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EXPOSIÇÃO VICO MAGISTRETTI
1950 A DÉCADA DE 1950 MARCOU A SUA VIRAGEM PARA O DESIGN CASA DO DESIGN RECEBEU INDUSTRIAL, INSPIRADO PELA PERÍCIA DOS ARTESÃOS ITALIANOS – CAMINHO QUE EXPOSIÇÃO “SVICOLANDO – NUNCA ABANDONOU. HOMENAGEM A VICO MAGISTRETTI”
IMAGENS CASA DA ARQUITECTURA
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DETESTAVA A PALAVRA ESTILO.
A Casa do Design em Matosinhos abriu as portas para homenagear o prestigioso designer italiano Vico Magistretti.
Após passar pelo Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, no âmbito da Segunda Edição do Dia do Design Italiano no Mundo, proclamado pelo Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale, em colaboração com o Ministero per i Beni Culturali e del Turismo, a Trienal de Milão, a Agência ICE, o Salone del Mobile de Milão, e muitas outras instituições públicas e privadas, a FILHO DE UM ARQUITETO, exposição seguiu para a ELE PRÓPRIO DECIDIU Casa do Design em MaSEGUIR ESSA CARREIRA, tosinhos graças a uma INFLUENCIADO POR OUTRO ARQUITETO, ERNESTO NATHAN ROGERS. parceria com a ESAD Matosinhos, Escola Superior de Artes e Design. Magistretti, ou para muitos “o génio da lâmpada”, foi autor de algumas das peças mais permanentes e incontornáveis do design do século XX. Já na exposição, cuja curadoria pertenceu a Nadir Bonaccorso, arquiteto italiano a viver em Portugal, assiste-se a uma viagem que demonstra o processo criativo do autor, desde o esboço até desenho final com apontamentos de cor, cartas e faxes, ficando completo com a obra de arte que surge ou em fotografia ou fisicamente, ocupando um espaço singular. Por onde passou, o que pensou e com quem criou laços para desenvolver as suas obras, toda a história segue um fio condutor com os projetos e obras em pano de fundo. Com uma perspetiva diferente sobre os objetos do quotidiano, Vico transformava algo simples num universo complexo, cons-
O CANDEEIRO ATOLLO CONTINUA A SER PRODUZIDO ATÉ AOS DIAS DE HOJE PELA OLUCE.
GANHOU UMA MEDALHA DE OURO NO TRIENNALE EM 1951; O GRANDE PRÉMIO NO ‘TRIENNALE’ EM 1954, DOIS ‘COMPASSO D’ORO’ EM 1967 E 1979 E UMA MEDALHA DE OURO NO ‘CHARTERED SOCIETY OF INDUSTRIAL ARTISTS & DESIGNERS’ EM 1986.
FOI JOGADOR DE GOLFE E FOI PROFESSOR NO ROYAL COLLEGE OF ARTS EM LONDRES DURANTE DUAS DÉCADAS.
JOSÉ CARLOS OLIVEIRA
JORNALISTA
BUROCRATAS
ERA UM VERDADEIRO GENTLEMAN ITALIANO
truindo uma outra realidade para além da visível. Os candeeiros Eclisse, Olusse, Atollo e Dalú são o exemplo de alguns dos seus bestsellers internacionais. Esta exposição presta tributo aos 40 anos de carreira deste mestre, a par com as comemorações do Dia do Design Italiano no Mundo que “tem como objetivo celebrar, a nível internacional, a excelência do ‘design’ italiano de qualidade que representa hoje um sinal distintivo do ‘Made in Italy’ [fabricado em Itália], um dos pontos principais da ação de promoção do ‘viver à italiana’, capaz de veicular uma imagem inovadora de Itália além-fronteiras”1. Esta segunda edição foi dedicada à relação entre ‘design’ e sustentabilidade, do ponto de vista económico, social e ambiental. Os políticos não conhecem o país real. Esta frase, embora possa parecer um simples chavão, é mais do que isso; é o reconhecimento de um facto. Senão vejamos: Todos sabemos (menos os políticos, aparentemente) que Portugal é um país envelhecido. Há dias, numa entrevista, um conhecido empresário dizia que algumas das nossas empresas mais parecem lares de terceira idade, já que as pessoas são obrigadas a reformarem-se cada vez mais tarde e os jovens (sobretudo os mais qualificados) tendem a sair do país. Mas, apesar desta realidade, os políticos continuam a decidir no Terreiro do Paço como se este país fosse composto, maioritariamente, por jovens e todos qualificados. Só assim se compreende que eles legislem, por exemplo, como se toda a gente neste país dominasse as novas tecnologias. Ora, sabendo da dificuldade que a maioria dos cidadãos revela até para o simples preenchimento de um impresso (mesmo que apenas tenham de responder a perguntas simples) é no mínimo utópico querer legislar ignorando esta realidade. É não conhecer o país real. É por isto que, nos serviços públicos, podemos assistir a uma espécie de diálogo de surdos. Os funcionários procuram que os cidadãos “caminhem ao ritmo imposto pelos legisladores” e os cidadãos ficam a olhar para os funcionários a perguntar como “caminhar com pernas velhas, como se as pernas fossem novas”. Os funcionários não podem senão exigir o que as regras dos seus superiores lhes impõem e os cidadãos revoltam-se porque não conseguem corresponder ao que lhes é exigido. É claro que para os burocratas está tudo bem, eles até estão em Lisboa, no conforto dos seus gabinetes.
MATOSINHOS ADERE À HORA DO PLANETA
QUINTA-FEIRA SANTA (E MUITO ANIMADA) EM MATOSINHOS
Promovida pela organização ambiental de conservação da natureza WWF, esta iniciativa registou desde 2007 um crescimento notável, tornando-se o maior evento mundial de ação ambiental. Só no ano passado, 180 países e territórios de todos os continentes celebraram a Hora do Planeta. Em Portugal, 145 municípios aderiram e centenas de monumentos emblemáticos nacionais ficaram às escuras. A pensar num futuro melhor para as próximas gerações, Matosinhos voltou a associar-se à Hora do Planeta. O edifício dos Paços do Concelho, Biblioteca Municipal Florbela Espanca e o Edifício dos Serviços Técnicos ficaram às escuras. Ainda no âmbito desta iniciativa, o município de Matosinhos compromete-se em 2018 a adotar medidas que promovam a eficiência energética, nomeadamente a aplicação de isolamentos, envidraçados e materiais eficientes na remodelação dos edifícios municipais, a aquisição de veículos elétricos para a frota municipal e a aplicação de luminárias LED na iluminação pública, de forma a reduzir os consumos de energia elétrica.
O dia 29 de março em Matosinhos foi dia de uma programação recheada, com música, teatro e artes plásticas para ver, ouvir e sentir a partir do final da tarde, antecipando o fim-de-semana prolongado. O destaque vai naturalmente para o concerto de Rita Redshoes no Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery, onde a cantora apresentou o seu novo álbum, “Her”, lançado no final do ano passado. Antes disso, às 18 horas, na galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, foi inaugurada uma nova exposição de pintura. “Raízes”, de Maria Beatitude, que traz a Matosinhos um conjunto de telas e uma instalação artística ancorada na memória e no papel das mulheres enquanto garante da transmissão de afetos e da herança cultural. A entrada é grátis. Às 21h30 regressou ao Espaço Irene Vilar do Museu da Quinta de Santiago uma das mais duradouras atividades do programa cultural de Matosinhos. A iniciativa “Salvé a Língua de Camões” que já vai no seu décimo quarto ano de existência, propondo ouvir e dialogar com o acervo dramatúrgico do mundo de expressão portuguesa. A sessão trouxe “A espantosa câmara de espelhos do Senhor Ninguém”, um texto da escritora e dramaturga brasileira Cláudia Maria de Vasconcellos (vencedora, entre outros, do prestigiado Grande Prêmio da Crítica APCA).
INTERMESUM
A Intermesum está de parabéns! No dia 26 de abril a empresa completa 23 anos de serviço aduaneiro. José Freitas, sócio gerente da Intermesum, contou-nos todo o percurso, missão e valores que perduram durante todos estes anos.
Para quem não vos conhece, quem são e o que fazem?
Nós somos despachantes aduaneiros, ou representantes aduaneiros. Eu tenho 63 anos, já trabalho nesta área há 48 anos, esta empresa foi criada por mim 1995. Eu era ajudante de despachante e tive essa profissão durante muitos anos. O serviço que prestamos insere-se em todo o serviço aduaneiro, relacionado com a importação e exportação. Trabalhamos também diretamente com os agentes de navegação para tratar do meio de transporte quer na alfândega, quer na capitania. Fazemos trânsito de mercadorias para destinos europeus. Temos uma carteira muito boa de clientes, trabalhamos bastante com o mercado espanhol, o que é ótimo para nós, para a região e para o Porto de Leixões. Estamos sempre integrados com quase todos os projetos que a APDL implementa; estamos ligados à Direção Geral Das Alfândegas E Dos Impostos Especiais Sobre O Consumo (DGAIEC) para os despachos e trânsitos.
Em que medida o vosso serviço traz mais-valias para o concelho?
Este serviço que executamos é uma mais-valia até para o país mas claro, em específico, para Matosinhos e para o Porto de Leixões devido à entrada de várias empresas na nossa região. É ótimo para o nosso comércio e nome do concelho.
A empresa é reconhecida no mercado?
Somos uma micro empresa com nove funcionários, eu e mais duas pessoas iniciamos a firma e o resto é juventude! É a minha filha que vai levar isto a bom porto no futuro! (risos) Os nossos clientes estão fidelizados, gostam da nossa maneira de trabalhar porque somos eficazes, eficientes e acompanhamos o cliente durante o processo todo. Estamos disponíveis 24 horas por dia para atender clientes, principalmente na situação da navegação, daí a nossa representação na alfândega e capitania em nome de alguns agentes de navegação. Temos um ‘know-how’ muito bom nesta área. Os anos de experiência ajudam bastante e as pessoas que entram aqui adaptam-se facilmente à empresa. Existe aqui um responsável mas não deixa de ser um ‘+1’. Isto é uma equipa. É mais um a promover a empresa. Os nossos serviços assentam no rigor, transparência e confiança. Para uma pequena empresa como a nossa já representamos uma fatia boa na parte dos serviços e dos comércios. Somos reconhecidos como pessoas sérias e credíveis. Trabalhamos para grandes grupos, conhecidos mundialmente. Para nós é uma honra saber que vamos a qualquer local e que somos conhecidos por sermos confiáveis.
Podemos dizer que ‘subiu a pulso’ nesta área?
Sim. O mais difícil já está feito, que foi construir este caminho com poucos recursos, fomos avançando e hoje estamos numa firma estabilizada. Foi uma vida dedicada a esta área, sempre paulatinamente e com o mesmo rigor e seriedade pelas entidades oficiais. Atendemos da melhor forma o cliente mas sempre seguindo as leis e regras das autoridades competentes. O que me orgulha mais é ter mantido as minhas raízes nesta área e ensinar os meus colaboradores a agirem de forma igual. Formando-os com estes princípios. Sozinhos não fazemos nada, somos uma equipa e precisamos de ajuda de todos os colaboradores.
O que gostaria de ver melhorado no futuro?
Queria ver o Porto de Leixões cada vez melhor – eu deploro o centralismo. Isto não é de todo uma crítica mas sim um desabafo. Penso que, embora toda a cadeia logística esteja a funcionar bem, as coisas deveriam ser mais descentralizadas. Deveria de haver um maior investimento aqui no Porto de Leixões.
“O SENHOR FREITAS É UM VERDADEIRO EMPREENDEDOR, COMEÇOU HÁ 48 ANOS E CONSEGUIU CHEGAR A ESTE PATAMAR COM POUCOS RECURSOS. É UMA PESSOA CARISMÁTICA, HUMILDE, QUERIDA POR TODOS, BEM VISTA NA ALFÂNDEGA E EM TODA ÁREA.”
RITA FREITAS (FILHA)