O que te move?

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O que te move?


O que te move? Copyright © 2017 by Sandro Franco Copyright © 2017 by Novo Século Editora Ltda. coordenação editorial

aquisições

Vitor Donofrio

Cleber Vasconcelos

editorial

Giovanna Petrólio João Paulo Putini Nair Ferraz Rebeca Lacerda capa

revisão

Monique Sena

Bárbara Parente

diagramação

Giovanna Petrólio Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 10 de janeiro de 2009.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) Franco, Sandro O que te move? / Sandro Franco Barueri, SP: Novo Século Editora, 2016. 1. Desenvolvimento pessoal 2. Autopercepção 3. Espiritualidade 4. Autorrealização 5. Desenvolvimento profissional 6. Saúde - Bem-estar I. Título 17‑0042

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­158.1

Índice para catálogo sistemático: 1. Desenvolvimento pessoal 158.1

novo século editora ltda.

Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11o andar – Conjunto 1111 cep 06455­‑000 – Alphaville Industrial, Barueri – sp – Brasil Tel.: (11) 3699­‑7107 | Fax: (11) 3699­‑7323 www.novoseculo.com.br | atendimento@novoseculo.com.br


O que te move? Sandro Franco

talentos da literatura brasileira

_____________ SĂŁo Paulo, 2017



Dedicatória

Para Jesus, meu orientador e apoiador em todos os momentos. Para meus filhos, Hanah, Raíssa e Davi; minha mãe, Iraci; e, em especial, para minha esposa, Gisele, pelo incentivo diário para que este livro se tornasse realidade.

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Agradecimentos

A Deus, sempre. ร s pessoas que me seguem nas redes sociais e que, todos os dias, depositam sua confianรงa no trabalho que faรงo com o maior carinho.

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Prefácio

“O que te move?” é um convite à reflexão. Nos dias de hoje, com a correria em que vivemos, não paramos para pensar em nossos sonhos, nossos desejos, no que realmente nos faz felizes e nos motiva. Entramos no piloto automático e, quando nos damos conta, a vida passou... Quero, com este livro, que você desacelere um pouco e pare para pensar sobre os diversos pilares que compõem a sua vida: vida pessoal, vida profissional, relacionamentos, sonhos; e se eles estão equilibrados (ou não). Além disso, gostaria que você pensasse sobre os seus propósitos e os seus sonhos. Evidente que conquistas materiais são muito importantes. Temos o direito de levar uma vida confortável, de satisfazer nossos desejos materiais, tais como comprar um carro da moda, uma casa de praia ou campo, fazer a viagem dos sonhos... Mas, gostaria de levar essa reflexão para um âmbito mais profundo: a conquista de nossos desejos como seres humanos, especiais que somos, e que nos alimentam a alma, nos fazem sentir que temos um propósito real nessa vida. Este livro irá auxiliá­‑lo na análise dos principais pilares que compõem nossas vidas. Por uma questão didática, dividimos a obra da seguinte forma:

Espiritualidade Trata da nossa relação com o divino, com nossa alma, independente de religião ou dogma. 9


Desenvolvimento pessoal Trata da maneira como lidamos com nossas emoções e o que podemos fazer para conquistar uma vida mais equilibrada.

Saúde e bem­‑ estar Trata dos aspectos relacionados à nossa saúde e de como podemos nos desenvolver de maneira global, tendo em vista uma visão holística do ser humano.

Relacionamentos Trata do nosso relacionamento com os outros: amigos, cônjuges, familiares etc.

Desenvolvimento profissional Trata de nossa vida profissional e de como podemos desenvolver nossa carreira de maneira estruturada, alcançando, assim, nossos objetivos.

Missão e propósito Trata dos nossos sonhos e propósitos, de modo a sermos mais realizados e, ao mesmo tempo, para podermos contribuir com um mundo melhor. Vamos lá? Tenho certeza de que você não sairá ileso dessa viagem de autoconhecimento!

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Sumário

ESPIRITUALIDADE 15 Alma 15 Gratidão 17 Perdão 18 Sorte 19 O poder das palavras 21 A plantinha está morrendo 23 Ecos da vida 24 A fé move a criatividade 25 Ubuntu 27 Sinta os sinais 28 Renascimento 29 Páscoa 30 O hoje é um presente que não volta mais 31

DESENVOLVIMENTO PESSOAL 33 O que é coaching? 33 Roda da vida 35 Aplicações do coaching 36 Meias 37 Erros 38 Crenças limitantes e crenças libertadoras 40 Ganhos e perdas 42 Talentos 46 Modelos mentais 47 Descobrindo você mesmo 50


Ancoragem 51 Novos desafios 54 Use seu instinto 54 Setênios 56

SAÚDE E BEM­‑ ESTAR 83 Ansiedade 83 Autoestima 86 Medo 88 O matador silencioso 89 Dicas para melhorar a concentração 93

RELACIONAMENTOS 97 Introversão X Extroversão 97 Orgulho 99 Encorajamento 101 Diálogo 102 Pessoas doadoras, trocadoras ou tomadoras 103 Papel de ridículo 106 Sentimento de posse 108 Mãe 110 Mulheres inteligentes 111

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 113 Conflitos nas equipes 113 Clientes e fãs 115 Trabalhador 118 Quem te inspira? 120 Ideias fora da caixa 122 Humildade no trabalho 128 Dicas para estudar inglês sozinho 129


Quatro maneiras de concluir seus projetos 132 Motivos para não levar trabalho para casa 133

MISSÃO E PROPÓSITO 135 Sonhos 135 Planejamento e metas 136 Como fazer sua lista de sonhos 136 Propósito de vida 139 Abrindo a porta 140 Eu acredito em você 141



Espiritualidade

Alma Se você se beliscar, sentirá que está vivo. Se alguém lhe chamar aos gritos, você, certamente, atenderá ao chamado. Seus sentidos lhe orientam a reagir a cada ato que ocorre em sua vida. Mas, quando alguém a quem você ama o magoa ou o ofende, que sentido você usa para expressar o que sente, além das lágrimas que escorrem em sua face? Podemos dizer que esse sentido é a sua alma. É impossível dar uma definição exata de alma, já que ela não é uma entidade concreta, mas abstrata. Não é matéria, é energia, mas não é energia física. É energia divina, um pedacinho de Deus dentro de você. É a parte que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. Não pode ser vista. A alma é para o corpo o que a roupa espacial é para o astronauta: funciona como uma bateria, dando vida e animação. Se tirarmos a roupa do astronauta, ela será basicamente inútil. O mesmo acontecerá com a alma: tire­‑a do corpo, e ele, praticamente, desmoronará. Mas, como sabemos se temos alma? Basta me acompanhar no seguinte raciocínio: você tem um corpo? Se respondeu “sim”, diga­‑me: quem é esse “eu” que tem um corpo? Não poderia ser o corpo, pois não se pode dizer que o corpo tem um corpo. Então, isso é o que chamamos de alma. De forma mais abrangente, somos um composto de alma e corpo. Isso explica por que somos tão confusos, certo? 15


E de que forma podemos expressar nossa alma? Darei duas sugestões:

1. Torne­‑ se espiritual A espiritualidade é, para sua alma, aquilo que o alimento é para o corpo. Antes que você possa expressar sua alma, deve nutri­ ‑la. Um homem faminto não pode ganhar uma corrida, e uma alma faminta não pode se expressar. Para alimentar sua alma, dê­‑lhe espiritualidade. Faça atividades espirituais. E o que são atividades espirituais? Sabemos que o conceito de espiritualidade é muito relativo e pessoal. Mas concordamos que atividades espirituais são as que fazem bem ao espírito, que trazem bem­‑estar, certo? Portanto, toda e qualquer atividade que traga paz interior é uma atividade espiritual: observar a natureza, assistir a um bom filme, ler um livro edificante, brincar com nossos filhos... Tudo isso acalma a mente e faz bem para a alma. E, claro, entrar em contato com o divino que há em nós, com o que nos aproxima de Deus, seja qual for a nossa crença.

2. Estude Nada é mais poderoso e nutritivo para a alma do que o estudo de assuntos espirituais. Quando você estuda a Bíblia, por exemplo, está lendo a mente de Deus. Sua alma se eleva, fortalecendo­‑se com grandes pedaços de energia espiritual, que podem ser utilizados para a realização de outras coisas espirituais. E o que são coisas espirituais? São coisas boas e positivas que não têm resultado físico e tangível, e que, portanto, não podem ser vistas com os olhos físicos. Por exemplo, imergir na prece, na meditação, seguir a orientação de Deus, acreditar sem tocar e sem ter sinais, depositar a fé e aguardar são coisas 16


espirituais. Atos de amor e bondade, embora sejam coisas espirituais, são tangíveis. Enfim, tornar­‑se espiritual não é tão difícil quanto parece, mas requer esforço, disciplina e, acima de tudo, fé, pois, para acreditar no que é intangível, no que não pode ser visto, precisamos acreditar que há algo além do que enxergamos com nossos olhos físicos. Entregue­‑se a esse exercício sem julgamentos, de maneira livre, e acredite: a espiritualidade se tornará um hábito, fazendo que, a cada dia, a sensação de bem­‑estar e plenitude aumente e tome conta de você.

GRATIDÃO A gratidão é uma virtude que precisa ser cultivada e desenvolvida continuamente. Precisa se tornar um hábito diário. Muitas vezes, não nos lembramos de agradecer e apenas reclamamos. Em vez de se lastimar, mude essa atitude de vítima para uma atitude positiva, agradecendo do momento em que abre os olhos, quando acorda, até a hora de dormir. Ao fazer isso, você abre seu coração, ampliando seu entendimento para descobrir quantas bênçãos você recebe a cada dia. Desse modo, você passa a perceber as bênçãos “invisíveis” que nem tinha notado. Lembre­‑se sempre de demonstrar sua sincera gratidão a todos que o ajudam. Expressar gratidão é uma força poderosa que gera mais do que recebemos. A gratidão é um atributo natural da mente voltada para a prosperidade. Ao desenvolver o hábito de agradecer, você aciona a energia curativa do universo e muda as circunstâncias e o ambiente ao seu redor. A gratidão cura as doenças psicossomáticas, as crônicas e

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as da alma, como depressão, tristeza, solidão, melancolia, baixa­ ‑estima, insônia etc. A gratidão nos faz felizes. Cura o ressentimento e faz surgir o perdão.A gratidão não é uma obrigação nem um peso. Ela é alegria e traz desapego e harmonia. Somos acostumados a pensar em gratidão pelos outros e por Deus, mas esquecemos de agradecer a nós mesmos. Achamos que é egoísmo nos agradecer. Mas, experimente fazer isso, agora. Sinta gratidão por você mesmo até pelas pequenas coisas que você faz. Agradeça suas qualidades, habilidades e virtudes. Reconheça seu próprio valor. Ao sentir gratidão por você mesmo, você aquieta a voz interna da autocrítica, da baixa­‑estima, do julgamento e das dúvidas. Você passa a se amar verdadeiramente e, desse modo, também pode amar aos outros e ver qualidades neles. O primeiro sinal de que você está evoluindo e progredindo espiritualmente é quando você não se diminui mais, vê seu lado positivo e agradece a si mesmo muitas e muitas vezes, se valorizando. Você confia mais em você e em Deus. Agradeça a tudo. Compreenda que tudo acontece para o melhor. Nada acontece por acaso. Você tem o que merece e precisa. Aprenda, transforme­‑se, amadureça e viva mais contente, com um coração grato. Isso fará toda a diferença!

PERDÃO Existe paz sem perdão? Perdoar é essencial para alcançarmos tranquilidade e leveza em nossas vidas. O perdão, muitas vezes, exige esforço, um esforço tremendo, pois ele compete com sentimentos fortes do nosso ego, e, nessa disputa de sentimentos, o orgulho, quase sempre, acaba

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vencendo. Sabe aquela voz que insiste em dizer que não devemos ceder, que não podemos perdoar? Ela pode nos impedir de enxergar nossos erros, e, com isso, acabamos perdendo a oportunidade de crescer e de nos aprimorar. Tem um provérbio popular que diz: “O orgulho é a galinha sob a qual todos os outros pecados são chocados”. Quantas amarras e cargas pesadas carregamos por não sabermos perdoar? Perdoar é curar as feridas. É compreender que somos humanos e estamos sujeitos ao erro. É saber se colocar no lugar do outro e imaginar que, talvez, faríamos o mesmo caso estivéssemos nas mesmas condições daquela pessoa. É tentar compreender o que se passa na cabeça, no coração e no mundo da pessoa que o feriu. A medida proporcional de se sentir bem com o ato de perdoar é o amor que sentimos pela pessoa que recebe o perdão. Por isso, quem ama, perdoa e não olha para trás. Amar é perdoar coisas difíceis. Egoísmo é desenterrá­‑las a cada discussão. O verdadeiro perdão é incondicional, libertador, renovador, é fruto do amor; assim como o Pai, que mandou seu Filho para limpar nossos pecados e nos perdoar. Existe ato de amor maior do que este? Vamos experimentar a prática do perdão, vamos lavar a alma. Eu tenho praticado, e estou me sentindo bem mais leve, pois sei que, acima de tudo, é um grande ato de amor com Deus, comigo e com o próximo.

SORTE Sorte e fé se confundem. Fé, aqui, tem o sentido de se acreditar que algo é possível. Ambas se misturam com nossos desejos, nossos sonhos.

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Muitos dizem que sorte não existe. No entanto, costumo dizer que esperança pode ser sorte, já que ter esperança é acreditar. Então, eu tenho sorte, por que acredito no presente e naquilo que planto para o futuro. Se, em alguma ocasião, a sorte for adversa, sejamos corajosos para entender que ventos contrários também fazem parte da lei da vida. A sorte também se confunde com competência, e o azar, com incompetência. Não em 100% dos casos, mas, na grande maioria das vezes, sabemos porque o “destino” premia uns e outros não. Isso tem a ver com a competência de ter fé, planejar, aprender, dedicar­‑se, obstinar­‑se e, acima de tudo, ter muito prazer em fazer aquilo que se gosta. A felicidade, depois de certo tempo de vida, quando passamos para a fase do discernimento, depende, basicamente, das nossas escolhas. A sorte é um somatório de atributos que acabam por ajudar a ser feliz ou não: os amigos que você faz, se optou por ser honesto ou ser malandro, se valoriza mais a grana do que a sua paz de espírito, se costuma correr atrás ou desistir dos seus projetos, se, nas suas relações afetivas, você prioriza a beleza ou as afinidades, se reconhece os momentos de dividir e de silenciar, se sabe a hora de trocar de emprego, se sai do país ou fica, se perdoa ou preserva a mágoa para o resto da vida. Essas escolhas geram a sensação de mais “sorte” ou “azar”. Enfim, tudo isso, junto e misturado, são nossos momentos de vida. E aí está a graça de nos entendermos com sorte ou com azar: depende muito de nós. Por isso, nunca desista, nunca mesmo. A sorte sempre estará ao nosso lado, se justos forem nossos corações. Almejemos, então, a sorte da vida pela fé.

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