TRANSFORMAÇÃO UM GUIA PARA INCONFORMISTAS
TRANSFORMAÇÃO UM GUIA PARA INCONFORMISTAS Luís Paulo Salvado Presidente do Conselho de Administração
TRANSFORMAÇÃO
A transformação das empresas é inevitável no mundo dos negócios. Desde a nossa fundação, tem sido uma constante na Novabase. E é isso também que continuamos a fazer hoje. Mudar. De preferência, antes que sejamos forçados a fazê-lo. Somos irrequietos. Com 27 anos de história, o nosso lema continua a ser o mesmo: inovar ou definhar. Como traço de infância mantemos o nosso inconformismo e uma energia inesgotável para nos continuarmos a reinventar. Um dia sonhámos que queríamos ser os maiores da nossa “vizinhança”. Ambicionávamos ser tão bons ou melhores do que os melhores. Quando, há alguns anos, cumprimos esse ideal, foi preciso repensar o sonho. Mas como sonharmos um novo impossível? Onde nos víamos no futuro? Víamo-nos no território da inovação, renovação e transformação. Víamo-nos a desafiar o mundo, como sempre fizemos. A facilitar a vida dos clientes. Era óbvio o nosso propósito. E por isso começámos a usar ferramentas como o design thinking, facilitation maps, gamification. Hoje, tudo isto entrou no dia-a-dia da empresa e dos clientes. O que é a inovação? É a invenção que funciona. A invenção que gera valor. Alguém com uma ideia nova é um excêntrico até que a ideia resulte. As nossas ideias resultaram. Não nos transformámos em escravos do hábito e continuamos a arriscar o certo pelo incerto para ir atrás do sonho. E a inovação não é apenas nas soluções, nas ofertas que propomos aos clientes. É também organizacional. Desde o modelo das empresas especializadas para melhor servirmos os clientes, até à “gamificação” do processo
de integração de novos colaboradores, muitas inovações temos testado com sucesso. Neste guia queremos dar rosto e voz às pessoas da Novabase que trilham este caminho todos os dias. Vamos contar histórias de inovação – histórias desconhecidas e inspiradoras, nunca antes contadas. Escolhemos estas mas poderíamos ter escolhido muitas outras. Orgulho-me da importância que damos às nossas pessoas. A Novabase faz de tudo para descobrir, motivar e fidelizar os melhores talentos. O que pedimos aos nossos colaboradores é isto: começar, envolver-se e terminar. O caminho das pedras é a iniciativa transformada em resultados e, também, a habilidade de trabalho em equipa. Acredito que todos os nossos colaboradores – todos, sem exceção – são líderes potenciais. Inovação é muito mais uma questão de atitude do que de processos. Queremos libertar a energia criativa das nossas pessoas. Criamos um ambiente de experimentalismo permanente, damos espaço ao risco, ao desafio e, mais importante ainda, ao erro. Se não erramos o suficiente, não estamos a arriscar o suficiente. O poder está sempre em nós. A liderança parte de cada indivíduo para o mundo. Somos, definitivamente, uma tecnológica centrada nas pessoas ou “The Human Centric IT Company”. E isto sempre esteve no nosso ADN. Que a vontade de chegar cada vez mais longe nos continue a guiar. Que o desejo de mudar o mundo nos continue a desassossegar. Que o passado nos orgulhe, mas que o futuro nos mova. Sempre. Sempre!
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AVISOS DE LEITURA E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO
inconformista 1. que envolve inconformismo. 2. aquele que não aceita sem questionamento. 3. aquele que não se conforma com os usos, costumes, ideias e tradições da maioria. 4. rebelde.
Todos os conteúdos desta brochura são da inteira responsabilidade da Novabase, que cede os direitos de propriedade a todos os que lerem pelo menos uma página. É autorizada a leitura individual ou em equipa, sendo inclusivamente permitida e incentivada a leitura em voz alta. Os capítulos podem ser lidos por ordem aleatória e iniciativas como sublinhar as frases preferidas ou dobrar os cantos das páginas prediletas são de divulgar e replicar. A Novabase reserva-se o direito de acrescentar novos capítulos, anunciando em local próprio essas atualizações, sendo da responsabilidade de cada leitor reunir as condições para poder protagonizar futuras edições. A leitura continuada e repetida destes conteúdos pode conduzir a comportamentos associados a vontade de avançar e desejo de arriscar e melhorar.
Leitura interdita a pessoas resignadas Efeitos secundários: vontade de avançar e desejo de arriscar
Li e aceito as condições de leitura desta brochura.
ÍNDICE PESSOAS
NEGÓCIO
PÁG. 10
PÁG. 26
TECNOLOGIA
FUTURO
PÁG. 38
PÁG. 52
PESSOAS
ATÉ DESTE QUARTO ANDAR SOBRE A CIDADE SE PODE PENSAR NO INFINITO. UM INFINITO COM ARMAZÉNS EM BAIXO, É CERTO, MAS COM ESTRELAS AO FIM… FERNANDO PESSOA, LIVRO DO DESASSOSSEGO
PRIMEIRO OLHAR Pedro Crespo
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PESSOAS
Quando o limite é o infinito, não são possíveis inícios a meio gás. Na Novabase, o mergulho no sonho é imediato. Em que outra empresa os mais jovens talentos iniciam a sua viagem profissional com uma missão secreta, durante 15 dias? Em vez de um telefonema formal da área de recursos humanos, recebem uma mensagem misteriosa, desafiando-os a criarem uma personagem, que irão encarnar no seu processo de integração. No dia marcado, no auditório da sede, de malas feitas de acordo com as enigmáticas instruções, com uma música épica de fundo, são recebidos por um feiticeiro de capa vermelha… Era uma vez uma grande aventura.
Durante duas semanas, num local fora de Lisboa, são postos à prova com desafios inéditos, num ritmo muito, muito intenso. As suas capacidades físicas, intelectuais e emocionais são testadas num ambiente de jogo, criado em exclusivo pela Novabase Academy. Recorrendo-se a ferramentas de gamification, descobrem-se talentos, ensaiam-se conflitos, experimentam-se derrotas. No final, a vitória é unanimemente sentida por todos.
“In the land of Kroilon é um jogo, mas é sobretudo um processo de aprendizagem”, reconhece Pedro Crespo, responsável pelo programa. “Pretende ser muito real e é um verdadeiro laboratório comportamental. Reconforta-me encontrá-los, tempos depois, e eles contarem-me que quando estiveram com um cliente mais complicado ou com uma equipa mais desafiante, se lembraram do que viveram naquelas duas semanas”. O grande objetivo deste projeto é fazer os participantes viverem os diferentes estágios do teambuilding. “É uma diferenciação, um bom chamariz. Este programa de integração é algo, sem dúvida, que pende para o nosso lado. As pessoas passam a palavra de uma maneira incrível”. A criatividade da solução encontrada cria maior envolvimento, provando que fazer diferente resulta. Para Pedro Crespo, as recompensas são permanentes.
PESSOAS
“Evoluo muito com estes grupos, pois há sempre desafios diferentes. Dá-me muito gozo viver com as novas gerações, perceber as diferenças entre elas e chegar à conclusão que as pessoas, afinal, não são tão diferentes quanto isso”.
E O MAIS DESAFIANTE? “Gerir os meus níveis de energia! Para eles, parece que o mundo vai acabar na sexta-feira! Gosto muito de criar uma ligação com eles e, para isso, tenho de ser um deles. Acompanho-os nos vários programas e procuro dar sempre o exemplo, mantendo a energia em alta em todos os momentos do dia”. Uma entrega recompensada pelas relações que constrói e por testemunhos que não esquece. “Uma das últimas participantes escreveu um post espantoso no seu Facebook. Transcreveu uma passagem de um livro do escritor José Luís Peixoto, que me tocou muito. ‘Esse período pode ser muito reconfortante e melancólico. Reconfortante porque todas as lembranças e cicatrizes assentam, são processadas pela memória, narradas a nós próprios devagarinho e encontram um lugar na organização da cabeça. Melancólico, exatamente pelo mesmo motivo. Esse é um período em que se contempla um tempo que ali se sabe com muita
certeza que não voltará. Saber que aquilo que foi bom existiu é também saber que já não existe. E há uma voz interior, por baixo dessa, a ditar pensamentos e a anotar tudo isso. Nesse preciso momento fica claro que mudámos enquanto pessoa. Foi a viagem que nos mudou’. E ela acrescentou: ‘A Novabase Academy mudou-me na forma como penso e na forma como estou em grupo, pelas pessoas que conheci e pela aprendizagem que tive’”. Agora, é só seguir as estrelas…
PARA PENSAR QUEM É LÍDER? QUEM ASSINA DIRETOR? OU QUEM NOS INSPIRA A SER DIFERENTES, QUEM NOS IMPELE A TER A OUSADIA DE ACREDITARMOS EM NÓS PRÓPRIOS?
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SER MAIOR Tiago Roxo
PESSOAS
REGRESSADOS DE KROILON, COMO PODE A REALIDADE SER IGUALMENTE DESAFIANTE?
Tiago Roxo, talent manager, não hesita em destacar o papel insubstituível dos líderes Novabase. “Acreditamos que o líder tem um impacto fortíssimo na forma como as pessoas vivem o dia a dia do trabalho. A proximidade que eu tenho ou não da minha chefia e a forma como o reconheço ou não como uma pessoa com qualidades, e com a qual é bom estar a trabalhar, faz toda a diferença”. Com esta visão, há cerca de três anos, Tiago Roxo entrou no “dia zero” da construção de um novo programa de desenvolvimento de liderança. “A Novabase acreditou que a mudança fazia sentido e teve a coragem de dar esse passo. Iniciou um trabalho longo, difícil e moroso, mas altamente recompensador”. Como se pode fazer um líder crescer? Como pode um líder tornar mais felizes as vidas das pessoas da sua equipa?
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PESSOAS
LEADERSHIP GYM Foi a solução criativa encontrada para transmitir o conceito de que a liderança pode ser trabalhada, ao ritmo e de acordo com as necessidades de cada um. Já foram “treinados”, neste inovador sistema, 500 líderes, o que mostra o investimento real da Novabase nas suas pessoas. Os pressupostos iniciais induziram a uma resposta ousada. “Não queríamos um programa que fosse tipicamente corporativo, com ferramentas tradicionais das formações de workshops de liderança. Queríamos criar momentos significativos para as pessoas!”. Os objetivos eram ainda mais ambiciosos. “Cada indivíduo faz a diferença, por isso, quisemos propor uma transformação pessoal de alteração do ADN psicológico e da forma como se relaciona com o mundo. Acreditamos que se as pessoas tiverem esse espaço para crescerem como indivíduos, vão crescer enquanto profissionais e líderes. Se eu estiver melhor comigo próprio, estarei melhor com os outros e criarei melhor ambiente à minha volta. As equipas estarão mais motivadas, logo mais produtivas”.
O primeiro passo revela-se o mais difícil. Uma espécie de “conhece-te a ti mesmo” dos tempos modernos. É tirada uma fotografia de diagnóstico, em que se compara a autoperceção da pessoa com a imagem que os outros (chefias, pares, equipa, pessoas fora da organização) têm dela. “É nesse miss match que está a riqueza da ferramenta”. Após uma sessão de devolução de resultados, a pessoa é convidada a refletir sobre o que é que aquilo significa para ela e que caminho de melhorias concretas pode iniciar. Numa segunda fase, é mesmo acompanhada por um coach executivo que a ajuda a atingir os objetivos a que se propôs. Tiago Roxo revela que, para muitos, esta fase inicial é sentida como “um murro no estômago”, com “um impacto brutal”. “Quando as pessoas me dizem: ‘Andei um mês em negação em relação àquilo que ouvi’, até isso é bom, pois se tivessem integrado o feedback de uma forma mais fácil, certamente não teria sido tocado um ponto tão nevrálgico”.
PESSOAS
Curiosamente, várias pessoas partilham espontaneamente esse retrato profundo com a sua equipa. “Acho que são os melhores exemplos. É um sinal de enorme abertura e maturidade. O chefe humaniza-se e as equipas ligam-se melhor a uma pessoa que não é um ser inatingível, só cheio de qualidades. Estas atitudes revelam-nos que temos pessoas muito maduras e comprometidas com o seu desenvolvimento”. Paralelamente a esta vertente mais individual, são trabalhados, em pequenos grupos, temas muito importantes para a empresa. O de maior destaque é o coaching.
“Os líderes são como verdadeiros personal trainers. Orientam, inspiram e motivam” Pretende-se que os líderes Novabase se assumam como reais personal trainers das suas equipas. “Quando vou a um ginásio, o PT não vai correr, não vai às aulas nem vai comer melhor por mim. Mas é a pessoa ideal para me receitar uma boa dieta, me aconselhar o treino certo e me incentivar quando a minha motivação for abaixo, quando estiver quase a desistir ou a deixar de acreditar que sou capaz”. Por isso, um líder Novabase tem de ser capaz de orientar, inspirar e motivar para que algo de novo aconteça. “A nossa população está formatada na lógica
de estar sempre a dar uma solução a toda a gente. Mas há alturas em que a transformação será mais forte e evidente se conduzirmos as pessoas à mudança que elas acham que precisam. Todos os líderes devem ter este mindset de colocarem as suas pessoas a encontrar o seu próprio caminho. Aí as mudanças vão ser muito mais eficazes”. O objetivo último é o de, através de uma espécie de ressonância emocional ativa e positiva, criar-se um ecossistema onde cada líder constrói o terreno fértil para as suas equipas irem mais longe, melhor, de forma mais rápida e diferente. “Fomos percebendo que temos o capital humano certo para fazer isto. O potencial está cá. Temos intrinsecamente excelentes pessoas”. Para Tiago Roxo, “estes três anos passaram
muito depressa. Um projeto tão ambicioso como este, permitiu-me uma aprendizagem que seria difícil numa outra empresa”. E conclui: “O nosso último fim, enquanto seres humanos, é crescer. Conseguirmos dar espaço para que as pessoas integrem essa necessidade humana naquilo que é a sua vida na Novabase tem um valor inestimável!”.
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PESSOAS
COMO CRESCE UM LÍDER NOVABASE? DO AUTOCONHECIMENTO À OUSADIA DE QUERER SER MELHOR.
1 DIAGNÓSTICO
AUTOAVALIAÇÃO (QUAIS SÃO OS MEUS PONTOS FORTES E FRACOS?) PERCEÇÃO DO EXTERIOR (COMO ME VEEM AS CHEFIAS, OS PARES, A EQUIPA E OUTRAS PESSOAS FORA DA EMPRESA)
FOTOGRAFIA 360º
PESSOAS
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ANÁLISE
MELHORIA
FEEDBACK DOS RESULTADOS
SESSÕES INDIVIDUAIS DE COACHING PARA AJUDAR A CONCRETIZAR MUDANÇAS
COMPARAÇÃO DAS DUAS PERCEÇÕES “MURRO NO ESTÔMAGO” DETEÇÃO DE ÁREAS DE MELHORIA E CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS
SESSÕES DE GRUPO PARA PARTILHA E REFLEXÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO FORMAÇÃO EM COACHING FORMAÇÃO EM GESTÃO DE TALENTO
COMPROMISSOS DE TRANSFORMAÇÃO
FERRAMENTAS PARA CRESCIMENTO
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PESSOAS
APOSTAR NO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
DIVERTIR-SE COM O TRABALHO
QUERER CRESCER SEMPRE
DAR FEEDBACK
INFLUENCIAR POSITIVAMENTE AS PESSOAS QUE O RODEIAM
INGREDIENTES PARA UM LÍDER NOVABASE
PREOCUPAR-SE COM AS PESSOAS
SABER OUVIR
PERCEBER E VALORIZAR O OUTRO
APOIAR-SE NAS EQUIPAS
1 DESAFIO PESSOAS
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DESAFIO PESSOAS PEQUENOS GESTOS DE LÍDER
Um Líder está atento aos outros e preocupa-se em construir um ambiente mais feliz. Faça uma lista de pequenos gestos que também pode pôr em prática com esse objetivo. EXEMPLOS: À segunda-feira, quando chegar ao local de trabalho, cumprimentar os colegas de uma forma especialmente calorosa para os contagiar de energia. Quando for a uma reunião numa outra cidade, trazer um doce típico para partilhar à hora do lanche. Reserve 1 hora por semana para conversas one-to-one com pessoas da sua equipa.
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DESAFIO PESSOAS DESCUBRA O LÍDER QUE HÁ EM SI
SIM 1. Numa conversa, mais do que falar, costuma ouvir o que o outro tem para lhe dizer? 2. Um colega apresenta-lhe um problema. A sua tendência natural é dar-lhe logo uma solução? 3. Custa-lhe estar focado no aqui e agora? 4. Foca-se nos aspetos positivos e pergunta sempre, em primeiro lugar, “O que é que estás a fazer bem?”? 5. Acha que fazer uma pergunta poderosa, que conduz à autorreflexão, é mais útil do que um conselho sábio? 6. Nas mudanças que sente que tem de fazer, prefere fazer esse caminho sozinho, pois acha que os resultados são melhores e mais rápidos?
Um Líder Novabase teria respondido: SIM, NÃO, NÃO, SIM, SIM, NÃO.
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NÃO
NEGÓCIO
HÁ MOMENTOS EM QUE CADA PORMENOR DO VULGAR ME INTERESSA NA SUA EXISTÊNCIA PRÓPRIA, E EU TENHO POR TUDO A AFEIÇÃO DE SABER LER TUDO CLARAMENTE. ENTÃO, VEJO O COMUM COM SINGULARIDADE. FERNANDO PESSOA, LIVRO DO DESASSOSSEGO
DESENHAR O FUTURO Pedro Janeiro
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NEGÓCIO
AS EQUIPAS SENTEM QUE ESTÃO AO LEME DA INOVAÇÃO.
Uma curiosidade intensa, uma vontade de querer chegar ao fundo das questões, uma ginástica mental constante e divertida, equilibradas com empatia e respeito permanente pelo outro. Em resumo, é este o retrato de um design thinker. “É como se fosse uma irmandade. A nossa forma de olhar o mundo torna-se muito semelhante. Surge uma mesma vontade de aprender, experimentar, evoluir… Transforma-se num modo de vida”, reconhece Pedro Janeiro, Head of Business Design da Novabase. Atitude que “traz muita humildade, um reconhecer que não sabemos quase nada e que, em cada situação, temos de entender o contexto e ver as coisas pelos olhos dos outros”. Nos últimos anos, na Novabase, já foram formadas 1.200 pessoas em Design Thinking. Uma estrutura que está na base de um ciclo de sucesso, fundado numa progressiva nova forma de trabalhar.
A verdadeira transformação exige novas metodologias, traduzidas num novo bem-fazer. “O Design Thinking está a tornar-se no nosso principal instrumento de inovação. E o que provoca maior impacto”. Os resultados falam por si. Um exemplo? Em cinco anos, as vendas de consultoria internacional triplicaram. “Isto só aconteceu porque estamos a mudar a nossa cultura”, considera Pedro Janeiro, e isso é a mudança mais difícil de realizar – e que habitualmente leva anos a fazer. “O nosso processo de transformação interna tem sido acelerado através de muita formação e alterando os espaços e métodos de trabalho”. E também aqui a inovação é o segredo. “Noutras empresas houve uma imposição, mas na Novabase decidimos não obrigar ninguém a adotar o Design Thinking. É algo que está a ser muito democrático e gradual”. A estratégia é simples:
“O que quer que seja feito tem de ser suficientemente bom para as pessoas quererem adotar. Chegámos a soluções muito interessantes que servem os propósitos internos das várias áreas de negócio e também de clientes externos. Ao fazermos isso, sempre que possível, a opção tornou-se natural”, afirma Pedro Janeiro.
NEGÓCIO
Foram criadas histórias de sucesso internas de novos clientes e a reação foi muito positiva. “À medida que as histórias se foram acumulando, as pessoas quiseram fazer parte desse sucesso, o que fez com que a transformação cultural se acelerasse”. Hoje, embora ainda haja um grande número de projetos e clientes em que ainda não foi aplicada esta nova metodologia, a Novabase orgulha-se de ser um nome incontornável quando o assunto é Design Thinking. “Estamos certamente no top 5 de empresas de IT em Portugal com mais designers”.
SIMPLICIDADE FELIZ O Design Thinking está a contagiar os diferentes pilares de transformação da empresa. “Todos avançam em paralelo: a Oferta, a Venda e o Delivery”. Na área da Oferta, foi fulcral o desenvolvimento do conceito de New Service Development, isto é, “produtizar” os serviços Novabase, “pacotizar” o conhecimento e documentá-lo. Os serviços tornaram-se mais inteligíveis, mais eficientes e focados “nos clientes dos nossos clientes”. Na Venda, enveredaram por uma lógica de cocriação. “Ajudamos o cliente a entender muito bem o seu problema e desenhamos em conjunto uma solução”, numa relação de verdadeira “value partnership”, explica Pedro Janeiro.
No Delivery (o modo como a Novabase presta serviços), todos os momentos da relação de trabalho foram repensados à luz da premissa: introduzir simplicidade sem ser simplista. “Quisemos limar toda a complexidade, para que o cliente sinta que trabalhar com a Novabase é tão mais fácil, transparente e agradável que de certeza quererá fazer o seu próximo trabalho connosco”, acrescenta. Os clientes terem prazer genuíno em trabalhar com a Novabase “é o resultado final que sonhávamos com o Design Thinking”. Uma vantagem competitiva, que resulta da visão clara de querer tornar a vida das pessoas mais simples e feliz. “Há cinco anos, o nosso sonho era que os clientes ambicionassem trabalhar connosco e, em muitas situações, isso já está a acontecer. Se disséssemos, nessa altura, que num futuro próximo iríamos conquistar bancos no mercado norte-americano com ofertas inovadoras, pareceria ficção científica. Mas, hoje, é isso que está a acontecer”. Nos planos de quem desenha o futuro, parece claro o caminho: passar de empresa portuguesa internacionalizada a multinacional.
“A nossa cultura corporativa já nos permite ambicionar isso!” diz, confiante, Pedro Janeiro. O caminho ainda é longo, mas já há muitas razões para pensar que a direção é a certa.
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NAS NUVENS José Luís Silva
NEGÓCIO
Um contact center multimédia com uma plataforma de comunicações unificadas, pronto a utilizar em cinco minutos, não exige qualquer infraestrutura nem instalação por parte do cliente. O que até há pouco tempo parecia futurista é, desde finais do ano passado, uma realidade absolutamente inovadora. Mais do que uma solução tecnológica, o novo Nubitalk transforma a forma como o negócio se constrói, se gere e evolui. José Luís Silva, Chief Technology Officer da Collab, recorda as origens e ferramentas usadas. “A lógica da Cloud mudou tudo. Se um sistema não é simples e intuitivo, o cliente, passado cinco minutos, desiste”. Numa opção inquestionável, foi o Design Thinking que orientou o caminho a seguir. “O estar na Cloud obrigou a acelerar de forma incomparável o nosso tempo de reação, mas foi o Design Thinking que nos ajudou a reagir mais rápido mas de forma certeira. Quando estamos a fazer algo, tentamos acertar à primeira no que as pessoas realmente querem ver e ter”, explica José Luís Silva. O lema “se não for simples, não lançamos” ajudou muito a equipa. “Tornou-se em algo que nos obriga a focar no que realmente interessa e a restringir o âmbito do que é ou não para fazer”.
SIMPLIFICAR – a palavra de ordem –
foi, aliás, o maior desafio.
“Foi difícil explicar às pessoas que estavam a desenvolver e desenhar o sistema que aquilo que sempre acharam ser preciso, agora não era. Tinha de se tirar parâmetros e configurações. Foi essencial perceberem que 80% da funcionalidade se obtém com 5% do esforço de configuração e que os outros 20% de funcionalidade a maior parte dos clientes não necessita (para os que precisam, desenhou-se depois a opção Nubitalk Advanced)”. Por isso, o Nubitalk foi inicialmente “um pouco incompreendido internamente”. A reação mais frequente era: “Ninguém vai usar isto! Faltam parâmetros!”. Mas apresentar um portal que permite, a qualquer pessoa sem formação específica, criar um call center (de voz, vídeo, email, chat, social media) e uma plataforma de unified communications em apenas cinco minutos acabou com qualquer dúvida. A prova dos nove foi a reação dos distribuidores, parceiros especialistas nas antigas soluções e que serão peça fundamental na divulgação em massa do Nubitalk. “Isto é espetacular! Permite-nos pôr um cliente a fazer um trial no momento! Antes, demorava semanas…”, foi o que se começou a ouvir um pouco por todo o lado. Este feedback foi decisivo:
“Percebemos que estávamos a fazer algo realmente disruptivo. As equipas ficaram mais motivadas e tornaram-se ambiciosas. Sentem que estão ao leme da inovação!”, diz José Luís Silva.
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NEGÓCIO
COMO MUDOU A FORMA DE PENSAR O NEGÓCIO? DA TRANSFORMAÇÃO CULTURAL À RELAÇÃO COM O CLIENTE.
TORNAR A VIDA DAS PESSOAS MAIS SIMPLES E FELIZ CULTURA
OFERTA
VENDA
DELIVERY
EQUIPAS MOTIVADAS
Formação
New Service Development
Cocriação
Novos métodos de trabalho
SERVIÇOS INOVADORES
Novos espaços de trabalho Incentivos
“Produtização” dos serviços
Value partnerships
CRESCIMENTO DE VENDAS RELAÇÃO DE TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA COM OS CLIENTES
Histórias de sucesso
PILARES DA INOVAÇÃO
2 DESAFIO NEGÓCIO
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2 DESAFIO NEGÓCIO
DESENHAR OFERTA DIFERENCIADORA
Os negócios estão cheios de constrangimentos: tempo, dinheiro, circunstâncias… Identifique o que os clientes procuram e o que a sua empresa tem para oferecer. Perceba quais os fatores de diferenciação em relação à concorrência.
IDENTIFICAR DORES/ GANHOS DOS CLIENTES E NECESSIDADES DE MERCADO
O QUE OS CLIENTES PROCURAM
FIT OFERTA/ MERCADO
O QUE A EMPRESA TEM PARA OFERECER
APOSTAR NO GO-TO-MARKET
REVER OFERTAS E TRABALHAR NOVAS PROPOSTAS DE VALOR
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2 DESAFIO NEGÓCIO
MAPA VISUAL DE PRIORIDADES Tendo em conta os projetos da sua empresa, identifique os mais prioritários em função da sua relevância para o negócio e da sua facilidade de concretização. Simplificar e centrar-se no essencial é um dos segredos do sucesso.
MAIS RELEVANTE E DIFÍCIL
MAIS RELEVANTE E FÁCIL
(Planear de acordo com critérios de importância, urgência, recursos necessários e impacto)
(Definir o que é prioritário)
MENOS RELEVANTE E DIFÍCIL
(Definir o que é para eliminar)
MENOS RELEVANTE E FÁCIL
(Definir critérios de seleção de quickwins a implementar como por exemplo visibilidade e impacto)
TECNOLOGIA
O CÉU, PORÉM, ERA DE UM AZUL CONQUISTADOR, E AS NUVENS QUE RESTAVAM DA CHUVA DERROTADA OU CANSADA CEDIAM OS CAMINHOS LEGÍTIMOS DO CÉU TODO. FERNANDO PESSOA, LIVRO DO DESASSOSSEGO
ORGULHOSA INVISIBILIDADE Pedro Borges
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TECNOLOGIA
SE A TECNOLOGIA NOVABASE FOSSE UMA PESSOA COMO SERIA? “Diria que é um jovem, cheio de ideias, motivado e que pensa no futuro”, descreve
PARA PENSAR “CLARO QUE VAI HAVER DOR NESTE PROCESSO, MAS OS HUMANOS GANHAM COM ESTE AVANÇO TECNOLÓGICO. NEM QUE SEJA MAIS TEMPO PARA PENSAR E ESTAR COM OS OUTROS”.
Pedro Borges, administrador da Novabase IMS (Infrastructures & Managed Services). E acrescenta:
“E, como empresa portuguesa que é, seria um jovem moreno, claro!”. Muitos não a conhecem, mas de uma forma ou de outra, já foram tocados pela sua capacidade de propagar felicidade. Tantas vezes invisível, a tecnologia Novabase cruza fronteiras e encontra-se onde menos se espera. “No último Mundial de Futebol do Brasil, por exemplo, estivemos presentes em vários estádios. Em toda a tecnologia de informação que permitia gerir o recinto, em todo o IT que suportava o controlo de acessos, no centro de operações que verificava os elevadores, nas câmaras de videovigilância, no Wi-Fi disponibilizado no estádio, nas credenciações dos jornalistas, no assegurar das transmissões televisivas… tudo isso foi suportado na nossa tecnologia”.
Os exemplos sucedem-se. As soluções tecnológicas Novabase contribuíram, de modo decisivo, para a forma como hoje milhões de portugueses visualizam conteúdos de vídeo e televisão nos seus aparelhos móveis. Estão presentes em componentes do data center mais emblemático do país, o Data Center da Covilhã. Têm lugar em serviços bancários que permitem o investimento em aplicações financeiras por telefone… “Quase sempre, o que é visível é o evento ou o serviço dos nossos clientes. Mas, no final do dia, é com orgulho que, por exemplo, nos sentamos no sofá a ver televisão e sabemos que aquele serviço chega a casa dos portugueses devido ao nosso envolvimento”, diz Pedro Borges.
TECNOLOGIA
ALFAIATE TECNOLÓGICO Protagonista transversal, a tecnologia conquistou estatuto de oportunidade. “Sendo a nossa empresa criadora de soluções tecnológicas e facilitadora na simplificação do seu uso, estamos no olho do furacão! Mas, curiosamente, ninguém está a fugir dele...”, brinca Pedro Borges. Pelo contrário. O responsável da Novabase realça, mesmo, uma mudança profunda:
“O IT não é somente uma área de suporte ao negócio. Ele próprio é já uma fonte de negócio. Por isso os clientes procuram, antes de mais, diferenciação”. Como é que a tecnologia Novabase consegue ser diferente? Mais uma vez, a resposta é claríssima: inovando. “Não somos um produtor de fatos massificados, mas sim um alfaiate que responde, à medida, aos desafios dos clientes”. Num mercado de máquinas, o fator humano ganha importância improvável. “A proximidade é a peça chave, pois permite-nos compreender e interligar o que é o negócio do cliente com as suas tecnologias de informação. Compreender que os dois mundos estão a caminhar para um só – e isso dá-nos vantagem competitiva e posicionamento face à inovação”.
Inovação, diga-se, em todas as vertentes: desde o desenho e construção das soluções tecnológicas até à forma como, no ato da venda, abordam e se relacionam com o cliente. Há 12 anos a trabalhar na Novabase, Pedro Borges considera-se privilegiado.
“É muito recompensador trabalhar nesta área, em constante desenvolvimento, com um ritmo de transformação sem igual. O mais estimulante é responder à velocidade de evolução do mundo tecnológico. Aquilo que é verdade hoje já não será daqui a um ano. Temos de estar sempre um passo à frente. E não há maior desafio do que esse”.
É FÁCIL EMBARCARMOS NESTA EXPLOSÃO DE IDEIAS… MAS NÃO PODEMOS DESLIGAR-NOS DA REALIDADE DO NEGÓCIO.
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SEM LIMITES Daniel Dias
TECNOLOGIA
MUITOS PASSOS À FRENTE PARECE ESTAR O UNIVERSO TECNOLÓGICO DA TÃO FALADA (IoT) INTERNET OF THINGS
Máquinas a comunicar com máquinas? Daniel Dias, Head of Internet of Things na Celfocus, explica-nos tal e qual como o fez na escola da sua filha, quando os pais foram chamados a descrever a sua profissão. “As máquinas fazem coisas, mas eu, humano, programo o cérebro das máquinas para fazerem o que eu quero”. As crianças ficaram impressionadas. Não é para menos.
“A IoT está no top da inovação. Traduz-se hoje em ter todas as coisas, todos os aparelhos conectados”. E há áreas cujos benefícios da sua aplicação já são evidentes. “Por exemplo, na área da segurança. As câmaras de vigilância podem ter um SIM card, possibilitando aceder às filmagens remotamente, em caso de necessidade. Na área dos transportes, as empresas transportadoras podem instalar em cada camião um device que permite otimizar rotas de distribuição, saber em tempo real onde está cada veículo, verificar se estão a cumprir os limites de velocidade… Nas cidades, para a gestão do lixo, podem ter sensores nos caixotes para perceberem quando estão cheios ou não e depois otimizarem as rotas de recolha…”, exemplifica Daniel Dias.
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TECNOLOGIA
O limite parece ser a imaginação. “Podemos ter frigoríficos que, ao detetarem a falta de leite, geram automaticamente uma encomenda para o supermercado, que por sua vez envia a compra para casa… É uma fase em que há muitas ideias. E as equipas gostam de sonhar! Mas temos sempre de pensar: onde é que há negócio no meio disto tudo”, lembra Daniel Dias. E reforça: “Temos de perceber que papel vamos ter e o que faz realmente sentido”. Reconhece que, em Portugal, este tipo de tecnologia é ainda muito “embrionária para os clientes
finais, pois para eles o custo-benefício ainda não é tangível”. Mas prevê que seja uma área inevitável. “Não é opção e vai ser abrangente. Chegaremos a um ponto em que será totalmente transversal a todos os mercados e segmentos. Uma tecnologia que, daqui a uns anos, será uma commodity. Quando não existir, os nossos filhos pensarão: que estranho… mas aquela ‘coisa’ não está ligada?”.
CONSTRUIR CAMINHO O cunho Novabase, através da Celfocus, já está presente nestas tecnologias de topo. O primeiro projeto foi elaborado em conjunto com uma operadora de telecomunicações e trata-se de “Internet in The Car”. Uma das marcas de automóveis de maior prestígio mundial inclui, num modelo topo de gama, essa solução. Todos os portais e toda a componente de orquestração de pedido de conetividade dentro do carro têm a marca Celfocus. A partir do momento em que o automóvel está ligado surge um universo de possibilidades.
TEMOS A AMBIÇÃO DE SERMOS TRANSVERSAIS. NÃO É O CAMINHO MAIS RÁPIDO, MAS É O QUE FAZ SENTIDO PARA A EMPRESA QUE SOMOS.
TECNOLOGIA
Daniel Dias dá exemplos de novas potencialidades que poderão surgir no futuro:
“Ajudar os clientes a gerir toda a diversidade deste novo ecossistema.”
“Quando tivermos um acidente pode ser gerado automaticamente um alarme que disponibiliza de imediato a localização geográfica à polícia e ao hospital. O valor da apólice do seguro automóvel pode passar a depender do estilo de condução, possível de monitorizar. Ou coisas como: quando estiver a dez quilómetros de casa, o aquecimento liga-se automaticamente… A partir do momento em que as coisas estão todas ligadas, basta alguém começar a fazer o ‘connecting the dots’”.
Curiosamente, este mundo mais “maquinal” pode ser pretexto para maior humanização. “As pessoas pensam que será tudo automático e dominado por máquinas… É um mito! Terá sempre de haver um lado humano. O caminho devia ser aliviar-nos de muitas decisões que podem ser feitas por uma máquina e desviar as pessoas para coisas mais criativas e de interação humana. Estamos sempre a dizer que não temos tempo… então, esta tecnologia vai mudar isso!”
Por ser um campo tecnológico muito recente, os vários papéis estão ainda a definir-se. “O mundo da IoT precisa de tudo. E precisa de tudo ligado. É complicado uma única empresa conseguir dar resposta a todas as solicitações. Por isso, as parcerias serão a chave. Não há forma de evitá-lo”, considera Daniel Dias. Daí, a estratégia da Celfocus é esta:
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TECNOLOGIA NOVABASE SERVE: 2500 DOSES DIFICULDADE: MÉDIA INGREDIENTES Know how técnico Foco no cliente Gosto em arriscar Coragem de errar Simplicidade
PREPARAÇÃO Ajude o cliente a definir o seu desafio Conheça as necessidades dos clientes dos clientes Dê resposta a questões como: o que as pessoas querem ter e ver Verifique se alguma solução já existente se pode adaptar ao caso concreto Como podemos simplificar o dia a dia do cliente CONFEÇÃO Comece por ler atentamente o mercado. De seguida, desmonte soluções já existentes. Misture todos os ingredientes. Entretanto, dê a provar a parceiros estratégicos. Retificar ingredientes, de acordo com feedback. Deixar maturar em caldo de sonho. Ir experimentando até estar no ponto. Verificar consistência e, se necessário, acrescentar mais valor. Nota: a tecnologia final é apelativa, simples e fácil de usar. Após alguns segundos, sente-se em pleno o seu sabor original.
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TECNOLOGIA
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3 DESAFIO TECNOLOGIA DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES
De forma a alinhar tecnologia e negócio, responda às seguintes perguntas:
QUE INFORMAÇÃO PRECISO DE RECOLHER ARMAZENAR, PARTILHAR E GERIR PARA MELHORAR O MEU NEGÓCIO?
COMO É QUE O MEU PORTFÓLIO DE SOLUÇÕES ALAVANCA AS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DO MEU NEGÓCIO?
QUE INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA É CRUCIAL PARA O SUCESSO DO MEU NEGÓCIO?
NA MINHA ARQUITETURA TECNOLÓGICA, DE QUE FORMA AS NECESSIDADES DE INTERFACES E MOBILIDADE LIMITAM OU ALAVANCAM O MEU NEGÓCIO?
NO MEU NEGÓCIO ONDE É QUE A SEGURANÇA DESEMPENHA UM PAPEL CRÍTICO E COMO É QUE ISSO SE REFLETE NA TECNOLOGIA?
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3 DESAFIO TECNOLOGIA CONNECTING THE DOTS
A IoT será transversal a todos os mercados. Identifique coisas que no seu segmento poderão, no futuro, estar ligadas e que novos negócios poderão ser potenciados.
IDENTIFIQUE COISAS
NOVOS NEGÓCIOS
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1. 2. 3. 4. 5. 6.
FUTURO
TUDO ISTO É COMPLEXO E A SEU TEMPO, SEM DÚVIDA, SERÁ DETERMINADO. OS SONHADORES ATUAIS SÃO TALVEZ OS GRANDES PRECURSORES DA CIÊNCIA FINAL DO FUTURO. FERNANDO PESSOA, LIVRO DO DESASSOSSEGO
PENSAR NO AMANHÃ Ana Baltazar
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FUTURO
O elevador sobe rapidamente. O entusiasmo de Ana Baltazar começa a aumentar. “É aquele momento das borboletas na barriga!”. Chegada ao andar esperado, a Head of Wizzio dirige-se a uma das muitas salas de reuniões de um dos maiores bancos do mundo. À volta da mesa, um grupo de pessoas “extremamente inteligentes, rápidas, esclarecidas e focadas” oferecem-lhe 30 minutos de atenção. Nem mais, nem menos. É a sua janela de oportunidade para impressioná-las.
“Nos EUA, a Novabase, maior empresa portuguesa de IT, é desconhecida e isso é um desafio para nós. Temos que levar um pitch muito bem montado, saber exatamente o que vamos dizer, sermos muito focados e aquilo que apresentamos tem de ser realmente disruptivo”. Quando vê vários dos presentes chegarem-se para a frente na cadeira, Ana Baltazar percebe que começam a ouvi-la com interesse. As perguntas finalmente surgem. É bom sinal. “Sistemas cognitivos em apps? Informação contextualizada?
Como é que fazem isso?”. O argumento tempo costuma ser decisivo. “Conseguimos poupar às vossas equipas tempo, aumentando a produtividade e eficiência dos resultados”, realça Ana Baltazar. E é assim que algumas das soluções Novabase com cunho mais futurista começam a conquistar os mercados mais competitivos do mundo.
TECNOLOGIA COGNITIVA Com acesso diário a informação quase ilimitada, passa a ter uma tecnologia que processe dados em tempo útil é “extremamente poderoso”. “Isto é o que está atualmente a ser trabalhado na área da banca e não só. Como é que eu processo informação e ao mesmo tempo contextualizo a realidade de cada um? Este será o grande desafio dos próximos tempos e é onde, neste momento, se estão a dar os grandes passos de desenvolvimento tecnológico”. Wizzio e MyWizzio são os primeiros produtos Novabase a integrar sistemas cognitivos e a sua qualidade é “reconhecida mundialmente como estando no topo da inovação”. Este pioneirismo só foi possível graças a um trabalho de antecipação, transversal a várias áreas da empresa.
FUTURO
“Há dois anos tivemos de olhar para o futuro e dizer: ‘Acreditamos que esta tecnologia terá potencial’, o que é um grande desafio. Hoje, a tecnologia tem enormes impactos na área comportamental. Estamos realmente a mudar e a ganhar novos hábitos e, por isso, cada vez é mais difícil pensar o futuro”. Como olhar para ele? Como prevê-lo? “Não conseguimos prever o futuro”, considera Ana Baltazar. Mas uma coisa é certa: neste mundo da inovação, fascínio caminha lado a lado com perseverança.
“A primeira ideia do Wizzio, por exemplo, foi abandonada e teve de ser refeita. Foi um processo de aprendizagem importante que deu origem ao novo ângulo de abordagem do que veio a ser o produto. Ter a coragem de tomar esse tipo de decisões e começar tudo outra vez não é fácil”.
SOLUÇÃO? TECNOLOGIA O curioso é que se foi a tecnologia que transformou os hábitos das pessoas, também será certamente a tecnologia a encontrar novas soluções. Ana Baltazar exemplifica com os desafios do setor a que se tem dedicado nos últimos anos.
“Hoje, a um jovem de 20 anos não lhe passa pela cabeça ter que se deslocar a um balcão de um banco, sentar-se e preencher um formulário que tem de assinar em triplicado…”. E conclui: “Os clientes querem desmaterializar os balcões, mas no mundo digital querem um tratamento preferencial, quase exclusivo… Só através da tecnologia conseguiremos dar resposta a estas novas formas de relacionamento”. Produtos como o Wizzio e o MyWizzio, que personalizam a informação de acordo com o utilizador, caminham já nesse sentido.
NO FUTURO, VAMOS ESTAR TODOS A USAR A MESMA APP, MAS A VISUALIZAR COISAS DIFERENTES, DE ACORDO COM OS COMPORTAMENTOS E INFORMAÇÃO SOCIAL DE CADA UM, PREVÊ ANA BALTAZAR.
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ABRIR HORIZONTES Carmo Palma
FUTURO
A PONTE ENTRE NEGÓCIO E TECNOLOGIA É PODEROSA E SÓ ASSIM SE VAI MAIS LONGE.
Um pé bem assente no presente e o outro a fugir para o futuro. É neste equilíbrio que Carmo Palma, managing director do negócio GTE Business Solutions, gosta de viver os seus dias. “Se tivesse que escolher apenas um, teria dificuldade”, reconhece. Dá-lhe gozo a “corrida de fundo” do dia a dia, lado a lado com os clientes, mas também a entusiasma “as coisas que se vão imaginando, que não sabemos se vão ter sucesso ou não, e até algumas que não chegam a ver a luz do dia”. Considera, por isso, que
“é bom pensar no futuro mas dando passos sólidos no presente”.
A NOVABASE PENSA O FUTURO EM LIGAÇÃO COM OS DIFERENTES SETORES.
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FUTURO
Foi a esse futuro que uma nova equipa sua se dedicou, durante dois anos, a pensar como seria a evolução da bilhética no setor dos transportes. O resultado foi uma app que já está pronta e que se prevê ser divulgada ao público até final do ano. Na mobilidade pela cidade, bastará ao cliente ter um telemóvel onde descarrega a app desenvolvida pela Novabase. Não precisa de se deslocar a lado algum para comprar bilhete. O bilhete estará sempre consigo, no telemóvel. À medida que vai usando os transportes, vai pagando e é a própria aplicação que lhe sugere os tarifários mais interessantes para o seu perfil de utilização. Além disso, pode associar os seus familiares, gerindo o pagamento de forma integrada. Em casa, pode planear os trajetos para o dia seguinte: a app sugere os meios de transporte a usar - os mais rápidos ou os mais baratos, de acordo com os critérios escolhidos. No fim de cada viagem, o passageiro pode dar o seu feedback e partilhar com os amigos.
A qualquer momento, consulta o histórico de viagens e os seus percursos preferidos. E, se estiver na rua, por GPS, a aplicação indica quais as estações que ficam mais perto. Parece futurista? É mesmo.
“É a primeira aplicação portuguesa deste género”, salienta Carmo Palma. E uma das primeiras a nível mundial.
“O tema da mobilidade desmaterializada está na ordem do dia, mas soluções como esta ainda não estão massificadas em nenhum país”.
FUTURO
APOSTA CERTA Há dois anos “houve vários ´velhos
do Restelo` que defenderam que nos próximos 15 ou 20 anos só uma pequena percentagem das pessoas usaria o telemóvel para estes efeitos. ‘Isso não é negócio!’, chegaram a dizer”, conta Carmo Palma. Mas a realidade veio dar razão à aposta e investimento. “Hoje, se vou viajar, não quero pensar se preciso de passe ou bilhete, planear previamente, ir à máquina comprar… Gostava de descarregar uma aplicação, entrar num transporte e começar a viagem”. Com um novo paradigma de mobilidade, há que pensar em sistemas mais simples e intuitivos.
“Foi uma caminhada a olhar para a frente. A Novabase é um local privilegiado para se pensar no futuro”.
Estas novas tecnologias são, para os operadores de transportes, verdadeiras oportunidades de mudança estrutural. “Houve uma altura em que o foco era a automatização de processos. Hoje, em todos os setores, é preciso pensar nas pessoas, nas suas necessidades e alterar os serviços para ir ao encontro dos novos hábitos. Inovar, na era digital, é muito mais do que fazer melhorias incrementadas. Obriga a repensar os negócios. É abrir horizontes. É mesmo… transformar!”.
TER INFORMAÇÃO QUE MAIS NINGUÉM TEM. ESSE SERÁ O FATOR DIFERENCIADOR NOS PRÓXIMOS TEMPOS.
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FUTURO
COMO SE PREPARA O FUTURO DA IMAGINAÇÃO SEM LIMITES AO LEVANTAR VOO.
SEM PAUSAS, RECOMEÇAR E PENSAR MAIS À FRENTE O futuro não espera!
ENTRAR NA CABEÇA DAS NOVAS GERAÇÕES Perceber o que fazem, o que sentem, o que precisam, o que ambicionam.
LANÇAR NO MOMENTO CERTO Saber deixar a solução levantar voo e aproveitar janela de oportunidade.
GERAR IDEIAS SEM AMARRAS Em equipa, pensar no maior número possível de ideias, sem censuras, nem limites.
FUTURO TESTAR ATRAVÉS DE PILOTOS Em ambientes seguros, com friendly users, o projeto ganha vida no terreno.
DESCOBRIR NOVOS TERRITÓRIOS Selecionar as ideias com maior potencial e caminhar para a sua execução.
CRIAR PEQUENOS LABORATÓRIOS Concretizar e fazer um protótipo. Para falhar depressa e barato e aprender ao máximo.
4 DESAFIO FUTURO
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4 DESAFIO FUTURO APROVEITAR O PASSADO
Não se esqueça que o passado é o alicerce sobre o qual vai construir o futuro. Por isso, também é importante descobrir o que foi relevante e o que deve levar consigo. Escolha um projeto em que esteve envolvido nos últimos tempos e inspire-se.
APRENDIZAGENS
OBSTÁCULOS ULTRAPASSADOS
SUCESSOS ATINGIDOS
PESSOAS MARCANTES
QUAL A PRINCIPAL APRENDIZAGEM QUE LEVO PARA O FUTURO?
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4 DESAFIO FUTURO TENDÊNCIAS CRUZADAS
É tempo de olhar para as principais tendências tecnológicas, que irão gerar oportunidades de negócios digitais até 2020.
2. 1.
Teste os seus conhecimentos e confirme se está em sintonia com o futuro.
4. 1. Em 2018, 20% dos conteúdos produzidos pelas empresas serão escritos por eles.
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2. Novas redes que automatizam a compreensão da informação, tornando possível contornar os desafios da “Information of Everything”. 3. No final de 2018, irão reconhecer os clientes de uma empresa pelo rosto e pela voz em todos os canais de comunicação. 4. Até 2019, prevê-se uma taxa de crescimento anual de 64,1% nas vendas destes equipamentos para empresas. 5. Em 2018, seis mil milhões delas estarão conectadas.
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Soluções: 1. Robots escritores; 2. Redes Neurais Profundas; 3. Assistentes digitais; 4. Impressoras 3D; 5. Coisas
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