Jornal novo almourol ed dezembro 403

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Foto: Pérsio Basso

Novo

Almourol

DEZEMBRO 14 | n°403 | Ano XXXIII | Preço 1,20 euros | MensaL

DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK

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Rui Sena no Teatro Virgínia

Jovens Empreendedores Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha anuncia Prémio Municipal de Empreendedorismo, dirigido à comunidade escolar do concelho p08

Revogado Alvará de exploração da suinicultura em Vila Nova da Barquinha foi revogada pela autarquia. Os maus cheiros no concelho levaram também à criação de uma petição que já ultrapassa as 400 assinaturas p04

Está encontrado o novo director do Teatro Virgínia. Rui Sena vem da Covilhã e na bagagem traz 40 anos a trabalhar nas artes performativas. Rui Sena substitui Tiago Guedes que esteve na posição durante pouco tempo até aceitar ser programador do Teatro Rivoli, do Porto.

p05

Cine-Teatro São João Durante as comemorações do 69.ª aniversário do concelho do Entroncamento, na sessão solene comemorativa, Jorge Faria lamentou não reabrir a sala de espectáculos em 2014. Entre os lamentos está a causa: a grave situação financeira que o município atravessa, fruto, alega o presidente da autarquia, de uma gestão do anterior executivo que lhe retirou autonomia. Faria promete que a reabertura do CineTeatro S. João é uma prioridade para 2015.


02 CURTAS & GROSSAS

O festival Bons Sons, organizado pelo Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), no concelho de Tomar, foi distinguido como o “Festival Mais Sustentável” no Portugal Festival Awards 2014, no dia 11 de Novembro, um evento que visa premiar e distinguir os melhores festivais de música em Portugal. O Bons Sons estava inicialmente nomeado em sete categorias, duas de público e cinco de júri, nomeadamente para Melhor Festival de Média Dimensão e Melhor Festival Urbano. Luís Ferreira, director do Festival e presidente da direcção do SCOCS - e que é cronista do NA - recebeu o prémio no Cinema São Jorge, em Lisboa.

Árvore de Natal gigante A Câmara de Abrantes acendeu no dia 1 de Dezembro as 90 mil lâmpadas de uma árvore de Natal colocada na antena de telecomunicações da cidade. Mede 75 metros de altura, é composta por 1.800 metros de tubo luminoso de lâmpadas led e é visível a mais de 25 quilómetros de distância. As luzes só se apagam no dia 6 de Janeiro. Ao contrário de 2013, mais de uma dezena de ruas do centro histórico de Abrantes também vão ter iluminação de Natal.

NovoAlmourol

100 As toneladas de alimentos que o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) recolheu no distrito de Santarém. O BACF de Abrantes, que cobre a maior parte dos concelhos do Médio Tejo, recolheu cerca de 37,3 toneladas de alimentos nos dias 29 e 30 de Novembro, a que se juntam as 70 toneladas recolhidas pelo BACF de Santarém.

Protocolo para investigação

A Câmara Municipal de Constância (CMC) em colaboração com o Caima - Indústria de Celulose S.A. estabeleceu, no dia 1 de Dezembro, um protocolo de cooperação para desenvolvimento de trabalho de investigação histórica subordinado à génese e evolução da empresa. A assinatura do protocolo decorreu no Arquivo Municipal da vila, com a presidente da CMC, Júlia Amorim, e do Director Fabril do Caima, Gualter Nunes Vasco. Entre os objectivos da parceria estão o fomento da investigação no âmbito da História Local, a promoção da produção de conteúdos nas áreas das ciências sociais e humanas e do património histórico, cultural e documental e proporcionar uma melhor compreensão do quadro evolutivo da comunidade constanciense desde finais da década de 50 do século XX – momento da instalação do Caima em Constância. O resultado da investigação será editado e publicado.

Fotos: Sothesby's

Bons Sons: Festival Mais Sustentável

A Câmara de Sardoal vai implementar um Programa Municipal de Apoio à Natalidade a partir de Janeiro que prevê a atribuição de um subsídio mensal às famílias (máximo de 60 euros), durante os primeiros 12 meses de vida de cada bebé

DEZEMBRO 2014

Quinta da Cardiga à venda

Não tem preço, "sob consulta", lê-se na página de internet da imobiliária internacional Sothesby's. A Quinta da Cardiga, local de culto e de muitas visitas para os habitantes da região e do país, situada no concelho de Golegã junto ao Rio Tejo, está à venda e o conjunto de fotografias disponibilizado na página para consulta deixa antever a dificuldade em encontrar um valor. Há vários anos que circulam rumores de que a enorme propriedade - 30 Quartos, 22297 m2 de área bruta e 422400 m2 de Área Terreno - estaria à venda, vendida ou em negociação. Agora, a publicação por parte da imobiliária Sothesby's International Realty confirma a entrada no mercado. Certo é que será preciso um grande investimento por parte dos interessados, não só na aquisição da propriedade como também na requalificação e restauro. Se estiver interessado... pode conhecer o interior da quinta em www.sothebysrealtypt.com.

↑ rio acima Câmara de V.N. Barquinha

Maria do Céu Albuquerque

A melhor água do país

O executivo liderado por Fernando Freire foi sensível à preocupação e descontentamento da população e revogou o alvará de exploração da suinicultura. Os maus cheiros ainda não são tema do passado mas o primeiro passo está dado. (Pág.4)

Da autarca há muito se diz que o futuro lhe reserva outros voos. No final de Novembro foi escolhida pelo Secretário-geral do PS, António Costa, para integrar o novo Secretariado Nacional durante o XX Congresso Nacional do partido. (Pág.6)

Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha, são alguns dos concelhos abastecidos pela empresa Águas do Centro, distinguida como a distribuidora da melhor água do país. (Pág.7)

↓ rio abaixo

Violência Doméstica

Portugal sob suspeita

De costas voltadas

Em Portugal, mais de 30 mulheres morreram às mãos de companheiros ou excompanheiros em 2014. Só no distrito de Bragança, há 182 novos casos de vítimas sinalizadas (aumento de 32%). As forças de segurança receberam 13.071 queixas de violência doméstica no primeiro semestre do ano, mais 291 do que no mesmo período de 2013.

2014 ficará para a história como um dos anos mais repletos de julgamentos mediáticos, de governantes a ex-governantes, políticos, banqueiros, mega lavagens de dinheiro, corrupção e outros crimes de natureza financeira. Dizem que a justiça funciona. Pelo contrário, se funcionasse os crimes não existiriam nesta escala e os criminosos hesitariam muito mais.

António Rodrigues e Pedro Ferreira, respectivamente ex e actual presidente da Câmara Municipal de Torres Novas (PS), envolveram-se numa troca de acusações que levou a que o primeiro renunciasse ao seu lugar na Comunidade Intermunicipal e renunciará também à presidência da assembleia municipal torrejana. A luade-mel acabou.


NA PRIMEIRA PESSOA 03

DEZEMBRO 2014

novoalmourol.wordpress.com

Descobri há pouco tempo que existem crianças que não têm casa, nem família. Se pudesse dava uma a todos, para poderem ser tão felizes como eu!

CV

Maria Inês 3 anos, Profissional de brincadeira Vila Nova da Barquinha

2011

Nasci às 10h30 do dia 8 de Setembro

Maria tem três anos e é uma cara conhecida da região. Muitas centenas de pessoas apaixonaram-se pela sua história e, perante o apelo dos seus pais para que ajudassem a pequena Maria a ter o tratamento médico necessário à melhoria da sua visão, começaram a ajudar com donativos. “Agradeço a todos os que contribuíram e ajudaram a nossa "causa". Sem a ajuda de toda esta boa gente nada disto teria sido possível!”, diz a mãe de Maria, que “ajudou” nas respostas a este questionário… O que mais gostas de fazer nos tempos livres? Embora esteja sempre ocupada, os meus tempos são todos livres para ser feliz e divertir-me… Gosto de pintar, de me mascarar e inventar

2011

Com quatro meses foi-me diagnosticado estrabismo convergente e fui encaminhada para Oftalmologia Pediátrica em Lisboa

2012

Comecei a frequentar o infantário

personagens. Adoro cantar e dançar a rodar a saia. Gosto de ouvir a Xana Toc Toc, os Caricas e o Quim Barreiros… O que mais a irrita? Irrita-me não me deixarem fazer tudo o que me apetece... Irritam-me as regras em geral, mas tenho de as cumprir… :) Até onde gostavas de ir? Nos últimos dias tem-me apetecido ir à praia e só falo nisso, mas os meus pais dizem que está frio... Quero também ir ver a neve. Se eu pudesse... Se pudesse... descobri há pouco tempo (no dia do pijama) que existem crianças que não têm casa, nem família. Se pudesse dava uma a todos, para poderem ser tão felizes como eu!! Já agora, desejo umas boas festas para todos.

2014

No início deste ano uma campanha de angariação de fundos chamada "Vamos Ajudar a Maria" permitiu que eu cuidasse dos meus olhos

2014

Fui operada no dia 1 de Outubro e continuo a ser observada e acompanhada. Estou a melhorar, graças à ajuda de muitos amigos e amigas!


04 AMBIENTE

DEZEMBRO 2014

NovoAlmourol

VN BARQUINHA

Câmara revoga alvará de exploração de suinicultura Decisão tomada em reunião de executivo da câmara de dia 26 de Novembro alicerçada na falta de licença ambiental, nas queixas de moradores e numa petição que já ultrapassa as 400 assinaturas

Petição conta com mais de 400 assinaturas e o número aumenta todos os dias

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

A decisão tomada pelo executivo liderado por Fernando Freire deverá ser apenas o início de um processo que deixou os moradores satisfeitos. Nos últimos meses os intensos maus cheiros provindos da exploração suinícola a norte da vila estavam a deixar a população revoltada. Em comunicado, a autarquia de Vila Nova da Barquinha (VNB) esclareceu que a revogação do alvará de autorização da suinicultura em funcionamento na Herdade do Colmeiro se baseia na falta de “Licença Ambiental emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em Janeiro de 2009 ao operador e que era válida até 27 de Janeiro de 2014.” “A criação intensiva de suínos tem originado maus cheiros e poluição ambiental, afectando as duas localidades mais pró-

ximas da exploração – VNB e Moita do Norte”, lê-se no comunicado, o mesmo que realça a aposta do concelho “no turismo

População aderiu em grande número à petição e mostrou o seu desagrado perante constantes maus cheiros e na qualidade de vida”. Tal como o NA avançou na edição de Novembro, uma fiscalização dos serviços da Câmara Municipal, “acompanhados pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) detectaram irregularidades na

exploração, nomeadamente descargas para linhas de água sem qualquer tipo de tratamento, factos que poderão estar na origem dos odores incómodos para a população.” A fiscalização, de resto, reforçou os “fortes indícios de violação da lei e os danos causados quer à comunidade residente, quer aos visitantes dos múltiplos equipamentos turísticos do concelho – Parque de Escultura Contemporânea Almourol, Centro Integrado de Educação em Ciências, alojamentos turísticos e restaurantes”. População unida. A petição “Por uma Barquinha livre do mau cheiro de suinicultura”, iniciada uma semana antes da decisão e dirigida à Câmara Municipal, ao titular da exploração, à APA e SEPNA, conta com mais de 400 assinaturas e estará disponível até dia 15 de Dezembro. Entretanto, foi já entregue nos serviços da autarquia e serão

Serviços Municipais e do SEPNA fiscalizaram exploração após reportagem do NA

na data final envidos às outras entidades visadas. Disponível na internet bem como em alguns estabelecimentos comerciais, a petição online conta mesmo com comentários de cidadãos incrédulos e revoltados perante a poluição causada, com subscritores de Entroncamento, Constância, e obviamente e maioritariamente do concelho de VNB, mas também de visitantes que sentiram o cheiro na sua passagem pela vila. Ao NA, o dono de uma pastelaria no centro da vila, contou que em Outubro um casal de turistas teve de abandonar a esplanada onde iria almoçar devido à indisposição que o mau cheiro causou, relatos que se multiplicam e que o NA tem ouvido atentamente. Os primeiros subscritores da petição alertam, no entanto,

que este é apenas o princípio de um processo que terá certamente novos desenvolvimentos, apelando a que os cidadãos continuem a reforçar a petição e a pressionar as entidades responsáveis, apelando ao “bom senso de todos os intervenientes e que as populações sejam respeitadas nas suas pretensões de ter um ambiente de qualidade e que a violação do mesmo seja prontamente reparada”, como se lê no texto da petição. Assunto levado à assembleia municipal. A questão da revogação do alvará de exploração foi um dos pontos da assembleia municipal que se realizou no dia 5 de Dezembro, em cima do fecho desta edição. Traremos a reportagem dessa assembleia na próxima edição do Jornal Novo Almourol.―


CAMINHANDO 05

DEZEMBRO 2014

novoalmourol.wordpress.com

ENTRONCAMENTO

Algures a meio

Proximidade Comemorações do 69.º aniversário do concelho com "fantasmas" do passado Ricardo Alves Editor NA

Homenagem aos trabalhadores que completaram 25 anos de serviço e também aos que passaram à reforma

O município do Entroncamento celebrou no dia 24 de Novembro o 69.º aniversário do Concelho com uma sessão solene comemorativa que encheu por completo o Salão Nobre mas a manhã não foi só de sorrisos. Com uma profunda problemática financeira em mãos, o presidente da Câmara Municipal (CME), Jorge Faria (PS), fez questão de alertar os presentes para questões do passado que assombram a gestão do executivo actual. Sem “capacidade financeira” para grandes obras, resta ao autarca a tentativa de emenda do que, alegou, foi mal feito durante a anterior gestão liderada por Jaime Ramos (PSD). Diga-se, de resto, que o ex-presidente não marcou presença na sessão, ao contrário José Pereira da Cunha, António Cardoso e Manuel Fanha Vieira. E percebe-se

porquê. Sem mencionar nomes, Jorge Faria aproveitou a data para criticar opções que põem em causa a autonomia do concelho. Em jeito de balanço ao primeiro ano de mandato, o autarca repetiu os valores da “grave situação financeira” que herdou, “uma dívida de 14,8 milhões de euros, que agora se situa nos 13,2 milhões e um prazo médio de pagamentos que era de 122 dias, muito superior aos 90 dias permitidos por lei, e que agora é de 71 dias”. Concretamente, Jorge faria referiu-se ao acordo realizado na anterior gestão sobre a construção da Escola Básica do Bonito. O negócio, referiu, implicava uma contrapartida pelo terreno em que foi construída a escola, a “demolição da antiga Escola Industrial com o terreno a ser entregue com todas as infraestruturas”, a expensas da CME”. Faria anunciou ainda que o não cumprimento do contrato im-

plica uma indemnização de 800 mil euros. O autarca eleito pelo PS afirmou peremptoriamente que iria lutar contra a demolição da escola industrial.

ATALAIA

Vila de rei

ABRANTES

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Escola assaltada

Na manhã de dia 20 de Novembro, educadoras e auxiliares do Jardim-de-infância de Atalaia depararam-se com material desaparecido do estabelecimento escolar da localidade do concelho de VN da Barquinha. O Quadro Interactivo foi levado pelo(s) assaltante(s) bem como outros materiais informáticos, durante a madrugada. O estabelecimento de ensino esteve encerrado nesse dia para limpezas e reabriu no dia seguinte. Foi o segundo assalto na área no espaço de duas semanas, sendo que o centro de saúde foi igualmente alvo de assalto.―

Valorizar as conheiras

A autarquia de Vila de Rei assinou um protocolo com o Instituto Politécnico de Tomar que prevê suporte técnico especializado com o objectivo de obter o estatuto de Conjunto de Interesse Nacional ou Público das cerca de 50 conheiras existentes no concelho. As conheiras são conhecidas por minas de exploração de ouro a céu aberto e a autarquia está preocupada com a sua preservação e conservação. No concelho, onde se situa o centro geodésico de Portugal, existem vestígios da exploração de ouro num total de 194 quilómetros quadrados.―

Cine-Teatro S. João ainda em suspenso. Devido às dificuldades financeiras do município, o Cine-Teatro da cidade não vai abrir até final do ano como Jorge Faria antecipara. O presidente da autarquia adiantou no entanto que espera que em 2015 se concretize esse desejo. Para a reabertura do espaço, anunciou Jorge Faria, o município terá de encontrar financiamento e asseverou que a questão é prioritária. Entre as nove cidades do distrito, o Entroncamento é a única que não tem uma sala de espectáculos aberta. O local onde se realizava grande parte da oferta cultural da cidade, o antigo mercado diário e centro cultural, foi reconvertido há cerca de dois anos e adjudicado para pastelaria e bar.―

Câmara exige ressarcimento

Em 2009 a autarquia de Abrantes pagou 1.1 milhões de euros por um terreno e vendeu-o de seguida ao empresário Alexandre Alves, também conhecido por Barão Vermelho, por 100 mil euros. O objectivo era ajudar à instalação de uma mega fábrica de painéis solares na freguesia de Concavada. O projecto não arrancou e a autarquia tem a correr no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria um processo contra a empresa RPP Solar onde reclama o pagamento de 1.136.414 euros, verba que se refere ao investimento inicial no terreno.―

É a proximidade de Vila Nova da Barquinha e do concelho com a suinicultura da herdade do Colmeiro que provoca a indisposição comunitária perante o mau cheiro. A proximidade e a eventual – por apurar – má gestão das questões potencialmente nocivas para o meio ambiente por parte dos proprietários da suinicultura. A reportagem do jornal NA, na edição de Setembro, em que metemos os pés à lama e fomos arriba acima em busca de respostas para o que pairava sob os narizes dos cidadãos, foi “apenas” um dos factores que espoletou todo o processo e que derradeiramente prosseguiu na recente decisão da autarquia de revogar o óbvio. Mas os processos não são fáceis, e algo de que sempre me apercebi foi que a autarquia estava empenhada em resolver o problema dos seus cidadãos mas que as leis nem sempre protegem os muitos mas sim os poucos, os que têm proximidade com os fazedores de leis. No entanto, uma petição desencadeou um movimento popular de quem estava próximo do problema, permanentemente ou apenas de passagem. Houve coragem, mas tudo ainda está a começar. A verdade, que merece ser obviada é que o NA meteu-se ao caminho. Sabe por quê? Porque está na rua e ouve os seus leitores, as suas queixas e preocupações, os seus anseios. Está próximo. E isso, tal como já aqui escrevi, é um bem a não perder de vista. De outra forma, não faz sentido existir. E o NA vai continuar a dar voz à revolta e à insatisfação perante este atentado à qualidade de vida dos cidadãos, sabendo que os mesmos não podem baixar a guarda, nem mesmo quando e se os problemas estiverem definitivamente resolvidos. Tive um professor de jornalismo que me disse certo dia que o futuro passa pelos jornais regionais, de proximidade, de relações, de rua. Num mundo altamente digitalizado em que há 365 dias de funeral do papel, em que os grandes jornais despedem os bons para contratar os baratos, em que os jornais regionais desaparecem porque os amadores não têm capacidade para enfrentar os

poderes… Como? Medi-lhe as palavras nas inúmeras viagens de Coimbra até casa e quando as acabei de medir meti-me a caminho e quedaram-se em mim gigantes. Até hoje. Nada muda mais uma região, um país, o mundo, que as relações de proximidade. Aqui, no nosso ribatejo, na Comunidade Intermunicipal, nas autarquias, nas associações e empresas há proximidade, entre si e com o resto do mundo. Afastar-se desta realidade

Nada muda mais uma região, um país, o mundo, que as relações de proximidade. Aqui, no nosso Ribatejo, na Comunidade Intermunicipal, nas autarquias, nas associações e empresas há proximidade, entre si e com o resto do mundo. é abdicar do futuro. Deve apostar-se na formação dos cidadãos, na sua informação, na sua proximidade com as tomadas de decisão, para que se possa chamar, atrair, envolver, contratar os(as) mais capazes, os(as) mais apostados(as), os(as) mais independentes. A todos os assinantes, leitores, colaboradores, empresas e entidades que estão próximas do NA desejo boas festas, sem “maus cheiros”. Aos e às que não estão, também, com um convite a aproximarem-se e em conjunto fazermos a diferença. A proximidade - seja com a excelência ou com a mediocridade - define-nos.―


06 POLÍTICA

DEZEMBRO 2014

NovoAlmourol

ABRANTES

REGIÃO

TEXTO&Foto Ricardo Alves

TEXTO Ricardo Alves

governação inteligente e multidimensional.

O secretário Geral do Partido Socialista (PS), António Costa, escolheu o novo Secretariado Nacional do partido e anunciou-o durante o XX Congresso Nacional do PS que se realizou nos dias 29 e 30 de Novembro na FIL (Feira Industrial de Lisboa) no Parque das Nações em Lisboa. O nome da autarca abrantina foi um dos 15 escolhidos pelo líder socialista para integrar o Secretariado Nacional, que é considerado o núcleo duro do PS. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes no segundo mandato e que é também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, foi uma das mais acérrimas defensoras de António Costa na atribulada disputa com António José Seguro pelo cargo de secretário geral do partido. A abrantina foi a escolhida para enfrentar António Gameiro, apoiante de Seguro, nas eleições para a Federação Distrital do PS, embate que perdeu, como se esperava, mas cujo resultado ficou acima das expectativas. A derrota nas eleições distritais é, de resto, uma excepção num percurso político

As Opções do Plano e Orçamento para 2015 foram aprovados por maioria no dia 25 de Novembro na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) em Reunião Ordinária da Assembleia Intermunicipal, em Tomar, com 30 votos a favor e 5 votos contra. Os autarcas do Médio Tejo, 13 presidentes de câmara da região, aprovaram o orçamento de 4,5 milhões de euros que segundo Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIMT, prossegue os objectivos estratégicos da região. O orçamento aprovado centra-se em cinco orientações estratégicas: a valorização dos recursos endógenos e do potencial turístico, a incorporação de valor na actividade empresarial, a promoção da coesão e da qualidade de vida, a consolidação da massa crítica e urbana e a

O orçamento destina-se à conclusão de projectos do actual quadro comunitário e ao arranque de outros no âmbito da estratégia 2014-2020. Neste último estão previstos projectos na área da mobilidade, educação, programação cultural, modernização da administração local ou gestão integrada de protecção civil e florestas. A nível cultural, por exemplo, numa entidade que pretende estabelecer-se como ponto de encontro de políticas municipais, estabelece-se o objectivo de criar uma programação cultural regional, de formação de novos públicos. Também na educação, segundo Miguel Pombeiro, a CIMT pretende envolver-se na promoção da cultura científica nas escolas e estuda a possibilidade de criação de uma carta educativa regional.―

António Costa chama Maria do Céu Albuquerque

Maria do Céu Albuquerque à saída da cerimónia de aniversário do concelho do Entroncamento

que muitos prevêem auspicioso a nível nacional. A recente escolha para o secretariado nacional parece indicar isso mesmo. Distrito de Santarém bem representado. O presidente da Federação Distrital António Gameiro integra a Comissão Nacional e a Comissão Polí-

tica Nacional e nesta última encontram-se os nomes de João Sequeira, Jorge Lacão e Maria Salomé Rafael, com Miguel Pombeiro e Anabela Freitas nos suplentes. O deputado eleito pelo distrito de Santarém, João Galamba, é o primeiro nome da lista do novo Secretariado Nacional.

ENTRONCAMENTO

Carlos Matias na Direcção Nacional do Bloco para resistir à austeridade TEXTO RICARDO ALVES

O vereador do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara do Entroncamento foi eleito para a Mesa Nacional do partido, durante a Convenção que se realizou nos dias 22 e 23 de Novembro, em Lisboa. Carlos Matias fazia parte da lista candidata à direcção do BE encabeçada por Catarina Martins e João Semedo. Na eleição da Mesa Nacional, à qual concorreram quatro listas, aconteceu o insólito e houve um empate de 259 votos entre a lista encabeçada por Catarina Martins e João Semedo e uma outra encabeçada por Pedro Filipe Soares. A questão será resolvida pela direcção do partido que inclui Carlos Matias. Carlos Matias, à margem

das comemorações do aniversário do concelho do Entroncamento, comentou ao NA o empate na eleição. “A situação que o BE viveu é perfeitamente compreensível do ponto de vista democrático. Havia 617 delegados, foi das convenções mais participadas senão a mais participada de sempre, com um debate muito acalorado e até apaixonado, mas a democracia é assim mesmo”, disse, realçando que, apesar do empate, a “orientação política que venceu foi aprovada por maioria, da lista que eu integrava, digamos que foi aprovada uma moção política que clarificou a orientação do BE e na eleição da direcção que vai concretizar essa orientação é que houve esse empate”. Sobre a sua eleição, Carlos Matias acredita que na sua base esteve o seu trabalho “quer

como vereador na câmara do Entroncamento, quer também no BE ao nível do apoio aos autarcas”. “Há muito tempo que sou coordenador de uma estrutura do BE, que é a comissão nacional autárquica, que promove a formação de autarcas e a partilha de experiências”, afirmou, acreditando que “ao nível da direcção nacional haveremos de encontrar uma solução – para o empate - e não tenho dúvidas nenhumas que vai traduzir este equilíbrio”. Sobre a “nova” orientação do BE, Matias antevê a dinamização de “um polo de resistência à austeridade. É insustentável a situação que o povo está a ser sujeito com o corte dos serviços públicos, nos salários, nas pensões, na vida das pessoas comuns, que trabalham, uma situação insustentável e que tem de acabar.” ―

Orçamento da CIMT para 2015 estabelecido em 4,5 milhões


SOCIEDADE 07

DEZEMBRO 2014

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REGIÃO

Aumentam as palmeiras atacadas por escaravelhos

VN BARQUINHA

"Irmãos" cabo-verdianos sofrem com erupção de vulcão da ilha do Fogo TEXTO Ricardo ALVES

Uma palmeira junto ao posto da GNR de VN Barquinha que aparenta estar infestada

TEXTO&Foto Ricardo Alves

Chama-se Rhynchophorus ferrugineus, também conhecido como “escaravelho da palmeira” ou “escaravelho vermelho” que ataca diversas espécies de palmeiras, provocando estragos importantes que podem conduzir à morte das plantas. O escaravelho tem origem nas zonas tropicais da Ásia e Oceânia, foi detectado na Europa em 1996 (Espanha) possivelmente introduzido através de palmeiras importadas do Egipto. O cenário causado tem sido bastante visível um pouco por toda a região e em Vila Nova da Barquinha são dezenas as palmeiras afectadas pela praga. O Município de Abrantes, por exemplo, publicou uma nota alertando para a ocorrência de vários casos, em Novembro Em Portugal este insecto foi detectado pela primeira vez no ano de 2007 e actualmente está disperso por todo o território nacional. Luta Obrigatória. A União Europeia, alertada para a nocividade e rápida dispersão da praga, considerou em 2007 ser de “luta obrigatória” e obrigou posteriormente à produção de um plano de acção para a combater e cujos objectivos são “erradicar o organismo nocivo nos focos localizados em zonas isentas da praga” e “conter o organismo nocivo na zona infestada, evitando a sua dispersão para zonas livres.”

Em Portugal, a espécie mais atacada e sensível é a Phoenix canariensis (palmeira das Canárias), embora também já tenham sido registadas infestações em Phoenix dactylifera L. (palmeira tamareira), Trachycarpus fortunei e Washingtonia spp. (palmeira de leque). Os números associados ao insecto são reveladores da ameaça: a fêmea põe 200 a 300 ovos em orifícios feitos com o rostro ou em feridas, na base das folhas ou no espique e as larvas

Poda, recuperação, abate e destruição devem ser feitos por empresas ou entidades conhecedoras do plano de acção do Ministério da Agricultura e do Mar eclodem 2 a 5 dias depois e começam a alimentar-se dos tecidos mais tenros, penetrando em direcção ao interior do espique, formando galerias e cavidades e provocando grande destruição. Ao fim de um a três meses e após várias mudas a larva desloca-se para a superfície da planta para construir o casulo dentro do qual se transforma em pupa. Cerca de três semanas depois o adulto emerge e acasala, podendo permanecer na palmeira em que se desenvolveram ou voar para colonizar novas plantas, sendo capaz de voar longas distâncias.

Em Portugal o insecto foi assinalado pela primeira vez na região do Algarve, no sítio de Vale de Parra – Guia – Albufeira, infestando uma planta de Phoenix canariensis. Ainda no mesmo ano foram identificados novos focos de infestação, designadamente nos concelhos de Albufeira, Lagos, Portimão, Silves e Loulé, todos eles em palmeiras das Canárias. Nos anos seguintes a praga foi detectada nas regiões Centro (2008), Lisboa e Vale do Tejo (2009), Alentejo e mais recentemente na região Norte (2010), estando também presente na Região Autónoma da Madeira (2008). Os sinais de que a palmeira está a ser atacada pelo insecto são coroa desguarnecida de folhas jovens no topo ou com aspecto achatado pelo decaimento das folhas centrais, folhas do topo caídas com sinal de desigual inserção, orifícios e galerias na base das folhas podendo conter larvas ou casulos com pupas e/ou adultos, folíolos roídos e desiguais, presença de orifícios na zona de corte das podas e restos de fibras. O Plano de Ação para o controlo de Rhynchophorus ferrugineus adverte que “todos os trabalhos de poda, recuperação (poda sanitária, tratamentos fitossanitários, etc.) ou abate e destruição de palmeiras, devem ser realizados por empresas ou outras entidades que cumpram com os procedimentos descritos no plano.―

A erupção vulcânica que assola a ilha cabo-verdiana do Fogo e que teve o seu começo na madrugada de dia 23 de Novembro, já levou à evacuação das cerca de 1500 pessoas que viviam nas duas localidades nas imediações do vulcão, Portela e Bangaeira. A localidade de Portela estava já praticamente destruída e por altura do fecho de edição do NA também cerca de 70% de Bangaeira. A lava cortou estradas, destruiu o edifício do Parque Natural da ilha do Fogo, casas de apoio à agricultura, consumiu duas igrejas da Portela, uma parte da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras e dizimou

parcialmente a povoação de Cova Tina. As informações mais recentes, de 7 de Dezembro, davam conta da previsão da ministra da Administração Interna de Cabo Verde de que a situação estaria para durar. Até agora não há registo de vítimas e a evacuação correu normalmente. As autoridades têm insistido na imprevisibilidade da actividade vulcânica, indicando desconhecer-se se o pico de actividade já foi atingido. Na ilha do fogo existem três municípios - São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina – sendo que Vila Nova da Barquinha tem um acordo de geminação com Santa Catarina, assinado em 2008.―

Vulcão já destruiugrande parte de Bangaeira e Portela está praticamente destruída

ÁGUA

Águas do Centro distribui a melhor água do país TEXTO Ricardo ALVES

A Águas do Centro é a entidade gestora que distribui a melhor água do país, revelou a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) no dia 19 de Novembro. A empresa serve 17 municípios na zona Centro e recebeu o prémio ‘Qualidade exemplar da água para consumo humano’ da ERSAR, por, “fornecer água para consumo humano de qualidade exemplar numa vasta área, que se estende desde a fronteira com Espanha até ao rio Nabão”,

explicou a entidade em comunicado. A Águas do Centro abrange, na componente designada ‘em alta’ – ou seja, na captação, tratamento, adução e reserva de água –, os municípios de Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Mação, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Proença-a-Nova, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão, além de alguns aglomerados do Sul do concelho do Fundão.―


08 ECONOMIA

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De pequenino se aprende a ganhar o eurinho

Alunos ouviram atentamente os representantes do projecto depois de visitarem empresas e a Loja do Cidadão

TEXTO Ricardo Alves Fotos Pérsio Basso

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (CMVNB) abriu as suas portas para receber cerca de uma centena de alunos do Agrupamento de Escolas de VNB para anunciar a criação do “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, uma medida inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico "Barquinha 2020". No dia 26 de Novembro, os participantes no projecto “Empreendedorismo na Escola” ouviram o presidente da autarquia, Fernando Freire, anunciar o prémio mas também o Agrupamento de Escolas anunciar uma iniciativa inédita no âmbito do projecto: a criação de um “Viveiro de Empresas” em ambiente escolar, onde haverá um espaço na escola destinado ao efeito, com meios e equipamentos próprios. “Educação é trabalho, trabalho é educação”, registou Fer-

nando Freire no início do seu discurso. Depois de visitarem as instalações de duas empresas a laborar no Centro de Negócios de VNB – Gonfersol e Espaço Mecânico - seguiu-se uma passagem pela Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha, onde os jovens empreendedores ficaram a conhecer o processo de constituição de uma empresa. “Os objectivos são despertar o gosto pela iniciativa empresarial, envolver os jovens e a comunidade empresarial num processo de aproximação e motivá-los a continuar os seus estudos em áreas profissionais e tecnológicas”, anunciou Freire. O presidente da autarquia não perdeu a oportunidade de tentar transmitir alguns dos valores que crê serem essenciais para o futuro, “num tempo em que reinam lógicas de coisas simples, de economia, em que tudo roda no binómio custo/benefício, importa recordar que os jovens são o recurso mais valioso desta instituição a que chamamos nação” e que “Portugal deve ser competitivo e solidário,

o futuro não é nada de vazio que nos é oferecido, o futuro é aquilo que cada um de vós quiser que seja e for capaz de construir”. O projecto envolve 4 turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e tem como principal

Cem alunos foram recebidos na Câmara Municipal e incentivados a agarrar a oportunidade concedida pelo projecto promotor o Agrupamento de Escolas, com a parceria do Município, Nersant, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e Associações de Pais. Antónia Coelho, directora do Agrupamento de Escolas, realçou a importân-

Vestido a preceito com a puberdade na face, a imagem do projecto

cia da iniciativa, “começamos a aprender fazendo, tudo isto vai proporcionar o espírito de empreendedor, de criatividade, de iniciativa que mais tarde vão ser ferramentas extremamente úteis para que consigam ser cidadãos proactivos, e é disso que precisamos, de gente capaz de intervir, lutar contra a diversidade e transformar o mundo. Os jovens são a nossa esperança de tornar o mundo melhor”, disse para a plateia de jovens. Hugo Rodrigues, representante da CIMT, recordou o trabalho da entidade na área do empreendedorismo, “que é uma

área muito importante no actual contexto do nosso país, de sensibilizar toda a população para a questão do empreendedorismo e concretamente as camadas mais jovens”, acreditando que “isto vai marcar o vosso percurso académico”. Na cerimónia estiveram ainda presentes o presidente da assembleia Municipal de VNB, Rui Picciochi, o representante da Tagusvalley, Homero Cardoso, e outros autarcas, empresários e professores. Os resultados do “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar” serão anunciados no final do ano lectivo.―

NERSANT

Formação para desempregados em toda a região TEXTO NA

A NERSANT celebrou no passado dia 25 de Novembro, um Acordo de Cooperação com o IEFP para desenvolver um conjunto de acções integradas na Medida Vida Activa, em toda a região do Ribatejo. O desenvolvimento da primeira acção de formação está agendada para o dia 18 de Dezembro, na Chamusca, denominando-se o curso "Agente em Geriatria", e dirigido para desempregados

com o 4.º ano de escolaridade. Em Janeiro, a associação tem já agendadas duas formações ao abrigo desta medida: dia 16, iniciará a formação "Técnico de Vendas", em Torres Novas, e "Técnico Auxiliar de Saúde", no Cartaxo, para desempregados com o 4.º e 9.º ano, respectivamente. Em Fevereiro, arranca o curso "Técnico Comercial", em Salvaterra de Magos, para desempregos inscritos nos centros de emprego com o 9.º ano de escolaridade, e ainda a formação "Agente em Geriatria", em

Ourém, para activos desempregados com o 4.º ano. "Técnico Auxiliar de Saúde" e "Técnico de Comércio Internacional", são as formações a iniciar em Março e Abril, em Torres Novas e Santarém, para desempregados com o 9.º ano de escolaridade. Está ainda previsto o arranque de outras acções de formação até Junho, nas localidades de Coruche, Entroncamento, Alferrarede e Ourém, também nestas áreas. Os desempregados inscritos

nos centros de emprego interessados em consultar a calendarização total destas acções e os conteúdos programáticos de cada curso, podem fazê-lo no portal da NERSANT, em www.nersant.pt, pesquisando pelo Vida Activa no menu correspondente à formação. Neste espaço, os candidatos podem ainda descarregar a ficha de inscrição relativa à medida Vida Activa. De referir que os formandos que sejam admitidos aos cursos de formação poderão ter direito

a uma bolsa de formação (apoio não atribuído a desempregados beneficiários de subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e rendimento social de inserção), e encargos com alimentação e com transportes. A realização de acções de formação no âmbito da Medida Vida Ativa, permitirá aos participantes a aquisição e/ou reforço das suas competências, contribuindo para uma mais rápida e efectiva integração socioprofissional.―


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010 ECONOMIA

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EMPRESA

O "professor" que não cabe nesta página

Manuel Lourenço nas oficinas da Espaço Mecânico

TEXTO&Foto Ricardo Alves

Inicialmente, a conversa com Manuel Lourenço, fundador da empresa Espaço Mecânico, sediada em Vila Nova da Barquinha (VNB) estaria reservada a este espaço, aproveitando o facto de ter sido uma das empresas visitadas pelos jovens empreendedores das escolas do concelho. Mas a conversa revelou, e por vezes (poucas) isso acontece, que este espaço é pequeno para a riqueza e franqueza das mensagens do empresário. Assim, volta às páginas do NA no mês de Janeiro com a entrevista integral, um verdadeiro manual de boas práticas empresariais, experiência e sabedoria. Este mês deixamos apenas alguns pormenores de uma longa conversa. Manuel Lourenço enfrentou já duas visitas do Fundo Monetário Internacional (FMI). A aterragem do FMI num país nunca carrega boas notícias. O mesmo é escrever que Manuel Lourenço já viveu duas grandes crises nacionais enquanto empresário. Como é que as ultrapassou? “É nesses momentos que temos de ter algum discernimento, saber o que é possível fazer no meio

das adversidades e agarrar-se a esses pontos positivos, fazer deles uma alavanca para o projecto e seguir em frente”, contou ao NA o empresário. Nunca pensou em desistir mas viveu tempos difíceis, “não eram de desespero, mas em que não sabia se passados uns dias tinha condições de continuar com a empresa, e quando se cria um projecto assume-se respon-

sabilidades não só sociais mas também económico financeiras, junto das entidades bancárias”. É precisamente essa a mensagem que tentou passar aos petizes, aos aprendizes do projecto “Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, que na manhã do dia 26 de Novembro, dia da nossa entrevista, estiveram nas instalações da sua empresa.

“Quando eles cá estiveram houve um miúdo que me perguntou por que era empresário. Isto não tem que ver com um momento avançado da nossa vida, tem de começar logo desde tenra idade, desde a escola, porque cada um tem um objectivo e tem de conseguir resultados, tem de ser empreendedor, determinado, organizado e disciplinado, lutar pelos objectivos. Ou seja, se o faz enquanto aluno, na escola, tem de dar continuidade a essa atitude também na vida profissional”, explica o empresário, “as pessoas reagem de maneira diversa perante as dificuldades e eu acho que o empreendedorismo tem muito que ver com a atitude que temos perante as adversidades da vida. Há pessoas que se deixam vencer facilmente e isso é o princípio do fim, não há nada a fazer”. Tudo isto parecem palavras feitas mas não o são, e isso mesmo poderá quem nos lê comprovar na próxima edição do NA, em que os pormenores da vida do empresario, do seu percurso e aprendizagem são explanados. Até lá, a empresa Espaço Mecânico no Parque de Negócios de VNB há-de florescer mais um pouco, bem como a outra Espaço Mecânico, a de Bengela, Angola.

VN BARQUINHA

Volta a haver sapateiro no coração da vila TEXTO Ricardo Alves

Em Vila Nova da Barquinha (VNB) já houve sapateiros e houve-os bons, que ainda hoje são lembrados com saudade. A proximidade com a cidade do Entroncamento foi apagando os serviços e artes mais antigas, atraindo os consumidores para si. Mas a necessidade aguça o espírito. Paulo Teodósio Costa, 47 anos, residente em VNB, tem na família um avô sapateiro e um pai sapateiro mas nunca pensou vir ele próprio a tornar-se um. Trabalhou “desde os 15 anos nas Oficinas Gerais de Equipamento e Fardamento”, produzia o calçado para os militares, no Entroncamento. As oficinas foram fechando, ”primeiro a do Porto, depois a nossa e concentraram tudo em Lisboa, onde era a sede”, contou ao NA Paulo Costa. Hoje está tudo fechado. Muito tempo passou entretanto, “a vida tomou outro rumo, até que há cerca de ano e meio fiquei desempregado”. Foi uma colega que lhe fez uma pergunta que o deixou a pensar. “Olha lá, tu andas aí a fazer uns biscates… tu não foste sapateiro? Fui. Não percebes disso? Percebo. Porque é que não metes um projecto no centro de emprego e crias o teu próprio emprego?”, conta Paulo Costa. Aquilo ficou “cá a bater” até que decidiu ir falar com o pai, sapateiro, 77 anos, “então mas em casa de ferreiro espeto de pau? Não pode ser!”

Paulo Costa em trabalho, de qualidade ,dizem os clientes

“O meu pai mostrou-se cauteloso, por causa da crise, mas eu disse que nas crises é que se fazem bons negócios” e avançou com o projecto para o centro de Emprego que depois o remeteram para a NERSANT a fim de lhe fazerem o projecto. Algum tempo depois, a 1 de Novembro, Paulo Costa abriu loja no coração da vila, junto à Câmara Municipal, o “Sapateiro Costa”. O pai ajuda-o e guia-o durante as manhãs, passando a sabedoria ao filho, espécie de recordação dos tempos em que saía das oficinas e ia para casa do pai até, por vezes, à meia noite a arranjar e restaurar sapatos. “Ainda estamos no início, está a andar e a rolar. A primeira reacção é de agrado por voltar a haver sapateiro em VNB”, conta Costa, e pelo que o NA viu, pela quantidade de encomendas no interior da loja, as pessoas agradecem o serviço de qualidade numa vila que bem precisa soltar amarras da cidade vizinha.―


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CULTO 015

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OS PASSOS DE SÍSIFO

Novos tempos Opinião Luiz Oosterbeek Pelas grandes antenas novas Já dos velhos tempos Se não conhece nada. Bertold Brecht Uma das frases mais bonitas que já li pode ser encontrada no livro "A Dialética da Natureza", de F. Engels: "tudo o que nasce é digno de morrer". A dignidade na morte é uma ideia central na afirmação da identidade da pessoa humana, pois remete para um plano de solidez e tranquilidade o momento de máxima fragilidade física de cada um de nós. Mais do que em qualquer outro, este livro de Engels mostra como a segunda metade do século XIX pensava de forma alinhada com a memória (a valoração do colectivo não aniquilava, pelo contrário, o cuidado com o individual) e com uma visão de médio e longo prazo (viver hoje de forma plena, preparando a morte, com tranquilidade). O marxismo, por um lado, e a doutrina social da Igreja,

por outro, exprimiam essa postura dialéctica, que compreendia que as superações, historicamente, nunca se afirmaram com rupturas superficiais de discurso e sim com o aprofundamento radical de tendência pré-existentes. Mesmo em Bakunin ou em Kropotkin se encontra essa convergência do individual com o colectivo, através do território, um entendimento que reencontramos em Portugal nas Viagens de Almeida Garrett, no romance histórico de Herculano ou, mesmo, na utopia angustiada de Antero de Quental. Em algum momento se perdeu essa visão de médio e longo prazo, que por milénios assegurou determinação tranquila às diversas gerações, cuja esperança de vida era menos de metade da actual. Num tempo em que se morria cedo, era evidente a necessidade de pensar para além desse ciclo curto, projectando as acções de cada dia numa visão intergeracional. Mas não foi a longevidade, bem vinda, que gerou as nossas sociedades actuais de vistas curtas. Brecht pressentiu-o bem, ao conviver

com a ascensão e queda dos fascismos, e ao verificar que o pós-guerra já era outro mundo, que rompera de vez com o passado: o esquecimento do passado, remoto e sobretudo recente, passou a ser a regra. É nesse mar de esquecimento, iludidos pela aparente duração quase eterna das nossas vidas individuais, que nos encontramos hoje. Por isso tanto resistimos a perceber que entrámos numa nova grande depressão económico-social, como as anteriores, marcada por níveis demasiado elevados de desemprego. Resistência que nos impede de consensualizar estratégias de combate ao desemprego e à guerra, como as que Bismarck ou Roosevelt desenvolveram. Por isso, também, sentimos uma angústia tão grande face ao futuro, com uma geração inteira, de novo, a sentir-se vencida pela vida. Por isso, ainda, cresce tanto a burocracia (que oferece uma ilusão de segurança a quem perdeu a esperança e as perspectivas), a vertigem das métricas de resultados (que

"(...) iludidos pela aparente duração quase eterna das nossas vidas individuais, (...) resistimos a perceber que entrámos numa nova grande depressão económicosocial, como as anteriores, marcada por níveis demasiado elevados de desemprego.“

escondem a mediocridade dos conteúdos), a pequena ambição sem escrúpulos (por títulos desprovidos de poder para realmente mudar e melhorar alguma coisa), a rotina preguiçosa do ensino repetitivo (que exprime a ausência de coragem), ou a submissão das pessoas a presumidos e ocos interesses colectivos (os “jovens”, os “idosos”, as “mulheres”,… mas nunca uma Maria ou um João, que sacrificamos de bom grado a essas ideias de colectivo e de futuros nos quais não cremos). Já se viram constelações de decadência assim no passado, como na Europa dos anos 30 do século passado, com Heinrich Brüning primeiro e, depois, com Chamberlain e Daladier, sobre cujos ombros se ergueu eixo Hitler-Mussolini. Mas também foi em momentos de grande pobreza de vistas que se construíram caminhos inovadores. Essa é a nossa oportunidade. Escolher entre assumir a oportunidade ou chorar o destino é, mais que nunca, a nossa obrigação.―

DOM RAMIRO

A dois passos do caos romper, para bem de todos nós e das gerações futuras, de “futuros” incertos.

Opinião CARLOS VICENTE Neste estranho momento do mundo em que, por dormência dos sentidos e das situações nos deixamos ultrapassar pelas palavras, gestos e actos dos insensatos, é justo um “acordar” a essa altura, ou seja, acordar do pesadelo, nem que para isso hajam danos “colaterais”. É essa necessidade do acordar que se impõe à sociedade “civil portuguesa”. Vai sendo tempo de mostrar ao monstro que deixámos criar, as ideias e os ideais que temos e não pactuarmos mais com estas indecências televisionadas de tantos corruptos num tão curto espaço de tempo num tão pequeno quintal à beira mar “plantado”.

Bom… não somos tolos, realmente já nos apercebe-

mos, que toda a nossa permissividade e passividade

nos colocaram neste colete-de-forças, que é necessário

O espectáculo televisivo é deprimente e desvia-nos olhares para a distracção… a “não notícia”, é mais importante que a notícia, os valores atrofiam-se entre quem deve e quem pode… e essa é a diferença entre as boas e as más pessoas nas suas capacidades ou na falta delas, que poluem este ar de mar e de floresta, ainda com tanto para dar. Sejamos portugueses dos velhos costados, é a altura de pormos os pontos nos Is. Não é por nada um trecho de Orwell, nem uma visão de Aldous Huxley, mas sim a realidade da mediocridade de quem dirige (ironicamente) esta jangada de pedra… ―


016 CULTURA

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Sob o signo das artes, crescer O Clube União de Recreios (CUR) de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, celebrou entre os dias 28 de Novembro e 1 de Dezembro, o seu 85.º aniversário em clima artístico com a III Feira das Artes. Pela sede do clube, durante os dias de festa, passaram artesãos e artesãs, escritores(as), músicos, humoristas e muitos visitantes. O clube, com cerca de 220 sócios pagantes, respira saúde, como nos contou o presidente Francisco Ferreira e apareceram aqui outros tantos para ajudar, o que é muito salutar e positivo. Não estava à espera.

As obras que estão na parte inferior da sede – Casa do Povo - consistem em quê?

Foi lançada uma candidatura em 2011 e andámos num processo para a tentarmos ganhar, durante cerca de dois, três anos, e lá conseguimos. A burocracia foi muita, a ajuda da câmara foi imprescindível, o presidente da autarquia, Fernando Freire, na altura vereador, deu-nos uma ajuda imprescindível e a Marina Honório (ndr: Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento e Empreendedorismo Local, GADEL) é incansável a colaborar connosco na documentção.

Um cenário habitual no CUR: casa cheia

texto&FOTOS RICARDO ALVES

Com que sentimento celebra este aniversário e como é que gostaria de ver o CUR daqui a um ano?

O associativismo aqui no clube tem sido forte a nível de pessoas. Em Fevereiro terão passado 18 anos que aqui estou e tenho notado ao longo dos anos uma força de pessoas que estas casas merecem, porque se não forem as pessoas isto não vale a pena e mais vale fechar a porta. Então o que espera é que haja continuidade?

Para os próximos anos esperamos que sim, agradecia era que aparecessem mais sócios, para que viessem para os corpos directivos, porque serem sempre os mesmos começa a cansar. Mas aqui o clube não tem razão de queixas a nível de pessoas. Tem surgido muita gente, colaboradores, existe uma direcção com onze elementos, os restantes corpos gerentes, concelho fiscal, mesa da assembleia, têm sido fantásticos a colaborarem, existe um grupo de fora de associados que quando nós precisamos estão cá…

Comparticipado em quanto?

Comparticipado em 80%, muito bom, e a ajuda da Câmara foi fundamental também. A Câmara ainda ajudou com 40 mil euros. E por cima desta parte das casas de banho é um primeiro andar ligado ao que já existe, portanto ficamos com melhores instalações para que toda gente se sirva. O nosso objectivo, a nossa missão dentro deste clube, a missão dos corpos directivos é criar as melhores condições possíveis não só para as actividades que existem que são as danças de salão e o teatro, como também a academia de artes que abrange cursos de bordados que está no activo e a Tuna do clube.―

Uma perspectiva do palco

TEATRO DE FANTOCHES

Grupo Coral de Tancos na Igreja Matriz de Atalaia Depois do sucesso de 2013, o Grupo Coral de Tancos volta à Igreja Matriz de Atalaia para mais um concerto de natal. Pelas 21h00 do dia 20 de Dezembro, numa sala privilegiada como é a Igreja monumento, o Grupo dará um concerto com músicas do seu repertório

A obra começou, adjudicámos a um empreiteiro mas temos tido algumas dores de cabeça Esta obra já era para estar finalizada. O empreiteiro tem dificuldades financeiras e ele é que devia suportar primeiro as despesas e depois o clube pagar. Devia pagar conforme a obra vai sendo feita e tem andado a arrastar. Já era para ter acabado no fim de Junho, temos tido ajuda na porrogação do tempo e temos que terminar até ao dia 15 de Dezembro porque senão o apoio acaba, mas só falta a parte eléctrica e as loiças da casa de banho e a obra consiste na zona do ex ringue: a parte do pátio é para ser um bar, que actualmente é na zona adjacente à cozinha que será ampliada. A zona agarrada ao salão é a casa de banho para deficientes e a casa de banho para homens. E temos um espaço bastante agradável para arrumos, para termos mesas e cadeiras lá dentro. 140 mil euros.

CONCERTO

TEXTO NA

Quando se espera a conclusão das obras?

Qual é o orçamento da obra?

Portanto, há margem para crescer…

…ainda hoje à tarde (ndr: dia de fado humorístico, 30 Novembro)... Sabe, isto são 4 dias seguidos de aniversário, o trabalho tem sido complicado e se não for bem coordenado há sempre falhas, e eu preocupo-me com as falhas e às vezes tento antecipar. Como dizia, hoje à tarde, estavámos aqui seis ou sete pessoas a organizar

Duas voluntárias na cozinha: os associados são a grande riqueza do CUR

habitual mas vai incluir outras músicas dedicadas à época natalícia. Em 2013 a sala esteve praticamente cheia e espera-se que para este ano a igreja Matriz encha. O concerto terá a particularidade de incluir uma parte com três tenores que vão interpretar temas de um mundialmente famoso tenor. A entrada é livre.―

CIEC apresenta “A cigarra e a Formiga" TEXTO NA

O Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC) de Vila Nova da Barquinha está a organizar um teatro de fantoches sobre o conto “A cigarra e a formiga” que será apresentado no dia 13 de Dezembro na Biblioteca da Escola de Ciência Viva e no CIEC. Com início marcado para as 15h30 o teatro tem como

público-alvo as crianças entre os 4 e 10 anos e terá a duração de 60 minutos. A inscrição para o teatro de fantoches “A cigarra e a formiga” é obrigatória, existindo limite de inscrições, e poderá ser feita a partir dos números 249720358, 926642703, 927410436 ou do e-mail biblioteca.barquinha@ cm-vnbarquinha.pt. Para mais informações poderá contactar o CIEC a partir do e-mail info@ ciec.vnb.pt.―


ASSOCIATIVISMO 017

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VN BARQUINHA

93 anos de trabalho e boa vontade, de olhos postos no centenário O Clube de Instrução e Recreio (CIR Ex-Tuna) de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, celebrou o seu 93.º aniversário no dia 15 de Novembro e assinalou a data com uma actuação do Grupo coral de Tancos na sede do clube, entrega de medalhas aos sócios que completaram 50 anos de associado e um bolo de aniversário que juntou várias dezenas de pessoas. texto&FOTOS RICARDO ALVES

O NA entrevistou o presidente do clube fundado em 1921, Luís Esperança, que apesar das dificuldades mantém o clube activo com desporto, teatro, dança e outras artes. Há dois anos como presidente da direcção depois de já fazer parte da mesma, Esperança diz que a boa vontade faz o clube ultrapassar todas as dificuldades. 93 anos, uma marca histórica, a sete anos de completar um século, como é que está o CIR?

O CIR tem dificuldades, mas nós com a nossa boa vontade vamos tentando ultrapassar todas as dificuldades. Não é fácil, o clube financeiramente não está bem, estruturalmente também não está bem, precisa de muitas obras e os meios não são os ideiais, os apoios também não são os melhores , temos de ser nós próprios com o nosso suor a levar as coisas para a frente. Mas a força do CIR apesar de todas as dificuldades, vem dos Associados?

A força vem dos associados sim, mas é preciso nós puxarmos pelos associados também. Podíamos ter mais apoio dos associados. Embora tenhamos aqueles associados ferrenhos que acompanham sempre a casa, são esses que estão aqui presentes (ndr na festa de aniversário), mas a maioria dos associados desligou-se um bocado da associação. Se eles dessem mais apoio se calhar as coisas corriam muito melhor. Mas mesmo assim vamos sobrevivendo.

Hipoteticamente, se o CIR vivesse maior pujança financeira o que faria, ou qual seria o primeiro fogo que apagaria?

A primeira coisa que fazia era obras de recuperação que temos aí muito importantes. Temos um camarim que é bastante necessáro para dar assistência ao palco, temos aqui muitas infiltrações, estruturalmente tinhamos aqui muitas coisas para fazer. Era a primeira coisa a fazer para prolongar a vida disto tudo. São as actividades que trazem as pessoas à casa, mas se o edifício em si não tiver condições, não podemos fazer nada.

Actuação do Grupo Coral de Tancos numa das salas de espectáculo do clube Luís Esperança deseja um clube "pujante" para o centenário

O CIR tem alguma actividade durante a semana? Está aberto?

Tem, temos aulas de ZUMBA, temos aulas de guitarra, bateria, temos um grupo de teatro e estamos agora a tentar arranjar mais actividades. E ao nível da renovação etária dos associados?

Pois, aí é que é muito complicado, posso dizer que cerca de 80% a 90% são pessoas com bastante idade, estão sempre pessoas a morrer e os associados vão diminuindo e é difícil trazer as pessoas novas para associados. Mas este clube tem 93 nos e há pessoas, como hoje se viu, que estão a fazer cinquenta anos de associados. Já são muitos anos. Mas gostaria de apelar aos associados para que contribuíssem um pouco mais para o clube?

Pelo menos que frequentassem mais o clube… Quando realizamos um evento, que eles participassem mais. Por exemplo, tivemos um evento no Verão no terraço, que é um sítio explendido, com uma paisagem espetacular, e o número de pessoas não é o desejado. Voltando atrás, às obras, tem um orçamento

93 velas apagadas com com a presença do presidente da autarquia, Fernando Freire

por alto da verba que seria necessária?

A verba que seria necessária aqui, para pormos isto tudo nas condições devidas, poderá rondar os 80 mil euros. E há alguma mensagem que queira deixar aos associados neste dia feliz, apesar das tormentas?

Gostava de apelar, já passaram 93 anos, faltam 7 anos para o centenário, e gostaríamos de chegar lá e que o clube estivesse com vida e que estivesse aí com a pujança toda, e só com a ajuda deles é que alcançamos isso. Atingir a marca do centenário, com toda a nossa força, é o que mais desejamos.―

CONSTÂNCIA

Câmara de Constância e Fajudis criam Fórum Associativo e de Juventude TEXTO NA

No dia 22 de Novembro, a Câmara Municipal de Constância (CMC) e a FAJUDIS Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, assinaram um protocolo com vista à criação de um Fórum Associativo e de Juventude e à

instalação da sede desta última na vila. A assinatura decorreu em Fátima durante o “Encontro Nacional – Percursos para a Mudança – DAR O SALTO!”, organizado pela FAJUDIS. Com a assinatura do protocolo a FAJUDIS e o Fórum Associativo de Juventude passarão a funcionar na rua Luís de Camões, no antigo Centro

de Empresas de Constância. A autarquia informa em comunicado que os principais objecti-

vos desta acção, “integrada na política de juventude preconizada pela CMC”, proporcionar aos/às jovens e à comunidade em geral a oportunidade de desfrutarem de um espaço de encontro, convívio, troca de conhecimentos e experiências, disponibilizar equipamentos do centro de recursos às associações e ao próprio município,

apoiar com serviços técnicos as associações e grupos de jovens bem como as actividades e eventos das associações, apoiar tecnicamente projectos de empreendedorismo e empregabilidade jovem apresentados pelos/ as jovens e pelas associações e contribuir para a dinamização do Centro Histórico da Vila de Constância, entre outros.―


018 PALAVRA

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OPINIÃO

Contributo para a História da investigação arqueológica no concelho de Vila Nova da Barquinha II TEXTO Júlio Manuel Pereira*

tadas, podem ser extremamente importantes para a detecção, recolha e preservação do património arqueológico local. Por isso, esse grupo de apaixonados da Arqueologia, gostaria de se abrir à participação de um maior número de jovens e, simultaneamente, de se institucionalizar, a fim de poder vir a ter uma intervenção mais alargada e qualificada” Na minha mente estava já a futura criação do Núcleo de Ar-

II- UM ACHADO FORTUITO QUE REVOLUCIONOU O PANORAMA ARQUEOLÓGICO DO CONCELHO

A interrogação que eu fazia a mim mesmo acerca da inexistência de vestígios arqueológicos conhecidos no concelho de Vila Nova da Barquinha, haveria de ter uma resposta em breve. Ao tempo, eu vivia na Urbanização da Barreira Vermelha, nas proximidades da Moita do Norte, e o meu jovem filho – Rui Pereira –, que nos acompanhava mas nossas expedições arqueológicas, passou a prestar mais atenção a todas as pedras que via, de tal forma que, num certo dia de Junho/Julho de 1990, quando andava de bicicleta na zona, reparou que tinha havido uma intervenção na cabine do posto de transformação ali existente, que originara a formação de uns pequenos montes de terra. Ao inspecionar os mesmos, com grande surpresa sua, detectou a presença de algumas lascas de sílex. Imediatamente me chamou a atenção para o achado o que nos levou a prospectar o local, recolhendo diversos artefactos talhados sobre seixos quartzíticos. Claro que o Zé Gomes e o Joaquim Murcela foram também postos ao corrente da descoberta, tendo participado em acções de prospecção ulteriores. Importava então classificar os artefactos recolhidos e, mais importante do que isso, tentar perceber a que época da Pré-História pertenceriam. Tínhamos a nossa opinião, mas, como, nesse tempo, éramos amadores, era preciso que a mesma fosse confirmada ou infirmada por

alguém mais sabedor. Então, num belo dia, lá fomos os dois – eu e o Zé Gomes – para Lisboa, carregados com “calhaus” para, no intervalo do almoço, nos dirigirmos ao Museu dos Serviços Geológicos, onde ele conhecia um notável investigador – o Dr. George Zbyszevski. Lembro-me perfeitamente de entrarmos naquele espaço e de vermos a figura distinta daquele cientista, de bata branca, junto a uma janela, a analisar alguns artefactos. Registe-se que, nessa ocasião, aquele investigador já estava aposentado, mas passava quase diariamente pelo Museu onde trabalhara muitos anos, aju-

dando estudantes e outros investigadores. Classificados os materiais do ponto de vista tipológico e crono-cultural, estávamos em condições de divulgar o achado. Preparei um texto para os jornais locais que, embora escrito por mim, foi subscrito pelo Zé Gomes e pelo Joaquim Murcela – prática que haveríamos de seguir em publicações posteriores, visto que o Zé Gomes era avesso à escrita e o J. Murcela, embora muito interessado, não tinha formação ou experiência arqueológica. Nesse texto, naturalmente, dava-se um realce especial ao papel que o meu filho tinha tido na descoberta. Ali se afirmava o seguinte; “Registe-se o facto de os primeiros indícios (lascas e núcleos de sílex e alguns objectos) terem sido detectados por um jovem estudante da Escola Secundária da Barquinha – Rui Pereira – de apenas 13 anos. Isto mostra como certas qualidades dos jovens (o seu entusiasmo, o poder de observação, e o espírito de aventura), quando devidamente aprovei-

queologia e a sua abertura às camadas jovens, o que não levaria muito tempo a materializar-se. Importa, porém registar, uma vez que não tem sido suficientemente realçado, que aquele achado fortuito do jovem Rui Pereira, na sua simplicidade, haveria de iniciar a revolução do panorama arqueológico do concelho. Vide Jornal Novo Almourol de Julho/1990 e Jornal “Notícias do Entroncamento” de 10/8/1990.―


CULTURA 19

DEZEMBRO 2014

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“Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a” Johann Goethe Moita do Norte

XV Natal da Criança O Clube União de Recreios de Moita do Norte organiza no dia 21 de Dezembro, pelas 16h00, o XV Natal da Criança, festa dedicada aos mais pequenos e com a presença de palhaços e do tão ansiado Pai Natal. Haverá lanche para todos e uma prenda para cada um dos inscritos. Mas não são só os inscritos a receber prenda, os filhos de sócios do CUR, bem como crianças residentes na freguesia (até ao 10 anos) vão igualmente receber um presente se estiverem presentes na festa. A inscrição é até 12 de Dezembro para os contactos 913813870 ou 965659104 e nas instalações do CUR.―

TANCOS

Jogo dos Campeões

Em Tancos vão ser homeageados os jogadores da equipa Campeã Distrital na época 88/89. No fim-de-semana de 13 e 14 de Dezembro constam do programa no Sábado, pelas 17h00, uma missa por alma de todos os jogadores, treinadores e dirigentes já falecidos e no dia 14, Domingo, pelas 11h00, um jogo de futebol, no Parque Desportivo Municipal de Atalaia seguido de almoço convívio no Pavilhão do Grupo Folclórico “Os pescadores de Tancos”.―

Espada que Sangra

O escritor Nuno Ferreira, de Moita do Norte, concelho de Vila Nova da Barquinha, lançou recentemente o livro de literatura fantástica “Espada que Sangra” e está desde então a apresentar a sua obra. No dia 14 de Dezembro, pelas 17h00, vai fazê-lo na sua “casa”, em Moita do Norte, no Clube União de Recreios. O evento terá ainda a actuação da Escola de Dança Desportiva do CUR e pela TCUR, a tuna do Clube União de Recreios. O livro é é o primeiro volume de Histórias Vermelhas de Zallar e é editado pela "Chiado Editora". O evento é de entrada livre.―

"Gastar" tempo com as crianças, com afectos, a pensar no futuro TEXTO&FOTO Ricardo Alves

Ana Santos, Fernando Freire e Quintino Aires

ontem, é ao contrário, o que eu faço hoje depende do que me vai acontecer amanhã”. “Quando alguém leva o filho à minha consulta porque teve sete negativas no último período, não é por isso que vai à consulta, ele vai para que não tenha sete negativas no próximo período”, defendeu Quintino Aires, reforçando a necessidade de funcionarmos em termos de futuro, desvendando uma frase de um ex-toxicodependente que acompanhou. “Quando comecei a trabalhar consigo eu consumia para me lembrar como era boa a sensação e o alívio do dia anterior, quando ainda tinha consumido, então eu voltava a consumir. Hoje, eu não consumo porque me lembro como amanhã vai ser desconfortável a sensação que vou ter. “A ideia de hoje faço ou não faço determinada coisa em função de como vou sentir e

37. Serviço público e desenvolvimento.

LITERATURA

EDUCAÇÃO

Casa cheia e um pouco mais. O espaço foi pequeno para ver e ouvir Quintino Aires no I Encontro de Educação Inclusiva, intitulado de “Sem Livro de Instruções”, que se realizou no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha (VNB) no dia 26 de Novembro. Maioritariamente composto por espectadores da área educativa, o evento aberto ao público esgotou para ouvir o eloquente professor licenciado em Psicologia e doutorado em Psicolinguística. No encontro, organizado pelas associações de pais de VNB, Escola Ciência Viva e Praia do Ribatejo e também pela Câmara Municipal de VNB e PESES, Quintino Aires esteve acompanhado em palco pelo presidente da autarquia, Fernando Freire, e Ana Santos, subdirectora do Agrupamento de Escolas de VNB. “Deus não conseguia realizar tudo, e por isso criou as mães”, foi com este provérbio judeu que Quintino Aires iniciou a sua intervenção, para de seguida distinguir a informação genética da criação da personalidade, “aquilo que nos torna únicos”. Tornarmo-nos pessoa “não é olhar para o comportamento como “o que eu faço hoje depende do que me aconteceu

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

como vou ou não realizar amanha é o grande desafio para as ciências do comportamento e humanas”, sentenciou o psicólogo. Educar é isso mesmo, preparar as crianças para o futuro. E transformar implica relação, “gastar tempo com as crianças”, estimular o seu cérebro e activá-las socialmente, com afectos. Para os professores, Quintino Aires reservou a última fase da palestra, “se quisermos combater a desigualdade, o primeiro passo é perceber que cada criança não pode apenas estar sujeita à aprendizagem dentro de casa, porque apenas saberá reproduzir aquilo que já teve e não poderá expandir. Por isso o "P" de professores é tão importante quanto o "P" de Pais”, reconhecendo as dificuldades na educação das crianças e alunos, “isto não há livro de instruções, nem GPS”, mas a presença de Quintino Aires ajudou a clarificar o caminho.―

Luís Mota Figueira Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

O Fórum Ribatejo reuniu no passado dia 29 de novembro no Entroncamento, sob o tema “História da Ferrovia”. Aspetos que vão desde as questões sociais e técnicas até às de natureza da investigação histórica e perspetivas de futuro se cruzam. Nas comunicações presentes foi possível perceber (por razões de trabalho só estive da parte da manhã) entusiasmo e trabalho realizado. Os participantes do painel foram, de facto, contagiantes e deixaram pistas bem relevantes que importa considerar como componentes da imagem e do futuro da cidade. As cidades fazem-se também da sua História, não apenas de Economia e Urbanismo, de Política e Planeamento mas devem saber atrair Talentos, usar de Tecnologia, e serem Tolerantes. Há muitos e bons investigadores locais, com as origens profissionais mais diversas que se motivam e estudam coisas da sua envolvente geográfica mais próxima e tematicamente tão relevantes quanto a questão ferroviária nacional. Oferecem à cidade do Entroncamento um excelente Serviço Público prestado também por outros investigadores nomeadamente a nível Individual ou integrados no Fórum Ribatejo, porque os aspectos históricos, o presente e as visões de futuro, entendem-se mais do que em discursos sobre cidadania, no seu exercício. Por isso, há que registar para futuro, aspectos referenciados que não poderemos deixar de considerar nesta oportunidade. Cotinelli Telmo mereceria muito mais respeito do que aquele que lhe é prestado pelo actual proprietário do Bairro Camões e de toda a envolvente edificada e em risco de desaparecimento total maculando a história de uma cidade tão importante no contexto da história nacional, não apenas ferroviária. Dói sentir o desprezo que os actuais proprietários dispensam a tão significativa “página” da história entrocamentense, recheada de outras “páginas” igualmente devedoras de atenção. Há 5 anos (que se cumprirão em 7 de dezembro, p., f.) o Autor do blogue http://ruinarte.blogs-

pot.pt/2009/12/bairro-e-escola-camoes-entroncamento.html, o Fotógrafo, Gastão de Brito e Silva, alertava para a tragédia que a obra de Cottinelli Telmo sofria no Entroncamento. O levantamento fotográfico de então significou uma intervenção de verdadeiro Serviço Público que infelizmente a Refer pareceu e parece ignorar. A classificação da Escola e do Bairro Camões como Patrimó-

As cidades fazemse também da sua História, não apenas de Economia e Urbanismo, de Política e Planeamento mas devem saber atrair Talentos, usar de Tecnologia, e serem Tolerantes. nio de Interesse Municipal é lógica, porque impulsionada pela espessura histórica do legado de Cottinelli. Contudo, deverá ser ampliada e marcada por intervenção material urgente. A classificação como património de interesse mais amplo, quer nacional, quer internacional é a melhor forma de devolvermos à sua Obra o nosso “Dever de Memória”. Claro que o Fórum Ribatejo e o distinto Fotógrafo como muitos mais cidadãos estarão, certamente, disponíveis para uma jornada colaborativa que dê sentido, tanto ao encontro do passado sábado, quanto aos seus clamores e de outros sobre esta situação. Será que alguém da Refer ouvirá esta disponibilidade de tanta gente para mais este Serviço Público? Incluo-me nessa disponibilidade e sei que outras gentes estarão disponíveis para este desafio. Haverá sensibilidade dos responsáveis da Refer para o desafio que significa respeitar a memória ferroviária? Tomar, 30 de novembro de 2014― Luís Mota Figueira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico


020 CULTURA

DEZEMBRO 2014

NovoAlmourol

TORRES NOVAS

Rui Sena é o novo director do Teatro Virgínia Chega da Covilhã a uma cidade de média dimensão, o que “sempre” o atraiu, pelo trabalho muito mais directo com as pessoas e proximidade com as associações. Rui Sena, de 62 anos, substitui Tiago Guedes que em Junho deixou a direcção do Virgínia para assumir a direcção artística do Teatro Rivoli, no Porto TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

O novo director artístico do Teatro Virgínia (TV), foi apresentado no dia 14 de Novembro após um processo de escolha ponderado e no qual, contou o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, os ex-directores João Aidos e Tiago Guedes foram consultados sobre o perfil mais adequado para o novo director. Esta consulta visou garantir a continuidade do projecto do TV. O presidente da autarquia contou ainda que a primeira escolha recaiu sobre João Aidos, um regresso, portanto, mas o antigo director do TV recusou. Foi nessa altura que surgiu o nome Rui Sena. Sena fez uma breve viagem pelo seu percurso, contextuali-

zando os objectivos que haveria de delinear nesta nova etapa da sua carreira. Licenciado em estudos teatrais, é director da associação Quarta Parede da Covilhã, e programa anualmente o festival de artes performativas da associação, o Festival Y que conta já com dez edições, a última das quais em Outubro passado. É precisamente da associação que Sena diz beber o conhecimento para o cargo que agora ocupa, “a Quarta Parede é a estrutura que me tem dado o know how em termos de programação cultural”, admitindo também a atracção por cidades de média dimensão onde, explicou, “se faz um trabalho muito mais directo com as pessoas e conhece-se de perto as associações”, desiderato que considera “fundamental para o projecto” que o levou ao TV.

O que não ficou fora da cerimónia de apresentação foram as dificuldades por que passa a área cultural, “quando a cultura não existe, isso é sempre visto como um mal menor”, criticou Rui Sena, lamentando a visão política sobre a cultura em Portugal. Pedro Ferreira acenou timidamente e acabou por reforçar a importância do TV para o concelho e para a região, “com o desejo de que o TV possa galgar fronteiras”. Sobre a programação para o primeiro trimestre de 2015, Rui Sena assumiu que fechá-la é a primeira prioridade. Depois, contou o novo director, quer sentir o pulso à cidade através da sua nova equipa, a do TV, que passou da extinta empresa Turriespaços para a Câmara Municipal. Foi para a equipa, de resto, que guardou grande parte das suas intervenções,

ARQUEOLOGIA

Apresentação da Carta-galeria arqueológico-histórica de Vila Nova da Barquinha TEXTO NA

Dia 13 de Dezembro, pelas 17h00, vai realizar-se a apresentação e lançamento da Carta-Galeria Arqueológico-Histórica do concelho de Vila Nova da Barquinha, no Auditório do Centro Cultura da vila. O evento vai contar com o colectivo que contribuiu para a realização do projecto. No evento estarão presentes Fernando Freire – Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Ana Cruz - Directora do Centro de pré-

-História do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Pierluigi

Rosina - docente de Arqueologia e Património do IPT, Sara Cura - Técnica Superior do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, Luiz Oosterbeek Professor Coordenador do IPT, António Luís Roldão – Investigador da história local, José Manuel da Silva – antigo docente no IPT, na área da Conservação e Restauro, Ana Graça - Técnica Superior do Centro de Pré-História do IPT, Cidália Delgado – Técnica Superior do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo e Rita Anastácio - Docente no IPT.―

Rui Sena (esq.) com Pedro Ferreira, presidente da autarquia

considerando-a “fundamental” para alcançar os objectivos para o Teatro, que vai manter “programação equilibrada, com teatro, dança e música” e que vai tentar chamar a si “as novas gerações de espectadores e criadores para manter viva esta casa”. Sobre orçamentos para o trabalho agora iniciado, o presidente da autarquia afirmou que só se poderão conhecer “lá para 2015”, altura em que já se co-

nhecerão as linhas mais concretas do novo quadro comunitário, no qual vai assentar grande parte da sustentabilidade dos projectos. Ladeado por Pedro Ferreira, pela vereadora da cultura Elvira Sequeira e pelo vice-presidente da autarquia, Luís Silva, Rui Sena garantiu que o TV vai continuar a abrir as portas à comunidade e que vai estar muito atento aos projectos da comunidade.

TOMAR

Sinagoga de Tomar vai ganhar nova vida com apoio norueguês

TEXTO RICARDO ALVES

O monumento nacional, classificado desde 1921, vai ser alvo de obras de requalificação com vista à sua revitalização já em 2015. O templo hebraico, construído no séc. XV e um dos monumentos mais visitados da cidade de Tomar, foi a razão da presença da embaixadora de Israel em Portugal, o primeiro secretário da embaixada da Noruega e o secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, no dia 17 de Novembro, no salão nobre do município. A primeira fase da obra

incidirá na recuperação física do edifício e conta com o apoio do reino Norueguês, através do fundo EE Grants, no valor de 150 mil euros. A zona de banhos rituais, que está preservada tal como ficou aquando das escavações arqueológicas, vai posteriormente ser recuperada para que possa ser visitável e acolher todo o espólio do Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto, actualmente disperso entre os arquivos municipais, o Instituto Politécnico de Tomar e a Sinagoga. O projecto de recuperação deverá ficar concluído até final do ano.―


CULTURA 021

DEZEMBRO 2014

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TORRES NOVAS

Concerto da Orquesta Jazz de Matosinhos com Carlos Bica e Azul

Um concerto de luxo em Torres Novas

TEXTO RICARDO ALVES

O Teatro Virgínia recebe no dia 20 de Dezembro dois símbolos maiores do jazz nacional. A Orquestra Jazz de Matosinhos, uma das formações mais dinâmicas do jazz português actual, desafia a sonoridade esparsa e marcante do trio Azul, liderado por Carlos Bica, propondo novos arranjos sobre uma selecção de temas do trio, especialmente concebidos para o concerto. O projecto Azul nasceu em 1996 com um disco em trio, que

para além de Carlos Bica no contrabaixo, conta com o guitarrista alemão Frank Möbus e o baterista norte-americano Jim Black. A intensa comunicação entre os três músicos e a originalidade do repertório, com constantes referências a géneros variados (do rock e da pop à música tradicional), trouxe-lhes um reconhecimento da crítica e do público que se tem mantido ao longo dos já cinco discos em trio. A Orquestra Jazz de Matosinhos foi criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e iniciou a sua

actividade como uma orquestra de autores, divulgando as composições e arranjos dos seus directores Pedro Guedes e Carlos Azevedo. Com quatro discos editados, para além das presenças regulares nas principais salas do país, tem actuado em Bruxelas, Milão e Nova Iorque. O concerto de dia 20 de Dezembro tem início marcado para as 21h30 e a sala deve esgotar. Os bilhetes têm o preço de 12,50€ e podem ser comprados na bilheteira do Teatro Virgínia ou através da Bilheteira Online (bilheteiraonline.pt).―

ABRANTES

Filme de Animação produzido pela Espalhafitas com Menção Honrosa no Cinanima14 TEXTO NA

O filme de animação Orchis Mirabilis - “Maravilhosas Orquídeas” -, produzido pela secção de cinema da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes – Espalhafitas, foi seleccionado para a Competição Nacional do CINANIMA 14, na categoria Jovem Cineasta Português (menores de 18 anos), de entre os 1328 filmes a concurso. A 38.ª edição do Festival Internacional de cinema de Animação decorreu entre 10 e 16 de Novembro em Espinho. Após a projecção dos diversos filmes, foram anunciados os vencedores nas várias categorias e Orchis Mirabilis, na sua es-

Crónica Musical

Fotograma do filme "Maravilhosas Orquídeas"

treia mundial, recebeu a Menção Honrosa atribuída pelo CINANIMA’14 na competição e na categoria a concurso. Trata-se de mais uma distinção a juntar aos vários prémios e louvores nacionais e internacionais feitos à produção cinematográfica realizada na Associação Palha de Abrantes com crianças e jovens da região, desde 2006, no âmbito do ANIMAIO, o festi-

val de cinema de animação que trabalha junto da comunidade escolar de Abrantes. O filme foi realizado por jovens do concelho de Abrantes, sob orientação pedagógica de Lurdes Martins e Sérgio Vieira, com música de Carlos Zíngaro, Carlos Bechegas e Ulrich Mitzlaff, e argumento de Ana Sofia Nunes e Leonor Carvalho.―

Experiências com Humanos Humberto Felício Músico e Produtor

Depois de um funeral de caixão vazio, numa noite qualquer de dezembro de 2013, no palco maior da cidade de Abrantes – o cineteatro São Pedro - os Kaviar fizeram o último concerto. Notou-se a ausência deste nome nos cartazes. Muitos nem se aperceberam. Tenho noção que a maioria das pessoas ficou um pouco surpreendida. Foi interessante observar a sequência dos acontecimentos sem poder mexer uma palha. Custou a passar este ano. Não ter concertos, ensaios, sessões de estúdio, horas extraordinárias, carrinhas para carregar,

quilómetros para fazer é profundamente enfadonho. O que safou o vício ainda foi o colectivo “Experiências com Humanos”. Uma brincadeira que, entretanto, está a dar muito gozo fazer. É ver para crer. Acho que ainda não provocámos ataques cardíacos nem cegueira. Estamos a evoluir no repertório. Dia 26 vamos fazer mais uma sessão em Alvega, no Café da Bela. Vai chamar-se “Natal Experimental”. Teremos um Presépio, dj set, bancada de fardos de palha, Jesus, Maria e José. Não vai faltar um segundo da verdadeira identidade popular portuguesa. Cada tesourinho é servido com a reverbação cer-

ta para aconchegar possíveis alucinações. É especialmente interessante compreender as diferentes reacções das pessoas em relação a cada música. Não escondemos a barrigada de gargalhadas involuntárias, mas acreditamos que a experiência é provavelmente maravilhosa e que ninguém se vai arrepender de se ter exposto a esta aparelhagem em segunda mão. Está aí o ano de 2015 e a prometer. Eu também me estou a preparar para voltar à estrada, desta vez com o meu primeirís-

Custou a passar este ano. Não ter concertos, ensaios, sessões de estúdio, horas extraordinárias, carrinhas para carregar, quilómetros para fazer é profundamente enfadonho.“

simo projecto a solo, FEL. Não tive muito tempo mas acho que consigo oferecer uma prenda este natal. Tirei três dias de férias para acampar em São Miguel do Rio Torto na casa do meu amigo Paulo Catroga, ele adoeceu a meio mas acho que, mesmo assim, mesmo com pouco tempo gravámos pelo menos meia música. Logo se ouve.―


022 GASTRONOMIA

DEZEMBRO 2014

NovoAlmourol

RECEITA DO MÊS

Crónica de Enologia

Arroz de Tamboril, Malandrinho

Vinhos para a Consoada Eng. Teresa Nicolau Enóloga

O arroz de tamboril é apenas um dos pratos que faz o grande sucesso do Stop, em Atalaia

O restaurante Stop existe desde 1978 e o percurso da casa tornou-a referência na região, seja para petiscos, seja nas especialidades da casa. A Sra. Albertina, deixanos a receita de uma das suas receitas preferidas TEXTO Ricardo Alves

"Faz sucesso", conta Albertina, dona do Café-Restaurante Stop, em Atalaia, Vila Nova da Barquinha. Faz sucesso junto dos clientes mas também da sua família e amigos. Ao NA e seus leitores deixa-nos uma receita simples e fácil de fazer. É apenas uma das especialidades da casa. Entre elas há a Fritada de camarão com açorda de gambas, Chocos fritos à Stop ou Polvo à Lagareiro, e depois ainda há os petiscos que levam muitos visitan-

tes, todo o ano, ao STOP. A escolha dos vinhos é cuidadosa e no res-

Ingredientes - Tamboril - Camarão - Cebola - Alho - Tomate

taurante encontra-se o melhor dos produtos regionais. ―

- Azeite - Arroz - Água - Coentros - Sal

Faz-se um refogado com o azeite, a cebola, o alho e o tomate. Junta-se a água suficiente para a cozedura. Deixa-se ferver e junta-se o arroz. Quando estiver meio cozido junta-se o tamboril e o camarão e, por fim, os coentros. Deve servir-se malandrinho.

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Estamos em época Natalícia, época de reunião familiar e degustação de grandes iguarias. No Natal, na noite de consoada, a mesa é o sinónimo do sentimento de fraternidade familiar que é selada a degustar pratos característicos da nossa gastronomia envoltos de vinhos cuidadosamente selecionados pelo patriarca da família. Do leque vasto dos grandes vinhos portugueses, para esta celebração, aconselho vinhos tintos de 2013 ou de anos anteriores, de acordo com o gosto de cada um por vinhos mais velhos. E porquê do ano 2013 e não de anos anteriores? É pertinente a pergunta! Tratam-se de vinhos que já têm de estágio em garrafa um ou mais anos, tiveram a sua evolução e acompanham bem pratos gastronómicos muito elaborados,

A escolha do vinho para a ceia de Natal deve ter em conta o prato principal bem como os doces

assados, gordos. O contraste de um vinho evoluído, com notas de frutos vermelhos bem presentes envolve-se com a comida sendo o resultado bem influente. Os apreciadores

"O contraste de um vinho evoluído, com notas de frutos vermelhos bem presentes envolve-se com a comida sendo o resultado bem influente” de vinhos brancos devem escolher vinhos brancos que apresentem um perfil aromático tropical, dando nuances quentes com frescura de boca. Como o ambiente é de festa, a mesa das sobremesas

e dos doçes é algo de requintado. Nada como um bom espumante português para acompanhar estas iguarias. Nos espumantes temos vários tipos, dos quais destaco Bruto, Meio-seco e Doce. Cada uma destas designações tem relacionada a quantidade de doçura que o espumante tem, começando no bruto e subindo até ao doce. Aconselho a ter sempre na mesa dois tipos de espumante, para que cada um relacione e escolha consoante a sobremesa. Muita atenção à temperatura do espumante, este deve ser servido bem fresco (6ºC), e sempre mantido na mesa num frapé com bastante gelo. É muito importante a temperatura de servir o espumante pois só assim podemos degustar e brindar. Para todos os caríssimos leitores um Feliz Natal e um Feliz e Próspero Ano Novo!―


NADA PARA FAZER 023

DEZEMBRO 2014

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Dezembro M ús ica

t e at r o/ danç a

s ab e r

C I NE M A

Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas 12 de Dezembro

Espaço Cá da Terra Centro Cultural Gil Vicente, Sardoal 21h30 -

pat r im ó n i o

e t n o g rafia

a r liv r e

13 de Dezembro

Igreja da Sagrada Família, Entroncamento 21h30 –

13 de Dezembro

Cinema

Cineteatro São Pedro Abrantes 21h30

Teatro Virgínia Torres Novas 21h30 7,50€ -

Até 13 de Dezembro

Mercado Diário Municipal do Entroncamento de terça a sábado das 9h às 13h -

e xpo s i ç ão

Cinema Selecção de curtas-metragens do Festival de Curtas de Vila do Conde Concerto de Natal pelo Orfeão de Abrantes e Coral Samouco

Centro Histórico de Abrantes 15h -

Concerto fadista Ricardo Ribeiro 13 de Dezembro

“José Canelo O Melhor do Mundo”

Até 18 de Dezembro Galeria Municipal do Entroncamento -

“Confidencial/ Desclassificado: MISSA CAMPAL” Fotografia de Manuel Botelho Até 31 de Janeiro

Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha -

Loja Social de Vila Nova da Barquinha -

21 de Dezembro

Centro Cultural Gil Vicente Sardoal 16h –

Igreja de São Vicente, Abrantes 17h –

13 de Dezembro

Cineteatro Municipal de Ourém 21h30 10€ –

Venda de Natal

Até 30 de Dezembro

“José Alberto Marques 50 anos de vida literária” Até 3 de Janeiro

Biblioteca Municipal António Botto Abrantes -

21 de Dezembro

Músicas de Natal

17 de Dezembro "O Dia Mais Curto", seleção de curtas-metragens 20 de Dezembro “A Terra dos Carecas” de Bernie Rao -

“Notícias sobre o Entroncamento”

L I T ERAT URA

Concerto de Natal com a fadista Teresa Tapadas e a soprano Filipa Lopes

“Zoo” de Victor Hugo Pontes

17 e 20 de Dezembro

gast r o n o mia

Passagem d'Ano - Abrantes

31 de Dezembro | 22h00 - 05h00 Praça Barão da Batalha, Abrantes Entrada livre. Largada de balões com LED’s. Dj’s Mossy|Kamy|Pokol|Dried Flower Power

Festival do Azeite novo, Migas, Almeirão e Enchidos Até 31 de Dezembro Restaurantes aderentes do concelho de Mação –

“A Assembleia da República, Breve História do Parlamentarismo Português”

Até 31 de Dezembro

Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira Mação -

Orquestra Jazz de Matosinhos com Carlos Bica e Trio Azul 20 de Dezembro Teatro Virgínia Torres Novas 21h30 12,50€

Presépios

Até 8 de Janeiro

Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes Abrantes 17h às 21h12 -

-

Reino exposição de Pedro Valdez Cardoso

Até 18 de Janeiro Convento de Cristo Tomar -

1 mês, 1 escritor: Rosa Lobato Faria - Mostra Bibliográfica

Até 31 de Dezembro

Biblioteca Municipal de Vila Nova da Barquinha -


024 POR AGORA É TUDO

DEZEMBRO 2014

Novo

­Almourol

Título Jornal Novo Almourol Propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Editor Ricardo Alves Sub-Directora Cidália Delgado Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau,

João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves Paginação Ricardo Alves Publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - novoalmourol@gmail.com Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email ciaar.vnbarquinha@gmail.com / novoalmourol@gmail.com

MAÇÃO

Editorial

Festival do Azeite Novo, Migas e Almeirão Texto Novo almourol

Está a decorrer em Mação o 4.º Festival gastronómico do ano, dedicado ao Azeite Novo, às Migas, ao Almeirão e aos Enchidos. Desde 29 de Novembro e até dia 31 de Dezembro o concelho de Mação abre portas aos pratos típicos regados com o azeite das suas dezenas de lagares do Concelho. O festival é inspirado nas

muitas receitas que a Carta Gastronómica apresenta e são nove os restaurantes que aderiram à iniciativa e apresentarão, durante um mês, pratos que incluam Azeite, Almeirão, Migas e Enchidos. Os restaurantes aderentes são: Avenida (Pica-Fino), Mação - Telf: 966 225 784/241 572 585 (Encerra à 2.ª feira); Café Restaurante da Recta, Mação - Telf: 969 459 660 (Todos os dias por encomenda); Casa Cardoso, Envendos - Telf: 965 047

832/241 555 134; Casa Velha, Mação - Telf: 918 536 199/241 572 632; Dona Flor, Penhascoso - Telf: 964 841 69, Almoços e Jantares por Encomenda; O Cantinho, Mação - Telf: 964 677 705/241 573 367 (Diariamente); O Godinho, Mação -Telf: 962 536 310/241 572 874, (encerra ao domingo); O Pescador, Mação - Telf: 934 244 472/241 573 180 (Encerra à 2.ª feira) Diariamente, almoço e jantar; Solar do Moinho, Cardigos - Telf: 910 308 055/274 866 505 (Todos

dias, almoço e jantar). As Migas da zona de Mação são confeccionadas tradicionalmente com sopa de couve com feijão e broa e nos restaurantes pode ainda degustar Bacalhau Grelhado c/Feijão-frade e Salada de Almeirão, Achigã Frito c/ Açorda de Ovas e Salada de Almeirão Migas de Ovas e Salada de Almeirão c/ Lúcio-Perca. Bacalhau com Grão ou Lombinhos à Lagareiro, entre muitos outros. Ligue e fique a saber o que cada restaurante oferece.―

Ambição

Luiz Oosterbeek Director

O papel de um jornal é informar e estimular o debate, separando claramente a opinião, assinada, da informação objectiva. O NA tem essa dupla preocupação, quer quando noticiamos um problema ambiental que afectava a população de Vila Nova da Barquinha e que agora se superou, quer quando ajudamos à visibilidade da dinâmica cultural do Médio Tejo, ou ainda quando somos abertamente defensores da actual dinâmica integradora da CIMT, esperando que a gestão dos fundos comunitários permita não desperdiçar uma oportunidade única para que o Médio Tejo se torne mais coeso.

"(...) é importante assinalar que a CIMT, de forma sóbria mas determinada, vai promovendo a integração da região"

VN BARQUINHA

Venda de Natal da Loja Social A Loja Social de VN Barquinha está a realizar uma Venda de Natal até dia 30 no Largo Manuel Henriques Pirão e o seu objectivo é angariar fundos para a Loja Social que apoia a população mais carenciada. Conta com a comercialização de produtos da própria Loja bem como de produtos da marca Princess Pea. A venda de Natal da Loja Social estará disponível de terça a domingo, entre as 14 e as 19 horas e conta com o apoio do Município da Tecnorém e da Princess Pea.

ABRANTES

Apoio Militar de Emergência A base operacional do Aquartelamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) vai ser instalado em Abrantes e Tancos com a implementação das diversas estruturas a começar em Janeiro de 2015. O Quartel Militar de Abrantes, onde funcionou a Escola Prática de Cavalaria, deverá receber perto de 400 efectivos da RAME, uma força militar de apoio civil que terá a missão de prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Protecção Civil, sempre que seja accionado.

ENTRONCAMENTO

Isenção de taxas

À semelhança de 2014, a Câmara Municipal decidiu, em reunião de 2 de Dezembro, a isenção de 100% do pagamento de taxas relativas a publicidade e à ocupação do espaço público com suportes publicitários e de 50% do pagamento de taxas relativas à ocupação do espaço público com mobiliário urbano, a empresas e empresários que tenham tido em 2014 um volume de negócios inferior a 250 mil euros. A decisão tem em conta as dificuldades que os comerciantes e as empresas atravessam.

TURISMO

Tajo/Tejo Vivo A parceria Tajo/Tejo Vivo - Rede para a Revalorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, lançou publicamente os Centros de Interpretação Tejo/Tajo Vivo, em Vila Nova da Barquinha. Os módulos expositivos são constituídos por equipamentos multimédia com as funcionalidades de quiosque de produtos locais e um sistema de informação turística. Estes equipamentos serão distribuídos pelas regiões parceiras nacionais do projecto, sendo que em Vila Nova da Barquinha o Centro de Interpretação ficará instalado no Posto de Turismo.

Ligar economia e cultura não será um dos caminhos abertos ao Médio Tejo mas, nos próximos anos, o único caminho que pode trazer crescimento económico, emprego e crescimento demográfico. Se essa ligação se limitar ao turismo, será pouco. Precisamos de ver os nossos melhores produtos regionais com a marca do património e das tradições da região. Precisamos de ter a ambição de fazer do Médio Tejo, e do seu quarto de milhão de habitantes, um pólo de inovação territorial, capaz de exportar conhecimento. Da rede de escolas coordenada pelo IPT à gestão civil do aeroporto de Tancos ou à coordenação do Ano Internacional do Entendimento Global que será feita na região, esta é a ambição que a região demonstra estar a ter.


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