarão no estilo clássico francês destinado a diversas manifestações culturais, com enfoque em literatura e poesia, onde a poetisa Jovina Rulli Bovino procedia à apresentação e lançamento do seu livro: “Reflexões e sentimentos de Mundo digital”. Presentes enumeras pessoas ligadas ao mundo das letras, entre elas o presidente da Casa do Poeta Lampião de Gás, de S. Paulo, Wilson de Oliveira Jasa, príncipe dos poetas paulistas. Um livro, com 64 páginas, com textos, ilustrados com imagens a cores, em bom papel, onde se lê, logo na quinta página, “ A cidade mãe”, um sentir palpitar de um mundo com milhões que se dispersa como sem folhas do asfalto brotam; formigas, nesta linguagem concisa: “ Terra de múltiplas faces, múltiplas raças, terra de con-

trastes; De grandes viadutos, túneis e metrô, de arranha – céus que como plantas sem folhas do asfalto brotam Das enchentes, do caos do transito. Terra do vai e vem de pessoas que correm, que lutam, que amam; Metrópole cosmopolita, cheia de máquinas e de gente; Garoa transformada em gotas de inúmeras cabeças diferentes; Viva, bonita e valente. Eternos braços abertos. Berço do nosso continente. Seguem – se – lhe uma série de versos prosaicos, sem rima, nem métrica, partindo para a contradição, confessando ser médica e poetisa, lutar com a morte e cantar a vida, para logo perguntar se acha contradições? …Termina questionando se, “ o contraditório de tudo é negar a própria contradição”. Ao entrar na politica, faz nova pergunta: P´ra que votar se não tem mais confiança nos partidos! “ De que adianta tantos partidos políticos se o Brasil está perdido. Tanta falação, tanta falação e pouca ação.Aquele que sofre não pode esperar.

Acorda Brasília, e tome um banho de água fria. E se movimente, antes que morra mais um doente. Não aguento mais toda essa masturbação mental política de parcerias sujas traidores da pátria amada. País gigante, cambaleando qual bêbado rolando ladeira abaixo. Acorda Brasília, e tome um banho de água fria. Não pode existir desenvolvimento sem caráter. Muitos outros trechos em prosa poética, contundentes estão inseridos em “Reflexões e sentimentos de um mundo digital”, tais como dúvida palpitante, primavera poluída, feito gente, ameaça mortal, batalha, trimembração social, posição indefinida, refeita para a fome, eterna crise, mafia muda, liberdade para terminar com a Fé : “ crendo na luz que germina deste vasto sol todo o dia. Crer na beleza cristalina desta viva vida que se irradia. Crer na sabedoria infinita deste imenso universo que se modifica”

QUASE AO DESPERTAR A noite rola, rola,rola sem parar. A madrugada começa a despertar... Envolto na escuridão do silêncio, Minha mente descuidada e desacertada, Lá vai rodando, atrofiada, Sob influência dum pensamento Ainda vivo, confuso e desatinado, A caminho, não do abismo, Mas de um estado de lassidão, Bem solto, despojado e indómito...

Mais tarde, com a chegada da alvorada, Envolto em sonhos muitos, Tocado por qualquer varinha mágica, Acordo para de novo Me ajustar e reconciliar, Com o mundo externo, o envolvente, Bem duro, amargo e desacertado Que tenho de seguir e trilhar Para alcançar a neutralidade do nada, O sucesso amargo do insucesso...

Ao abordar esta sociedade, mundo confuso, Uma amálgama de decisões anómalas me espera, Leis falaciosas, mal talhadas e duvidosas, Somente implantadas e ajustadas Para a defesa do capital, do poderoso, Da grandeza e valores obscuros Onde o compadrio, relevante, Altamente demolidor e chocante, Tudo cilindra, tudo desgasta, Tudo esvazia, apaga e silencia Na voragem do tempo Que vejo passa sem passar...

Sinto-me esgotado, ultrapassado, Por esta máquina mecânica, Acentuadamente materialista, De influência e poder alucinante, Que nos lança nas ondas agitadas Dum oceano fragoso, profundo, Agonizante, ao nada...

Para o que não sabe nadar em tais águas E, muito menos, se equilibrar Entre as ondas alterosas, agrestes, Da soberba voraz, indesejável e desumana, Dificilmente sobrevive a este Dilúvio de interesses efémeros, Que, um dia, todos, teremos de abdicar, Independentemente da cor, Estrato social ou a fé que os ilumina...

Não!...deixa-me retornar À magia dos meus sonhos, À monotonia da noite, À escuridão do silêncio, E dar guarida à ignorância e lassidão, Para em paz me recolher No amor Divino, De sabor e encantos muitos E, assim, me poder Encontrar e realizar sem resvalar ...

prosa


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Conversa de Mármore Desde que o Escriba iniciou a sua peregrinação pelas veredas do talento viseense, ainda não se criaram versos ou palavras cobertas de poeira dourada que homenageassem a arte da escultura. Embora os golpes falhados da relativização, a harmonia permanece no seu trono inviolável, acariciando as formas de uma simples divisa: o belo é belo, o feio é feio. A Grécia Antiga, abraçada pelo azul cristalino do mediterrâneo, e a Roma Imperial, grata ao leite maternal da loba Capitolina, tinham espelhos distintos dos nossos. Hoje, usamos vidro, na época, usavam mármore. Porquê mármore? Porque dele através dele que se reflectiam. A estátua, justa para com o detalhe e a perfeição, deve à Antiguidade Clássica a admiração dos olhos temporais. Será que o termo “Idade de Ouro” é um acaso? Certamente que não. Deixemos este tema para quem verdadeiramente o conhece como filho. No Número 11 do Escriba entrevistamos Anabela Pascoal, escultora e professora. 1 – Olá, Anabela. Agradeço que tenha aceite o nosso convite. Digame, quando teve o seu primeiro contacto com a arte da escultura? Difícil de responder. Teríamos que questionar o que é a arte e o

que é escultura. Desde que me lembro, sempre usei materiais vários para criar volumes, coisas de criança. Efetivamente, desde sempre que achei que quando fosse adulta, seria escultora. Fiz por isso a minha opção de vir de Luanda, onde estava a estudar, para Lisboa para seguir os meus estudos na Escola Superior de Belas Artes, hoje faculdade de Belas Artes. Contudo, a vida familiar obrigou-me a fazer um interregno, longo demais, e podemos considerar que voltei à atividade artística há perto de 10 anos 2 - Não sentiu falta do toque artístico durante esse período? Claro que sim, durante esse interregno, esculpi personalidades, valores, capacidades. Enfim, algum saber, dinâmico e válido para os alunos que tive, quer no secundário, quer no ensino superior. Porém, o apelo da escultura, acompanhou-me sempre, criandome um vazio silencioso e magoado que, esporádica e paulatinamente, fui aligeirado com alguma criação escultórica. Por fim, entendi que tinha que criar sem grandes períodos de interrupção. 3 - Podemos, então, dizer que foi uma escultora de virtudes, durante essa fase? Seria demasiada pretensão minha parte, mas ajudou-me a de-

scobrir valores. Tenho encaminhado alguns jovens a seguirem percursos bem interessantes, mas o mérito foi sempre deles, evidentemente. 4 - Falando novamente da sua arte. Teve algum mentor? Tive professores fantásticos com os quais aprendi muito. Lagoa Henriques ensinou-me a apreciar e fruir as mais pequenas coisas, desde um cheiro, à cor exuberante ou subtil de uma qualquer planta, à poesia de Fernando Pessoa, às formas quer dos volumes, quer do traço mais sensível e sinuoso, Helder Baptista mostrou-me a beleza, irreverência e capacidade de experimentação sem quaisquer receios, característicos da arte moderna, foi por meio dele que me apaixonei por Henry Moore, meu escultor de eleição e pela forma e cor arrojadas das esculturas de Martins Correia, por sua vez, toda a aprendizagem do que sei acerca de escultura e da sua complexidade, com o escultor António Duarte. Terão sido talvez as minhas grandes referências. Por isso, experimento sem quaisquer receios ou pudores quer a tridimensionalidade pura, quer a bidimensionalidade, com a qual rasgo o espaço, impondo a sua presença, abordo o figurativo, desconstruo-o ou mesmo entro no quase abstrato. De Henry Moore aprendi o valor do vazio enquanto espaço/forma que se impõe com tanta importância a superfície que

enforma a configuração da obra 5 – De que forma definiria o seu estilo? Quem experimenta como eu, quem vai do quase surrealismo à emoção ou incómodo de algo que não está bem, quem concebe por vezes como se de uma visão cubista se tratasse, sem contudo o ser, dificilmente se sente espartilhada num estilo... rancamente penso que não tenho, poderei talvez referir que o meu trabalho é um manifesto de permanentes experimentações, quer ao nível de materiais díspares, quer dos sentidos e limites das conceções plásticas, que são um reflexo dos meus amores, das minhas angústias, dos meus sentires nos momentos de criação de cada uma das obras. 6 - Consegue eleger as três obras predilectas da sua carreira? Todas as obras são filhos e não se elegem filhos, mas gosto do Monumento a Baden-Powell, "Ânfora" que representa um momento familiar muito doloroso de grande angústia na minha vida, momento esse que me fez questionar que se não acreditasse em Deus, eu tinha aí a prova da Sua existência. Não posso deixar de mencionar a escultura que se encontra numa rotunda em Mangualde, que nasceu de uma promessa que fiz ao meu pai. 7 - A esse respeito: toda a pessoa que se dirige a Mangualde contorna a sua estátua. Que sentimentos invadem a Anabela?

Já não é minha, agora deixei de ser a escultora e limito-me a ser mera usufruidora, mas reconheço que quando vejo um carro parar ou pessoas a sair para a contemplarem (algumas delas estrangeiras), sinto alguma emoção, não me é indiferente. 8 - Diga-me, Anabela, como é que avalia o estado da cultura em Portugal no geral e Viseu no particular? Temo que a nossa cultura esteja em banho-maria, pior, que os nossos governantes não tenham a noção de que é a cultura que faz um povo evoluir e um país crescer. Temo que a cultura seja para abater. No que diz respeito a Viseu, reflete um pouco o que vai pelo país, apesar de pontualmente um teimoso aqui ou ali (e estou-me a lembrar por exemplo do Caos, casa de artes e ofícios), ainda ir respirando algum ar puro. Não sinto que os artistas sejam incentivados ou apoiados no nosso país.

Mira Mobile Prize no Museu de Lamego agora até 31 de outubro A exposição que reúne as 50 melhores fotos, entre milhares, captadas e editadas, apenas e só, num dispositivo móvel pode agora ser visitada até 31 de outubro no Museu de Lamego. “Mira Mobile Prize”, uma iniciativa da Galeria Mira Fórum (Porto, Campanhã), deixou as máquinas profissionais de fora e premiou a qualidade e criatividade de quem usa o smartphone ou tablet para registar em imagem os seus melhores momentos. A exposição de fotografia não é por isso uma exposição convencional, porque aqui todos podem ser fotógrafos. Ao todo são 50 as fotografias distinguidas, além de um conjunto de 150 imagens selecionadas pelo júri, com direito a projeção multimédia. O concurso, que pretende promover a fotografia mobile em seis categorias - paisagem, retrato, vida

quotidiana, arquitetura, abstrato e arte digital – procura ainda chamar a atenção para as potencialidades da fotografia captada e editada com smartphones ou tablets, convidando à exploração destes dispositivos, através da descoberta de aplicações fáceis de usar e que permitem a cada utilizador criar o seu próprio estilo. A exposição que resulta do prémio internacional “Mira Mobile Prize”, cujo júri é composto por seis personalidades de reconhecido mérito na área da fotografia, chegou ao Museu de Lamego pela mão dos seus “embaixadores” para a área da fotografia, João Lafuente e Manuela Matos Monteiro, diretores das Galerias Mira, constituindo esta mostra a primeira materialização de um projeto que pretende congregar sinergias nas mais diversas áreas de atuação do museu. Entrada livre.


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