Revista arquitetura

Page 1

CeunspArq A Sua Revista Exclusiva de Arquitetura do CEUNSP

Editora: Abril Edição: 0101 - Ano I - nº 11 29 de Agosto de 2013

POR DENTRO DA HISTÓRIA

Conheça a história da antiga fábrica Brasital. Construções, objetivos, trabalhadores, influências de estrangeiros e tudo que se passou no chão de pedras que ainda é preservado.

A História Detalhada do Prédio do CEUNSP. Pág. 9

Saiba Significado do Brasão do CEUNSP. Pág. 11 www.ceunsp.com.br CeunspArq


9.

A História do CEUNSP.

Edição: 0101 - Ano I Agosto de 2013.

3.

Arquitetura Inglesa

8.

4. Características presentes na arquitetura.

5. Relógios nos Castelos Ingleses.

1.

“ Quem desenhou, quem construiu, jamais imaginou que entraria para a história e seria aplaudido ”

Fotos de Detalhe

Detalhes da Arquitetura Inglesa.

7.

10.

Significado do Brasão do CEUNSP.

Veja a beleza dessa Arquitetura através dos clicks de nossos fotógrafos.

A História A história do CEUNSP contada por nossa colunista Núbia Istela.

CeunspArq

Quem desenhou, quem construiu, jamais imaginou que entraria para a história e seria aplaudido

Núbia Istela Santos

Janelas Conheça como são as janelas estilo inglês que contêm no prédio do CEUNSP.

Curiosidades Saiba o que ainda está preservado e curioso.

Simbolismo do Brasão O significado dos símbolos contidos no Brasão do Centro Universitário.

5.

LEIA TAMBÉM :

6.

12.

11. CeunspArq

2.


ARQUITETURA

CARACTERÍSTICAS PRESENTES NA ARQUITETURA

ARQUITETURA INGLESA SÉCULO XIX “ Quem desenhou, quem construiu, jamais imaginou que entraria para a história e seria aplaudido ”

a arquiteta TIJOLOS A VISTA S egundo Karina Benassi em

sua tese de doutorado, os tijolos a vista surgiram em Roma, pois eles necessitavam de um material leve, racional e resistente, que pudesse ser utilizado em qualquer lugar do Império. Através da influência romana, os tijolos se propagou por toda a Europa. Os construtores ingleses foram os que melhor exploraram as potencialidades estéticas da alvenaria de tijolos.

A

arquitetura inglesa do século XIX passou por uma série de crises estéticas que traduzem os movimentos revivalistas, ou ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos, os arquitetos do período viam na cópia da arquitetura do passado e no estudo de seus cânones e tratados uma linguagem estética legítima de ser trabalhada. Esses movimentos

3.

CeunspArq

manifestaram na arquitetura neogótica inglesa, profundamente associada aos ideais n a c i o n a l i s t a s . O Parlamento inglês é uma das realizações mais exemplares da arquitetura revivalista inglesa. O primeiro destes movimentos foi o já citado neoclássico, mas ele também vai se manifestar na arquitetura neogótica inglesa, profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas.

Motivos e presença das formas.

Os esforços revivalistas que aconteceram principalmente na Alemanha, França, Inglaterra, por razões especialmente ideológicas, viriam mais tarde a se transformar em um mero conjunto de repertórios formais e tipológicos diversos, que evoluiriam para o ecletismo, considerado por muitos como o mais decadente e formalista entre todos os estilos históricos.

Por: Núbia Istela Santos

A estética de mostrar os tijolos utilizados para a construção do prédio foram preservadoa e após a utilização como Centro Universitário.

CeunspArq

4.


ARQUITETURA

CURIOSIDADES A centenária Ponte Pênsil construída para facilitar o acesso de pescadores ao antigo “Porto das Canoas”, sua construção ficou

O atual grande corredor do Bloco F era um enorme galpão.

O

s relógios estão ligados RELÓGIOS NOS CASTELOS INGLESES a história do big bem, não ao relógio propriamente dito, mas sim no sino de 13 toneladas, responsável pelas consagradas badaladas que regem a pontualidade britânica.

s caracte- JANELAS rísticas e tradicionais janelas inglesas compõem a forte arquitetura trazida e construída.

A

Marcas do nível que a água do rio chegou durante cheias em 1929 e outros anos.

Chaminés e Fornos eram utilizados para ferver a água no processo de tingimento dos tecidos na Brasital, ainda estão presentes no Campus.

5.

CeunspArq

CeunspArq

6.


ARQUITETURA 7.

ARQUITETURA NO DETALHE Nada melhor para representar a construção da antiga Brasital como suas próprias imagens. Nesta página estão as Obras dos alunos de fotografia do atual Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, que produziram durante um trabalho solicitado pelo professor Tony Maia.

CeunspArq

CeunspArq

8.


HISTÓRIA

A HISTÓRIA DO CEUNSP

Já imaginou D. Pedro II montado em seu cavalo branco cortando uma fita inaugural?

im aconteceu. Na se S gunda metade do sé-

culo XIX, o prédio que hoje pertence a instituição de ensino o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, tem o estilo medieval baseado nos castelos ingleses.

9.

CeunspArq

Este foi inaugurado pelo próprio D Pedro II. No início do século XIX, Salto assim como todo o Brasil vivia basicamente da pesca e agricultura. Com a mudança política que acontecia no país era necessário reinventar a

economia que por sua vez era sustentada pelos muitos escravos que aqui viviam. Na metade do século XIX foi surgindo as ferrovias, nesse momento da história começam a surgir as primeiras fábricas

têxteis, Júpiter e Fortuna. Em 1904, essas duas empresas foram compradas pela sociedade Italoamericana. O complexo passou a se chamar Brasital. Nessa época ainda não existia energia elétrica no Brasil. O castelo inglês de Salto foi construído em um ponto estratégico, pois as maquinas confeccionarias funcionavam com a força das aguas ou

seja através de uma roda motriz. A construção é segura e firme, segundo Manoel Padreca, 60, Consultor de empresa na área de gestão ambiental. De acordo com ele com a chegada da modernização e a tecnologia avançada, o prédio tornou-se inútil para a confecção e a tecelagem devido a sua estrutura, e muito espaço desperdiçado, “ aquele lugar só serve para montar um museu ou uma instituição de ensino como esta sendo utilizado. Virou patrimônio histórico, não pode fazer grandes reformas”, concluiu ele. Bruno Moretti aos 86 anos, foi mecânico geral da Brasital no século XX. O aposentado conta que a maior parte das pessoas que trabalhavam no reino eram italianas e habitavam nas vilas operárias espalhas

pela cidade, essas casas tem o mesmo estilo inglês, são mais simples. Os chalés que hoje é a reitoria e a casa amarela, na época eram frequentadas pelos diretores da empresa, que por sua vez não perderam nem mesmo o costume inglês de tomar chás a tarde. “Eu já tomei chá com eles”, brincou Moretti. Os anos passaram, os séculos nos contam a história e a nossa imaginação cria o que não nos foi dito. As paredes de tijolos nus, grandes janelas, o grande relógio responsável pelo tempo. Quem desenhou, quem criou, não imaginou que entraria para história e seria aplaudido.

Por: Núbia Istela Santos

CeunspArq

10.


HISTÓRIA

NOSSO BRASÃO

E

scudo francês cor tado, primeiro de blau, uma estrela de prata; segundo de goles, um livro aberto e uma lâmpada antiga, acesa, com seu cabo em forma de monograma grego de Cristo Nosso Senhor, tudo de prata, as figuras alinhadas em banda a segunda brocante em prata sobre a primeira. Encimando, coroa mural de prata, com quatro torres, sendo três visíveis, sobre um manto de blau, espalmado de pele alva e flor-de-lisado também de blau, atravessante ao cantão sinistro do chefe. Como suporte, listel de prata, com a legenda: “Fons Sapientiae Verbum Dei”, sobre dois ramos de louros de sinopla passados em aspas.

SIMBOLISMO

escudo francês é uma Oreferência à nacion-

alidade das irmãs que em 1859 inauguraram o Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, célula inicial do CEUNSP. A estrela de prata sob um campo azul celeste

11.

CeunspArq

é, por excelência, um símbolo mariano e uma homenagem ao orago da instituição. O azul, em Heráldica, representa justiça, cuidado pela doçura, lealdade, inocência e piedade. O vermelho, virtudes como fortaleza, bons cuidados, valorosidade, fidelidade, alegria e honra. O livro aberto remete ao saber, iluminado pela luz da fé, a qual é simbolizada pela lâmpada, com o monograma de Cristo. A chama representa criação e vitória sobre as trevas, numa referência ao pioneirismo e espírito visionário, sendo a primeira Instituição confessional de ensino para mulheres do Estado de São Paulo e a segunda do país. Também foi responsável pelas primeiras faculdades nas cidades de Itu e Salto, pelo primeiro Centro Universitário da Região do Vale do Médio Tietê e pelo primeiro curso de pós-graduação em Itu, entre outras ações. Estando o Centro Universitário inicialmente localizado em Itu, foi posta sobre o escudo a coroa mural, tirada do brasão da cidade.

Brasão do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio

Na heráldica, a representação dos castelos sempre teve grande importância, pois nos tempos medievais eram poderosos baluartes de defesa e a residência de imperadores e reis. O manto é uma

clássica alusão à soberania, ao poder de decidir, de conduzir. Neste aspecto, representa a conquista da chancela de Centro Universitário em 1998, que lhe confere autonomia na decisão pela abertura de cursos. A cor azul e o barrado de flor-de-lis também remetem a Nossa Senhora, mas em

referência às padroeiras de Itu, Nossa Senhora da Candelária, e Salto, Nossa Senhora do Monte Serrat, como homenagem às cidades em que estão instalados os campi da instituição. Os ramos de louros verdes,

símbolos de vitória e imortalidade, fazem menção aos 50 anos de cursos superiores, data em que o brasão foi remodelado. No listel de prata, o lema “A Palavra de Deus é a Fonte da Sabedoria”. “A ausência ou decadência de

símbolossociais numa determinada época podem ser entendidas como sintomas de crise na cultura e na sociedade” Mandred Lurker

Brasão – Surge na época das Cruzadas, no primeiro terço do século 12. Sua representação inicial era do elmo fechado, especialmente nos escudos dos cavaleiros. Também desta época data o SimMedieval. A bolismo relação do homem com as coisas era simbólica: estrelas e elementos, plantas e animais, cores e números. Deus, enquanto princípio, está presente de modo oculto em todos os fenômenos, por isso, tudo pode tornar-se símbolo. Com esta forte presença de analogias através dos símbolos, o brasão passou a ser uma forma de simbolizar os ideais daquele que o detinha. Escudo – Símbolo de invulnerabilidade e segurança. As virtudes, especialmente a coragem, têm freqüentemente um escudo como atributo. Simboli– Estrelas zação de poderes mais elevados, também do celeste e inatingível. Nesse aspecto, relaciona-se com algo divino. Livro – Sabedoria e mas conhecimento, também relações com o divino. A pessoa que faz o juramento

coloca a mão sobre o livro sagrado, por estar este imbuído de uma força misteriosa. Lamparina – Alerta e prontidão. Luz – A criação do mundo corresponde à superação das trevas pela luz. “Façase a luz” – foram as primeiras palavras de Deus. Dicotomia: luta entre luz e trevas, caos e ordem. Fogo – Símbolo da criação da vida. A chama em movimento é símbolo da vida, prestígio e poder. Louro – Símbolo da vitória, paz e, como planta sempre verde, da imortalidade. Atletas, artistas e generais eram condecorados com uma coroa de louros, tanto na Antiguidade como mais tarde, no Renascimento. Castelo – Na Idade Média, os castelos reuniam os exércitos, camponeses e vassalos, além dos rebanhos e toda produção da terra, que ficava a salvo da cobiça dos inimigos. Esses castelos tinham meios próprios de subsistência, visto que muitas vezes eram assediados e cercados por longo tempo. Fonte: www.ceunsp.com.br CeunspArq

12.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.