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TALENTOS DA LITERATURA BRASILEIRA
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Entre e fique à vontade Copyright © 2017 by Vívian Bastos Mello Copyright © 2017 by Novo Século Editora Ltda.
coordenação editorial Vitor Donofrio
editorial João Paulo Putini Nair Ferraz Rebeca Lacerda
aquisições Cleber Vasconcelos
preparação Fernanda Guerriero Antunes
revisão Vânia Valente
diagramação Nair Ferraz
capa Dimitry Uziel
Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 1o de janeiro de 2009.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) Mello, Vívian Entre e fique à vontade Vívian Mello. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2017. (Coleção talentos da literatura brasileira) 1. Crônicas brasileiras I. Título. 17‑1490
cdd‑869.8
Índice para catálogo sistemático: 1. Crônicas : Literatura brasileira 869.8
novo século editora ltda. Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11o andar – Conjunto 1111 cep 06455‑000 – Alphaville Industrial, Barueri – sp – Brasil Tel.: (11) 3699‑7107 | Fax: (11) 3699‑7323 www.gruponovoseculo.com.br | atendimento@novoseculo.com.br
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Dedico este livro a todas as mulheres que acreditam no amor.
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Sobre navios e memórias
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Sobre nachos e encontros
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Sobre donzelas modernas
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Sobre não estar tão interessada
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Sobre soros e amores
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Sobre ménage à trois
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Sobre calamidade sexual na prática
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Sobre sapatos e test drive
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Sobre verdades absolutas
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Sobre greve de amor
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Sobre jogos de poder
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Sobre ponto X ponto e vírgula
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Sobre cartinhas ao Papai Noel
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Sobre efemeridades
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Sobre o estado civil solteira
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Sobre casulos e quimonos
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Sobre Carpe diem…
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Sobre revoluções e revoltas
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Sobre como se não houvesse amanhã
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Sobre memória e mosquitos
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Sobre o mundo ideal
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Sobre o tamanho e os membros
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Sobre selfies
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Sobre feedbacks e quebra‑cabeças
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Sobre a emancipação feminina
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Sobre amor e outras drogas
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Sobre Puft!
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Sobre era uma vez…
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Sobre o amor
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Sobre a cura
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Esta é uma coletânea de crônicas reais sobre en‑ contros e desencontros na vida da mulher moder‑ na. Começou como uma brincadeira, um diário, uma caixinha sórdida na qual depositamos – eu e minhas amigas jovens, lindas e solteiras – todas as experiências bizarras que tivemos. São cômicas, são trágicas, são exageradas. Mas tudo é amor! O desejo do amor, a busca pelo amor, a tentativa do amor, a esperança do amor. Amor ao outro e amor‑próprio. Afinal, todo tipo de amor vale a pena, sempre! Portanto, entre e fique à vontade!
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Sobre navios e memórias
Abro os olhos. Olho ao redor. Nada. Não reconheço nada. Onde estou? Pera aí! Esta não é a minha cabine! Ao meu lado, um mocinho. Olho novamente. Nossa! Gatinho, hein? Mas… Não! Levanto o edredom. Mi‑ nha roupa intacta. Ufa… Mas… e se eu me vesti depois? Olho para o lado. Uma garrafa de tequila vazia. Minha cabeça dói. Levanto novamente o edredom. Não. Eu nunca conseguiria fechar todos esses botõezinhos de‑ pois de tomar tudo isso de tequila. Com o maior cuidado possível, levanto e, camba‑ leando pelo movimento do navio e pelo efeito da tequi‑ la, saio da cabine com os saltos nas mãos tentando me localizar. Você já tentou achar o elevador de um navio depois de uma bebedeira? Meu Deus! O que aconte‑ ceu? Eu não me lembro de como fui parar naquela ca‑ bine. E quem é aquele mocinho?! Pior do que não se lembrar do que aconteceu na noite anterior é a dor de cabeça que estou sentindo. Mate‑me, por favor! Sento‑me no restaurante, feliz por 11
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encontrar minha amiga, que já se lambuza de prote‑ tor solar. Segundos depois, dois mocinhos sentam‑se à mesa. Um ponto de interrogação toma meu rosto. Você? Um dos rapazes beija minha amiga e os dois co‑ meçam a falar animadamente como se já se conheces‑ sem há anos. Eu olho para o outro mocinho e penso: Você é mais bonito acordado. Eu não sei qual é o nome dele, e, pelo visto, ele também não sabe muito sobre mim. O silêncio toma espaço na cadeira entre nós dois, acomodando‑se para um longo café da manhã. Enquanto eu juro nunca mais beber, minha amiga me conta que eu conheci o mocinho na festa da noi‑ te anterior; depois de uma garrafa de vodca e outra de champanhe, juramos amor eterno e eu achei melhor tomar um remédio para enjoo graças ao balanço do mar. Também achei melhor tomar com tequila porque, segundo minha mais nova teoria, a água das torneiras do navio vinha do mar. Tequila era álcool, era esterili‑ zado, seguro. Desembarco mareada e com uma certeza: é hora de tomar jeito na vida, de fazer o que todo mundo diz que é o certo – achar um namorado, casar, ter filhos e ser feliz. Saio do navio, portanto, com uma simples missão: arranjar um namorado. Só não imaginava que essa missão não seria nada fácil…
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Sobre nachos e encontros
Era comemoração do aniversário da Laura em um restaurante mexicano. Convidei a Karina e aproveitei a ocasião para prospectar, aceitando um encontro às cegas com um amigo de um amigo. Enviei o endereço e procurei sentar o mais próximo possível da saída de emergência, só por garantia. Algumas horas depois e a decepção. O mocinho era bonitinho, mas tinha, espe‑ cificamente, um metro e cinquenta de beleza. Um cara compacto, pode‑se dizer. Como meu amigo tinha feito aquilo? Ele sabia exa‑ tamente a minha altura e a minha relação monogâmica com o salto alto. Para mim, o uso do salto alto atinge uma dimensão existencial, faz parte da minha identi‑ dade pessoal. Um belo par de saltos consegue deixar qualquer mulher elegante. (Imagine uma mulher de pijama. Agora, imagine uma mulher de pijama usando salto alto! Totalmente diferente, não?) Além disso, o salto funciona como um referencial importante quando falo de homens. Fator eliminatório 13
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número um: sobre os meus saltos mais altos, meu cam‑ po de visão deve alcançar os olhos do mocinho, no mí‑ nimo, de forma paralela. A melhor decisão da noite foi ter levado a Karina, que eu apresentei para Paulo, o amigo baixinho do An‑ dré, o mocinho para o qual eu liguei reclamando da qualidade do amigo indicado e com quem tenho um encontro no próximo sábado. Assim a vida toma o seu rumo.
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ISBN 978-85-428-1283-1
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vívian mello
Formada em Marketing, com MBA em Relações Internacionais e especialização em Dramaturgia, morou em diversos países e trabalhou em grandes multinacionais até assumir a paixão pela escrita e passar a dedicar cada minuto do seu tempo para trazer mais palavras à vida das pessoas.
ENTRE E FIQUE À VONTADE
Internacionalista, roteirista, Vívian Mello é escritora e atriz, apaixonada por viagens e curiosa sobre o ser humano e suas formas de relacionamento.
ENTRE E FIQUE À VONTADE
vívian mello
U
ma coletânea de crônicas sobre encontros e desencontros do universo das mulheres solteiras. Questionamentos e reflexões sobre o amor, a sexualidade e o peso da sociedade nas relações amorosas das mulheres modernas são temas abordados pela autora através de histórias suas e de amigas sobre a busca do amor. Sexo, decepções, sonhos, medos, paixões, aventuras ardentes, algumas lágrimas, mas sempre muito bom humor! Afinal, o caminho pode ser uma aprendizagem divertida e prazerosa. Portanto, entrem e fiquem à vontade.
Depois de uma noite de festa, a narradora acorda com um estranho em sua cama e uma grande ressaca. A ressaca a faz repensar sua vida e começar a buscar pelo grande amor. Ela só não imaginava que encontrar um grande amor fosse uma tarefa tão difícil. Acompanhe suas aventuras nessa busca, por meio de crônicas provocativas e bem-humoradas que refletem sobre conceitos do mundo moderno, da mulher e dos relacionamentos. Questionamentos sobre terapias e livros de autoajuda que deixam as mulheres cada vez mais confusas. Verdades sobre comportamentos sexuais estranhos dos homens e a visão deles sobre amor e sexo. Decepções em relacionamentos que pareciam ser perfeitos, a vida sob o status civil solteira, a compra do primeiro vibrador e a tecnologia nos relacionamentos modernos. Entre e fique à vontade é um livro escrito para todas as mulheres (e homens) que acreditam no amor e se entregam aos encontros e desencontros da vida sem medo e com muita esperança.
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