Informativo Assoceasa - 3ª Edição/Novembro 2011

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Informativo

ASSOCEASA Ano 1 | Novembro de 2011 | Edição

Israel

Oitava edição da CEASAFEST, em 2010

9ª CEASAFEST Evento reúne funcionários das empresas da Ceasa no dia 3 de dezembro com muita música, comida e MAIS DE 100 prêmios

BALANÇO!

COMPOSTAGEM

ALHO

Vivências, evoluções e visões futuras do abastecimento da Ceasa-Campinas por ‘Zé Mineiro’

Profissionais da Ceasa reaproveitam cerca de 90% dos resíduos orgânicos gerados no mercado

Alimento milenar pode prevenir gripe, doenças cardiovasculares e até câncer

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EDITORIAL

EXPEDIENTE

A principal matéria nesta edição fala sobre a Segregação de ReEsta revista é uma publicação da Assoceasa

síduos. Nos últimos anos, muito se tem feito na Ceasa-Campinas

Presidente Marco Antonio Adami

deixando de ser considerado “lixo” e passando a ser visualizado

Produção, edição e fotografias Ana Luiza Panazzolo (MTB: 64.887) Marcela Pastor (MTB: 64.896)

comércio de hortifruti, em sua maioria de origem orgânica, para a

Colaboração Especial Zé Mineiro Designer Renato Pastor Diagramação João Colosalle

para, principalmente, mudar a forma de percepção deste material, como “resíduo”. Com isso, conseguimos destinar os subprodutos do compostagem. No entanto, ainda há uma clara falta de educação ambiental na Ceasa e mudar este cenário é um dever de todos nós da Central, não apenas da Assoceasa. Afinal, o Aterro Sanitário é um dos problemas mais sérios em Campinas e os gastos que temos com os resíduos é uma das maiores em nosso rateio. Estamos chegando a mais um final de ano e, com ele, recebemos

Revisão Julia de Almeida

com muita alegria e honra a 9ª CEASAFEST. O evento, que já virou

Impressão Gráfica Silvamarts

zarmos e agradecermos as graças recebidas. Além disso, é a chance

Tiragem 2.000 exemplares

eventos aos seus funcionários brindarem os mesmos com a Festa.

CEASA - Centrais de Abastecimento de Campinas S.A. Rodovia Dom Pedro I, km 140,5 Pista Norte, Campinas (SP) CEP: 13082-902 Telefone: (19) 3746-1000 www.ceasacampinas.com.br Entre em contato com a redação pelo e-mail informativoassoceasa@gmail.com

tradição na Central, é uma excelente oportunidade para confraternide as empresas que não podem ou não têm o hábito de promover Não deixem de incentivar a participação de seus trabalhadores! E, falando sobre os produtos comercializados na Ceasa, nesta edição abordaremos o Alho - alimento de grande importância econômica na Central e de expressiva qualidade culinária e medicinal. Para finalizar, o Informativo Assoceasa deste mês abre suas páginas para a expressão da opinião de ‘Zé Mineiro’ sobre as perspectivas do mercado atual e futuro na Ceasa-Campinas. Não deixe de ler e refletir sobre o assunto. Desejamos a todos uma boa leitura!

NESTA EDIÇÃO

Israel

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9ª CEASAFEST

Para celebrar mais um ano de conquistas, a 9ª CEASAFEST proporciona uma tarde de confraternização e diversão aos funcionários das empresas da Central

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AÇÃO SOCIAL

Entenda como os detritos orgânicos da CeasaCampinas são des�nados corretamente para a compostagem

É MÊS DE...

Conheça os bene�cios do consumo regular do alho e as peculiaridades de seu mercado no Brasil

COM A PALAVRA...

‘Zé Mineiro’ carimba a sua opinião sobre o mercado hor�fru�granjeiro local, desde a relação entre os comerciantes e os varejistas, até a futura possível busca dos permissionários pela sobrevivência

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EVENTO

Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

9ª CEASAFEST Em 2011, a festa destinada aos funcionários das empresas da Ceasa será realizada no dia 3 de dezembro, no ML4 , e trará muita música, comida e mais de 100 prêmios

Fotos: Israel

‘Zé Mineiro’ Idealizada e realizada especificamente em homenagem aos funcionários do mercado hortifrutigranjeiro da Ceasa, a CEASAFEST, desde o seu início, buscou proporcionar uma maior interação entre aqueles que aqui labutam. À medida que realizamos cada evento, conquistamos esta pretensão, ao ponto de, atualmente, também contarmos com a participação dos familiares destes colaboradores, especialmente seus filhos. Não há como deixar de agradecer a intensa participação dos permissionários/empregadores adquirentes dos convites que, desde o primeiro momento, comprometeram-se com este ideal, expressando, assim, o seu carinho e reconhecimento aos seus colaboradores. Apenas para ilustrar o sucesso e evolução do evento, na primeira edição da CEASAFEST, contamos com aproximadamente 700 (setecentos) participantes, enquanto que, na última edição, participaram cerca de 1.800 (mil e oitocentas) pessoas, e o que é melhor, com praticamente 100% de adesão dos empregadores. De igual forma, à medida que o número de participantes foi crescendo, os prêmios sorteados também aumentaram: no último dos eventos (12/2010), além dos “shows”, com música ao vivo, som e dançarinas, sempre animado por grupo de samba e pagode, forró com o “Zé Paraíba” (na foto ao lado, classificado como um dos melhores da região), também houve o sorteio de 50 cestas de natal; 23 bicicletas e uma moto. Neste ano, serão sorteados mais de 100 prêmios aos participantes. Importante ressaltar que nunca houve problemas de segurança ou violência, tampouco desrespeito em qualquer dos eventos já realizados, o que demonstra o caráter e espírito verdadeiramente familiar da festa. Conforme já definido e “incorporado” pelos participantes, o evento é realizado anualmente, sempre na data coincidente com o primeiro sábado do mês de dezembro. Sendo assim, este ano, a 9ª edição da CEASAFEST será realizada no dia 03 de dezembro, das 12h às 15h30, e deverá ocorrer novamente no ML4 , com participação e anuência da unanimidade daqueles que ocupam o referido espaço, aos quais, a organização do evento rende homenagens e o mais sincero agradecimento.

Além de prêmios e músicas, a CEASAFEST oferece comida de qualidade em abundância aos convidados e muita diversão para as crianças

Divulgação

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Divulgação

Novembro de 2011 | nº 3 | Informativo Assoceasa

A geração desenfreada de resíduos é crescente em todo o mundo acontece devido ao acúmulo de recursos naturais que não conseguem ser degradados de forma espontânea, causando o aumento de lixo. Como forma de conter o crescimento de detritos, surgiu a reciclagem, com o objetivo de coletar, separar e processar os resíduos para serem utilizados como matéria-prima na manufatura de bens. “Ao fazer isso, o gestor, no mínimo, protegerá o ambiente, resgatará a cidadania e melhorará a qualidade de vida das comunidades”, defende a Engenheira Pós-Graduada em Gestão e Técnicas Ambientais com Especialização em Aterros, Adriana Campos. No Brasil, são geradas, diariamente, cerca de 100 mil toneladas de lixo, sendo 60% de material orgânico, como restos de frutas, verduras e alimentos em geral. Desse total, apenas 1% chega a ser reciclado. Solução na Ceasa Há inúmeras soluções para o manejo de resíduos sólidos, como os aterros, a compostagem para adubo, a produção de ração para animais e a reciclagem. Na Ceasa-Campinas, mais de 80% do material gerado por mês é orgânico. Com o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos, esses detritos são reciclados e reaproveitados, reduzindo os impactos ambientais e financeiros causados pela atual disposição no Aterro Delta A. Iniciado em 2006, o Sistema tem evoluído em busca de seu principal objetivo: reaproveitar os resíduos orgânicos gerados diariamente no mercado hortifrutigranjeiro por meio da compostagem e da produção de ração animal. “Além de resolver um problema financeiro, a Ceasa poderá

Profissionais da Ceasa-Campinas reciclam e reaproveitam cerca de 90% dos resíduos gerados pelo mercado

Leiras de compostagem na Agrodkv, em Campinas

contribuir para a construção de sociedades sustentáveis por meio de ações voltadas à minimização de resíduos, conservação do meio ambiente, melhoria da qualidade de vida e formação de pessoas comprometidas com esta missão”, destaca Adriana. Os resíduos gerados pelo comércio dos permissionários representam apenas 1% do volume total de suas mercadorias, mas é de grande valor nutritivo econômico. É de extrema importância compreender o lixo como coproduto e fonte de renda. A implantação do Sistema na Ceasa traz diversos benefícios à comunidade, como: redução de custos com transporte, com a taxa cobrada pela disposição dos resíduos no Aterro Delta A, com a limpeza dos galpões da Central e com a diminuição do desperdício de alimentos; economia de energia; melhor utilização dos recursos naturais por meio do uso dos resíduos orgânicos como matéria-prima; aumento da produtividade da Cooperativa de Recicláveis; e

efetivação do Programa de Parcerias e Treinamento com instituições, empresas e comunidades. Cenário Atual Os profissionais da Ceasa-Campinas esforçam-se para fornecer encaminhamento e so corretos a 90% dos resíduos gerados no mercado local, cumprindo a Lei dos Resíduos Sólidos, tratando-os como subprodutos e retornando o material à cadeia produtiva. “Estamos no estágio chamado de “containerização”, no qual há caçambas de cores diferentes para orgânicos e inorgânicos. Os orgânicos ficam nas caçambas azuis, que irão para a compostagem, os inorgânicos ficam nas caçambas amarelas, que serão encaminhadas à Cooperativa Unidos na Vitória. A Central passa a ter uma logística simples de coleta seletiva e de seu porte para a segregação. Caminhamos, agora, no sentido do bom aproveitamento daquilo que é devidamente segregado”, finaliza Adriana.

AÇÃO SOCIAL

Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos

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É MÊS DE...

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Alho Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

Componente diário para uma vida saudável Com um odor singular e sabor picante, o alho ganhou o paladar mundial há mais de cinco mil anos, primordialmente dos povos mediterrâneos. Rico em vitaminas A, B1, B2 e E, além de sódio, ferro, cálcio e sais minerais, consumilo regularmente traz diversos benefícios à saúde. Segundo a nutricionista Thaís Torquato Vilela, o alho faz parte do grupo de alimentos funcionais que possuem componentes ativos capazes de auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares, infecciosas, como a gripe, e até mesmo o câncer. “Uma característica singular do alho é a substância alicina, responsável pela maioria de suas propriedades farmacológicas como, por exemplo, a prevenção da hipertensão, o auxílio no tratamento de diabetes e a diminuição do risco de infarto”, explica Thaís. Além disso, ele auxilia no aumento da longevidade e na redução do colesterol ruim (LDL). Porém, a nutricionista esclarece que, para que os efeitos benéficos do alho sejam sentidos com eficácia, é necessário o consumo de dois dentes por dia, preferencialmente crus e triturados. Apesar de o alho ser constantemente utilizado na culinária brasileira, sobretudo como tempero, muitos apreciadores deste alimento poderão ficar em dúvida sobre a sua classificação no mercado de hortifrutis, ou seja, se ele é um legume ou um vegetal. Ao contrário do que muitos imaginam, o alho é uma planta que abrange mais de 600 espécies pelo mundo e é composta pelo bulbo, mais conhecido como cabeça de alho, e pelas folhas escamiformes, popularmente chamadas como dentes de alho, que são comestíveis. Com um preço médio de R$40 a caixa na Ceasa-Campinas, o alho passa por um processo delicado de produção até chegar ao atacado. “A

colheita, o corte das folhas e a limpeza do bulbo (“cabeça” do alho) quase sempre são feitos manualmente. É um processo praticamente artesanal, o que demanda grande quantidade de mão-de-obra no campo. A relação trabalhador/hectare, a qual demanda o processo de produção do alho, é uma das maiores dentre as culturas no país, tornando seu cultivo grande empregador de mão-de-obra na área”, explica o engenheiro agrônomo, Thiago Fernandes da Silva, da Cemil. Mercado Os brasileiros consomem cerca de 24 milhões de caixas de alho por ano, o que representa, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma média de 1,15 quilos por habitante. Deste total, 16 milhões de caixas são importadas e pouco mais de 30% são nacionais. O mercado brasileiro de alho é dividido entre duas principais potências: a chinesa e a argentina, sendo mais de 40% da oferta nacional proveniente do país oriental e mais de 20% do ocidental. O restante é produzido principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. Hoje, o mercado nacional perde cerca de R$ 1, 4 bilhões com a importação do alho e gera 56 mil empregos na China e na Argentina como reflexo de seu consumo. Segundo Fernandes, as donas de casa brasileiras ainda têm preconceito com o alho nacional. “A qualidade do nosso alho, hoje, supera o importado, principalmente o chinês, sem falar que o preço é quase sempre mais compensador. É um produto com maior durabilidade e melhor sabor. Então, consumam o alho brasileiro!”, aconselha.

?

Você sabia? No Egito An�go, o alho era considerado um dos mais fortes tônicos alimen�cios. Com isso, os faraós compravam o produto a peso de ouro para distribuir entre os seus escravos com o obje�vo de melhorar a sua saúde e aumentar a sua força �sica.

Hora da receita Aprenda a preparar um Patê de Alho saboroso e saudável. Bata 5 dentes de alho, 1 ricota fresca, 1 copo americano de leite desnatado fervendo, azeite de oliva, sal e pimenta vermelha a gosto no liquidificador. Leve à geladeira em um recipiente de vidro fechado. Pronto! Sirva com pão, broa, torrada ou o acompanhamento que preferir a qualquer hora do dia.

Bom apetite!



COM A PALAVRA...

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Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

Análise atual da come perspectivas futuras d O desenvolvimento foi grande pois, a cada fase, crescíamos na comercialização e justificamos o investimento feito pelo Governo Federal

‘Zé Mineiro’

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a primeira edição do Informativo Assoceasa, foi publicada uma matéria sobre o abastecimento de Campinas desde a década de 60 até os dias atuais. Muitas foram as transformações: saímos do Mercadão Velho, fomos para a CEAB (Jardim do Lago) e, por último, para a atual Ceasa-Campinas. O desenvolvimento foi grande, pois, a cada fase, crescíamos na comercialização e justificamos o investimento feito pelo Governo Federal. Saímos da regionalidade e passamos a ter intercâmbios com todos os estados, importamos e exportamos, crescemos na mentalidade, aceitamos a modernidade e, o mais importante, fomos empreendedores e investidores, o que permitiu um relevante aumento das áreas físicas da Ceasa com as construções dos primeiros pavilhões: PB-1 e PB-2, recursos frutos do nosso trabalho e do nosso suor. Investimentos que permitiram à Prefeitura Municipal de Campinas aumentar o seu patrimônio, porém, como forma de retribuir estes investimentos, adquirimos o direito de ponto comercial, sendo que logo em seguida construímos mais pavilhões, como o GP-3, ML-4, ML-2, ML-1 e aumentamos as plataformas dos boxes. Porém, cabe destacar a construção do GP-4, que foi feita na gestão do prefeito Magalhães Teixeira pela construtora Ronizan, responsável pela venda dos boxes. Essa construção veio em um momento inoportuno, pois mal estávamos inaugurando o PB-1 e o PB-2 e já tivemos que aceitar o inchaço de áreas disponíveis para comercialização, já que naquele momento não havia perspectiva de aumento de demanda, ou seja, de clientes que justificassem a construção do GP-4, que levou muitos anos para se solidificar. Vamos nos ater a este momento para a análise da atual situação da comercialização da Ceasa-Campinas, onde mais de 600 permissionários de hortifruti disputam os clientes disponíveis para vender seus produtos.

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QUE MUDOU COM O TEMPO?

As grandes redes de varejo detêm um amplo percentual (de 60% a 70%) dos atendimentos à população. Possuem um marketing poderoso para atender as vaidades de consumo das donas de casa e atribuem grandes margens de lucro aos seus produtos. Porém, oferecem muitas promoções, principalmente no hortifruti, que normalmente vendem pelo mesmo custo, ou até abaixo, ignorando os maiores prejudicados: o produtor, que vê seus produtos depreciados nas gôndolas dos supermercados, e nós, comerciantes, vendendo muitas vezes com pequenas margens de lucro. À medida que uma grande rede compra empresas que crescem na distribuição de varejo, ocorre uma diminuição do potencial de vendas dos 600 permissionários, a exemplo dos Supermercados Brotense, J A Matheus, em Vinhedo, e do Varejão Cambuí, entre outros. Afinal, as grandes redes compram os produtos de maior giro diretamente das fontes produtoras ou dos poucos permissionários da Ceasa.

QUESTIONAMENTOS

SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA CEASA-CAMPINAS Existe a possibilidade de aumento na demanda, ou seja, da vinda de novos clientes representativos para a Ceasa? A vinda de clientes representativos de outros locais seria difícil, pois da maneira que nossos atuais clientes são disputados, os outros mercados não deixariam de perder os seus clientes. A nossa oferta geral de produtos possui equilíbrio na procura, ou seja, na demanda? No nosso mercado, normalmente, oferecemos mais


Novembro de 2011 | nº 3 | Informativo Assoceasa

produtos do que a demanda, fazendo com que a disputa entre os permissionários diminua os seus lucros, principalmente dos médios e pequenos comerciantes da Ceasa.

Desperdício representa prejuízo aos comerciantes? Sim. Porém, o projeto ISA representa a solidariedade dos comerciantes nas doações de suas sobras. Se o ISA tem arrecadado por mês 300 toneladas, ao longo do tempo, entende-se que há prejuízo para os comerciantes. Você, pequeno e médio comerciante, consegue administrar detalhes do seu negócio? Dirijo-me aos pequenos e médios comerciantes, sempre aguerridos no trabalho a que se dedicam, porém, vendem seus produtos com pouca margem de lucro, nem sempre fazendo face às suas despesas, que aumentam a passos largos. Um exemplo é o custo de Permissão de Uso da Ceasa, que nunca deixou de aumentar, além de outras despesas normalmente mal analisadas pelos comerciantes. O resultado no fim do mês não é suficiente para valorizar os sacrifícios das madrugadas e da carga horária de trabalho. Enquanto o seu tomatinho cereja é vendido na Ceasa por R$1 o pacote, o mesmo é revendido nas grandes redes por R$4,50. A batata que vendemos a R$0,80, é revendida a R$2 ou R$2,50 o quilo. Isso quando não estão em promoções nas grandes redes, prejudicando os produtores. Quais são os clientes que satisfazem os mais de 600 comerciantes da Ceasa? São os pequenos e médios clientes que devem representar de 40% a 60% da comercialização na Ceasa. No entanto, 50% são direcionados à venda para as grandes redes de varejo atendidas por poucos comerciantes, que estão estruturados para receber as exigências dessas

“”

empresas, como devoluções de mercadorias, grandes descartes, longos prazos, oferecimento de funcionários para abastecer suas gôndolas, entre outras.

Saímos da regionalidade e passamos a ter intercâmbios com todos os estados, importamos e exportamos, crescemos na mentalidade, aceitamos a modernidade e, o mais importante, fomos empreendedores e investidores

SUGESTÕES

PARA A SOBREVIVÊNCIA FUTURA DOS NOSSOS COMERCIANTES

> Conhecer bem o volume de vendas e ser capaz de evitar sobras; > Fazer parceria com seu concorrente de ramo para compra conjunta de determinados produtos, evitando que este seja seu inimigo e que incorra em sobras no estoque; > Aumentar sua margem de lucro para fazer face ao aumento das despesas que nunca abaixam. Exemplos: combustíveis, carga e descarga, impostos, permissão de usona Ceasa e outras; > Procurar entendimentos com os concorrentes de ramo para melhorar a margem de lucro e não fazer deles inimigos.

COM A PALAVRA...

mercialização e as as da Ceasa-Campinas

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FLASH

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Informativo Assoceasa | nº 3 | Novembro de 2011

O dia a dia na Ceasa

NOTAS Ótimas lembranças! Em 06 de outubro de 2011, a Ceasa-Campinas perdeu um dos permissionários iniciantes do mercado hortifrutigranjeiro local, e a Assoceasa, um de seus principais fundadores. Pedro Barbutti, proprietário da Frutícola Agabê, deixa saudades e ótimas recordações aos familiares e amigos. “Agradecemos por seu contínuo companheirismo e por sua colaboração para o crescimento do mercado”, Assoceasa.

Desperdício nacional O III Simpósio Brasileiro de Pós-colheita de Frutas revelou que o Brasil tem perdas de 5,1 milhões de toneladas de frutas por ano, o que representa quase um terço da produção nacional e cerca de US$2,3 bilhões. Grande parte deste prejuízo deve-se a ineficazes seleções e classificações das frutas, embalagens, transportes e exposições inadequados nos pontos de venda e excessivo manuseio dos produtos pelos consumidores.

Mercado da banana O valor da banana nanica deve continuar elevado até o fim de 2011 decorrente da baixa oferta do produto em todas as regiões produtoras. No Vale do Ribeira, embora os preços estejam acima da estimativa de custos, os gastos com as recentes enchentes devem limitar a rentabilidade de parte dos produtores na praça paulista este ano.




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