Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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CONCÍLIO VATICANO II: 50 ANOS DEPOIS

PE. GERAL VISITA PROVÍNCIA DA ÁFRICA

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ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA REPAM

JESUÍTAS BRASIL

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INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL EDIÇÃO 20 ANO 2 NOV-DEZ 2015

DESAFIOS E CONQUISTAS DA BRA SUPERIORES DE PLATAFORMAS APOSTÓLICAS CONTAM COMO TEM SIDO O TRABALHO NESSE PRIMEIRO ANO APÓS A CRIAÇÃO DA ÚNICA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL especial pág. 12




SUMÁRIO

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EDITORIAL

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Província BRA: estamos em construção

CALENDÁRIO LITÚRGICO

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MUNDO † CÚRIA GERAL

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AMÉRICA LATINA † CPAL

O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA † SANTA SÉ

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Papa Francisco visita continente africano 50 anos do concílio Vaticano II

ESPECIAL

Um único corpo apostólico

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Pe. João Geraldo Kolling, SJ

PRIMEIRO ANO APÓS A CRIAÇÃO DA ÚNICA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL

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ENTREVISTA † PEREGRINOS EM MISSÃO

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EDIÇÃO 20 | ANO 2 | NOVEMBRO - DEZEMBRO 2015

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Padre Geral visita a Província da África Oriental Relatório final do Sínodo dos Bispos

A Coroa do Advento Provincial e Superiores das Plataformas Apostólicas em Manaus Encontro latino-americano da REPAM em Bogotá

GOVERNO

Novo coordenador de Fé e Alegria Internacional

JUVENTUDES E VOCAÇÕES

Companhia de Jesus celebra ordenação de diáconos


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INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL JESUÍTAS BRASIL

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SERVIÇO DA FÉ

EXPEDIENTE

Jesuíta conquista Prêmio Ratzinger de Teologia EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI) CONTATO NCI noticias@jesuitasbrasil.com www.jesuitasbrasil.com DIRETOR EDITORIAL Ir. Eudson Ramos EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL Silvia Lenzi (MTB: 16.021) REDAÇÃO Juliana Dias DIAGRAMAÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS Handerson Silva ANÚNCIO Dimas Oliveira e Handerson Silva

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PROMOÇÃO DA JUSTIÇA E ECOLOGIA

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DIÁLOGO CULTURAL E RELIGIOSO

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Alunos promovem campanha de doação de sangue

Revista Jesuítas Brasil, 74 anos de história Arquivo Ignacio Ellacuría, patrimônio da América Latina

EDUCAÇÃO

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COLABORADORES DA 20ª EDIÇÃO Dayane Silva, Pe. Francisco de Assis Secchim Ribeiro, Glauber Vianna, Lisiane Mossmann, Marci Nunes, Vinícius Soares Pinto e Ana Ziccardi (revisão). Um agradecimento especial a todos que colaboraram com a matéria especial dessa edição. FOTOS Banco de imagens / Divulgação TRADUÇÃO DAS NOTÍCIAS DA CÚRIA Pe. José Luis Fuentes Rodriguez

Curso da Unicap conquista conceito máximo do MEC Colégio Loyola promove simulação da ONU Alunos são premiados na Olimpíada Brasileira de Robótica Colégio Medianeira promove Feira do Conhecimento

NA PAZ DO SENHOR

JUBILEUS E AGENDA

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EDITORIAL

PROVÍNCIA BRA: ESTAMOS EM CONSTRUÇÃO

N Pe. João Renato Eidt, SJ Provincial dos Jesuítas do Brasil

[...] SOMOS CONVOCADOS A NOS DESINSTALAR E REFLETIR SOBRE AS NOVAS FORMAS DE COLABORARMOS NA MISSÃO QUE É DE CRISTO

o último dia 16 de novembro, completou-se um ano da criação da Província dos Jesuítas do Brasil. Além das consolações e dos passos dados ao longo deste ano, é oportuno também avaliarmos nosso modo de proceder, nosso empenho e a nossa dedicação à missão que nos é confiada pela Companhia de Jesus. Muitas iniciativas ocorreram nesses meses. Muitas outras ainda estão em construção. Presenciamos também processos, acontecimentos e decisões importantes na dinâmica da Província BRA. Por isso, estamos vivendo um momento muito favorável para discernirmos a missão que queremos e podemos realizar como uma única província da Companhia no Brasil. Destaco o processo de integração e organização apostólica que vivemos como um dos principais pontos de atenção que tivemos neste ano. A sintonia entre os fóruns de Superiores e de Gestão Apostólica proporcionou essa visão ampla da missão, dos desafios e perspectivas em toda a Província. O próximo passo é a construção dos Planos de Ação nas plataformas apostólicas, que contemplarão as opções preferenciais do Plano Apostólico da Província, bem como alguns eixos transversais e a multidisciplinaridade entre obras e apostolados. Diante da novidade, reconheço que somos convocados a nos desinstalar e refletir sobre as novas formas de colaborarmos na missão que é de Cristo. Juntos, jesuítas e colaboradores, somos provocados a atender com novas estruturas aos novos desafios da Igreja e da sociedade na atualidade. É inegável que os passos dados ao longo de 2015 somente atingiram resultados com o envolvimento e dedicação de jesuítas e colaboradores em cada uma e em todas as obras e missões da Província. Expresso aqui meu sincero agradecimento a todos vocês que estiveram e continuam envolvidos naquilo que antes era um sonho e que hoje já é realidade em nosso meio: a construção da Província da Companhia de Jesus no Brasil. Que Deus recompense os esforços de todos! Neste Natal, unamo-nos ao Papa Francisco com nossas orações e nosso exemplo, dando testemunho de que é possível um mundo melhor para viver e glorificar nosso Criador e Senhor. Desejo a todos vocês, jesuítas e colaboradores, um Natal cheio de paz e alegria! Que nossas vidas e missão em 2016 sejam repletas de realizações e consolações.

Feliz Natal e Abençoado Ano Novo! Boa leitura!

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CALENDÁRIO LITÚRGICO

calendário litúrgico Próprio da Companhia de Jesus

NOVEMBRO DEZEMBRO

NOVEMBRO

DIA 19

DIA 3

Roque González, Afonso Rodríguez e João Del Castillo, presbítero e mártires

Beato Ruperto Mayer, presbítero

DIA 5 Todos os santos e beatos da Companhia de Jesus

DIA 13 Santo Estanislau Kostka, religioso

DIA 23 Beato Miguel Agostinho Pró, presbítero e mártir

DIA 26 São João Berchmans, religioso

DIA 14 São José Pignatelli, presbítero

DIA 29 Beato Bernardo Francisco de Hoyos, presbítero

DEZEMBRO

DIA 1 Edmundo Campion e Roberto Southwell, presbítero e companheiros mártires

DIA 3 São Francisco Xavier, presbítero

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ENTREVISTA

PEREGRINOS EM MISSÃO

ADMINISTRAR E PLANEJAR PARA MELHOR SERVIR

Pe. João Geraldo Kolling, SJ

Quais os desafios do Administrador frente à consolidação da Província única no Brasil? Desafios relevantes são a grande extensão territorial do País, a gama impressionante de cosmovisões do povo brasileiro, a participação no planejamento das frentes de missão desde o ponto de vista econômico, e, naturalmente, a diversidade de modos de proceder nas várias frentes de missão, com compreensões culturais distintas. Em 2015, a Companhia de Jesus realizou o primeiro fechamento nacional de seu balanço financeiro. Como foi esse processo? E os principais desafios? Todos os anos, as diversas Mantenedoras, nas antigas Províncias do Brasil, vinham realizando, naturalmente, suas Assembleias anuais, em modos e relevâncias diversas, para balanço e prestação de contas. Semelhantemente, os Provinciais, anualmente, segundo as normas da IAB, informam ao Padre Geral sobre o andamento das Obras, Fundos e Comunidades religiosas. Neste sentido, em 2015, se fez pela primeira vez o esforço de

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O informativo Em Companhia traz, nesta edição, entrevista especial com o Pe. João Geraldo Kolling, Administrador da Província dos Jesuítas do Brasil – BRA. Descrita nos documentos da Companhia de Jesus, como a IAB (Instrução para Administração de Bens) e o Estatutos da BRA, esta função tem por objetivo apoiar o Provincial em questões administrativas, gestão de bens e patrimônios da Província, com vistas à realização da missão. “É um trabalho desafiador, uma oportunidade de colaborar em modo significativo com a missão da Companhia de Jesus no Brasil, pois é um serviço de base e infraestrutura que auxilia na viabilização das diversas frentes que o Plano Apostólico nos apresenta”, afirma o jesuíta.

consolidar os dados das Mantenedoras e da única Província. Com melhoria nos processos de construção dos orçamentos e ferramentas mais aptas, nos próximos anos, o trabalho será mais fácil, mais completo e de melhor qualidade. Qual a importância desse trabalho para a Companhia de Jesus? Como para toda e qualquer Instituição, também para a Companhia de Jesus este trabalho é relevante enquanto


favorece a transparência de dados, mune os gestores de elementos para decisões, que, traduzidas em ações, concretizam o anseio de realizar a missão com generosidade e criatividade. Na verdade, quanto maior a qualidade de informações, melhor será o planejamento de longo prazo para as diversas frentes de missão da Companhia no Brasil. Além do balanço financeiro, a Companhia de Jesus também realizou seu planejamento orçamentário a nível nacional. Como foi esse trabalho e quais os resultados alcançados? A construção dos orçamentos de Obras, Residências, Fundos, Projetos e Programas Sociais, de Espiritualidade, e das diversas frentes de Governo Provincial, de Plataformas, além de Secretariados, Delegados e outras frentes de missão, ainda está em andamento, requerendo esforço ingente de todos os colaboradores envolvidos no processo. Espera-se que cada ano se tenha melhores condições na construção e, posterior – importante, acompanhamento na execução dos orçamentos, o que tornará a vida de todos mais leve. Como funciona o acompanhamento administrativo das Obras? Até agora, basicamente, por meio de reuniões e visitas. Em termos de reuniões, aconteceram as Assembleias das diversas Mantenedoras nos meses de março e abril; houve reuniões nos três Centros Administrativos, em Salvador, São Paulo e Porto Alegre, em maio e agosto, para verificar o orçado e realizado dos orçamentos das Obras; e, a construção dos orçamentos e sua apresentação, em Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 27 de novembro; além da realização da 3ª Assembleia de Diretorias de Mantenedoras, em agosto passado, no Rio de Janeiro. O acompanhamento in loco foi feito em bom número de obras ao longo de 2015, restando, porém, número significativo de visitas por fazer em 2016. Este ano, qual foi a principal frente de trabalho da Administração da Companhia de Jesus? Em 2015, focou-se na organização dos três Centros Administrativos (Salvador, São Paulo e Porto Alegre), como

Centrais de Serviços para que pessoas e obras da Companhia de Jesus possam, sempre com maior prontidão e exatidão, ter subsídios e elementos que contribuam no serviço de todos. Pois, uma Administração ágil, transparente e humana, favorece e facilita a realização da missão. Quais os próximos passos da área de Administração da Companhia de Jesus? Nos próximos anos, significativos desafios se vislumbram no horizonte. Primeiramente, será preciso prosseguir na qualificação dos serviços prestados pelos Centros Administrativos e, focar na Central de Serviços a partir da Sede Provincial, no Rio de Janeiro. Em segundo lugar, será de fundamental importância a participação de todas as lideranças – jesuítas e leigos – na implantação gradativa do Projeto Sinergia nas diversas Mantenedoras (ANEAS, AJEAS e Companhia de Jesus no Sudeste; ANI e CETEC no Nordeste), para qualificar a gestão e obtenção de resultados. Em terceiro lugar, é fundamental zelar para que Planos de Saúde sejam eficientes, as Aposentadorias dignas, os espaços para a Formação e Retiros e eventos sejam qualificados. Em quarto lugar, será importante reduzir custos e racionalizar o uso dos bens, buscar novas fontes de receitas, para que a missão possa ser realizada com criatividade e serenidade. Além, é claro, de generosidade e austeridade como nos solicitam os Estatutos da Pobreza e as palavras e os testemunho de Papa Francisco. Finalmente, como área de apoio, na medida em que o planejamento da Província for detalhado ao longo do ano de 2016, a partir de elementos das Plataformas e diversas frentes de governo e missão, a área de Administração poderá ser gradativamente preparada para melhor atender ao planejamento.

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O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA

SANTA SÉ

PAPA FRANCISCO VISITA CONTINENTE AFRICANO

A

visita histórica do Papa Francisco ao continente africano foi marcada pelo acolhimento e pela alegria das pessoas. Em sua 11ª viagem apostólica internacional, o Pontífice chamou a atenção do mundo para a África. Durante os cinco dias de visita (25 a 30 de novembro), o Santo Padre esteve no Quênia, em Uganda e na República Centro-Africana. DAR AS MÃOS Em Nairóbi, capital do Quênia, o Papa participou de um evento inter-religioso e ecumênico, no Salão da Nunciatura Apostólica. Francisco recordou os ataques de extremistas e pediu que os crentes sejam reconhecidos como profetas de paz. No campus da Universidade de Nairóbi, o Pontífice celebrou a primeira missa em solo africano e ressaltou que a saúde da sociedade depende do bem-estar da família. Com o Clero local, no campo esportivo da escola Saint Mary, o Pontífice destacou que: “na vida religiosa, não há lugar para ambição, riqueza ou poder e que o consagrado foi eleito para servir, não para ser servido”. Em visita ao escritório da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nairóbi, o Papa Francisco falou sobre a pobreza e reiterou o alerta sobre a globalização da indiferença. No bairro pobre de Kangemi, o Pontífice também denunciou a injustiça e a marginalização, alertou sobre a falta de infraestrutura adequada em

Visita do Papa Francisco ao Quênia reuniu cerca de mil jovens no Estádio Kasarani.

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bairros marginalizados da sociedade e destacou que a sabedoria popular desses lugares é um bem precioso. Um dos momentos mais emocionantes da visita de Francisco ao Quênia foi o encontro com cerca de 70 mil jovens que se reuniram no Estádio Kasarani. No discurso, em forma de diálogo, o Papa Francisco pediu aos presentes que dessem as mãos, de modo a formar uma grande corrente humana, em representação de toda a nação queniana. Em seguida, exortou-os a rejeitarem aquilo que chamou de “açúcar da corrupção”, que dissipa a alegria e a paz interior. Disse ainda que os jovens devem ter sempre esperança. Como resposta ao testemunho pessoal de dois jovens que lhe fizeram algumas perguntas sobre as dificuldades sociais que a juventude atravessa, o Papa Francisco deixou os seguintes interrogativos: “Por que é que os jovens, cheios de ideais, se deixam arrastar pelo radicalismo religioso? Por que se distanciam da família, dos amigos, da pátria e da vida? AMIZADE E ENCORAJAMENTO Em seu primeiro discurso em Uganda, Francisco disse que sua visita à África deveria ser vista como sinal de amizade e encorajamento. Na cidade de Munyonyo, foi saudado por catequistas e professores. No encontro, o Santo Padre indicou a figura de Cristo como grande exemplo de Mestre a ser seguido por eles. O Papa visitou os santuários dedicados aos mártires anglicanos e católicos e celebrou uma missa pelos mártires de Uganda, na área do Santuário Católico. Na homilia, Francisco destacou que o testemunho dos mártires mostra que os

prazeres mundanos e o poder terreno não dão alegria, nem paz duradouras. Em encontro com os jovens no aeroporto de Kololo, Francisco destacou três pontos: a superação das dificuldades, a transformação do negativo em positivo e o poder da oração. Na Casa de Caridade de Nalukolongo, o Pontífice ressaltou a importância da dedicação aos pobres. Após breve encontro com os Bispos de Uganda, o Papa esteve com sacerdotes, religiosos e seminaristas na Catedral. O Santo Padre falou aos consagrados três atitudes importantes para que sejam verdadeiros missionários de Cristo: memória, fidelidade e oração.


FOTO: L’OSSERVATORE ROMANO

CONVITE À PAZ No seu primeiro discurso na República Centro-Africana, Francisco lembrou o lema do país− unidade, dignidade e trabalho− e pediu empenho em sua concretização. Em visita ao campo de refugiados, o Santo Padre lançou um convite à paz. Após um encontro com os Bispos da República Centro-Africana e com

as Comunidades Evangélicas, o Papa celebrou uma missa com sacerdotes, religiosos, catequistas e jovens na Catedral de Bangui. Durante a celebração, Francisco fez a abertura da Porta Santa. Na homilia, reforçou a necessidade da construção de uma “Igreja-Família de Deus”, que está aberta a todos e que cuida dos mais necessitados. Em Bangui, capital do país, o Pontífice reuniu-se com a comunidade muçul-

mana, na Mesquita Central de Koudoukou. Francisco pediu aos muçulmanos que, juntos, digam não à violência, em especial à realizada em nome da religião. Em missa no Estádio Esportivo da cidade, o Papa iniciou a homilia falando sobre os tempos difíceis em que o país se encontra atualmente e que, nessa situação, deve-se voltar os olhos a Deus. Fonte: papa.cancaonova.com

50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II

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o dia 8 de dezembro, a Igreja Católica celebrou os 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II, realizado entre outubro de 1962 e dezembro de 1965. Segundo dom Odilo Scherer, cardeal-arcebispo de São Paulo, o concílio foi o fato mais marcante da história da Igreja no século XX. “Os papas Pio XI e Pio XII, na primeira metade do século passado, já haviam

cogitado da convocação de um concílio, mas as circunstâncias históricas, sobretudo as duas grandes guerras mundiais, não permitiram levar avante esse propósito. Foi São João XXIII que tomou a decisão de convocar um concílio ecumênico”, afirmou. O objetivo da convocação do concílio foi a renovação da vida da Igreja mediante a revitalização da fé católi-

ca, a renovação dos costumes no meio do povo cristão e a adaptação da disciplina da Igreja às necessidades do tempo. “João XXIII desejava que, por meio do concílio, a Igreja reencontrasse o seu rosto genuíno e os traços simples e puros das suas origens”, disse dom Odilo. Fonte: O Estado de S.Paulo (14/11/2015)

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ESPECIAL

UM ÚNICO CORPO APOSTÓLICO AO COMEMORAR UM ANO DE CRIAÇÃO DA ÚNICA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL, SUPERIORES DE PLATAFORMAS APOSTÓLICAS REVELAM OS DESAFIOS E AS ALEGRIAS ENCONTRADOS EM SUAS MISSÕES

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[...] CREIO QUE NÓS SOMOS CHAMADOS A EVANGELIZAR COM ALEGRIA, HUMANIZAR E GARANTIR QUE A VIDA CONTINUE COM A MERECIDA DIGNIDADE

á um ano, um novo caminho começou a ser traçado pela Companhia de Jesus no Brasil. Com a criação de uma única Província dos Jesuítas no país, em 16 de novembro de 2014, surgia também uma nova estrutura de governo, com um único corpo apostólico e uma única missão. Um momento histórico, marcado pela presença do Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, e por suas palavras: “As novas estruturas, por melhores que sejam, só funcionarão se todos souberem colaborar e contribuir na missão”. Naquele momento, já se sabia que os desafios seriam grandes, até mesmo pela dimensão continental do território brasileiro. Assim, após tomar posse como novo Provincial da BRA, o padre João Renato Eidt pediu, em nome de toda a Província: “Que Deus continue nos abençoando, que nos ilumine e nos conduza pelo caminho que Ele tem pensado para nós, como Corpo Apostólico”. Passado um ano, os Superiores de Plataformas – que são o meio pelo qual o Provincial chega à totalidade da BRA, presente em inúmeros lugares desse imenso Brasil – contam como tem sido, na prática, essa construção da Província única. Um trabalho sedimentado com viagens, encontros, diálogo e, principalmente, muita escuta.

sáveis pela execução? Desafio que impõe um trabalho conjunto entre jesuítas, colaboradores e leigos. “A importância de cada um desses públicos é fundamental para unir forças na mesma missão, pois, se a Amazônia é grande, é óbvio e natural reconhecermos que, sozinhos, não vamos dar conta”, afirma o Superior. “Somos interpelados a viver com misericórdia, em constante atitude de conversão. Queremos colocar-nos em permanente atitude de aprender dos povos da Amazônia, da sua relação com a natureza e dos seus modos de ver, viver e habitar o mundo.”

A GRANDIOSIDADE DA NATUREZA

ALEGRIA DE SER E VIVER

“Considero que está sendo uma bonita e desafiadora experiência conhecer melhor a Plataforma Apostólica Amazônia”, ressalta Pe. Inácio Luiz Rhoden, Superior da Plataforma formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. “Foi de grande abertura e acolhida essa minha aproximação. Procurei visitar as comunidades onde atuam os jesuítas, dispus-me a escutar atentamente, não com a preocupação de dar respostas, mas, principalmente, em uma atitude para compreender e dialogar. Assim, o primeiro ano resume-se mais em escutar e observar, levando ao coração, meditando e discernindo.” O jesuíta conta ainda que, em meio ao calor e às enormes distâncias, brotam muitas inquietações. Assim, durante os contatos, as perguntas que mais tem escutado são: Qual é a nossa missão? Como vamos realizá-la da melhor maneira possível? O que Deus quer de nós nessa imensa Amazônia? “Eu imagino, como propõe Santo Inácio de Loyola na contemplação da encarnação, a Santíssima Trindade falando a nós: ‘Ide colaborar na Amazônia, no cuidado da casa comum, na restauração da dignidade da criação e na redenção da humanidade’. Creio que nós somos chamados a evangelizar com alegria, humanizar e garantir que a vida continue com a merecida dignidade”, diz Pe. Inácio. Sobre os futuros desafios, Pe. Inácio diz que esses implicam responder a seguinte pergunta: O que fazer e como fazer para que o Plano Apostólico chegue à concretização estratégica na Plataforma Apostólica Amazônia, traduzindo-se em plano de ação realista e viável, com estabelecimento de prazos, metas e respon-

“Do xaxado, forró, frevo e axé à pluralidade culinária e religiosa, tudo é Plataforma Apostólica Nordeste 2”, destaca o Pe. Antônio Tabosa Gomes, Superior da Plataforma que reúne Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Ele conta que, além da arquitetura barroca, que nos faz recordar o período colonial do país, outro traço marcante desses estados é a miscigenação entre brancos, negros e índios. Há ainda o sertão, que fez do nordestino uma pessoa resistente às intempéries da seca e do sol causticante. “Culturalmente, o nordestino sabe viver diante das adversidades temporais, ele é religioso e expressa, na dança, sua alegria de ser e viver, suas raízes antropológicas”, ressalta o jesuíta. Pe. Tabosa conta que a aproximação com jesuítas e leigos tem sido contínua, para que se fortaleça o vínculo de confiança mútua.E acrescenta que tem buscado ser ‘amigo no Senhor’, colocando-se em atitude de escuta. “Particularmente, acredito que esses são os passos iniciais que vão configurando as relações com os jesuítas e leigos, que são importantes para que a Companhia de Jesus realize sua missão”, comenta. “Enquanto Superior de Plataforma Apostólica, procuro ser suporte, apoio, incentivador, articulador dos diversos apostolados e animador de cada missão realizada pela família inaciana.” Ao longo de 2015, foram realizados três encontros com os jesuítas da Plataforma Apostólica Nordeste 2. Nesse primeiro ano, foram estabelecidas algumas ações em torno da Vida Comum e do Plano Apostólico da BRA. “A consciência de que

Pe. Inácio Luiz Rhoden, Superior da Plataforma Apostólica Amazônia

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ESPECIAL

[...] PROCURO SER SUPORTE, APOIO, INCENTIVADOR, ARTICULADOR DOS DIVERSOS APOSTOLADOS E ANIMADOR DE CADA MISSÃO REALIZADA PELA FAMÍLIA INACIANA Pe. Antônio Tabosa Gomes, Superior da Plataforma Apostólica Nordeste 2

somos poucos e temos muitas demandas apostólicas nos desafia a fazer mais e melhor, como se tudo dependesse da gente, mas sabendo que tudo depende da nossa fé em Deus”, diz Pe. Tabosa. “Ide pelo mundo e anunciai a Boa Nova a todas as pessoas (Mc 15,16).” OLHAR SOBRE O FUTURO DA MISSÃO Superior da Plataforma Apostólica Centro-Oeste, Pe. Carlos Fritzen revela que o processo de conhecer essa região – composta por Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins – tem sido muito rico e com muitas surpresas. “Os diversos contextos e realidades encontrados me fizeram perceber, por um lado, a história da presença da Companhia de Jesus em diferentes lugares, onde já esteve e onde está atualmente”, diz o jesuíta. Outro aspecto observado foram as diferenças culturais, ambientais, climáticas e de pessoas, desde os indíge-

FOTO: PASSARINHO/PREF.OLINDA

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nas e afrodescendentes, como os mais recentes migrantes, principalmente descendentes de italianos e alemães que vieram do sul e centro do país. Pe. Fritzen relata ainda um cenário preocupante: “a região é tomada pelo agronegócio e, consequentemente, as áreas de reserva indígena são cobiçadas, os rios e solos envenenados pelo agrotóxico e o cerrado cada vez mais destruído”. Quanto ao processo de aproximação com jesuítas e leigos, Pe. Fritzen conta que ele foi tranquilo e se deu basicamente com reuniões periódicas. “O Estatuto da Província e o Plano Apostólico da BRA têm sido a re-

ferência para o diálogo no presente, para maior conhecimento entre todos e para abrir o olhar sobre o futuro da missão dos jesuítas no Centro-Oeste do Brasil”, afirma o Superior. Em setembro, durante dois dias, foi realizada a assembleia da Plataforma Apostólica Centro-Oeste. “Esse processo foi importante e convergente no sentido de identificarmos algumas linhas comuns de ação da Plataforma que realizem a missão da BRA, como a promover a Formação de Lideranças, a Justiça Socioambiental e a Formação da Identidade Inaciana”, diz o jesuíta. Segundo Pe. Fritzen, o balanço da caminhada da Plataforma Apostólica Centro-Oeste, nesse primeiro ano, é muito positivo, pois foi possível identificar as possíveis linhas de ação e focar nelas, além do aumento do entusiasmo apostólico e a expectativa de realizar-se a única missão da Companhia de Jesus no Brasil. Quanto aos desafios futuros, ele ressalta que o número de jesuítas é pequeno e não há muitos leigos for-

[...] FORMAR LIDERANÇAS PARA A MISSÃO SERÁ O DESAFIO MAIS ESTRATÉGICO PARA AVANÇAR NOS PRÓXIMOS ANOS RUMO AO QUE A COMPANHIA DE JESUS ESPERA Pe. Carlos Fritzen, Superior da Plataforma Apostólica Centro-Oeste

FOTO: © WILFRED PAULSE


[...] O MAIOR DESAFIO E URGÊNCIA SEJA ELABORAR O PLANO DE AÇÃO PARA A PROVÍNCIA BRA E TODAS AS PLATAFORMAS APOSTÓLICAS COM UMA VISÃO UNIVERSAL E HOLÍSTICA, PARA ATUARMOS COMO UM CORPO APOSTÓLICO... Pe. Mieczyslaw Smyda, Superior da Plataforma Apostólica Leste

mados para a missão. “Portanto, formar lideranças para a missão será o desafio mais estratégico para avançar, nos próximos anos, rumo ao que a Companhia de Jesus espera. Preparar jesuítas para essa nova cultura e descobrir novo modo de somar com a causa indígena também serão, dentre outros, grandes desafios que precisaremos vencer”, afirma o Superior. CORPO APOSTÓLICO EM SINTONIA “Acompanhar e ajudar no modo de viver e discernir os caminhos que Deus nos coloca pela frente têm grande importância para os jesuítas, dedicados a inúmeros trabalhos para realizar a missão da Companhia de Jesus”, diz Pe. Mieczyslaw Smyda, Superior da Plataforma Apostólica Leste, que abrange os estados de Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ele acrescenta que, nessa região, a Ordem jesuíta atua nas áreas de Educação Básica e Superior, Apostolado Paroquial, Espiri-

FOTO: HUDSON

tualidade Inaciana e Apostolado Social, nas quais empenha muitas forças e recursos, principalmente no ensino e na formação de crianças e jovens. “Destaca-se ainda o Apostolado Intelectual, composto de jesuítas e leigos que se dedicam à formação dos próprios jesuítas, de outros religiosos, seminaristas e lideranças leigas”, informa. No primeiro semestre de 2015, Pe. Smyda conta que foram realizadas assembleias por regiões: Rio de Janeiro com Espírito Santo e Belo Horizonte com Montes Claros, em Minas Gerais. “Os jesuítas discutiram e refletiram a questão da Vida Religiosa e a nossa vida de jesuítas, o que nos ajudará futuramente na construção do Projeto de Vida das residências e da nossa comunidade da Plataforma Apostólica Leste”, descreve. Em outubro, com a presença do Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, Pe. João Renato Eidt, aconteceu mais uma assembleia, que reuniu todos os jesuítas e vários leigos responsáveis pelas Obras

da Plataforma. Pe. Smyda revela que, além da convivência e partilha entre os 130 participantes, o encontro permitiu que fosse trabalhado um Projeto de Ação a partir do Plano Apostólico da BRA. “No momento, com base no material produzido na assembleia, estamos elaborando um único texto, que servirá para os nossos próximos passos”, comenta. Pe. Smyda diz acreditar que “o maior desafio e urgência seja elaborar o Plano de Ação para a Província BRA e todas as Plataformas Apostólicas com uma visão universal e holística, para atuarmos como um Corpo Apostólico em sintonia com o Espírito de Deus. Servir as pessoas e não simplesmente as estruturas, vivenciando mais o fracasso da Cruz de Cristo do que os sucessos de grandes empresas”. DIÁLOGO COM AS NOVAS CULTURAS Conhecer e participar da missão que a Companhia de Jesus tem realizado no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais tem sido um momento de graça para o Pe. Vicente Palotti Zorzo, Superior da Plataforma Apostólica Sul 1. “Quanto mais vou tendo contato com jesuítas, leigos e obras, fico impressionado com a abrangência da presença apostólica e profundidade dos trabalhos realizados”, diz Pe. Vicente, ressaltando que, por conta de missões anteriores, já tinha familiaridade com o trabalho desenvolvido no Paraná, que também integra a

FOTO: DIOGO CRISTOFOLINI

FOTO: DANIEL ZANINI H.

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ESPECIAL

COMO ESTAMOS EM TEMPO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROVÍNCIA BRA, PROCURA-SE DAR CONTINUIDADE À MISSÃO ASSUMIDA, ATENTOS ÀS NOVAS FORMAS Pe. Vicente Palotti Zorzo, Superior da Plataforma Apostólica Sul 1

região sob sua responsabilidade. Entre as riquezas culturais encontradas frente a nova missão, Pe. Vicente destaca o diálogo com as novas culturas e a fidelidade ao legado da Companhia de Jesus.“Fiquei impressionado ainda com a disposição e acolhida das pessoas em São Paulo. As pessoas interagem com muita serenidade. É normal darem um retorno ao que percebem. E nas relações há uma distância intrigante: longe o suficiente para não incomodar, mas próximo o suficiente para ajudar”, comenta o Superior. Pe. Vicente descreve que sua aproximação com jesuítas e leigos da Plataforma Apostólica Sul 1 tem acontecido de maneira paulatina. E explica: “como estamos em tempo de implementação da Província BRA, procura-se dar continuidade à missão assumida atentos às novas formas”. Ao longo desse primeiro ano, foram promovidos dois encontros da Plataforma Apostólica Sul 1. O primeiro, em julho, reuniu 38 jesuítas e 26 colaboradores, que representaram todas as presenças apostólicas da região. Em outubro, aconteceu a segunda reunião, dessa vez, só com jesuítas. “O objetivo foi retomar os aspectos abordados em julho e construir uma agenda para 2016, procurando discernir alguns apelos da missão.O processo que está sendo vivido provoca muitas questões. E suscita diálogos para afinar as percepções”, afirma Pe. Vicente. “Para o próximo ano, teremos o desafio de desenvolver ações que vão implementar o Plano Apostólico e balizar o percurso para levar a bom termo o que nos propomos fazer.”

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CONSTRUÇÃO DO CORPO APOSTÓLICO Para o Pe. Luiz Neis, assumir como Superior da Plataforma Apostólica Sul 2 significou também conhecer melhor a sua região de origem. Nascido em Santa Catarina, ele passou 25 anos atuando em missões nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Paraíba e, há três anos, estava trabalhando em Pelotas (Rio Grande do Sul). “É muito gratificante conhecer os grandes jesuítas beneméritos, vários deles na Casa de Saúde, e também o imenso trabalho que se faz nas Obras, em todas elas. Muitas pessoas são beneficiadas com a presença da Companhia de Jesus, com todos os seus colaboradores”, observa o jesuíta. Além de Santa Catarina, a Plataforma Apostólica Sul 2 reúne o Rio Grande do Sul e parte do Paraná. Entre as peculiaridades da região, o jesuíta ressalta a secularização bastante forte, especialmente em terras gaúchas. “Há ainda a diversidade de origens, com suas ricas tradições: o gaúcho propriamente dito e as descendências europeias, como a alemã, a italiana e a polonesa”, conta Pe. Luiz. “Senti-me muito bem acolhido. As dificuldades foram as inerentes a toda

a mudança da Companhia de Jesus no Brasil. A nova estrutura da BRA, a função específica do Superior de Plataforma Apostólica e a distância geográfica do provincial foram perguntas, muitas vezes, apresentadas.” Dois encontros foram realizados na Plataforma Apostólica Sul 2 – em março e setembro –, com a presença de cerca de 60 jesuítas em cada um deles. No primeiro encontro, o principal intuito foi encontrar-se como Plataforma, inteirar-se da estrutura da nova Província e estudar seus Estatutos. “Na ocasião, fizemos o mapeamento das fortalezas, debilidades e urgências da nossa região, para compor o trabalho nacional encaminhado pelos membros do Secretariado de Articulação e Capacitação para a Missão”, relembra o Superior. “No segundo encontro, dedicamos um tempo para refletir sobre o ‘Nosso Modo de Proceder’, a vida de religiosos jesuítas. Com as presenças do Provincial, Pe. João Renato Eidt, e do Administrador Provincial, Pe. João Geraldo Kolling, nos debruçamos sobre os diversos encaminhamentos institucionais da construção da nova Província.” Ao fazer o balanço desse primeiro ano, Pe. Luiz diz que “a implantação da mudança, a organização da Plataforma Apostólica, a caminhada dos Assistentes das diversas residências e uma nova consciência são pontos em que houve avanços”. E completa que “os grandes desafios vão na linha da construção do corpo apostólico – jesuítas e colaboradores –, a partir de ações concretas delineadas com base nas grandes linhas de ação apostólica da Província BRA”.

É MUITO GRATIFICANTE CONHECER OS GRANDES JESUÍTAS BENEMÉRITOS, VÁRIOS DELES NA CASA DE SAÚDE, E TAMBÉM O IMENSO TRABALHO QUE SE FAZ NAS OBRAS, EM TODAS ELAS Pe. Luiz Neis, Superior da Plataforma Apostólica Sul 2


COMPANHIA DE JESUS

† CÚRIA GERAL

PADRE GERAL VISITA A PROVÍNCIA DA ÁFRICA ORIENTAL

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ntre os dias 4 e 11 de novembro, o Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, visitou os países da Província da África Oriental, que reúne Etiópia, Sudão, Sudão do Sul, Uganda, Quênia e Tanzânia. Na cidade de Wau (Sudão do Sul), o padre Nicolás animou os sudaneses do Sul com sua homilia. Na ocasião, o Padre Geral falou da importância de redescobrir que a partilha cultural, a paz e a harmonia, estão na base de toda sociedade. Além disso, o Superior Geral disse que os jesuítas precisam ser ‘homens para os demais’ em todo momento, aprofundando-se na missão recebida de Deus de serem enviados para construir a paz no meio de lobos. Em Gulu (Uganda), o padre Nicolás visitou os jesuítas da região e o colégio jesuíta Ocer Campion, onde celebrou um encontro com a equipe da instituição, no qual sublinhou o significado de ser professor: “nessa empreitada, capacitamos nossos alunos para que aspirem à excelência, de modo que possam ajudar a todos seus concidadãos a saberem se ajudar uns aos outros”. Na Loyola High School, instituição com cerca de 1300 alunos, em Dar es Salaam (Tanzânia), o Superior Geral plantou uma árvore como símbolo de esperança para o trabalho que a escola realiza. Na Loyola High School, muitas pessoas que frequentam a instituição seguem outras religiões, ou seja, a característica inter-religiosa é muito forte nessa região. “Causa-me grande admiração o fato

PAPA RESPONDE CARTAS DE CRIANÇAS Em março de 2016, a Editora Loyola Press, de Chicago (EUA), vai publicar o primeiro livro do Papa Francisco dedicado às crianças. Com o título de Que-

EXTRAIR O MELHOR DE CADA UM É CONTRIBUIR PARA O BEM DE TODOS Pe. Adolfo Nicolás, Superior Geral da Companhia de Jesus de que cada cultura tem a sua própria sabedoria. Precisamos das sabedorias do mundo, as sabedorias no plural, para fazer a nossa vida e o nosso mundo um pouco mais habitável, um pouco mais humano. O principal trabalho dos missionários não é conseguir conversões, não é necessariamente aumentar o número de cristãos, mas, sim, aprender da sabedoria de outras tradições e incorporá-las ao núcleo da Igreja. Necessitamos de uma nova teologia da missão. Precisamos integrar a sabedoria de outras tradições e, por isso, uma comunidade onde há cristãos, maometanos e budistas, dentre outros, é uma comunidade muito sábia. Extrair o melhor de cada um é contribuir para o bem

de todos”, ressaltou o padre Geral durante visita à Loyola High School. O padre Adolfo Nicolás reforçou a mensagem do diálogo com outras religiões na visita ao noviciado jesuíta Gonzaga Gonza, em Arusha (Tanzânia). Em seu encontro com os noviços, ele exortou-os a aprenderem da sabedoria das outras religiões e a reconhecerem que ela não lhes pertence com exclusividade, mas que é patrimônio da humanidade. O ponto culminante da visita foi a concelebração eucarística, que inaugurou o jubileu de prata do noviciado. Ao final da cerimônia, o Pe. Geral, o Pe. Assistente e o Pe. Provincial plantaram, cada um, uma árvore no recinto do noviciado.

rido Papa Francisco, a obra, editada por Antonio Spadaro, SJ, e Tom McGrath, da Loyola Press, reuniu as respostas pessoais do pontífice a trinta cartas e desenhos de crianças com idade entre 6 e 13 anos, de todas as regiões do mundo.

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RELATÓRIO FINAL DO SÍNODO DOS BISPOS O cardeal austríaco Christoph Schönborn dizia: a palavra-chave do documento é ‘discernimento’...

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Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, participou da comissão nomeada pelo Papa Francisco para escrever o relatório final do Sínodo dos Bispos, realizado entre os dias 4 e 25 de outubro de 2015. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o Padre Geral disse que os resultados foram bons e que Francisco estava contente. “Eu ensinei teologia no Japão e sei que é preciso repetir muito as coisas para que sejam ouvidas. O Papa sabe disso. E, agora, acredito que do Sínodo saia uma Igreja com os ouvidos mais aguçados, e isto é bom, porque poderá se traduzir em medidas concretas nas paróquias e será uma ajuda para a comunidade cristã”, afirmou o jesuíta. Confira a entrevista: No início do Sínodo, o senhor dizia: Francisco poderia andar mais rápido, mas não quer fazer isto sozinho e a Igreja precisa de tempo. E agora? O fato de que o relatório final tenha sido aprovado, que todos os pontos tenham superado os dois terços, é importante. É um documento que deixa as mãos livres para Francisco agir. O Papa pode fazer o que considera bom, oportuno e necessário. Na mente de todos os membros da comissão, havia a ideia de preparar um documento que deixasse as portas abertas de tal modo que o Papa pudesse entrar e sair, ou seja, fazer o que achar melhor.

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Acho que é o efeito desse Papa. O discernimento é capital na mente de Santo Inácio, e Francisco é muito inaciano. A palavra discernimento apareceu muitas vezes, na apresentação, nos grupos e também no texto final... O que quer dizer discernimento nas ‘situações irregulares’ como dos divorciados e dos recasados excluídos dos sacramentos? A recomendação do Papa é de não fazer teorias, por exemplo, não colocar os divorciados e recasados todos juntos, porque os padres deverão fazer um discernimento caso a caso e ver a situação, as circunstâncias, aquilo que acontece, e, a partir disso tudo, decidir uma coisa ou outra. Não há teorias gerais que se traduzem numa disciplina férrea, imposta a todos. O fruto do discernimento quer dizer que se leva em conta cada caso e se busca encontrar saídas de misericórdia. Agora, a palavra passa para Francisco, não é assim? Sim. Haverá uma exortação apostólica do Papa. Não creio que tardará, depois de um ano, como aconteceu em outros Sínodos e com outros pontífices. Um ano é demasiado tempo. Os entendidos em management me dizem que, se passam oito meses sem dizer nada, as pessoas voltam ao ponto de partida e, então, é preciso refazer todo o processo. Acho que Francisco será mais rápido. O que lhe parece que acontecerá? Penso que uma coisa sempre frágil, na

Igreja, é o follow-up − o retorno, a confirmação. O fruto do Sínodo não pode ser um documento, ainda que seja muito bom. O fruto é prático: o que se faz, o que acontece na situação pastoral, nas paróquias, quando as pessoas vão até lá com suas problemáticas. É lá que se vê. Para mim, o follow-up ideal consistiria em Sínodos particulares: cada bispo voltar para casa e fazer um Sínodo com os seus diocesanos, padres e leigos, para avaliar o modo até agora seguido e examinar outras possibilidades. Qual foi a mudança mais importante acontecida no Sínodo? Francisco não quer uma aplicação mecânica da lei, a defesa da letra e não do espírito. Esse não é o modo de agir da Igreja. Ele mesmo nos falou dos corações fechados que se escondem atrás do ensino da Igreja e se sentam na cadeira de Moisés para julgar os feridos. Ao contrário, é preciso buscar, com compaixão e misericórdia, encontrar novos caminhos para ajudar as pessoas. Um discernimento da situação concreta que veja, antes de tudo, as pessoas e, depois, os princípios. Esse é o mais forte encorajamento aos padres, para que não sejam funcionários: não, não são funcionários. Eles têm um trabalho de discernimento a fazer. Santo Inácio ficaria muito contente em ver que o discernimento entrou na Igreja. E também o Papa Francisco está muito contente. Fonte: www.ihu.unisinos.br/site.adital. com.br

SÍNODO A XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos teve como tema dos debates A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo. Cerca de 400 cardeais e bispos participaram do evento, cuja missão foi discutir sobre os desafios da família católica atual diante das mudanças da sociedade moderna.


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† CPAL

A COROA DO ADVENTO

Pe. Jorge Cela, SJ Presidente da CPAL

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á estamos no Advento, tempo de abertura à novidade e de esperança. Espalhou-se a tradição da coroa do Advento: cada semana, acender uma das quatro velas da coroa. Uma luz que vai se espalhando e iluminando o caminho, como ‘fogo que acende outros fogos’, abrindo passagem para a chegada da salvação. A figura de João Batista como abridor de caminhos marca esta época litúrgica. Preparar a passagem do Senhor supõe assumir o risco de ousar rotas novas, de limpar os caminhos e atrever-se a chegar além das fronteiras. Uma imagem que ressoa com o convite do Papa Francisco para que sejamos Igreja em saída, em busca da ovelha perdida. Este ano, vivemos um Advento de hemisfério Sul. Não é um Advento que nos atrai para o frio escuro e silencioso do inverno, mas o celebramos na claridade e festa de luz de uma primavera iluminada pelo sol que a alegra. Estamos em uma primavera da Igreja, que nos convida para a festa e a aventura. Com essa atitude interior, entramos no novo ano litúrgico preparando-nos para o Ano da Misericórdia, que será também, para nós, ano de Congregação Geral. A eleição de um novo Geral nos permitirá renovar-nos também como

corpo. Sentimos o chamado a uma mais profunda integração da vida espiritual, comunitária e apostólica. A novidade que nos chega é esse chamado à integração das dimensões do nosso ser e fazer, de nossa identidade pessoal e comunitária, de nossa vida interior e nossa forma de governo e organização, do discernimento da passagem de Deus na história e do planejamento eficiente de nossas redes e obras, da proximidade afetiva e efetiva a partir da pobreza e a profundidade espiritual e intelectual. E o Natal convida-nos a descobrir a síntese dessa complexidade crescente na pequenez, debilidade e simplicidade de um Menino recém-nascido. É precisamente nossa crescente fragilidade e pequenez que melhor nos preparam para o encontro com o Salvador. O ano que começa deve ser, para nós, oportunidade de adentrar-nos nesse mistério que se manifesta no germinal e deixar que aconteça em nós, entre nós, a partir de nós, a alegria do Evangelho.

PREPARAR A PASSAGEM DO SENHOR SUPÕE ASSUMIR O RISCO DE OUSAR ROTAS NOVAS, DE LIMPAR OS CAMINHOS E ATREVER-SE A CHEGAR ALÉM DAS FRONTEIRAS” E, como sinal dos tempos em que vivemos, deixemos que a síndrome do inter nos habite para abrir-nos à interculturalidade que nos enriquece, a internacionalidade que nos faz sair de nós mesmos, a intereclesialidade que nos convida a trabalhar com outros como companheiros de missão. Deixemos que o Espírito do Natal brote em nós e em nossas comunidades, impulsionando-nos a sair às praças como mensageiros da misericórdia.

Feliz Natal!

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PROVINCIAL E SUPERIORES DAS PLATAFORMAS APOSTÓLICAS EM MANAUS

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o final de outubro, o Provincial, Pe. João Renato Eidt, e os sete Superiores de Plataformas Apostólicas da Companhia de Jesus no Brasil reuniram-se com os padres Alfredo Ferro (Coordenador do Projeto Pan-amazônico da CPAL-Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), Paco Almenar (membro do Projeto Equipe Itinerante) e Fernando López (CIMI-Conselho Indigenista Missionário). Durante o encontro, realizado em Manaus (AM), os três jesuítas tiveram a oportunidade de apresentar suas respectivas missões no marco da prioridade da Amazônia, como definida pela CPAL e pela Província dos Jesuítas do Brasil. Esse espaço de diálogo foi, para todos, boa oportunidade de visualizar os desafios existentes e as res-

postas, que poderiam ser dadas como corpo apostólico, aos gritos escutados, e que provêm da realidade dos territórios amazônicos. Assim, foi um momento oportuno para refletir como a missão da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e do Projeto PA-

MSJ integram-se à missão apostólica da Companhia de Jesus na Amazônia brasileira, o que será fundamental para que haja articulação entre todos para um melhor serviço e cuidado com a ‘casa comum’, como recomenda o Papa Francisco.

ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA REPAM EM BOGOTÁ

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e 16 a 18 de novembro, reuniram-se, na cidade de Bogotá (Colômbia), cerca de 90 pessoas −entre bispos, sacerdotes, religiosos, leigos, agentes de pastoral e indígenas−, para trabalhar sobre a missão, a estrutura e os comitês nacionais da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), bem como sobre o desenvolvimento dos eixos estra-

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tégicos. Os integrantes do encontro confirmaram a importância da REDE para a Igreja amazônica latino-americana, refletiram sobre a Encíclica do Papa, Laudato Sí , e planejaram uma série de atividades. Deve-se também ressaltar a voz dos povos indígenas, que apresentaram suas lutas e esperanças frente às conjunturas de ameaças.

Fonte: Pan-Amazônia SJ Carta Mensal nº 20 e 21 – Outubro e Novembro 2015. Acesse o link (http://bit. ly/1FDU44v) do Portal Jesuítas Brasil e faça o download das edições completas da Pan-Amazônia SJ Carta Mensal.


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† GOVERNO

NOVO COORDENADOR DE FÉ E ALEGRIA INTERNACIONAL

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Pe. Carlos Fritzen, atual Superior da Plataforma Apostólica Centro-Oeste da Província dos Jesuítas do Brasil, será o novo coordenador da Federação Internacional Fé e Alegria a partir do próximo ano. Designado para a missão por Pe. Jorge Cela, presidente da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), o jesuíta substituirá o Pe. Ignacio Suñol,

que esteve à frente da instituição nos últimos seis anos. Pe. Fritzen é bacharel em Filosofia e Teologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus-CES, atual FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG), e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Em 1998, atuou

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no Apostolado do Centro Pastoral Santa Fé, onde também foi diretor, anos mais tarde. Em 2004, assumiu a função de diretor Nacional da Fundação Fé e Alegria e, em 2011, foi diretor presidente na mesma instituição. Antes de ser nomeado Superior de Plataforma, desempenhou a função de administrador Provincial da antiga Província Brasil Centro-Leste (BRC).

† JUVENTUDES E VOCAÇÕES

COMPANHIA DE JESUS CELEBRA ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS para que os jovens jesuítas tenham boa formação, chegando ao momento da ordenação diaconal. Além do Provincial, participaram da cerimônia os superiores de plataforma da BRA (Província do Brasil) e os padres provinciais da Colômbia e dos Estados Unidos. O padre Edison de Lima, reitor do Teologado da BRA, diretores e colaboradores de obras jesuítas

também marcaram presença. O pároco da Santíssima Trindade, padre Donizetti Venâncio, SJ, falou sobre a alegria de receber a celebração de ordenação diaconal dos companheiros jesuítas. “Este é um momento no qual sentimo-nos parte deste corpo, no sentido de pertença à Igreja. Vamos concluindo o ano com uma grande celebração”, disse. FOTO: WWW.PARSANTRI.WORDPRESS.COM

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o dia 6 de dezembro, sete jesuítas foram ordenados diáconos na Paróquia Santíssima Trindade, em Santa Luzia (MG). Os jovens Bartlomiej Przepeluk, Cleiton Nery, Fabián Tejeda, Felix Lopes, Gonzalo Benavides, Mariano Torres e Stivel Toloza receberam o sacramento da Ordem das mãos de dom Edson Oriolo, bispo referencial para a Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição. O padre João Renato Eidt, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, participou da cerimônia. Ao pedir o sacramento da ordem para os eleitos, o jesuíta deu um testemunho sobre a caminhada de formação vivida pelos jovens.“Alegramo-nos que mais pessoas se entregam neste ministério diaconal, pois assim vamos fortalecendo cada vez mais a vida e a missão da Companhia de Jesus”, disse, ao ressaltar que muita vida e muitos esforços são investidos

Sete jesuítas receberam o sacramento da Ordem das mãos de dom Edson Oriolo

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A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA

SERVIÇO DA FÉ

Jesuíta conquista Prêmio Ratzinger de Teologia

reforma da Igreja”, afirmou. Além da entrega do prêmio, foi inaugurada a Biblioteca Joseph Ratzinger, no Colégio teutônico, no Vaticano. O espaço conta com cinco mil volumes, em diversas línguas, parte dos quais doados pelo próprio papa emérito Bento XVI. VENCEDORES

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padre jesuíta Mário de França Miranda foi um dos vencedores da edição 2015 do Prêmio Ratzinger de Teologia. No dia 21 de novembro, aconteceu a cerimônia de entrega da premiação ao sacerdote brasileiro e ao teólogo libanês Prof. Nabil e-Khoury. O evento realizou-se na sala Clementina, do Palácio Apostólico do Vaticano, em Roma (Itália), durante a conclusão do Simpósio Deus caritas est. Porta da Misericórdia, que marcou os 10 anos da publicação da primeira encíclica de Bento XVI. O prefeito da Sagrada Congregação da Fé, cardeal Gerhard Müller, junto com seu secretário, o arcebispo Luis Francisco Ladaria Ferrer, SJ, fez uma breve introdução sobre a vida dos homenageados, citou os cargos assumidos, as publicações e as demais atividades acadêmicas realizadas pelos vencedores. Vários teólogos já conquistaram o Prêmio Ratzinger, mas esse ano foi a primeira vez que um latino-americano e um libanês foram escolhidos. “Sou muito consciente de que outros teólogos teriam merecido este prêmio mais justamente do que eu”, afir-

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mou padre Mário. “Eu reconheço e sou muito grato à Companhia de Jesus e aos grandes mestres jesuítas que encontrei em minha vida acadêmica. Motivação, incentivo, tempo e possibilidade de estudos longos e exigentes é o que nos oferece a Companhia de Jesus, sempre almejando um serviço ao Reino de Deus na Igreja que seja de qualidade e mais universal”, ressaltou o jesuíta. Padre Mário de França conta que, desde os primeiros anos de vida na Companhia de Jesus, sentiu forte inclinação para a espiritualidade inaciana e, anos depois, o encontro com teólogos jesuítas, como Henri de Lubac e Karl Rahner, levou-o para os estudos teológicos. “O estudo constituiu a grande atividade de minha vida e é forte motivo de realização pessoal, pois me sinto útil à Igreja, mesmo reconhecendo minhas limitações e lacunas. Em 2016, completo 80 anos, mas ainda estarei em atividade na Faculdade de Teologia da PUC-Rio como professor de tempo contínuo. Enquanto Deus estiver me dando saúde e cabeça para tal, vou continuar a propagar a Palavra de Deus e a colaborar com o Papa Francisco na

O padre Mário de França Miranda é doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) e professor da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Autor de 14 livros e mais de 100 artigos, foi membro da Comissão Teológica Internacional, no período em que o então cardeal Ratzinger era presidente, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. O professor Nabil el-Khoury, depois de concluir o doutorado sobre Santo Efrém ‘o Sírio’, em Tubingen (Alemanha), ensinou na Universidade Libanesa em Beirute e, como professor, enviado a muitas universidades da Alemanha. Entre suas publicações, destacam-se suas traduções para o árabe das obras de Joseph Ratzinger-Bento XVI.

Mais informações pelo site: www.fondazioneratzinger.va ou e-mail info@fondazioneratzinger.va

FUNDAÇÃO VATICANA JOSEPH RATZINGER-BENTO XVI Criada em 2010, a Fundação Vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI tem como finalidades: promover estudos e pesquisas sobre a obra teológica de Joseph Ratzinger, por meio de bolsas de estudo, premiar estudiosos que tenham se destacado na pesquisa e nas publicações científicas, e organizar e promover simpósios de valor cultural e científico. Os simpósios já foram realizados na Polônia, na Itália, na Colômbia, na Espanha e no Brasil (PUC-Rio), em 2012.


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† PROMOÇÃO DA JUSTIÇA E ECOLOGIA

Alunos promovem campanha de doação de sangue

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s alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Santo Inácio, em Fortaleza (CE), descobriram que a reserva do banco de sangue do Hemoce (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará) estava insuficiente para atender à po-

pulação. A partir disso, os estudantes criaram a campanha Doe Sangue Salve Vidas. A iniciativa, apoiada pelo Colégio Santo Inácio e pelo Hemoce, conseguiu mobilizar a comunidade educativa da instituição. Alunos, fa-

miliares, ex-alunos e funcionários aderiram à campanha, que conseguiu captar 30 bolsas de sangue e uma de medula óssea, no dia 9 de novembro. As bolsas de sangue serão utilizadas em hospitais públicos, em casos de cirurgias e acidentes graves.

Estudantes do Colégio Santo Inácio, de Fortaleza, mobilizaram a comunidade educativa

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DIÁLOGO CULTURAL E RELIGIOSO

REVISTA JESUÍTAS BRASIL, 74 ANOS DE HISTÓRIA

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pós 74 anos de história, Jesuítas Brasil chega a sua última edição, em dezembro, trazendo como tema de capa Amazônia, Dom para o Mundo. “Meu sentimento é de missão cumprida. Busquei fazer a melhor publicação possível, dentro da definição jornalística e de conteúdo a que a revista se propunha”, afirma Pe. Attilio I. Hartmann, editor e jornalista responsável pela revista nos últimos 14 anos. Ao longo de sua existência, a publicação teve vários nomes. Sua primeira edição foi batizada de Notícias para os Nossos Amigos e Benfeitores, lançada em dezembro de 1941. Seu nascimento foi iniciativa dos estudantes jesuítas de Teologia do Colégio Cristo Rei, em São Leopoldo (RS), Balduíno Schneider, Gaspar Dutra e Fridolino Beuren, que receberam o apoio do Pe. Antônio Loebmann, reitor da instituição.Com distribuição gratuita, seu público-alvo eram pais, amigos e benfeitores dos jesuítas da antiga Província do Brasil Meridional (BRM). “A revista colaborou para a criação de um ‘sentimento de família’, com os colaboradores de diferentes seções contribuindo com seu conhecimento, e os leitores e colaboradores na Missão interagindo com suas opiniões”, conta Pe. Attilio. No mesmo ano de seu lançamento, o Pe. Reinaldo Wenzel assumiu a direção da publicação, cargo que ocupou até o fim de sua vida, em 1982. Outro importante colaborador da revista foi o Ir. Valdemar Bösing, que também exerceu as funções de secretário e membro do Conselho Editorial. Desde 1953, a redação de Notícias funcionou no Colégio Anchieta, em Porto Alegre (RS), até 1976, quando inaugurou a sede própria, como Livraria e Editora Padre Reus, e passou a ser publicada trimestralmente, com tiragem de

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8 mil exemplares. Os textos da publicação abordavam atividades da Igreja e da Companhia de Jesus, Missões, Vocações e Bíblia, além da seção Agradecem ao Padre Reus, com as graças alcançadas por intercessão do Servo de Deus. Com o objetivo de imprimir um caráter nacional à revista, estabelecendo um elo entre os jesuítas do Brasil e seus familiares e colaboradores, seu nome

foi mudado para Notícias – Jesuítas do Brasil, em 1992. Dez anos mais tarde, em 2002, com o Conselho Editorial formado por representantes de cada uma das antigas Províncias e Região do país, a publicação ganhou o nome atual, Jesuítas Brasil, com a ABEPARE (Associação Cultural e Beneficente Padre Reus) sendo responsável por sua gestão. Nessa época, sua tiragem média por edição

era de 3 mil exemplares. “Carecem dados para uma avaliação mais objetiva, mas há muitos testemunhos pessoais que acentuam a significativa contribuição da revista na construção da história da Companhia de Jesus no Brasil. Além disso, muitos pesquisadores se serviram da publicação para trabalhos acadêmicos”, ressalta Pe. Attilio.

ARQUIVO IGNACIO ELLACURÍA, PATRIMÔNIO DA AMÉRICA LATINA Auditório Ignacio Ellacuría. Na missa, o representante de El Salvador no Comitê, Carlos Henríquez Consalvi, entregou à UCA o título que oficializa a nomeação do patrimônio. Segundo a diretora da Biblioteca, trata-se de um passo prévio no sentido de o arquivo converter-se em parte do programa da UNESCO Memória do Mundo. Em 2014, no marco do 25º aniversário dos mártires da UCA e do centenário da Companhia de Jesus no país, o arquivo já fora incorporado ao Registro Nacional da Memória do Mun-

do-UNESCO, tornando-se assim patrimônio documental de El Salvador. Com o novo reconhecimento, o fundo documental de Ellacuría soma-se a 123 arquivos considerados patrimônio da América Latina. Documentos que, como explica o Comitê em um comunicado, constituem “um importante leque” sobre a história, a educação, os direitos humanos, a psiquiatria, a música, a arquitetura e a comunicação da região. Fonte: Boletim da Cúria FOTO: ARCHIVO EL FARO

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Biblioteca Pe. Florentino Idoate, SJ, o Centro Dom Romero, por meio da Biblioteca de Teologia Juan Ramón Moreno, e o Departamento de Filosofia iniciaram um projeto, em 2013, para conservar o legado e pensamento do teólogo e filósofo Ignacio Ellacuría. Esse esforço permitiu a criação do Archivo Ignacio Ellacuría, que reúne, entre outros, documentos pessoais, manuscritos, apontamentos de aula, artigos, recorte, correspondência e fitas de áudio do padre, herdados pela Companhia de Jesus depois de seu assassinato, por um grupo paramilitar de El Salvador, em 1990. Este ano, o Comitê Regional para a América Latina e o Caribe, do Programa da UNESCO (Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas) Memória do Mundo, em sua 16ª reunião anual, de 21 a 23 de outubro, em Quito (Equador), declarou o arquivo como Patrimônio da América Latina, sob o título Fundo Documental de Ignacio Ellacuría: Realidade Histórica e Libertação. A declaração foi anunciada publicamente durante a celebração eucarística da comunidade universitária em memória dos mártires da UCA (Universidade Centro-Americana José Simeón Cañas), realizada em 16 de novembro no

Ignacio Ellacuría, SJ

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COMPANHIA DE JESUS

EDUCAÇÃO

Curso da Unicap conquista conceito máximo do MEC

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curso superior tecnológico de Fotografia da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco) obteve nota máxima na avaliação do MEC (Ministério da Educação). A graduação tirou cinco, numa escala de um a cinco. O resultado foi bastante comemorado

por professores, alunos e funcionários. Os avaliadores do MEC estiveram no campus da Unicap entre os dias 4 e 7 de novembro. Eles visitaram os laboratórios, salas de aula e a biblioteca. Além disso, analisaram a estrutura pedagógica e o corpo docente. “O curso é coordenado pela

Colégio Loyola promove simulação da ONU

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Colégio Loyola promoveu a 12ª Edição do LoyolaMun, simulação das Conferências das Nações Unidas – ONU, entre os dias 11 e 13 de novembro. O evento, voltado para os alunos da 2ª série do Ensino Médio, coloca os estudantes em um cenário mundial, no qual eles têm a experiência

professora Renata Victor desde sua abertura, fator determinante para um desenvolvimento coeso de seu projeto pedagógico”, diz um trecho do relatório oficial do MEC. Em clima de muita comemoração, Renata Victor destacou o senso de coletividade da Unicap não só durante a avaliação, mas também na rotina do curso. “Poucas vezes em toda a minha vida profissional, eu vi um espírito de equipe tão forte quanto este da Universidade”, afirmou.

de raciocínio, da oratória e do trabalho em grupo. No LoyolaMun, os cerca de 190 alunos participaram de debates, criaram ações políticas e praticaram o exercício da diplomacia e das relações internacionais. Vestidos a caráter e representando vários países, os jovens vivenciaram o clima da conferência internacional da ONU. Segundo o estudante João Campos, “o evento é uma oportunidade de ter mais responsabilidade e uma visão mais ampla do mundo.”

Alunos são premiados na Olimpíada Brasileira de Robótica

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ove alunos do Colégio Diocesano foram premiados na edição 2015 da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na modalidade teórica, realizada em agosto. A avaliação abordou conteúdos específicos da robótica, assim como domínio de outras áreas, como Língua Portuguesa e Ciências, que são divididos em cinco eixos cognitivos: domínio de linguagens, compreensão de fenômenos, enfrentamento de situações-problema, construção de argumentação e elaboração de propostas.

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A OBR divide-se em duas modalidades: a teórica e a prática. Além da primeira, o Colégio Diocesano destacou-se também na avaliação prática. Nessa última, a equipe Robotronic 2, formada por alunos do Colégio Diocesano, foi campeã no nível 2 (Ensino Médio e Técnico) e a equipe Alfa, composta por alunos da Escola Santo Afonso Rodriguez (ESAR), ficou classificada em segundo lugar no mesmo nível. As equipes, ambas formadas por alunos de escolas da Rede Jesuíta de Educação, representaram o Piauí na etapa nacional,

que aconteceu em Uberlândia (MG), no período de 29 de outubro a 1º de novembro. Karla Giovanny, coordenadora de Tecnologia Educacional do Diocesano, fala sobre o estudo da robótica no Piauí. “Em 2015, tivemos um crescimento significativo tanto na Modalidade Teórica como na Prática. Isso significa que nossos alunos estão começando a desenvolver mais habilidades na área de tecnologia”. Segundo a coordenadora, o estudo dessa área desenvolve o raciocínio lógico, ajuda na concentração e facilita o trabalho em equipe.


Feira do Conhecimento no Colégio Medianeira

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ntre os dias 4 e 11 de novembro, o Colégio Medianeira promoveu mais uma edição da FLIM (Festa das Linguagens Medianeira). Durante o evento, a instituição realizou duas importantes atividades: a sessão de autógrafos da Coletânea dos Textos dos Alunos e a Feira do Conhecimento. Essas iniciativas são fruto de um trabalho intenso por parte de alunos e educadores que, durante todo o ano, estão comprometidos com a aprendizagem. No dia 6, aconteceu o lançamento do livro Coletânea de Textos, produzido pelos estudantes do Colégio Medianeira. A obra reúne centenas de textos e imagens tecidos durante o ano pelos alunos e educadores e espelham, com clareza, o projeto político pedagógico inaciano. Com criatividade, reflexão crítica e sensibilidade, os pequenos autores propuseram um olhar sobre a diversidade de ideias, sobre o conhecimento e a produção escrita, sem preconceito de estampa ou sentido. O prefácio do livro foi escrito pelo historiador e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)

Leandro Karnal, que afirma: “Não leio para o vestibular ou para uma prova: são questões passageiras. Leio porque estou vivo e porque sou humano e quero intensificar tudo isto. Leio porque é muito bom. O desafio de ler cresce a cada ano e sempre me indica novas searas. Amo ler porque amo viver”. O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Medianeira, unidade educativa da Rede Jesuíta de Educação, contempla, como uma de suas estratégias metodológicas, o Educar pela Pesquisa. Isso significa compreender a escola de educação básica como produtora de conhecimentos, os quais se transformam em aprendizagem em meio às estruturas e práticas de currículo. O diretor acadêmico, Fernando Guidini, afirma: “Das séries iniciais ao Ensino Médio, problematizar o conhecimento fazendo com que nossos alunos busquem por respostas aos ‘porquês’, torna-se princípio fundante de uma formação integral e significativa, tendo em vista a educação de sujeitos críticos, competentes e criativos nas dimensões humana e acadêmica”.

Pelo exercício do questionamento, investigação e sistematização proposto pelo projeto de pesquisa, cada educando aprende a ser autônomo no pensar e no estabelecimento de relações entre e com os diferentes componentes curriculares, considerando o contexto, a tecnologia, a ciência, a inovação, o trabalho e a vida em sociedade. Fernando Guidini relembra que “essa autonomia, ao constituir métodos próprios de conhecimento, configura-se como princípio fundante frente às demandas da formação universitária, além de central na atual configuração do mundo do trabalho”. A Feira do Conhecimento, realizada no dia 7, sinalizou o término de um processo de ensino-aprendizagem que divulga à comunidade de educandos, familiares e educadores, a diversidade de conhecimentos sistematizados ao longo do ano acadêmico. Da Física à História, dialogando com a Filosofia, a Biologia, ou mesmo a Língua Portuguesa, os alunos do Medianeira apresentaram o resultado de um conhecimento vivo, científico e social, o qual objetiva formação e transformação pessoal e coletiva.

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NA PAZ DO SENHOR IR. JOSÉ MARIA DO NASCIMENTO Por Ir. Eudson Ramos

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asceu no dia 9 de março de 1927 em Massapê, Sobral (CE). Era o 8° filho de uma família de 15 e ele, juntamente com os demais irmãos, foi educado e aprendeu os valores básicos da vida humana e cristã. Um dia, sentiu o chamado de Cristo para segui-lo mais de perto. Em 1947, deixou a convivência dos pais e foi para o seminário diocesano na cidade de Sobral, onde permaneceu até o ano de 1949. Lá, conheceu o Pe. Alexandrino Monteiro. Após esse contato, foi conhecer a Companhia de Jesus e veio o desejo de tornar-se um jesuíta. Assim, no fim de dezembro de 1949, partiu de Sobral, com mais um amigo e uma carta de recomendação do Monsenhor Arnóbio para o Pe. Lira, reitor da Escola Apostólica de Baturité (CE). Depois de seis meses de postulantado, entrou no Noviciado no dia 12 de agosto de 1950 e, no dia 15 de agosto de 1952, fez os votos do biênio como Irmão. Depois dos votos, foi enviado para auxiliar o Irmão enfermeiro na mesma casa em Baturité. Em 1954, partiu para o colégio Antônio Vieira, em Salvador (BA), para tomar conta da enfermaria, enquanto aguardava-se um irmão enfermeiro da Espanha. Em 1955, foi para o colégio Nóbrega, em Recife (PE), no intuito de ajudar o Irmão Batista no cuidado de outros dois jesuítas: Ferreirinha e Salvador. Em 1956, retornou para Baturité e assumiu o trabalho do refeitório da comunidade e da dispensa e ainda ajudou o Irmão enfermeiro. Em 1959, o Provincial transferiu-o para o colégio Anchieta em Nova Friburgo (RJ), para lá praticar o ofício de dentista com o Irmão Batista, que era dentista prático. Em 1960, foi para Itaici, em Indaia-

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tuba (SP), fazer a Terceira Provação e, no dia 15 de agosto de 1960, professou os últimos votos. Depois, foi para o colégio Santo Inácio no Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de fazer um curso profissionalizante de enfermagem na Santa Casa da Misericórdia. Quando voltou para a província do Nordeste, foi lhe comunicado que poderia continuar com os seus estudos. Atendendo a um pedido do Ir. Batista, o Provincial enviou-o para Recife. Lá, concluiu o primeiro e o segundo grau, preparando-se em seguida para o vestibular de odontologia. Fez os exames e foi aprovado. Iniciou o curso no princípio do ano de 1973 na Universidade Federal de Pernambuco e o concluiu em fins de 1977. Dessa forma, Ir. Zé Maria tornou-se um dos primeiros Irmãos, na década de 1970, a obter um diploma de Ensino Superior, algo que não era muito comum para os irmãos jesuítas. Em 1978, foi para Baturité, onde trabalhou como dentista até fevereiro de 1997.Lá, também trabalhou na catequese de crianças e adultos e coordenou a Pastoral da Criança da região. Com ajuda da instituição Manos Unidas, da Espanha, montou uma carpintaria, de onde saíram vários carpinteiros. Após a morte do Ir. Ferreira, foi pedido que coordenasse os trabalhos nos Sítios da Escola Apostólica, da Caridade e do Jucá, todos na mesma cidade de Baturité. Em fevereiro de 1997, foi transferido para Fortaleza. Como a residência São Luís Gonzaga (Casa de Saúde) ainda não estava concluída, foi para a paróquia do Mondubim. Na paróquia, envolveu-se nos trabalhos pastorais (ministério do Batismo, Ministro Extraordinário da Eucaristia e Ministro da Palavra) e também montou um consultório dentário para atender os pobres das redondezas. Era o ministro da comunidade jesuíta, além de estar encarregado pelas Finanças da Paróquia. Perma-

SENTIA FORTE DESEJO DE CONVIVER E COMPARTILHAR SUA VOCAÇÃO E MISSÃO COMO IRMÃO PARA OS MAIS JOVENS

neceu nessa missão até 2013, quando foi transferido para a Casa de Saúde São Luiz Gonzaga. Isso aconteceu devido a um acidente em Meruoca, quando estava visitando seus familiares. Andava na garupa de uma motocicleta, conduzida por um dos muitos sobrinhos, e caiu. Sofreu lesões em uma das pernas e, como sofria de diabetes, a cicatrização foi complicadíssima. Além disso, sofria de insuficiência respiratória. Na Casa de Saúde, levou uma vida muito serena, gostava muito de estar no quarto assistindo à TV e ouvindo músicas, mesmo sendo quase totalmente surdo. Participou normalmente das sessões de fisioterapia enquanto lhe foi possível. Cuidava de programar o filme das terças-feiras para a comunidade e, na Hora Média dos salmos, era o puxador da oração do Ângelus. Sempre gostava muito de conversar, e histórias nunca lhe faltaram para compartilhar com todos os que desejassem. Era presença garantida em todos os encontros de Irmãos. Sentia forte desejo de conviver e compartilhar sua vocação e missão como Irmão para os mais jovens. Carinhosamente, era sempre chamado de “Dr. Zé Maria”. Esteve hospitalizado por uns 10 dias e, ao retornar para a casa, precisou continuamente do oxigênio. Assim foi até o seu falecimento no dia 23 de outubro. Tinha 88 anos de idade e 65 de Companhia de Jesus.


NA PAZ DO SENHOR PE. JOSÉ MARIA HERREROS ROBLES Por Pe. José Luis Fuentes Rodriguez

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asceu em Burgos, Espanha, em 24 de maio de 1931. Ainda adolescente, frequentou o tradicionalíssimo Colégio Nuestra Señora del Recuerdo, que os jesuítas dirigem no Bairro de Chamartin, em Madri, onde fez o Ensino Fundamental e o Médio. Cedo, sentiu o chamado de Jesus para segui-lo mais de perto. Antes de completar 18 anos, ingressava na Companhia de Jesus ali mesmo, onde também funcionavam os primeiros anos da formação na Vida Religiosa, o Noviciado e o Juniorado. Após conclusão, em 1952, foi estudar Filosofia em Chamartin e em Alcalá de Henares. Certamente, nessa última cidade, conheceu as salas e os bancos escolares onde Santo Inácio estudara um dia. Nas mesmas cidades de Madri e Alcalá, exerceu o magistério durante dois anos. Estudou Teologia no Sul, na bela e árabe Granada. Recebeu a ordem presbiteral em Madri, em 14 de julho de 1962. A partir daí começou a realizar a segunda vocação, a missionária. Desembarcou no Brasil, em Santos (SP), em 12 de setembro de 1963. Convém lembrar que, naqueles anos, a Província Brasil Centro-Leste abrigava colônias de japoneses e de russos, ambos associavam-se em torno de missões específicas. Com os primeiros, Pe. Herreros manteve longo contato a partir do Colégio São Francisco Xavier, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP).

Para concluir as etapas obrigatórias da formação jesuítica, Pe. Herreros encaminhou-se a Três Poços, Volta Redonda (RJ), para a Terceira Provação, no ano de 1964. Depois de concluída, iniciou formalmente sua peregrinação apostólica, praticamente toda exercida na cidade de São Paulo, em duas instituições: Colégio São Francisco Xavier e Centro de Juventude Anchietanum. Entre os anos de 1965 a 1982, foi professor de Ensino Religioso, orientador Espiritual e Educacional de alunos, consultor da Casa e da Missão Japonesa, diretor da Congregação Mariana e do grupo vocacional, diretor da Pastoral, diretor Acadêmico e reitor do Colégio. Além disso, atuou como assistente espiritual da Pastoral da Juventude (PJ) da Região Episcopal do Ipiranga. Em meio a tantas atividades e responsabilidades, ainda encontrava tempo para estudar. Entre 1973 e 1975, fez os cursos de Pedagogia, Administração Escolar e Orientação Educacional na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Caetano do Sul. Em 1983, mudou de residência e passou a dirigir o Anchietanum. A partir de então, tornou-se promotor vocacional da Província e passou a orientar Exercícios Espirituais. Três anos depois, retornou ao Col. São Francisco Xavier como orientador Espiritual do Ensino Médio. Passados três anos, voltou ao Anchietanum como assistente do diretor. Além de promotor vocacional, passou a ser orientador espiritual dos Seminaristas da Região do Ipiranga e assistente da CVX-SP. “Seis anos se passaram...” Em 1995, pela terceira vez, foi para o Col. São Francisco Xavier como vice-superior da Comunidade e continuou colaborando no Anchietanum, no Semi-

nário do Ipiranga e na assessoria da CVX Regional: mais sete anos de serviço. Por um ano escasso, permaneceu em Juiz de Fora, com a Comunidade Vocacional composta de candidatos à Companhia de Jesus. Em 2008, radicou-se em Itaici, onde passou a orientar Exercícios e a colaborar nos ministérios sacerdotais da Casa e da região. Em 2011, foi destinado para morar, orar e cuidar da saúde em Belo Horizonte (MG); primeiro, em caráter provisório, depois definitivamente. O guerreiro incansável viu-se numa cadeira de rodas, mas sem perder o humor e a dignidade. A destinação seria confirmada em 2011, mesmo com uma leve perspectiva de regressar a São Paulo, à nova residência de Nossa Senhora da Estrada, o que não pôde ser concretizado. Necessitando de mais cuidados regularmente, a chama foi-se extinguindo até que, no dia 20 de novembro de 2015, faleceu em decorrência de insuficiência respiratória aguda, pneumonia aspirativa e doença de Parkinson. Tinha 84 anos de idade e 67 de Companhia de Jesus.

CEDO, SENTIU O CHAMADO DE JESUS PARA SEGUI-LO MAIS DE PERTO. ANTES DE COMPLETAR 18 ANOS, INGRESSAVA NA COMPANHIA DE JESUS

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NA PAZ DO SENHOR PE. JOSÉ DE MOURA E SILVA Por Ir. Eudson Ramos

Pe. José de Moura e Silva nasceu no município de Ubá, em Minas Gerais, no dia 9 de julho de 1928.Ainda muito jovem, ingressou na Companhia de Jesus em Nova Friburgo (RJ), em 1º de fevereiro de 1945. Nesse mesmo município, em 2 de fevereiro de 1947, emitiu os primeiros votos e, depois, fez o Juniorado e a Filosofia, permanecendo lá até 1952. De 1953 a 1955, dedicou-se ao período de Magistério na Missão Anchieta, em Utiariti, em Mato Grosso. E foi nesse estado do centro-oeste brasileiro que Pe. Moura atuou intensamente em diferentes missões ao longo de sua vida. Esteve distante da região em poucos momentos, como: entre 1956 e 1959, para estudar Teologia, no Colégio Máximo Cristo Rei, em São Leopoldo (RS); em 1958, quando foi ordenado, em Belo Horizonte (MG); e, depois, entre 1960 a 1961, para dar sequência à última etapa da formação da Companhia de Jesus, a Terceira Provação, realizada em Salamanca (Espanha), tendo como instrutor o Pe. David Fernández Noguera. Retornou ao município mato-grossense de Utiariti, em 1961, para ser vigário paroquial e missionário, percorrendo sítios e aldeias da região. Foi nessa mesma cidade que, em 15 de agosto de 1962, proferiu os Últimos Votos. Em 1964, Pe. Moura tornou-se coordenador da Prelazia, em Diamantino (MT), onde também atuou como professor no Colégio Conceição, Seminário Menor, entre 1968 e 1969. Serviu como consultor da Casa e Missão no Seminário Jesus Maria José, de 1969 a 1972. Paralelamente, entre 1970 e 1972, assumiu a direção do Colégio Conceição. Nos anos seguintes, até 1976, traba-

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lhou como pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e coordenador dos indígenas, em Diamantino e Utiariti. Em 1977, foi ser missionário junto aos índios Irantxe, na aldeia Cravari, localizada na região oeste de Mato Grosso. Nessa mesma época, assumiu a função de Secretário Regional do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em Cuiabá. Durante dois anos, de 1984 a 1985, trabalhou como Pároco em Alto Paraguai. E, entre 1986 e 1989, assumiu a função de Delegado Regional de Ensino, em Diamantino. Em seguida, de 1989 a 1994, integrou o Conselho Estadual de Educação, em Cuiabá. Nesse mesmo período, dedicou-se ainda à preparação do livro Mato Grosso e seus municípios. Paralelamente a esses trabalhos, entre 1989 e 2015, Pe. Moura serviu também como vigário paroquial da Paróquia São Benedito, em Cuiabá. Ali, exerceu diversas atividades: diretor do Arquivo Público de Mato Grosso, de 1991 e 1994; arquivista na Secretaria de Educação, de 1995 a 1996; elaboração de mais um livro, História da Missão de Diamantino, de 1996 a 2006; e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, de 1997 a 2015. Por quatro anos, de 2000 a 2004, exerceu a função de Sócio e Admonitor do Superior Regional da Região Brasil-Mato Grosso (BMT). E, entre 2002 a 2010, foi professor de História da Igreja em Mato Grosso e Realidades Eclesiais no Studium Eclesiástico Dom Aquino Correa (SEDAC). A partir de 2009, atuou como Consultor da Residência Pe. João B. Burnier, em Cuiabá. Com a saúde debilitada, Pe. Moura estava sendo cuidado na Residência Ir. Luciano Brandão, em Belo Horizonte (MG). As causas de seu falecimento, no dia 3 de dezembro de 2015, foram insuficiência respiratória aguda, broncoaspiração, disfagia e doença de Parkinson. Tinha 87 anos de idade e 70 de Companhia de Jesus.

DEDICOU-SE AO PERÍODO DE MAGISTÉRIO NA MISSÃO ANCHIETA, EM UTIARITI, EM MATO GROSSO. E FOI NESSE ESTADO DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO QUE PE. MOURA ATUOU INTENSAMENTE EM DIFERENTES MISSÕES


JUBILEUS 60 ANOS DE SACERDÓCIO

50 ANOS DE SACERDÓCIO

Em 12 de dezembro Pe. Francisco de P. A. Xavier Barbieri Pe. Vendelino Estanislau Bieger Pe. Paulo Mello Borges da Fonseca Pe. José Francisco Silveira Montenegro Pe. Bernardo Alwisius Schuster

Em 8 de dezembro Pe. Manuel A. Fernández Suárez Pe. Jacques Trudel Em 18 de dezembro Pe. Ruperto Antônio Jaeger Pe. Dionel Lopes Amaral

AGENDA JANEIRO

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RETIRO DE ACOMPANHAMENTO DIÁRIO (8 DIAS) CECREI (Centro de Espiritualidade Cristo Rei) Local | São Leopoldo (RS) Orientador | Pe. Miguel Schroeder, SJ Site | www.cecrei.org.br

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS COM COLOCAÇÕES – EECC (8 DIAS) Casa de Retiros Itaici /Vila Kostka Local | Indaiatuba (SP) Orientador | Pe. Jonas Carvalho de Moraes, SJ Site | www.itaici.org.br

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11 A 14 CURSO | O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO Centro Loyola de Fé e Cultura PUC-Rio Local | Rio de Janeiro (RJ) Site | www.clfc.puc-rio.br

I SIMPÓSIO APROXIMAÇÕES COM O MUNDO JUVENIL FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia) Local | Belo Horizonte (MG) Site | faculdadejesuita.edu.br/simposiojuventude

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