Novo
Almourol
JUNHO 14 | n°397 | Ano XXXIII | Preço 1,20 euros | MensaL
DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK
Uma pausa para festejar Depois de meses "enlatados" em casa pelo frio e chuva, agravados pela austeridade, eis que surgem os festejos das populações, oportunidades para desabafar, divertir, confratenizar e conhecer. Abrantes, Barquinha e Entroncamento convidam. p08&10&19 p04e05
Entrevista a Fernando Freire Em entrevista, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, aborda as questões sociais, económicas e perspectiva a governança partilhada que a região terá de pôr em curso por um futuro melhor. Para a Feira do Tejo, as festas concelhias, a decorrer entre 12 e 15 de Junho, Fernando Freire diz que "importantes são os afectos, a partilha de ideias e alegrias das populações".
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CADE com sede O Clube Amador de Desportos do Entroncamento - CADE - inaugurou a sua nova sede em pleno parque Desportivo do Bonito, uma nova casa moderna com todas as condições para ser ainda mais que durante a sua história, iniciada em 1975. A cerimónia contou com centenas de pessoas e foi presidida por Ana Abrunhosa, da CCDR Centro. Felicidade foi o sentimento reinante.
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Entrevista a Luís Dias
De escola a Galeria Vila Nova da Barquinha vai ter uma nova galeria de Arte, após a conversão do edifício da antiga Escola Primária da vila.
Em vésperas das Festas de Abrantes e de mais uma edição do 180 Creative Camp, entrevistámos Luís Dias, vereador da Cultura na autarquia, para saber quais os planos do executivo para a cidade.
02 CURTAS & GROSSAS
A Câmara Municipal de Constância iniciou um inquérito socioeconómico aos residentes na vila poema e às suas condições de habitabilidade. A presidente da autarquia, Júlia Amorim, já havia expressado ao NA, que um dos seus grandes objectivos é recuperar e revitalizar o centro histórico da vila. O inquérito visa a realização de um estudo técnico com vista à posterior execução de uma operação de reabilitação urbana. Os serviços técnicos da autarquia vão fazer o levantamento do estado de conservação dos edifícios na área correspondente à delimitação definida pelo Plano de Pormenor, Salvaguarda e Valorização do Núcleo Histórico de Constância, sendo que um dos objectivos, uma vez que grande parte das casas não é habitada, é saber quem são os proprietários, permitindo depois motivá-los a reabilitar os seus edifícios.
Feira Nacional da Agricultura A 51ª. Feira Nacional da Agricultura está a realizarse até dia 15 de Junho em Santarém com um recorde de expositores presentes, garantiu o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), entidade organizadora do certame. O orçamento é praticamente igual ao do ano anterior, cerca de 900 mil euros, e em paralelo, realizamse a 25ª. Feira Empresarial da Região de Santarém, a 2ª. Lusoflora de Verão, o Salão Prazer de Provar, o Festival Nacional do Vinho, salões nacionais do Azeite e da Alimentação, concursos de suínos e de bovinos e uma exposição canina de raças portuguesas. Na vertente pecuária, uma das novidades será a mostra de galinhas poedeiras, em que os ovos serão oferecidos aos visitantes
NovoAlmourol
No dia 30 de Maio, Maria Salomé Rafael, foi reeleita para um novo mandato de três anos na liderança da Nersant, à qual mais de 200 empresas aderiram em 2013
2,6
O valor em milhões de euros das obras na ponte de Abrantes que começam dia 16 de Junho e vão demorar 18 meses. Até 16 de Setembro a circulação do trânsito será feita de forma alternada, numa única via. A interdição total decorrerá pontualmente num período de entre dois a três meses, à noite, entre as 22:00 e as 06:00.
Na fota, Júlia Amorim, presidente da autarquia, (de costas) parece dar a tática para o jogo
Relvado para Montalvo
FOTO: Flávio Queirós
Reabilitar o Centro Histórico
JUNHO 2014
58.º Aniversário A Escola de Tropas Paraquedistas de Tancos, em Vila Nova da Barquinha, celebrou mais um aniversário juntando milhares de militares. nos dias 22 e 23 de Maio Uma homenagem aos mortos, demonstrações de Paraquedismo, Cerimónia Militar, Missa de Acção de Graças, Demonstração Cinotécnica, Saltos em Paraquedas, e outras actividades, fizeram parte da festa, e acima de tudo o convívio entre camaradas.
O relvado sintético do campo de futebol municipal, em Montalvo, concelho de Constância, foi inaugurado dia 31 de Maio, com uma grande festa do desporto. Na inauguração realizou-se um jogo entre a selecção de Iniciados do concelho contra a equipa do Sporting Clube de Portugal. Houve também exibições de Ginástica da Sociedade Recreativa Portelense, do Grupo Recreativo e Desportivo de Vale de Mestre «Os Relâmpagos», da Casa do Povo de Montalvo e da Associação Cultural e Desportiva Aldeiense, num dia em que também se realizaram jogos de futebol de 7, com a participação das equipas da Casa do Povo de Montalvo, Sport Abrantes e Benfica e Futebol de escolinhas – Casa do Povo de Montalvo. As obras foram finalizadas após um logo processo que se iniciou em 2010 com a legalização dos terrenos por parte da Casa do Povo de Montalvo que posteriormente foram cedidos à Câmara Municipal. O orçamento, de cerca de 300.000,00€, foi assegurado integralmente pelo município: movimentos de terra, escavação, aterro, drenagens, vedação, muro de suporte, iluminação e relvado sintético.
↑ rio acima Sede do CADE
Creative Camp
O Clube Amador de Desportos do Entroncamento dá mais um passo de gigante na sua já rica história com a inauguração da nova sede, em pleno parque desportivo do Entroncamento. Pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos, o clube ganha asas para se afirmar como referência da cidade.
Volta a Abrantes um evento multidisciplinar artístico. com escala mundial Em 2013 poucos esperariam tanto desta produção do Canal 180 e da autarquia, mas o legado deixado perdura na memória dos abrantinos: no elogio ou na crítica. Nada como dantes em Abrantes.
Abstenção
Auditoria
Militares Feridos
Os números não enganam. Apenas 34,5%portugueses participaram nas eleições para o Parlamento Europeu, que é "apenas" um dos principais orgãos e com voz mais activa na vida dos cidadãos. No conjunto dos 28 Estados-membros da UE a participação foi 43.1%, a que acresce a subida dos partidos extremistas.
A Inspecção Geral de Finanças realizou uma auditoria ao Município do Entroncamento sobre o controlo do endividamento e da situação financeira da administração local e autárquica entre 2009 e 2012, informou autarquia. A nota é negativa e aponta falhas relevantes na gestão do município.
Cinco militares ficaram feridos na manhã de dia 29 de Maio, na explosão de uma granada durante um exercício de fogo real de artilharia no Campo Militar de Santa Margarida, concelho de Constância., e um deles ficou em estado muito grave sendo submetido a uma intervenção cirúrgica de urgência.
Parque Ribeirinho No fim-de-semana do dia da Criança, juntaram-se várias actividades no parque de Vila Nova da Barquinha, enchendo-o de alegria, desporto, confraternização ou mera descontracção. Uma boa recepção ao calor num ícone da vila.
↓ rio abaixo
NA PRIMEIRA PESSOA 03
JUNHO 2014
novoalmourol.wordpress.com
Carlos Carvalheiro é actor e encenador do Grupo de Teatro Fatias de Cá, de Tomar, que tem feito da região e também do país um palco e espalhado magia. O Fatias de Cá marca presença nas festas concelhias de Vila Nova da Barquinha com "A Tempestade", dia 13,de Junho, e nos dias 5, 12 e 19 de Julho apresenta "Viriato" no Castelo de Almourol, espectáculo que está em cena desde 1999.
O que mais gosta de fazer nos tempos livres? Ir ao cinema. Como passo o tempo com o teatro, quer por motivos letivos, quer por motivos de cidadania, ir ao cinema é profundamente relaxante e podemos ver o mundo como que refletido por um olho de boi: em pequeno mas muito nítido
O que mais o irrita? A estupidez. Até onde gostava de ir? Gostava de voltar… voltar outra e outra vez a fazer o que faço. Se eu pudesse... O teatro era entendido, por toda a gente, como um instrumento de civilização.
“
(Se eu pudesse...) o teatro era entendido, por toda a gente, como um instrumento de civilização.
CV
Carlos Carvalheiro 58 anos, Professor, encenador, actor Tomar
1972
O meu primeiro personæ: o Alcaide em “A Sapateira Prodigiosa” de Lorca, encenado no Liceu de Tomar por Nestor de Sousa.
1974
O fim da Censura
1979
A criação do Fatias de Cá
1989
A descoberta, em Nova Iorque, da melhor peça de teatro que conheço: “T de Lempicka” de John Krizanc
2015
O futuro
04 ENTREVISTA
JUNHO 2014
NovoAlmourol
28.ª Feira do Tejo, as festas concelhias de Vila Nova da Barquinha, realizamse de 12 a 15 de Junho na zona ribeirinha da vila com uma vasta programação
FERNANDO FREIRE
“Importantes são os afectos, a partilha de ideias e alegrias das populações” Está à vista mais uma Feira do Tejo, a 28ª, as celebrações anuais do concelho de Vila Nova da Barquinha (VNB) que todos os anos levam em romaria milhares de visitantes à vila e este ano com um programa vasto mas centrado em nomes da terra, da região. Em entrevista, o presidente da Câmara Municipal de VNB, Fernando Freire, aborda questões sociais, económicas e perspectiva a governança partilhada que a região terá de pôr em curso por um futuro melhor TEXTO Ricardo alves
Está prometido o maior evento do ano com um orçamento muito reduzido. Uma coisa não está associada à outra? Devido à situação que o país atravessa vamos fazer as Festas com metade do orçamento do ano passado, privilegiando a envolvência de toda a comunidade, quer seja religiosa, das colectividades e das associações, dinamizando uma festa que é de todos. Esta questão da partilha, da envolvência cada vez maior de todas as pessoas, torna as festas numa mais-valia. Em termos gerais não vamos ter grandes nomes, não há nomes nacionais, porque implicam custos significativos, mas vamos ter nomes regionais, com ponderabilidade, e vamo-nos divertir na mesma porque o importante aqui são os afectos e a partilha de ideias e alegrias das populações. É a envolvência das associações que ajuda a baixar os custos e dar possibilidades orçamentais às colectividades? Exactamente. Este ano privilegiamos tudo o que é a exploração de tasquinhas e de expositores com o objectivo de as colectividades arrecadarem receitas para gerirem as suas actividades para o próximo ano. Sem dúvida que, objectivamente, devido à situação que atravessamos, tenho verificado que as colectividades estão com uma dinâmica que não tinham. Não quer dizer que não tivessem dinâmica, mas há uma nova. A da solidariedade, a de dar as mãos e, na própria organização das festas da Barquinha, isso tem efeitos, nomeadamente em termos sociais. O Parque Ribeirinho é o centro da festa. Há cancelas que estão instaladas. É a última vez que teremos o parque aberto sem limitações horárias? Não. A questão das cancelas deve ser vista como uma questão de protecção às obras que lá estão. O parque é para ser usufruído pelos barquinhenses e por quem nos visita. A partir de determinada altura da noite - como em tudo há regras de bom senso - o parque irá ser fechado salvaguardando os momentos da realização de eventos, como é o caso. As cancelas são estritamente indutoras do direito de propriedade… É acima de tudo uma mensagem?
Fernando Freire cumpre o primeiro ano de mandato (PS) à frente da autarquia barquinhense
Exactamente. Estamos a falar de milhões de euros, e temos de ter algum cuidado e algum carinho por isso. Elas são, no fundo, inibidoras dos actos de vandalismo, não são inibidoras do usufruto do parque. O objectivo é estimarmos aquilo que é nosso, se o fizermos, se o conservarmos e mantivermos estamos a poupar dinheiro que é de todos nós. E todos somos responsáveis pela sua manutenção e conservação. Não há aqui nenhuma inibição do parque, pelo contrário, queremos é que as pessoas usufruam e no fundo sejam felizes no parque. Este ano está a ser de muitas alterações ao nível hoteleiro, como vê a Barquinha com os investimentos a serem feitos? Vejo por uma perspectiva extremamente positiva e como uma abertura de oferta que não existia até hoje. Estão criadas as condições para que tenhamos alojamento condigno, mesmo no âmbito da própria região, que é uma nova visão que os autarcas têm, sensível ao Médio Tejo. Temos muito o jeito de vestirmos a nossa camisola, da Barquinha, mas esquecemo-nos que provavelmente um grande número de frequentadores do parque são de concelhos da região como Entroncamento ou Abrantes, e que consomem e geram riqueza aqui. Esta filosofia implica que haja fluxos migratórios turísticos que podem ser aproveitados em sintonia com o centro religioso de Fátima, promovendo alguma visitas, mas aproveitando sinergias laterias, nomeadamente com visitas ao castelo, ao Parque de Escultura, no fundo é tentar manter algum fluxo turístico no nosso território. Julgo que temos condições excelentes para o fazer e por isso apostamos na
cultura e vamos continuar a fazê-lo. A cultura e educação são referências em termos de investimento. Para que quem venha ao parque possa também visitar exposições, envolver-se com a paisagem e o próprio património. Essa é uma questão clara. Há uma escassez de camas na região e algumas fecham portas. Por outro lado o turismo é um sector em franco crescimento no país... Há uma situação que temos de perceber. O alojamento é uma questão privada. As câmaras municipais têm de criar linhas verdes, apoiar os empresários para que tenham as condições ideais para haver atractividade, como em termos administrativos (licenciamento e celeridade). O empresário cada vez mais tem celeridade em desburocratizar e a filosofia é esta: um projecto novo vem para a câmara municipal e os seus serviços técnicos têm de estar de mãos abertas para essa situação, verificar até que ponto cumpre os pressupostos legais e sensibilizar todos os seus parceiros, nomeadamente os seus trabalhadores, a serem céleres na decisão. Se isto for criado, o empresário apercebe-se que aquele concelho está a gerar regras de atractividade, tem qualidade de vida e é bom investir ali. O autarca têm é de criar as condições para que o privado venha, se fixe e que depois arrisque. Com preocupações de sustentabilidade? Sim, que seja rentável. O que tem acontecido ultimamente é que temos acarinhado todos os projectos que vêm aqui e, mais que isso, criamos condições de proximidade e descom-
ENTREVISTA 05
JUNHO 2014
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"(...) as colectividades estão com uma dinâmica que não tinham. Não quer dizer que não tivessem dinâmica, mas há uma nova. A da solidariedade, a de dar as mãos (...)"
"As câmaras têm de criar linhas verdes, apoiar os empresários para que tenham as condições ideais para haver atractividade, como em termos administrativos (licenciamento e celeridade)."
partilhada os munícipes devem ter também uma visão de território integrado. A criação das CIs vem permitir ao Governo delegar algumas competências que lhe pertenciam, foi a maneira de regionalizar, mas também esta possibilidade de as câmaras delegarem competências nas CIs para em economia de escala – nomeadamente em concursos públicos – pouparmos alguns milhares de euros que são de todos, dos próprios munícipes que pagam os seus impostos.
plicação – um verbo que muitos autarcas ainda não perceberam. São os empresários que criam riqueza. Quem não usar este verbo, “descomplicar”, provavelmente não vai ter investimento no turismo. Esse é o investimento que está a crescer em Portugal. Há razões endógenas, da simpatia das populações, da conjuntura internacional, que também tem influência. Veja-se o Egipto, o norte do Magrebe. Há nesses países instabilidade e as pessoas procuram outros lugares seguros, onde há paz social, qualidade de vida e onde as pessoas têm condições para usufruírem do lazer. Temos é de ser inteligentes e criar as condições para que os privados invistam e criem riqueza. E todos estes investimentos hoteleiros no concelho são privados, à excepção do Albergue da Juventude de Tancos, que é um projecto da Junta de Freguesia em parceria com a câmara municipal no sentido de dinamizar uma lacuna que tínhamos. Oferecer condições à juventude para virem para aqui e ter actividades radicais, conhecer o património. Já temos universidades de Lisboa a reservar o Albergue e foram elas que me contactaram para quando o albergue estiver pronto. Ao nível dessa atractividade empresarial, o Barquinha 2020, uma das primeiras medidas desde que é presidente, torna-se fundamental? Sim, é um gabinete que eu tenho acarinhado, que vai gerar muito investimento porque tenho a sensibilidade, tendo eu trabalhado no privado e sabendo como é esperar-se por determinado tipo de licença ou autorização. E quando há fundos comunitários e janelas de oportunidade que abrem e fecham, dentro daquilo que é o quadro legal, quero facilitar a vida aos empresários. E qual é o balanço destes escassos meses de actividade, sendo que já há no horizonte uma há muito falada superfície comercial? (ver pág. 6) O balanço é positivo, aliás tenho aqui na mão a relação dos empresários que tem recebido e surpreende pela positiva. Neste momento tenho projectos desde a área da saúde, do turismo militar, do tratamento da pedra, de quintas pedagógicas e hidropónicas, projectos de recuperação de antigas padarias, de mobilidade de alguns meios de transportes… Como têm sido as reacções dos empresários? Positivas. Muito em breve vamos ter resultados objectivos no Centro de Negócios de VNB. É tudo o que posso dizer agora. Estamos numa expectativa jurídica, do quadro de apoio “2020” onde vêm investimentos significativos para a competitividade para as empresas. Temos uma excelente localização do nosso parque. Somos servidos pela A23 e A13, temos uma proximidade com a ferrovia - nas infra-estruturas de valor acrescentado uma das áreas de investimentos será nos portos e na ferrovia e estar perto do Entroncamento dá-nos condições objectivas para sermos competitivos e atractivos. E não é por acaso que os empresários vêm falar connosco, todas as semanas tenho reuniões com empresários. Uma das suas grandes preocupações é a questão social. Como está o concelho? Está complicado. Temos neste momento à volta de 370 inscritos no centro de emprego. Há uma situação complexa em termos de oportunidades, da própria conjuntura. Temos feito o acompanhamento possível dentro das nossas possibi-
"Estamos num período de experimentação, de um novo quadro comunitário que vai trazer novos projectos para VNB e que nos obriga a harmonizar procedimentos com todo o território."
O futuro da região reserva-se para essa governança partilhada? A partir do momento em que em VNB há um projecto que pode ser votado por todos os parceiros e elegível como um projecto âncora para a região é muito importante haver uma relação de harmonia entre a nova CI. Aquilo que venho conhecendo, até porque sou um autarca relativamente novo nestas coisas, tem-me surpreendido pela positiva, pelo principio da unanimidade de posições comuns que temos tido. Deve haver muito poucas CIs que têm este debate de ideias e esta partilha entre autarcas que são de cores completamente diferentes. Procura-se uma unidade do território, com as diferenças e filosofias que cada um tem.
lidades. Temos a Loja Social a funcionar, estamos a acudir a situações complexas com muita parcimónia e humanidade. Abrimos o pólo da Praia do Ribatejo, temos uma carrinha cedida pelo Centro de Dia das Madeiras para podermos fazer o atendimento descentralizado, sempre em colaboração com as IPSSs. É importante que se diga que a responsabilidade primeira na acção social é da Segurança Social e de seguida é das instituições, onde está a câmara, onde estão as juntas de freguesia e as IPSSs. Falo no Centro Social de Atalaia, da Santa Casa da Misericórdia, da fundação Francisco Cruz e do Centro de Dia das Madeiras. Há, na realidade, uma entrega das pessoas, e a ideia de gestão da Loja Social entre todos os parceiros é excelente pois permite envolver todas as pessoas dos parceiros, conhecer as realidades, saber quem estamos a ajudar, dentro da reserva da vida privada de cada um. No fundo, aquele núcleo restrito sabe quais são as lacunas sociais existentes, quais os socorros emergentes que são precisos fazer e isso é fundamental neste momento complexo, talvez o mais complexo desde o 25 de Abril, mas que com o nodo e entrega de todos vamos ultrapassar. Tem sido feito um trabalho fabuloso. Em relação à Comunidade Intermunicipal (CI), qual é o papel e os objectivos de VNB na mesma? É muito importante para quem é autarca, fundamental, esclarecer estas questões. É evidente que quem elegeu o Fernando Freire foram os munícipes que estão preocupados em que lhes tapem a calçada, recolham o lixo e situações similares. Essa é a primeira visão enquanto autarca no seu território. Mas a realidade de Portugal 2020 vê criar uma situação nova. Quem quiser alocar projectos para a sua localidade tem que pensar em termos de território e pensar assim significa que provavelmente se houver um projecto em Constância ou no Entroncamento ele tem reflexos positivos em VNB. Projectos de criação de emprego, de competitividade, de turismo e outros tais. Esta visão de capela tem que ser modificada. Eu percebo que o munícipe eleja o seu autarca por questões de proximidade mas nesta visão de governança
Essa governança encerra outras alterações nomeadamente a inclusão dos agentes empresariais? É uma questão mais complexa da governança. Não são só os agentes públicos eleitos que têm decisão sobre o investimento no território mas os próprios agentes privados que vivem no território. É uma filosofia completamente nova em termos de partilha de poder. Os governos e os autarcas legitimamente eleitos têm que partilhar a sua decisão com pessoas que não são eleitas, as instituições, as corporações. E isto faz-nos recuar ao tempo do anterior regime, em que eram as corporações que tinham um peso institucional significativo, com deputados – voltamos a um processo onde há envolvência de todos os agentes. Este é um caminho ditado por quem, pela conjuntura, pela União Europeia (UE)? Pela UE. Perante o acumular de erros, quer do governo quer das autarquias, a UE entendeu dizer que o modelo de governança é este. Estamos num período de experimentação, de um novo quadro comunitário que vai trazer novos projectos para VNB e que nos obriga a harmonizar com todo o território. Vamos ver no que vai resultar. Naquilo que me foi dado a conhecer, a motivação dos parceiros, creio que em termos de CI conseguimos envolvê-los e temos objectivos comuns, mas vale o que vale. Por vezes há muitos interesses instalados, temos de ser claros quanto a isso e às vezes não se pode agradar a gregos e troianos. Em relação à ameaça que paira desde o rebentar da crise, há alguma informação sobre serviços públicos a encerrar? As informações que tenho é que não. E depende da palavra das pessoas, de deputados do partido que está no governo e com os quais falei. Como digo, para já são as palavras das pessoas, ao contrário de algumas que são irrevogáveis e depois passam a revogáveis, eu acredito nas pessoas, até prova em contrário. O que me transmitiram é que fica tudo como está. Se houver alguma questão cá estaremos. Assumiram o erro do fecho das tesourarias da segurança social e aí tivemos uma posição contra em conjunto – CDU, PS e PSD, o que demonstra o trabalho da CI._
06 NÓS
JUNHO 2014
NovoAlmourol
BARQUINHA
Superfície Comercial nasce em Novembro O processo está em curso para que Vila Nova da Barquinha venha a ter um supermercado Intermarché no concelho, concretamente nos terrenos junto à antiga Valura, na estrada Nacional 3, à entrada para a vila
BARQUINHA
Escola torna-se galeria de arte Vila Nova da Barquinha (VNB) vai ter mais uma galeria de arte após a conversão do antigo edifício da Escola Primária de VNB, situado no centro histórico da vila. TEXTO NA FOTO Ricardo ALves
Com inauguração prevista para Novembro, nova superfície aponta para a criação de 30 postos de trabalhono concelho
TEXTO&FOTO RICARDO ALVES
As obras deverão iniciar-se já durante o mês de Julho e a inauguração do espaço está prevista para dia 1 de Novembro. Para além de um supermercado, na superfície será incluído um Posto de Abastecimento de combustíveis, à semelhança do que acontece, por exemplo, em Golegã e Tramagal (Abrantes), duas das localidades que fazem parte da rede do Grupo ”Os Mosqueteiros”. Há muito tempo que no concelho se fala sobre a instalação de uma grande superfície comercial sem no entanto alguma vez se ter concretizado. A
proximidade com o concelho do Entroncamento, em que abundam supermercados das marcas mais conhecidas do mercado nacional impede que se diga que há oferta deficitária no concelho de VNB, bem como a existência de vários mini-mercados e supermercados de média dimensão. A notícia avançada pelo NA nas redes sociais foi lida por milhares de internautas e na sua grande maioria a reacção foi positiva. O facto de ter sido lida e partilhada em grande escala é um sinal da expectativa que as conversas em torno da eterna possibilidade de instalação de uma grande superfície no concelho criaram na população.
O processo de instalação da superfície criará 30 postos de trabalho e foi trabalhada pelo recentemente anunciado “Barquinha 2020”, plano estratégico da autarquia que resulta de uma sinergia entre o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento e Empreendedorismo Local (GADEL) – serviço de apoio técnico do município – e a empresa municipal “CDN – Gestão e Promoção do Parque Empresarial de Vila Nova da Barquinha”. Em Portugal há mais de 20 anos, o grupo “Os Mosqueteiros” conta com mais de 230 pontos de venda, espalhados por mais de 180 concelhos, nos 18 distritos do país.―
O projecto resulta da candidatura para “Refuncionalização da EB1 em salas de exposições” que foi aprovada no âmbito do PRODER / Melhoria da Qualidade de Vida, do Sub Programa 3 da ADIRN (Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte - Acção / Subacção: Conservação e Valorização do Património Rural, informou a autarquia. Com investimento total de cerca de 70.000 euros, a obra terá um financiamento de 41.860,70 euros. A operação proposta consubstancia-se na intervenção no edifício, visando a sua refuncionalização, tendo como objectivo a criação de duas salas de exposição, transformando o edifício na “Galeria de Stº António”. A recuperação do edifício da
Antiga escola ganha novo fôlego com reconversão em Galeria de Arte
Escola Primária, que se encontra desactivado, de traça tradicional, irá permitir a criação de duas salas de exposições para divulgação do património regional da arte; apoio à divulgação de artistas emergentes do CEAC (Centro de Estudos de Arte Contemporânea) e do território, criação de condições que permitam a promoção e a divulgação cultural tendo em vista a aproximação das populações às linguagens da produção cultural e artística. Em nota informativa, a autarquia informa que “este projecto desenvolve o turismo territorial, com especial enfoque nos produtos locais de cultura e tradições. A realização deste investimento potencia o território, criando mais um ponto de interesse para a comunidade e visitantes, atraindo novos públicos para a região de abrangência do Grupo de Ação Local-ADIRN”.―
CAMINHANDO 07
JUNHO 2014
novoalmourol.wordpress.com
ENTRONCAMENTO
Caminhando
CADE com sede de futuro
Prestar contas aos associados Novo Almourol Jornal Regional com sede em VN Barquinha
Inauguração juntou centenas de pessoas para visitar em primeira mão o edifício
TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES
O Clube Amador de Desportos do Entroncamento (CADE) inaugurou no dia 1 de Junho a sua nova sede social, numa cerimónia presidida por Ana Abrunhosa, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). O clube, fundado em 1975, curiosamente no último dia desse ano, vê assim concretizado um desejo antigo. Situado em pleno parque desportivo do Bonito, o edifício tem todas as condições para ser o centro da actividade desportiva e de gestão, até pela proximidade com os campos de futebol, a escassas centenas de metros. Os campos são, de resto, a paisagem que se avista do auditório situado no andar mais cimeiro da sede. Mas o edifício, que foi visitado por centenas de pessoas no dia da inauguração, reserva outras particularidades. Tem saOURém
Turismo religioso O Museu Municipal de Ourém integra desde dia 3 de Junho a Rede Portuguesa de Museus. Inaugurado em Julho de 2009, o museu iniciou a candidatura ao processo de credenciação, ainda nesse ano. O Museu Municipal é uma estrutura polinucleada que trabalha a identidade do concelho e actua em todo o património cultural. A sua credenciação permite, entre outros, a integração na rede de divulgação nacional―
Representantes visitam auditório da nova sede
las de reuniões, arquivo, zona de lazer, sala de troféus, cozinha e refeitório entre outras valências. Actualmente, o CADE movimenta mais de 350 atletas e compete com duas equipas no mínimo por escalão desde escolas a Juvenis. Em Maio de 2010, foi atribuído ao clube o estatuto Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. A nova sede do CADE começou a nascer em Fevereiro de 2011 e foi co-financiada fundos comunitários do programa QREN. A cerimónia contou com a presença de Jorge Faria, Pre-
sidente da Câmara Municipal do Entroncamento, João Lérias, Presidente da Assembleia Municipal, Isilda Aguincha, deputada da Assembleia da República, do Presidente da Associação de Futebol de Santarém e demais entidades, muitos atletas e ex-atletas, sócios e colaboradores. João Abreu, presidente da Direcção do CADE e um dos fundadores era dos rostos mais sorridentes, bem como Jaime Ramos, também ele fundador do clube e ex-presidente da Câmara entroncamentense.―
CIMT
MAÇÃO
Transporte a Pedido
Em funcionamento desde Janeiro de 2013 em Mação, o projecto, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, foi alargado em Maio à zona norte do concelho de Abrantes e ao concelho do Sardoal, passando a servir cerca de 20.000 habitantes. É um serviço de transporte público em áreas e/ou períodos do dia ou ano onde a oferta não existe ou é deficitária. É o próprio cliente que desencadeia a viagem, contactando previamente a central de reservas (800 209 226).―
Habitações Degradadas A Câmara de Mação está a promover um programa de apoio para a conservação, reparação ou beneficiação de habitações degradadas em todo o concelho. O programa assenta em comparticipações financeiras, redução de taxas e licenças, cedência de maquinaria e equipamento da autarquia para a retirada de entulhos e demolições e atribuição de cal,e é destinado a todos os munícipes, que terão de candidatar-se.―
Contam-se agora oito meses desde a mudança no Jornal Novo Almourol (NA). Passou de um jornal concelhio, para o Médio Tejo, para um jornal mais amplo, tão amplo quanto as perspectivas territoriais, na sua organização política, financeira, económica, cultural e, derradeiramente, social. O balanço é positivo e as contas devem ser prestadas aos nossos associados. Sim, porque o NA é propriedade de uma associação, o Centro de Interpretação e Arqueologia do Alto Ribatejo. Há cerca de mês e meio, um dos assinantes do NA foi visitar-nos ao centro de interpretação, à sede do NA, e, honrado como são os nossos assinantes, quis pagar o ano em falta. Pagou, mas logo de seguida expressou o seu descontentamento, dizendo querer desistir do jornal e que o mesmo já não falava do seu concelho (Barquinha). As portas do CIAAR estão sempre abertas e esta situação será sempre bem-vinda. Foi fácil explicar que o senhor estava errado. Apesar do alargamento do território de acção, o NA veicula mais notícias sobre a Barquinha. Atreito a ceder, o simpático senhor rebateu os números apresentados, dizendo que um jornal como o NA devia fazer mais, tendo recursos públicos. Foi aqui que a sua lógica se desmontou. Muita gente continua a pensar que o NA é propriedade da autarquia. Não. A propriedade é do CIAAR, e no jornal, em horário permanente, trabalham duas pessoas, e não as “vinte” que o assinante pensou saber. E aqui reside a questão subliminar. Somos (muito) poucos que nos queremos bons, mas apenas com o apoio da comunidade poderemos, em conjunto, atingi-lo. E o NA, como qualquer órgão de comunicação, é uma força poderosíssima. Poder transmitir, projectar um concelho, além micro fronteiras, galvanizar as potencialidades, o que todos quantos vivem
na região sabem existir, é um poder que uma vez perdido jamais poderá ser compensado. O NA existe desde 1957, tem neste momento dois jornalistas e ainda a colaboração de outros oito que estudam para sê-lo e se põem à prova no seu jornal. O NA. Nestes tempos que infelizmente são recorrentes na história, cultiva-se a imbecilidade dos povos. Os primeiros cortes de uma "ditadura" são quase sempre na cultura, na liberdade de Ser mais, de formação da alma. Vivemos isso agora e os resultados estão à vista: abstenção, emigração, demissão. Em Vila Nova da Barquinha há um jornal que optou por preservá-la, ajudar na sua humilde possibilidade, a divulgá-la.
O balanço é positivo e as contas devem ser prestadas aos nossos associados. Sim, porque o NA é propriedade de uma associação, o Centro de Interpretação e Arqueologia do Alto Ribatejo.
Há tanto a acontecer no Médio Tejo, se ao menos abrirmos os olhos e escancararmos a alma. O caminho faz-se caminhando. Confie em nós que estamos cá há 57 anos. Não somos nada sem os nossos associados. E os nossos associados serão menos sem o NA. PS: o senhor que quis desistir acabou por pagar a assinatura até 2017, “é o que tenho no bolso”, mas prometeu voltar. Até porque tinha apenas 62 anos, dois filhos e 4 netos, que “se Deus quiser vão saber ler e adoram viver no Ribatejo."
08 FESTAS
JUNHO 2014
NovoAlmourol
BARQUINHA
Festa com todos Entre 12 e 15 de Junho, o espaço do Parque de Escultura Contemporânea Almourol acolhe milhares de visitantes para mais uma edição da Feira do Tejo, com dezenas de expositores de artesanato e as tradicionais tasquinhas. Durante 4 dias, Vila Nova da Barquinha (VNB) promove o seu maior evento anual onde não faltará a animação de rua, teatro, dança, música, folclore, marchas populares, pirotecnia, desporto, exposições, sem esquecer as actividades para os mais novos – insufláveis e balão de ar quente. PROGRAMA
Dia 12 de Junho | Quinta-feira 18h00m| Galeria do Parque Abertura da Exposição Alunos Finalistas do Curso de Artes Plásticas do IPT; 18h00m| Sala Estúdio do CEAC - Palavras Soltas com… Rafael Domingos; 19h00m | Parque Ribeirinho A Saúde na Terra dos Sorrisos - Jogo da Alimentação | UCC Almourol (org.); 21h00m| Palco Stº António - Marchas Populares | Associações de Pais Escola Ciência Viva e Praia do Ribatejo/ Fundação Francisco Cruz (org.); 22h30m| Palco Principal - Soul Secrets (concerto Musical); 00h00m| Palco Ribeirinho - Arregaita (Concerto Musical); 00h00m| Parque Ribeirinho (Área Central) Tenda DJ/ Casa do Guarda.
Luis Roldão; 16h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Como vai o meu peso? | UCC Almourol (org.); 16h16m| Parque Ribeirinho - Teatro “A Tempestade” | Grupo “Fatias de Cá” (org.); 18h30m | Igreja Matriz de Vila Nova da Barquinha - Missa em Honra de Stº António, seguida de Procissão; 19h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Como vai o meu peso? | UCC Almourol (org.); 22h30m | Palco Principal - Denis (Concerto Musical); 00h00m | Palco Ribeirinho Fun2Rock (Concerto Musical); 00h00m | Parque Ribeirinho (Área Central) Tenda DJ/ Casa do Guarda.
09h00m| Paços do Concelho Hastear da Bandeira; 10h00m - 18h00m | Parque Ribeirinho - Pintura ao Vivo no Parque; 15h00m – 18h00m | Parque Ribeirinho - Workshop Canoagem | Clube Náutico Barquinhense (org.); 15h00m | Auditório do Centro Cultural - Lançamento do Livro “Crónicas Históricas”, de António
18h00m | Parque Ribeirinho Zumba Fitness; 19h00m | Parque Ribeirinho - Visita guiada ao Parque Escultura Contemporânea Almourol (PECA); 19h00m | Palco Ribeirinho Crossfire (Concerto Musical); 19h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Sessão de relaxamento / Como bate o meu coração? |
Dia 14 de Junho | Sábado 09h00m | Aquagym - II Torneio de Escolas Natação VNB
Denis
Dia 13 de Junho | Sexta-Feira
Orquestra Ligeira do Exército
Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Como bate o meu coração? | UCC Almourol (org.); 17h00m | Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC) - "Na Barquinha semeamos Ciência" | Ass. Pais ECV e CIEC; 17h30m | Palco Stº António - Actuação TCUR (Tuna do Clube União de Recreios) | CUR (org.); 17h30m | Parque Ribeirinho - Animação de Rua/ Peña Kalimotxo;
Balão de ar quente
UCC Almourol (org.); 20h00m – 23h00m | Parque Ribeirinho - Voo Suspenso em Balão de Ar Quente | ETP (org.); 21h00m | Palco Stº António - Festival de Folclore; 23h00m | Palco Principal - Ricardo Oliveira (Concerto Musical); 00h00m | Palco Ribeirinho - Vice Versa (Concerto Musical); 00h00m | Parque Ribeirinho (Área Central) - Tenda DJ/ Casa do Guarda
tração de Vespas | Vespalmourol (org.); 10h00m – 12h00m | Parque Ribeirinho - Baptismo a Cavalo | Clube Hípico Margens do Tejo (org.); 11h00m | Parque Ribeirinho - Actividade física – CrossTraining; 12h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Sessão de relaxamento | UCC Almourol (org.); 16h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Como estamos de açúcares? | UCC Almourol (org.); 15h00m – 18h00m | Parque Ribeirinho - Workshop Canoagem | Clube Náutico Barquinhense (org.); 15h00m – 18h00m | Centro Cultural Workshop de Bonecos em EVA | Leonor Tavares; 15h00m – 20h00m | Parque Ribeirinho - Insufláveis; 15h30m | Parque Ribeirinho - Animação de Rua/ Peña Kalimotxo; 16h00m | Palco Stº António - Entrega de Diplomas FOS com actuação do Grupo de Teatro e da FosTuna | Essência da Partilha (org.); 16h16m | Parque Ribeirinho - Teatro "Comédia da Marmita”, pelo Grupo “Fatias de Cá” (org.); 17h00m | Parque Ribeirinho - Demonstração de Cães Militares | ETP (org.); 17h30m | Parque Ribeirinho - Anima-
Dia 15 de Junho | Domingo 09h00m | Rio Tejo - Turisalmourol – descida de canoas | CNB (org.); 09h00m | Parque Ribeirinho - Caminhada por uma causa/ FOS | Essência da Partilha (org.); 09h00m | Parque Ribeirinho - Passeio BTT guiado | GCB (org.); 09h00m | Parque Ribeirinho - Concen-
Ricardo Oliveira
ção de Rua/ Peña Kalimotxo; 17h30m | Auditório do Centro Cultural - Apresentação do Livro “O amor chegou por SMS”, de Júlio Pereira; 18h00m | Palco Stº António - Demonstração de Ballet e Karaté | Escolinha ABC (org.); 19h00m | Parque Ribeirinho - Visita guiada ao Parque Escultura Contemporânea Almourol (PECA); 19h00m | Palco RibeirinhoPl@gio (Concerto Musical); 19h00m | Parque Ribeirinho - A Saúde na Terra dos Sorrisos - Como estamos de açúcares? | UCC Almourol (org.); 21h00m | Aquapalco - Danças de Salão | CUR (org.); 22h00m | Palco Principal - Orquestra Ligeira do Exército (Concerto Musical seguido de encerramento com Pirotecnia)
EXPOSIÇÃO De 12 a 15 de Junho | Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC) - Trabalhos de Pintura e Fotografia dos alunos do CEAC Mais Desporto 1.º Torneio Futsal do Tejo 13 e 14 de Junho | Campo de Jogos do Parque Ribeirinho (Org. BAR4).―
HISTÓRIA 011
JUNHO 2014
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INVESTIGAÇÃO (II)
Encontros e Desencontros da História da Barquinha TEXTO ANTÓNIO Luís ROLDÃO
Na sequência do apontamento histórico anteriormente referido nestas colunas, sobre as partilhas da herança por óbito de Manel Dias Sirgado e da esposa, guardámos para esta altura a divulgação da parte correspondente à herdeira, Constança de Jesus Pinto, desta Vila. Morava essa ilustre senhora, à data dos factos, nas casas vulgarmente conhecidas como dos Tochas! Situadas defronte da estação dos correios, é, nos dias de hoje, um conjunto habitacional completamente desfigurado relativamente ao inicial e que eu ainda conheci na íntegra; casa patrimonial completa; cerca murada da horta; instalações para acomodação das alfaias agrícolas; casas dos caseiros e de recolha da viatura automóvel, etc. Morreu, nessa sua residência, no estado de solteira, no dia 6 de Janeiro de 1892, naturalmente sem descendência directa. A personalidade desta Constança, professando os ideais da religião cristã pelos fortes indícios inscritos no articulado do seu testamento, revestem-se de algumas facetas que levam a reconhecê-la como uma pessoa humanamente sensível, próxima e atenta aos problemas sociais que a rodeavam. Exemplos dessa sua visão altruísta conhecem-se das imposições exaradas no testamento, de pensões vitalícias atribuídas a algumas das suas sobrinhas e a familiares destas enquanto vivas fossem; de quantias destinadas, após a sua morte, a criados e a criadas que estivessem ao seu serviço e da dotação à Paróquia de Santo António de 50 000 reis, destinados à pintura da Capela-Mor da actual Igreja. São testemunhos de uma sensibilidade e de um despojamento que se adivinha quando expressamente determina a distribuição de esmolas aos pobres, após a sua morte, e a grande preocupação de comtemplar a legião de sobrinhos e de sobri-
nhas com uma parte apreciável do seu Património de bens rústicos e urbanos. A parte significativa da sua fortuna lega-a a José Rodrigues Dinis Tocha, também seu sobrinho, incluindo a sua casa senhorial nesse legado, facto que irá determinar, daí por diante, que aquela sua mansão passasse a ser conhecida como a Casa dos Tochas! E tinha toda a razão de ser, porquanto este Dinis Tocha, por sua vez, tendo terminado os seus dias em 31 de Maio de 1921, deixa a um seu sobrinho, Francisco Tocha de Figueiredo, uma parte significativa e importante da herança recebida a acrescentada ao longo dos anos. Curiosa a circunstância de, também ele, ter morrido solteiro! O testamento deste José Rodrigues Dinis Tocha, consultado igualmente e do qual ex-
ceis de antecipar e de prever. Esta fortuna amealhada ao longo de mais de um século, sucessivamente, até quase aos nossos dias, esboroou-se completamente, sendo visíveis, na actualidade, algumas migalhas de destino incerto.
traímos cópia, contém algumas particularidades interessantes e dignas de nota. Independentemente da parte substancialmente legada ao sobrinho Francisco, contempla generosamente a sua governanta da casa, Maria Luísa de Matos Calado “ que vive na companhia dele testador”, presumindo-se que fazia parte da “mobília” da casa em termos afectivos, justificação para ter sido alvo de tanta prodigalidade.
a rua, Nascente com Travessa do Ribeiro, Sul com António José Pires, Poente com a Travessa das Hortas. Uma morada de casas térreas, contígua, que hoje forma um só prédio com o seu quintal, sitas na Rua do Norte, defronte do Chafariz, que confrontam do Norte com a Rua Pública, Nascente com Manuel Rodrigues Nunes, Sul com Sebastião António de Faria e Poente com António José Pires. Quatro moradas de casas térreas, contíguas, que hoje formam um só prédio, com seus logradouros, quintal com um poço, na Rua do Chafariz da
A vida obriga o ser humano a muitas surpresas, a voltas e a desfechos nem sempre fá-
Mas, voltemos ao passado, ao reencontro com a história desta terra, à parte da herança destinada à benemérita Constança de Jesus Pinto, permitindo-nos avaliar o reverso de um caso, digno de meditação. Bens de raiz que ficaram na sua legítima à herdeira (Dona Constança de Jesus Pinto:) Uma morada de casas de habitação de primeiro andar, celeiro, pátio, palheiro, armazém para azeite, com a sua horta e dois poços de água sitas na rua do Norte da Vila Nova da Barquinha que partem a Norte com
Vila da Barquinha que partem a Norte com António Joaquim Gameiro, Nascente como chafariz, Sul e Poente com ruas Públicas. Uma cova de recolher bagaço feita de pedra e cal, sita da rua do Norte da dita vila, que parte a Norte e Poente com ruas Públicas, Sul com ribeiro. Um cerrado com oliveiras no sítio do paul junto à Barquinha, que parte de Norte e Poente com herdeiros de José Filipe, Nascente Manuel Morais e Sul com estrada. Umas casas térreas com o seu quintal e oliveiras, no lugar da Moita, que partem de Norte e Nascente com António Ribeiro Franco, Sul e Poente com ruas Públicas. Umas casas térreas com o seu logradouro, também sitas no lugar da Moita que partem a Norte com rua Pública, Nascente Giraldo José, Sul e Poente com António Maria Falua. Um olival sito à capela de Nossa Senhora de Roque Amador, limite de Vila Nova da Barquinha, que parte do Norte com Manuel Rodrigues Teixeira, Nascente com Francisco António Bernardes, Sul com herdeiros de José Filipe e Poente com a terra da dita capela e Manuel Luís Gonçalves. Um olival e uma casa térrea sita à Ponte da Pedra, que parte do Norte e Nascente com estradas, Sul com Manuel Maia e Francisco Dinis, e Poente com António Vicente. Um olival no sítio do Outeiro Redondo, próximo ao lugar do Pino (?) da Barquinha, que parte ao Norte com Felício José Barral, Nascente com estrada e Manuel Venâncio, Sul com o mesmo e Poente com António José Rebelo Farinha. Um olival sito no vale do Marques, limite da dita vila que parte do Norte com Epifânio António de Mello, Nascente com ribeiro, Sul com Manuel Henriques Pirão. Um olival no sítio da dita capela que parte de Nascente a Poente com António José Rebelo Farinha, Sul com José de Almeida Lima. Um olival chamado dos Gattos no sítio da Torrinha do dito limite que parte a Norte com Rosaria Falua, Nascente João de Mattos Correia Poente com estrada velha. Um olival no sítio dos salões, com uma
oliveira fora da extrema que parte do Norte com o olival do Santíssimo da Atalaia, Nascente com Manuel Henriques Pirão e Poente com o Conde da Atalaia. Outro olival no mesmo sítio dos Salões que parte ao Norte com João Rebelo Farinha, Nascente com Francisco Caetano, Levante com Manuel Henriques Pirão. Um olival no sítio do Cardal, limite do lugar da Moita, CORTADO PELA VIA FÉRREA, que parte a Norte com estrada, Nascente com Matias da Condença, Sul com Mónica Maria do Sacramento. Quatro terras de pão sitas no campo do concelho da Azinhaga que partem do Norte com a estrada do Paul, Nascente com o Visconde da Anadia, Sul com a estrada real, e Poente a Manuel José da Costa, de Benavente, foreiros a Rafael José da Cunha da quinta da Broa. Uma propriedade chamada Casal da Crava, no concelho de Tomar que parte do NASCENTE com herdeiros de Francisco Pereira, do casal do Pontão, Poente com João Macedo, das Curvaceiras Pequenas. Um olival no Falcato, sito ao Casal da Crava, que parte a Norte com herdeiros de Francisco Pereira e Sul com estrada. Uma Terra com vinha e oliveiras no lugar das ladeiras, ao Casal da Crava, que parte a Nascente com herdeiros de João Gonçalves, Nascente com Estêvão Neto Ferreira do lugar de Carrascos. Uma serrada de terra de pão com árvores silvestres, chamada do Coelho, no sítio das Curvaceiras Grandes, que parte a Nascente com serventia das fazendas a Poente com o ribeiro. Um olival sito no Pinhal da Mariana, nas Curvaceiras, que parte do Norte com serventia das fazendas e Sul com José Dâmaso da Fonseca. Um olival sito na Venda da Peralva (?) . Um talho de terra de Mato com oliveiras no sitio do Casal do Bugalho. Um olival com matos e pinhal no sitio do Carril. Outro na Lagareira. Um olival sito ao casal da Vieira. Seguem-se domínios diretos que pagam foros anuais da mesma dimensão aproximada dos precedentes. ―
010 FESTAS
JUNHO 2014
NovoAlmourol
ENTRONCAMENTO
A festa regressa a casa As Festas de São João e da Cidade do Entroncamento regressam ao Largo José Duarte Coelho, coração da cidade, após oito anos no recinto multi-usos, mas a celebração está por toda a cidade. Conheça o programa das festas, de 20 a 28 de Junho, na cidade ferroviária PROGRAMA
Dia 20 de Junho | Sexta-feira 19h30 Abertura das Festas Salva de Balonas de Tiro – Câmara Municipal; Arruada – Banda da Associação Filarmónica e Cultural do Entroncamento – Recinto; 20h00 Musical “ Em Busca do santo António” – Escola Rumo Ao futuro, Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 20h30-21h00 Demonstrações de Hip-Hop – Rua Luís Falcão de Sommer; 21h00 Tuna da Universidade Sénior do Entroncamento – Palco 2 Praça Salgueiro Maia; 21h30 Workshop de Fotografia – Concentração Galeria Municipal; 22h00 Quim Barreiros – Palco Principal. Dia 21 de Junho | Sábado 9h00 Caminhada Aberta by CLAC, concentração – Piscinas Municipais; 9h00 Campeonato Nacional de Patinagem Artística – Casa do Benfica Pavilhão Desportivo Municipal; 9h30 – 11h00 IV Mega Aula de Zumba – Largo José Duarte Coelho; 10h00 Carrinhos e
Bicicletas da ESER; 10h00 – 11h30 Aula Aberta e Exibição de Hip-Hop – Praça Salgueiro Maia; 10h30 Workshop de Pintura com Especiarias – Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 10h30 – 12h00 Baptismo a Cavalo – Parque Verde do Bonito; 16h00 – 18h00, Baptismo de Mota – Praça Salgueiro Maia; 18h00 Festival de Natação Sincronizada CLAC; 20h00 Grupo de Sevilhanas “Sombreros Y Peneitas” – Palco 2 Praça Salgueiro Maia; 21h00 Orfeão do Entroncamento – Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Ricardo Oliveira – Palco Principal; 00h00 Dj Pedro David – Palco Principal.
Dia 22 de Junho | Domingo 10h00 20.º Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário em Atletismo/1.ª Caminhada José Canelo – Rua 5 de Outubro; 10h00 Carrinhos e Bicicletas da ESER; 11h00 – 12h00 Aulas Abertas de Dança do Ventre e Sevilhanas - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 18h30 Tributo à Música Portuguesa AFCE Palco 2 – Praça Salgueiro Maia;
21h00 Espectáculo de Danças Latinas Academia de Dança do Entroncamento - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Tributo a Pink Floyd – Palco Principal. Dia 23 de Junho | Segunda-feira 20h00 Coro Infantil Escola João de Deus - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 21h00 Escola de cavaquinhos Universidade Sénior - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Filipe Santos “Olhos nos Olhos” – Palco Principal.
Dia 24 de Junho, Terça-Feira. Dia de São João 19h30 Aula de Yoga – Jardim da Zona Verde; 20h00 Quarteto Blues & Rock - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 21h00 Caminhada pela Noite By CLAC – Concentração Largo José Duarte Coelho; 21h00 Gonçalo Serras - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Amarelo & Yellow Pop – Palco Principal. Dia 25 de Junho, Quarta-feira 19h00 Cozinha Molecular “Experimenta Química na Co-
zinha” – Instalações do Campus Escolar da Escola Gustave Eiffel; 20h30 Night Runners – Pavilhão Desportivo Municipal; 20h30 – 21h00 Grupo de dança “House of Trains” - Rua Luís Falcão de Sommer; 21h00 Banda júnior da AFCE - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Fun2rock – Palco Principal;
Dia 26 de Junho | Quinta-feira 19h30 Aula de Yoga – Jardim da Zona Verde; 20h00 Passeio Nocturno BTT – Concentração Câmara Municipal; 20h00 Rancho Folclórico do CERE, Nova Geração – Palco Principal; 21h00 Miguel Maat - Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 22h00 Alive – Tributo a Pearl Jam – Palco Principal. Dia 27 de Junho | Sexta-feira 19h00 Demonstração Sevilhana – Rua Luís Falcão de Sommer; 19h30 Marchas Populares Centro de Convívio da Terceira Idade, Lares da Misericórdia e Associação de Lares Ferroviários - Rua Luís Falcão de Sommer e Largo José Duarte Coelho; 21h00 Ultra Rock – Palco 2
– Praça Salgueiro Maia; 22h00 Irmãos Verdades – Palco Principal; 00h00 Dj Carlos Adelino – Palco Principal
Dia 28 de Junho | Sábado 9h00 Campeonato Nacional de Danças de Salão, Academia de Dança – Pavilhão Desportivo Municipal; 9h00 Caminhada Aberta By CLAC – Concentração Piscinas Municipais; 9h30 – 12h30 Workshop “ A Brisa de Verão no Mercado – Mercado municipal; 10h00 Carrinhos e Bicicletas da ESER; 10h00 – 11h00 Aula Aberta de Body Balance Ginásio Onda Física – Palco 2 – Praça Salgueiro Maia; 10h30 – 12h00 Baptismo a Cavalo – Parque Verde do Bonito; 17h00 Aula Aberta de Hidroginástica CLAC – Piscinas Municipais; 17h00 – 19h00 Grafitis ao Ar Livre – Largo José Duarte Coelho; 19h00 Demonstração de Dança Sevilhana – Rua Luís Falcão de Sommer; 20h00 – 23h00 Estátuas Vivas – Recinto; 21h00 Espectáculo de Dança- Palco 2 Praça Salgueiro Maia; 22h00 Quinta do Bill – Palco Principal; Espectáculo Piromusical – Recinto.―
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OS PASSOS DE SÍSIFO
Dores de cabeça Opinião Luiz Oosterbeek Adriana Solé, especialista em governança, chamou-me à atenção para um recente artigo, Michael Porter (conhecido entre nós por ter sugerido a organização da economia portuguesa em torno de um limitado número de clusters competitivos) e Mark Kramer vieram defender que o sistema empresarial é visto, de forma crescente, como um agressor da sustentabilidade, que prospera à custa da sociedade. Neste contexto, os autores atribuem às empresas a maior responsabilidade, por não assumirem uma postura que parta das necessidades e interesses dos clientes: “Só isso explica que ignorem o bem-estar de clientes, o esgotamento de recursos naturais vitais para sua atividade, a viabilidade de fornecedores cruciais ou problemas económicos das comunidades nas quais produzem e vendem. Só isso explica que achem que a mera transferência de atividades para lugares com salários cada vez menores seria uma “so-
lução” sustentável para desafios de concorrência.” E propõem, em alternativa ao actual modelo de “responsabilidade social” (que também orienta as grandes empresas em Portugal e que é focada sobretudo na criação de boa imagem para as empresas, enquanto o essencial dos cuidados sociais fica a cargo do Estado e das ONGs) uma lógica de “valor compartilhado” que assuma o desenvolvimento social como um activo económico fundamental. Porter e Kramer defendem que as empresas podem seguir três caminhos para criar riqueza a partir do progresso social: “reconceber produtos e mercados, redefinir a produtividade na cadeia de valor e montar clusters setoriais de apoio nas localidades da empresa”. Este contributo é interessante sobretudo por duas razões. Por um lado porque deita por terra as estratégias assentes na “competitividade por baixo” (baixos salários, baixo preço de matérias-primas, baixa complexidade tecnológica, constantes
deslocalizações, divórcio entre a empresa e o seu meio social) e sublinha que o actual modelo capitalista está condenado a soçobrar pela aversão que causa na sociedade (as recentes eleições na Grécia e as próximas eleições europeias são um claro sinal nesse sentido). Por outro lado porque, mais uma vez, sublinha a importância da logística e da integração multi-sectorial, em que as empresas, os grupos sociais, o ensino superior e os demais recursos se podem articular numa lógica de crescimento e não apenas de redistribuição. Porter e Kramer, aproximam-se de uma lógica de gestão integrada do território, compreendendo que é no território e não no lucro accionista que se encontra a base resiliente da economia, ainda que continuem a ignorar um aspecto fundamental: não há apenas uma matriz social, e sob as redes sociais persistem visões culturais muito distintas, que tornam ineficientes modelos universalistas. Ainda assim, seria bom que os
O mercado de capitais sem dúvida seguirá fazendo pressão para que empresas dêem lucro a curto prazo, e certas empresas certamente seguirão registrando lucro à custa de necessidades da sociedade.
Nação pobre, mas honrada e cumpridora Não haja dúvida que a censura ainda existe. Não haja dúvidas que ela anda por aí... Quase sempre escrevo o que acho que devo. Pela conduta de uma vida, por “aquilo” que trabalho no “trabalho” e fora dele. Sempre assim pensei… não sendo o melhor exemplo, não serei com certeza um mau exemplo. Assim acredito. No entanto dou por mim (agora) a evitar escrever isto ou aquilo, pois sei que me pode sair caro. E, não é a cadeia ou o desterro… isso, seria quase uma medalha ao peito. Poderá ser sim, um “atrofiamento” no teu percurso, na tua carreira ou o que quer que seja, que te define enquanto “outro” no meio de tantos. Como resultado recente destas eleições PRÁ EUROPA… em que o partido do “não voto”
Ainda Porter e Kramer: “O valor compartilhado faz a empresa se concentrar no lucro certo: o lucro que gera — em vez de reduzir — benefícios para a sociedade. O mercado de capitais sem dúvida seguirá fazendo pressão para que empresas dêem lucro a curto prazo, e certas empresas certamente seguirão registrando lucro à custa de necessidades da sociedade. Só que esse lucro em geral terá curta duração; oportunidades muito maiores serão perdidas.” Poderá o Médio Tejo protagonizar um novo roteiro de competitividade, que parta dos clusters para a partilha de valor, reforçada com uma orgânica de gestão integrada?―
DOM RAMIRO
Opinião CARLOS VICENTE
responsáveis em Portugal lessem com maior profundidade um autor que tanto citam…e que certamente condenaria a míope estratégia que esvazia os territórios em Portugal e na Europa, condenando milhões à pobreza, ao desemprego…e à revolta contra o modelo empresarial.
ganhou. É clara a expressão e a vontade popular… “ por favor vão-se embora, não estraguem o resto”. Mas, sabemos bem que enquanto houver “um voto” um voto apenas, haverá sempre um VENCEDOR e outro que com ZERO votos, nunca será um perdedor, mas sim uma “menos vitória” pois a diferença entre o zero e o um, é como sabemos quase nada. Assim será enquanto houver migalhas de um tesouro há muito esgotado, o do povo português, o de uma NAÇÃO, POBRE MAS HONRADA E CUMPRIDORA. Assim o fossem, quem nos desgoverna. Mas à espera que uns caiam, estão outros aos caídos… e nesta troca de galhardetes lá vai o país sofrendo a agonia de ver os válidos partir, o nosso sangue novo… e restar o velho envenenado de padrões e ocasiões.―
016 SOCIEDADE
JUNHO 2014
NovoAlmourol
IPT
Debater o Turismo Militar Organizadores e parceiros do projecto da proposta de “Carta Nacional do Turismo Militar” debatem o presente e o futuro do Turismo Militar em Portugal TEXTO NA
Decorreu no dia 14 de Maio, no Instituto Politécnico de Tomar (IPT), a reunião de parceiros do projecto da proposta de “Carta Nacional do Turismo Militar”. Este estudo visa, em articulação entre a Comissão Científica e os respectivos parceiros institucionais, contribuir para a fixação conceptual do Turismo Militar e para o desenvolvimento de uma proposta de modelo para a dinamização de actividades do mesmo, tanto no território nacional como no contexto lusófono, propondo uma estratégia sustentada para este “projecto dinamizador de destinos turísticos” – tal como identificado e enunciado na última revisão do Plano Estratégico Nacional do Turismo. Das conclusões encontradas nesta reunião, sobrepõe-se, nomeadamente, a importância, a pertinência e a necessidade da criação de enquadramento institucional – destacando a problemática associada ao facto do património histórico-militar nacional se encontrar divido em diferentes tutelas – para
a formatação de produtos de Turismo Militar. A continuidade na aposta do desenvolvimento de trabalho conjunto entre diferentes sectores profissionais, possibilitando, assim, por parte da academia, o cumprimento do princípio de transferência de conhecimento para o território, para as comunidades e para as organizações, suscitou a programação de novas atividades e de novos encontros técnicos e profissionais entre os parceiros do projecto, que se pretendem cada vez mais profícuos no que concerne à materialização deste conceito. O projecto “Carta Nacional do Turismo Militar: Do conceito à Operação – Proposta de Intervenção” continua, assim, em fase de desenvolvimento e ambiciona ser, no âmbito da produção de novo conhecimento inerente
à missão dos estabelecimentos de ensino superior, um contributo válido para os sectores do Turismo, da Cultura e das Forças Armadas, assim como para as iniciativas do sector privado neste domínio e para a qualificação da marca Portugal no panorama do mercado turístico internacional. A organização foi do IPT, Brigada de Reacção Rápida, e Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e estiveram presentes representantes de várias entidades. A reunião foi presidida pelo Presidente do IPT, Eugénio Pina de Almeida, teve como ponto de partida a análise e a discussão dos dados preliminares apresentados no relatório do estudo exploratório desenvolvido entre Dezembro 2013 e Fevereiro 2014 pela Comissão Científica do projecto.―
AUTARQUIAS
Municípios defendem "serviços mínimos do Estado" TEXTO NA
O Governo propôs aos municípios a gestão de lojas do cidadão municipais que permitam aos utentes ir às finanças, renovar a carta de condução ou requerer a emissão de passaporte no mesmo edifício. O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, afirmou após reunião do Conselho Directivo que as autarquias estão abertas a "construir soluções". No documento “Reorganização dos Serviços de Atendimento da Administração Pública”, que o Governo enviou à ANMP está subjacente o objectivo de concentrar no mesmo edifício dos “serviços locais de finanças, de emprego, da segurança social, dos registos, do atendimento específico às empresas e de outros serviços de atendimento ao cidadão, como os relativos a carta de condução, passaporte e registo criminal”, para criar uma rede abrangente do território nacional. Os municípios serão o parceiro preferencial para gerir estes espaços, mas o Governo também está aberto a parcerias com outras
Governo quer autarquias a gerir lojas do cidadão municipais
entidades. À saída da reunião, dia 27 de Maio em Coimbra, Manuel Machado defendeu a existência de "serviços mínimos do Estado" em todo o território, para assegurar a "igualdade dos cidadãos perante o Estado". "O Estado deve estar representado, localizado em todos os sítios", defendeu Manuel Machado, considerando que importa, sem dúvida, "modernizá-lo" e dotar de "tecnologias de execução as suas tarefas", mas sem que isso o coloque "distante das populações". "Os serviços públicos "também asseguram postos de trabalho e ajudam à economia local", disse o presidente da ANMP, reconhecendo que "há serviços sem rentabilidade financeira, mas que dão lucro social, que também é muito importante". "É indispensável", "antes de qualquer encerramento de serviços mínimos" da administração central, "adoptar um princípio político de diálogo" para que se encontrem soluções "de forma construtiva", sublinhou aos jornalistas o presidente da ANMP, assegurando que "as câmaras municipais estão disponíveis para partilhar esse processo" com o Governo.―
CULTURA 017
JUNHO 2014
facebook.com/Jornal-Novo-Almourol
“Somos todos muito ignorantes, mas nem todos ignoramos as mesmas coisas.” Albert Einstein Vila nova da barquinha
Concurso Vestidos de Chita
O Clube União de Recreios de Moita do Norte prepara-se para fazer renascer a tradição do Concurso de Vestidos de Chita. O evento está marcado para 13 de Setembro e estão abertas as inscrições, para crianças dos 3 aos 15 anos. No concurso, que segundo a organização não se realiza há cerca de dez anos, as participantes terão de desfilar com vestidos inteiramente feitos de chita e o design é escolhido por quem o criar. As inscrições, já abertas, pode ser feitas para os números 913813870 / 965659104 / 918191772.―
entroncamento
Grande Prémio de Atletismo Integrado nas Festas da Cidade, a decorrer de 20 a 28 de junho, vai ter lugar, numa organização da Câmara Municipal, após um interregno de 4 anos, sob a direção técnica do CLAC, no dia 22, o “20º. Grande Prémio de Atletismo - Museu Nacional Ferroviário”, que este ano incluirá a “ 1ª. Caminhada José Canelo“, composto de três escalões: juniores, séniores, e veteranos, todas de 10km., cujas inscrições são limitadas e terminam no dia 15 de junho. Os interessados devem contactar o site: www.20gpmnf.com; ou pelo telefone 249 718 761. R.F.―
Concentração Vespalmourol Integrada nas celebrações concelhias de Vila Nova da Barquinha, realiza-se a 12.ª Concentração VespAlmourol, no dia 15 de Junho. Pelas 09h00 é feita a recepção aos vespistas no Largo dos Plátanos, às 10h00 há lugar reforço alimentar, e às 10h30 um passeio pela região,. A finalizar, pelas 13h00, almoço na Quinta das Três Ribeiras. As Inscrições podem ser feitas para vcvnbvespalmourol@gmail.com ou pelos telefones 964380260 / 931104997. ―
Creative Camp, o turbilhão criativo volta à cidade Enorme Polvo deixado pelo evento em 2013 teve o condão de criar polémica. Virado a norte da cidade teve acima de tudo o condão de por uma cidade a discutir arte.
Entre os dias 13 e 20 de julho, Abrantes volta a receber o 180 Creative Camp, uma iniciativa do Canal 180 que vai reunir por tida a cidade alguns dos melhores criadores do mundo de diferentes expressões artísticas. Vídeo, música, fotografia, design e instalação são as áreas presentes neste turbilhão criativo de 2014 que tem como tema “The Power of Storytelling”. Os primeiros nomes avançados são: Olaf Breuning, que trocará por uma semana
Nova Iorque por Abrantes, Isaac Cordal, o espanhol que constrói esculturas metafóricas e que é obcecado com as alterações climatéricas e a dupla francesa Ella & Pitr, especialistas em colagem de desenhos de grande formato. O Creative Camp recebe ainda os mentores dos projetos de vídeo Like Knows Like e Gestalten TV que, com o Canal 180, irão produzir conteúdos durante o evento. A edição deste ano tem uma novidade que passa pela realização de uma Open Call, onde os participantes poderão participar gratuitamente
30. O Médio Tejo como sub-região funcional.
vila nova da barquinha
ABRANTES
TEXTO ANDRÉ LOPES
Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações
em todas as atividades do 180 Creative Camp, tendo, para isso, que se candidatar no site creativecamp.canal180.pt. A colaboração entre o Canal 180, a Câmara Municipal de Abrantes e o site internacional ArchDaily – “World´s most visited architecture website” pretende selecionar 2 projetos que questionem e promovam a apropriação de espaços públicos no centro histórico de Abrantes. Durante o mês de Junho será revelada a restante programação que passará por concertos, cinema ao ar livre e talks.―
Luís Mota Figueira Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar
Eventos organizados para “pensar território” e “agir integradamente” foram promovidos por várias Organizações como, por exemplo, pela Nersant, por iniciativa dos 13 municípios que caracterizam a CIMT- Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (com destaque para os que usam as temáticas patrimoniais concelhias, quer da cultura material, quer da cultura imaterial), bem como iniciativas do IPT-Instituto Politécnico de Tomar (desenvolvidos através das suas Escolas e Cursos) e de outros Estabelecimentos de Ensino e Formação. Todos originaram energias e motivações. As pessoas e organizações foram envolvidas no que se julga ser uma nova funcionalidade territorial com base em “parcerias estratégicas”, incontornáveis. As Organizações de natureza pública e de iniciativa privada concorrem, com os seus projectos, produtos e dinâmicas para que se cumpram os objectivos de desenvolvimento propostos na Europa 2020, estratégia europeia para 2014-2020, do CRER 2020, de iniciativa da CCDRCentro-Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional da Região Centro, e da estratégia CIMT. A óptica de “região funcional”, território capaz de atrair Talentos e fixá-los, de criar governança com gestão inteligente orientada a captar e desenvolver Tecnologias criando valor económico e social e, por último, com energia suficiente para abrir espaços de Tolerância de natureza cultural e de convivialidade entre todas as componentes humanas é o foco. O Médio Tejo precisa, continuamente, de ser insuflado
de energia, para que se cumpra a sua missão territorial. A título de exemplo, a Festa Templária que decorreu entre os dias 22 e 25 de maio abriu a sua actividade num espaço unificador da região e do mundo, pela sua excepcionalidade específica e crescente valia prática, estética e simbólica. O Seminário fixado no espaço do Convento de Cristo irradiou para a Cidade de Tomar, e Região, que se lhe agregaram no cumprimento da Festa, envolveu ciências e artes e desenvolveu-se numa atmosfera de cumplicidade institucional e populacional. Neste programa, registe-se o contributo muito focado da Entidade Regional de Turismo do Centro materializado no apoio institucional do seu Presidente que, no espaço mítico do Scriptorium do monumento Património da Humanidade, contribuiu com a sua reflexão para ajudar a afirmar, turisticamente, a marca Templária.
O Médio Tejo precisa, continuamente, de ser insuflado de energia, para que se cumpra a sua missão territorial. O significado Templário, que a espessura histórica e a sua irradiação local, regional, nacional, europeia e internacional emprestam ao que somos enquanto Médio Tejo projectado ao Mundo, é um trunfo competitivo único num mundo cada vez mais incerto onde as parcerias inteligentes suscitam diferenciação e competitividade.
018 ENTREVISTA
JUNHO 2014
NovoAlmourol
CULTURA ABRANTES
“Regularidade, continuidade e qualidade na programação” Luís Dias acumula, entre outros pelouros, o da Cultura e em entrevista ao NA antecipa o futuro da cidade na área. Para o vereador abrantino, é necessário cativar toda a população, preservar a memória e não descurar as novas tecnologias. Em vésperas de mais umas Festas de Abrantes e também de mais um 180 Creative Camp, Luís Dias explica os caminhos a percorrer para tornar Abrantes numa referência de boas práticas culturais TEXTO&FOTO Ricardo alves
Que planos tem o executivo para a cultura em Abrantes no início deste mandato que é também a sua estreia na vereação? Abrantes é uma cidade reconhecida, convidativa, e que ao longo dos anos tem trilhado um percurso que se pretende, com este novo ciclo e orientação estratégica, venha a reforçar a sua programação cultural e desportiva, a posição estratégica, a identidade histórica e inclusivamente, porque não tornar-se um pólo de atractividade por causa deste cruzamento. E uma vez que estamos num palco privilegiado (Jardim do Castelo), a relação entre o turismo industrial e arqueologia industrial pode contribuir para isso. A qualificação das nossas pessoas, o potenciar do sentido crítico, da procura constante, continuada e regular em eventos e percursos. A cultura é algo que vai passando mas é constantemente sedimentada. Criação e formação de públicos? Não só, porque falamos muito da criação e qualificação de públicos mas muitas vezes descuramos a questão da qualificação dos próprios criadores. Tem de ser uma visão a 360º: não de pode qualificar um grupo restrito, seja escolar ou informal, sem chegar ao professor, ao monitor, ao profissional que trabalha com eles. Tem de haver um compromisso de todos, da Câmara enquanto veículo de afirmação cultural aprendendo com os outros para que todos possamos criar o tal domínio cruzado. Só poderá haver verdadeira marca de cidade se conseguirmos que tudo isto se congregue. Um evento só pode grandioso se conseguir envolver a comunidade. Viu-se isto noutras cidades. A comunidade tem de ter sentimento de pertença. Nesse sentido, neste momento, qual é a relação da cidade com a cultura, sabendo que tem sido uma aposta da actual presidente? Partindo da notoriedade que Abrantes pode ter no Médio Tejo. E para além da sra. presidente ter esta visão da supra municipalidade é muito importante para Abrantes e pode estar ai uma lacuna que podemos ainda hoje entender. Comunicamos muito pouco com outras geografias. Talvez ainda não tenhamos atingido os patamares de notoriedade
que ambicionamos e creio que o trabalho tem de ser por aí. Obviamente que não podemos pensar a cultura de Abrantes sem pensar a da região. As sinergias, redes e parcerias tão em voga são estruturantes para a qualificação da cultura abrantina. Não descurando jamais as nossas aldeias, os nossos fregueses, as nossas ruas para estimular o sentimento das pessoas que cá vivem e consigamos criar sentimentos de pertença e as pessoas terem orgulho em defender as suas caracteristicas, em falar da sua história, das suas gentes, e da sua topografia, artes, ofícios, tradições. É isso que faz o pulsar do povo. Esse será um grande desígnio e um desafio para os próximos anos, a afirmação da identidade enquanto factor de competitividade entre o território. Abrantes não perde se competir com Tomar ou Torres Novas. O triângulo estratégico do médio tejo… Eu julgo que quando temos equipamentos culturais com a distinção que Abrantes tem, uma biblioteca, o cineteatro., um arquivo municipal, património incomensurável como o Castelo de Abrantes, uma memória industrial (metalúrgica Duarte ferreira, a riqueza do azeite), eu julgo que temos as todas as condições para tornar a cidade e o concelho num palco. Tomando o exemplo de Torres Novas, o trabalho que o Teatro Virgínia (TV) fez foi talvez de triangulação, que teve um vértice: o TV, um equipamento cultural de excelência. Teve outro que foi o castelo, com a criação de uma dimensão imaterial que potenciou a criação das feiras medievais, recriações históricas. Mas também a biblioteca e o arquivo, pois onde reside a memória, o património bibliográfico e testemunhal. Em Abrantes temos as mesmas condições que Torres Novas. Tomar tem, por exemplo, uma dimensão templária tremenda, um património mundial e depois temos esta visão de que quanto mais radial e holística for, melhor para nós. Porque nós estamos no centro histórico, convivemos nele criamos produtos, mas temos de ir avançando e chegando às aldeias e vilas que nos rodeiam –Pego, Tramagal. Alferrarede, Fontes, São Facundo. Num território tão grande como o de Abrantes precisamos de um fio condutor, uma marca que temos de construir. Como se qualificam e formam os públicos, formal e informalmente? Um elemento basilar é o serviço educativo associado às nossas práticas. Termos um na galeria municipal, que é
uma referência incontornável desta cidade – ainda agora com a inauguração da exposição de José Guimarães atingiu uma notoriedade incrível em que um dos artistas plásticos mais conceituados de todos os tempos em Portugal está em Abrantes e procurou Abrantes – em que se criou uma dimensão de contemporaneidade num edifício com uma memória tao importante para os abrantinos, (antigo quartel dos bombeiros), e essa fusão é necessária em todos os nossos aspectos. Estamos num jardim do castelo que precisa de elementos de contemporaneidade associada, senão ficamos retidos num passado, numa imagem de uma cidade, na cidade florida. Dou outro exemplo que talvez possa ser sintomático deste pulsar que pode ser o amanhã. Realizamos agora as Festas de Abrantes, associadas a um mote, e teremos depois o “180 Creative Camp”, um campo de criatividade, imaginação, de aglutinação de saberes e de encontro de múltiplos criadores. Mas não podemos deixar que passe por cá sem deixar sementes. E os serviços educativos aí são fundamentais. Há também a questão do financiamento das estruturas, dos parceiros, num concelho tão extenso, como o Finabarantes? Abrantes a esse nível trabalha seguramente melhor que muitos outros. Tem um fortíssimo programa de apoio ao associativismo, seja no desporto, cultura, acção social e na juventude. Sempre numa lógica de transversalidade das práticas. É um marco incontornável da nossa região em que a câmara coloca grande investimento para que os nossos actores possam convergir em redor de uma prática e denominador comum, a afirmação cultural no território. Acho que aqui a questão da educação, a partilha entre as escolas, as associações e neste caso a câmara, é fundamental para que haja este diálogo comum. O 180 Creative Camp aparece nessa linha de qualificação, de choque positivo, de criação de discussão? Vou usar um exemplo que considero tremendo para a importância de um Creative Camp em Abrantes. Quando apadrinhamos um evento destes é, como disse e bem, no sentido de romper com alguns paradigmas. Quando falamos na qualificação sabemos que isso é também impul-
FESTAS DE ABRANTES 19
JUNHO 2014
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sionar o pulsar crítico das nossas mentes. Vamos criar um marco diferenciador, trazer gente de outros lados com qualificação e formação nas artes performativas, cénicas, plásticas, etc., criar-lhes uma geografia comum e intervir no espaço. No ano passado houve o efeito surpresa, este ano provavelmente já não. Uma das coisas em que temos insistido é que agora temos de ir mais ao particular. O tema deste ano é o “The power of Story Telling” porque sabemos e sentimos que todos os nossos espaços de intervenção contam histórias, independentemente da forma como nós as contamos. A ideia do “Creative Camp”tem de ser apropriada pelos abrantinos. Este ano há uma ideia mais concêntrica, fixada mais no centro histórico para que no próximo ano possamos levar a arte urbana às nossas aldeias e fazer com que as aldeias também percebam o que é isto do “Creative Camp”. A aposta é disseminar depois o produto do campo? E valorizar aquilo que é o nosso património imaterial. Há algumas pessoas que fazem os levantamentos dos nossos usos, costumes, tradições, mas faltam-lhes, muitas vezes aquela fusão com a contemporaneidade. Quando ela existe sabemos que funciona. Porque conseguimos apelar à participação das novas gerações a participar e acho que ai reside o sucesso do “Creative Camp”. O envolvimento da comunidade. Veio cá o Florentin Hoffmann, fez a intervenção no monumento a Francisco de Almeida e criou aquele ressuscitar de uma instalação nobre, de uma figura incontornável da historiografia de Abrantes. Tanto o fez que houve actos de vandalismo associado. Houve aqui um sentimento que de facto havia ali
um monumento maior e apetecível. O que o Campo traz é igualmente uma envolvência tecnológica… Ninguém pode descurar a mediação tecnológica. Aliás, gosto de falar sobre a mediação enquanto factor de promoção das literacias, sejam tecnológicas, literárias, empresariais, do domínio cognitivo. A mediação tecnológica tem hoje grande importância para as gerações com as quais convivemos. Não podemos permitir que criemos um percurso sem acompanhar a evolução tecnológica. É como na relação com os nossos filhos. Eu tenho de acompanhar a evolução tecnológica e o modo como os meus filhos se relacionam com os novos suportes. Acho que a questão dos programas e da nova estratégia do Quadro de Apoio 2020 pode ser determinante para essas práticas pois há um enorme enfoque nesta mediação tecnológica. Não podemos perder a capacidade de dialogar com as gerações vindouras. Quem vem de fora, de outras geografias, vê coisas na cidade que quem nela vive pode não ver. É isso que o Creative também traz? Uma das coias a que dou muita importância é a toponímia. E normalmente não damos importância à rua em que vivemos. E só quando convidamos alguém de fora e fazemos visitas orientadas é que procuramos conhecer algo que ao fim ao cabo faz parte da nossa génese. Quando vem alguém de fora e nos acicata nós das duas uma: ou ficamos impávidos e observamos ou respondemos, agimos. É esse acicatar deste
pulsar crítico que é tão importante para nós. A ideia desta parceria do município com o canal 180 é de cada vez mais ir ao encontro da verdadeira essência do território: as pessoas e as nossas práticas. Se não se criar esta apropriação ele pode funcionar de igual modo em Cerveira, em Guimarães, em Loulé, em Estremoz, em qualquer sítio. O de Abrantes, tem de ser de Abrantes. Em relação à agenda cultural, no triângulo do médio-tejo a afluência de público é completamente diferente, como melhorar a de Abrantes? Nós podemos sempre melhorar a nível de comunicação. A eficácia da comunicação pode ser um fim, temos um caminho a percorrer. Uma forma de envolver os de cá e os de lá e faze-los convergir numa prática cultural. Na questão da regularidade, da continuidade e da qualidade da programação é essencial o serviço educativo. Se conseguirmos ter uma prática de extensão cultural associada, projectos de continuidade duradouros, de envolvimento, conseguiremos ter essa regularidade. Até pode vir de fora, através de uma contratualização, mas amanhã temos cá a qualidade no território. A qualidade e qualificação dos nossos públicos é essencial para o que se pretende na cidade. Vamos fazer um trabalho com alguma paciência, não estamos em condições de termos aqui uma dimensão experimental para ver o que vai acontecer, pretendemos é ter uma linha estratégica de intervenção que parte desse reforço mas sempre com o denominador comum que é a boa gestão, sem cometer loucuras, orientada para uma boa programação. ―
PROGRAMA DAS FESTAS
Amor Electro, David Antunes e amigos ilustres, "pormenores" de uma grande festa TEXTO NA
Quinta-feira, dia 12 Junho
As tasquinhas abrem às 19h00 e marcam o início dos festejos, mais uma vez no emblemático Jardim da Republica, que recebe os Toc’Abrir pelas 20h00. Uma hora mais tarde começa a Caminhada/Abt Night Runners na Praça Raimundo Soares e às 22h00 regressa a música com a Orquestra Ligeira do Exército na Praça Barão da batalha. Os Hollow Page sobem ao palco da Praça Raimundo Soares pelas 23h30. Noite dentro, no Parque do Castelo, regressa a festa revivalista dos anos 70, que tanto sucesso fez há um ano. O Dj Nelson Miguel abre as hostilidades à 01h00. Sexta-Feira, dia 13 Junho
Neste dia as tasquinhas funcionam todo o dia e a música começa às 18h00 com o Grupo de Cantares “O Rouxinol” da Sociedade Artística Tramagalense e às 20h00 é a vez da tuna Amizade, da Universidade da terceira Idade de Abrantes, ambos no Jardim da República.
Às 22h00, David Antunes & The Midnight Band prometem aquecer a noite com Herman José, Simone de Oliveira, FF, Vanessa Silva e Manuel Melo, na Praça Barão da Batalha. Na Praça Raimundo Amor Electro
David Antunes & Midnight Band
Soares a Orquestra Pimbólica de Abrantes promete animar a noite às 23h30, numa noite que se alonga mais uma vez no Parque do Castelo, desta vez com o Dj Paulino Coelho e a Festa dos anos 80.
Torto e de Tramagal. O Dj Carlos Catarino traz a noite, pelas 20h00. Mais tarde, é a vez dos Amor Electro subirem ao palco da Praça Barão da batalha, pelas 22h00, noite que continua com os Capitão Fausto (23h30) na Praça Raimundo Soares e também no Parque do Castelo, agora com os anos 90 em destaque e Dj Miguel Simões a dar música.
Sábado, dia 14 Junho
Celebra-se o Dia da Cidade com as habituais cerimónias comemorativas desde as 10h00. No Jardim da Republica pelas 18h00, o Saias e Fandango com a actuação de grupos e ranchos Folclóricos de Arreciadas, Bemposta, Mouriscas, Casais de Revelhos, Pego, Rio de Moinhos, São Miguel do Rio
16h00, seguindo-se Nossos e Novos Talentos às 18h00, ambos no Jardim da República. A Street Band também actua neste jardim às 20h00. A banda abrantina Kwantta, sobe ao palco da Praça Barão da Batalha pelas 22h00 ao passo que os The Kast iniciam a noite musical na Praça Raimundo Soares às 23h30, seguindo-se os rockeiros The Neverminding Bastards. A encerrar as festas estará Dj Slow Motion, mais
Desporto The Neverminding Bastards
uma vez no Parque do Castelo, à 01h00 e noite dentro. Exposições e artesanato Capitão Fausto
Domingo, dia 15 de Junho
O Encontro de Tunas do Ribatejo abre o programa pelas
exposição patente na Biblioteca Municipal António Botto, até dia 15 de Junho. No dia 13 de Junho realiza-se a VI Antevisão do MIAA (Museu Ibérico de Arqueologia e Arte): “8.000 anos a Transformar o Barro – Cerâmicas do MIAA”, pelas 17h00 no Museu D. Lopo de Almeida. Para as Famílias, dia 14 de Junho, uma actividade de anmimação através de uma obra literária, “Sábados na Casa das Palavras, na Biblioteca António Botto, pelas 11h00. A mesma biblioteca vai estar em exposição das 9h00 às 13h00 deste dia. Nas ruas da cidade volta a estar em destaque o artesanato, todo o dia. Já as tasquinhas Vão funcionar das 11h00 às 02h30.
A Galeria Municipal QuARTEl recebe até dia 4 de Julho, a exposição “Provas de Contacto”, de José de Guimarães. “Os Rapazes dos Tanques, 25 de Abril, 40 anos em Abrantes” é a
Nos dias 13, 14 e 15, realiza-se o Concurso de Saltos Nacional de Abrantes (Hipismo) na Margem Sul do Aquapolis (9h00) destacando-se ainda a prova de Downhill Urbano, no Centro Histórico (dia 14 às 14h00) e o Festival de Canoagem, na Margem Sul do Aquapolis, com concentração marcada para as 9h30 do dia 15.―
020 CULTURA Crónica Musical
JUNHO 2014
NovoAlmourol
Novo estúdio, novas oportunidades no coração da cidade de Abrantes Humberto Felício Músico e Produtor
Apresenta-se com o nome POPCOM e é acima de tudo um estúdio de produção audiovisual partilhado pelo músico, DJ e produtor José Tomás a.k.a. Mossy, o fotografo José Damas e a designer Rita Amaro. Este espaço iluminado e arejado fica no coração da cidade, no primeiro andar da loja Raízes, junto à caixa geral de depósitos. Dispõe de uma pequena sala bem tratada acusticamente e bem equipada. Reúne condições para tirar pleno partido da captação áudio. Esta sala fica virada para a rua através de duas graciosas janelas e o restante espaço é multidisciplinar, ocupado maioritariamente pela parafernália tecnológica de ultíssima geração e um valioso conjunto de instrumentos que fazem do POPCOM um espaço vocacionado para produzir uma vasta tipologia de conteúdos audiovisuais de nível e exigência profissional. Adorei fazer parte da construção, já sou cliente, parceiro e fã deste power trio que premeia pela dedicação e empenho naquilo que fazem. Com a disponibilidade de um equipamento deste nível e uma equipa especializada, competente, acredito tranquilamente que se alarguem horizontes através de novas aventuras musicais, novas ideias e novas experiências artísticas. Este movimento resulta claramente da necessidade que sempre se fez sentir por estas bandas, os projetos tendem a surgir algo desequilibrados e ausentes de orientação. Características visíveis tanto a nível estético como nas complicadíssimas dinâmicas de crescimento. Continuam em aberto múltiplas funções na engrenagem que potência qualquer projeto. A partir de determinada altura uma banda ou outro produto desta índole precisa de coordenar muito bem toda a sua actividade para alcançar eficazmente o público que lhe interessa. Este é um dos pontos cruciais na vida de qualquer artista ou banda. Hoje dispomos de ferramentas extraordinariamente eficazes, o investimento na promoção é feito acima de tudo online reduzindo o risco de falhar. Quando um lançamento é bem estruturado e bem comunicado ao público certo é muito provável que se atinjam bons resultados, então se a música for boa muito melhores serão
BARQUINHA
Castelo de Almourol recebe "Viriato" O monumento ex-libris do concelho de Vila Nova da Barquinha (VNB) volta a ser palco da peça de teatro “Viriato”, nos próximos dias 5, 12 e 19 de julho. O espectáculo do Grupo de Teatro “Fatias de Cá” está em cena desde 1999.
todos os resultados. Participar na construção e implementação da estratégia de desenvolvimento de novos projetos ou na reinvenção de outros é principalmente uma oportunidade para evoluir. Abrantes tem inúmeros alunos e profissionais de comunicação tanto na vertente empresarial como na jornalística, o seu envolvimento seria vantajoso para ambas as partes.
A partir de determinada altura uma banda ou outro produto desta índole precisa de coordenar muito bem toda a sua actividade para alcançar eficazmente o público que lhe interessa. Este é um dos pontos cruciais na vida de qualquer artista ou banda. Hoje dispomos de ferramentas extraordinariamente eficazes, o investimento na promoção é feito acima de tudo online reduzindo o risco de falhar. Não é uma oportunidade de emprego. É uma oportunidade de negócio e desenvolvimento profissional, logo pessoal. Eu conheço alguns com muito potencial. Será que existem pessoas interessadas em trabalhar nos bastidores? Será que conseguem visionar a importância da sua função, do seu investimento e do retorno que está ao seu alcance? Está feito o desafio.―
Espectáculo inclui banquete no casamento de Viriato
TEXTO NA
A peça “Viriato” é apresentada uma vez por ano em VNB e o palco não podia ser mais monumental, com o Castelo de Almourol e o rio Tejo como pano de fundo. A peça é baseada no livro “A voz dos deuses” e narra as nossas origens como povo. Na peça participam dezenas de actores e figurantes e inclui a entrada em cena de grupos de cavaleiros a galope. O público é convidado de honra no banquete do casamento de Viriato. Um banquete à imagem dos da época dos romanos, com carne assada pão, vinho e fruta da época, tudo servido pelos mesmos actores e participantes.
A peça será este ano marcada por se realizar após a conclusão das obras de intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol e beneficiação das muralhas e interiores, oportunidade para os participantes ver em primeira mão a nova imagem do monumento. O Grupo de Teatro Fatias de Cá, criado em Tomar em 1979, tem seis centros de produção teatral (Tomar, Barquinha, Chamusca, Constância, Coimbra e Lisboa) enquadrados pelo Fatias de Cá - Mãe. Enquanto Companhia de Teatro, desenvolve projectos de âmbito profissional e amador para o que conta com mais de 100 membros (entre permanentes, regulares e pontuais). O grupo define-se esteticamente
ITM
pelas vertentes do “património, quer o construído quer o paisagístico, é entendido como um espaço teatral privilegiado tendo em conta o cenário natural que comporta”, “a partilha com o público de um momento de refeição é assumido como uma forma de sociabilização e de concentração no espaço-tempo convocado pelo espectáculo”, e o entender do acto teatral como “um momento que emocione e divirta”. É por isso que quem já participou nas suas actividades não esquece e volte a participar. Este ano, nos dias 5, 12 e 19 de Julho, pelas 19h19min, “Viriato” convida a mais um momento inesquecível. A entrada tem o preço de 22,22€ com a refeição incluída.―
Escolas e Memória TEXTO NA
No dia 17 de Maio, no Brasil, realizou-se a IV Feira Cultural de Morro do Pilar, município do estado de Minas Gerais, Brasil. O evento foi articulado com com um programa de Gestão Integrada do Território, a partir
do modelo desenvolvido pelo Instituto Terra Memória deMação em Mação de “Escolas e Memória”. Foi organizada uma exposição itinerante que permitirá mostrar a realidade da região através dos trabalhos dos alunos. O NA vai trazer a reportagem completa deste evento na próxima edição, em Julho.―
CULTURA 021
JUNHO 2014
facebook.com/Jornal-Novo-Almourol
CONSTÂNCIA
Disco Riscado
TEXTO NA
Luís Ferreira Designer Director Artístico Festival Bons Sons
Borboletário sopra primeira vela O Borboletário Tropical do Parque Ambiental de Santa Margarida, em Constância, assinalou o seu primeiro aniversário no dia 5 de Junho mas as iniciativas alusivas à data estendem-se aos dias 21 e 22 de Junho. Nesses dias, as iniciativas vão estar abertas ao público, incidido no ambiente. Em nota de imprensa, a autarquia informa que em apenas um ano de existência, o Borboletário, situado na margem sul do concelho, recebeu mais de seis mil visitantes entre cientistas, coleccionado-
Centenas de borboletas podem ser observadas de perto em Santa Margarida
res, alunos e professores das escolas, famílias e turistas. O equipamento conta com centenas de borboletas tropicais, numa estufa de 200 metros quadrados que recria o ambiente tropical. A entrada custa 1,50
euros. O espaço representou um investimento de cerca de 70 mil euros para a Câmara Municipal de Constância tendo a verba restante sido obtido através de fundos comunitários.―
TAGUS
Da nascente à foz do tejo em BTT Trata-se da primeira edição de travessia Ibérica em Bicicleta Todo o Terreno (BTT) num percurso de mais de 1.200 quilómetros. A plataforma associativa luso-espanhola Tajo/Tejo lançou o desafio em conferência de imprensa no dia 21 de Maio, no Castelo de Abrantes. TEXTO NA
A travessia realiza-se entre os dias 15 e 27 de Junho e os participantes terão o apoio logístico de associações que se envolveram no projecto. Sempre com o Tejo a acompanhar o percurso,que se inicia na Serra de Albarracín (Espanha) e termina 1.210 quilómetros depois, na foz, em Lisboa. Em 13 etapas, uma por dia, em média de 100 quilómetros cada, a travessia tem por objectivo explorar um segmento turístico em crescimento, isso mesmo adiantou Pedro Saraiva, coordenador Tagus – Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, uma das entidades organizadoras do projecto, e que apelida esta primeira edição como a “experiência zero”, tanto que as inscrições estão limitadas a apenas 10 participantes. Quem já confirmou a sua presença foi Sónia Lopes, Uma das referências no pelotão feminino português das duas rodas,
vencedora do “Portugal Open XCR” por três anos consecutivos (desde 2011), das “24 Horas de Madrid” e da “Oh Meu Deus Trail Bike 500”. O trajecto é composto por vários single tracks, e os participantes, orientados por GPS, seguirão em semi-autonomia e terão até 12 horas para a realizar cada etapa. Existem duas formas possíveis de participação. Travessia completa com os 1.210km de distância a pedalar em 13 dias, ou por etapas, com uma variação entre os 60 e os 112km, uma por dia. A participação garante alojamento em solo duro, duches e alimentação, bem como acom-
panhamento, desde o transporte de bagagens, apoio mecânico a bicicletas e socorrismo. Engloba, ainda, seguro de acidentes pessoais, responsabilidade civil, lembranças de participação e prémio finisher. Por etapa, podem-se inscrever até 45 pessoas. Os reforços alimentares e o seguro estão incluídos no valor da inscrição. A actividade surge no âmbito do projecto de Cooperação Transnacional Tejo Vivo, apoiado pela abordagem LEADER, do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR), que congrega 11 parceiros espanhóis e seis Grupos de Acção Local portugueses.―
A bicicleta que fez o reconhecimento do percurso esteve exposta na conferência
Festas com Sentido
Junho traz-nos as romarias e as festas populares. Muitas têm como principio a dedicação a uma santidade, outras a plena manifestação popular. Como noutros movimentos e expressões culturais populares, também os eventos foram alvo de um processo de cristalização. Pararam no tempo e, com isso, estagnaram toda a sua razão de ser e alteraram-se os propósitos (conscientemente, ou não). Boa parte das festividades de hoje são terreiros mal amanhados com música brejeira, pimba ou com grupos de "covers" que fazem da fraca imitação a sua galinha dos ovos de ouro. Sobram Portugal adentro festas de arraial sem diferenciação, sem identidade, onde a sua razão de existência está perdida no tempo ou num rodapé de um cartaz frutacores, graficamente repugnante. Os programas são feitos ao acaso e a selecção musical parece ser um elemento secundário da factura do material técnico. Os espaços são poucos cuidados e convidativos - justapõem-se uns stands e atiram-se umas cadeiras patrocinadas por café ou cerveja e já está. Onde andam as festas que eram o cartão de visita das aldeias e cidades, onde se caiavam as casas, se limpavam e enfeitavam as ruas e se engalanavam as janelas? Hoje, com a transformação das dinâmicas locais, o envolvimento das comunidades nestes eventos é muito reduzido. As festas acabam por ser o resultado do menor esforço, onde a sua existência, que é um dado adquirido, já é algo de regozijo. Sem brio, as festas são espaços de ninguém que sobrevivem à custa dos primeiros emigrantes, dos filhos pródigos que aproveitam as efemérides para rever a família e daqueles que, por razões várias, têm nestes acontecimentos uma razão para beber mais litros de cerveja. Mas até estes redutos estão a acabar. As novas gerações já não têm os vínculos que as amarram a tais acontecimentos.O que será hoje uma festa popular? O que
é que se perdeu pelo caminho que deveria ser repescado do passado para os tempos de hoje? O que é que cristalizámos que agora não faz qualquer sentido? Nas últimas décadas, ao tentarmos padronizar, em nome da modernização tão esperada, cometemos vários erros que, à luz de hoje, foram ingénuos. Esquecemo-nos de olhar para o sentido das coisas, para o seu conceito, para a razão da sua existência. O que fazer para alterar o status quo das festas de arraial? Ser mais criterioso na selecção do programa, já é um princípio. Existe música popular, com raízes no passado, ou não, que se enquadra perfeitamente na dinâmica das festas populares, não caindo na vulgaridade ou numa fórmula musical. Para se criar um programa musical ecléctico não tem que se ser populista. Outro passo importante seria envolver as comunidades, não só numa perspectiva de consumidores da festa, mas também na sua organização e implementação. Uma festa só é verdadeiramente popular se for autónoma, se tiver um motor interno que a enraíze e seja fiel às cadências anuais da população. Fortalecer o sentimento de pertença é incluir os hábitos quotidianos e interesses actuais das novas gerações. Uma boa festa não se cinge a uma noite de copos, há que criar uma experiência completa, multiplicando as acções do evento. É preciso dar visibilidade aos ofícios e tradições locais, promover produtos regionais e comunicar de uma forma clara quais os objectivos das acções. A festa popular não tem de ser um evento do passado. É antes cultura viva que reflecte o presente e a identidade dos locais. Até as equipas vencedoras têm que se ajustar a novos contextos e desafios. Fazer porque “sempre foi assim” é, simultaneamente, uma falácia que desvirtua a tradição e o pensamento responsável pelo esvaziamento de sentido de tudo isto.
022 Gastronomia
JUNHO 2014
NovoAlmourol
MAÇÃO
Crónica de Enologia
Festival Peixe do Rio
Vinhos verdes, vinhos de eleição Eng. Teresa Nicolau Enóloga
TEXTO NA
Desde 10 de Junho e até a 20 de Julho, o concelho de Mação abre as portas dos seus restaurantes aos visitantes que queiram deliciar-se com os sabores do peixe do rio. A Câmara Municipal de Mação promove o segundo de quatro festivais gastronómicos programados para 2014. Depois do Festival da Lampreia, que levou a Mação no início do ano centenas de amantes do tradicional Arroz de Lampreia, o Peixe do Rio estará agora em destaque nas ementas dos restaurantes aderentes. A história do Concelho de Mação, sobretudo da Freguesia mais a Sul – Ortiga –, está inevitavelmente associada ao rio Tejo e à pesca, pelo que o peixe do rio é parte inte-
grante da gastronomia local. Neste Festival estará presente a fataça, o lúcio-perca, o achigã, a fritada de peixe, a açorda de ovas e outras delícias do rio, algumas delas cujas receitas figuram na Carta Gastronómica "À Mesa em Mação", como a sopa de peixe, as enguias fritas, o sável frito ou grelhado, entre outras. Os restaurantes aderentes são: Avenida (Pica
PRÉMIOS
Vinhos regionais acumulam medalhas
Publicidade - 249 711 209 / 92 720 02 86 novoalmourol@gmail.com
Fino) 241 572 585/966 225 784; A Recta – 969 459 660; Casa Cardoso – 241 555 134/965 047 832; Dona Flor – 964 841 691/969 923 021; Lena da Barragem – 241 573 457; O Cantinho – 241 573 367/964 677 705; O Godinho – 241 572 874/962 536 310; O Pescador – 241 573 180/934 244 472; Solar do Moinho – 274 866 505/910 308 055.― TEXTO NA
Os vinhos produzidos pela Quinta do Côro e pela Quinta do Vale do Armo (Sardoal), estiveram em destaque na 20.ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas 2014, que se realizou na capital belga, Bruxelas, no início do mês de Maio. O vinho “Quinta do Côro Reserva 2012” e o “Vale do Armo Reserva
Vinho Verde Branco "Portal do Fidalgo" 2012 Provam - Produtores de Vinho Alvarinho de Monção Cabo - Barbeita Monção www.provam.com Enólogo: Teor de álcool: 13% vol. Acidez total: 6.8 g ác.tart./l Açúcar residual: 2.5 g/
Tinto 2011” conquistaram duas Grandes Medalhas de Ouro e também o vinho “Vila Jardim Touriga Nacional 2011”, da Quinta do Vale do Armo, e o “Quinta do Côro Sirah 2011” ganharam Medalhas de Prata. Portugal foi o segundo país a arrecadar mais prémios: 16 Grandes Medalhas de Ouro, 113 Medalhas de Ouro e 196 Medalhas de Prata. Já no Concurso de
Dando continuidade à última crónica onde chegamos a Região Demarcada dos vinhos Verdes vamos hoje falar de um Vinho Verde Branco DOC 2012 “Portal do Fidalgo” da Provam - Produtores de Vinho Alvarinho de Monção, galardoado recentemente com medalha de ouro no Concurso Vinhos de Portugal, promovido pela Viniportugal. Trata-se de um vinho monovarietal produzido só a partir da casta Alvarinho. Este vinho é oriundo de vinhas previamente selecionadas, em que estas são exclusivamente transportadas em caixas de 20kg e prensadas inteiras para obtenção de um mosto de grande qualidade. O mosto é clarificado a 12° C durante 48 horas
e fermentado a 18° durante 12-15 dias. No fim da fermentação o novo néctar revela-se de aspeto límpido, cor citrina e aroma elegante e muito rico, mineral com notas citrinas à mistura com flores e frutos tropicais. No sabor é frutado mineral e fresco, encorpado e com muita persistência, final longo com tipicidade característica da casta Alvarinho. Um excelente vinho para degustar a uma temperatura entre 1012ºC, em ambiente de romaria, em ambiente de festa com tantas iguarias típicas desta região que recebe os seus visitantes de forma hospitaleira tendo sempre a mesa posta e abrindo as suas portas para quem se avizinha.―
Vinhos de Portugal 2014, que decorreu no Palácio da Bolsa do Porto, no dia 29 de Maio, o “Vila Jardim Tinto Escolha 2011” foi distinguido com a Grande Medalha
de Ouro e o “Vila Jardim Touriga Nacional” voltou a ser reconhecido com Medalha de Prata. Para Tramagal, concelho de Abrantes, foram três medalhas de Ouro, no mesmo concurso. A Quinta do Casal da Coelheira foi reconhecida com os vinhos “Casal da Coelheira Reserva Branco 2013”, “Casal da Coelheira Reserva Tinto 2011” e “Mythos Tinto 2011”.―
CARDÁPIO CULTURAL 023
JUNHO 2014
facebook.com/Jornal-Novo-Almourol
Junho t e at r o/ dança
s abe r
Mostra Documental Arquivo Fotográfico de José Ribeiro Sineiro Até 27 Junho
Biblioteca Municipal de Torres Novas -
“Abrantes 40 anos depois de Abril” e “Os rapazes dos tanques” de Alfredo Cunha
C I NE M A
pat r im ó n i o
e t n o g rafia
a r liv r e
quARTel Galeria Municipal de Arte Abrantes -
“Álbum de Família” fotografia de Nelson D´Aires Até 26 de Julho
quARTel Centro Cultural Gil Vicente Sardoal
-
“Raúl Lino em Abrantes” Arquitectura Até 30 Junho
Arquivo Municipal Eduardo Campos Abrantes -
VI Feira do Livro Até 14 de Junho
CBiblioteca Municipal de Ferreira de Zêzere -
Cinema
11, 18 e 25 de Junho Abrantes Cine-Teatro São Pedro 21h30
11 Junho – “A Lancheira” 18 Junho – “Mãe e Filho” 25 Junho – “Um Quente Agosto” -
-
Festival Peixe do Rio 10 Junho a 20 Julho
-
Até 29 Junho
e xp o s i ção
Até 4 de Julho
Até 15 Junho
Casa da Cultura da Sertã
L I T ERAT URA
“Provas de Contacto” de José de Guimarães
Biblioteca António Botto Abrantes
“Um olhar por janelas diferentes”
ga st r o n o mia
28 e 29 Junho, 4, 5 e 6 Julho O concelho abre as portas durante cinco dias para mostrar o que de melhor tem, ao som de David Carreira, Ana Moura e The Lucky Duckies.
Restaurantes do concelho de Mação -
28.ª Feira do Tejo Festas do Concelho 12 a 15 Junho
Parque de Ribeirinho Vila Nova da Barquinha -
Festas do Concelho 12 a 15 Junho Abrantes -
Agenda
Mús ica
Feira Mostra de Mação
“O Mar, A Serra, A Cidade” exposição comemorativa dos 150 anos de Roque Gameiro Até 31 de Agosto Museu de Aguarela Roque Gameiro Minde -
“Fósforo in Tempo” música pela Associação Canto Firme
14, 21 e 28 Junho
Museu dos Fósforos e Claustro de São Francisco, Tomar 16h -
Conferência “Cultura em Tempos de Crise” por Gabriela Canavilhas e Lídia Jorge 19 de Junho
Biblioteca António Botto Abrantes 11h -
“Ballets Russes” “Só, tão cheio” “mãe” Escolas de Dança 21, 22, 28 e 29 Junho Teatro Virgínia Torres Novas 16h e 21h30 -
Semper Phydellius – músicos que crescem
30 Maio de Junho Teatro Virgínia Torres Novas 21h30 2€ -
“A Lenda da Celinda” 24 de Junho
Casa da Cultura da Sertã 16h -
Festas do Almonda 4 a 13 julho
Jardim das Rosas Torres Novas
024 POR AGORA É TUDO
JUNHO 2014
Novo
Almourol
Título Jornal Novo Almourol Propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Sub-Directora Cidália Delgado Editor Ricardo Alves Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Paulo Varino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau, João
Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Flávio Queirós, Ricardo Alves, Ricardo Escada Paginação Novo Almourol Publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - novoalmourol@gmail.com Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email ciaar.vnbarquinha@gmail.com / novoalmourol@gmail.com
MAÇÃO
Editorial
IX Feira Mostra anima Mação durante cinco dias Um concelho a mostrar tudo o que tem de melhor num evento que há muito galgou as fronteiras concelhias e regionais.
Texto aNDRÉ LOPES
A nona edição da Feira Mostra do Concelho de Mação decorre em dois fins-de-semana consecutivos: 28 e 29 de junho e, como tem acontecido nos anos anteriores, no primeiro fim-de-semana de julho, dias 4, 5 e 6 de julho. Da programação musical, os destaques vão para os concertos
de David Carreira, que atua na noite de 4 de julho, os The Lucky Duckies, que sobem ao palco da feira dia 5 e a fadista Ana Moura, no domingo, dia 6. No primeiro dia da Feira Mostra, 28, os ALF, com elementos de Abrantes, Mação e Penhascoso, animam a noite, seguidos de Rock em Stock – Tributo ao Rock Português. Cerca de 70 expositores vão marcar presença no evento que conta ainda com Parques de Insuflá-
veis, Feira do Livro, Provas de BTT, Passeio de Cicloturismo, Zumba, atuação de Grupos de Cantares Concelhios e Marchas de Populares. A Feira Mostra de Mação é um dos mais importantes eventos regionais e que leva ao concelho milhares de visitantes. Será também inaugurada a Galeria de Exposições do Centro Cultural Etelvino Pereira e uma exposição de Artista do Concelho e de Arte em Mação.―
Educação
Luiz Oosterbeek Director
Nas três últimas décadas, a atenção concedida à educação nos diferentes países aumentou, enquanto diminuía o espaço das ciências humanas. Falou-se cada vez mais de educação e de tecnologia, reduzindo o espaço da História, da Antropologia, da Arqueologia ou da Filosofia. Não foi assim em todos os países. Não é assim na Coreia do Sul, não é assim na China, … não é assim na Ásia emergente. Não foi assim na Europa, no passado. A redução da educação a um conjunto de técnicas, foi substituindo a cidadania pelo funcionalismo, com a desaceleração da inovação e desagregação social, que caracterizam os nossos dias.
"Um pouco de história ajudaria a perceber que o empobrecimento acelarado das classes médias resulta sempre na guerra"
MAÇÃO
abrantes
Férias de Verão Piscina A Câmara Mação vai promo- de Ar livre ver o projeto “Verão 100% em Mação”, de 16 de junho a 14 de agosto, uma iniciativa destinada a proporcionar actividades no período de férias escolares das crianças do concelho de Mação. As férias escolares são organizadas entre o serviço de acção social, piscinas cobertas, museu e biblioteca, e destinam-se a crianças entre os 6 e os 10 anos. As semanas vão ser preenchidas com actividades desportivas, lúdicas e culturais desenvolvidas pelos serviços, bem como passeios dentro e fora do concelho de Mação.
O Complexo Municipal de Piscinas de Abrantes (piscina de ar livre) vai abrir ao público no dia 14 de Junho, em plenas celebrações concelhias, inaugurando a época de Verão, e encerra no dia 14 de Setembro. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 09h30 às 19h30 estando o equipamento encerrado à segunda-feira.
vila de rei
JUSTIÇA
A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza – distinguiu mais uma vez as praias fluviais de Fernandaires e Pego das Cancelas, no concelho de Vila de Rei, com “Qualidade Ouro”. É a terceira vez que a praia de Fernandaires recebe esta distinção ao passo que Pego das Cancelas é distinguido pela segunda ocasião. A Quercus atribui a classificação de “Praias com Qualidade de Ouro” no início de cada época balnear e tem em conta os melhores resultados em termos de qualidade.
As 13 autarquias do Médio Tejo delinearam e avançaram com a Petição a Favor da Não Desqualificação/Extinção dos Tribunais do Médio Tejo, no âmbito da reorganização do mapa judiciário, que consideram incorrecta e discriminatória. A Petição surge depois de conhecidos o encerramento dos Tribunais de Mação e Ferreira do Zêzere, assim como a passagem do Tribunal de Alcanena a mera secção de proximidade e o desmantelamento do actual círculo judicial de Abrantes.
Praias Distinguidas
Petição contra extinção
Essa é a raiz dos extremismos, e em particular do fascismo e da xenofobia, numa Europa cada vez menos unida. Um pouco de antropologia ajudaria a compreender a importância da diversidade para a resiliência. Um pouco de história ajudaria a perceber que o empobrecimento acelerado das classes médias resulta sempre na guerra. Um pouco de arqueologia ajudaria a perceber que há limites materiais para os disparates que queiramos fazer. Por isso este jornal, e por isso o destaque à educação que transparece em especial neste número, contra os demónios que de novo espreitam a Europa. Por uma educação com visão 360º, como refere Luís Dias.