Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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JRS de Malta é finalista de prêmio internacional pág. 23

Papa Francisco visita a Albânia pág. 11

JESUÍTAS BRASIL

Em

edição 9 | ANO 1 | outubro 2014 | jesuitasbrasil.com

INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL

Seguir Jesus nos passos de Inácio Conheça alguns grupos e movimentos leigos que vivenciam a espiritualidade inaciana Especial • 14

Projeto Educação e Cidadania abre novo núcleo pág. 28

FEI assina acordo com universidade sueca pág. 33

Unisinos inaugura Escola de Humanidades pág. 40

Paróquia Cristo Rei inicia curso de Teologia pág. 44

Colégios Jesuítas celebram a arte pág. 49




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editorial

A serviço da Igreja, uma espiritualidade em movimento(s)

Pe. Adelson Araújo dos Santos, sj Superior da Região Brasil Amazônia

Pe. Carlos Palácio, sj Provincial do Brasil

Estamos às portas da nova Província Jesuítas Brasil e já foi anunciada a escolha do padre João Renato Eidt como futuro provincial. Ele terá a bela tarefa de dar continuidade ao processo que, há anos, vem sendo construído. A nova porta que se abre nos leva a um vasto saguão, onde aparecem os quadros de muitas obras bonitas: algumas concluídas, outras em execução, em maquete e outras ainda em sonhos futuros. Nesse espaço do Reino em construção, a Companhia vai adentrando a passos suaves, mas firmes e decididos. A experiência espiritual vivida por Inácio de Loyola e, logo em seguida, por seus primeiros companheiros manifestou-se, desde o início, como um dom de Deus para Sua Igreja. Essa espiritualidade peregrina – do dom gratuito do Pai, da paixão pelo Reino, do seguimento de Jesus, da busca de “conhecimento íntimo” do Senhor para mais “amá-lo e segui-lo” – só podia gerar “movimento” em direção aos outros. Quem tem

Pe. Mieczyslaw Smyda, sj Provincial do Brasil Centro-Leste

um encontro verdadeiro com o Senhor não pode ficar parado! “Ajudar as almas”: essa era a meta desses homens que, tocados pelo mistério de Deus, sentiam-se impelidos a partilhar e multiplicar a experiência vivida. Como todo carisma chamado a permanecer na história, essa espiritualidade foi ganhando corpo e rosto próprios em grupos específicos.

Pe. Miguel de Oliveira Martins Filho, sj Provincial do Brasil Nordeste

muito fecunda, plantada por Deus no jardim da Igreja. Ao longo dos séculos, o movimento interior e profundamente pessoal impulsionado pelos Exercícios Espirituais deu origem a vários grupos, comunidades, movimentos de inspiração inaciana, nem sempre bem conhecidos. Milhares de homens e mulheres, de todas as idades, escolheram esse caminho para aprofundar

Somos sempre surpreendidos pela força do Evangelho na vida desses irmãos e irmãs, que não medem esforços para seguir Jesus, com fidelidade e profundidade, em suas relações familiares, profissionais e sociais.

Um dos frutos dessa experiência espiritual transformadora foi a Companhia de Jesus, que conta com quase cinco séculos de existência. A história da aventura espiritual e apostólica dos jesuítas é bem conhecida de muitas pessoas, dentro e fora do mundo católico – com um acréscimo, é verdade, de muitas lendas e fantasias. Mas esse foi somente o primeiro fruto de uma árvore

o sentido de sua vida cristã e seguir Jesus Cristo em sua vida cotidiana. É sobre eles que queremos falar, especialmente, neste número de nosso Em Companhia. A proximidade – espiritual, afetiva, apostólica – com esses movimentos e comunidades provoca em nós, jesuítas, experiências diversas. Primeiramente, somos sempre surpreendidos pela força do

Pe. Vicente Palotti Zorzo, sj Provincial do Brasil Meridional

Evangelho na vida desses irmãos e irmãs, que não medem esforços para seguir Jesus, com fidelidade e profundidade, em suas relações familiares, profissionais e sociais. Diante dessa experiência de admiração, somos continuamente questionados em relação à qualidade de nossa vida consagrada, chamados a uma contínua conversão que nos conserve como testemunhas vivas e guardiões desse belo dom de Deus. Por fim, podemos somente agradecer ao Pai, por nos associar, a partir de dentro, com tantos homens e mulheres no serviço à missão de Seu Filho. A Companhia de Jesus acolhe, com muita alegria, todos esses grupos, comunidades e movimentos que fazem parte da chamada “Família Inaciana”. É essa fraternidade que sustenta, purifica e confirma a qualidade de nossa vocação. É assim que queremos continuar trilhando, juntos, os caminhos do Senhor, ad maiorem Dei gloriam. Boa leitura!


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CALENDÁRIO LITÚRGICO – NOVEMBRO Próprio da Companhia de Jesus 3 de novembro Bem-aventurado Ruperto Mayer, presbítero

5 de novembro Todos os Santos da Companhia de Jesus

6 de novembro Comemoração de todos os falecidos da Companhia de Jesus

13 de novembro Santo Estanislau Kostka, religioso

14 de novembro São José Pignatelli, presbítero

16 de novembro Santos Roque González, João del Castillo, Alfonso Rodríguez, presbíteros e mártires

Expediente

Glorificação de Santo Inácio, Andrea Pozzo

Juliana Dias Redação

Colaboradores da 9ª Edição Pe. Bruno Schizzerotto (BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC), Pe. Creômenes Tenório Maciel (BNE) e Pe. Matias Martinho Lenz (BRM). Belisa Lemes da Veiga, Francilma Grana, Pe. Itamar Gremon, Pe. Reginaldo Sarto, Samara Augusta e Ana Ziccardi (revisão). Um agradecimento especial a todos que colaboraram com a matéria especial dessa edição.

Handerson Silva e Victor Pisani Diagramação e edição de imagens

Fotos Banco de imagens / Divulgação

Pe. Francys Silvestrini Adão, SJ Diretor editorial Pe. Geraldo Lacerdine, SJ Diretor do NCI

EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI)

Contato NCI noticias@jesuitasbrasil.com www.jesuitasbrasil.com

Silvia Lenzi (MTB: 16.021) Editora e jornalista responsável

Tradução das notícias da Cúria Geral Pe. José Luis Fuentes Rodriguez

Errata Na 8ª Ed. do Em Companhia a foto da notícia Bispo abençoa famílias vieirenses no Santuário Nossa Senhora de Fátima (pg.43) está errada.


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entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO

Onde terminam a luz e o asfalto, aí começa Fé e Alegria Movimento Internacional de Educação Popular Integral e Promoção Social, Fé e Alegria nasceu no bairro popular de Cátia, em Caracas (Venezuela), em 1955. Atualmente, 20 países integram a instituição, que tem sua sede em Bogotá (Colômbia) e, desde 1985, é uma Federação Internacional. No Brasil, Fé e Alegria deu seus primeiros passos em Mauá, município da Grande São Paulo (SP), em 1981. Hoje, atua em 21 municípios de 15 estados brasileiros, beneficiando, aproximadamente, 21 mil participantes. Nesta edição, o informativo Em Companhia traz duas entrevistas especiais. A primeira, com o atual diretor presidente da Fundação Fé e Alegria do Brasil, padre Álvaro Negromonte, que ocupa o cargo desde agosto de 2012. E, outra, com o padre Luiz Fernando Klein, primeiro presidente da instituição, em 1981, e, hoje, diretor Nacional de Educação e Ação Pública. Leia a seguir:

Pe. Álvaro Negromonte

Como é o trabalho de diretor presidente de Fé e Alegria e quais os maiores desafios?

A minha missão primeira é o acompanhamento e a articulação das diversas instâncias, dentro e fora da Fundação. Com dedicação exclusiva nessa missão, temos detectado as principais necessidades e desafios nos seus diversos atores e contextos, e, assim, buscamos estratégias para melhor enfrentá-las com todo o corpo da instituição. Dentre os desafios enfrentados nos últimos tempos, destacaríamos três: A necessária clareza de que a Fundação Fé e Alegria é uma obra educativa da Companhia de Jesus, seja por parte de colaboradores da Fundação, seja pela própria atual conjuntura das obras socioeducativas da Ordem religiosa. A base inaciana de nossas ações, marcada pelos Exercícios Espirituais, que ainda devemos juntos construir. A sustentabilidade das ações, considerando a frequente luta para estabelecer as parcerias com o poder público, com empresas e mantenedoras, em meio a uma legislação rígida e antieclesial, e a busca por fortalecer as diversas iniciativas individuais de doação.

O presidente da Fundação Fé e Alegria do Brasil, Pe. Álvaro Negromonte, e o diretor Nacional de Educação e Ação Pública, Pe. Luiz Fernando Klein (esq. p/ dir.)

Como Companhia de Jesus no Brasil, temos buscado sempre mais estabelecer redes e parcerias entre as diversas obras, o que tem fortalecido e qualificado ainda mais nossa presença educativa no meio dos pobres Uma das características de Fé e Alegria é o trabalho em rede e com parcerias. Qual a importância desse relacionamento para o desenvolvimento da atuação da instituição?

Fé e Alegria nasce em rede, em relação, seja com a Universidade Andrés Bello, onde o padre José Maria Vélaz, fundador de Fé e Alegria, lecionava, ou seja, com a sociedade civil


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entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO

e o governo venezuelano. Desde o seu nascimento, Fé e Alegria foi chamada a, juntamente com os governos, empresas e pessoas, oferecer uma educação de qualidade. Se a nossa ação educativa é para a transformação histórica das realidades, a incidência pública que sonhamos só é possível pela ação coletiva de todos os atores implicados. Como Companhia de Jesus no Brasil, temos buscado sempre mais estabelecer redes e parcerias entre as diversas obras, o que tem fortalecido e qualificado ainda mais nossa presença educativa no meio dos pobres. Já em realidades em que, com o poder público, estabelecemos parcerias , mesmo com grandes desafios, mais pessoas têm sido atendidas e as realidades têm mudado consideravelmente. Logo, o desenvolvimento de Fé e Alegria, como obra socioeducativa, é diretamente proporcional às sólidas redes e parcerias que construímos. Se assim o fizermos como Movimento de Educação

Popular que somos, poderemos construir, propor, fiscalizar, acompanhar e colaborar na implantação de políticas públicas justas e democráticas. O 44º Congresso Internacional de Fé e Alegria, em outubro de 2013, abordou o tema da Educação Inclusiva. Qual foi a importância desse encontro para o fortalecimento dos trabalhos da Fundação no Brasil? Preparar o 44º Congresso Internacional da Federação Fé y Alegria no Brasil foi uma oportunidade de acender fogo novo em toda a Fundação. Esse foi o primeiro Congresso em que tivemos a participação de educandas e educandos representantes de todas as unidades Fé e Alegria do país. Participaram como congressistas, oferecendo uma importante parcela de contribuição para nossa reflexão e ação em contextos diversos. Além desse diferencial, à compreensão de educação inclusiva foi possibilitada

uma profunda evolução conceitual, levando-nos a desejar não uma renovação, o que poderia parecer como algo novo, mas uma inovação, mudança a partir de dentro, na construção de uma nova cultura da inclusão, na qual todas e todos são acolhidos, respeitados e valorizados. O Congresso nos possibilitou ir mais longe com a nossa ação educativa, buscando e encontrando novas fronteiras existenciais, e efetivando meios de superá-las. À luz do Evangelho, com momentos celebrativos cheios de Fé, seguimos sentindo a Alegria de abrir nossas portas e obras para acolher uma nova proposta de vida inclusiva para todas e todos. Qual o papel da Federação Internacional Fé e Alegria e como ela ajuda no desenvolvimento dos trabalhos? Conjuntamente com mais 20 países, o Brasil tem recebido as orientações, apoio e formação, como também tem contribuído

qualitativamente com a Federação. A partir da experiência de várias outras Fés e Alegrias, temos sido diretamente beneficiados pelas parcerias que a Federação Internacional tem estabelecido com governos e com a iniciativa privada, nos possibilitando crescer na consciência institucional de corpo apostólico em missão. Através dos oito Programas Federativos, a Fundação Fé e Alegria do Brasil tem desenvolvido sua ação institucional, sua visibilidade, a formação de educadores, a formação para o trabalho, a incidência pública e advocacy, suas ferramentas tecnológicas, educação por meio do rádio, promoção social, formação para a vida e, também, segue implantando o Sistema de Melhora da Qualidade Educativa em todos os centros educativos e sociais. Isso só fortalece a identidade do Movimento e nos possibilita agir no mundo, transformando-o. Fé e Alegria atua em seis áreas de forma mais ampla, como é esse trabalho? Como fruto de diagnósticos prévios, Fé e Alegria tem procurado, na medida do possível, atender às necessidades das crianças, dos adolescentes e dos jovens, como também de suas famílias, com projetos que fortaleçam os vínculos, apontem novos rumos de transformação social, empoderando pessoas e comunidades. Assim se constituem as áreas de atuação e desenvolvimento efetivo de nossa missão.


8 entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO

O empenho educativo da Pedagogia Inaciana e da Educação Popular manifesta sua preferência pelos segmentos mais vulneráveis da sociedade Na Educação Formal, que é dita escolar, hoje atendemos educação infantil, fundamental, médio e técnica. Na Educação Não-Formal, em modo de projetos e oficinas, há uma variedade de mais de 30 ações distintas em todo o país. No Desenvolvimento Comunitário, com geração de renda, jovens e adultos têm desenvolvido uma consciência cooperativa através de diversos cursos de formação técnica e, citamos a mais inovadora iniciativa nessa área, a Galeria Social em Vazantes, no Ceará. Na Formação dos Educadores Populares, temos feito grande investimento em todo o país, oferecendo formação presencial, semipresencial e através de diversos meios e tecnologias. Na Ação Pública, passando pela incidência e advocacy, temos qualificado ainda mais nossa presença em redes, conselhos nacionais, estaduais e municipais, fóruns e espaços públicos de discussão sobre educação e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Essa área tem sido forjada em parceria com outras obras da Companhia de Jesus e da Igreja, e necessita ser ainda mais fortalecida e participada pelas diversas obras da Nova Província. E para integrar, formar e potencializar tudo isso, a sexta área de atuação é a Comunicação, que, através do portal educativo, do site, da rádio web e das

redes sociais, tem levado a todo o mundo uma formação de qualidade e divulgação do bem que tem feito a Fundação Fé e Alegria do Brasil.

Pe. Luiz Fernando Klein

Quais as principais características da Pedagogia Inaciana e da Educação Popular? As duas visões pedagógicas coincidem na mesma finalidade, que é ajudar o ser humano a considerar-se protagonista do seu desenvolvimento integral, de modo a comprometer-se com a transformação da realidade. Ambos os enfoques consideram a pessoa o centro do processo educativo, o qual, por isso, tem início, sempre, pela consideração do contexto, pessoal e ambiental, buscando detectar os problemas que requerem solução. O empenho educativo da Pedagogia Inaciana e da Educação Popular manifesta sua preferência pelos segmentos mais vulneráveis da sociedade. Os dois enfoques estão atentos a contribuições de autores e correntes psicopedagógicas de acordo com a sua meta. Mas a Pedagogia Inaciana se distingue pela sua marca religiosa, enquanto traz diversos traços

da espiritualidade de Santo Inácio e se entende como um aspecto da missão evangelizadora da Igreja.

Ao ser fundada no país, no início de 1981, os três principais desafios de Fé e Alegria foram:

Como a Pedagogia Inaciana e a Educação Popular se complementam no trabalho da Fundação Fé e Alegria?

Elaborar uma proposta educativa específica para responder às necessidades do Brasil.

A Educação Popular pode se enriquecer com a formulação da Pedagogia Inaciana, conforme seus três últimos documentos principais:

Apresentar essa proposta a outras instâncias da Igreja, do governo e da sociedade, em busca de convênios e parcerias.

Características da Educação da Companhia de Jesus, no qual constam os conceitos pedagógicos adequados ao mundo de hoje. Pedagogia Inaciana. Uma proposta prática, que propõe um paradigma de cinco elementos (contexto, experiência, reflexão, ação e avaliação) para efetivar uma educação em valores. Projeto Educativo Comum da Companhia de Jesus na América Latina, com 11 linhas de ação para a renovação das instituições educativas. Por seu lado, a Educação Popular pode iluminar a Pedagogia Inaciana com a dimensão política do processo educativo, o método de problematização, a incidência pública, o envolvimento da comunidade circundante, a gestão participativa, entre outros. O senhor participou do processo de implantação da obra no país. Quais foram os principais desafios durante esse período?

Solicitar financiamento, junto a empresas nacionais e entidades internacionais para o sustento dos primeiros projetos. Em 1981, o senhor tornou-se o primeiro presidente de Fé e Alegria. Quanto tempo ficou à frente da instituição? Desempenhei a função de presidente de Fé e Alegria Brasil apenas por um ano e meio, até meados de 1982, pois, na ocasião, eu a acumulava com as funções de Assistente (Sócio) do Provincial da Província Jesuíta do Brasil Centro-Leste, o Pe. Cristóbal Álvarez, e de Secretário Executivo da Conferência de Provinciais Jesuítas do Brasil (CPJB ). Em agosto de 2013, o senhor voltou a integrar a equipe da Fundação Fé e Alegria. Como foi o sentimento de voltar a atuar na instituição? Quais os principais avanços alcançados nesse período? Ser destinado a Fé e Alegria, em maio de 2013, foi


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entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO

uma surpresa e um gratificante presente de Deus, pois essa proposta educativa sempre me fascinou, mesmo quando eu desempenhava outras funções. Na verdade, nas viagens que eu vinha realizando pelo Brasil e pela América Latina, sempre procurei oportunidades de conhecer e apreciar os trabalhos de Fé e Alegria. Ao voltar, encontro-a presente em 21 municípios de 15 Estados do país, atingindo mais de 21 mil beneficiários, crianças, adolescentes, jovens,

adultos e idosos. Embora ainda careça de maior visibilidade, Fé e Alegria é respeitada nos lugares onde atua. Como é o trabalho na Área de Educação e Ação Pública de Fé e Alegria? O trabalho de Fé e Alegria desenvolve-se em três níveis: atua no âmbito interno do centro educativo; trata de servir à comunidade circundante; e empenha-se em contribuir na formulação e mo-

nitoramento de políticas públicas. Contamos com 43 Centros Educativos de educação formal e programas socioeducativos em 22 tipos de educação não formal. Distinguem-se o trabalho de abrigamento de menores desassistidos, em Vitória (Espírito Santo); com as populações de rua, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul); indígena (etnia Xerente, em Tocantínia (Tocantins); e com deficientes físicos e mentais, em Cuiabá (Mato Grosso) e Gurupi (Tocantins).

Fé e Alegria realiza a Ação Pública junto a educadores, educandos, família e comunidade, estimulando-os ao empoderamento, a se reconhecerem como sujeitos de direitos e atores do processo de transformação da sociedade. Para isso, Fé e Alegria estimula o envolvimento das pessoas em diversos espaços de incidência política, fazendo-se presente em 38 conselhos municipais, estaduais e nacionais que tratam dos direitos de crianças e adolescentes, assistência social e educação.



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o ministério de unidade na

IGREJA

SANTA SÉ

No dia 21 de setembro, o papa Francisco visitou a Albânia, país no sudeste europeu, na região dos Bálcãs. Durante a visita, o pontífice falou sobre a importância do diálogo inter-religioso e ressaltou as conquista do país nesse sentido. “A Albânia é um país que sofreu muito. E conseguiu obter uma paz entre suas diferenças religiosas”. Após anos vivendo sob o regime comunista, o país escolheu o caminho do diálogo com um governo de unidade nacional entre islâmicos, ortodoxos e católicos. O primeiro-ministro albanês, o católico Edi Rama, deu as boas-vindas ao papa, que também foi recepcionado de maneira calorosa por milhares de pessoas na Praça Madre Teresa, onde celebrou missa. Depois, Francisco passeou em um carro aberto. O pontífice parou diversas vezes para apertar as mãos dos albaneses e abraçar as crianças. Diante do presidente Bujar Nishani, Francisco saudou com carinho a “terra das águias, uma terra de heróis, que sacrificaram sua vida pela independência do país, e terra de már-

“A Albânia é um país que sofreu muito. E conseguiu obter uma paz entre suas diferenças religiosas”, afirmou o pontífice

tires, que deram testemunho de sua fé nos tempos difíceis da perseguição”. Para o papa, a Albânia é um modelo de convivência entre religiões, ele destacou que “o clima de respeito e confiança recíproca entre católicos, ortodoxos e muçulmanos é um bem precioso para o país e adquire destaque especial neste momento”. Durante a visita, o pontífice se encontrou com bispos albaneses e com a comitiva Papal na Nunciatura Apostólica. Francisco participou também de um

encontro com líderes de outras religiões e denominações cristãs, na Universidade Católica Nossa Senhora do Bom Conselho. Papa Francisco concluiu sua visita à Albânia num centro social para menores, nos arredores de Tirana, capital do país. O pontífice deixou uma mensagem a favor do diálogo inter-religioso e contra a indiferença. “A fé que opera na caridade move as montanhas da indiferença, da incredulidade e da apatia, e abre os corações e as mãos para fazer o bem e irradiá-

-lo. Através de gestos humildes e simples de serviço aos pequeninos, passa a Boa Nova de Jesus que ressuscitou e vive entre nós”, disse o papa às crianças e voluntários reunidos na igreja dedicada a Santo António. Atualmente, dos três milhões de albaneses, os muçulmanos representam 56% da população, que tem ainda 15% de católicos e 11% de ortodoxos. A igreja católica é minoritária, mas dinâmica. Fonte:www.news.va | G1 | papa.cancaonova.com | pt.radiovaticana.va

Foto: Rádio Vaticano e L’Osservatore Romano

Diálogo inter-religioso marca visita do papa à Albânia


12 o ministério de unidade na igreja santa sé

Foto: arquidiocesesalvador.org.br

Sínodo dos Bispos dedicado à família

De 5 a 19 de outubro, foi realizada a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano. Convocado pelo papa Francisco para tratar do tema Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização, o encontro reuniu cerca de 250 pessoas, entre bispos de diversas partes do mundo, sacerdotes, especialistas, estudiosos e casais, para debates de reflexão. Uma das prioridades indicadas durante os debates foi maior preparação para o matrimônio, a ser visto não como ponto de chegada, mas como caminho rumo a um autêntico crescimento pessoal e do casal. “A importância de verificar que existam as necessárias disposições para o matrimônio: ser também bastante exigente no aceitar os casais que se apresentam para o matrimônio religioso e na Igreja, e não ter por demais receio de ser exigente porque, evidentemente, casa-se muito facilmente hoje em dia, sem as premissas necessárias, é depois também compreensível que haja tantos casos de

famílias que se esfacelam, de matrimônios que entram em crise”, afirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi. Em diversos pronunciamentos, foram reforçados ainda que “a Igreja deve apresentar aos casais em dificuldade e aos divorciados recasados não um juízo, mas uma verdade, com um olhar de compreensão. Em particular, num mundo marcado pela influência da mídia ao apresentar ideologias muitas vezes contrárias à doutrina cristã, a Igreja deve oferecer seu ensinamento de modo mais incisivo.” Durante a abertura dos trabalhos da Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, por desejo do papa Francisco, foi anunciado também que “o Oriente Médio está no coração da Igreja”. Dessa forma, o dia 20 de outubro foi dedicado a um novo momento de reflexão e discussão sobre a complexa situação na região. Fonte: site da Rádio Vaticano



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especial Discípulos (as) de Cristo, alimentados (as) pela espiritualidade inaciana

Peregrinação: do caminho exterior ao caminho interior “Caminhar nos passos de Santo Inácio é viver a beleza de experimentar o amor de Deus”, esse é o sentimento da advogada Regina Carvalho, 54, que participou da Peregrinação Nos Caminhos de Santo Inácio. A experiência, promovida pelo CCB (Centro Cultural de Brasília), foi realizada entre os dias 6 e 22 de setembro e percorreu os lugares por onde Inácio de Loyola peregrinou no seguimento de Jesus. “A ideia era seguir os passos do peregrino Inácio, que, por amor ao Senhor, se pôs a caminho”, acrescentou o padre J. Ramón F. de la Cigoña, que também fez a peregrinação. Na Espanha, o grupo de 37 pessoas, vindas de diversas partes do Brasil, passou por Barcelona, Mosteiro de Montserrat, Gruta de Manresa, Pamplona, Loyola, Madri e Toledo, locais

fundamentais no processo de conversão de Santo Inácio. Em Israel, visitaram Tel Aviv, Cesareia Marítima, Haifa, Nazaré, Qumran, Jericó, Belém e Jerusalém, lugares significativos para todos os cristãos. Os peregrinos também foram a Istambul, na Turquia, e Roma, na Itália. “Visitar os lugares em que Jesus e Inácio viveram nos possibilitou a experiência de momentos de muita consolação, animando-nos para fazer o bem e seguir em frente na caminhada a Jerusalém celeste”, ressalta Regina. Cada local visitado, cada oração e cada partilha proporcionaram momentos de reflexão e discernimento. “A vida é uma peregrinação. Quisemos fazer este caminho espiritual em grupo, tendo, todos os dias, um momento de oração, partilha e exame, utilizando como referência a vida de Inácio e os

lugares geográficos que o viram passar, sempre cheio de Deus”, diz o padre Ramón. Para o jesuíta, a peregrinação fortaleceu a fé dos participantes. “Voltamos mais felizes com a nossa fé e comprometidos com o modo inaciano de ser e proceder. Todos acharam ótima a experiência e sugeriram sua realização a cada dois anos, para possibilitar que outras pessoas possam fazer o percurso”, completa. Para muitas pessoas, Nos Caminhos de Santo Inácio foi a primeira peregrinação de suas vidas, esse não foi o caso da Regina. Em 2010 e 2013, a advogada participou da experiência com freis Franciscanos de Brasília. Ela conta que todas foram especiais, mas que sempre teve o desejo de fazer a peregrinação com um viés inaciano. “Como pertenço a CVX São José (Co-


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especial

munidade de Vida Cristã), em Brasília, conversei com o padre Ramón, então diretor do CCB, e propus para que, na condição de diretor espiritual, aceitasse a empreitada. Após a obtenção da aprovação, começamos o planejamento da viagem”, relembra. Assim como Regina, milhões de pessoas ao redor do mundo vivenciam a espiritualidade inaciana através das comunidades ou dos grupos de leigos. Essa vivência possibilita a participação em experiências espirituais que têm como base a espiritualidade inaciana. “Minha participação nessa peregrinação é fruto da aproximação que tenho com a CVX, que se iniciou em 2007, por meio do CCB, onde frequento diariamente a missa e onde fiz os Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana. Hoje, eu coordeno a CVX São José e sou colaboradora do CCB”, conclui Regina. Atualmente, há cinco comunidades/grupos de leigos que vivenciam a espiritualidade inaciana. São eles: Congregação Mariana, CVX (Comunidade de Vida Cristã), AO (Apostolado da Oração), MEJ (Movimento Eucarístico Jovem) e ACVM (Associação de Comunidades de Vida Mariana). Esses grupos têm como fonte principal da espiritualidade os Exercícios Espirituais, tanto no seu formato original de 30 dias, quanto em formatos mais breves, como uma série de fins de semana ou o retiro de oito dias. Para o padre Paul Schweitzer, assistente regional da CVX/RJ, as diferenças desses grupos dependem do público que procuram atingir. “Os leigos jovens e/ou adultos são o público da CVX e das Congregações Marianas. Já o Apostolado da Oração, que é um grupo muito maior (estima-se que há entre 40 a 50 milhões de associados), assume o compromisso de oração com a Igreja. O MEJ focaliza mais nos adolescentes e pré-adolescentes das paróquias. E a Associação de Comunidades de Vida Mariana, que tem uma forte ligação com a CVX, organiza encontros e retiros para atingir pessoas de diversas faixas etárias da periferia do Rio de Janeiro”, explica padre Paul.

Congregações Marianas Desde a adolescência, o casal Jonas Leandro, servidor público, e Shirlei dos Santos, advogada, ambos com 36 anos, são membros das Congregações Marianas. Nessa época, os dois já participavam de retiros inacianos. Porém, no ano de 2007, resolveram fazer um retiro de iniciação aos Exercícios Espirituais. A experiência foi orientada pelo padre J. Ramón F. de la Cigoña, na Carpa (Casa de Retiros Padre Anchieta), no Rio de Janeiro. “Esse retiro se tornou um divisor de águas em nossas vidas. Apaixonamo-nos pela metodologia e pudemos experimentar os frutos em nosso dia a dia. De lá para cá, estreitamos bastante nossos laços com os jesuítas que moram no Rio e temos buscado um aprofundamento dos Exercícios Espirituais na vida”, afirma Jonas. A fonte de espiritualidade das Congregações Marianas é a inaciana. Esse é o elemento característico de sua origem. A primeira Congregação Mariana teve início

em Roma (Itália), com o jesuíta João Leunis, em 1563. A iniciativa nasceu por meio de uma pequena comunidade de leigos que queriam viver a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola. Segundo Shirlei, a Congregação Mariana se sustenta sob três pilares: a busca da vida interior profunda pela prática da espiritualidade inaciana, a participação na vida da Igreja através da constância sacramental e a Consagração a Nossa Senhora, modelo de fiel serviço a Deus e aos irmãos. No século XVI, as Congregações Marianas se espalharam pelo mundo, dessa forma, os leigos que desejassem poderiam viver a vida cristã intensamente na linha dos Exercícios Espirituais, além de contar com o apoio de assessores jesuítas. Quando a Companhia de Jesus foi suprimida, em 1773, a instituição passou aos cuidados dos bispos de cada diocese. “Depois da restauração da Ordem, em 1814, as Congregações Marianas voltaram a ter uma forte ligação com a Companhia de Jesus”, explica padre Paul Schweitzer.

Atuação no período da supressão A Companhia de Jesus foi suprimida em todo o mundo, à exceção da Rússia e Prússia, no dia 21 de Julho de 1773, por meio do Breve Dominus ac Redemptor, do papa Clemente XIV. Durante esse período, alguns trabalhos dirigidos pela Ordem religiosa passaram à direção de administrações laicas ou diocesanas. Isso aconteceu com as Congregações Marianas, que seguiram orientações do clero diocesano. No artigo A espiritualidade jesuíta durante a supressão (Anuário da Companhia de Jesus | 2014), o padre jesuíta Michael W. Maher explica que, apesar da supressão da Companhia de Jesus, as Congregações Marianas não foram suprimidas. A ausência da liderança jesuíta não provocou o desaparecimento da instituição.

Para padre Michael, as Congregações Marianas ajudaram na disseminação da espiritualidade inaciana durante esse período. “A continuidade das Congregações Marianas, ou Sodalitas, proporcionou outra forma de manter a espiritualidade dos jesuítas durante os anos de supressão. Estatutos impressos da congregação, bem como livros sobre espiritualidade, poderiam simplesmente ficar nas prateleiras sem utilidade, caso não fossem usados por pessoas interessadas em promover e revigorar a vida dos Sodalitas”, afirma. O jesuíta acredita que “foi por intermédio dessas pessoas que a espiritualidade dos jesuítas, tal como ensinada e praticada pelas Congregações Marianas, atravessou o período da supressão.”


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da experiência, que reuniu 24 religiosos e três leigos. “Foi uma experiência fascinante”, ressalta Shirlei. “Sabemos das dificuldades para se retirar por um período tão longo, sobretudo na condição de leigo, por isso, essa experiência ganha um sabor tão especial. Trata-se de colocar-se a caminho, dispondo o seu tempo, tão precioso tempo, para um itinerário com o Senhor”, completa Jonas. Desde a adolescência, o casal Jonas Leandro e Shirlei são membros das Congregações Marianas

Em 1967, foi realizada a assembleia das Congregações Marianas de todo o mundo. Na ocasião, ficou decidida a mudança do nome das Congregações Marianas para Comunidades de Vida Cristã − CVX. “A manutenção do nome

as crianças também podem participar da associação. “Temos os setores para as crianças que chamamos de Marianinhos. Há também o Departamento de Juventude, com o nome de JAM (Juventude de Ação Mariana). No Rio de Janeiro, por exem-

A Congregação Mariana é formada por leigos e religiosos e, apesar do grande número de jovens e adultos, as crianças também podem participar da associação antigo não era obrigatória. Isso acarretou uma presença dúbia no Brasil. Dessa forma, no início da década de 1990, as Congregações Marianas do Brasil tornaram-se uma associação autônoma, erigidas pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A associação manteve os traços que configuraram sua história e os elementos que construíram sua vocação ao longo de quatro séculos”, explica Jonas. A Congregação Mariana é formada por leigos e religiosos e, apesar do grande número de jovens e adultos,

plo, temos uma Congregação Mariana que funciona na Escola Naval, bem como na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). É comum ter grupos em seminários. Há um número significativo de padres, diáconos e até bispos que pertencem aos quadros da Congregação”, esclarece Shirlei. Casados há quatro anos, Jonas e Shirlei fizeram os Exercícios Espirituais de 30 dias, entre os meses de junho e julho de 2014, na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaici (Indaiatuba/SP). O padre Emmanuel da Silva e Araújo foi o orientador

Comunidades de Vida Cristã Em 1948, o papa Pio XII, na Constituição Apostólica Bis Saeculari, convidou as Congregações Marianas a voltarem para suas origens. O documento propunha que os Exercícios Espirituais fossem o coração de sua espiritualidade. Segundo o padre Paul Schweitzer, assistente regional da CVX/RJ, essa ação impulsionou a realização das assembleias mundiais, que levaram à renovação e à mudança de nome das Congregações Marianas para Comunidades de Vida Cristã – CVX,

em 1967, a exceção do Brasil [leia mais em Congregações Marianas]. O intuito da renovação era focar na formação humana e espiritual dos membros e, além disso, fortalecer a importância da pequena Comunidade. O padre Paul explica que “cada CVX é uma comunidade que possui entre seis e 12 pessoas. Esses grupos realizam reuniões comunitárias semanalmente ou a cada 15 dias. Cada membro assume o compromisso de oração pessoal diária, partilha da fé e experiência cristã nas reuniões, além de participar dos sacramentos e da vida da Igreja. Eles também participam de um retiro anual e do trabalho apostólico, discernido na oração”. Segundo padre Paul, a ação apostólica das CVX tem diferentes linhas de atuação, desde trabalho de serviço aos pobres, apoio às comunidades católicas, que vivem em favelas, e catequese em paróquias, até a organização de retiros espirituais e a direção espiritual de outros leigos. “Cada comunidade deve discernir a sua missão comum dentro da Igreja”, explica.


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Atualmente, segundo o site oficial da CVX (www.cvx. org.br), há comunidades espalhadas por cerca de 60 países, nos cinco continentes. Os grupos ao redor do mundo estão comprometidos a respeitar um modo de vida e a fazer a integração da comunidade com a espiritualidade inaciana. A inspiração da CVX é Cristo e sua devoção a Nossa Senhora, o modelo para ação. A estrutura administrativa da CVX é descentralizada e flexível, com base em um conjunto de Princípios Gerais que são a linha mestra da comunidade mundial, nacional e local. Para o membro da CVX, uma parte da missão é a qualidade de sua presença em todas as áreas da vida. “Muitos jesuítas assessoram comunidades CVX, mas com o crescimento das obras nem todos têm tempo para colaborar com as comunidades. Por isso, cada CVX tem um assessor, que pode ser jesuíta ou não. Na maioria dos casos, esse cargo é ocupado por um leigo, que possui uma experiência inaciana mais extensa”, ressalta padre Paul.

Apostolado da Oração No dia 3 de dezembro de 1844, dia de São Francisco Xavier, o padre Francisco Xavier Gautrelet, diretor espiritual de uma casa de formação de estudantes jesuítas, em Vals-pres-le-Puy, região central da França, decidiu conversar com os jovens residentes. Segundo depoimentos, não foi bem uma conversa, mas sim um alerta. O jesuíta teria dito aos jovens: “Vocês estão mais motivados com a ideia de ir a longas e distantes missões na Índia do que em estudar Teologia!”. Nesse mesmo dia, durante a homília da missa de São Francisco Xavier, sem ter previsto, padre Gautrelet acaba por entusiasmar os jovens a se dedicar aos estudos. Durante a cerimônia, ele descreveu que uma vida inteiramente consagrada aos estudos pode alcançar uma eficiência apostólica considerável. “Se cada um mergulhar seu trabalho com um espírito de oração e de oferta, se várias comunida-

Pe. Otmar Jacob com membros do Apostolado da Oração, em Brusque (SC)

des se orientam no mesmo sentido, isso trará uma convergência de forças capazes de levantar montanhas! Sejam agora missionários por sua oração, pela oferta de sua vida cotidiana. Sua missão encontra-se aqui, em seus estudos e nas coisas simples de cada dia”, afirmou padre Gautrelet.

e a oferta sacramental de Cristo, tornando-se o centro do dia a dia daquelas pessoas, como uma missa prolongada. Aquele momento deu origem ao que chamamos de Apostolado da Oração (AO)”, explica padre Otmar Jacob Schwengber, secretário nacional do AO e coordenador nacional do MEJ (Movimen-

Em pouco tempo, o Apostolado da Oração se tornaria uma rede mundial de oração a serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja Assim, padre Gautrelet propôs aos jovens que realizassem uma série de passos simples que os ajudariam a dar maior sentido aos que já viviam a serviço da missão de Cristo, ao mesmo tempo em que esse caminho iria aprofundando sua disponibilidade apostólica. “Esse trabalho de cada dia foi o primeiro apostolado missionário, graças à sua oferta cotidiana. Essa maneira de olhar a oração pela missão, a propagação da fé pela oração, rapidamente transformou a comunidade, a missa

to Eucarístico Jovem). Após a homília do padre Gautrelet, os estudantes jesuítas passaram a transmitir as comunidades vizinhas essa nova maneira de rezar a partir da vida. E, em pouco tempo, a mensagem do padre Gautrelet espalhou-se pelo mundo. Em 1849, o Apostolado da Oração conquistou o reconhecimento do papa Pio IX, e, em 1890, o papa Leão XIII passou a confiar suas intenções mensais de oração ao Apostolado. Em pouco tempo, o Apostolado da Oração se tornaria uma rede mundial de oração a serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja, que são expressos nas intenções mensais de oração do sumo pontífice. O padre Otmar Jacob explica que o trabalho do Apostolado da Oração tem como fundamento a intimidade das pessoas com Jesus. “O papel do AO é oferecer algumas práticas de oração diária pela manhã, ao longo do dia e à noite, pela qual oferece ao Pai, unido ao Coração Eucarístico de Jesus, com muita simplicidade, mas, também, com radica-


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lidade, tudo o que somos e temos. O AO presta um culto especial à Eucaristia, fonte e cume de toda a vida apostólica.” Atualmente, cerca de 40 a 50 milhões de pessoas ao redor do mundo são associados ao Apostolado da Oração. Segundo padre Otmar, qualquer católico que deseje fortalecer a vivência de sua fé pode participar do AO. O superior geral da Companhia de Jesus é o diretor mundial do Apostolado, que ainda é composto pelo diretor delegado mundial, por secretários nacionais, além de diretores e coordenadores locais. No Brasil, o primeiro centro do Apostolado da Oração foi fundado em 1867, no Recife (PE), na Igreja de Santa Cruz. O padre jesuíta Bento Schembri foi o seu fundador e primeiro diretor. A sede atual do AO está localizada no bairro do Alto do Ipiranga, em São Paulo (SP). No espaço, são realizados encontros, retiros e reuniões. Anualmente, no segundo domingo de junho, acontece também a Romaria Nacional do Apostolado da Oração, que reúne dezenas de milhares de fiéis de diversos lugares do País, em Aparecida do Norte (SP). “Quando vejo as caravanas do AO chegando dispostas, seja de lugares próximos ou distantes, imagino o motivo que as traz a ficar aqui um dia inteiro escutando, cantando e rezando. As Jornadas Apostólicas Diocesanas também não são menos fervorosas. E eu sinto um forte testemunho de fé em Deus revelado pelo Sagrado Coração de Jesus aos pequenos. Esse é o testemunho de fé

O MEJ nasceu oficialmente em 1962 e hoje reúne milhares de jovens pelo mundo

que o Apostolado transmite”, ressalta padre Otmar. Com o intuito de chegar a mais pessoas, o Apostolado da Oração utiliza também os seguintes meios de comunicação: a Revista Mensageiro do Coração de Jesus, o site www.apostoladodaoracao. com.br, as redes sociais e blogs. Além disso, membros do AO participam de entrevistas e missas transmitidas pela TV. “O objetivo é de sempre disseminar de maneira mais abrangente a nossa espiritualidade, as informações e as novidades do Apostolado da Oração”, explica padre Otmar. Ele diz ainda que “o Apostolado da Oração não é da Companhia de Jesus, mas que os papas confiam essa importante missão à Ordem”, conclui.

Movimento Eucarístico Jovem Em Recife (PE), jovens alegres e confiantes na missão de Deus atuam nas paróquias da capital pernambucana. Eles animam as celebrações eucarísticas, adoram ao Santíssimo Sacramento, atuam como catequistas e, além disso,

O caminho do mej Padre Javier Enciso, diretor arquidiocesano do MEJ-Rio, explica que “os jovens que entram no MEJ começam a trilhar um caminho de fé e de vida cristã.” Eles participam de uma pequena comunidade junto com outros companheiros que desejam se tornar amigos de Jesus e apóstolo de um mundo novo. No Brasil, esse caminho de fé se compõe de três etapas: 1ª Grupo Semente (9 a 12 anos) Essa etapa tem como intuito ajudar o pré-adolescente a perceber que a Palavra de Deus é a semente que, ao longo do tempo, vai frutificando em nossas vidas. Essa proposta é apresentada aos jovens que já fizeram a Primeira Eucaristia. Nessa faixa etária, desenvolve-se a tendência à ação. O grupo é orientado a realizar visitas, pesquisas, colaboração na comunidade, entre outras ações. 2ª Grupo Gente Nova (13 a 15 anos) A proposta do MEJ, nessa etapa, é lembrar ao adolescente que o Mundo Novo, feito de Gente Nova, deve ser construído, começando por si mesmo e pelo próprio ambiente. Nessa fase, o jovem é ajudado a tomar consciência de sua personalidade. Ele é incentivado a descobrir suas possibilidades, a crescer, a fazer o bem ajudando os outros. 3ª Comunidade Fogo Novo (16 anos em diante) A proposta do MEJ, nessa fase, é ajudar o jovem a construir sua comunidade e abrir os olhos ao mundo e ao Evangelho, para descobrir em ambos as razões da esperança. O intuito é ajudá-lo na descoberta mais responsável de sua vida, incentivando-o a se sentir mais solidário com o mundo.


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Comunidade exprime o espírito e a unidade da ACVM

realizam visitas e produzem campanhas em prol dos necessitados. Uma das pessoas responsáveis por estimular esses jovens é Paula Assunção, 56, coordenadora do MEJ (Movimento Eucarístico Jovem) da Arquidiocese de Olinda e Recife. “Eu motivo e incentivo os jovens a participarem dos seus grupos com dinâmica, perseverança, fé, entusiasmo e alegria no amor ao Sagrado Coração de Jesus”, afirma Paula. Acreditar e incentivar o potencial dos jovens são estímulos importantes para fortalecer a atuação do MEJ no Brasil. “É formidável trabalhar no MEJ, me deixa feliz, faz com que eu cresça cada vez mais espiritualmente e desperta em mim a confiança de acreditar cada vez mais nos jovens”, confessa Paula. O MEJ é um movimento internacional de formação cristã para crianças e jovens. Seu intuito é ensinar as pessoas a viver ao estilo de Jesus. Segundo o padre Otmar Jacob Schwengber, secretário nacional do AO e coordenador nacional do

MEJ, “o Movimento é a ala juvenil do Apostolado da Oração”. Atualmente, o MEJ está presente em, aproximadamente, 50 países nos cinco continentes. Sua metodologia é baseada na formação de comunidades, na consciência eclesial, na vivência da oração, na Eucaristia do dia a dia, na Palavra de Deus e no discernimento. Além disso, o MEJ incentiva e valoriza o trabalho conjunto com as Igrejas locais. “Por ser considerado um Movimento Eclesial, assumimos o compromisso, junto a todos os movimentos da Igreja no Brasil, de nos inserirmos nas Pastorais Juvenis e Setores Juventudes de Regionais e nas arquidioceses e dioceses. Estamos muito bem engajados nas instâncias nacionais, inclusive com representação atuante na Coordenação da Comissão Pastoral para Juventude da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)”, explica Everson Lima, coordenador nacional do MEJ. Para o padre Javier Pérez Enciso, diretor arquidiocesano do MEJ-Rio, o movi-

mento está cada vez mais atuante no Brasil. “Estamos crescendo no país, prova disso foi a realização do 2º Encontro Nacional de Lideranças, que aconteceu em maio de 2014, em Baturité (CE). O evento contou com a presença do padre Frédéric Fornos, diretor mundial do MEJ, e de 106 jovens de 14 estados brasileiros”, afirma. O trabalho em conjunto é uma das características da atuação do MEJ. Segundo Everson, “o MEJ está disponível e aberto ao convite das comunidades, paróquias, dioceses e regionais”. O intuito é orientar e ajudar essas entidades no que se refere ao conhecimento do Movimento, aprofundamento da vivência eucarística e também à evangelização da juventude. O Movimento, que nasceu oficialmente em 1962, reúne hoje milhares de jovens que se esforçam para conhecer internamente a pessoa de Jesus. Eles buscam conhecer o estilo de vida de Cristo, por meio da experiência pessoal e comunitária de oração, discernimento e serviço.

Padre Javier explica que “o MEJ nasceu sob inspiração do Apostolado da Oração, quando as primeiras crianças começaram a participar do movimento. Mas, antes de ser conhecido como MEJ, o movimento teve outras denominações”. Segundo o jesuíta, “em 1865, o padre Leonardo Cros, diretor espiritual do Colégio Tívoli, dos jesuítas de Bordeaux (França) pensou em aproveitar o entusiasmo e a generosidade dos alunos que queriam ir à luta para defender a ‘causa’ do papa, ameaçada pelas tropas de Garibaldi, e formou um grupo chamado ‘Milícia do Papa’. Dessa forma, o padre propôs que as ‘armas’ fossem as do Apostolado da Oração, ou seja, a oração, o estudo e o oferecimento do dia a dia.”

Associação de Comunidades de Vida Mariana A ACVM (Associação de Comunidades de Vida Mariana) atua na evangelização de adolescentes, jovens e adultos e tem como pedagogia a Espiritualidade Inaciana. O movimento é organizado em pequenas comunidades, com cinco a 15 membros, que se reúnem em nome de Cristo. A razão de ser da ACVM é a ajudar as pessoas a fazer uma experiência pessoal de Jesus, para que possam aprofundar esta experiência em suas vidas e na Comunidade, testemunhando-a no mundo. Atualmente, a ACVM atua no Estado do Rio de Janeiro, em um centro na capital e outro em Niterói – cada um deles é composto pelas Comunida-


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Exercícios Espirituais para Jovens Os Exercícios Espirituais são um modo de oração que ajuda a criar proximidade e intimidade com Deus. O centro de juventude Anchietanum adaptou o método de oração de Santo Inácio para a juventude e, assim, criou os Exercícios Espirituais para Jovens,

que são organizados em cinco etapas. Essa modalidade ajuda o participante a viver uma experiência pessoal de oração, para que ele possa se abrir para o envolvimento com o Projeto de Deus, no serviço aos irmãos, à Igreja e à sociedade.

des de Vida Mariana. A psicóloga Luciana Lessa, 38, coordenadora do DEFOR (Departamento de Formação) da ACVM – setor responsável pelas atividades de formação −, explica que “o objetivo dos membros da Associação é ajudar às pessoas tanto pela Evangelização, por meio dos Encontros de Adesão e do anúncio da Palavra, quanto pelo serviço aos mais necessitados, através das diversas atividades oferecidas pelo Projeto VIDA e pelo DPSOL (Departamento de Promoção Social), durante o ano”. A ACVM iniciou seus trabalhos em 1970, no movimento JAM (Juventude de Ação Mariana), o departamento jovem das Congregações Marianas. Seu fundador foi José Batista Sobrinho, que atua hoje como vice-coordenador da Coordenação Geral da ACVM. Após um longo período de oração e discernimento, em 1998, um grupo se afastou do JAM e fundou a ACVM. “O movimento esteve, desde o início, ligado a CVX (Comunidades de Vida Cristã) e,

como sempre aconteceu ao longo de sua história, contou com total apoio da Companhia de Jesus, através de seus sacerdotes”, afirma Sobrinho. Em 2014, a ACVM celebrou 44 anos de atuação e de cooperação entre suas comunidades. Para Luciana, a palavra comunidade exprime o espírito e a unidade necessária da Associação. “Reunidos, nos ajudamos mutuamente, nos preocupamos uns com os outros e todos com a Igreja”, ressalta. Desde os 17 anos, ela participa da ACVM e, durante esses anos de dedicação, conheceu melhor a Igreja Católica e a espiritualidade inaciana. “Eu me dedico a essa missão da ACVM, pois aqui é meu lugar de Evangelização. Participar do movimento me permite retribuir o que um dia foi feito por mim”, finaliza Luciana. Conheça mais sobre os grupos e movimentos leigos CVX (Comunidades de Vida Cristã) www.cvx.org.br Congregações Marianas www.cncmb.org.br Apostolado da Oração www.loyola.com.br/ao/ Associação das Comunidades de Vida Mariana www.acvm.org.br Movimento Eucarístico Jovem www.loyola.com.br/mej

O estudo da espiritualidade inaciana Em 1989, o CEI-Itaici (Centro de Espiritualidade Inaciana) foi fundado em Indaiatuba (SP), com o objetivo de aprofundar e divulgar a espiritualidade inaciana. Os jesuítas que assumiram a missão eram responsáveis por elaborar cursos e retiros. Em 2012, o centro foi transferido para o Rio de Janeiro. O intuito da mudança foi ampliar seu campo de ação e atender às demandas em nível na-

cional. Dessa forma, passou a se chamar CEI-Jesuítas. “O CEI é marcado por uma trajetória de grandes iniciativas no campo da Espiritualidade Inaciana, sobretudo na linha da formação e capacitação de pessoas, bem como na reflexão e produção de subsídios e artigos para a revista Itaici”, afirma o padre Adroaldo Palaoro, diretor do CEI-Jesuítas.


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a companhia de jesus no

MUNDO

CÚRIA GERAL

Papa celebra os 200 anos de restauração da Companhia de Jesus

Foto: w w w.sjweb.info

perderem tudo, até mesmo a sua identidade pública, não resistiram à vontade de Deus. A Companhia — e isto é belo — viveu o conflito até o fim”. O santo padre destacou também os atuais desafios que os jesuítas são chamados a responder: “Hoje, a Companhia enfrenta com inteligência o trágico problema dos refugiados, e esforça-se com discernimento a integrar o serviço da fé e a promoção da justiça em conformidade com o Evangelho”. Francisco concluiu fazendo Em 27 de setembro, o papa Francisco presidiu a oração das Vésperas, por ocasião dos 200 anos de restauração da Companhia de Jesus, na igreja de Jesus, (‘Chiesa del Gesù’), no centro de Roma (Itália). Um momento muito significativo para a Ordem religiosa, que celebrou em 7 de agosto seu bicentenário de restauração. A cerimônia contou com momentos profundos e tocantes, como as palavras que o pontífice dirigiu aos seus companheiros jesuítas e a entrega do Evangelho ao padre geral, Adolfo Nicolás, simbolizando o envio em missão por tudo o mundo. Diante do papa Francisco, a exemplo de Santo Inácio e dos primeiros companheiros, os jesuítas presentes renovaram “o empenho de continuar a servir a Igreja, colocando-se à disposição do Romano Pontífice, Vi-

gário de Cristo na terra”. Na homilia, Francisco fez memória da crise que a Companhia enfrentou quando sofreu fortes perseguições, que resultaram na supressão da Ordem em 1773: “a Companhia, assinalada com o nome de Jesus, viveu tempos difíceis de perseguições”. O papa exortou os jesuítas a aprender com o exemplo dos seus antecessores. Em momentos difíceis, em vez de se lamentarem, devem manter-se fiéis ao carisma, fazendo discernimento para seguir em frente: “em tempo de confusão e tribulação, o geral Ricci fez discernimento. Não perdeu tempo a discutir ideias, nem se lamentou, mas viveu intensamente a vocação da Companhia. E com esta atitude, ele conduziu os jesuítas a fazer a experiência da morte e da ressurreição do Senhor. Depois de

memória das palavras que o seu predecessor Paulo VI dirigiu aos jesuítas na 32ª Congregação Geral; palavras que ele próprio ouviu enquanto provincial jesuíta (Roma, Março de 1975): “Onde quer que na Igreja, mesmo nos campos mais difíceis e de primeira linha, nas encruzilhadas ideológicas, nas trincheiras sociais, existiu ou existe conflito entre as prementes exigências do homem e a mensagem do Evangelho, aí estiveram e estão os jesuítas”. Fonte: pt.radiovaticana.va

Irmãos Jesuítas da Europa: nas fronteiras da Missão hoje Entre os dias 26 e 29 de setembro, celebrou-se, na Cúria Geral, um encontro europeu de Irmãos Jesuítas sobre o tema Nas fronteiras da Missão hoje. O objetivo do encontro foi o de refletir sobre a contribuição dos Irmãos Jesuítas à Missão de Cristo na Europa e nos países mediterrâneos: “Quem somos? O que fazemos em nossos ministérios? Nossa vocação e a esperança para o futuro”. Entre os temas aprofundados, encontram-se as vocações, a formação e o apostolado dos Irmãos, tanto dentro como fora das instituições da Companhia de Jesus. O padre John

Dardis, presidente da Conferência de Provinciais Europeus, traçou o panorama da Companhia na Europa e seus desafios atuais. Um grande trabalho se desenvolveu no âmbito dos grupos de estudos. Em 27 de setembro, os participantes reuniram-se com o papa e com os jesuítas de Roma, na Igreja de Gesù, para participar de uma liturgia de ação de graças pelos 200 anos da Restauração da Companhia. Celebrou-se, também, um encontro com o Padre Geral. Participaram 35 Irmãos provenientes de 23 países europeus.


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Os jesuítas no Sínodo

Nomeações

Pe. François-Xavier Dumortier (BSE), reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (Itália). Pe. Antonio Spadaro (ITA), diretor de La Civiltà Cattolica. Pe. George Henri Ruyssen (BSE), do Pontifício Instituto Oriental de Roma. Pe. Bernd Hagenkord (GER), da Rádio Vaticano. Pe. Federico Lombardi (ITA), diretor do Departamento de Imprensa da Santa Sé (Cidade do Vaticano).

O Papa Francisco nomeou membros da Pontifícia Comissão Teológica Internacional:

Salvo erro e omissão, segue a lista dos jesuítas que participaram do Sínodo dos Bispos sobre a Família: Mons. Ján Babiak (SVK), arcebispo de Presov para os católicos de rito bizantino, presidente do Conselho da Igreja Eslovaca (Eslováquia). Pe. Adolfo Nicolás Pachón, superior geral da Companhia de Jesus (Jesuítas) pela União de Superiores Gerais.

Pe. Peter Dubovský (SVK), professor do Pontifício Instituto Bíblico de Roma. Pe. Bernard Pottier (BML), professor de Teologia Dogmática e de Filosofia no Institute d’ Études Théologiques de Bruxelas (Bélgica). Pe. Gabino Uribarri Bilbao (ESP), decano e professor da Faculdade de Teologia na Pontifícia Universidade Comillas de Madri (Espanha).

Imagem: Coleção de Buonconsiglio Castle|Trento

Martino Martini, o mandarim de Deus

Retrato de Martino Martini, 1661

Passados 400 anos de seu nascimento, em 20 de setembro de 1614, Martino Martini, jesuíta e cientista, especializado no ocaso da China Ming, continua sendo ponto de referência por seu estilo missionário e pela abertura cultural que possibilitou, aos europeus, descobrir o Império Chinês Médio. Trento é uma cidade que uniu sua história à da Igreja não somente pelo Concílio de 15451564, mas também por figuras religiosas que ali nasceram. Uma delas é Martino Martini. Para os ocidentais, seria impossível pensar em China sem sua contribuição. Se Matteo Ricci foi o primeiro a revelar a cultura e a tradição ocidental aos chineses, Martino Martini é unanimemente considerado o primeiro

que revelou a China aos europeus. Guiseppe O. Longo, em sua biografia sobre Martino Martini (El jesuíta que diseñó China, Springer 2010), mostra como esse homem, de caráter forte e amplos conhecimentos (embora somente tivesse 47 anos), nos deixou uma produção histórica, geográfica, linguística, filosófica e religiosa verdadeiramente excepcional, sobretudo se levarmos em conta que viveu 24 anos entre a infância e os estudos, e passou 12 anos no mar, sequestrado por piratas e em várias viagens. Restaram somente 10 anos para viver na China. Sua fama de cientista e cartógrafo está ligada à publicação de Novus Atlas Sinensis, que teve lugar em Amsterdã (Holanda) em 1655. O Atlas, de Martini, é uma obra excepcional que supera todas as precedentes ilustrações do Império Celeste e continuou sem igual por quase dois séculos.


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A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CÚRIA GERAL

Malta: reconhecimento ao JRS

O Serviço Jesuíta a Refugiados (JRS), de Malta, ficou entre os três finalistas do Václav Havel Human Rights Prize 2014. Concorreram também à premiação: o centro B’Tselem, ativo no leste de Jerusalém, Cisjordânia e

Gaza, empenhado na defesa dos direitos tantos dos israelenses quanto dos palestinos; e o invencível ativista pelos direitos humanos no Azerbaijão Anar Mammadli, escolhido como vencedor da edição desse ano. O Václav Havel Human Right Prize é um prêmio internacional estabelecido, em 2013, pela Assembleia Parlamentar de Conselho da Europa (APCE) em memória de Václav Havel, ex-presidente da Checoslováquia e da República Checa. O júri é composto pelo presidente da Assembleia Parlamentar e

Os jesuítas e os guaranis A relação que os jesuítas estabeleceram com os guaranis, durante os séculos XVII e XVIII, pode ser vista em uma exposição organizada pelo Museu de Arte Pré-Colombiana e Indígena (MAPI) de Montevidéu (Uruguai). A mostra reúne 23 esculturas de madeira policromada que procedem dessas missões de jesuítas e que, agora, estão em museus, igrejas e coleções particulares do país, diz o diretor do MAPI, Facundo de Almeida. A exposi-

ção também conta com 200 objetos encontrados nas escavações arqueológicas realizadas em San Francisco, de Borja del Yí, entre os departamentos uruguaios de Durazno e Flórida, e de onde floresceu uma comunidade indígena que chegou a alcançar 8.000 índios guaranis. Junto a essas relíquias, há material escrito e audiovisual que oferecem uma visão sobre os assentamentos, assim como sobre a relação entre os religiosos e os nativos. As

50 anos de Silveira House Silveira House, centro da Companhia de Jesus dedicado ao desenvolvimento e à Justiça Social em Harare, completa 50 anos de serviço fiel e frutífero e de participação na vida pobre do Zimbábue. Fundado em dezembro de 1964, pelo padre jesuíta John Dove, morto em junho de 2013, aos 92 anos de idade, Silveira House tem sido o centro da transformação social do país, ajudando os cidadãos a tratar de seu futuro durante a guerra de liberação, apoiando-os na transição para uma nova vida em Zimbábue, solucionando os problemas surgidos depois da conquista da independência e enfrentando os desafios na luta contra a pobreza.

Em 1964, o primeiro programa do padre Dove foi ensinar “educação cívica”, que, na realidade, é a educação política. Baseava-se no antigo método da Comunidade de Vida Cristiana: ver, julgar e agir, que provêm dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Com o tempo, à educação foram incorporadas as relações industriais, as cooperativas para os agricultores, o trabalho juvenil, clubes femininos, tecnologias específicas e muitas outras iniciativas. Antes da independência do Zimbábue, Silveira House abriu suas portas a todos os líderes nacionalistas, entre os quais, o presidente Mugabe, com o ob-

seis personalidades independentes, especialistas em direitos humanos. Os candidatos podem ser pessoas físicas, organizações não governamentais e instituições que trabalhem em defesa dos direitos humanos. JRS Malta é especializada na assistência jurídica e nos serviços sociais. Nessa última esfera, está incluída a assistência de saúde física e psicológica a refugiados e aos que solicitem asilo, como também a sensibilização sobre questões educativas e a oferta de apoio espiritual.

missões orientais estavam em uma região histórica, que se distribui entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; e a que os membros da Companhia de Jesus chegaram no século XVII. Estabeleceram ali comunidades, que habitaram junto aos indígenas, onde os religiosos lhes ensinaram suas eficientes técnicas agrícolas e pecuárias. A mostra teve lugar no Museu do Vaticano entre 11 e 26 setembro, continua no Museu Etnológico de Hamburgo (Alemanha) até março do próximo ano, e terá lugar no Museo Valenciano de la Ilustración y la Modernidad (Espanha) a partir de abril de 2015.

jetivo de dar-lhes oportunidade de discutir suas ideias com os cidadãos. Depois da independência, vários sindicalistas, como o falecido ex-presidente de Zambia, Fredrick Chiluba, e o primeiro-ministro de Zimbábue, Morgan Tsvangirai, frequentaram o centro com a intenção de favorecer positivas relações industriais. Falando sobre a celebração do 50º aniversário, o padre jesuíta Gibson Munyoro, atual diretor do Silveira House, declarou: “É um momento de alegria celebrar 50 anos de trabalho pela Justiça Social, o desenvolvimento comunitário e o empenho em caminhar com as pessoas desde a pobreza até chegar a uma vida digna, particularmente nas áreas rurais e nos centro urbanos deteriorados”.



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a companhia de jesus na

AMÉRICA LATINA

CPAL

Cúmplices na solidariedade

Jorge Cela, SJ Presidente da CPAL

O papa Francisco tem falado: “Como desejo uma Igreja pobre, uma Igreja para os pobres” 1. E muitos se perguntaram: como pode servir aos pobres uma igreja que seja ela própria pobre? Para repartir tem que ter. Na América Latina, já não podemos dizer que estamos em um continente pobre. Entre os maiores milionários do mundo, estão vários latino-americanos. Mas, sim, temos que afirmar que somos o continente mais desigual. Nossa pobreza não é fruto da escassez, mas sim da má distribuição. Que significa isso para a Igreja latino-americana, que fez opção pelos pobres desde Medellín a Aparecida? Para a vida religiosa latino-americana, que se compromete com seu voto de pobreza a ser testemunha do Reino entre os pobres? Para a Companhia de Jesus, que não pode mudar sua legislação sobre a pobreza se não 1. Conferência de Imprensa, em 16 de março de 2013.

for para torná-la mais estrita? Para nós, a pobreza tem raízes evangélicas (“deixa tudo o que tens e segue-me…”, “porque o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça”) e está fortemente ligada à missão (“aos pobres é anunciado o evangelho”). Mas como dar sustentabilidade a essa missão? A crise financeira do século XXI nos obrigou a buscar respostas a essas perguntas. Seu impacto nas classes médias e altas do primeiro mundo recortou, de imediato e de forma dramática, as ajudas oficiais e privadas ao terceiro mundo. Muitas de nossas obras, sustentadas com projetos de cooperação internacional, entraram em crise. Mas, ao mesmo tempo, a América Latina tem sido um continente menos afetado pela crise. Seu crescimento médio se tem mantido acima dos 4%, e a subida ao poder de muitos governos de esquerda tem conseguido, em muitos países, uma melhor redistribuição da riqueza. Essa mudança não nos exige uma revisão de nossa forma de viver a pobreza e de sustentar as instituições nas quais se canalizam nossa missão? Obviamente, não tenho as respostas para essas perguntas. Requerem nossa reflexão e busca coletiva. Foi tema de reunião na Rede Claver e o será este mês de outubro, na reunião de ecônomos no México, e da Assembleia da CPAL, em Santa Cruz de la Sierra. Mas, sim, gos-

taria de abrir algumas pistas que nos coloquem em marcha. Nessa busca nos podem servir de inspiração alguns gestos do papa Francisco que representam um importante giro no estilo eclesial. O primeiro é o tratamento do tema do Instituto de Obras Religiosas (IOR). Se fôssemos resumir as ações tomadas até o momento, poderíamos resumir em uma busca de transparência. Nestes tempos em que pedimos transparência aos governos sobre o manejo dos fundos públicos, às empresas sobre suas obrigações fiscais e laborais, a Igreja deve ser um exemplo de transparência no manejo dos fundos que passam por suas mãos. A ação decidida frente aos casos de corrupção no IOR, a abertura a revisões externas, a revisão de suas funções são mostra de uma clara vontade de maior transparência. E o Vaticano também pediu aos Institutos Religiosos para começarem uma série de reformas em sua administração e na formação daqueles que a administram, para buscar uma maior transparência em sua gestão. Nós também devemos fazer nossa administração transparente. Para eles, é preciso melhorar nossos sistemas de administração e contabilidade, praticar auditorias externas nas obras, publicar seus estados financeiros, partilhar, entre nós, as informações. Nesse sentido, se prepara uma revisão da Instrução para a Admi-

nistração de Bens (IAB). Outro gesto de Francisco tem sido a introdução de um estilo de simplicidade e austeridade. Em um mundo de grandes desigualdades, simbolicamente, expressas em uma ostentação que fere, é um gesto de aproximação aos mais pobres. Em um mundo de consumismo desbocado, que sacrifica a relação com a natureza, esse estilo implica uma nova forma de cuidar da ecologia pela moderação no consumo de água, de petróleo e de outros recursos naturais. Para nós, é um convite a revalorizar a sobriedade como estilo de vida. A conscientizar-nos sobre as implicações ecológicas de nossos estilos de consumo, a não converter a tecnologia funcional em moda caprichosa, a recuperar a simplicidade e austeridade como valores que contribuem para melhorar a convivência humana em relação com o meio ambiente. Essa mudança no estilo de vida do papa Francisco é um dos elementos que contribuiu para projetar sua imagem de grande proximidade com os pobres. Mas também tem sido sua constante preocupação, explicitada pela pobreza e pelas causas que a provocam, sua capacidade de aproximar-se física e emocionalmente dos pobres, sua tomada de posição clara por eles e com eles, sem atitudes assistencialistas ou paternalistas. Nossa pobreza também tem que estar enriquecida pela


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inserção de alguns de nós, por um compromisso efetivo de nossa missão pela transformação de uma realidade de iniquidade e injustiça, pela explícita referência aos pobres em nossa reflexão, que dê profundidade contextualizada e profética a nosso discurso e a nossos planejamentos. Que transpareçamos que o seguimento de Jesus nos tenha aproximado dos pobres até fazer-nos compreender o valor da solidariedade e ajudar-nos a torná-la efetiva em nossa vida. Que a solidariedade com os pobres marque nossas decisões na hora de definir prioridades, de trabalhar a seleção de nossos ministérios, de pensar a reorientação de nossas obras. Que essa solidariedade seja capaz de romper os velhos moldes de pensar em “nossos pobres”, para chegar às fronteiras onde a pobreza desvela em toda a sua agressividade as estruturas de injustiça. Que sejamos capazes de uma solidariedade que se atreva a olhar os territórios e pessoas que mais necessitam de nós, embora sejam distantes e alheios; de descobri-los como próximos, vizinhos, até comprometer-nos com eles. Que essa solidariedade nos leve a estender o “nosso” para além das fronteiras costumeiras, para tornar-nos solidários na formação e nos recursos humanos e econômicos, com outros que aprendemos a perceber como parte de um “nós” cada dia mais generoso. E que saibamos comunicar essa atitude evangélica frente às pobrezas. Que aprendamos não a buscar financiamento para nossas obras, mas a convidar outras pessoas e instituições a tornarem-se cúmplices na missão da solidariedade universal, que é a construção do Reino.

Encontro latinoamericano das experiências fronteiriças da Companhia de Jesus Cerca de 50 pessoas, convocadas e animadas pela Rede de Jesuítas aos Migrantes, reuniram-se em Cúcuta, na Colômbia. O objetivo era desenvolver uma das linhas de ação do PAC da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), que aborda os projetos e experiên-

cias fronteiriças. Pessoas de 12 nacionalidades e de 9 projetos fronteiriços, incluído o Projeto Pan-amazônico da CPAL, representado pelo padre Alfredo Ferro, participaram do encontro. Intercambiar experiências e esboçar uma proposta futura foram alguns

Proposta alternativa socioeconômica para a Amazônia

Os padres Alfredo Ferro e Valério Sartor, destinados a animar e a dinamizar o projeto Pan-amazônico da CPAL, participaram de uma experiência interfronteiriça de Aula Viva na comunidade indígena Tikuna de São Francisco, no município de Puerto Nariño, Colômbia, na fronteira Peru-Brasil-Colômbia. A experiência, que durou uma semana, foi um convite da FUCAI (Fundação Caminhos de Identi-

dade) − ONG colombiana, com ampla experiência em trabalho com comunidades indígenas em várias regiões do país. O evento teve como tema Da escassez à abundância na Amazônia: intercâmbio de experiências en-

dos intuitos do encontro. Segundo padre Alfredo, “essa foi uma experiência muito enriquecedora, que nos possibilitou enxergar novas realidades e desafios, confirmando a necessidade de irmos para as fronteiras, chamado que nos tem sido feito por parte da Igreja e da Companhia de Jesus”.

tre Colômbia, Peru e Brasil. “As famílias indígenas da comunidade de São Francisco acolheu a todos nós: sacerdotes, religiosos, estudantes, companheiros indígenas dos países vizinhos, e a equipe de promotores locais e profissionais da FUCAI”, disse Valério Sartor. A FUCAI acompanha a comunidade há alguns anos e tem conseguido vincular, até o momento, 37 das 70 famílias, que compõem a comunidade, ao projeto denominado de Intercâmbio de experiências concretas e de saberes, que está vinculado à análise de processos nas esferas ambientais, produtivas, organizativas, sócio-políticas, familiares, educativas e alimentícias. Fonte: Pan-Amazônia SJ Carta mensal Nº. 7 - Outubro2014

Carta mensal Acesse o link (http://bit.ly/1FDU44v) do portal Jesuítas Brasil e faça o download das edições da Carta Mensal.


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a companhia de jesus no

BRASIL

AMAZÔNIA

Jesuítas participam do nascimento da Rede Eclesial Pan-Amazônica Entre os dias 9 e 12 de setembro, foi realizado o encontro inaugural da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POMs), em Brasília. Organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), a iniciativa visa coordenar e fortalecer o compromisso dos numerosos organismos eclesiais que trabalham em defesa da Amazônia, mas que, atualmente, encontram-se dispersos nesse vastíssimo território. O evento contou com a presença dos jesuítas do Brasil: os padres Bruno Schizzerotto, representando a Região Brasil Amazônia (BAM), e Paco Almenar, da Equipe Itinerante, além de dom Pedro Barreto, presidente do departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM. O projeto Pan-Amazônico da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina) também esteve presente ao evento e no processo de preparação dessa iniciativa por meio de seu coordenador, o padre Alfredo Ferro, que seguirá participando da Repam. Com o tema Pan-Amazônia: pulmão do planeta, o encontro foi promovido ainda pela Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR) e pela Caritas

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) se propõe a potencializar, de maneira articulada, a ação realizada pelas entidades religiosas no território Pan-Amazônico, atualizando e concretizando opções apostólicas conjuntas, integrais, em âmbitos diversos, no marco da douLatino-Americana (SELACC), com o apoio do Pontifício Conselho de Justiça e Paz. Estiveram presentes representantes – bispos, sacerdotes, religiosos e leigos comprometidos nas obras de evangelização na região – de onze países, entre eles: Brasil, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Ao ser informado do encontro inaugural da Repam, o papa Francisco cumprimentou a todos os envolvidos na iniciativa, expressando sua satisfação em “constatar que foi acolhido o seu

trina e das orientações da Igreja. Isso será feito a partir de uma plataforma de intercâmbio e enriquecimento mútuo e de uma confluência de esforços das Igrejas locais, congregações religiosas e movimentos eclesiais com voz profética e a serviço da vida e do bem-comum. apelo para criação desta rede inovadora, dedicada concretamente às questões ecológicas na Amazônia”. O pedido foi feito aos bispos brasileiros em julho de 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, quando o pontífice dirigiu “um forte apelo ao respeito e à preservação de toda a criação que Deus confiou ao homem não para que a explore de forma selvagem, mas a fim de transformá-la num jardim”. Dessa forma, “no desafio pastoral que a Amazônia representa, não posso deixar de agradecer o que a Igreja no Brasil faz”, ressal-

tando que “a obra da Igreja deve ser incentivada e relançada”. Em sua mensagem, perante as numerosas, mas isoladas iniciativas da Igreja católica a favor da Amazônia, o papa Francisco convida ainda a responder ao grande desafio de “vivermos juntos, de nos misturarmos, de nos encontrarmos, de nos apoiarmos, de participar nesta maré um pouco caótica (das redes e dos demais instrumentos da comunicação humana), que pode transformar-se numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa peregrinação sagrada. Deste modo, as maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão numa maior oportunidade de encontro e de solidariedade entre todos. Se pudéssemos seguir este caminho, seria algo tão bom, salutar, libertador, esperançoso! Sair de si mesmo para se unir aos outros faz bem”. Portanto, o pontífice deseja o “pleno sucesso” dessa


28 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

iniciativa, “recordando, porém, a todos que a rede digital deve ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. Não basta circular pelas “estradas digitais”, é necessário que a conexão seja acompanhada por um encontro verdadeiro: não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos; temos necessidade de amar e de ser amados; precisamos de ternura. Só assim o testemunho cristão, graças à rede, pode alcançar as periferias existenciais humanas, permitindo que o fermento cristão fecunde e faça progredir as culturas vivas da Amazônia e os seus valores”. O papa deseja que a Rede Eclesial Pan-Amazônica “contribua para ampliar as oportunidades de compreensão e de solidariedade entre os homens e os povos, refletindo constantemente aquela “Luz das nações” – Cristo – que resplandece no rosto da Igreja universal e das Igrejas locais”. A importância da iniciativa foi realçada, durante a celebração inaugural, também pelo vice-presidente do episcopado brasileiro, o arcebispo de São Luís do Maranhão, José Belisário da Silva, o qual pediu aos participantes do evento que “ouvissem o clamor dos povos da Amazônia”, assim como o “brado dos pulmões do planeta”. Em síntese, populações e meio ambiente devem ser defendidos juntos. Também porque – frisou-se durante uma mesa redonda –, geralmente, os projetos de desenvolvimento com os quais estão comprometidos os Estados e as empresas multinacionais consideram a região “um espaço vazio, com uma população insignificante e recursos ilimitados”. Obviamente, não é assim, pois, só para dar uma ideia, no interior da Amazônia vivem 390 populações que falam 240 línguas. Uma admiração especial foi expressa também pelo apostolado dos missionários da região pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, o qual sublinhou a importância do “trabalho tão precioso que a Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sob a direção do seu presidente, cardeal Cláudio Hummes, já está a desenvolver e que dá muitos frutos, graças também à generosa e pronta resposta de todas as dioceses”. Fonte: L’Osservatore Romano e PAN-AMAZÔNIA SJ CARTA MENSAL (Nº. 7 – outubro|2014)

Projeto Educação e Cidadania abre núcleo em Marabá

O Projeto de Educação e Cidadania-Manaus abriu um núcleo na cidade de Marabá (PA), no dia 26 de agosto, com 42 crianças cadastradas. Ele está localizado no centro comunitário da Comunidade Nossa Senhora da Paz, pertencente à Paróquia da Sagrada Família, no bairro de Bela Vista. A inauguração do núcleo contou com a presença da coordenadora pedagógica do PEC-Manaus, Deuzarina dos Santos, do diácono Gustavo Valentim, dos coordenadores do Núcleo-Marabá, os voluntários Carmen Amaya e Jairo Forero (participantes do programa Voluntariado Jesuíta da Amazônia - VOJAM) e mais dez Jovens voluntários. Antes da abertura do Núcleo, foi realizada uma preparação para que a comunidade pudesse assumir o trabalho com as crianças. Deuzarina passou 15 dias em Marabá, conhecendo a realidade da paróquia Sagrada Família e, em especial, da comunidade Nossa Senhora da Paz. Ela realizou várias reuniões com a coordenação da comunidade e com pessoas interessadas em ser voluntárias, para apresentar o Projeto Educação e Cidadania, seus objetivos, a metodologia e as atividades a serem desenvolvidas com as crianças. Depois, aconteceu a capacitação dos

voluntários monitores, com ênfase na acolhida e acompanhamento personalizado. A Formação abordou temas como: o que é o PEC; o papel do voluntário; e como funciona a participação dos pais no acompanhamento e na motivação no processo educacional. Paralelamente, Deuzarina, com Jairo e Carmen, coordenadores do Núcleo, visitaram as famílias que inscreveram suas crianças para participar do PEC. Também fizeram visitas às escolas do bairro para apresentar o projeto e estabelecer um primeiro contato para favorecer o acompanhamento das crianças participantes e colaborar na melhoria do Ensino Público. A parceria com a paróquia se dá, além da participação dos voluntários, no uso espaço físico disponibilizado na comunidade Nossa Senhora da Paz. Segundo Deuzarina, no PEC, busca-se personalizar o trabalho com as crianças, ou seja, “cada monitor acompanha aproximadamente entre cinco e seis crianças, nas suas atividades”. As atividades do Núcleo acontecem no contra turno das aulas das crianças, duas vezes por semana. Também é tarefa dos voluntários do PEC favorecer a “participação dos pais, na motivação e na colaboração da merenda”, disse Deuzarina.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

II Encontro dos Jovens Universitários da Região Norte Organizado pela Pastoral Universitária (PU) da Arquidiocese de Manaus (AM), o II Encontro dos Jovens Universitários da Região Norte foi realizado na capital amazonense, entre os dias 13 e 14 de setembro, no auditório da Faculdade Salesiana Dom Bosco – unidade centro. Com o tema Juventude e Consciência Política e o lema Somos quem podemos ser?, o evento teve por objetivo promover a discussão e o debate a respeito da consciência política da juventude universitária, tendo em vista o ano eleitoral em que nos encontramos. O bispo auxiliar de Manaus, dom Mário Antônio da Silva, fez a acolhida dos participantes e falou um pouco sobre a importância do encontro para a expansão do trabalho da Pastoral Universitária nas diversas dioceses. Ele citou ainda a parábola do Semeador, fazendo analogia a Jesus, que se faz presente no meio do campo do conhecimento, que é a universidade. Falou também do gesto concreto, como o apoio ao abaixo-assinado em favor da Reforma Política.

Na manhã do primeiro dia, foi realizada uma mesa redonda com a participação do vice-reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Prof. Dr. Hedinaldo Narciso Lima, como moderador, além dos palestrantes: Profª. Ma. Maria Matilde Côrrea Hosannah da Silva, professora da Universidade do Norte (UNI-

NORTE); Prof. Me. Raimundo Dejard Vieira, professor da Universidade do Amazonas (UEA); e o Prof. Esp. Jonas Araújo Pereira Junior, professor de História da rede pública. Os expositores foram convidados a apresentar suas reflexões sobre a participação, postura e atuação dos jovens dentro da sociedade. Em seguida, houve um debate com participantes de encontros, o que possibilitou mais envolvimento com o tema. No período da tarde, foi a vez do trabalho em grupos, utilizando como material de apoio para reflexão o vídeo Ilha das Flores e a leitura do Capítulo IV, ‘A dimensão Social da Igreja’, retirada da Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho, do papa Francisco. Ao final do encontro, as Pastorais Universitárias presentes assumiram como compromisso e gesto concreto a mobilização para coletar as assinaturas para o abaixo-assinado a favor da Reforma Política. Os jesuítas se fizeram presentes nesse encontro junto com alguns representantes das Pastorais Universitárias locais: padre Nathan Stone e mais quatro jovens da PU de Boa


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Vista (Roraima); padre Edson Tomé e mais cinco jovens universitários da PU de Santarém (Pará); e os estudantes jesuítas Jordano Hernandez, Deivison da Cruz, Arquelino Xavier e Mário Cabal. O encontro contou com o apoio da Arquidiocese de Manaus, Companhia de Jesus, Congregação dos Salesianos e Irmãs Franciscanas. Além disso, contou

com a animação da banda Mensageiros da Paz, da Paróquia São José Operário, e do Grupo Magis, que fizeram a reflexão de abertura do encontro. O encerramento aconteceu na Igreja de Dom Bosco, com a celebração da eucaristia presidida pelo Pe. Geraldo Bendaham, coordenador da Coordenação de Pastoral da Arquidiocese de Manaus.

Pastoral Universitária de Roraima realiza Oficina

Entre 31 de agosto e 7 de setembro, foram realizadas oficinas de formação e vida para professores, funcionários e alunos da Universidade Federal de Roraima, no Centro de Pastoral da Diocese de Boa Vista (RR). A iniciativa teve por objetivo dar início às atividades da Pastoral Universitária (PU) e articular o desejo de participação das pessoas para planejar futuras ações do grupo. A oficina O que realmente acredita um católico?, sob a orientação do padre Nathan Stone, buscou levantar algumas dúvidas de fé que nascem a partir dos estudos e dos desafios da vida universitária. Por meio de debate, o trabalho discutiu como é para os universitários entrarem nesse campo e não perderem a fé, mostrando para esses estudantes que a Igreja possui uma longa tradição de pensamento para partilhar. Já a oficina Amor e Afetividade, orientada pelo psicólogo Thiago Brasil, trouxe para discussão a temática da afetividade e de como se dá o ama-

durecimento com a chegada da vida adulta. Tratou ainda dos obstáculos que os universitários geralmente enfrentam nessa etapa da vida afetiva, e que as comunidades não têm uma resposta clara para tais problemas. Na oficina O desafio de evangelizar na universidade, os participantes estudaram o documento 102 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), intitulado O seguimento de Jesus Cristo e a Ação Evangelizadora no Âmbito Universitário. A partir dessa visão global, elaborou-se um calendário para o segundo semestre de 2014 e início de 2015, que contemplará a realização de outras oficinas, retiros, missão universitária e alguma atividade de lazer para fortalecimento dos vínculos da PU de Roraima. Durante esse encontro, também foram escolhidas quatro estudantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR), para participar do II Encontro Regional da Pastoral Universitária, realizado nos 13 e 14 de setembro, em Manaus (AM).


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

Sies realiza Formação Litúrgica

O Serviço Inaciano de Espiritualidade (SIES) realizou o Ciclo de Liturgia com o tema Canto Litúrgico: A mística da música na liturgia, nos dias 11, 18 e 25 de setembro. Os encontros aconteceram no Centro Loyola de Pastoral, no horário das 19 às 21 horas. Nesse Ciclo, o número de participantes foi de 67 pessoas por noite, oriundas das mais diversas paróquias, comunidades e áreas missionárias da arquidiocese de Manaus. A assessoria ficou por conta do padre Luiz Renato Carvalho de P. Oliveira, coordenador e animador do SIES, com muita alegria e partilha da beleza da preparação dos cantos. Citando a Constituição Sobre a Sagrada Liturgia, que diz que “a tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que ultrapassa todas as outras expres-

sões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte integrante da liturgia solene”, o padre

Luiz Renato ressalta que “esta afirmação do Concílio Vaticano II faz eco à Sagrada Escritura que apresenta em suas páginas mais de seiscentas referências ao canto e à música. Do primeiro livro, o Gênesis, ao último, o Apocalipse, o canto aparece como o desenrolar de uma esplendida e majestosa liturgia. `Celebrai o Senhor, aclamai o seu nome, apregoais entre as nações suas obras. Cantai-lhe hinos e cânticos, anunciai todas as suas maravilhas’ (1Cron 16,8-9)”. Os temas abordados em cada noite foram: A importância do canto na liturgia; Cantos que acompanham o rito; Cantos que são o próprio rito; O canto na assembleia; Ministérios e serviços do canto; Os diversos cantos da missa; e Critérios para a escolha do canto litúrgico. Padre Luiz Renato destacou ainda a importância da formação para o cristão: “encerramos esta belíssima experiência de Formação Litúrgica, promovida pelo SIES-Manaus, com um tema tão bonito e importante para nossas comunidades, vamos conhecendo e aprofundando cada vez mais nossa fé, nossa espiritualidade, nossa liturgia, no compromisso e seguimento da pessoa de Jesus Cristo, na luta por um mundo melhor! Deus seja louvado!!!”

Calendário BAM Agenda do Superior Regional 28 de outubro a 1º de novembro | 29ª Assembleia da CPAL Santa Cruz de la Sierra (BOL) 4 a 6 de novembro | Discernimento sobre a admissão dos candidatos à Companhia – Belo Horizonte (MG) 8 a 14 de novembro | Expediente na Cúria regional – Manaus (AM) 15 a 16 de novembro | Cerimônia de instituição da BRA e posse do novo Provincial – Rio de Janeiro (RJ)



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a companhia de jesus no

BRASIL

CENTRO-LESTE

FEI assina acordo com a Universidade de Linköping, da Suécia

Convênio prevê a cooperação acadêmica e tecnológica entre as duas instituições de ensino

O Centro Universitário da FEI assinou um acordo de intenção com a Universidade de Linköping, na Suécia, em outubro. O convênio deve intensificar o intercâmbio de alunos, professores e pesquisadores. Segundo o professor Vagner Barbeta, diretor do Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais da FEI, o acordo permite aprofundar o relacionamento que já ocorria de forma pontual entre as instituições. “A partir de agora, abrem-se muitas oportunidades de intercâmbio entre alunos de graduação e pós-graduação, assim como para o desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisa”, explica. O acordo foi resultado de uma viagem de representantes do Centro Universitário da FEI à Suécia, no final de setembro. A viagem, realizada a convite da prefeitura municipal de São Bernardo do

Campo, reuniu uma comissão formada por empresários, instituições de ensino e governo, e incluiu visitas a indústrias, universidades e parques tecnológicos do país europeu. A comissão visitou a fábrica da Saab, que construirá os caças Grippen NG, para a Força Aérea Brasileira, com transferência de tecnologia. “O modelo de atuação da hélice tripla, como é chamada a parceria entre instituições de ensino e iniciativas públicas e privadas da Suécia, é referência de sucesso e permite o desenvolvimento de inovações de uma forma mais ágil. Esse processo se completa no ambiente dos parques tecnológicos, onde a troca de conhecimentos beneficia todos os atores do sistema”, completa Vagner. A Universidade de Linköping é uma instituição pública de ensino superior, situada na cidade de mesmo nome, com

foco em pesquisa e tecnologia. Tem um parque tecnológico, o Mjärdevi, que concentra 260 empresas inovadoras, desde start-ups a multinacionais das áreas de internet móvel, imagem e som, segurança automotiva e desenvolvimento de softwares e sistemas. Em novembro, a FEI receberá a visita de uma missão sueca em continuidade às ações de relacionamento com universidades, empresas e lideranças governamentais do país. “A formalização do termo

de cooperação com a Linköping é mais um passo no itinerário de internalização da FEI, com parcerias concretas com instituições sólidas e em áreas estratégicas para ambas as partes. Soma-se a isso, a importância dessa cooperação para o processo de inovação institucional, uma vez que o modelo de integração entre as universidades, as empresas e o poder público na Suécia é bastante avançado”, afirma o reitor do Centro Universitário da FEI, prof. Dr. Fábio do Prado.

FEI e Telefônica Vivo inauguram centro de pesquisa No dia 7 de outubro, o Centro Universitário da FEI e a Telefônica Vivo inauguraram um centro de pesquisas destinado ao desenvolvimento de tecnologias digitais, no campus São Bernardo do Campo (SP). Denominado Centro de Inovação Telefônica Vivo e FEI, o espaço foi equipado com computadores, aparelhos celulares, sensores, componentes de hardware e kits de Internet das Coisas, que foram desenvolvidos pela empresa. A FEI designou um professor com dedicação integral ao espaço e a empresa está concedendo duas bolsas

de estudo integrais, uma para aluno de mestrado e a outra para doutorado. O objetivo é incentivar os estudantes da graduação, da pós-graduação e da iniciação científica a desenvolver projetos sobre Internet das Coisas, usabilidade de aplicativos, plataforma Firefox OS, interfaces adaptativas e estudos sobre perfis de usuários. Serão envolvidos alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Automação e Controle e Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, Computadores e Telecomunicações.


34 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Jovens do Projeto OCA participam da Festa do Rosário

Os jovens do Projeto OCA (Oficinas Culturais Anchieta) participaram de uma apresentação musical durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada no dia 19 de outubro, em Embu das Artes (SP). A participação especial

aconteceu durante a exibição do Grupo Manuí, que, através do CD Ecos da Paulistânia, faz um resgate histórico da cultura paulista, abordando desde as tradições jesuíticas, bandeirante e indígena até a cultura caipira, por meio de

músicas e narrativas. A apresentação foi desenvolvida a partir de um trabalho multidisciplinar, que envolveu todas as oficinas do Projeto, durante os meses de julho a setembro. Os alunos conheceram a história da cultura

bandeirante, sua musicalidade e desenvolveram todos os adereços da Festa, além das coreografias para as músicas. “A apresentação foi muito bonita e emocionante, pois houve um carinho e preocupação especial na realização de um


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

resgate da história da cidade e da atuação da Companhia de Jesus em Embu das Artes”, afirmou Angélica Brito Silva, coordenadora do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas. A partir de um estudo prévio, as crianças, com o auxílio do Grupo Manuí, construíram uma apresentação que narrou a cultura local, relembrando a atuação do padre jesuíta Belchior de Pontes, responsável pela construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde, atualmente, funciona o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas. Além da apresentação musical, a festa contou ainda com uma oficina sobre o rosário, na qual os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre seu significado, o início de sua devoção, as diferenças entre rosário e terço e como confeccionar um rosário.

Tradição e cultura A Festa de Nossa Senhora do Rosário é realizada todos os anos na cidade, pois a Santa

é padroeira de Embu. Segundo Angélica, a devoção a Nossa Senhora do Rosário começou com Catarina Camacha no século XVII. “Catarina, em seu testamento, deixava todos os seus bens aos padres jesuítas do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje Pateo do Collegio, sob a condição de que todos os anos fosse feita uma festa em homenagem a Nossa Senhora”. Em 2005, com a reabertura do Museu, a homenagem passou a ser realizada todos os anos no mês de outubro. Na programação, há apresentações de grupos de cultura popular, que ajudam a manter viva a tradição da cidade. “Participar da Festa de Nossa Senhora do Rosário é muito significativo para todos, pois é um resgate da nossa própria história. Acreditamos que, através da arte, é possível humanizar as pessoas, e os alunos do Projeto OCA mostram a cada dia que através dela e do acolhimento é possível superar todas as dificuldades”, ressalta Angélica.

Inauguração de novo espaço Em 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, o Projeto OCA inaugurou seu novo espaço social. Para celebrar esse importante momento, houve missa campal, seguida de confraternização entre os presentes. O padre Carlos Alberto Contieri, diretor da obra, falou sobre a importância do espaço para as pessoas. “O que o Projeto OCA faz com esse espaço é ajudar as pessoas. A finalidade da Companhia de Jesus, dos jesuítas, é ajudar o próximo, para que ele possa olhar o futuro e ver que todo mundo tem um horizonte”, disse. Alunos do Projeto OCA, familiares e colaboradores participaram do evento, que contou com a presença do padre Mieczyslaw Smyda, provincial da BRC. O jesuíta falou sobre a importância da inauguração.

“Ter o prédio novo é ter um espaço melhor para as crianças do projeto, para que elas possam sonhar mais”, afirmou. Atualmente, o OCA atende 240 crianças e adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, que participam de oficinas de música, informática, escultura, pintura e teatro. As mães dos alunos também participam do Projeto, por meio de aulas de artesanato. Padre Contieri agradeceu a presença de todos e ressaltou a dedicação das pessoas que fazem parte da obra. “Tanta gente trabalha para o Projeto OCA, gente que vocês conhecem e pessoas que atuam nos bastidores. Todos ajudam a viabilizar esse Projeto, todos contribuem de forma significativa para a realização desse trabalho”, concluiu.


36 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Visitas especiais na Residência Ir. Luciano Brandão

Alunos do Colégio Loyola e o padre João Renato Eidt visitaram os jesuítas da comunidade

Os jesuítas da Residência Irmão Luciano Brandão receberam visitas muito especiais. No dia 17 de setembro, os alunos do Colégio Loyola foram recebidos com muitas palmas e alegria, cada estudante ganhou um terço, abençoado pelos jesuítas, e um cartão com uma mensagem sobre a impor-

tância do Loyola para a Companhia de Jesus no Brasil. “Foi lindo ver diferentes gerações se encontrarem. É muito significativo ver alguns jesuítas, que trabalharam no Colégio, se encontrando com os atuais alunos e alunas”, disse padre Itamar Carlos Gremon, vice-superior da Residência.

O futuro provincial da Província do Brasil (BRA), padre João Renato Eidt, visitou a Residência Irmão Luciano Brandão no dia 7 de outubro. O jesuíta foi acolhido na comunidade, onde participou da oração do meio dia. “Foi um momento muito bonito, no qual os jesuítas mais antigos, que

Colégio Loyola cria Comitê Gestor de Tecnologia

Alunos da instituição farão parte da equipe que ficará responsável por refletir sobre questões tecnológicas

O Colégio Loyola criou um Comitê Gestor de Tecnologia que refletirá sobre questões relacionadas às no-

vidades tecnológicas. O mais interessante é que os próprios alunos farão parte da equipe e serão os responsá-

veis por propor ideias, testar novos caminhos e ajudar a escola a trilhar novos rumos em direção às implementações tecnológicas. No dia 15 de setembro, onze alunos foram nomeados integrantes do Comitê Gestor Discente de Tecnologia (CGDT). “Eu gosto muito desta área de tecnologia e eu penso que poderei ajudar no Loyola com as minhas ideias”, disse Larissa Valadares, da 2ª Série do Ensino Médio. Para Hugo Werneck, do 9º Ano Ensino Fundamental,

já ocuparam muitos cargos na Companhia de Jesus, olharam para ele com muito carinho fraterno para lhe transmitir segurança e confiança”, afirmou padre Itamar. Segundo ele, todos os jesuítas vão “acompanhar e apoiar com muitas orações essa nova missão do padre João Renato”, completou.

essa inciativa da escola em criar o CGDT vai melhorar o desempenho acadêmico e a convivência escolar. O Loyola é um dos poucos colégios que já contam com essa novidade. “O trabalho do comitê irá ajudar a escola a discernir e refletir sobre as questões tecnológicas”, afirma padre Germano Cord Neto, diretor geral da instituição. “O Comitê de Tecnologia é uma oportunidade de a escola ouvir os alunos em relação à visão deles sobre tecnologia”, afirmou Bruno Paim, coordenador operacional do CGDT, que também contará com a participação de Matheus Goyas, assessor externo do Comitê e Diretor de Estratégia do APP Prova.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Alunos expõem trabalhos na 34ª ProjETE A ETE FMC (Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa) promoveu a 34ª ProjETE (Feira de Projetos Futuristas), entre os dias 8 e 10 de outubro, em Santa Rita do Sapucaí (MG). Com foco na inovação, criatividade e sempre atentos às necessidades do mundo que os rodeia, os cerca de 700 jovens inventores desenvolveram mais de 160 projetos para aplicação em segurança, sustentabilidade, acessibilidade e mobilidade urbana. Segundo o coordenador da ProjETE, professor Fábio Carli Rodrigues Teixeira, “a Feira é um celeiro de ideias que, ao longo dos anos, têm sido aproveitadas e lançadas no mercado. Atualmente, muitas das empresas do Vale da Eletrônica nasceram dentro da instituição, criadas por alunos e ex-alunos que se tornaram grandes empreendedores.” Os projetos expostos apresentaram importantes avanços tecnológicos, como o sistema auxiliar para deficientes visuais, que orienta a movimentação do deficiente em ambientes novos, por meio de mensagens emitidas pelo toque da bengala no chão; detector de vazamentos em encanamentos de gás; sistema de sensores eletrônicos para acionamento automático de airbag, de proteção ao idoso em caso de queda; dentre outros.

Mais de 160 projetos foram apresentados em Santa Rita do Sapucaí (MG)

Uma das novidades dessa edição foi a parceria com o Grupo Algar, multinacional brasileira sediada em Uberlândia (MG), que trouxe palestrantes para o evento. Além disso, a empresa também escolheu algumas equipes, que vão expor seus projetos na Mostra Algar de Inovação 2015. Outras escolas e empresas da região, como Ericsson, INATEL e ABRIC (Associação Brasileira de Incentivo à Ciência), também promoveram palestras e premiações. Os melhores projetos também foram selecionados para participar da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo), a maior feira de ciência e engenharia do País, voltada para estudantes

pré-universitários, que será realizada em março de 2015. As invenções da ETE FMC já conquistaram 66 prêmios na Febrace, além de prêmios no meio científico brasileiro e no exterior.

NA PAZ DO SENHOR No dia 15 de outubro, faleceu dona Rita Mendes de Sousa, mãe do padre Ednardo Serafim de Sousa. Que Deus conforte toda a família.

Calendário BRC 28 de outubro a 1º de novembro | 29ª Assembleia da CPAL – Santa Cruz de la Sierra (BOL) 5 de novembro | Eucaristia dos últimos votos dos padres José Abel de Souza e Edison de Lima – Rio de Janeiro (RJ) 10 de novembro | Consulta BRC – São Paulo (SP) 15 de novembro | Visita do Padre Geral ao Pateo do Collegio e ao Centro Santa Fé – São Paulo (SP) 16 de novembro | Cerimônia de instituição da BRA e posse do novo Provincial – Rio de Janeiro (RJ)


TRANSFORMA SEU MUNDO EM CULTURA A Flim 2014 vem cheia de novidades. Uma semana dedicada a expressões artísticas diversas: apresentações de dança, teatro e música, exposições de artes visuais, mostras de cinema e fotografia, bate-papos e palestras com escritores, e, para encerrar com chave de ouro, show de lançamento do CD Zero, de Fred Teixeira, vencedor do Edital Medianeira Nossa Música.

jesuitasbrasil.com

Palestras: Ricardo Azevedo e Luiz Ruffato. Bate-papos: Alvaro Posselt, Eliege Pepler, Fabiano Vianna, Júlio Damásio, Luís Henrique Pellanda, Rafael Urban, Ricardo Pozzo, Roberto Gomes, Sandro Moser e Paulo Venturelli. Show: Fred Teixeira.

3 A 8 DE NOVEMBRO Confira nossa programação completa: www.colegiomedianeira.g12.br/blogs/flim2014

(41) 3218-8000 | f colmedianeira www.colegiomedianeira.g12.br

COMPANHIA DE JESUS


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a companhia de jesus no

BRASIL

MERIDIONAL

Colégio Medianeira realiza FLIM 2014 Em 2014, a FLIM traz diversas novidades para a comunidade educativa do Colégio Medianeira. Até o ano passado, a instituição realizava a FLIM (Festa Literária do Medianeira) e, de forma paralela, o Mediarte, evento de arte que unia diferentes linguagens artísticas. Este ano, o Colégio Medianeira integrará, pela primeira vez, os dois eventos. A sigla FLIM será mantida, mas agora com um novo significado: Festa das Linguagens Medianeira, uma semana inteira dedicada a expressões artísticas. O evento acontecerá entre os dias 3 e 8 de novembro. Na programação, estão previstas apresentações de dança, teatro e música, exposições de artes visuais, mostras de cine-

Evento será realizado entre os dias 3 e 8 de novembro

ma e fotografia, bate-papos e palestras com escritores. Para encerrar, haverá um show de lançamento do CD Zero, de Fred Teixeira, vencedor do Edital Medianeira Nossa Música.

Segundo Cezar Tridapalli, coordenador do setor de Midiaeducação do Colégio Medianeira, são esperadas cerca de 3 mil pessoas. “Contamos com a presença de nossos

2.800 alunos. Cada turma terá ao menos três atividades ligadas ao evento. Nossos educadores também vão participar das palestras, bate-papos e da feira do livro”, explica.

Jesuítas compõem o próximo conselho superior da ANEC

Os padres Mario Sündermann e Marcelo de Aquino passam a integrar o conselho superior da ANEC

A ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil) realizou sua V Assembleia Geral Eletiva, em Brasília, no dia 23 de setembro. Na ocasião, foram eleitos o conselho superior e a nova direção da entidade, para o triênio (2015-2017). Entre os novos conselheiros, estão o padre Mario

Sündermann, delegado de Educação Básica da BRA, e o padre Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), que será presidente do conselho superior da instituição. A Assembleia contou com a participação de entidades mantenedoras associadas,


40 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

dirigentes de instituições de ensino superior e de educação básica filiadas e representantes dos conselhos estaduais da associação. O evento contou também com a presença dos representantes das seguintes instituições: CIEC (Confederação Interamericana de Educação Católica), FIUC (Federa-

ção Internacional de Universidades Católicas), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) e do Estado da Cidade do Vaticano. Presente em todo o território nacional, a ANEC tem como missão representar as instituições educacio-

nais católicas, promovendo educação formal, popular e de assistência social. A entidade representa cerca de 430 mantenedoras, 2 mil escolas, 130 instituições de ensino superior e 100 obras sociais, totalizando 2,5 milhões de alunos e, aproximadamente, 100 mil professores e funcionários.

Unisinos lança Escola de Humanidades

O decano, Adriano Naves de Brito, e o reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino, participaram do evento

No dia 23 de setembro, a Unisinos lançou a Escola de Humanidades. Com uma programação extensa, o evento aconteceu no campus São Leopoldo (RS) e reuniu toda a comunidade educativa da instituição. Ao final, foi apresentado o painel O Futuro das Ciências

Confira as seis Escolas que integram a Unisinos: • • • • • •

Humanidades Saúde Indústria Criativa Direito Gestão e Negócios Politécnica

Humanas, tema das atividades do lançamento da Escola, entre elas, oficinas, palestras, exposições, experimentos e apresentações artísticas, como a do grupo de percussão do projeto Vida com Arte, desenvolvido pela Unisinos. As Escolas fazem parte do planeja-

mento estratégico da Unisinos, mas não substituem nem competem com a estrutura administrativa da universidade e são lideradas pela figura do decano. Atualmente, existem seis delas na instituição [confira mais abaixo], que juntas têm um papel de sinergia, ou seja, de cooperação entre os diferentes Cursos, Programas, Projetos e Atividades de pesquisa, ensino e extensão. A Escola de Humanidades Unisinos está comprometida com o pensar e investigar o ser humano nas várias dimensões de sua totalidade, além de formar pessoas que irão ensinar outras a conviver de maneira harmoniosa na diversidade humana. Segundo o padre Marcelo Fernandes de Aquino, reitor, “a Unisinos é uma instituição que conversa com a razão e promove o diálogo com as várias formas de humanismo.” O decano da Escola de Humanidades, Adriano Naves de Brito, ressaltou a reflexão sobre o que chamou de reconciliação entre as humanidades, considerando a razão e os outros elementos essenciais para o ser humano, do corpo à mente.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

Colégio Catarinense promove encontro de ex-alunos No dia 4 de outubro, o Colégio Catarinense promoveu mais uma edição da festa de ex-alunos. Com o objetivo de reforçar de modo alegre e descontraído, o laço dos ex-alunos com a instituição e seus amigos, o evento reuniu cerca de 270 pessoas em um clima muito especial. A animação do encontro ficou por conta de diversas atrações: música, exposição de fotos antigas, selfies, torneio de futebol, dentre outros. De acordo com o ex-aluno e ex-professor Edson Osni Ramos, a alegria do reencontro foi intensa, “encontrei tantas pessoas queridas, ex-alunos e ex-colegas dos tempos de Colégio Catarinense! Sinto orgulho por ter tido a possibilidade de estudar aqui, de fazer parte desta família. Parabéns ao Colégio, aos atuais gestores e colaboradores, que permitem facilitar estes encontros. E

que possamos repetir este evento, trazendo muitos outros que viveram momentos como os que vivemos nesta casa”. A intenção é a de que os ex-alunos, através da ASIA (Associação dos Antigos Alunos dos Colégios Jesuítas), continuem interagindo com o Colégio por meio de ações sociais e dos reencontros de turmas que se formaram em diferentes

décadas, compartilhando experiências e reforçando o compromisso com a fé e

a justiça, valores que aperfeiçoaram durante a passagem pela instituição.

CONViTE A Província BRM convida jesuítas, colaboradores e leigos para a Celebração de Ação de Graças pela história da Província, que será realizada no dia 22 de novembro, na Igreja da Ressurreição, no Colégio Anchieta, em Porto Alegre (RS).

Calendário Brm 28 de outubro a 1º de novembro | 29ª Assembleia da CPAL – Santa Cruz de la Sierra (BOL) 6 a 12 de novembro | Compromisso Pastoral – Cerro Largo (RS) 15 e 16 de novembro | Cerimônia de instituição da BRA e posse do novo Provincial Rio de Janeiro (RJ)



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a companhia de jesus no

BRASIL

NORDESTE

Diocesano promove Simpósio sobre Bicentenário de Restauração O Colégio Diocesano promoveu um Simpósio em comemoração ao Bicentenário de Restauração da Companhia de Jesus, nos dias 19 e 20 de setembro. Estudantes, professores, coordenadores e diretores de instituições de ensino de Teresina (PI) participaram do evento. Com a palestra A Missão Jesuíta no Brasil, o padre Geraldo Coelho, responsável pelo arquivo da Companhia de Jesus no Nordeste, apresentou com detalhes fatos históricos e curiosidades sobre a Ordem religiosa. Além disso, abordou o papel dos jesuítas no desenvolvimento das diferentes sociedades em que estiveram. Para padre Geraldo, “as áreas de Geografia, História, Literatura, Política, dentre outras, se enriqueceram com os relatos presentes nas cartas escritas pelos missionários”.

Na foto, o professor Ismar Tavares, o Pe. Marcelo Costa, Ir. Raimundo Barros, o Pe. Geraldo Coelho e o professor Fonseca Neto

Segundo ele, “os jesuítas descreviam em suas mensagens as terras aonde chegavam e os costumes dos povos que encontravam”. O historiador e membro da Academia Piauiense de Letras (APL), Antônio Fonseca Neto, falou sobre a presença da Companhia de Jesus no

Piauí, desde a época colonial até os dias de hoje. “A Companhia de Jesus é uma espécie de esteio do ocidente porque soube se reinventar, atravessando as mais diversas formações sociais no cumprimento da sua missão”, declarou Fonseca Neto. Além das palestras, o Simpósio promoveu alguns debates, que foram mediados pelo professor de História do Colégio Diocesano, Ismar Tavares. Ele contextualizou os três momentos da missão jesuítica. Segundo ele, a criação da Ordem com a missão de expandir a fé católica, através da catequese e da educação, é o primeiro momento. A restauração da Companhia de Jesus e seu apoio a Roma, na época do Iluminismo, o segundo. E a eleição de Jorge Mario Bergo-

glio, como primeiro papa jesuíta da história, o terceiro. Em 2014, o Colégio Diocesano trabalhou com o tema dos 200 anos de restauração da Companhia de Jesus, por meio de estudos multidisciplinares. A instituição conseguiu envolver toda a comunidade e realizou a Diofeirac (Feira de Conhecimento) e um Concurso Cultural, com o tema do bicentenário. Para irmão Raimundo Barros, diretor geral do Diocesano, relembrar a história é importante para os jesuítas, os colaboradores, os leigos e toda a sociedade. “Jogar luzes na memória da Companhia de Jesus é também resgatar a nossa história, para que ela transcenda e seja vista como uma experiência que pauta nossas ações.”


44 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

Casa Inaciana da Juventude realiza Esporte e Fé 2014

Encontro entre espiritualidade e atividades esportivas reuniu jovens no município de Pacatuba (CE)

A CIJ (Casa Inaciana da Juventude) realizou mais uma edição do Esporte & Fé, encontro entre espiritualidade e atividades esportivas, nos dias 11 e 12 de outubro. No 1º dia, os jovens vivenciaram, na mística de abertura, um momento de oração comunitária, quando foram chamados a refletir a ação criadora do Pai e a vocação de cada um como filhos de Deus, para cuidar de si, dos outros e da Terra. No dia 12, todos participaram de uma escalada à serra

da cidade de Pacatuba, região serrana do estado do Ceará. Após a atividade, os jovens participaram de um lanche comunitário e mergulharam nas piscinas naturais da serra. Para o jovem Marlyano Santos, que colaborou com a organização da atividade, o encontro é sempre especial. “Por meio do Esporte e Fé, mais uma vez, encontrei o Cristo amigo e Deus me mostrou o quão feliz sou com a minha missão de servir à juventude”, afirmou.

Paróquia Cristo Rei dá início a curso de Teologia

Aulas serão ministradas quinzenalmente por dois anos

A Paróquia Cristo Rei, localizada em Fortaleza (CE), iniciou o Curso de Formação em Teologia Pastoral, para os agentes pastorais e fiéis, no dia 20 de setembro. A iniciativa é promovida pelo Forânima (Serviço de Formação e Animação Pastoral Paroquial). O curso tem como objetivo ser um apoio para os agentes pastorais e os membros da comunidade paroquial. O pároco, padre Raimundo Nonato Resende, re-

Companhia de Jesus lança programa de rádio no Espírito Santo A Companhia de Jesus, por iniciativa dos padres jesuítas do Santuário Nacional de São José de Anchieta, em Anchieta (ES), lançou, em setembro, o programa diário Nos Passos de Anchieta, na Rádio Sim FM, uma das maiores do estado. O programa, de 15 minutos, é dedicado, especialmente, aos devotos do Santo.

Segundo o padre Vanildo Pereira da Silva, apresentador do programa, o espaço ajuda a propagar a espiritualidade e as virtudes de Anchieta, além de contar com momentos especiais de orações com pedidos de intercessões e testemunhos de devotos espalhados pelo Brasil. “É de confiar que o mesmo Deus que assim se comunicou com São José

de Anchieta também toque a outros, para que, desta parte do mundo, saiam muitos outros discípulos e missionários”, disse o jesuíta. Para o coordenador de comunicação do Santuário e do programa na rádio, Dhyovaine Nascimento, o espaço vai contar ainda com ricas histórias de vida, obras literárias, cultura, biografia e missões

alizou a abertura do curso, com a participação de cerca de 50 pessoas. A primeira aula apresentou o conceito básico da Teologia e as primeiras indicações de como é aplicada de forma prática. As aulas serão conduzidas por padres e irmãos jesuítas, leigos que atuam na Paróquia Cristo Rei e convidados. O curso terá duração de dois anos e os encontros serão realizados quinzenalmente, sempre aos sábados.

daquele que é considerado o Apóstolo do Brasil. “O programa também contará com o quadro Anchietano, onde os devotos que visitam o Santuário poderão gravar áudios dos pedidos de oração, testemunhos de graças alcançadas e de histórias inspiradoras de fé que serão veiculados no programa”, afirmou Dhyovaine. O programa vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 8h45, na Rádio Sim FM, www. simnoticias.com.br, e, em breve, também será disponibilizado no site do santuário.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

Educação inclusiva é tema de roda de diálogos na Unicap Alunos ganham destaque em gincana de economia

A importância da inserção das pessoas com deficiência na sociedade foi o tema do encontro

A Unicap (Universidade Católica de Pernambuco) realizou uma roda de diálogos sobre educação inclusiva, no dia 16 de outubro. Além de professores e alunos, estiveram presentes no evento portadores de necessidades especiais, integrantes do Governo do Estado de Pernambuco e da prefeitura do Recife. A importância da inserção das pessoas com deficiência na sociedade foi o tema do encontro. Com uma série de testemunhos de superação e força de vontade, os palestrantes Roberto Wanderley, professor da Unicap, Amanda Ferreira, professora, e Humberto Suassuna, professor da Uninassau (Faculdade Mauricio de Nassau), falaram sobre a responsabilidade da sociedade na inclusão de pessoas com deficiência, eles explicaram que a inclusão é fundamental para que se possa alcançar autonomia. Segundo a diretora do Centro de Ciências Jurídicas, Maria Luiza Ramos, o evento fez parte da Semana Mundial

de Educação Inclusiva. Além disso, também estava inserido na comemoração pelo Dia das Crianças. “Educação com qualidade é um direito previsto na Constituição para todas as crianças, adolescentes e jovens. Educação com qualidade sem diferença, ou então, respeitando as diferenças. Esse é um evento que teve como objetivo chamar a atenção sobre a importância de tratar todos como iguais”, afirmou. O professor de Educação Física da Uninassau, Humberto Suassuna, portador de Síndrome de Down, ressaltou a importância do evento: “Na verdade, o benefício dessa palestra é o do acesso à informação. Dessa forma, as pessoas passam a compreender a importância do tema, para que, assim, não aconteça mais exclusão”. Os alunos do curso de Direito da Unicap tiveram a oportunidade de refletir sobre a problemática. Um olhar mais humano para as questões dos portadores de deficiência é essencial para entender que é possível incluir sem excluir.

Os alunos do curso de Ciências Econômicas da Unicap, Felipe Pimentel e Bruna Aleixo, ganharam o primeiro lugar na 2ª Gincana Pernambucana de Economia, atividade promovida pelo Conselho Regional de Econo-

mia, seccional Pernambuco (CORECON-PE), e o terceiro lugar na IV Gincana Nacional de Economia 2014, promovido pelo Conselho Federal de Economia – (COFECON), realizado na cidade de Goiânia (GO).

Felipe Pimentel e Bruna Aleixo conquistaram os primeiros lugares em duas competições

Calendário BNE Compromissos do Provincial 28 de outubro a 1º de novembro | 29ª Assembleia da CPAL – Santa Cruz de la Sierra (BOL) 3 a 13 de novembro | Expediente na Cúria BNE – Salvador (BA) 14 a 16 de novembro | Cerimônia de instituição da BRA e posse do novo Provincial – Rio de Janeiro (RJ)


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BRASIL

PROVINCIALADO

Candidatos ao Noviciado participam da convivência Manresa

Em setembro, 14 jovens participaram da convivência Manresa, etapa que faz parte do trabalho das Vocações Jesuítas, que compreende promoção, acompanhamento e Plano de Candidatos ao Noviciado da Companhia de Jesus. “Foram momentos ricos de partilha da missão e da formação jesuíta, além da realização dos Exercícios Espirituais de oito dias, das experiências de voluntariado e de entrevistas”, afirma padre Reginaldo Sarto,

que acompanhou os participantes. Os jovens, que já estão morando em algumas residências da Ordem religiosa, tiveram a oportunidade de aprofundar o modo de ser jesuíta. “O tempo de discernimento deve proporcionar maior conhecimento da Companhia de Jesus”, explica padre Reginaldo. Segundo ele, “é importante que ao final desse processo, os candidatos tenham feito uma boa experiência de vida comunitária com es-

pírito de gratuidade e doação em suas atividades cotidianas, na busca pela coerência entre a vida e a vocação que desejam assumir”, completa. Após a convivência Manresa, os candidatos voltaram para as residências e agora continuam o processo de discernimento vocacional. Através de uma carta escrita no final do retiro, 12 jovens fizeram o pedido formal de ingressar na Companhia de Jesus em 2015.


48 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

Jesuítas se reúnem no Pará

Cerca de 50 jesuítas, entre padres, irmãos e estudantes, participaram de encontros nas cidades de Ananindeua e Belém

Em outubro, a Companhia de Jesus realizou dois eventos no estado do Pará. Entre os dias 1º e 4, o I Encontro de Padres Jovens Jesuítas da Província do Brasil reuniu 25 sacerdotes de diversas partes do país, no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. Além dos padres, cinco diáconos, que serão ordenados presbíteros no final de 2014, também participaram. A formação e a missão dos jesuítas

foram alguns dos temas abordados durante o encontro. O grupo participou também de uma conversa com o futuro provincial do Brasil, padre João Renato Eidt, que falou sobre as expectativas diante do nascimento da nova Província do Brasil. O evento foi assessorado pelo delegado da Formação dos Jesuítas do Brasil, padre Adelson Araújo, que contou com a colaboração do padre Genilson Neri e do diácono Edilberto Brandão, que

ajudaram na organização do evento. O padre Ilario Govoni, pesquisador da história da Companhia de Jesus, acompanhou os jovens numa visita aos lugares históricos da presença jesuítica nas cidades de Belém e de Vigia. “O encontro possibilitou que os participantes tivessem um contato com a cultura e a realidade sócio eclesial amazônica, local onde os jesuítas se fazem presentes desde o início da evangelização e formação do Brasil”, afirma padre Adelson. Nos dias 6 a 9 de outubro, aconteceu o Encontro dos irmãos e estudantes em formação na etapa do Magistério, em Belém. Os 25 jovens presentes partilharam suas experiências de vida, e participaram de um momento mais prolongado com Deus pela oração dos Exercícios Espirituais. O encontro foi coordenado pelo delegado de Formação, padre Adelson Araújo, e assessorado pelo padre Guillermo Cardona e pelo irmão Vanderlei Backes. Os participantes também puderam conhecer melhor a missão da Companhia na região amazônica.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

VII Bienal dos Colégios Jesuítas celebra a arte

O ator e cantor Tiago Abravanel, ex-aluno do Colégio São Francisco Xavier, participou da abertura do evento

Os alunos dos colégios Anchieta (Nova Friburgo/RJ), Jesuítas (Juiz de Fora/MG), Loyola (Belo Horizonte/MG), Santo Inácio (Rio de Janeiro/ RJ), São Francisco Xavier (São Paulo/SP) e São Luís (São Paulo/SP) participaram da VII Bienal dos Colégios Jesuítas, que aconteceu entre os dias 8 e 11 de outubro. O evento, realizado no Colégio Santo Inácio, reuniu cerca de 380 estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Inspirados pelo tema Asas do Tempo: arte,

memória em movimento, os alunos apresentaram mais de 500 trabalhos artísticos, entre teatro, dança, música, fotografia, pinturas, etc. A Bienal também foi dedicada aos 200 anos de restauração da Companhia de Jesus, celebrado no dia 7 de agosto. Na noite do dia 8, os estudantes foram recepcionados com muita música e dança pela comunidade educativa do Colégio Santo Inácio, até clássicos como a música Garota de Ipanema foram interpretados. Na abertura

do evento, o reitor do Colégio Santo Inácio, padre Luiz Antonio Monnerat, falou sobre a importância do trabalho da Rede Jesuíta de Educação, no momento da criação da futura Província do Brasil. Segundo ele, “todas as escolas devem, em rede, mostrar e construir identidade e missão como escolas da Companhia de Jesus”. Padre Monnerat ressaltou ainda que a formação integral dos alunos é a base da educação jesuíta. “Falamos de formação integral do ser total, do jovem inteiro, nos diversos aspectos que compõem seu ser: físico, intelectual, afetivo, estético, transcendental. É nesse mistério da inteireza do ser humano nunca completamente inteiro, mas sempre aberto, que queremos educar. Em todo jovem dorme um artista que devemos despertar, provocando sua sensibilidade pelo belo, pelo estético, pela harmonia, enfim, ajudando-o a contemplar a beleza que existe e que pode existir”, declarou. A abertura contou tam-

Os alunos da Rede Jesuíta de Educação apresentaram mais de 500 trabalhos artísticos

bém com a participação especial de Tiago Abravanel, ex-aluno do Colégio São Francisco Xavier, conhecido como Sanfra. O ator e cantor se declarou feliz por participar do evento. “Cantei e atuei, muitos anos atrás, na Bienal de Nova Friburgo/RJ. Depois, fui monitor na Bienal do Sanfra”, contou Tiago, que entrou no Sanfra no 7º ano do Ensino Fundamental. “Devo muito ao colégio, onde fiquei até concluir o Ensino Médio. No Sanfra, eu tive uma excelente formação”, comentou Tiago, que cantou alguns sucessos de Tim Maia. A programação dos dias de Bienal é intensa, mas tudo é realizado com muita alegria. O evento é considerado pelos participantes uma verdadeira imersão no mundo das artes. “O espírito colaborativo entre os alunos, professores e funcionários promoveu um clima de amizade e alegria contagiante!”, afirma Nilza Maria Gatti Lopes Guimarães, professora de arte do Colégio São Luís.


50 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

Diretores de colégios jesuítas participam de encontro Os representantes de instituições jesuítas participaram do Encontro Nacional de Reitores/ Diretores de Colégios Jesuítas do Brasil, realizado no Colégio Diocesano, em Teresina (PI), entre os dias 22 e 24 de setembro. Estiveram presentes 12 gestores, que discutiram o trabalho apostólico na área da Educação Básica. O delegado de Educação da

Província do Brasil (BRA), padre Mário Sündermann, também participou do encontro. Segundo ele, o fortalecimento da ideia de rede, a integração e a articulação entre os diferentes colégios da BRA, foram os principais objetivos do encontro. Durante a visita, os diretores puderam conhecer também o funcionamento da Escola Materno Infantil Pedro Arrupe e da Escola Santo Afonso Rodriguez. Além das unidades de

Educação Infantil e do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Diocesano. “É muito importante esse deslocamento dos diretores para realidades diferentes das quais estão inseridos. Só assim se tem uma visão da grandiosidade da missão de colégios articulados em rede”, disse Heloísa Maria Barroso e Silva, diretora do Colégio dos Jesuítas (MG).

Calendário BRA 28 de outubro a 1º de novembro | 29ª Assembleia da CPAL Santa Cruz de la Sierra (BOL) 4 a 6 de novembro | Discernimento sobre a admissão dos candidatos à Companhia – Belo Horizonte (MG) 2 a 3 de novembro | Reunião do Conselho Editorial da Revista Jesuítas Brasil – Porto Alegre (RS) 5 de novembro | 13ª Jornada de orações pelas vocações à Companhia 10 a 13 de novembro | XVI Simpósio Internacional do IHU: Companhia de Jesus, da Supressão à Restauração – São Leopoldo (RS) 15 de novembro | Visita do Padre Geral à BRC – São Paulo (SP) 16 de novembro | Cerimônia de instituição da BRA e posse do novo Provincial – Rio de Janeiro (RJ) 19 a 22 de novembro | Seminário Panamazônico da CPAL – Manaus (AM) 19 de novembro | Aprovação dos orçamentos da ANI – Salvador (BA) 21 de novembro | Aprovação dos orçamentos da ASAV – Porto Alegre (RS) 22 de novembro | Celebração Eucarística conclusiva da BRM Porto Alegre (RS) 26 de novembro | Aprovação dos orçamentos da ANEAS São Paulo (SP)


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ANIVERSÁRIOS outubro

15 |

21 |

Pe. Paulo Domingo Pelizer – BRM

16 |

22 |

Pe. Creômenes Tenório Maciel – BNE Pe. José Antônio Pecchia – BNE Pe. Juan Miguel Zaldua – VEN/CPAL Pe. Roberto Jaramillo Bernal – COL/BAM

23 |

Pe. Antônio Raimundo Sousa Mota – BNE Pe. Fidel García Rodríguez – BRC Ir. Jacob Arsênio Rech – BRM

24 |

Pe. Affonso Gessinger – BRM

25 |

Pe. Sérgio Mendonça de Almeida – BNE

28 |

Ir. Frederico H. Kerber – BRM Pe. Ivo Honório Mueller – BRM

29 |

Pe. João Renato Eidt – BRM Pe. Luís Muraro – BAM Pe. Manuel G. Hurtado Durán – BOL Pe. Marco Antônio Morais Lima – BRC

31 |

Pe. Egydio E. Schneider – BRM Pe. Josafá Carlos de Siqueira – BRC Pe. Matias Martinho Lenz – BRM

novembro 1 |

Pe. Valdeci Ribeiro Gama – BRM

2 |

Pe. Clóvis C. Carmo Cabral – BNE Esc. Jucélio de Oliveira – BNE

5 |

Esc. Fabian Tejeda Tapia – PER Pe. José Miguel Clemente Clavijo – CAM/BAM

6 |

Pe. Walter Falchi Honorato – BRC

7 |

Pe. Ernani Miguel L. Wetternick – BRM Esc. Fernando Tiago Kotz – BRM

8 |

Pe. David H. Romero – NOR/BAM

10 |

Pe. Benjamin Gesteira Pino – BRC

11 |

Pe. Rui Körbes – BRM

14 |

Pe. Francisco das Chagas de Albuquerque – BNE

17 |

Esc. Bartlomiej Przepeluk – PME Ir. Lucílio de Souza Rotha – BRC Pe. Francisco Almenar Burriel – BAM Pe. Héber Salvador C. Lima – BRC Ir. Luigi Cremonese – BNE

18 |

Esc. Antônio Anderson Rabêlo Costa – BRM Ir. José Patrocínio Nogueira – BRC

20 |

Pe. Clemens K. Haas – BRM Pe. Cristovão Otávio Primo – BNE Ir. José Procópio de Lima – BRC Ir. Martins Amazonas Lima – BNE

21 |

Pe. Anselmo G. do Nascimento Dias – BAM Pe. Nilson Marostica – BRC Pe. Rogério Mosimann da Silva – BRM

22 |

Esc. Alex Gonçalves Pin – BNE Pe. Filemón Torres Gómez – PAR

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Pe. Chang Son Yu – BRC

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Ir. Adolfo Nunes de Oliveira – BRM 60 anos de Companhia

3 de novembro

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