Revista Notícias Matosinhos #15 - Outubro 2018

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Ano 2 | Nº 15 | Preço: 1,5€ IVA incluído

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CASA DA ARQUITETURA RECEBE PRESIDENTE DA REPÚBLICA

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AS MENINAS QUE EMOCIONARAM O MUNDO PEDRO FONSECA: MAIS UM ARTISTA PORTUGUÊS A SINGRAR NO MUNDO

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SISMO EM MATOSINHOS? Saiba o que pode acontecer | OUTUBRO 2018

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@NMMATOSINHOSREVISTA | OUTUBRO 2018

Diretor: Francisco Samuel Brandão Diretor Adjunto: Mário Costa Editor: Emídio Brandão Coordenação:Tiago Sá Pereira Assistente de Direção: Carolina Costa Leite Corpo Redatorial: António Souza-Cardoso; A. Cunha e Silva; Bernardino Costa; Carlos Marinho; Carolina Costa Leite; Catarina Silva; Emídio Brandão; João Almeida; Joaquim Queirós; José Henrique Correia; José Carlos Oliveira; Paulo Gaspar; Prof. Dr. Júlio Pinto da Costa; Paulo Mengo de Abreu;Teresa Teixeira; Tiago Leão; Tiago Sá Pereira; Vítor Paiva. Fotografia: Correia dos Santos e Ana Louro Design: Ana Louro Distribuição: Norberto Pereira Propriedade/Impressão: Emibra, Lda, Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Email: revista-nm@emibra.com Sede de Redação: Rua do Passadouro, 84 4455-180 Lavra Direção Postal: Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos Tlf. Geral: 229 999 310 Tlf. Redação: 229 999 315 Registo: ERC 127008 Depósito Legal: 428306/17 NIPC: 502 505 117 Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares Nota: O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet www.facebook.com/nmmatosinhosrevista

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OUTUBRO 2018

MATOSINHOS

O MÊS EM REVISTA

Por Francisco Samuel Brandão Bem vistas as coisas, ao contrário do que se previa, Rui Rio pode ter futuro incerto. Pelo tipo de oposição que vem fazendo, que nada agrada ao partido, associado à rigidez de liderança que leva tudo que

não esteja ao seu jeito pela frente, sofre a contestação que se agiganta dentro do partido. O primeiro sinal foi dado logo que foi eleito, por Luís Montenegro. Mais recentemente, Pedro Duarte diz-se disponível para concorrer à chefia do PSD, sem esquecer, por ventura o mais significativo ponto, o êxodo de Pedro Santana Lopes. Uma velha referência das hostes social-democratas, que, não concordando com estilo de liderança, acaba de criar o partido Aliança, com pretensões a ganhar posição na área do poder. Sabe-se de Rui Rio ser um homem de valor, que conduziu a Câmara do Porto durante anos, numa gestão de contas ao tostão. Disciplinado e disciplinador – não esquecer que chamou a PJ por um dos funcionários da autarquia andar a roubar – impondo a razão que, no entender de Rio, será a mais válida. No entanto, para carregar as capacidades de governar o país, precisa de caminho, não só feito por ele, mas também por muitos dos que se faz acompanhar. Acompanhantes que, pelas aparências, começam a desertar.

Primeiro porque a maioria dos pares mais não buscam do que um lugar confortável, que garanta um futuro sossegado, longe de confusões e com uma boa reforma pelo “piedoso” serviço público prestado ao país e ao povo. Segundo porque a intenção de ganhar as próximas legislativas é de difícil concretização, por não haver dentro do PSD unanimidade. Por consequência, faltará força bastante para arredar da governação uma esquerda liderada pelo OS, que consegue consensos com a força dos comunistas e bloquistas. E, por fim, o eleitorado às vezes parece ter fraca memória, mas não é tolo e lembra-se das dificuldades em que se viu mergulhado com Passos Coelho. Ao querer ser bom aluno da Europa, tornou-se mais papista do que o Papa. Por estas, e outras razões mais elaboradas, é que não vejo grandes hipóteses de Rui Rio conseguir ir muito mais além do que até agora conseguiu. Se dentro do PSD há grande discordância, como é possível vencer-se uma guerra com um exército que dispara para alvos errados?

CRÓNICA

MÚSICA

PARA JOGAR

CULTURA

EVENTOS

GASTRONOMIA

Onde ficava o convento de NªSra. da Conceição?

Pedro Fonseca

Red Dead Redemption 2

Ocean Coast Film Festival

Fumar Má(temática) Solução

Difícil não é atracar, difícil é escolher

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IMAGEM DO MÊS

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Correia Santos | OUTUBRO 2018

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CRÓNICA

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PROF. DOUTOR

JÚLIO PINTO DA COSTA

ONDE FICAVA O CONVENTO DE Nª SRA. DA CONCEIÇÃO?

QUINTA DA CONCEIÇÃO

Só em 1481 é que os frades franciscanos se mudaram para aquela que é hoje conhecida como a Quinta da Conceição. Até aí habitaram o Oratório de S. Clemente das Penhas, onde ainda hoje resiste a capela da Boa Nova. O local era pobre, frio e ventoso. As águas agitadas do mar não davam sossego aos pobres frades. Foi então que surgiu a ideia, logo acarinhada por D. Afonso V, de encontrar um novo lugar para instalar o convento. O olhar dos frades recaiu na Quinta da Granja, na margem direita do rio Leça, dotada de excelentes campos de cultivo. O espaço pertencia ao baliado de Leça e estava arrendado ao escudeiro Diogo de Proença. Para ultrapassar o problema, segundo nos conta Guilherme Felgueiras, Garcia Pires e sua mulher, Mari-Anes, compraram o emprazamento ao dito escudeiro e colocaram-no à disposição dos frades. Após isto, Fernão Coutinho (donatário da Maia) e sua mulher, D. Maria da Cunha, cederam o seu casal de Moroça de Cima (lugar de Leça da Palmeira), trocando-o pela Quinta da Granja. 8

Desta forma, o baliado de Leça não ficou prejudicado e os franciscanos ganharam um bonito lugar, ao qual, hoje, se dá o nome de Quinta da Conceição. A construção da igreja e do convento não foi fácil, pois o dinheiro dado pelo rei não foi suficiente. Contudo, com a morte de D. Margarida de Vilhena, mulher de João Rodrigues de Sá (alcaide do Porto), os frades herdaram todas as suas joias, que venderam, facto que lhes permitiu acabar a construção. Ainda assim, o conjunto de edifícios nada tinha de especial. A igreja era de uma única nave, onde se destacava a porta principal. O claustro foi construído posteriormente. Mais tarde, em 1764, levantaram uma biblioteca. No dizer de Camilo Castelo Branco, a fábrica do convento era muito pobre. Do conjunto de instalações, resta hoje o claustro, a porta da igreja, uma capela (de S. Francisco) e dois chafarizes. Destruído tudo o resto, ficou-se sem saber qual o local, dentro da atual Quinta da Conceição, que era ocupado pela igreja e pelo convento. Guiemo-nos, por isso, por escritos antigos, para tentar deci-

frar o seu lugar. Segundo o último autor citado, que visitou o local cerca de 1867, já depois da destruição mencionada, a entrada era junto ao rio Leça, à qual chegou de barco e, depois de subir uma vereda, entrou na quinta. Magalhães Basto refere o mesmo, dizendo que ao contrário do que as pessoas pensam, a entrada não era pela estrada que leva a Santa Cruz do Bispo, mas sim pelo lado do rio Leça, citando: “o qual pos a primeyra pedra no alicerce da parte do Rio da porta principal”. Já Dr. Manuel da Esperança diz que o espaço conventual começava num outeiro e descia até ao rio Leça, que a Sul lhe servia de cerca. Apesar de existir entrada livre no cimo, o convento, propriamente dito, ficava já no vale do rio, com frente para este. Para completar este raciocínio, convém ainda referir que no tempo do rei D. Manuel, a pedido dos frades, foi proibido o tráfego fluvial no rio Leça, já que o barulho que os barqueiros faziam perturbava o recolhimento daqueles. Pode-se então concluir, sem qualquer margem de erro, que o convento ficava próximo do rio Leça, possivelmente em frente ao outeiro central da Quinta da Conceição. Parte do local que ocupava foi, por certo, necessária à construção do porto de Leixões e estradas adjacentes.

PORTAL DA IGREJA

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CULTURA

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MARCELO REBELO DE SOUSA CONTEMPLA A “COLEÇÃO BRASIL/INFINITO VÃO”

CASA DA ARQUITETURA RECEBEU O PRESIDENTE DA REPÚBLICA IMAGENS CMM

O Chefe de Estado Português visitou as instalações do local, classificando-o como “uma casa aberta ao mundo” Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Matosinhos para visitar, pela primeira vez, a Casa da Arquitetura. A visita serviu não só para conhecer o local, que faz parte de um programa intenso de reabilitação, por parte da Câmara Municipal de Matosinhos, como também para “apadrinhar” a chegada da “Coleção Brasil / Infinito Vão”, património que passou a fazer parte da instituição. A Coleção é constituída por 103 projetos arquitetónicos, envolvendo mais de 50 mil elementos, como filmes, fotografias ou desenhos, de 90 anos de arquitetura brasileira. O Professor Marcelo identificou a importância da Casa da Arquitetura para a região e para Portugal, defendendo que tem um “horizonte ilimitado” e reconhecendo que se trata de um espaço “aberto ao mundo”. Tratando-se do primeiro estabelecimento português dedicado à divulgação, estudo e valorização da arquitetura, o Presidente salientou a importância do diálogo, do arquivo e do dar e receber. Por fim, disse ainda que “a arquitetura é universal”, defendendo que o Estado deve ajudar a garantir a sustentabilidade do projeto. Quem acompanhou sempre o Presidente da República foi a Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro. Em declarações exclusivas à NM, destacou a “visibilidade de receber a mais alta figura nacional e a possível magistratura

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de defesa do espaço que Marcelo Rebelo de Sousa poderá fazer”. “Vi o Presidente naturalmente impressionado com a qualidade e a beleza deste espaço, além de muito interessado em conhecer, em detalhe, tudo o que se faz”, salientou Luísa Salgueiro, garantindo estar certa de que “terá sido uma tarde muito importante para o Centro Português da Arquitetura, que ganhou um novo amigo”. A Presidente da Câmara destacou também a arquitetura e o design, como marcas de Matosinhos, pela renovação no século XXI e por “estar associado a grandes arquitetos matosinhenses, como Álvaro Siza”. Por fim, defendeu ainda “a renovação da identidade do concelho, como Sede do Centro Português de Arquitetura.

LUISA SALGUEIRO ACOMPANHOU DE PERTO MARCELO REBELO DE SOUSA

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CAPA

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O QUE ACONTECERIA NO CASO DE UMA CATÁSTROFE NATURAL?

SISMO EM MATOSINHOS | OUTUBRO 2018

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Sismo em Matosinhos. Quais as probabilidades de acontecer? O que aconteceria à população? E às estruturas? Estamos nós preparados para um fenómeno que pode acontecer a qualquer momento? Como nos podemos prevenir? Francisco Conde, Engenheiro Civil da empresa A400 e natural de Matosinhos, acaba com muitas das dúvidas que saltam à cabeça com o tema. É possível ocorrer um sismo em Matosinhos? Em Portugal, a perigosidade sísmica varia numa escala crescente de Norte para Sul do país. As regiões mais suscetíveis a serem alvo de um evento sísmico são a região Centro e Sul. Contudo, é possível que ocorra um sismo, de menor magnitude, em Matosinhos, ou que o local seja afetado, devido a um sismo preponderante em outra região do país.

RISCO SÍSMICO O conceito de risco sísmico tem associados três fatores determinantes na ponderação do fenómeno. PERIGOSIDADE SÍSMICA “Não passível de ser controlada pelo Homem, é responsável pela maior ou menor probabilidade de uma cidade ou região sofrer um evento sísmico. Denote-se que os sismos ocorrem pela libertação de energia durante o movimento das placas tectónicas, sejam elas inter ou intraplacas. Os sismos de grande magnitude têm origem no movimento das placas intercontinentais, por serem as que acarretam um enorme potencial de energia. Em Portugal, existem duas falhas de relevo que delimitam as regiões litorais do país. A oeste, e praticamente paralela à costa portuguesa, encontra-se a intersecção entre a placa norte americana e a placa euro asiática. A sul, e paralela à costa algarvia, existe a interseção entre a placa africana e a placa euroasiática. Estas duas singularidades fazem com que o território nacional se encontre dentro dos países classificados com moderada a elevada perigosidade sísmica.”

VULNERABILIDADE ESTRUTURAL “Caracteriza-se pela capacidade de as estruturas resistirem a um evento sísmico. Este fator, ao contrário do supracitado, tem a possibilidade de ser controlado pelo Homem. Os avanços sucessivos que se têm vindo a demonstrar na área da engenharia civil, ao longo das décadas, provam que é hoje possível, projetar e construir estruturas sismo-resistentes.” EXPOSIÇÃO HUMANA E PATRIMONIAL “Este parâmetro vem completar os anteriores, inserindo uma variável de elevada complexidade, relativamente a poder ou não ser controlada por nós. Relaciona-se pela densidade populacional e pelo valor patrimonial que está caracterizada uma zona e, consequentemente, pelas maiores ou menores fatalidades que poderão ocorrer, tal como, os prejuízos financeiros afetos à zona em estudo.”

Sismos afastados

Placas intercontinentais que delimitam Portugal

EXEMPLO Eis um exemplo simples para que seja de mais fácil compreensão: a cidade de Sagres é uma das zonas do país com um fator de perigosidade sísmica mais elevado. No entanto, Lisboa apresenta um risco sísmico exponencialmente superior ao de Sagres, devido ao fator da exposição. A justificação encontra-se nas grandes

variações de densidade populacional e patrimonial da zona metropolitana de Lisboa quando comparada com Sagres. Em suma, o risco não depende apenas da resistência das estruturas, mas também da zona onde as mesmas se inserem e quais as características específicas do local onde a mesma se insere.

Sismos próximos 14

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FACHADA DE UM EDIFÍCIO DESTRUÍDO Fotografia de A400

As estruturas novas e existentes estão preparadas para resistir a um sismo? Desde 1985, com a entrada em vigor do Regulamento de Segurança de Ações em Pontes e Edifícios, que se encontra contemplada a exigência do projeto de estruturas sismo-resistentes. Foi um fator decisivo na mudança de abordagem no projeto de estruturas novas em Portugal, que continua ainda hoje em vigor. Sendo projetista de estruturas, estou obrigado, por lei, a dimensionar qualquer estrutura. Neste caso, tem que ser contabilizados os efeitos das ações sísmicas onde a obra se insere, garantindo o funcionamento durante 50 anos (para obras correntes). Relativamente aos edifícios que apresentam uma idade superior a 50 anos, nada está salvaguardado. Ninguém pode esperar que um edifício da década de 70 ou inferior, apresente uma capacidade resistente que se equipare a um edifício construído recentemente. Para além disso, mesmo os edifícios construídos na década de 80, são projetos

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cuja conceção global da estrutura pode não ser a mais indicada para fazer face a um sismo. Na opinião da A400, todos os edifícios construídos antes de 1985, deveriam ser alvo de uma ação de inspeção e diagnóstico nas zonas mais suscetíveis de sofrerem um grande sismo, como é o caso de Lisboa. Mesmo estruturas recentemente reabilitadas que não foram fiscalizadas. Por vezes, as limitações às intervenções estruturais impostas pelos municípios, não permitem obter o desempenho ideal que os intervenientes na área poderiam oferecer. Existem demasiadas variáveis incontroláveis, mais ainda das que mencionei, portanto, este tema deveria ser abordado com mais frequência na sociedade.

NÃO SÃO OS SISMOS QUE MATAM, SÃO AS ESTRUTURAS.

A proteção civil encontra-se preparada para dar resposta a um evento sísmico de elevada magnitude? Na minha opinião, existem excelentes mecanismos ligados à proteção civil com planos de emergência para grandes catástrofes. Se os planos são bem ou mal aplicados, com culpa do interveniente A ou com mérito do interveniente B, não me cabe a mim opinar. Posso sim, deixar uma pergunta. Incêndios existem todos os anos. Recentemente, aconteceram grandes tragédias em Portugal que não foram evitadas/ atenuadas para algo que acontece inúmeras vezes ao ano. Posto isto, o que será que vai acontecer, na eventualidade de ocorrer um sismo igual ao de 1755? Estamos preparados? Não estamos. Afirmo que não estamos por dois motivos simples: Por um lado, no nosso tempo de vida, não fomos postos à prova com um evento de magnitude relevante, numa zona de risco. Por outro lado, estudos realizados no Instituto Superior Técnico (IST), revelam que 15


os impactos económicos considerando um cenário muito provável (50% de probabilidade de ocorrência num período de 50 anos), indicam perdas na ordem dos 10 mil milhões de euros e centenas ou milhares de mortos. Num cenário pouco provável, mas plausível, ascendem entre 50 a 100% do PIB português, em custos diretos, e dezenas de milhares de mortos.

PARECE-ME CLARO QUE NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA SUPORTAR UMA CATÁSTROFE DESTA MAGNITUDE, COMO TAL, ESTAMOS OBRIGADOS A PREVENIR A SITUAÇÃO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL. Que soluções existem para prevenir ou reduzir o risco sísmico? O caminho para a mitigação do risco em Portugal começa pela mentalização da sociedade acerca do perigo ao qual estão expostos. A sensibilização, e posterior mobilização, da população é essencial para que o poder político tome medidas. Da mesma manira como foi realizada uma campanha intensiva na promoção da certificação energética das habitações e das vantagens que a mesma produzia, é convicção da A400 que deveria existir um certificado que atestasse, ou não, a segurança sísmica dos edifícios. O conforto térmico ou acústico é, de facto, relevante para a qualidade de vida. Contudo, se o edifício colapsar no decorrer de um evento sísmico, não existirá conforto, seja ele térmico ou acústico. O reforço sísmico de estruturas pode muitas vezes representar um custo muito inferior ao que seria expectável, por vezes mais barato do que a instalação de um elevador no edifício. Existem soluções práticas que podem melhorar exponencialmente a capacidade resistente das estruturas. Em termos práticos, a reabilitação sísmica do edificado passaria por três fases: Levantamento e identificação das condições estruturais do edificado existente; Ponderação das soluções possíveis a implementar caso a caso; E execução da ação de reforço.

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CHECKSEISMIC

Neste momento, Francisco Conde e a A400, são pioneiros na utilização de um serviço de prevenção sísmica, em Portugal: o CheckSeismic. Como surgiu o serviço CheckSeismic? No decorrer de uma viagem de trabalho a Itália, tivemos o primeiro contacto com a metodologia que o serviço CheckSeismic aplica. Itália, recorrentemente fustigada por eventos sísmicos devastadores no passado recente, decidiu implementar uma série de benefícios fiscais a quem recorrer a uma certificação sísmica do edificado. Não são os primeiros a tomar medidas para a prevenção dos efeitos da ação sísmica. Contudo o “sismabonus”, nome atribuído ao programa, atribuí compensações financeiras a quem realizar um reforço estrutural da habitação/ edifício que possuí. Obviamente, estas compensações serão apenas atribuídas após a comprovação da melhoria de resistência induzida na estrutura. Este método permite que o Estado, sem capacidade para reforçar todo o património existente, incentive a população a tomar medidas concretas.

De que maneira está estruturado o serviço e de que modo contribui para a redução do risco em Portugal? O CheckSeismic está divido em três serviços diferentes: Basic, Basic+ e Advanced. Todos pressupõem três fases distintas para a avaliação do risco sísmico. A primeira e indispensável fase é a realização de uma ação de inspeção e diagnóstico à habitação. É necessário conhecer a estrutura e identificar as principais anomalias que podem ter influência na resposta do edifício, face a um sismo. Concluída a primeira fase, teremos todo o input necessário para realizar análises estruturais e obter resultados importantes e reveladores do comportamento do edifício. A última fase passa pelo processamento de resultados. No final, é apresentada uma classe de risco sísmico global do edifício e uma estimativa de perdas económicas, associadas ao caso em estudo. Relativamente aos três serviços supracitados, diferem tipo de análises realizadas, sendo que, o Basic se trata de um método mais expedito e empírico, enquanto que o Advanced aplica das mais recentes análises numéricas para a avaliação do desempenho sísmico.

SISMOS DESDE DE 2000

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EDIFÍCIO DANIFICADO POR SISMO

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MATOSINHOS…A BORDO DO TEMPO

PROFESSOR

A. CUNHA E SILVA

O PASSADIÇO DA SAUDADE

O Quim Tolo faz parte do meu rimance de menino. Vivia debaixo dos degraus da escada das traseiras da casa da “Sãozinha Salsicheira” — a família dos Balacós. Naquela época havia muita mendicidade (autêntica) pelas ruas, exercida sem mas nem meio mas, sem meios nem termos meios. Em termos de pobreza está tudo dito. Estava na cara, na roupa, no caldo e no conduto! Isto vem a propósito, porque um dia destes fui abordado na rua por um pedinte, que eu até conhecia (julgava conhecer), que me pediu uma moeda. Respondi-lhe: — Tome o pequeno-almoço na Padaria Lamecense e, se não lhe custa, diga que eu passo lá a pagar a despesa. O rico homem (para não dizer pobre) respondeu-me com a melhor das in-

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tenções, vejam lá como são as coisas: — Era o que mais faltava, não estou para andar para trás. Fiquei admirado! Logo ali, para não ir mais longe (era o que faltava!) lembrei-me do meu amigo pobre, o Quim Tolo. Eu era um menino e aquele pobre amigo só confiava em mim para contar as esmolas que recebia e depois metia dentro de uma caixa de fósforos. Valha-me Deus! Aquilo não era fartura nenhuma, era apenas o miolo do seu dinheiro metido na côdea do seu mealheiro. Quando não havia miolo em dinheiro, a tampa da caixa de fósforos (a côdea) servia para dar o nó no lenço tabaqueiro. Entre a côdea do pão da Padaria Lamecense e o miolo (dinheiro) da caixa de fósforos do Quim Tolo vai uma enorme distância de setenta anos de vida. É melhor de vida do que devida ou de dívida! Em todo o caso era o que faltava, não estou para andar p’ra trás. Na verdade, os pedintes já não são como os de antigamente, os de agora mostram sinais muito ricos de imaginação. Vem isto ao caso, que por acaso, tenho bem presente o mais recente episódio da minha pobre vida. Estava eu defronte da porta da Casa da Juventude (a do Godinho) quando um pedinte me estendeu a mão, e quando eu me preparava para a aquecer, passou uma senhora que me informou: — Isto é vício de pedir! Este senhor não precisa de nada! Tem tudo no asilo, cama mesa e roupa lavada. Prometi então à senhora recolher a mãozinha e passar a entregar as minhas roupas usadas. O homem tinha praticamente a minha medida. Meu

feito, meu dito, meu dito, meu feito, entreguei a minha roupinha, e esperei para ver o que iria acontecer! A seguir, não aconteceu nada de jeito! As instruções vinham na embalagem da espera, e como quem espera desespera, num dia de sol morno, meti os pés ao caminho atrevi-me a perguntar ao pedinte pelas minhas roupas, por que não as vestia? A resposta estava na ponta da língua: Se eu vestir a sua rica roupinha, ninguém me dá nadinha. Moral da história: Só agora. com esta idade de monta, 77 anos, é que percebi (já não era sem tempo) a principal razão pela qual ninguém me dá nada! A solução, afinal. é simples: só tenho que mudar de roupinha… mais nada! OUTUBRO 2018 |


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MUNDO

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AS QUATRO MENINAS QUE SOBREVIVERAM O CANCRO

“SURVIVOR” - SOBREVIVENTE Quatro sobreviventes de cancro reencontram-se e encorajam outros doentes Ava, Chloe, Lauren e McKinley são quatro meninas que em 2015 tinham todas algo em comum: uma dura batalha contra o cancro. Com idades compreendidas entre os quatro e cinco anos, conheceram-se no Johns Hopkins All Children’s Hospital, na Florida, Estados Unidos da América e criaram laços de amizade entre todas. Como é fácil de imaginar, não foram tempos nada fáceis de se viver, tanto para as jovens como para os familiares. No entanto, o apoio e a força que era transmitido entre todas, assim como os sorrisos de cada uma, ajudava a tentar atenuar a difícil imagem de ver quatro crianças sem cabelo e com olheiras devido aos fortes tratamentos a que estavam sujeitas. Em 2016, era do modo descrito previamente, que todas se encontravam, quando foram fotografadas, juntas, pela primeira vez. Ainda assim, Chloe não desistiu da luta contra o cancro no pulmão, nem tão pouco as companheiras e amigas deixavam a leucemia levar a melhor. 2017 trouxe esperança às meninas e, num encontro promovido pelo hospital, voltaram a ser fotografadas juntas. Cada uma voltava a trazer o tutu dourado, como na primeira foto, mas, desta vez, com camisolas que

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exibiam uma palavra cada. “Força”; “Coragem”; “Sem Medo”; “Guerreira”. Foi uma imagem que se tornou viral um pouco por todo mundo. Agora, após novo ano volvido, eis que as meninas surgem todas juntas uma terceira vez. O motivo não podia ser melhor: Todas elas venceram as respetivas batalhas e estão livres do cancro que as afetou desde cedo, como se pode ler na palavra que todas partilham na camisola: SURVIVOR (sobrevivente). Um final feliz e encorajador para todos os que travam a mesma luta.

“SOBREVIVENTE”

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CRÓNICA

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JOAQUIM QUEIRÓS

A NOSSA AMIGA OLÍVIA

Começo por pedir desculpa às Olívias que possam ler este despretensioso cantinho, ainda por cima escrito com o português do antigamente, dado não perceber patavina das regras do português que agora nos querem impingir. Mas vamos lá ao tema. A Olívia é uma das nossas melhores amigas. É negra, mas na verdade até gostamos da negritude, desconfiando que também nós descendemos, não só de galegos de Caldas del Reys, mas também de alguém que tenha apanhado muito sol africano. A Olívia, que terá pelo menos sete anos, apareceu na nossa vida numa hora em que teria de ser abandonada à sorte, dado que o dono tinha de alterar de residência. Ela, na altura, parecia que percebia a sua desdita, não só deixando de comer, como definhando. A Olívia que tinha nascido com um problema físico de monta, com problemas de configuração do esófago e um coração pequenino que se apressava para ter corda para pouco tempo. Alguém quis que fosse efectuada uma intervenção cirúrgica e os próprios médicos veterinários decidiram fazer uma experiência e procederam a várias in-tervenções cirúrgicas que se prolongaram por alguns meses, dada a necessidade de acompanhar a evolução da paciente, a quem era anunciado o fim de vida, dia sim, dia não. Mas a Olívia, bebé dos nossos netos Luís, Leonor e Maria, foi vencendo a adversidade, até que chegou a ser alguém, embora debilitada. Passaria a ser diferente de todos os outros animais e a ter necessidade de ser alimentada, à colher, numa posição vertical, dado os problemas no seu esófago. Por tudo isso, a Olívia gerou para si uma necessidade de amor redobrado e ela, embora possa ser considerado exagero, parece compreender e agradecer, tornando-se num animal campeão da meiguice e da dedicação. Cá por casa já ninguém sabe viver sem a Olívia, já todos a servimos nas refeições. Apesar da debilidade, trabalha diária e intensamente, sobretudo na vigilância, no obrigar a que as gaivotas não pousem no terraço, bem como avisa, com o seu ladrar, a presença de alguém que se aproxima para tocar à campainha da porta. A Olívia é nossa amiga, doente, mas amorosa. Foi trazida à vida pelo saber da medicina veterinária. Já lá vão uns anos.

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E, hoje, não sabemos viver sem a forma amorosa como nos encosta as patas ao peito, pedindo uma carícia, que ela agradece com um pequeno latido que parece dizer “obrigado”. Trata-se de uma cadela com nome de gente, mas tem comportamentos de amor que muita gente, infelizmente, não pratica. Falamos de um animal que é mais racional que muitos animais que nascem como tal e raramente o são. Esta é a nossa afável Olívia. Temos muito prazer em a apresentar aos amigos.

A CADELA OLÍVIA

O AUTOR NÃO ACEITA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

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ENSINO

MATOSINHOS CRIA ROTEIROS PEDAGÓGICOS DESTINADOS A APROXIMAR A ESCOLA E A COMUNIDADE A Câmara Municipal de Matosinhos, deu início, no mês de Setembro, a um projeto inovador de aproximação entre a escola e as instituições do concelho, que decorrerá, pela primeira vez, durante o ano letivo de 2018/2019. O projeto abrange todos os estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo do Ensino Básico. Integrados no Currículo Local de Matosinhos, os Roteiros Pedagógicos explorarão temas adaptados a cada ano de escolaridade, complementando a atividade letiva e permitindo aos alunos um primeiro contacto com empresas e instituições das áreas do ambiente, do património, da arte e da arquitetura e da ciência e tecnologia, sediadas em Matosinhos. Tendo em vista o aprofundamento da relação entre a escola e a comunidade, numa lógica que o ex-presidente Guilherme Pinto cunhou com o neologismo “escolicidade”. A Câmara Municipal de Matosinhos procurará, deste modo, divulgar as tradições, cultura e património do concelho, junto de todos os que nele vivem, trabalham e estudam, enriquecendo, simultaneamente, o percurso escolar dos alunos do primeiro ciclo. Os Roteiros Pedagógicos têm também como objetivo a promoção de situações de aprendizagem em contacto direto

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com a comunidade. Está prevista a criação de uma plataforma digital e interativa, que permitirá o acesso de pais, encarregados de educação, docentes e alunos a informações sobre as instituições que integram o projeto. A plataforma disponibilizará ainda questionários e jogos, que atribuirão crachás digitais de certificação de conhecimentos. Assinalando o arranque do ano letivo, o programa teve início com a receção dos coordenadores de turma, de escola e de agrupamento, que efetuaram uma visita preparatória a diversas instituições. O Parque Ecológico do Monte de S. Brás, o CEIIA - Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel, a Casa da Arquitetura-Centro Português de Arquitetura e a exposição Monasterium Km234, patente no Mosteiro de Leça do Balio são alguns dos exemplos. Aconteceram, também, visitas a várias empresas, como a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A, e ao Terminal de Cruzeiros de Leixões. A Conserveira Pinhais, o SEA Porto Hotel e a UNICER foram outros dos locais escolhidos. Mas também a Refinaria de Matosinhos da Galp Energia, a Quadra - Incubadora de Design, no Mercado de Matosinhos, a MSC - Mediterranean Shipping Company, o J.P. Group, o Clube de Vela Atlântico e a incubadora da UPTEC foram passagem nas visitas. 21


MÚSICA

PEDRO FONSECA IMAGENS PEDRO FONSECA

Nasceu a 20 de Outubro de 1996 e, como muitos outros jovens, passou a infância a sonhar com uma vida no futebol. No entanto, aos 16 anos, mudou os objetivos de vida. Pedro Fonseca é um autodidata de vários instrumentos à procura de singrar no mundo da música. De Matosinhos para o mundo, já viveu em diferentes países, como a Dinamarca ou a Bélgica. Hoje em dia, encontra-se em Barcelona, Espanha. Como começou esta aventura? A música fez sempre parte do meu dia-a-dia. Desde novo que ouço os discos do meu pai e do meu irmão mais velho. Na altura, embora conhecesse a maior parte dos discos de cor e salteado, não era muito consciente do que estava a ouvir. Para mim, tratava-se apenas da música que sempre ouvi, desde que nasci. Por volta dos meus 15 anos, quando estudava na Escola Secundaria João Gonçalves Zarco, foi quando despertei um verdadeiro interesse pela música e comecei a procurar música por mim e a expandir as minhas preferências musicais. Aos 16 anos o inevitável aconteceu. Peguei na guitarra clássica do meu pai, sem uso desde meados de 1970, e comecei a aventura. 22

Qual o teu repertório? Ao longo dos anos, o meu reportório e as minhas preferências musicais já mudaram tanto, que neste momento é mais uma questão de me adaptar ao que é necessário, dependendo do concerto, dos músicos em causa ou mesmo da fase musical em que me encontro. Nestes últimos tempos, tenho tocado, quase exclusivamente, temas originais. Tanto meus a solo, entre o soul, jazz e hip-hop, como com um músico mexicano que conheci quando vivia na Dinamarca, o Julian Maraboto. Tocamos música latina, a maior parte em Espanhol, mas também um pouco de Português e Inglês. Faço ainda parte de outra banda, a “John Made Jon”, que também nasceu quando vivia na Dinamarca, com dois músicos Dinamarqueses. Um trio constituído por mim na guitarra elétrica e segundas vozes; pelo Jon Ringstrøm Andersen, na guitarra acústica e voz principal; e pelo Flemming Cilius Petersen, no baixo. Folk, Country e Rock and Roll, dos anos 50, são o nosso repertório. Quais tem sido as tuas fontes de inspiração e influência? Comecei, sobretudo, com Blues/Rock/Folk. Desde Jimi Hendrix ou Rolling Stones a Eric Clapton, Bob Dylan. QuanOUTUBRO 2018 |


EPISÓDIO “No final de Agosto deste ano, estava eu na Dinamarca a preparar-me para uns concertos que ia ter. Até aqui tudo bem. O problema começou quando, dos quatro que estavam agendados, um tinha início praticamente ao mesmo tempo que o final de outro. Conclusão: abandonei a meio o terceiro concerto, dos Los Fuegos, para chegar a tempo do início do John Made Jon. Apesar de tudo, foi dos melhores dias de show que já tive.” PEDRO FONSECA

do fui para a escola de música Valentim de Carvalho, na Boavista, passei a ter o Jazz como eleição. Desde que me mudei para a Dinamarca, entrei numa fase de Funk e Neo-Soul, onde elego o D’angelo como músico predileto. Em 2016, fui viver para a Bélgica, por um ano, onde comecei a ouvir muito Hip-Hop e eventualmente a incorporar esse género na minha própria música. Depois desse ano, voltei para a Dinamarca e aí “descobri” a minha feição Latina, desde Son Cubano (Cuba), a Son Jarrocho (Mexico), Cumbia, Salsa e por aí fora. Como é o processo de criação dos concertos? A criação dos concertos está sempre dependente do tipo de concerto e dos músicos que me acompanham. Tocando a solo, em bares ou cafés, vou ao baú buscar os temas de todos os estilos de música que toco. Faço uma lista diversificada e vou escolhendo os temas no momento, adaptando-me ao público e ao local. Normalmente toco vários originais, mas também as minhas versões de músicas de outros artistas. Por outro lado, se tocar com as bandas a que pertenço ou quando me chamam para fazer parte de uma tournée ou concerto específico, enquadro-me aos músicos e ao estilo de música. No entanto, faço sempre por deixar a minha marca de alguma maneira. Em Matosinhos e no Grande Porto onde costumas dar concertos? E fora? Tendo em conta que sai de Portugal com 18 anos e só comecei a tocar aos 16, não tive muito tempo para tocar por cá. Contudo, dei o meu primeiro concerto aqui, na Faculdade de Arquitetura do Porto. Ainda cheguei a tocar algumas vezes num bar na Baixa do Porto chamado Fica Na Rua. | OUTUBRO 2018

Quando emigrei comecei a tocar bastante mais. Os meus primeiros palcos foram na Bélgica, sobretudo em Leuven (ou Lovaina). Depois, quando já vivia na Dinamarca, tive oportunidade de tocar pelo país inteiro e ir em várias digressões por outros países, com diversas bandas. Digressões na Escandinávia (Dinamarca e Suécia), na Alemanha, na Polónia e em Espanha. Já tens concertos agendados para este ano? Neste momento tenho tocado muito pela Dinamarca. Mesmo já não vivendo lá, tenho viajado muito para dar concertos por esses lados. Tenho ainda alguns agendados até ao final do ano e para 2019 já tenho vários festivais na Dinamarca e Alemanha, especialmente no Verão. Além disso, tenho sido abordado por alguns bares aqui no Porto para começar a ter residência nos locais. Ainda não está nada certo, mas com certeza estará para breve começar a dar concertos por aqui. Projetos em desenvolvimento ou projetos para o futuro existem? Quais? Projetos não faltam (risos). Mudei-me para Barcelona definitivamente no passado mês de Setembro. Desde então tenho-me reunido com vários músicos para compor uma banda e começar um projeto de Soul/Funk. Com isso, começaram a surgir novos projetos. Além disso, no princípio de 2019, vou gravar um álbum na Dinamarca com os John Made Jon. Em Março vou ao México para fazer uma digressão e gravar um álbum com o Julian Maraboto, com quem já toquei bastante e partilho muitos temas originais, porém, ainda nenhum gravado. Já atuaste em alguns festivais de referência? Quais? Este ano passei por alguns festivais de grandes dimensões, tendo tocado em dois dos três festivais de verão mais conceituados da Dinamarca: o Jelling Musikfestival e Kløften Festival. Também toquei no Copenhagen Vinterjazz Festival, no início do ano. No Verão, em digressão, cheguei a tocar em bons palcos na Alemanha e na Polónia, nomeadamente no Koblenz Festival e no Czeremcha World Music Festival. Foram boas experiências que adquiri, apesar das longas viagens.

PEDRO FONSECA DURANTE UM CONCERTO

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ENTREVISTA

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BOAVENTURA AO CENTR O COM A FAMILIA

BOAVENTURA SANTOS SILVEIRA IMAGENS BOA VENTURA

Boaventura Santos Silveira nasceu a 14 de Novembro de 1937 e é natural de Angeiras, Lavra, concelho de Matosinhos. É licenciado em Teologia Dogmática e Ciências Religiosas, pela Universidade Católica, e em Filologia Clássica, pelas Universidades do Porto e Clássica de Lisboa. Junta, ainda, o curso de Teologia, pelo Seminário Maior do Porto, e uma Pós-Graduação em Jornalismo, na Universidade Moderna. Prestes a completar 81 anos, é casado com a prof. Maria Angélica Silveira, têm três filhas e sete netos. Foi professor de português, francês, história e filosofia. No final da carreira de docente recebeu um voto de louvor, publicado no Diário da República, em 21/12/1999, em que fora louvado pelo Conselho Executivo “pela sua competência, grande capacidade de relacionamento humano, pelo empenho, generosidade e compreensão das questões educativas, ao longo dos 15 anos de serviço nesta escola, pelo que merece o nosso público testemunho e reconhecimento”. Ainda foi orientador de estágio pedagógico no Instituto Piaget. Com um passado muito ligado à religião católica, foi como padre que se tornou bastante conhecido. No entanto, o amor por Maria Angélica falou mais alto e acabou por pedir dispensa do exercício do ministério sacerdotal, para se poder casar. Como decorreu a sua infância? Foi uma infância de estudo. Frequentei a Escola de Angeiras e ia para o campo ajudar os meus familiares. Ia a pé de Angeiras até à estação de Vilar do Pinheiro para ir para o Porto para a Escola das Artes Decorativas de Soares dos Reis, to24

dos os dias. Tinha eu apenas 10 anos. Aos 12, decidi entrar no seminário e ordenei-me em agosto de 1962. O que gosta de fazer nos tempos livres? Gosto de viajar, ensinar, ler e escrever. Mas de conversar também. É um dos hábitos mais importantes e, com as novas tecnologias, já não há tanto esse costume. Quando vou ao café, cumprimento as pessoas e, quando lá estou, todas me cumprimentam quando saem. Há um trato pessoal e criam-se laços de amizade, que é importante para a condição humana. O que o levou a escolher o caminho do seminário? E a sair? A minha educação/formação no seminário e devo muito à Igreja. Mas depois conheci a minha mulher. Aconselhei-me e optei por esta via. Sempre procuro cumprir os meus deveres como católico e colaborar em tudo o que pedem e posso. Faria alguma alteração aos procedimentos católicos? A Igreja deveria dar a opção do Celibato. Na Rússia, por exemplo, os ortodoxos podem casar. Na Igreja Oriental Católica também. No início do Cristianismo, muitos dos apóstolos eram casados e foram escolhidos por Cristo, a começar por S. Pedro, o primeiro Papa, escolhido pelo próprio Jesus. Projetos atuais e de futuro? Escrevi já vários livros e tenho intenção de publicar brevemente um outro, intitulado: “Lavra – desde Moisés (há 3.500 anos) até hoje” OUTUBRO 2018 |


DEI ABSOLVIÇÃO A UMA VÍTIMA DE ACIDENTE DE CARRO. NÃO SEI SE A PESSOA A OUVIU. ISTO PARA DIZER QUE, APESAR DE TER PEDIDO DISPENSA, CONTINUO COM OS PODERES DE SACERDOTE. ESTOU APENAS SUSPENSO DO EXERCÍCIO, MAS CONTINUO PADRE Alguma recomendação ou mensagem às pessoas de Matosinhos? “Não se destruir a solidariedade. Sermos solidários e saber partilhar com todos. Como vê Lavra hoje? Com grandes mudanças. Metade dos agricultores de todo o Concelho de Matosinhos são de Lavra. No entanto, muita gente deixou Lavra para se dedicar a outras profissões. A partir da segunda metade do Século XX, surgiram muitos pescadores. Já houve mais de 100 barcos na freguesia, agora não chegam a 30. E Portugal? As pessoas são boas, briosas. Sabem conviver. Os tempos são outros, há pontos fortes e pontos fracos. As redes sociais e a comunicação têm muita força e mexem com as mentalidades das pessoas que, noutros tempos, demoravam mais a ser “moldadas”. Acha que o conceito de família se está a perder hoje? Sem dúvida. O facto de existir tanta oferta e tanta distração para as pessoas acaba por esbater o conceito de família. A formação espiritual cristã está a perder-se, de uma maneira preocupante. Continua a haver pessoas boas, claro, e existem exceções. As pessoas de Lavra ainda vão à igreja? Não vão muito para além dos 10%. Hoje temos a missa ao sábado, a do domingo às 8h, e a das 11h. Continua a existir juventude que vai à Igreja, mas, comparativamente à percentagem de pessoas que existem em Lavra, muito menos que nas décadas passadas.

O CELIBATO DEVERIA SER OPCIONAL | OUTUBRO 2018

BOAVENTURA COM A MULHER, MARIA ANGÉLICA SILVEIRA

PAULO MENGO ABREU PROFESSOR DE HISTÓRIA

A CIDADANIA POSTA EM CAUSA Há tempos a esta parte pronunciei-me relativamente àquilo que me parecia ser a falta de proteção dos cidadãos, que de alguma maneira enfrentam problemas com a justiça, tendo em conta a agressividade de uma boa parte da comunicação social, capaz de propiciar julgamentos na praça pública por via de violações sucessivas do segredo de justiça. Parece-me urgente, face ao que desde então se tem assistido quase diariamente, proceder a nova reflexão, ora mais profunda, tendo em vista a aparente inação do sistema judicial face ao problema. Assim, percecionamos todos que a presunção de inocência se encontra nas ruas da amargura, a partir do momento em que televisões e jornais “pegam” no assunto, numa “orgia” de repetições noticiosas unidirecionais, que nos entram por casa dentro a toda a hora, fruto da procura desenfreada de audiências, por parte dos grupos de comunicação social. Esta realidade tem escalado de tal forma que se dão ao luxo de anunciar publicamente que, na edição do dia seguinte, publicarão peças processuais, cirurgicamente escolhidas, relativas ao(s) cidadão(s) “A” e/ou “B”, identificando inclusivamente se estamos perante escutas telefónicas, interrogatórios ou outras. Significa isto que apregoam, perante o país, a prática de um crime, com a maior normalidade, na esperança de maiores audiências ou tiragens, na certeza de que ficarão mais uma vez impunes. O resultado, todos o percecionamos. Quando se chegar à “barra” do tribunal o(s) arguido(s) estarão publicamente julgados, a sua reputação manchada, e, quer se queira quer não, os Juízes, porque também são humanos, pressionados por meses/ anos de incessante “bombardeamento” noticioso unilateral, verão a sua tarefa bem mais complicada, fruto de uma expectativa popular formatada num determinado sentido. Chegados aqui questiona-se: da obrigatoriedade, ou não, do estado, neste caso via sistema judicial, garantir aos cidadãos os seus mais elementares direitos; do valor do segredo de justiça e da punição a quem repetidamente o viola; das relações de proximidade, ou outras, entre quem, dentro do sistema judicial, faculta as informações e quem as recebe e divulga; da relevância do direito ao bom nome e da possibilidade de quem é acusado se poder defender com os mesmos meios com que é diariamente incriminado; se será lícito substituir os tribunais por qualquer órgão de comunicação social. Não tendo formação jurídica, sou no entanto um cidadão deste país e, como tal, não devo, não posso, não quero ficar indiferente a um “cancro” que se vai alastrando, o qual ameaça os fundamentos do estado de direito, na medida em que descredibiliza irremediavelmente a justiça, face aos cidadãos que supostamente deveria proteger. Enfim, uma vergonha a que urge colocar, já, um ponto final. 25


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SOCIEDADE

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10ª EDIÇÃO DO DIA DO PORTO DE LEIXÕES COM RECORDE DE VISITAS IMAGENS APDL

Foram mais de 27 mil pessoas que visitaram a infraestrutura portuária e ficaram a saber um pouco mais sobre o funcionamento de umas das portas de entrada da cidade. Desde 2008 que se celebra com a população a existência do Porto de Leixões. Fonte da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) explica-nos a importância do Porto de Leixões na comunidade, a evolução e os objetivos das celebrações. Qual a importância do Dia do Porto de Leixões para a cidade e a comunidade? O Dia do Porto de Leixões celebra a existência da infraestrutura portuária e assinala-a junto da comunidade envolvente. Leixões é um porto que convive diariamente com as cidades 26

de Matosinhos e de Leça da Palmeira. Todos os dias, os moradores destes locais assistem ao movimento frenético da infraestrutura que é, cada vez mais, uma porta de entrada para a região. Por isso, o Dia do Porto de Leixões é uma oportunidade para que todos possam assistir de perto à dinâmica daquele que é um dos maiores portos da Península Ibérica. As visitas guiadas ao porto e ao terminal de cruzeiros, por exemplo, são atividades que, em todas as edições, recebem milhares de visitantes. Isto porque, de facto, as pessoas têm interesse e curiosidade em conhecer o processo de entrada e de saída de cargas. Para além de abrirmos “a nossa casa”, fazemos também questão de presentear a comunidade envolvente, pelo que entregámos o prémio ao melhor aluno/a de Matosinhos, um

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galardão que a APDL faz questão de formalizar todos os anos. Outra das iniciativas que apela à participação de todos é o concurso de fotografia “Focando o Porto de Leixões”. Anualmente, são distinguidos amadores e profissionais, algo que espelha a vontade de interagirmos com todos aqueles que assistem curiosamente às atividades portuárias. Como tem vindo a acontecer a evolução do Dia do Porto de Leixões ao longo dos anos? Desde 2009 que, no terceiro sábado do mês de setembro, abrimos as portas de Leixões para todos os que nos queiram visitar e conhecer o dinamismo da nossa atividade. O objetivo sempre foi claro: queremos que as pessoas contactem com a nossa realidade e a verdade é que temos vindo a superar expetativas todos os anos. Se nas primeiras edições recebíamos apenas visitantes locais, atualmente, vêm famílias de várias cidades nortenhas e, até mesmo, turistas que ouvem falar deste dia e não perdem a oportunidade de conhecer o segundo maior porto nacional.

Quais os objetivos com o Dia do Porto de Leixões? E foram superadas as expectativas? Como referido, o Dia do Porto de Leixões tem como objetivo celebrar a existência da infraestrutura portuária. Desta forma, abrimos as portas à comunidade que convive de perto com a dinâmica das atividades, assiste à chegada de navios e ao movimento das cargas que partem do porto para todo o mundo. Este ano, na 10.ª edição do Dia do Porto de Leixões, superámos todas as expetativas ao recebermos cerca de 27 mil visitantes. Um recorde que nos faz ter motivação para que todos os anos, ao terceiro sábado do mês de setembro, queiramos organizar um evento cheio de surpresas e de atividades, para todos aqueles que marcam na agenda a nossa festa.

NÃO FALTOU ANIMAÇÃO

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CARLOS MARINHO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

TERENCE TAO Terence Tao é um dos maiores matemáticos vivos do planeta Terra. Os amigos conhecem-no por Terry. (O seu pai, Billy Tao, é um pediatra de origem chinesa que realizou inúmeras pesquisas sobre a educação de crianças superdotadas e com autismo. A sua mãe, Grace, nasceu em Hong Kong e tem uma licenciatura em Física e Matemática. Grace Tao ensinou Física, Química, Ciências e Matemática em várias escolas secundárias, em Hong Kong e na Austrália. Terry é o filho mais velho. Tem dois irmãos mais novos: Trevor e Nigel.) Quando Terry tinha dois anos de idade, os pais perceberam que ele era diferente das outras crianças. Viram-no a ensinar crianças de cinco anos a soletrar e adicionar números e, quando lhe perguntaram como tinha aprendido essas habilidades, ele respondeu que tinha sido a ver a Rua Sésamo na televisão. Foi então que resolveram planear uma educação para Terry que lhe permitisse desenvolver as suas capacidades inatas, sem prejudicar o desenvolvimento emocional nem a inserção social. Tao recebeu inúmeros prémios, dos mais prestigiados, entre os quais a Medalha Fields, em 2006, considerada o Nobel da Matemática. O artigo que descreve a razão porque lhe foi atribuída a distinção, dá a seguinte visão da forma como pensa, em Matemática: “Terence Tao é um supremo solucionador de problemas, cujo trabalho espetacular teve impacto em várias áreas da Matemática. Ele combina pura potência técnica, um engenho do outro mundo, para encontrar novas ideias, e pontos de vista tão surpreendentemente naturais que deixa outros matemáticos surpreendidos: “Como é que alguém não viu isto?” Aos 31 anos de idade, Tao escreveu mais de 80 trabalhos de pesquisa, com mais de 30 colaboradores, e os seus interesses estendem-se por uma grande área da matemática, incluindo a análise harmônica, equações diferenciais parciais não-lineares, e combinatória. “Eu trabalho numa série de áreas, mas não as vejo como estando desligadas”, disse Terence, numa entrevista publicada no Relatório Anual Instituto de Matemática Clay. “Tendo a ver a matemática como uma matéria unificada e fico particularmente feliz quando tenho a oportunidade de trabalhar num projeto que envolve vários campos de uma só vez”. 27


DESPORTO

MATOSINHOS SURF CHALLENGE IMAGENS TÓ MANÉ

NOS venceu a primeira edição da competição organizada por uma parceria entre a Câmara Municipal de Matosinhos e a escola de surf Onda Pura. Trata-se de uma iniciativa com o objetivo de colocar várias empresas de grande importância e destaque nacional, numa competição saudável e fora do ambiente de trabalho. A promoção da modalidade, do espírito de equipa, da camaradagem entre surfistas e da praia de Matosinhos são outros dos grandes objetivos. Foram várias as empresas a marcar presença na edição inaugural da competição: NOS, Câmara Municipal de Matosinhos, IKEA, CEIIA, DEEPLY, SONAE Capital, Jornal de Notícias e Solinca.

EQUIPA NÓS EM AÇÃO

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AS EQUIPAS RECEBEM INSTRUÇÕES

O formato da competição baseou-se em formar equipas de quatro elementos, onde dois dos quais teriam que ter alguma experiência na modalidade, ao passo que os restantes não poderiam ter qualquer ligação à prática surf. De seguida, diversas provas, individuais e coletivas, colocaram à prova os participantes. Foram dadas pontuações em desafios como posições nas pranchas ou distâncias alcançadas. A NOS foi a grande vencedora, seguida pela Câmara de Matosinhos, a Deeply e a CEIIA. No final do dia, tempo ainda para um sunset de encerramento e entrega de prémios, num ambiente de confraternização entre diferentes equipas e participantes. OUTUBRO 2018 |


DESPORTO

CAMPEONATO NACIONAL DE PADEL IMAGENS QUINTA DE MONSERRATE / SOCIAL FOOTPRINT

A Quinta de Monserrate, em Matosinhos, é um dos locais onde se jogará a principal e mais importante etapa do circuito português, que será patrocinada pelo Casinosolverde.pt Entre os dias 4 e 7 de outubro, o Padel vai estar no centro das atenções da cidade. Com a particularidade de apenas contar com atletas portugueses, todos inscritos na Federação Portuguesa de Padel, a competição divide-se em quatro níveis (sendo o nível um o principal) de três diferentes categorias: Masculinos, Femininos e Mistos. João Bastos e Vasco Pascoal, que venceram o nível 1 de masculinos no campeonato da temporada transata, vão jogar em duplas distintas. João Bastos jogará com Diogo Rocha, atual nº1 nacional, enquanto que Vasco Pascoal fará parceria com Miguel Oliveira, jogador português com o melhor ranking internacional. Tratam-se dos principais favoritos à vitória final, com a curiosidade de não podermos deixar fugir a sã rivalidade entre Porto-Lisboa: João e Diogo são do Norte, enquanto que Vasco e Miguel vêm da capital portuguesa. “São esperadas mais de 300 duplas”, conta-nos António Leitão, Gestor Operacional da Quinta de Monserrate. “A competição, nas diferentes categorias e níveis, contará com qualificações e, mediante o número de participantes, será | OUTUBRO 2018

posteriormente dividido em grupos (caso existam até 11 duplas) ou quadros (caso o número mínimo seja 12), ou seja, o mesmo sistema utilizado pela Federação em outras etapas”. A competição dividir-se-á entre a Quinta Monserrate (Clube e Parque) e o Top-padel (Quinta do Fojo e Industrial). “Provavelmente será batido o recorde absoluto nacional de inscritos num torneio de padel, daí a necessidade de muitos campos para dar resposta à procura”, conclui António Leitão, que também pratica a modalidade, encontrando-se no top-16 nacional. De referir, ainda, a “explosão” que o padel está a ter em território português. Frederico Themudo, um dos fundadores da Quinta e treinador de ténis, conta-nos como surgiu a ideia de trazer o padel até Portugal e Matosinhos. “A Quinta surgiu em 2015, com a construção do Clube. Devido a ter vários alunos que participavam em torneios internacionais, principalmente em Espanha, fomos passando por várias academias. Todas elas, ou a grande maioria, já tinham campos de padel e era notória a rápida expansão da modalidade. Criou-se uma oportunidade e visto que já andava a planear a construção de uma Academia para dar as minhas aulas, foi juntar o útil ao agradável”, conclui um dos principais responsáveis pela progressão da modalidade no Norte do país e em Portugal. 29


POLÍTICA

CASA DA ARQUITETURA RECEBEU O PRIMEIRO-MINISTRO IMAGENS CMM

António Costa participou na cerimónia da assinatura de protocolo para a promoção da moda nacional. Depois da presença na inauguração da Casa da Arquitetura, em novembro de 2017, desta fez o primeiro-ministro deslocou-se a Matosinhos para participar na assinatura de um protoculo entre a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e a Associação ModaLisboa. Eduarda Abbondanza, presidente da Associação ModaLisboa e Adelino Costa Matos, Presidente da ANJE, também marcaram presença na cerimónia. O protocolo surge com o objetivo de melhorar as estratégias no desenvolvimento de eventos organizados por ambas as associações, nomeadamente o Portugal Fashion e o Moda Lisboa. Como não poderia deixar de ser, a Presidente da Câmara de Matosinhos Luísa Salgueiro abraçou e marcou presença na assinatura de mais um protocolo de desenvolvimento nacional com a marca de Matosinhos.

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JOSÉ CARLOS OLIVEIRA JORNALISTA

CIDADÃOS EXIGENTES

Pelas notícias, todos percebemos que os políticos portugueses já estão em campanha eleitoral. Se os que estão no governo, bem como os que lhes dão o apoio, “puxam dos galões” para destacarem “os resultados da obra feita”, os da oposição esforçam-se para destacar o que, na sua opinião, não foi feito ou foi feito de forma deficiente. Faz parte. O próximo ano terá dois atos eleitorais importantes e não é de estranhar que os políticos se movimentem no sentido de convencerem o maior número de eleitores. Como cidadãos exigentes, que todos devemos ser, convém que também “façamos os trabalhos de casa” estando assim preparados para não aceitar que nos vendam “gato por lebre”. Para que assim possa ser, torna-se necessário que não nos alheemos da política. Que ouçamos todas as propostas e que possamos escolher aquelas que achamos serem as melhores. Depois de tudo estar decidido ainda não é tempo de cruzarmos os braços. Temos de estar atentos ao que aqueles que elegemos vão fazer, manifestando o nosso contentamento com o que de positivo esteja a ser feito (já não se usa estarmos apenas dispostos a dizer mal) e o nosso descontentamento quando as promessas feitas não estejam a ser fielmente cumpridas. Nunca devemos esquecer que os políticos devem responder perante o país que os elegeu e que o país também somos nós. Os políticos sérios (que os há) não levam a mal que os cidadãos eleitores sejam exigentes e, se levassem a mal, o problema seria deles. Todos os portugueses devem, de alguma forma, constituir-se em avaliadores do trabalho que vai (ou não) sendo feito, pedindo satisfações aos que não estejam a corresponder às espectativas que criaram. Os políticos que se disponham a servir o país devem merecer um elogio da nossa parte e aqueles que prometeram servi-lo, mas que demonstrem apenas o desejo de dele se servirem, devem ser severamente condenados por aqueles que neles confiaram o seu voto. Precisamos, mais do que nunca, de ser cidadãos exigentes.

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MODA

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TRENDS ALERT (PART I) Tendências Outono/ Inverno NESTA EDIÇÃO TRAGO-VOS AS TENDÊNCIAS QUE VÃO “BOMBAR” PARA AS PRÓXIMAS ESTAÇÕES. TEXTO CAROLINA COSTA LEITE

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CINEMA

NAS SALAS

TIAGO LEÃO BLOG: SALA3

PEDRO E INÊS SIBÉRIA TÍTULO ORIGINAL: SIBERIA REALIZADOR: MATTHEW ROSS GÉNERO: THRILLER, ROMANCE ELENCO: ANA ULARU, KEANU REEVES, MOLLY RINGWALD, PASHA D. LYCHNIKOFF DURAÇÃO: 104 MIN

Se há um filme que representa bem o seu título é este, “Sibéria”, onde tudo está rígido como tudo: o argumento, as personagens e tudo o resto. Este foi dos filmes mais aborrecidos que vi nos últimos meses, senão de há anos. Atenção que já aconteceram situações assim, em que compreendi o ponto de vista de quem gostou do filme, mas aqui, simplesmente, não consigo entender. Aqui vemos Keanu Reeves como traficante de diamantes que tem de encontrar o seu contacto russo que está desaparecido para conseguir satisfazer um cliente. Temos um grande ênfase no seu caso amoroso com Ana Ularu, o qual é suposto nós nos importamos muito com isso pois, afinal de contas, esta relação é capaz de ser a melhor parte do filme. O que neste caso não quer dizer muito, já que tudo é realizado de maneira tão desinteressante. Têm algumas cenas que tentam ser intensas mas passam completamente ao lado. E eu gosto muito de Keanu Reeves mas não é um ator que se enquadre bem em qualquer papel... “Matrix”? Sim! “Drácula”? Credo não! “John Wick”? Sim, mais por favor! “Sibéria”? É para onde apetece fugir depois de ver o filme. Dita a regra que gostos não se discutem, por isso, deve haver alguém a gostar deste filme mas não conto com uma percentagem muito grande.

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REALIZADOR: ANTÓNIO FERREIRA GÉNERO: DRAMA TÍTULO ORIGINAL: PEDRO E INÊS ELENCO: JOANA DE VERONA, DIOGO AMARAL, CRISTOVÃO CAMPOS, VERA KOLODZIG, MIGUEL MONTEIRO, JOÃO LAGARTO DATA DE ESTREIA: 18/10/2018 DURAÇÃO: 2 H

Internado num hospital psiquiátrico por viajar de carro estrada afora com o cadáver da sua namorada Inês, Pedro recorda três vidas diferentes, simultaneamente e de forma indistinta. Deitado na cama de hospital, ou sentado no banco de jardim onde espera que a dor passe, Pedro recorda a vida com a sua amada Inês que é brutalmente assassinada ao longo dos tempos, apartando-o do seu amor incomensurável, que o deixa à beira da loucura e transforma um homem reservado e pacato, noutro sedento de vingança e justiça.

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PARA LER

PARA JOGAR O QUE NÃO PODE FALTAR A UM GAMER

UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO?

RED DEAD REDEMPTION 2 TEXTO VÍTOR PAIVA

ESTAR VIVO ALEIJA

LANÇAMENTO: 26 DE OUTUBRO 2018 DESENVOLVEDOR: ROCKSTAR GENERO: ACÇÃO/AVENTURA PLATAFORMAS: PLAYSTATION4, XBOX ONE

AUTOR: RICARDO ARAÚJO PEREIRA

Da crítica ao império dos telemóveis e das redes sociais ao elogio do silêncio, passando pela acérrima defesa da liberdade de expressão e pela metafísica do pecado, estes textos tanto falam de Cristiano Ronaldo como de Kierkegaard ou do Candy Crush. Pelo caminho, desmonta-se o mito da auto-ajuda, discutem-se eternos problemas de linguagem que só a RAP apoquentam, questionam-se intolerâncias alimentares e o complexo de Édipo, e levantam-se questões prementes para os casais da sociedade actual, como a escolha entre ter filhos ou ser feliz para sempre.

SEM CULPA, COM SABOR AUTOR: ANA BRAVO

Hoje em dia, são cada vez mais as pessoas que sofrem de alguma intolerância alimentar ou mesmo alergia. Por este motivo, Ana Bravo, reconhecida nutricionista preocupada em facilitar a vida das pessoas com uma alimentação saudável e simples, oferece-nos um amplo leque de receitas sem glúten, sem lactose, sem ovo e sem açúcar mas cheias de sabor. Porque ter de prescindir de alguns alimentos não quer dizer não poder desfrutar na mesa!

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O GTA do velho oeste, regressa passados 8 anos da sua estreia, em jeito de prequela. Foi em 2010 que a gigante Rockstar, trouxe até nós aquele que é considerado um dos melhores jogos já concebidos. Com gráficos fantásticos, um enredo denso, e um mundo aberto colosal. Agora numa nova geração de poderosas consolas, tudo promete ser melhor e claro maior. Cavalgar pelas longas planícies, assaltar comboios, disparar contra os nossos inimigos e dominar o laço. É apenas uma pequena parte do que este jogo de cowboys promete e cumpre. Com centenas de missões e um gigante mapa para explorar, e claro como não podia deixar de ser, um modo multiplayer online que promete. Preparem já as vossas armas, porque este Halloween vai ser passado no Texas.

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SAÚDE

NOVO CONSULTÓRIO VAI FUNCIONAR NO CS DE SÃO MAMEDE // ULSM reforça capacidade de resposta em Saúde Oral IMAGENS | TEXTO UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS

A Unidade Local de Saúde de Matosinhos vai reforçar a capacidade de resposta em consultas de Saúde Oral, disponibilizando, em breve, um segundo consultório a funcionar no Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta. Até agora, a resposta da ULSM em cuidados de Medicina Dentária estava centralizada no Centro de Saúde de Leça da Palmeira, para onde eram encaminhados os utentes das diferentes unidades de saúde que a integram. Tendo em conta a capacidade de resposta e a utilização exigida a este serviço, a cadeira de dentista aí existente acaba de ser substituída por um equipamento novo. Em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos, que vai comparticipar a aquisição de uma segunda cadeira de dentista, a instalar no Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta, a ULSM vai conseguir duplicar a capacidade de agendamento e resposta, ao mesmo tempo que disponibiliza um serviço de proximidade para os utentes desta área do concelho. Pioneira na prestação de cuidados de saúde oral, a ULSM abriu o primeiro serviço público de medicina dentária há 13 anos, no Centro de Saúde de Leça da Palmeira. Desde essa altura que a área da Saúde Oral tem sido considerada uma prioridade para a instituição, mas também para a Autarquia. Uma parceria que permitiu às Equipas de Saúde e Promoção da Saúde/Saúde Escolar da ULSM desenvolver uma dinâmica de resposta que passou por diferentes ações de formação e sensibilização junto das escolas do concelho.

SERVIÇO DE URGÊNCIA DO HOSPITAL PEDRO HISPANO/ULSM //Obras de remodelação na Triagem de doentes vai permitir melhorar o atendimento e acessibilidade TEXTO UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS

Em resposta à necessidade de melhoria das condições físicas para a prestação de cuidados aos utentes, o Serviço de Urgência do Hospital Pedro Hispano, integrado na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, deu início a 18 de setembro, às obras de remodelação da área de triagem de doentes. Esta intervenção foca-se na zona destinada à triagem de utentes com diferentes prioridades. A melhoria das condições de atendimento, do circuito do doente, tornando o espaço mais adequado e acessível para os utentes em maca e cadeira de rodas, além das preocupações com a segurança, 36

são os principais objetivos desta obra. Além desta intervenção, encontra-se em fase de aprovação um projeto mais alargado de requalificação do SU, considerado uma prioridade para a melhoria das condições de atendimentos, aos cerca de 200 utentes que recorrem diariamente a este Serviço de Urgência. Apesar das obras na zona de triagem, que deverão estar concluídas dentro de duas semanas, o Serviço de Urgência continua a funcionar com normalidade, garantindo o atendimento aos utentes. OUTUBRO 2018 |


GENTE DA NOSSA TERRA

TIAGO SÁ PEREIRA Com 27 anos de idade, Tiago Sá Pereira é um jovem promissor na área da comunicação social. Nascido em Matosinhos, traz o vermelho ao peito, não só pelo clube da terra, o Leixões, com quem simpatiza, mas também pelo Benfica, do qual é adepto ferrenho e sócio desde que nasceu. Desportos e viagens são dois interesses que o completam enquanto pessoa e muitas das vezes consegue aliar estes hobbies, acompanhando o clube de coração. Tiago Sá Pereira concilia a sua atividade profissional dando também apoio a um dos negócios da família: Porto Sports Bar, situado na Praça Filipa de Lencastre, no Porto. Acarinhado pelos que o rodeiam, desde família a amigos, Tiago é uma pessoa extrovertida, trabalhadora e dinâmica.

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CULTURA

OCEAN COAST FILM FESTIVAL IMAGENS OCEAN COAST FILM FESTIVAL

Aconteceu em Lavra a primeira edição do Ocean Coast Film Festival. Um festival de cinema que se estendeu ao longo de três dias, onde passaram filmes e curta-metragens de todo mundo. Dos vencedores do festival, destaque para “Free/Livre”, que venceu o prémio de melhor curta portuguesa e “Deirdre” que foi distinguido como a melhor curta-metragem. Fábio Santos é o responsável máximo do evento e explica-nos como surgiu a ideia de criar o festival de cinema e planos para o futuro. Como surgiu a ideia do Ocean Coast Festival? A ideia para fazer o Ocean Coast Film Festival surgiu da minha presença no River Bend Film Festival, em Goshen, nos Estados Unidos. Faço parte desse festival há já quatro anos e desde o meu primeiro ano lá que ficou aquela ideia de trazer um formato semelhante para a minha região. O nome surgiu um bocado pela parceria que temos com esse festival. Estando em Matosinhos, com o Oceano Atlântico mesmo ao lado, fazia sentido fazer uma wordplay relacionada com isso. O que é o Ocean Coast Film Festival? O Ocean Coast Film Festival é um festival de cinema como muitos outros que existem espalhados por todo o mundo. Toda a gente ouve falar em Cannes, Sundance e Veneza, mas 38

há pelo mundo um circuito enorme de festivais menos conhecidos que ajudam a projetar os pequenos e grandes projetos cinematográficos e fazê-los chegar ao público. É uma ótima forma de cineastas conhecerem e interagirem com o público e, pouco a pouco, construir a sua carreira. Vou dar o exemplo da curta-metragem “The Silent Child”, que se inscreveu e esteve presente no nosso parceiro, o River Bend Film Festival. Pouco a pouco, iam chegando as notícias que eles iam somando distinções e prémio atrás de prémios noutros festivais, até que acabaram por ser pré-selecionados para os Óscares. Mais tarde foram nomeados e posteriormente ganharam o Óscar de melhor curta-metragem. Quando chegou a altura de exibir o “The Silent Child” no River Bend, eles já traziam na mala a tão prezada estatueta. Quais as expectativas para a primeira edição do festival? As expectativas para o primeiro ano eram as de tentar fazer chegar a palavra que existíamos e estávamos cá para ficar. Queríamos que o público que estivesse no festival saísse de lá satisfeito e com vontade para regressar no próximo ano, com a família e os amigos. Foram superadas? Penso que o objetivo foi atingido. O feedback que tivemos durante o evento foi bastante positivo. Conseguimos fazer OUTUBRO 2018 |


pessoas chorar com alguns dos projetos que exibimos e isso é sempre um indicador positivo. Qual o número de pessoas que assistiram? É difícil de saber ao certo, dado que tivemos várias sessões com diferentes horários. Mas penso que na cerimónia de encerramento, por exemplo, estavam cerca de 150 pessoas. Projeta-se nova edição em Lavra? Sim, vamos agora fazer o balanço e aprender com esta primeira experiência. É possível que se façam algumas mudanças estruturais e a nível de calendário para que a próxima edição seja mais atrativa e chegue a um público alvo superior. Resta-nos meter mãos à obra e começar a preparar a segunda edição. Levar o Ocean Coast Film Festival a outros locais, nacionais e/ou internacionais, é um objetivo? A nossa parceria com o River Bend tem mesmo essa função, dar continuidade ao projeto de uma outra forma e passar a palavra da existência do festival. São essas dinâmicas que aumentam o valor, tanto de um festival, como do outro. Por outro lado, o River Bend já existe há 17 anos. Termos um parceiro internacional com esse peso ao nosso lado, só nos dá motivação para seguirmos em frente e pouco a pouco estabelecer o nosso lugar no panorama cinematográfico nacional e internacional.

VISITANTES CONFRATERNIZAM NO OCEAN COAST FILM FESTIVAL

PAULO GASPAR PROF. DOUTOR

DE COSTAS VOLTADAS…

A sociedade é sempre caraterizada por uma panóplia de situações com as quais temos de saber viver. No entanto, só as boas situações devem ser valorizadas para a vida ser um “caminho com sorrisos”. Todas as outras situações devem ser apenas impulsionadoras para mudanças que nos conduzam a “caminhos mais felizes”. A Escola, como organização integrante da sociedade, também espelha todo esse “ambiente social” onde se encontra inserida. Assim sendo, sou apologista da existência de um verdadeiro líder pedagógico na Escola, que tenha a capacidade de, não só motivar todos os professores, mas também que consiga envolver toda uma comunidade em prol do sucesso educativo dos nossos jovens. Se associado à existência desse líder pedagógico na Escola, existir um verdadeiro “líder educativo”, na sociedade, então estão criadas todas as condições para a (re)construção de uma “sociedade mais feliz”. Tudo isto vem a propósito do facto de, lamentavelmente, nos últimos meses, assistir-se a uma campanha vergonhosa e difamatória sobre os PROFESSORES, pelos mais diversos órgãos de comunicação social, sem uma intervenção digna de repúdio por quem deveria ser o nosso “líder educativo”. Com efeito, e pelo contrário, muitas das vezes essas mesmas notícias são associadas a pessoas que desempenham, embora transitoriamente, “cargos”. Se assim é, como é que é possível não assistirmos a uma intervenção direta e convicta de quem de direito, na desmistificação das falsidades que põem em causa o bom nome dos PROFESSORES? Em vez disso, permite-se a manipulação de notícias que configuram um PROFESSOR QUE NÃO EXISTE. A mudança não se legisla. A mudança só se consegue se todos os professores sentirem à sua volta, não só palavras de incentivo, mas ações que corroborem a ousadia que pretendem empreender. Os PROFESSORES querem olhar para o lado e olhar “olhos nos olhos” para quem os deve proteger, motivar… deixar voar… em vez de só os visualizarem, bem longes e… de COSTAS VOLTADAS.

CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO | OUTUBRO 2018

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CORREIO DO LEITOR

O ESTRANHO CASO ENTRE A SPB IBÉRICA S.A E UM CLIENTE Situação enviada por um leitor, o qual mantemos em anonimato, que reporta a forma de atuar da empresa seguradora SPB Ibérica S.A. num caso relativo a uma reclamação

CLIENTE “Exmos Senhores Comuniquei um sinistro (processo nºXXXXXXX) ocorrido com o meu telemóvel no dia X de Y. Após o envio de toda a documentação que solicitaram, recebi nota de “Aceitação do Sinistro” e pedido de pagamento de franquia, o que fiz de seguida. Incompreensivelmente, recebi hoje um mail vosso referindo a “Resolução do Processo”. No sentido de esclarecer o motivo, que para mim não estava devidamente explicito, contactei pelo telefone a Vossa Seguradora. Fui informado que aquando de um outro sinistro, ocorrido anteriormente, o arranjo do telemóvel ficou por um valor exatamente igual ao do valor segurado. Foi dito ainda que, por esse facto, a partir desse sinistro a Seguradora não assumia mais nenhum custo com reparações. Saliento os prémios de seguros já pagos: - 22 de abril - 7,99€ - 06 de junho - 7,99€ - 07 de agosto - 7,99€ Solicito ainda a V. Exas a melhor atenção para os seguintes pontos: - Em nenhum momento me foi comunicado o valor relativo ao arranjo do telemóvel resultante do primeiro sinistro. - Não houve qualquer informação por parte da Seguradora de que o valor coberto já tinha sido atingido. - No dia 7 de agosto debitaram o valor do prémio, sendo que nessa altura a Seguradora sabia que, na eventualidade de novo sinistro, o telemóvel, na prática, já não estava segurado. Não estranhei por desconhecer completamente essa situação. - Após envio de toda a documentação pedida aquando do segundo sinistro, efetuaram uma declaração de “Aceitação de Sinistro” e solicitaram inclusivamente o pagamento da franquia, o que fiz de seguida. Perante o exposto, muito estranho a forma como esta Seguradora procedeu à resolução do processo. 40

Com o devido respeito, entendo até que se pode encarar como uma situação de má fé. Com efeito, caso não tivesse ocorrido agora este sinistro os prémios continuariam, como aliás continuaram a ser debitados, sendo que o Seguro não teria qualquer efeito num eventual próximo sinistro. Ponho assim à consideração de V.Exas a boa resolução da situação na expectativa de que seja reposto aquilo que considero ser da mais elementar justiça e honestidade entre as partes. Com os melhores cumprimentos, Estimado Cliente Anónimo.”

SPB IBÉRICA S.A “Acusamos a receção do correio eletrónico encaminhado por V. Exa., que mereceu a nossa melhor atenção. Serve o presente email para informar que de acordo com os termos da apólice existe um limite anual das coberturas o qual se limitará sempre no valor correspondente ao preço de aquisição do Equipamento Seguro, conforme consta na fatura ou no respetivo formulário de adesão. Sendo que este processo é o segundo sinistro dentro da mesma anualidade, o valor do capital disponível após uma primeira reparação é de 0,00€. No entanto, a apólice contratada é uma apólice anual com pagamentos bimestrais, os débitos só podem ser cancelados em caso de solicitação do cliente, ou por desaparecimento do bem seguro por perda, roubo ou danos irreparáveis. Aguardamos comprovativo bancário, onde contenha os seguintes dados: NIB/ IBAN / SWIFT (por exemplo: talão multibanco), para devolução de franquia. Disponibilizando-nos para qualquer esclarecimento adicional, Subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos. Departamento de Qualidade”

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JOSÉ HENRIQUE CORREIA PROFESSOR DE HISTÓRIA

BRASIL DE LUTO

CLIENTE “Exmos Senhores Serve a presente mensagem para reafirmar a minha reclamação, pois, após receção da vossa resposta, ainda mais estupefacto fiquei. Com efeito: - V. Exas nunca me comunicaram que o valor do arranjo relativo ao primeiro sinistro esgotou o valor coberto; nunca poderia eu adivinhar tal situação. - Já após saberem que, na presente anuidade, o telemóvel não estava seguro, procederam ao débito do valor do prémio o que se considera perfeitamente abusivo. - Enviaram a nota de “aceitação de sinistro” e pediram o pagamento da franquia (o que fiz). Afinal aceitaram o sinistro, receberam a respetiva franquia e depois, estranhamente, decidem que afinal não aceitam a situação. - Quando após a Vossa mensagem de “resolução” contatei pelo telefone os vossos serviços e coloquei as questões acima, foi-me dito que o habitual nestas situações era a própria Seguradora denunciar o contrato e que o facto de não o ter feito se deveria a um “erro do sistema”. Na vossa resposta dizem que eu poderia ter denunciado o contrato. Iria fazê-lo porquê se não sabia que o valor coberto já estava esgotado? Competia a V. Exas terem-me informado. Estranhamente só o fizeram para se desresponsabilizarem do 2º sinistro, não obstante terem continuado a proceder ao débito do valor do prémio, que já não teria qualquer efeito na anuidade em causa. Posto isto, qualquer um percebe que a Seguradora não está a querer cumprir com os seus deveres tendo vindo até agora a adotar uma postura de desrespeito e desresponsabilização. É para isto que serve a Seguradora que serve os clientes da FNAC? Cumprimentos, Anónimo.”

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O incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, na noite de domingo 2 de setembro, destruiu uma jóia do património científico e histórico do continente americano. A causa do desastre ainda é desconhecida. A comunidade científica brasileira está de luto. O mundo científico está de luto. O incêndio foi declarado no início da noite, por volta das 19h30. As chamas espalharam-se pelos três andares, sem vítimas, mas destruindo uma considerável herança científica e histórica. O museu reunia um importante espólio arqueológico, paleontológico e botânico. Uma enorme coleção de insetos, mas também “o mais antigo fóssil humano das Américas”, segundo o Huffington Post. Apelidava-se ” Luzia”, sendo descoberto em 1974, na região de Minais Gerais. Particularmente apreciado pelo público, o Museu Nacional também contava com a coleção egípcia mais antiga da América Latina e uma importante herança histórica das civilizações afro-brasileiras e ameríndias pré-colombianos. “Foi uma tragédia anunciada”, afirmou um editor no site O Globo. A mais antiga instituição científica do país é vítima de décadas de negligência. Desde 2014, sucessivos cortes orçamentais ensombraram os custos de manutenção”. O museu, localizado a norte da cidade, no antigo palácio de São Cristóvão, curiosamente residência da família real no Brasil, no primeiro quartel do século XIX, é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por ocasião do 200º aniversário, uma contribuição especial de R $ 20 milhões (4,2 milhões de euros) foi disponibilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES): “Tivemos o projeto de remover todas as substâncias inflamáveis do museu...”, esclareceu o vice-diretor da instituição. A comunidade científica brasileira questiona diretamente o governo de Michel Temer, que cortou severamente os orçamentos públicos. “Um país está morrendo um pouco quando destrói sua própria história, concluiu um editor de O Globo. A tragédia deste domingo é uma espécie de suicídio nacional, um crime contra o nosso passado e contra as futuras gerações”. Uma tragédia sem dúvida. São a memória material e o encanto de grande parte das riquezas culturais brasileiras que partem. Ter conhecido aqueles edifícios e espólio extraordinários foi, então, um privilégio. 41


EVENTOS

FUMAR MÁ(TEMÁTICA) SOLUÇÃO Ação de Sensibilização aos jovens matosinhenses No âmbito do Dia Internacional do Ex-fumador, Carlos Marinho, professor de Matemática, decidiu organizar uma ação de sensibilização na comemoreção do sexto aniversário da data. A Escola Básica de Matosinhos recebeu o evento, que fundiu o cálculo matemático e geometria à saúde, para demonstrar alguns dos principais problemas do consumo de tabaco. Numa ação de consciencialização aos estudantes, Carlos refere alguns dos fatores encorajadores ao não consumo do tabaco. “Financeiramente, há motivos de sobra para não se fumar”. “Se tomarmos o exemplo de alguém que fume um maço por dia, ao fim de um mês, um fumador poderá passar pagar

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JOSÉ ARAÚJO, RUI LICÍNIO E DOMINGOS PACIÊNCIA FORMARAM O PAINEL DE CONVIDADOS

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as contas de casa (água, luz, telefone e gás) com o que poupa ao não fumar”. “Ao fim de dois meses, pode comprar uma Playstation nova para os filhos; seis meses depois poderá ir de férias, gratuitamente; com seis anos corridos, comprará um carro novo; e no final de 20 anos, pagará uma casa”. O Fumar Má(temática) Solução contou, ainda, com a presença da médica Joana Amado, que explicou as principais consequências na vertente da saúde, além de um painel de três ilustres convida-

dos. Domingos Paciência (ex-jogador e atual treinador de futebol), Rui Licínio (árbitro assistente de futebol de primeira categoria) e José Araújo, (locutor de rádio), todos não fumadores, contaram algumas das experiências pessoais com que conviveram ao longo da vida de cada um. Para Carlos Marinho, o “balanço da ação foi extremamente positivo”, existindo já a hipótese de replicar, por todo o norte do país, a consciencialização dos estudantes para o problema.

JOSÉ ARAÚJO NUM MOMENTO “SELFIE”

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EVENTOS

V CORRIDA PORTO DE LEIXÕES Evento ocorreu no passado dia nove de setembro e contou com mais 3000 participantes No passado dia nove de setembro, realizou-se nova edição de uma corrida que já conta com história em Matosinhos. Organizada pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e pela EventSport, com a colaboração do Centro de Cultura e Desporto da APDL, foram mais de 3000 participantes, divididos entre corrida e caminhada. Hugo Santos venceu na vertente masculina, enquanto que Marisa Barros foi a primeira mulher a cortar a meta. O grande objetivo da prova, que teve início no novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, é a promoção da saúde, bem-estar e da prática do desporto.

ALMOÇO DE FINAL DE VERÃO NA QUINTA DO DR. FILINTO COM A FAMÍLIA E AMIGOS

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“FOCANDO O PORTO DE LEIXÕES” Concurso anual distinguiu fotografias de diferentes categorias A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) celebrou a sétima edição do concurso fotográfico, onde profissionais e amadores partem em pé de igualdade. Os participantes tiveram a oportunidade de demonstrar as imagens captadas, relativamente aos três diferentes temas propostos: “Porto de Leixões”; “Livre”; e “Paisagem – natural, rural ou urbana”. Eis algumas imagens do evento.

FOI GRANDE A AFLUÊNCIA AO CONCURSO DE FOTOGRAFIA DA APDL

ALCINO OLIVEIRA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO GPL, ENTREGA PRÉMIO A RITA CARMO MARTINS

GUILHERMINA RÊGO, PRESIDENTE DA APDL COM FERNANDO LEDO, UM DOS PREMIADOS DA TARDE

ANTIGO PRESIDENTE DA APDL, RICARDODA FONSECA, COM JOSÉ PEDRO MARTINS, VENCEDOR DO TEMA LIVRE

MARCÍLIA MONTENEGRO, PRESIDENTE DO TGCL, A ENTREGAR O TERCEIRO PRÉMIO DO TEMA PAISAGEM A JOSÉ ANTÓNIO ABREU

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PERFIL

BIO: Sou um dos fundadores da banda Leceira, os “Souls of Fire”. Escrevo algumas letras, sou o segundo vocalista e faço-me à pista sempre de peito feito. Na bagagem levamos 3 discos de originais, estamos a caminho do quarto e já demos mais de umas centenas de concertos. Acredito que temos mais estrada pela frente do que aquela que já vencemos.

RATUSFARI IMAGENS FRANCISCO VASCONCELOS

IMAGENS PAULO SOUSA COELHO

MÚSICA PORQUÊ? Li um dia uma frase que dizia tudo: “A música e o ritmo emprestam graça e saúde tanto à alma como ao corpo” O QUE JÁ CONQUISTOU NESTE MUNDO? Todos os palcos que já galgamos, músicas originais que criamos e as experiências que vivemos são as maiores conquistas. Tudo aquilo que nunca nada nem ninguém nos poderá alguma vez roubar. HOBBIES? O Surf tem o lugar cimeiro no que toca a hobbies. Também adoro “perder” tempo com a fotografia e uns jogos de Padel. VIAGEM DE SONHO? A minha viagem de sonho é conseguir um dia chegar a velho, de barriga cheia de mil e uma experiências e com uns quantos discos de originais. PRATO FAVORITO? É muito difícil eleger um, mas arrisco no salmão grelhado. ALGUM NOVO DESAFIO EM MENTE? A experiência tem-me levado a manter o foco no presente. O maior desafio será contemplar o futuro com aquele otimismo destemido, característico de um jovem irreverente. Portanto será mesmo continuar a fazer parte desta maravilhosa empreitada que são os “Souls of Fire” e tentar ser uma peça ativa e positiva na continuação do caminho, rumo a muitos discos de originais. 46

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GASTRONOMIA

FICA PRESO PELOS PRATOS, A GRADE É UM BÓNUS SUGESTÃO NM

GRADE RESTAURANTE

Entrada Gambas fritas c/alho

IMAGENS GRADE RESTAURANTE

Situa-se em Leça da Palmeira e é um dos mais clássicos restaurantes da freguesia. A Grade destaca-se pelos cozinhados tradicionais e é composto por duas salas de jantar, ideias para jantares em família ou em grupo. Um espaço renovado e que tem vindo a sofrer melhoramentos com o passar dos anos, mantendo a “cara limpa e atual”. Oferece, ainda, a possibilidade de se realiza-

rem casamentos, batizados, congressos ou até festas temáticas. Quanto aos pratos, as especialidades variam entre o arroz de marisco e o bife do lombo no tacho. No entanto, podem sempre optar por sabores “de fora”. As lulas à setubalense ou o rosbife à inglesa são duas excelentes opções e que certamente o farão voltar.

Prato Lulas à Setubalense Bebida Vinho da casa Sobremesa Bolo de Bolacha Preço Médio 20€ pax

DE QUARTA-FEIRA A SEGUNDA-FEIRA ENTRE AS 12H – 15H E AS 19H – 23H TERÇA-FEIRA É O DIA DE FOLGA SEMANAL. RUA BRITO PAIS 217 LEÇA DA PALMEIRA 4450-628 MATOSINHOS TEL: 22 995 5761 48

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GASTRONOMIA

DIFÍCIL NÃO É ATRACAR, DIFÍCIL É ESCOLHER TERMINAL 4450

SUGESTÃO NM Entrada Bocado de Francesinha Prato Principal Tomahawk (2 pax)

IMAGENS TERMINAL 4450

Trata-se de um dos restaurantes mais procurados do Norte do país! O Terminal 4450 é já um dos maiores embaixadores gastronómicos de Matosinhos. Situado na margem norte do Porto de Leixões, o Terminal trata-se de uma típica Steakhouse americana, mas com uma vertente “aportuguesada”. Desde o Tomahawk ou do Costeletão Maturado 45 dias até ao Bocado de Francesinha ou às Papas de Sarrabulho, são muitas as possibilidades de escolha, todas com uma qualidade notável. Para acompanhar, destaque para a cuidada carta de vinhos, onde a variedade e qualidade satisfarão todos os que visitarem o local. É um espaço moderno, simples e que nos a um terminal de embarque, onde o atendimento cuidado é prioridade. | OUTUBRO 2018

Bebida Vinho Quinta do Pessegueiro (Tinto) Sobremesa Panacota de Coco e Goiaba Preço Médio 110€ 2pax AVENIDA DOUTOR ANTUNES GUIMARÃES TERMINAL 4450 LEÇA DA PALMEIRA, PORTO, PORTUGAL TEL: 919851933 DOMINGO A QUINTA-FEIRA: ENTRE AS 12H30 – 15H E AS 19H30 – 23H SEXTA-FEIRA E SÁBADO: ENTRE AS 12H30 – 15H E AS 19H30 – 24H SEGUNDA-FEIRA: FOLGA SEMANAL 49


ONDE COMER FORA?

VEJA A NOSSA SUGESTÃO

TAMBÉM HÁ PEIXE DO OUTRO LADO DO DOURO IMAGENS O ABRIGO DO PESCADOR

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Entrada Couvert e Azeitonas Prato Espetada de Gambas e Lulas

O ABRIGO DO PESCADOR Para quem não se importa de fazer uns bons quilómetros em busca de um manjar digno dos deuses, tem que experimentar o Restaurante Albatroz. Situado em Coimbra, este estabelecimento destaca-se pelos diversos cozinhados regionais portugueses, com ênfase no Leitão à Bairrada, feito em fornos semelhantes aos da capital do Leitão. Naco de vitela com queijo da serra ou bacalhau no forno à É do conhecimento público que todo o português está recheado de ditos populares. Um deles é que só sabe comer no Norte quem vai aos tradicionais e regionais. O Abrigo do Pescador é um dos muitos culpados da existência desta “teoria”. Situado na Marina da Afurada, o Abrigo é a definição do típico português: um fogareiro à porta, assados frescos e fei-

SUGESTÃO NM

tos na hora. As espetadas de gambas e lulas e as sardinhas destacam-se nos pratos de peixe, embora robalo ou bacalhau também façam parte da ementa. Para os apreciadores de carne, o entrecosto é uma escolha segura. Constituído por uma equipa do “Norte”, jovem e bastante convidativa ao espaço, o “Abrigo do Pescador” é a escolha da NM para o mês de Outubro. Albatroz são outras possibilidades em ementa. Para acompanhar uma chouriça assada em aguardente, ainda na fase das entradas, existe uma variada carta de vinhos de Norte a Sul do país. Por último, mas não menos importante, um doce da casa ou uma mousse de chocolate são perfeitos para a viagem de regresso ser feita com satisfação total.

Bebida Sangria Sobremesa Bolo de Bolacha Preço Médio 20€ por pax.

SEGUNDA A SÁBADO: 9H - 16H E DAS 18H ÀS 24H DOMINGO: 8H ÀS 16H FESTAS:8H ÀS 24H RUA AGOSTINHO ALBANO, Nº102 AFURADA VILA NOVA DE GAIA TEL: 22 772 9205

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ANTÓNIO DE SOUZACARDOSO

Restaurante A Marisqueira de Matosinhos Rua Roberto Ivens, 717 4450-255 Matosinhos E-mail: geral@amarisqueiradematosinhos.com Tlf.: 229 381 763

GRANDE MIGUEL!

Num País que vai lentamente descobrindo que uma das marcas distintivas de maior relevância e potencial económico é o Mar, não podemos deixar de enaltecer o trabalho desenvolvido, nesta área, pela gastronomia e, em especial, por um profuso conjunto de instituições de cariz ibérico que designamos vulgarmente por “Marisqueiras”. Em todo o País e, particularmente nesta região, tem sido Matosinhos o porta-bandeira desta ligação ao Mar que, estando no código genético da cidade, poderia ser ainda mais e melhor explorado. É de uma grande Marisqueira de Portugal que vos queremos hoje falar. Precisamente a Marisqueira de Matosinhos que foi sempre mais conhecida pelo nome dos seus protagonistas. Primeiro por Henrique Torres, o grande inspirador deste conceito na cidade, depois por Miguel Faria, que soube ser seu digno sucessor e que comanda com suave, mas eficaz, liderança, esta que é uma das melhores casas do género em todo o Mundo. Servido hoje de bom e próximo estacionamento, a Marisqueira de Matosinhos apresenta-se num espaço assea-

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do e luminoso, com uma amesendação cuidada e familiar. O sucesso da casa baseia-se em 3 segredos principais: Primeiro - um serviço inexcedível de simpatia, disponibilidade e rigor. Quantas casas de boa comida se condenam por um serviço, desmazelado ou periclitante? Não é este o caso. Miguel Faria comanda, com brilhantismo, uma equipa de grandes profissionais de restauração. Segundo - uma irrepreensível qualidade no produto. O peixe e marisco garantem autenticidade, frescura e proveniência. Do melhor que há no Mundo. O mesmo na carne, sempre certificada e sem qualquer reparo de qualidade ou de origem. Finalmente, uma enorme simplicidade de processos. O que é bom, só precisa de ser aclarado! E é isso que se faz, com exuberante simplicidade, na Marisqueira do Miguel. Nos mariscos, como diz o Miguel, é tudo bom. Mas não podemos deixar de recomendar o lavagante com arroz de manteiga, uma explosão palatina de elevado coturno. O camarão da costa e

os perceves completam esta onda marinha que nos lava a alma e nos conquista os sentidos. No peixe, uma grelha soberba à altura dos grandes de Matosinhos, com peixe fresco de gabarito superior. Nem vale a pena seleccionar – é só perguntar o que está a sair. Na carne, referência para os “rolhas” do lombo e da vazia e para a carne de porco à alentejana, adotada na casa com esmero e representada com notável sapidez. Um destaque, ainda, para os menus do dia – tudo pratos representativos da boa gastronomia nortenha – desde o bacalhau à brás, às Terças, ao polvo assado, às Quintas e ao cabrito e às tripas, inolvidáveis, ao Sábado e Domingo. Sobremesas de boa estirpe, com a fruta laminada e os doces regionais (excelente leite creme) à cabeça. Garrafeira ampla e generosa, sem ser especulativa, como muitas vezes ocorre em casas deste gabarito. E pronto, está tudo visto. Parabéns ao Grande Miguel, que na sua “verde” suavidade e simpatia, sabe reunir à mesa: o “azul”, o “vermelho” e todas as cores e sabores do mundo.

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BERNARDINO COSTA

VAI UM COPO? LA BOHÈME

VALLE PRADINHOS ROSÉ 2017

Considerado por muitos, e por muitos anos, como o parente pobre dos vinhos, os vinhos rosés, felizmente, começam a ver-se livres desse estigma e ostracismo. Aos poucos começam a ocupar o lugar que lhes é justo. Para além da sua intemporalidade, dadas as características, são vinhos ótimos para serem degustados como aperitivo, na companhia de pratos leves, ou até para celebrações. Pois bem, sendo assim, caros leitores: a nossa sugestão, no que aos prazeres de baco diz respeito, e sendo, também um grande “viva” aos produtores que sempre acreditaram neste tipo de vinho: é o Valle Pradinhos Rosé 2017. Produzido pelo Casal de Valle Pradinhos, na zona de Macedo de Cavaleiros, e cujos vinhos são sobejamente conhecidos, pese embora com menos cor que nos anos anteriores, não deixamos de estar na presença de um belíssimo vinho. O Casal de Valle Pradinhos é uma exploração agrícola com 350 hectares, estabelecida em 1913 e propriedade da família Pinto de Azevedo, desde então. Os vinhos aqui produzidos são uma combinação de castas indígenas, como a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Malvasia Fina, com reputadas castas internacionais, nomeadamente Cabernet Sauvignon, Gewürztraminer e Riesling. 52

Região: Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes Castas: Touriga Nacional (60%) e Tinta Roriz (40%) Álcool: 12,5% PVP: 6,50€ aprox Enólogo: Rui Cunha Produtor: Casal de Valle Pradinhos www.vallepradinhos.pt

Notas de prova: Cor salmão brilhante e límpida. Aroma jovem, mas delicado, com boa intensidade e complexidade, onde sobressaem as notas a frutos vermelhos silvestres maduros, bem como os de caroço, notas florais também a fazerem-se. Na boca revela-se seco, macio e cremoso, a confirmar todas as notas olfativas, acidez refrescante. No ponto diria. Final de boca persistente e muito elegante. Deverá ser degustado bastante fresco 10 a 12ºC, ideal como aperitivo.

Na Rua das Galerias de Paris, encontra-se um espaço inovador, com um conceito de encontro e partilha. Um local inspirado na arte nova francesa, com “todos os elementos gráficos e composições ilustrados e redesenhados manualmente para a marca”. Assim se define o La Bohème, onde o vinho, a música ou as tapas são algumas das imagens de marca e de importância assinalável. Além de para consumo no próprio local, existe uma garrafeira que oferece a oportunidade a qualquer visitante de comprar uma garrafa de vinho e a levar para casa ou oferecer a alguém. E como quem convive entre amigos, gosta sempre de “picar”, há toda uma variada carta de tapas para o momento. A música completa “um universo descontraído mas sofisticado, cosmopolita mas acolhedor”.

DOMINGO A QUINTA-FEIRA DAS 18H ÀS 2H SEXTA-FEIRA E SÁBADO DAS 18H ÀS 4H SEGUNDA-FEIRA FOLGA SEMANAL RUA GALERIA DE PARIS, 40 PORTO TEL: 222015154

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BEM-ESTAR

INGESTÃO DE ÁGUA TEXTO JOÃO ALMEIDA

Como sabe, nós somos formados por setenta por cento de água. Este fluido atua como solvente de líquidos do corpo humano; executa a regulação da temperatura corporal, principalmente no processo de transpiração; age como importante lubrificante em diversos órgãos e outras partes do corpo; e atua como meio de transporte de iões e moléculas, principalmente nos processos de transporte intra e extracelulares. Muitas vezes deixada de lado no nosso dia-a-dia, este nosso composto, 54

encontra-se presente em todos ou quase todos os alimentos. Isto é muito importante, visto que a estrutura responsável por nos avisar quando temos sede e/ou fome é a mesma, ou seja, percepciona que existe a necessidade de ingestão de água. Mas, como estamos mais habituados a comer do que a beber, o que acha que fazemos quando o “alarme” dispara? Exactamente, comemos. Nós somos um ser de hábitos, tal como qualquer outro animal, ou seja, temos

que nos educar para criar novos hábitos, o que leva tempo. Existe quem defenda que demora cerca de vinte e um dias a criar um novo hábito, mas, na minha opinião, demora o tempo necessário para que perceba o porquê de o fazer e quais as vantagens relativamente ao hábito antigo. Diariamente as normas de ingestão de água são de trinta a trinta e cinco ml de água por quilograma de peso. A título de exemplo, um individuo com 70kg deverá beber entre dois a dois litros e OUTUBRO 2018 |


meio, por dia. Parece muita coisa, mas lembre-se: o Hipotálamo (a tal estrutura reguladora da sede/fome) não distingue fome da sede, ou seja, quando sentir fome, beba um a dois copos de água. Se sentir fome mesmo assim, é porque é fome. Antes das refeições, tente parar de beber água nos vinte minutos antecedentes, para que o seu estômago não dilate. Se esta estrutura estiver dilatada, a

RECEITA NM GUACAMOLE

Ingredientes 2 abacates 1 cebola roxa pequena 1 dente de alho 1 tomate Coentros frescos Sumo de 1 limão Sal e Pimenta

probabilidade de comer mais, é maior. Por outro lado, durante a refeição, beba entre 150 a 250ml de água, pela questão referida anteriormente. E depois da refeição? Bem, depois da refeição, dê uns 30 a 45 minutos, para que o processo de digestão não seja influenciado negativamente. (Como nota final, pesquise sobre as experiências de Masaru Emoto com as moléculas da água. É muito interessante perceber que a água reage a palavras positivas e negativas de forma diferente, ou seja, se nós somos constituídos maioritariamente por água, imagine o que acontece dentro de si aquando fizer a observação destas experiências.) – Pode ser preciso cortar. | OUTUBRO 2018

Modo de preparação: 1.Retire a polpa do abacate e amasse com o garfo. 2.Coloque numa tigela e misture a cebola picada, o alho picado, o tomate picado sem sementes, e os coentros frescos. 3.Adicione o sumo de limão e misture com uma colher. 4.Temperar com sal e pimenta

SUGESTÃO: SIRVA COM UMA TORTILHA E FRANGO DESFIADO.V

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NA MINHA FREGUESIA U.F. S. MAMEDE DE INFESTA E SENHORA DA HORA

PASSEIO SÉNIOR 2018 // Presidência Ativa IMAGENS | TEXTO U.F.S.MAMEDE INFESTA

A Junta da União das Freguesias, no âmbito do pelouro da Ação Social, coordenado pela Dra. Marta Luisa Dias, organizou mais uma edição do Passeio Sénior. Destinado a todos os seniores residentes nas Freguesias de São Mamede de Infesta e da Senhora da Hora, ficou marcado pela forte participação da população alvo, envolvendo cerca de 700 seniores do concelho. Á semelhança de anos anteriores, com esta iniciativa, a Junta União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora quis prestar tributo aos mais seniores, que, ao saírem do seu meio habitual de vida, dão prova da vitalidade e do valor que oferecem à sociedade. Face a isto, trata-se de uma atividade que assume um papel social junto da população idosa das nossas 56

LEONARDO FERNANDES PARTICIPOU NO PASSEIO SÉNIOR

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freguesias. Visa proporcionar momentos de convívio e animação, bem como a valorização pessoal e social de todos os que participaram no evento. Os 700 participantes, previamente inscritos nas respetivas Juntas de Freguesia, foram distribuídos pela localidade onde residem. Estiveram presentes, para além de todo o executivo da União das Freguesias, a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos Luísa Salgueiro. A Quinta da Malafaia proporcionou aos participantes uma tarde de tradições minhotas bem vincadas. Após um magnífico almoço, a tarde foi marcada por uma panóplia enorme de folclore da região (Rancho, baile, teatro humorístico, Marchas Populares, entre outros). Durante a festa, o Presidente Leonardo Fernandes, responsável máximo por mais uma edição do passeio sénior, dirigiu-se a todos os presentes sublinhando a importância de dias como este: “…são dias fantásticos, de convívio, de amizade e de cordialidade entre pessoas…” A edição 2018 do Passeio - Convívio dos Seniores da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora foi um sucesso enorme. Uma vez mais, procurou-se aliar o convívio e animação dos participantes a uma vertente cultural. Nomeadamente aos hábitos e costumes minhotos, onde se superou os objetivos e as expectativas quer dos promotores da atividade, quer dos participantes.

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NA MINHA FREGUESIA J.F. PERAFITA, LAVRA E SANTA CRUZ DO BISPO

MERCADO DE RUA A centralidade de Perafita recebeu, durante 3 dias, a primeira edição do “Mercado de Rua”. O Mercado, localizado no campo de jogos do Conjunto Habitacional da Guarda, reuniu uma diversidade de artigos, gastronomia, apresentados por 20 expositores. À venda associou-se um programa de animação com as atuações de “DUO JJ”, “Bruno Alex” e “JOTA”. Até ao final do mandato, o Executivo da Junta de Freguesia garante que o evento é para repetir, uma vez que é um projeto que irá permitir dar uma nova vida à Vila.

FESTAGRO A primeira festa agrícola de Matosinhos terá como berço a Vila de Lavra. Será, garantidamente, a janela aberta para promover a ruralidade rica e diversa do norte do concelho de Matosinhos. FEST’AGRO - Feira Agrícola, decorreu entre os dias 28 e 30 de setembro de 2018 e conta com diferentes exposições desde pecuária, máquinas agrícolas ou fumeiro até ao artesanato. A animação esteve a cargo de “Augusto Canário e Amigos”, “Alma Band” e “Banda Alfa 2”. O Executivo da Junta de Freguesia realça que “o objetivo passa por dar continuidade ao crescimento sustentado da vida rural do território e pretende que a Feira seja um evento de referência do setor agrícola”.

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CONCURSO DE FOTOGRAFIA Enviem-nos as vossas melhores fotografias de matosinhos para geral@noticiasmatosinhos.com, juntamente com o nome e legenda. a melhor será publicada na edição seguinte da revista NM Matosinhos

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MATOSINHOS SPORT

MATOSINHOS, MAR DE DESPORTO! IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS SPORT

Nos dias 1 e 2 de setembro, a marginal de Matosinhos foi ocupada com 2 piscinas exteriores de água doce, atividades e desportos radicais. Demonstrações de desportos individuais e coletivos, desportos aquáticos e de areia foram outros dos pontos fortes da iniciativa. A marginal transformou-se, assim, num amplo complexo desportivo ao ar livre. Permitiu experimentar ou praticar um grande número de atividades físicas, preparando o corpo para o quase inevitável regresso ao trabalho. A organização esteve a cargo da Câmara Municipal de Matosinhos, da Matosinhos Sport, do Grupo Desportivo Basquete de Leça e várias outras instituições desportivas de Matosinhos. O evento marcou o início de uma nova época desportiva de dezenas e dezenas de instituições e milhares de atletas matosinhenses. A Presidente da Câmara e do Conselho de Administração da Matosinhos Sport, Luísa Salgueiro, acompanhada da Administradora da Matosinhos Sport, Helena Vaz, marcou presença neste grande evento desportivo. Como não poderia deixar de ser, Luísa Salgueiro deixou um agradecimento a todos os que participaram, e, em especial, a todas as insti60

tuições e organizações que colaboraram e tornaram possível a concretização do evento, que muito diz da força e vitalidade do associativismo desportivo no concelho.

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MATOSINHOS SPORT

AQUA PILATES // Piscinas Municipais de Matosinhos passam a dispor de nova modalidade já a partir do próximo mês IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS SPORT

O Aqua Pilates junta os exercícios e benefícios do conhecido método Pilates (modalidade originalmente praticada no solo) às condições proporcionadas em ambiente aquático e efeitos terapêuticos. A redução da gravidade ou a diminuição do stresse sobre as articulações, são alguns dos efeitos. A técnica segue alguns princípios, entre eles: respiração, concentração, centro de força, controlo e precisão, entre outros. Pode ser ministrada por fisioterapeutas e professores de educação física, bem como outros profissionais, devidamente creditados para tal. São conhecidos diversos benefícios da prática da atividade, como a estimulação do sistema circulatório, aumento da mobilidade e o reforço das articulações. O desbloqueio da respiração, aumento da força e alongamento muscular, melhoria na postura e diminuição das tensões e ainda uma

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enorme sensação de relaxamento são outros aspetos positivos. A conjugação de exercícios do Aquafitness com Pilates irá fazer com que a modalidade seja aprazível e que os benefícios da mesma se façam sentir. Nas aulas, os alunos poderão executar os movimentos com o auxílio de materiais, de flutuação ou arrasto, ou então utilizando unicamente as propriedades da água com o auxílio, tanto dos membros inferiores como superiores. Esta modalidade alarga o leque de atividades da Matosinhos Sport, constituindo mais uma razão para visitar a rede municipal de piscinas, que atualmente disponibiliza mais de 20 atividades distintas para os clientes. Mais info em www.matosinhosport.com

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MATOSINHOS HABIT

O PÕE-TE A MEXER CHEGOU AOS CONJUNTOS HABITACIONAIS! IMAGENS | TEXTO MATOSINHOS HABIT

Chegar a todo lado e proporcionar a todos, gratuitamente, os benefícios associados à prática desportiva é um dos objetivos deste programa de desporto informal da Câmara Municipal de Matosinhos, desenvolvido pela Matosinhos Sport há mais de uma década. Neste mês de Setembro, em parceria com a MatosinhosHabit e a União de Freguesias de São Mamede Infesta e Senhora da Hora, o Põe-te a Mexer vai a 4 Conjuntos Habitacionais do concelho, constituindo-se como mais uma razão para praticar desporto e valorizando espaços públicos onde decorre, para além das habituais marginais, praias ou jardins. No passado dia 8 de setembro, a atividade decorreu no Conjunto Habitacional Caixa Têxtil. Emanuel Azevedo, professor da Matosinhos Sport, abrilhantou este evento com Zumba e danças latinas, entre outros ritmos, e Janinha Gonçalves proporcionou uma “super-aula” de Fit Brasil, contribuindo para uma manhã diferente e extremadamente animada.

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Esta atividade teve mais três edições gratuitas, no dia 15, nos Conjuntos Habitacionais Estádio do Mar I e III, seguindo-se o das Laranjeiras, a 22, e os do Seixo I e II, a 29 de Setembro. Recorde-se que o Conjunto habitacional Estádio do Mar I data de 2004 e pertence à freguesia da Senhora da Hora, onde a MatosinhosHabit é gestora de 56 Habitações; já o Conjunto

Habitacional Estádio do Mar III (também sito na Senhora da Hora, mas mais recente, de 2012) a MatosinhosHabit é gestora de 12 Habitações. O C. H. das Laranjeiras (datado de 2004) pertence à freguesia de S. Mamede Infesta, tal como os C.H. Seixo I (de 1992) e Seixo II (de 1999) onde a MatosinhosHabit é gestora, respetivamente, de 106, 230 e 94 habitações.

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CORREIO DO LEITOR

O QUE SE DIZ NO CONCELHO? DO BANCO PARA A UNIVERSIDADE: CRÉDITO PARA ESTUDANTES LÍGIA GUIMARÃES

As ruas de Matosinhos estão cheias de lixo e folhas. Os bueiros repletos, quando vierem as chuvas, a água não vai conseguir escoar. Uma vez que pagamos uma taxa para o urbanismo na fatura da água, devia haver mais limpeza. Os varredores quase não se veem.

SANDRA NUNES

É inadmissível não existirem casas de banho públicas de apoio às praias de Matosinhos e Leça da Palmeira. É também necessário o melhoramento do pavimento da marginal de Leça da Palmeira, o atual é uma vergonha!

RITA GOMES COSTA

Iluminação na marginal de Leça da Palmeira! À noite a malta parece que passeia com uma lanterna.

PAULO VENTURA

Em vez de apertarem as estradas, deveriam eram alargá-las. Cada vez há mais transito e mais condutores, o que é normal pois a população está a aumentar. Logo, deveriam criar formas de fluidez e não o contrário.

Propinas, livros, alojamento: nem sempre se consegue encaixar a ida para a universidade no orçamento familiar. Pedir um crédito específico para financiar os estudos pode ser a solução. Não sendo a ideal, é possível. Os créditos específicos para pagar estudos superiores ou outras formações distinguem-se dos comuns empréstimos pessoais, por apresentarem algumas vantagens, como juros mais baixos, comissões menores e por permitirem a possibilidade de se receber o financiamento em tranches, poupando nos juros. Analise a TAEG (a taxa que reflete todos os custos do financiamento) para comparar. No entanto, nem todos os bancos disponibilizam este produto e é necessário comprovar a inscrição ou a frequência na instituição de ensino. Outra vantagem deste tipo de crédito é a eventual possibilidade de dispor de isenção de custos iniciais ou comissões mensais, dependendo do banco. O crédito para estudantes oferece, ainda, a possibilidade de se definir um período de carência de amortização do capital. Ou seja, nos primeiros anos pagam-se só juros e as prestações são bem mais reduzidas. Mas adiar a amortização do capital é fazer subir a conta dos juros no final do contrato. Não aconselhamos esta escolha. Uma boa opção é receber o financiamento de forma parcelar ao longo de uma parte do prazo contratado. Outra boa ideia é ter boas notas, pois alguns bancos preveem uma redução do spread aplicado ao crédito, se o estudante tiver uma boa média. De qualquer forma, a melhor ideia de todas, claro, é não precisar de recorrer ao crédito para estudar na universidade. Crédito que é crédito vem associado às palavras “juros” e “custos”.

LILIANA TRINDADE

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HORÓSCOPO CARNEIRO

BALANÇA

21 mar. a 20 abr.

24 set. a 23 out.

Conhecidos por serem: Conquistadores, honestos e teimosos.

Conhecidos por serem: Compreensivos, sociáveis e indecisos.

Este mês: Administre corretamente o seu dinheiro e evite os desperdícios, faça o melhor possível, cumpra suas tarefas e confie nas melhorias.

Este mês: Tente manter o diálogo com as pessoas que gosta, assim, sempre terá alguém para o ouvir quando precisar.

TOURO

ESCORPIÃO

21 abr. a 21 mai.

24 out. a 22 nov.

Conhecidos por serem: Persistentes, decididos e possessivos.

Conhecidos por serem: Determinados, meticulosos e vingativos.

Este mês: Seja agradecido pelo ar que respira, até mesmo pelas fases mais difíceis, uma vez que contribuem para o seu crescimento interior.

Este mês: Fique de atento às oportunidades que vão surgir na sua vida profissional, poderá dar um salto de qualidade na carreira, explore suas virtudes.

GÉMEOS

SAGITÁRIO

22 mai. a 21 jun.

23 nov. a 21 dez.

Conhecidos por serem: Comunicativos, Companheiros e preguiçosos.

Conhecidos por serem: Aventureiros, sonhadores, os eternos insatisfeitos.

Este mês: Neste momento, a sua personalidade estará mais amadurecida, portanto, em família e nas suas amizades tente cultivar a tolerância e a compreensão.

Este mês: Sorria e veja o que o rodeia com positivismo, tire um tempo para si, saia e procure relaxar.

CARANGUEJO

CAPRICÓRNIO

22 jun. a 22 jul.

22 dez. a 20 jan.

Conhecidos por serem: Criativos, terem um excelente sentido de humor e bastante emotivos.

Conhecidos por serem: Disciplinados, responsáveis e pessimistas.

Este mês: Aprenda a equilibrar os seus ganhos e saiba como empregar bem o seu dinheiro, afinal de contas “ não caiu do céu”, lembre-se o quanto lutou para o ganhar.

Este mês: Não deseje o impossível, pois será o caminho para a frustração, querer o possível é começar a construí-lo.

LEÃO

AQUÁRIO

23 jul. a 22 ago.

21 jan. a 20 fev.

Conhecidos por serem: Criativos, fortes e vaidosos.

Conhecidos por serem: Divertidos, companheiros, temperamentais.

Este mês: Use menos as emoções nas suas decisões, tenha mais otimismo e muito pensamento positivo.

VIRGEM

AGENDA 3 DE OUTUBRO

5 DE OUTUBRO

Tóssan Casa do Design

Meeting Atletismo Complexo Desportivo de Leça da Palmeira

5 A 28 DE OUTUBRO

28 DE OUTUBRO

Wave Series Matosinhos

Duas Casas Casa da Arquitetura

27 A 30 DE OUTUBRO

Este mês: Confie mais em si e evite pensamentos pessimistas. Boas notícias estão para chegar.

PEIXES

23 ago. a 23 set.

21 fev. a 20 mar.

Conhecidos por serem: Perfecionistas, observadores e extremamente críticos.

Conhecidos por serem: Sensíveis, românticos e sonhadores.

Este mês: A sua grande força e determinação unidos a imaginação criativa, permitirão que vença as dificuldades e obtenha sucesso nos seus projetos.

Este mês: Está numa ótima fase na sua vida profissional, os seus projetos serão bem aceites e terão bons resultados, aproveite este momento.

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OUTUBRO 2018 |


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REPSOL A4 Av. da Liberdade, Matosinhos

JOSÉ P. OLIVEIRA, LDA Rua alfredo e Cunha - Loja 1.115 4450-023 Matosinhos

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POLANA Av. Dr. Fernando Aroso 176, 4450-602 Leça da Palmeira

TABACARIA TOMÁS Rua de Tomaz Ribeiro 475, 4450-041 Matosinhos

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GARAGEM SOLMAR Rua de Alfredo Cunha 546, 4450-022 Matosinhos

H&D PAPELARIA Rua Alberto Laura Moreira Jr 289, Leça da Palmeira

JOSÉ P. OLIVEIRA, LDA Rua alfredo e Cunha - Loja 1.115 4450-023 Matosinhos

LAVIN Av. Dr. Fernando Aroso 562, 4450-662 Leça da Palmeira

PAPELARIA BRINDEL R. Conde Alto Meirim, 1185, Matosinhos

PAPELARIA GALERIA R. Hintze Ribeiro 643, 4450-650 Leça da Palmeira

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