EDIÇÃO Ano VI NOV/DEZ 2016
R$ 12,90
As Associações Empresariais de SC: um resgate da história, uma visão de futuro Encontro estadual de Aci’s celebrou os 45 anos da Facisc relembrando o início dos trabalhos das Associações Página 06
Novos Negócios
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Sustentabilidade
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Técnica francesa que ajuda na cura de Pesca artesanal em Balneário Camboriú: problemas mentais e físicos chega ao Brasil tradição, amor e fonte de renda.
Prêmio Cambori
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Conheça as empresas que se destacaram neste ano em Balneário Camboriú
Editorial
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Palavra da Presidente por Ciça Müller
2016
Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova. (Mahatma Gandhi) Você já parou para pensar que todos os anos, nesta mesma época, fazemos um balanço deste ciclo de 365 dias? Penso que é exatamente esse o objetivo: de renovar, de virar o ano, mudar o ciclo e ter uma nova oportunidade inteira pela frente. Mas, em nossa análise do ano que passou tem muitos aspectos que devem ser avaliados. Os tangíveis, por exemplo, como nossas finanças ou concretizações materiais, com as quais raramente ficamos satisfeitos. Sempre pensamos que poderíamos ter ganho mais e ter realizado mais. Isto é natural. Existem, porém, outros aspectos que merecem nossa atenção. Somos espíritos em uma experiência humana. Nossa vida não se resume somente ao trabalho e ao crescimento profissional. Quando percebemos nossa interdependência nos tornamos ainda mais fortes, nos integrando, nos conectando e modificando não só a nossa existência, mas também a daqueles que convivem conosco. Aproveito para compartilhar aqui alguns ganhos reais deste ano que, certamente, mudaram meu destino e vão comigo para a vida toda. Estar à frente da ACIBALC na gestão 2015/2016 trouxe muitos ensinamentos e também me transformou. Perceber o outro, aprender a ouvir mais do que falar, foi fundamental para que pudesse aproveitar ao máximo todas as excelentes ideias que pusemos em prática em nossa entidade. Valorizar as pessoas, pois sem elas nada seria possível e com elas pudemos ter o sonho de realizar até mesmo o que parecia ser impossível. Conviver com tantas diferenças e encontrar tantos pontos em comum. Oportunidades que estão ao
alcance de todos nós, mas que exigem nossas escolhas e uma tomada de decisão. Aceitar os desafios, lançar-se e ir além. Uma oportunidade de ouro como esta deve ser vivida e compartilhada. Por isso, deixo registrado aqui o meu “muito obrigada” a todos aqueles que foram contemporâneos em nossa diretoria, em nossos núcleos e em nossa equipe executiva. Estar como presidente me honrou profundamente, me trouxe a oportunidade de servir a causa do associativismo e a dar ainda mais valor para o coletivo. Isso foi possível porque encontrei na ACIBALC um ambiente de grande valor ético e de sinergia, que foi muito bem preparado por aqueles que nos antecederam. As sementes germinam porque a terra foi devidamente adubada. Agradeço ao Conselho Superior, Roberto Ern, Fernando Baumann, Álvaro Santos, Magda Bez, e, em especial, ao Nelson de Oliveira, que me concedeu a oportunidade de contribuir e servir a esta querida entidade. Agradeço ainda a todos os líderes que construíram a ACIBALC nestes quase quinze anos de existência. Desejamos sucesso ao nosso presidente para a gestão 2017/2018 - Augusto Muchen e sua diretoria. Registramos aqui o desejo de que nossa entidade continue crescendo e se desenvolvendo e que nossos novos líderes estejam sempre motivados, principalmente pelo desenvolvimento humano, para que juntos possamos cumprir nossa missão de promover o desenvolvimento econômico com representatividade e sustentabilidade.
Índice
EMPRESAS E NEGÓCIOS
Índice ESPECIAL
ENTREVISTA
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NOVOS NEGÓCIOS
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As Associações Empresariais de SC: um resgate da história, uma visão de futuro
Amandio João da Silva Júnior Vice-Presidente do Programa Empreender da Facisc
Técnica francesa ajuda a identificar a causa de problemas relacionados à saúde física e mental
INCLUSÃO
SUSTENTABILIDADE
COBERTURA PRÊMIO CAMBORI
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Pesca artesanal ainda é fonte de renda entre as colônias de pescadores
Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional por meio de trabalho voluntário
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Fotos do evento Premiação Prêmio Cambori Empreendedores de sucesso
Missão: Fortalecer o associativismo empresarial com representatividade e sustentabilidade.
Expediente Presidente Ciça Muller
VP de Turismo Osny Maciel Jr
VP de Relações Institucionais José Santos Pereira
VP de Projetos e Políticas Sociais Vera Barichello
VP de Gestão e Finanças Augusto Munchen
Conselho Fiscal - Membro Efetivo Nazaré S Gomes Moisés Rossi Aline Voigt
VP para Assuntos Jurídicos Eraldo Luiz de Carvalho Júnior VP de Comunicação Fernando Assanti VP de Desenvolvimento Empresarial Nathália Mendes VP de Assuntos do Segmento de Prestação de Serviços Maria Pissaia VP de Assuntos do Segmento do Comércio Osmar de Souza Nunes Filho
Conselho Fiscal Membro Suplente Flávio Junior Pavan Marco Canassa Waléria Baú Conselho Superior Roberto Ern Fernando Baumann Álvaro Zambom dos Santos Mágda Bez Nelson de Oliveira Conselho Editorial
VP de Assuntos do Segmentos da Indústria Mércio Jacobsen
José Santos Pereira Fernando Assanti
VP de Desenvolvimento Sustentável Marco Aurélio Petrelli
Alan Vignoli Andriana Seemann Mayara de Wergenes Nicole Bugnotto
VP de Núcleos Angela Pires
Apoio Editorial
EDITORA & PROJETOS CULTURAIS
Revisão Gisele Girardi (CONRERP 2605-RS/SC) Jornalista Responsável Analú Vignoli (MTB 5022/SC) Créditos Fotos Breves Registros:
Arquivo Comunicação Acibalc Entrevista:
Arquivo Pessoal Especial:
Comunicação Facisc e Assessoria de Imprensa Acibalc Especial UNIVALI:
Arquivo Univali Inclusão:
Arquivo CVV, Charles C. Teixeira Novos Negócios:
Arquivo Ricardo Hoffmann Representatividade:
João Souza
Sustentabilidade:
Brasil Imagens Diagramação André Rocha Projeto Gráfico *GGE
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Especial
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As Associações Empresariais de SC: um resgate da história, uma visão de futuro Encontro estadual de Aci’s celebrou os 45 anos da Facisc relembrando o início dos trabalhos das Associações Por Alan Vignoli e Mayara de Wergenes O início é decisão, medo, angústia e tentativas. Acompanhado de determinação nos impulsiona para o presente que chega carregado de pressa, trabalho e planejamento. Porém, em meio à confusão do agora há sempre espaço para o deslumbrar do futuro: uma caixa abarrotada de sonhos, esperança e ação. Relembrar, constatar e planejar foram os três verbos que nortearam o Encontro Estadual de ACIs, realizado nos dias 19 e 20 de outubro, tendo como anfitriã a Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), no Hotel Sibara Flat e Convenções. Mais de 300 empresários catarinenses estiveram no encontro que celebrou os 45 anos de atuação da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e teve também como foco o networking e troca de experiências. Durante o evento, as ACIs compartilharam ações realizadas através do tempo em diferentes regiões do Estado, que provocaram mudanças significativas na economia de 146 cidades catarinenses.
Para o ex-presidente da Facisc, Antonio Rebelatto, integrar uma associação empresarial é ter o poder de motivar toda uma classe e contribuir ativamente nos resultados positivos da economia. “A experiência de se sentir peça-chave em um mercado competitivo, contribuindo para o desenvolvimento de sua cidade é um aprendizado que instituições de ensino não podem ensinar, apenas a vivência em uma associação empresarial”, conclui. Na companhia do também ex-presidente da Facisc, Alaor Tissot, ambos debateram no painel “Se fosse hoje, o que você faria?”, o papel determinante das ACI’s em obras essenciais no Estado, que contribuem não só para o mercado econômico mas também para a qualidade de vida da população. No cenário atual, outro case que chamou a atenção foi o Banco Social, apresentado pela Associação Empresarial de Joinville (Acij). O Banco busca colocar em evidência projetos joinvilenses cadastrados em leis de incentivo, principalmente os ligados à arte, educação e saúde. Por meio dele, os empresários podem apoiá-los financeiramente, através dos impostos.
Especial
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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45 anos de associativismo e união de boas ideias O atual presidente da Facisc, João Ernesto Reck, destaca que o associativismo voluntário garantiu a trajetória de sucesso da Facisc e ascensão das entidades empresariais. “Não podemos esquecer que se estamos vivendo este momento hoje, alguém há 45 anos teve a iniciativa, deu os primeiros passos e muitas pessoas continuaram essa caminhada”, comenta. “Precisamos conhecer toda essa trajetória até aqui para entendermos que temos condições de continuarmos disseminando as boas práticas”, completa. Segundo ele, é de fundamental importância esse encontro das Associações de todo o Estado, onde cada representante pode compartilhar o resultado do que está sendo feito nas diversas regiões. “É essa soma de conhecimentos que está fazendo a diferença no associativismo, tornando nossas entidades mais fortes e representativas”, destaca. O presidente também cita o Sistema Empreender como uma das principais conquistas no período. A plataforma estimula a competitividade empresarial e já auxiliou no desenvolvimento de cerca de 6 mil empresas, por meio de centenas de núcleos empresariais. “Com o Empreender reunimos empresários multissetoriais em busca de ideias para desafios em comum. Só se constrói algo melhor em conjunto, valorizando o nosso espaço, nosso município, o lugar onde vivemos e levando em conta de que forma podemos nos desenvolver cada vez mais”, frisa.
Outro ponto citado por Reck foi a atuação dos Núcleos Jovens e das Mulheres. “As mulheres estão, cada vez mais, ocupando o espaço que é delas também. É diferente a maneira de tomar decisão da mulher, de agir. Também sou um entusiasta dos jovens, eles são criativos no que fazem e conseguem dar resultado muito rápido”, justifica. “Além disso, é importante ter por perto a experiência de quem está há mais tempo no mercado. Temos dado uma atenção muito especial para a formação de lideranças, principalmente empresariais”. Para a presidente da Acibalc, Ciça Muller, o momento é de reflexão sobre os trabalhos realizados até o momento. “Começamos a pensar no trabalho daqueles que podemos chamar de guardiões do passado. São aqueles empreendedores que começaram tudo num momento em que o cenário era muito difícil. Na atualidade, o empreendedor sofre muito com impactos da crise econômica e política, por exemplo. Mas, quando você resgata a história desses 45 anos, percebe que tudo foi construído do zero. Não tínhamos infraestrutura, o governo nunca olhava para o empreendedor. Eram trabalhos muito heroicos e hoje somos privilegiados”, comenta. Ciça ainda faz uma comparação com o cenário atual. “Hoje temos condições de fazer um trabalho com infraestrutura muito mais adequada. Temos o auxílio da tecnologia, da internet. Construímos uma rede de trabalho colaborativa, estamos inseridos numa entidade forte, trabalhamos juntos, temos acesso às instituições governamentais. Todos esses aspectos nos fortalecem e dão coragem para driblarmos os problemas e avançarmos de forma peculiar, com muita força de vontade e otimismo”.
Especial
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BC Criativo: um case de sucesso Em um dos painéis do encontro intitulado “Inovação”, a Acibalc apresentou os primeiros resultados do Balneário Camboriú Criativo (BC Criativo), uma rede colaborativa que busca fomentar a Economia Criativa na cidade, agregando valor e renovando os diversos setores econômicos na região. Ciça falou sobre o case, acompanhada do vice-presidente da Acibalc, José Santos Pereira e do presidente da Fundação Cultural de Balneário Camboriú, Anderson Beluzzo. “Mostramos a importância da economia criativa, que agrega valor a qualquer empreendimento. Por exemplo, um restaurante que apresenta um menu diversificado e shows artísticos tende a atrair mais público do que um que não promove isso. É uma excelente alternativa para a crise econômica que vivemos”, resume Ciça. Ela ainda salienta que é uma grande satisfação para a Acibalc e Balneário Camboriú poder mostrar as primeiras conquistas dessa iniciativa. “É um case realmente de sucesso. Estamos colhendo os primeiros resultados e já temos mais de 150 empreendedores culturais articulados, trabalhando em câmaras técnicas. A Facisc nos deu uma oportunidade de apresentar essa ideia como uma boa prática a ser replicada nas outras associações empresariais. Isso pra nós é muito importante, porque leva o nome de Balneário Camboriú para todo o Estado, mas, principalmente, mostra para outras regiões que é possível articular, trabalhar em coletivo e o resultado sempre vai ser positivo”, conclui. Já o vice-presidente José apresentou que, só em 2014, houve cerca de 2200 eventos da economia criativa na cidade e que até então isso não era mapeado. “Com todo esse movimento estamos criando algo com o olhar no futuro. A economia do futuro é a economia criativa, da valorização do que é local”.
Painel do Empreendedor
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Painel do Empreendedor
Esse espaço é destinado aos associados da Acibalc que trazem desenvolvimento e qualificação ao mercado
Inovação na comunicação visual Na divulgação não há inércia, o segredo? A inovação. A Inprex Comunicação Visual é uma empresa jovem, antenada nas novas tecnologias em impressão digital, com profissionais treinados para garantir qualidade nos serviços e atendimento diferenciado. Atua em diversos ramos criando e produzindo adesivos, películas, banner´s, letras caixa, sinalização de frotas, placas em diversos tipos, além de trabalhos personalizados. A Inprex é uma empresa diferente porque desenvolve e resolve serviços com eficiência.
Sofisticação em utensílios gastronômicos Materiais de qualidade para produzir delícias A Central dos Chefs, marca com credibilidade e tradição, oferece o que há de melhor em equipamentos para cozinhas profissionais e de sua empresa. A linha de equipamentos para cozinhas garante qualidade, durabilidade e a certeza de um dia-a-dia com alta produtividade. A empresa é revendedora oficial Tramontina, e oferece aos clientes uma ampla variedade de produtos e utensílios, nos segmentos de confeitarias, açougues, fogões, fornos, bem como, produtos para bares, hotéis, restaurantes e pizzarias. Onde estamos:
Rua 1500, 343, Sala 3 - Centro, Balneário Camboriú Contato: facebook.com/CentraldosChefs 47 3363.5234 • 47 99208.7237 (WhatsApp)
Thiago da Silveira é empresário, reside há 15 anos em Balneário Camboriú/SC e está à frente da Inprex Comunicação Visual. Possui experiência de 12 anos no mercado e reconhece que, para uma empresa se manter consolidada, é preciso muita determinação e dedicação. A missão da empresa é atuar no setor de comunicação visual com ética, rapidez e compromisso, em busca da satisfação do cliente. Tudo isso pensando no meio ambiente e, por isso, usa Maquinário Inteligente e Tintas Eco-Solventes que são inodoras e não exigem exaustão, os cartuchos podem ser 100% reciclados e sua formulação possui componentes que não agridem o meio ambiente e o ser humano. A Inprex também recicla todo material que é descartado.
Onde estamos: Rua São Paulo, 155 - Sala 01 - Estados, Balneário Camboriú
Contato: www.inprex.com.br facebook.com/inprexcomunicacaovisual 47 3268.0425 financeiro@inprex.com.br
Painel do Empreendedor
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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Educação como agente transformador O ensino superior avaliado com responsabilidade. A Unicesumar – Centro de Ensino Superior de Maringá – Paraná é hoje referência em educação superior no país, sendo considerado segundo o MEC, o maior centro universitário do Sul do Brasil, obtendo a nota 4 no IGC (Avaliação do MEC de 1 a 5) em qualidade de seus cursos. Coragem para arriscar A MJ Centro Automotivo só cresceu graças a força de vontade de seus idealizadores Prestando serviços como oficina mecânica, Joselene e seu esposo Marcos iniciaram suas atividades como MEI – Micro Empreendedor Individual. A escolha pelo nome MJ é simples, homenagem justa a Marcos e Joselene que estavam inseguros no início, mas com muita força e confiança sabiam que tudo daria certo. Quando começaram não possuíam elevador e muito menos outros materiais e utilizavam a garagem de casa para atendimento. Após seis meses compraram o 1º elevador e logo passaram de Micro Empreendedor Individual para Micro Empresa. Hoje o espaço é suficiente para atender seus clientes, com dois colaboradores, dois elevadores e também aos poucos, vem se desenvolvendo tecnologicamente para atender o mercado exigente.
Com mais de 25 anos dedicados à educação e há 10 anos no ensino a distância, presente em todos os Estados brasileiros a Unicesumar tem procurado a cada ano superar seus próprios limites, lançando cursos em sintonia com as demandas do mercado. Procurando sempre a excelência em atender seus alunos e seguir com sua missão de promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. A instituição busca a integração do ensino-pesquisa-extensão, com as demandas institucionais e sociais; a realização da prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e a democratização do conhecimento acadêmico por meio da articulação e integração com a sociedade. Presente em Balneário Camboriú há aproximadamente 8 anos e também nas cidades de Itajaí, Brusque e Joinville, por meio da parceria com a empresa Capacita Mais Brasil, seguindo a missão de seus fundadores, agregando a nossa região o saber e a transformação de nossa sociedade.
Onde estamos: Rua Apiuna, 669 - Municípios, Balneário Camboriú
Onde estamos:
Contato: 47 3361.5430
Contato:
Avenida do Estado, 3847 - Balneário Camboriú
www.unicesumar.edu.br facebook.com/unicesumareadbalneariocamboriu 47 3264.6813
Entrevista
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Manual da competitividade: como o Sistema Empreender auxilia empresas a conquistarem o mercado Por Mayara Wergenes
Toda empresa de qualquer tamanho e segmento pode contar com um auxílio especial para crescer e, sobretudo, se tornar competitiva em seu mercado de atuação. Essa ajuda vem do Sistema Empreender, oferecido por meio das associações empresariais e seus núcleos, que orienta as empresas na implantação de um modelo de gestão em seus negócios. O programa, que atua há 25 anos em Santa Catarina e atende mais de 6 mil companhias, trabalha para otimizar a gestão nas organizações, permitindo que o empreendedor tenha o total controle da empresa em suas mãos.
Amandio João da Silva Júnior Vice-Presidente do Programa Empreender da Facisc
O empresário Amandio João da Silva Júnior, vice-presidente do Programa Empreender da Facisc, destaca que as empresas que participam do Sistema Empreender tem uma margem de lucro maior, enfrentam de forma mais tranquila períodos de crise, pois estão mais preparadas, e se recuperam com mais facilidade também. Para explicar mais sobre como funciona este programa, confira a entrevista completa com Amandio.
Entrevista
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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Revista ACIBALC: Qual o objetivo principal do Sistema Empreender? Amandio: Na verdade o Empreender é um programa trazido da Alemanha há 25 anos, para fazer com que as empresas nucleadas, que são divididas por segmentos, comecem a discutir seus problemas e encontrar soluções em conjunto. Não podemos pensar apenas como concorrentes, pois se você juntar e unir as forças para encontrar alternativas e soluções para que todos possam ser mais competitivos diante do mercado, o resultado é claramente melhor.
Revista ACIBALC: Nesta dinâmica, qual o maior desafio do Empreender? Amandio: Bom, justamente este que já estamos superando - unir empresas do mesmo segmento. Fazer com que estes sentem e conversem sobre perspectivas de futuro, melhorias de gestão, melhorias de processo, de produtos, enfim, uma série de coisas que são fundamentais para o crescimento econômico.
Entrevista
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Revista ACIBALC: Como o Empreender prepara as empresas para serem mais competitivas? Amandio: O Empreender possui uma metodologia, essa metodologia é seguida pelos nossos consultores regionais. É uma metodologia de sucesso e é desenvolvida desde uma pesquisa para ver se a formação desse Núcleo é possível e capaz de transformar empresas, até o processo de formação e gestão do núcleo. Durante a execução há sempre uma atualização de planos de excelência e competitividade.
Revista ACIBALC: Como os empresários podem participar do Empreender? Amandio: Participando de associações empresariais e mesmo que não participem, podem buscar compreender melhor o programa e aí sim, se associar e participar do processo.
Revista ACIBALC: Ser empresário no Brasil é um desafio. Como o Empreender ajuda neste processo de incentivo as pequenas empresas? Amandio: O Empreender ajuda a estimular o empresariado. Afinal, oferece ferramentas para os pequenos empresários seguirem pelo caminho da melhoria de gestão. Sempre tivemos muitos empresários imediatistas, que acham que o negócio dará certo e se aventuram. Dentro do Empreender, mesmo que o negócio já esteja sendo executado há sempre a oportunidade de trabalhar melhor as opções e discutir dificuldades, o que resulta na longevidade do negócio, o que é o segredo do sucesso de um empreendimento.
Revista ACIBALC: Como o Empreender se organiza dentro dos núcleos? Amandio: Bom, independente de qual for o segmento dos núcleos, o Empreender está lá. Afinal, ele disponibiliza esta mesma metodologia pra todos os núcleos. Este fator é facilitador, afinal há empresas que participam de mais de um núcleo.
Entrevista
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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Revista ACIBALC: Explica melhor como funciona esta metodologia e como ela foi se adequando ao longo desses 25 anos. Amandio: A metodologia é denominada METAPLAN, e como tudo na vida, precisa se modernizar constantemente. Então, obviamente, muita coisa teve que ser adaptada e melhorada com a evolução do mercado e da tecnologia. Justamente por acompanhar o desenvolvimento da economia que o nosso programa hoje é excelente e totalmente eficaz.
Revista ACIBALC: E para o futuro? O que esperar do Sistema Empreender? Amandio: O futuro é que este programa cresça absurdamente, porque é um programa que não custa nada para as empresas e desde que começou, há 25 anos, tem mostrado de forma categórica o seu valor. Claro, para o futuro queremos mais empresas, mais núcleos e maior dinâmica na metodologia, porém, tudo isso já está sendo planejado pela FACISC, o que fará a mudança vir naturalmente.
Novos Negรณcios
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Dr. Ricardo Hoffmann Fisioterapeuta
Novos Negócios
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Seu corpo tem muito a dizer, basta compreender Técnica francesa ajuda a identificar a causa de problemas relacionados à saúde física e mental Por Analú Vignoli
Era novembro de 2014 e deveria ser uma noite como outra qualquer. Hora de ir para a cama, mas, por um instante o mundo parou e o sono foi embora, junto com a certeza da saúde plena, como demostravam exames realizados há cerca de um mês. O autoexame acendeu uma luz de alerta e após a consulta médica e seis exames, o resultado - Carcinoma Apócrino Invasivo HER +++ (triplo positivo). Um tipo de câncer de mama raro, felizmente com alto índice de cura, porém um dos maiores causadores de morte entre mulheres. Esse foi o diagnóstico da Estela Peres de Oliveira, na época com 35 anos. Estela não pertencia ao grupo de risco, nem mesmo exames puderam definir se o câncer haveria sido causado por questões genéticas. Então por quê?
Novos Negócios
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Dizem que o estresse, a correria do dia a dia se tornou o mau do século. Pessoas cada vez mais informadas, mais atarefadas e com menos tempo para viver. Síndrome do pânico, depressão, fobias, enxaquecas, disfunções hormonais e gastrointestinais, fibromialgias, problemas respiratórios e dores crônicas são diagnósticos constantes nos mais variados consultórios médicos. Estes são alguns dos sinais que o corpo dá para demonstrar que algo está errado. Esses são os sintomas, mas e a causa? Muitas vezes relacionadas às questões emocionais, os problemas ocasionados pela mente também podem ser curados por meio dela e de técnicas como a Microfissioterapia, é o que explica o Fisioterapeuta Dr. Ricardo Hoffmann. Um dos pioneiros da técnica francesa no Brasil, Ricardo esclarece que através do mapeamento do corpo esta terapia manual pode eliminar traumas que bloqueiam as emoções, ocasionam problemas físicos e mentais. “A Fisioterapia vai além dos problemas físicos e o objetivo principal do tratamento é identificar a causa real dos sintomas ou doença e estimular a autocura, fazendo com o que o corpo reconheça o agressor e elimine o mesmo”. O tratamento inicia com uma conversa muito franca entre paciente e o fisioterapeuta, afinal, se o nosso corpo possui o poder de autocura o start tem que ser dado de dentro para fora. É como um processo de extinção da sobrecarga que não pôde ser absorvida e eliminada pelo corpo. “Quando o sistema imunológico não consegue eliminar o agressor, surgem as cicatrizes patológicas, que ficam guardadas na memória celular. Por meio de toques sutis e precisos, chamado de micropalpação, procuramos o local onde foram instaladas as cicatrizes celulares e então estimulamos manualmente o processo de autocorreção, restabelecendo as funções do organismo e eliminando a memória traumática”, explica Dr.Ricardo. Esses micromovimentos possibilitam o profissional perceber a perda do ritmo vital. Esta ausência de ritmo é onde o terapeuta se baseia para identificar a cicatriz e definir os danos causados, para assim ativar a autocura. O tratamento vale para adultos, cerca de duas a três sessões, e também para as crianças, uma a duas sessões, mas o principal passo para alcançar o resultado desejado, é trabalhar esta possibilidade internamente. “O foco é buscar de forma profunda a causa do problema e eliminá-lo. Muitas vezes trabalhamos naquilo que a pessoa nem sabia que poderia vir a desenvolver, ou seja, a técnica da Microfisioterapia abrange prevenção e tratamento, mas o paciente, em especial os adultos, precisa estar ciente do seu papel nesse processo e querer a cura”, enfatiza o fisioterapeuta.
O foco é buscar de forma profunda a causa do problema e eliminá-lo. Muitas vezes trabalhamos naquilo que a pessoa nem sabia que poderia vir a desenvolver, ou seja, a técnica da Microfisioterapia abrange prevenção e tratamento, mas o paciente, em especial os adultos, precisa estar ciente do seu papel nesse processo e querer a cura” Dr. Ricardo Hoffmann Fisioterapeuta
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Com intervalos de no mínimo 30 dias, as sessões que duram cerca de uma hora, mostram resultados logo após a primeira sessão. Também é normal aparecerem reações nos primeiros dias após o tratamento, mas estas são sutis ou imperceptíveis e desaparecem brevemente. A Microfisioterapia ou Microkinesitherapie ainda é novidade e desconhecida para muitas pessoas, porém tem princípios semelhantes ao da homeopatia, já que ambas seguem as leis da cura pela similitude e infinitesimal. Para levar o tema mais perto das pessoas e expandir o conhecimento sobre o poder do corpo na busca pela saúde, Ricardo Hoffmann idealizou o 1º Meeting Saúde e Vida Longa – Buscando Saúde em Um Mundo Doente - onde renomados profissionais da área trouxeram seus conhecimentos sobre temas como alimentação, fatores ambientais que influenciam na saúde, bem-estar, hábitos e aspectos emocionais e biológicos que são influencias para a saúde física e mental. “Acima de qualquer coisa está o desejo próprio. A pessoa precisa fazer a parte dela – querer a cura, ter hábitos saudáveis, para assim ter uma vida longa e feliz”, conclui Ricardo Hoffmann.
Acima de qualquer coisa está o desejo próprio. A pessoa precisa fazer a parte dela – querer a cura, ter hábitos saudáveis, para assim ter uma vida longa e feliz Dr. Ricardo Hoffmann Fisioterapeuta
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Estela Peres de Oliveira Paciente Estela sabe disso. “Uma mente estressada adoece o corpo. É sempre importante ter pensamentos positivos”, diz ela de forma enfática após o tratamento contra o câncer de mama. Uma vida agitada, sem muitos horários e a perda da sogra, uma mãe para Estela, que faleceu de câncer no sistema linfático, trouxeram a ela muitas marcas. Ao todo foram 37 sessões de quimioterapia, muitas sessões de fisioterapia e repetidos exames. “Perdi os cabelos, as forças, mas nunca a alegria e a vontade de lutar”. Na verdade, Estela conta que após a doença descobriu uma vontade de viver ainda maior. Para muitas pessoas o diagnóstico de câncer é o fim, para a maioria daquelas que passam por essa enfermidade é um recomeço. Na luta pela vida, perdem-se alguns
vínculos, mas somam-se outros. Estela ainda passou pela mastectomia, retirou todos os linfonodos de um dos braços e ganhou muitas histórias para compartilhar. “Tive apoio da minha família, amigos e médicos, costumo dizer que depois do diagnóstico começaram a cair anjos na minha vida”, comenta. Apesar de ainda sentir algumas dores, Estela procura sempre estar bem e cultivar as amizades. Daqui por diante serão mais três anos de cuidados intensos e, preferencialmente, viver somente aquilo que faz bem. “Eu estou aqui para contar a minha história porque fui muito rápida. Hoje o que me faz feliz é acordar e ter forças para sair da cama... Ter disposição”, diz ela radiante.
"Eu estou aqui pra contar a minha história porque fui muito rápida. Hoje o que me faz feliz é acordar e ter forças para sair da cama... Ter disposição" Estela Peres de Oliveira - Paciente
Inclusão
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Como vai você? Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional por meio de trabalho voluntário Por Alan Vignoli. Marily Regina Mattos Voltolini é uma mulher de postura elegante, que adotou no visual cabelos brancos bem cuidados e mantém uma serenidade muito característica ao falar. Ela atravessava uma Rua em Balneário Camboriú quando sentiu alguém a puxar pelo braço. Por um momento, achou que estivesse sendo assaltada e, no mesmo tempo em que se recuperava do susto e olhava para trás, fez um exercício de não julgamento que treinava há algum tempo. Tratava-se de uma senhora idosa, que só queria conversar porque estava se sentindo muito sozinha. Em outra situação, o semáforo ficou verde numa movimentada avenida também de Balneário e um dos carros da fila não conseguia dar a partida. A motorista estava desesperada pois a filha dela havia ligado ameaçando tirar a própria vida. Em meio às buzinas dos apressados, um homem chamado José de Arimatéa Ribeiro Moraes bateu no vidro do automóvel da mulher. perguntando: “Posso lhe ajudar?”. Tanto Marily quanto José fazem parte do Centro de Valorização da Vida (CVV) e atuam no posto instalado
em Balneário Camboriú que está em funcionamento há pouco mais de um ano. Com mais de 50 anos de atuação, o CVV é uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo o combate ao suicídio, prestando de forma gratuita auxílio emocional para pessoas que querem e precisam conversar, mantendo o total sigilo. O serviço possui postos em 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal, somando mais de um milhão de atendimentos por ano, por meio do trabalho de cerca de 2200 voluntários. Segundo José de Arimatéa, que coordena o posto na cidade, todos os participantes do CVV trabalham voluntariamente e fazem plantão, no mínimo, quatro horas por dia, uma vez por semana, no dia e horário de escolha do interessado. Antes de iniciar os atendimentos, os voluntários passam por uma capacitação onde são orientados sobre a postura que devem ter ao conversar com as pessoas que procuram o CVV. Eles são acompanhados de pessoas com mais experiência nos primeiros atendimentos e têm o suporte da coordenação, caso haja necessidade.
Inclusão
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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José destaca ainda que eles trabalham com a chamada Abordagem Centrada na Pessoa, desenvolvida pelo psicólogo americano Carl Rogers. “Nossa abordagem é centrada na pessoa. Conversamos, mas não fazemos perguntas, não é diretivo. Não julgamos e não aconselhamos, nossa questão é a empatia. Preferimos sempre as reticências. Alguns entram em contato porque querem conversar, desabafar, falar de seus medos, às vezes até contar uma alegria”, conta José. “O suicídio é sempre a última gota, nosso trabalho é acolher, fazer a pessoa se ouvir, esvaziar o balde”. Marily é voluntária do CVV há um ano e meio e afirma que o método é de grande confiança. “Vivemos numa rotina muito atarefada, ninguém ouve mais a outra pessoa. Quando você fala o teu cérebro abre os caminhos. A pessoa vai se ouvindo e começa a ver que existe solução para todos aqueles problemas ou qual a decisão que ela deve tomar”, justifica. Ela também relata que o trabalho tem sido de grande valia para a sua vida pessoal. “O meu maior aprendizado nesse voluntariado está sendo o não julgamento. Porque todo mundo que liga eu não posso julgar. Eu tenho que
acolher, ter empatia por essa pessoa. Se eu não julgo o que ela está falando, eu sei que dali para frente aquela pessoa pode superar determinada situação e evoluir”. A psicóloga Juliane de Moline afirma que trabalhos como o do CVV são de grande importância. “São pessoas que estão voluntariamente dispostas a escutar. A gente sempre fala o quanto temos dificuldades de poder ouvir o outro. Às vezes na hora de um sofrimento maior poder ter o acolhimento do outro é algo muito eficiente”, argumenta. “Eles fazem um trabalho imprescindível. Às vezes é, também, no momento mais crítico da vida da pessoa, numa madrugada, num final de semana, onde ela não tem a quem recorrer, que esse atendimento faz toda a diferença” completa. De acordo com a especialista, a empatia pelo outro é uma das principais características que o voluntário deve ter. “Você precisa ter empatia ao sofrimento do outro. Porque não é apenas uma formação na área que te traz isso, é de cada pessoa. Outras características são importantes como o não julgamento do certo ou errado, despir-se de crenças e estar disponível às pessoas”, elenca a psicóloga.
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Rompendo o silêncio Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o Brasil está entre os 10 países com as maiores taxas de suicídio do mundo. São 5,8 casos anuais para cada 100 mil habitantes de acordo com os dados de 2012, último ano em que o levantamento foi feito. Só no primeiro semestre de 2016 foram registrados pela Polícia Militar, em Balneário Camboriú, 13 casos de suicídio na cidade, o dobro da média nacional. Pelo segundo ano, o município promoveu ações da Campanha Setembro Amarelo, uma iniciativa de prevenção ao suicídio. Segundo Juliane, é necessário desconstruir o tabu de que não se pode falar sobre o tema. “O que leva a pessoa a cometer o ato é ela já estar com este pensamento e em sofrimento, não sendo impulsionada por uma informação ou por um caso”. Já José defende que o suicídio deve ser tratado como um problema de saúde pública, assim como o diabetes e outras doenças, por exemplo. “Se você analisar a maior causa do suicídio ainda é a depressão, é preciso trazer informações e discussões sobre o tema”. Para Juliane, alguns fatores de risco devem ser observados, dentre eles pessoas com transtornos mentais de humor, como depressão e transtorno bipolar, uso de drogas lícitas e ilícitas, esquizofrenia, além de outros transtornos como tentativas prévias, histórico familiar de alguém que já cometeu suicídio, doenças clínicas associadas, dentre outras características. Os personagens que ilustraram o início da reportagem são reais. A senhora foi para casa mais aliviada após conhecer o trabalho do CVV. Já a motorista e sua filha foram levadas em segurança para a residência.
“O que leva a pessoa a cometer o ato é ela já estar com este pensamento e em sofrimento, não sendo impulsionada por uma informação ou por um caso” Juliane de Moline - Psicóloga
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Contate o CVV A sede do Centro de Valorização da Vida em Balneário Camboriú está instalada junto a Secretaria do Idoso, na Rua 1822, bairro Centro. Quem desejar ser um voluntário deve ter mais de 18 anos e pode entrar em contato pelo e-mail: navibalc.cvv@gmail.com. Os telefones para contato são: 2033-2411 ou 141. O CVV também oferece capacitações para profissionais de diferentes áreas que desejam saber como lidar com pessoas em situações de sofrimento.
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Do planejamento impossível ao possível planejamento O assunto educação financeira ganhou bastante relevância nos últimos anos. Diversos agentes da sociedade, de empresas ao governo, têm investido no tema, cada um à sua forma. A despeito do interesse geral, pouco se fala a respeito dos motivos que alçaram o tema ao seu atual estágio. Olhando de forma retrospectiva, a história da educação financeira no Brasil parece ter trilhado o caminho oposto do que se poderia esperar, começou como sinônimo de dicas de investimento voltado para aqueles já prósperos para apenas recentemente se tornar um recurso efetivo de conquista da prosperidade. Até o fim dos anos 1990, o assunto educação financeira concentrava-se nas “dicas de investimento” dos especialistas em produtos do mercado financeiro, ensinando como preservar ou multiplicar recursos a partir da compra de títulos dos bancos, títulos públicos ou ações das empresas. Essas dicas eram, e ainda são, claramente voltadas àquelas pessoas que de alguma forma já possuem recursos disponíveis que podem ser alocados por certo tempo em algum dos produtos existentes no mercado. O foco nesses casos nunca foi o de tentar mostrar o caminho para a organização de um plano que resultasse em poupança. Evidentemente, não se tratava apenas de uma escolha. Havia outras condições que contribuíam para esse estágio. Altos índices de inflação, associados a baixa bancarização, crédito escasso e pouco acesso à informação desenhavam um cenário em que o brasileiro médio não conseguia planejar sua vida financeira, nem a curto ou a longo prazo. Na verdade, mal via a cor de seu dinheiro, que circulava rapidamente na troca por
produtos necessários para o dia a dia das famílias a fim de evitar a inevitável perda do seu poder de compra. Qualquer planejamento era praticamente impossível. Portanto, é claro que o atraso ou a demora no tratamento mais aprofundado e específico da educação financeira tem relação direta com a histórica instabilidade econômica do país, que só foi resolvida com o advento do Plano Real em 1994. Essa instabilidade afetou de forma determinante a capacidade de planejamento dos brasileiros e minou por muitos anos qualquer tentativa de conceitos relacionados ao planejamento e gestão de orçamentos familiares ou domésticos. Com a melhora da situação econômica a partir de 1999, alguns determinantes importantes para o conceito e a prática da educação financeira começaram a mudar. Dois deles foram bastante relevantes nesse período: o controle da inflação e a expansão da bancarização. O crédito foi o terceiro determinante da trajetória da educação financeira. Veio com força um pouco mais tarde, na esteira das melhores condições macroeconômicas, do ganho de renda - primeiramente por conta do fim do “imposto inflacionário”, mais tarde pelo avanço da atividade econômica – e, recentemente, do emprego formal. Nesse período, fomos testemunhas de uma verdadeira revolução, com a grande disseminação do crédito por diversos setores da economia. Esses fatores associados permitiam ao brasileiro de renda média a oportunidade de compreender o conceito de planejamento financeiro. O que antes era impensável, passou a ser plausível.
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O novo perfil do consumidor Para identificar esse comportamento atual do consumidor frente ao crédito, a Boa Vista realizou uma pesquisa ainda em 2014. A intenção do levantamento foi conhecer a percepção do consumidor acerca de questões relacionadas a crédito e consumo. Procurouse fazer um levantamento de estratificação por classe social, utilizando o critério FGV 2012 (por faixas de renda familiar). A amostra obtida foi de 967 respondentes, dos quais 44% representam a classe C e 50% as classes D/E. Em linhas gerais, a pesquisa mostrou um amadurecimento do consumidor, cada vez mais protagonista de sua vida financeira, algo muito saudável em relação ao uso do crédito e ao consumo. Fatores como mais acesso à informação, intensificação de ações de educação financeira por parte de agentes do mercado, mais oportunidades de planejamento e de controle favoreceram esta evolução observada nos últimos anos. Artigo Publicado pela Boa Vista SCPC e escrito por Fernando Cosenza Araujo – Diretor de Marketing, Boa Vista SCPC. Mestre e Doutor em Administração Pública pela EAESP-FGV e Flavio Estevez Calife – Economista, Boa Vista SCPC. Mestre e Doutor em Finanças Públicas pela EAESP-FGV.
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Curso de Fisioterapia da Univali completa 20 anos de história Para se manter atualizado, a faculdade abre espaço para as novas práticas sem esquecer a teoria Por Analú Vignoli
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A Semana de Iniciação Científica deste semestre do Curso de Fisioterapia, da Universidade do Vale de Itajaí (Univali), ganhou um “brilho” diferente. Isso porque diversas atividades foram programadas para a comemoração dos 20 anos do curso. Apresentações de monografias, a fim de socializar a produção acadêmico-científica, minicursos e palestras, com o objetivo de promover a educação continuada e propiciar a integração acadêmica, além de gincana, com foco ao incentivo da prática esportiva, fizeram parte do cronograma. A programação diversificada da Semana de Iniciação Científica envolveu acadêmicos, professores, egressos e ex-professores do curso, como forma de confraternizar e proporcionar uma reflexão sobre a história do Curso de Fisioterapia. Nesses 20 anos muita coisa mudou. Além de todo o conteúdo básico, exigido pelo MEC, o curso da Univali teve que se adaptar para acompanhar as novidades do mercado de trabalho. “O curso evoluiu muito, acompanhou as tendências de mercado, as mudanças do nosso público alvo, então os acadêmicos estão chegando e procurando uma fisioterapia mais atuante, na Unidade Básica de Saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS), a fisioterapia também evoluiu para técnicas mais específicas como osteopatia e a microfisioterapia”, destaca a professora de Fisioterapia Cardiorrespiratória, Rubia Giacchini Kessler, que também é supervisora de estágio. Prova de que o antigo e o novo estão dando certo e se complementando, é que os assuntos viraram temáticas dos minicursos - Mobilização Precoce no Paciente Crítico; Fisioterapia na Gestão; Microfisioterapia e Bioalinhamento, uma nova maneira de tratar; Pompagem; Fisioterapia no Esporte; e Tratamento Multiprofissional do Paciente Oncológico.
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O Curso de Fisioterapia conquistou o conceito 4 no Enade, prova de que a história tem andado pelo caminho certo. “O diferencial do nosso curso são os 20 anos de história, a experiência que temos, o corpo docente, a nossa Clínica de Fisioterapia que é referência, e as oportunidades que a faculdade oferece para os acadêmicos, tanto laboratorial, hospitalar quanto nas Unidades Básicas”, enfatiza Rubia. A Clínica de Fisioterapia, instalada dentro da própria universidade, atende à comunidade e já contribuiu para a reabilitação de muitas pessoas e a formação dos alunos. “Para ser atendido é preciso o encaminhamento médico do SUS, onde o médico descreve o problema e prescreve o que o paciente precisa”, explica uma das organizadoras das atividades da Semana de Iniciação Cientifica, Rosemery Goulart Alves Amorim, que também é secretária há 12 anos no curso. Rose ainda conta que a comemoração dos 20 anos do curso homenageou os três primeiros pacientes atendidos pela clínica. Vale destacar que o Curso de Fisioterapia, que tem mais de 200 estudantes matriculados, tem sua estrutura instalada nos Blocos F1, F3, F4 e F5 do campus. O bloco F3 abriga sala de aulas e laboratório de informática. No bloco F4 os auditórios e biblioteca setorial. No F1 localizam-se os laboratórios do ciclo básico utilizados pelo curso e no Bloco F5 a Clínica de Fisioterapia, Coordenação do Curso, Laboratórios Pré-profissionalizantes e Setor de Pesquisa. Para a professora Rubia, que há mais de 14 anos atua no curso, o profissional de fisioterapia precisa ser “proativo, dinâmico, ter bom relacionamento com as pessoas, gostar de cuidar e tratar com pessoas”. Atualmente o mercado de trabalho para o fisioterapeuta é bastante extenso, podendo ele trabalhar em consultórios, hospitais, clínicas, centros de reabilitação e aproveitar as novas oportunidades como o pilates, o já conhecido RPG, a hidroterapia, a microfissioterapia e a osteopatia. Porém, o mais importante é o que profissional fisioterapeuta pode atuar nas três fases de atenção à saúde, que são: prevenção, cura e reabilitação. Após 20 anos de consolidação, agora é pensar o futuro desta profissão que promove melhores condições de vida às pessoas e acompanhar a evolução do mercado de trabalho, as novidades, a fim de investir no bem estar do ser humano. “Espero que continue crescendo no mesmo ritmo que está, porque a fisioterapia é uma profissão muito jovem perto das outras profissões da área da saúde como enfermagem e medicina - nós temos 50 anos de regularização, então ainda tem muito para conquistar, para crescer e eu acho que estamos no caminho”, conclui a professora Rubia.
“Para ser atendido é preciso o encaminhamento médico do SUS, onde o médico descreve o problema e prescreve o que o paciente precisa” Rosemery Goulart Alves Amorim Organizadora das atividades da Semana de Iniciação Cientifica
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Fisioterapia é estar sempre em movimento Quase que um lema, a frase sempre em movimento vem estampando os materiais gráficos do Curso de Fisioterapia. Durante as atividades em celebração aos 20 anos do curso, um espaço especial foi separado para as atividades esportivas. A gincana já tradicional da Semana de Iniciação Científica, este ano ganhou um tom de incentivo às práticas de atividades físicas. Se pensarmos nosso corpo como uma máquina, é facilmente compreensivo como se manter em movimento faz-se necessário para a saúde física e mental. Envolvendo os acadêmicos de todos os períodos do curso, além de professores e funcionários foi idealizada a Corrida de Rua, que tinha como percurso a Avenida Ministro Victor Konder, a Beira Rio. Além do atletismo, uma prova de natação na própria piscina do Campus Itajaí também fazia parte do cronograma. Handebol, voleibol, futsal e queimada também entraram para a lista de atividades, a fim de enfatizar que o importante é se mexer.
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Pesca artesanal ainda é fonte de renda entre as colônias de pescadores A tradição atemporal que da sobrevivência virou gosto, amor e história de vida Por Analú Vignoli
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“Ô canoeiro bota rede bota a rede no mar, ô canoeiro bota rede no mar. Cerca o peixe, bate o remo, puxa a corda, colhe a rede, ô canoeiro puxa a rede do mar. Vai ter presente pra Chiquinha, ter presente pra Iaiá, canoeiro puxa a rede do mar... Louvado seja Deus, ó meu pai”. Assim cantava Dorival Caymmi em 1959, na música intitulada Pescaria. O cantor e compositor conta nos versos a realidade de muitos pescadores artesanais, que enxergam na pesca a sobrevivência e no mar as infinitas possibilidades da vida. Pode parecer história de pescador, mas em um cantinho a beira-mar, bem longe da metrópole que se tornou a cidade de Balneário Camboriú, detentora do título de um dos metros quadrados mais caros do Brasil, está um lugar que parece ser desenhado à mão. O Bairro da Barra guarda na essência os costumes de um povo que, durante muito tempo, tinha a pesca como única atividade econômica. Os tempos são outros, muitos já migraram, mas aqueles que ficaram cultivam com carinho essa cultura milenar – a pesca. Esse é o caso de José Pedro Rosa, mais conhecido como Zequinha. Um pescador simpático, que além de ter o conhecimento da pesca carrega nas mãos, há 25 anos, o dom de ser carpinteiro. As construções que edifica tem em média de cinco a mais de 10 metros. A última tem 6,5 de comprimento; 2,10 de boca; e 75 de pontal. Palavras um tanto desconhecidas para quem é tipo “peixe fora d’água”, mas na Barra todo mundo conhece bem o dialeto. Seu Zequinha é construtor de embarcações e faz reformas também. Das menorzinhas as maiores com 12,5 metros, já se somam mais de 20 unidades confeccionadas, todas à mão, desde a matéria-prima – ao esculpir a madeira, a finalização com instalação do motor. Há barcos para todos os gostos e valores. Alguns chegam a R$ 50.000,00, mas os gastos com a produção também apertam no bolso, principalmente pelo preço da madeira. O metro sai, em média, por R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00 o casco, mais o motor. O trabalho é grande e cansativo. Barcos de 8,5 metros levam cerca de três meses para ficarem prontos.
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34 Saído da agricultura e dos engenhos de farinha, Zequinha conquistou a carteira de pescador aos 18 anos, atualmente com 52 anos ainda fala encantado da atividade que desenvolve. “Era sobrevivência, hoje que a gente tem outras coisas, mas era gostoso sair, pegar o camarão...”. Porém, as coisas mudaram muito com o passar do tempo. Hoje as regras de navegação e pesca são mais exigentes e saem em defesa da preservação das espécies, especialmente as mais cobiçadas como o camarão e a anchova. O irmão de Zequinha, Mauri Pedro Rosa, também é pescador e adora pescar com rede. Muitas vezes, um faz companhia para o outro no desafio de sair ao mar. E se cair na rede, é peixe. “Hoje por aqui tem mais pescadinha, misturinha e o camarão. Até o Natal tem muito também da guaivira”, explica Zequinha. E nesse ramo tem sempre o dia da pesca e o do pescador. Na abertura da pesca ao camarão as embarcações chegam a pegar até 150kg, mas o comum é de 40 a 80kg. “Quem tem barco maior sai pra longe, tem uns menorzinhos que se desanimam saem aí e pegam uma caixinha e vem embora”, comenta o pescador. Uma das dificuldades encontradas para manter esta tradição são as normas. Seu Zequinha conta que peixes maiores de oito metros está muito difícil conseguir a licença para a pesca. Neste ano quem esteve no meio de discussões foi a tainha e quem enfrentou problemas para conseguir a licença da pesca foi o pescador industrial, que ao contrário dos artesanais como seu Zequinha e o irmão Mauri, possuem embarcações maiores, saem para longe, levando cerca de 15 dias para retornar para casa. Em junho, revoltados com a situação, um grupo interditou as duas pistas do sentido Norte do Estado Catarinense, fechando a BR-101 em Itajaí. Eles pediam à Secretaria de Pesca a liberação dos barcos industriais. Por lei federal, desde 1° de junho, os pescadores industriais podem pescar a tainha. Porém, desde 2015, os barcos industriais só podem se lançar ao mar atrás do pescado um mês depois dos pescadores artesanais. A polêmica das liberações das licenças se deu, pois a Secretaria de Agricultura e Pesca barrou os pedidos,
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“Quem tem barco maior sai pra longe, tem uns menorzinhos que se desanimam saem aí e pegam uma caixinha e vem embora” Zequinha - Pescador
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argumentando a pesca em local proibido. Já o Sindipi, afirmou na época, que há uma delimitação legal da pesca industrial da tainha - cinco milhas da costa catarinense e 10 milhas da costa gaúcha. O sindicato contestou a forma como foi feita a medição para determinar que os barcos estivessem invadindo esse espaço. Outro desafio a ser enfrentado pelos pescadores são os valores das vendas que, segundo Zeca, complica a cada ano. “O pescador artesanal não tá numa faze boa... Até os industriais. Os gastos com as tralhas de pesca sobe todo ano e o pescado há quatro, cinco anos, o preço que tinha continua ainda”, enfatiza. E se tinha alguém que ajudava nessa história de pescador, era seu Bizuca. Ele era responsável por pegar o produto dos pescadores e levar para os grandes centros de vendas. “Ele faleceu e faz falta, porque barateava um pouco, mas tinha consumo. Só daqui, se der um peixinho bom, ai fica ruim, já dá uma encalhada”, afirma Zequinha. Mas quando “o mar não está pra peixe”, a ajuda chega em boa hora. Cerca de 500 pescadores são associados à Colônia de Pesca Z7 e assim como os agricultores, um financiamento é oferecido aos pescadores para custear embarcações e renovar os materiais usados para a lida diária. Outro importante benefício para os associados à cooperativa é a possibilidade da aposentadoria, que chega aos 60 anos. Apesar das “marés ruins” muita coisa boa chegou para o povo que tem como paixão a pesca. Seu Zequinha fala da forma de comunicação com os rádios e também dos navegadores, que ajudam na hora de localizar o peixe. Todo bom pescador tem do lado uma grande companheira. O ditado é outro, mas na história do seu Zequinha é assim mesmo. Edilamar Cunha Rosa é esposa do seu José Pedro e além de atuar como parte da
diretoria da Colônia Z7, ela coloca em prática na cozinha o talento com a gastronomia a base de frutos do mar. Os salgadinhos, como os deliciosos bolinhos de siri, são feitos por encomenda, mas quem desejar provar tem outra chance – só ficar de olho no calendário festivo do Bairro da Barra. Há quatro anos é realizada uma festa cultural na localidade e há três, dona Edilamar produz e vende os quitutes nas barraquinhas da festa. Uma forma de aproveitar o que o mar oferece e contribuir com a renda de casa. “O que mais sai é o bolinho de camarão e a casquinha de siri. A gente aproveita a festa, faz pra vender e com a temporada melhora ainda mais”, conta ela. Outra vantagem de estar tão perto do mar é a oportunidade de pegar os pescados fresquinhos. “A gente pega o peixe fresco, às vezes trago pra limpar em casa e sem conservante”, explica Edilamar. E sobre essa conversa da “rixa” entre os pescadores artesanais e industriais ela explica que não é bem como o povo conta. “Não prejudica não, porque tem uma lei que proíbe a pesca em alguns lugares para os barcos maiores. Às vezes o atuneiro invade, mas aí fica perigoso, né, porque tem o pessoal na praia”. Das muitas histórias de pescadores ouvidas o que mais encanta é poder ver nos olhos o carinho pelo mar, a paixão pela pesca e o desejo de manter as tradições, que pode vir de forma indireta, mas que se algum dia parasse de existir atingiria diretamente a economia das cidades e o modo de vida de toda a sociedade. “Minha jangada vai sair pro mar, vou trabalhar, meu bem querer, se Deus quiser quando eu voltar do mar um peixe bom, eu vou trazer... Meus companheiros também vão voltar e a Deus do céu vamos agradecer!”, Dorival Caymmi.
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Como atrair clientes em tempos de crise econômica e política Especialistas explicam como o empreendedor deve agir para atrair clientes num período de recessão e não deixar que o acirramento político atrapalhe os negócios. Retirado do Portal Exame
Num momento de crise econômica, o consumidor muda o seu comportamento. Com a inflação mais alta e a renda apertada, ele vai pensar duas vezes antes de colocar a mão no bolso por uma compra. Mas isso não quer dizer que as vendas do seu negócio precisam ficar no negativo, certo? O Portal da Revista Exame conversou com especialistas para saber como o empreendedor deve agir para atrair clientes num período de recessão e ainda como não deixar que o acirramento do debate político atrapalhe os negócios. “Na crise, ele tem menos para gastar, então vai ser mais criterioso. É o momento de reforçar o bom atendimento”, afirma o coach Alexandre Prado, presidente da consultoria Núcleo Expansão. Um momento como esse exige que o empreendedor tenha uma postura realista, mas sem pessimismo, complementa Cecília Andreucci, professora da BSP (Business School São Paulo). “Não pode tentar tapar o sol com a peneira e negligenciar a inteligência do consumidor, mas também não pode ter uma postura fatalista”, explica a professora.
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1 – Reforce o bom atendimento Num momento em que o cliente está mais criterioso com as suas compras, é hora de reforçar com sua equipe de vendas a necessidade de tratar bem esse consumidor. “O cliente quer sentir que o vendedor é seu parceiro, que está preocupado em satisfazer a sua necessidade e não só em empurrar uma venda”, afirma Prado. Para isso, é fundamental que o vendedor trabalhe com um sorriso no rosto. “Mas tem que ser aquele sorriso verdadeiro”, ressalta o especialista.
2 – Procure os clientes que você já tem Na crise, é importante que o empreendedor economize ao máximo. Por isso, foque primeiro em atrair os clientes que você já tem. “É mais caro atrair novos clientes. Sendo assim, o primeiro foco pode ser ativar a base de clientes existente”, recomenda Cecília, da BSP. Ao olhar para esses clientes já ativos, busque saber com que frequência eles se relacionam com a sua empresa e tente identificar formas de aumentar essa frequência. O mesmo vale para o valor gasto por ele no seu negócio: será que é possível promover ações para que este gasto seja maior? Você pode rastrear produtos que sejam do interesse dele e que não estão sendo oferecidos como deveriam, por exemplo.
3 – Invista no relacionamento duradouro Agora que você já identificou esse seu cliente, reforce o seu relacionamento com ele. Ou seja: garanta que ele volte ao seu negócio. “O cliente que se sente especial volta, se torna fiel àquela marca”, afirma Prado, da Núcleo Expansão. Para conseguir isso, o especialista sugere ações simples, como promover eventos para lançar novos produtos, campanhas de desconto no mês do aniversário do cliente etc. Outra ação fundamental para manter esse relacionamento é fazer um bom pós-venda. “É importante ter alguém que ligue para o cliente para perguntar como foi a experiência dele com o produto, se ele tem algum comentário ou crítica a fazer. Com isso o cliente se sente valorizado e, caso haja algum problema, o empreendedor tem a chance de revertê-lo em algo positivo”, explica o especialista.
4 – Ofereça soluções e valorize seu produto Uma postura fatalista não ajuda o empreendedor em nada, ainda mais num momento como este. “Em vez disso, as empresas têm que encontrar o aspecto positivo do seu produto que é valorizado nesse contexto de crise. Nesse momento é necessário olhar para a psicologia do consumidor”, ressalta Cecília. A especialista exemplifica: “Se você vende joias, não deve desanimar só porque as pessoas estão gastando menos. Deve buscar valorizar suas qualidades. Pode focar no fato de ser um presente duradouro, que terá uma vida útil maior que uma peça de roupa, por exemplo”.
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5 – Avalie seu custo-benefício Tempos de crise econômica são uma boa oportunidade para as empresas reverem seu portfólio, afirma Cecília. Depois de uma avaliação, talvez você perceba que vale mais a pena focar em poucos produtos que dão mais resultado e resolva deixar de lado outros menos procurados ou menos rentáveis. Outra dica: verifique o que seu concorrente está oferecendo e faça uma avaliação do custo-benefício do seu produto. Você não precisa ser o mais barato do mercado, mas deve ter motivos convincentes para o cliente optar por você.
6 – Não descuide do marketing Com menos dinheiro em caixa, é comum que as empresas deixem de lado ações de marketing e comunicação com cliente, afinal é preciso economizar. Porém, uma decisão como essa pode ser fatal para o seu negócio. “Numa crise, a primeira redução de custo vai para setores como o marketing. Isso coloca a empresa num círculo vicioso: com menos ações de marketing, menos vendas, o que reforça a crise”, afirma Cecília.
7 – Mantenha sua equipe atualizada e motivada Outro ponto que também costuma ficar de escanteio na crise é a capacitação. “Muitas vezes cortam isso para diminuir custos, exatamente quando a capacidade de venda é fundamental”, pondera Prado. O especialista recomenda manter o quanto possível o treinamento dos funcionários e também indica adotar programas de incentivo para os vendedores. “Quem vende mais ganha mais, isso vai fazer com que ele se motive para trabalhar”, diz.
8 – Não fale de política Num momento de debates tão acirrados no universo da política, não é demais lembrar que no seu negócio deve imperar o bom senso. “Temas como política, religião e futebol são sempre polêmicos e deve-se fugir deles no ambiente de negócios. O vendedor deve ter esse jogo de cintura para não se posicionar, mesmo por que ele pode se deparar com um cliente de pensamento contrário logo em seguida”, afirma Prado. Se por acaso o cliente trouxer o tema para a conversa, a professora da BSP recomenda sair pela tangente. “Minha recomendação é acolher a fala do cliente, mas não entrar numa discussão, porque a chance de você perder o cliente é muito grande”, avalia Cecília.
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Acibalc homenageia empreendedores da região no Prêmio Cambori 6ª edição do evento reconheceu o trabalho de empresas que se destacaram em Balneário Camboriú. Por Roberta Watzko
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Reconhecimento. Esse foi o sentimento que tomou conta dos 26 homenageados durante a 6ª edição do Prêmio Cambori – Empreendedores de Sucesso, promovido pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), na noite do dia 8 de novembro, no Hotel Sibara Flat e Convenções. O evento foi bastante descontraído, com a presença das atrizes Potyra Najara e Bruna Froehner, que com um tom divertido foram encarregadas de direcionar os trabalhos da noite, com as personagens Creuzinete e Suzinete, da peça “Arrox cum ovu”. A presidente da associação, Ciça Muller, abriu a noite exaltando o quanto a inovação e a criatividade fazem diferença e de como vem ganhando ainda mais força através do projeto BC Criativo, em parceria com a Fundação Cultural da cidade e a Facisc, que na ocasião também apoiou o evento por meio do Programa de Apoio Empresarial. “Não podemos parar, precisamos sempre buscar atrair novos investidores e fortalecer nossa economia a cada dia. Iremos ganhar muito se Balneário deixar de ser apenas turismo de compras e praia e também atrair o público para eventos como o Festival de Cinema e a Feira do Livro, por exemplo”, lembrou. Ciça também aproveitou o momento para apresentar ao público o futuro presidente da entidade, Augusto Munchen, proprietário da Sol Motos. Na solenidade, 26 empresários subiram ao palco para receber o prêmio das mãos de membros da diretoria da entidade. Os troféus foram entregues às empresas associadas à Acibalc, que completam aniversário de fundação em múltiplos de cinco anos, atuando e consolidando o desenvolvimento econômico de nossa região.
Uma das empresas premiadas foi a BBA – Reiki, que acaba de completar 10 anos em Balneário Camboriú. Quem participou do evento para receber o prêmio foi a gerente Waleria Baú, que salientou a importância desse reconhecimento. “É a segunda homenagem da Acibalc que recebemos. Esses 10 anos foram de muito crescimento, agora atendemos clientes de todo o Sul do país, nos sentimos honrados e valorizados”, disse. A Mendes Sibara também estava na lista dos premiados, completando 15 anos de história em Balneário Camboriú. Natália Mendes representou a consagrada empresa e afirmou que esses anos foram baseados em renovação. “Sempre buscamos nos reinventar. Temos o prazer de atuar nessa região maravilhosa e estamos muito felizes. Esse prêmio significa muito, pois através dele ganhamos visibilidade e também podemos entrar em contato com o público e outros empresários. É um reconhecimento pelo nosso trabalho árduo”, completou. A grande premiada da noite, que recebeu o troféu das mãos da presidente Ciça Muller, foi o Grupo Promenac Camvel, que completou 55 anos. Cláudio Werner subiu ao palco e, emocionado, exaltou que tudo começou pelo seu pai, que resolveu empreender quando ele tinha apenas três anos de idade. “Fico impressionado até hoje em ver o quanto podemos fazer trabalhando duro e com ética. Chegamos nesses 55 anos por esses motivos, e também porque somos muito felizes no que fazemos. Não adianta você trabalhar com algo que não gosta, se você fizer isso, não vai dar certo”, destacou.
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Confira abaixo a lista dos homenageados neste ano: 5 ANOS Federal Invest PontoPromo Live Marketing Anjos do Lar La Trattoria Ristorante Núcleo de Gastronomia Mirandas Restaurante Kori Pilates Probst Werner & Advogados Associados Yoga Spanda Sociedade Catarinense de Coaching Hugani Trattoria CredLider Fuchs Comunicação MJ Centro Automotivo
O Prêmio Cambori O Prêmio Cambori é realizado anualmente pela Acibalc, com o objetivo de valorizar e reconhecer o trabalho de jovens empreendedores e de empresários que já possuem uma carreira consolidada em Balneário Camboriú. O termo “Cambori” faz uma analogia com o peixe robalo para destacar o espírito ágil e atento dos bons empreendedores.
10 ANOS Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú Continental Ar Condicionado Reiki – BBA 15 ANOS Mendes Sibara Tatticas Publicidade e Propaganda
20 ANOS Mercoplan Planos de Saúde Mastersoft
25 ANOS GGe Design Beto Carrero World Marcos Auto Peças
30 ANOS Transperes
55 ANOS Grupo Promenac Camvel
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Fique por dentro de tudo que acontece na Acibalc
VP de Turismo da Acibalc participa de Feira Internacional de Turismo na Argentina Profissionais do setor se reuniram no dia 1º de outubro, em Buenos Aires, na Argentina, na Feira Internacional de Turismo da América Latina - FIT 2016 em busca de informações sobre a potencialização de destinos e produtos, novidades e estratégias de expansão de mercado e geração de novas relações comerciais. O gerente-geral do Hotel Sibara Flat e Convenções ie que ocupa o cargo de VP de Turismo da Acibalc, Osny Maciel Junior, esteve na capital argentina no evento que recebeu em torno de 90 mil visitantes.
Encontro de Negócios acontece em Camboriú e reúne empresários da região Promovido pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú - Acibalc, os encontros de negócios organizados em parceria com os Núcleos da entidade acontecem com o intuito de estabelecer redes de contatos e gerar negócios. Na noite da última quinta-feira do mês de setembro, 29, aconteceu na sede da Cooperativa de Crédito - Credifoz, na cidade de Camboriú, a 44ª edição do evento que mensalmente reúne em torno e 50 empresários em um momento de troca de cartões, apresentação de produtos e serviços e promoção do associativismo.
Nucem promove workshop que trata a redução de inadimplência Na noite do dia 27 de setembro, o Núcleo de Consultores Empresariais da Acibalc realizou um pequeno workshop jurídico que abordou as possibilidades extrajudiciais e judiciais para diminuir o passivo de sua empresa com inadimplentes. O conteúdo apresentado foi ministrado pelos advogados Veridiana Toczeski Santos e Daniel Fernandes, ambos especialistas em Direito do Trabalho e integrantes do Núcleo de Consultores da Acibalc. A ação surgiu da demanda por palestras que tratem o tema e auxiliem os empresários a solucionar problemas ligados à inadimplência de suas empresas, fazendo com que recuperem seus créditos e ao mesmo tempo criem formas de proteção em suas relações comerciais.
Numea e Nucem realizam visita à Duas Rodas Os Núcleos de Consultores Empresariais e da Mulher Empreendedora da Acibalc participaram no dia 21 de setembro de uma visita técnica à empresa Duas Rodas em Jaraguá do Sul. A empresa de extração de óleos essenciais de frutas é pioneira no país e a escolha pela visita se deu em virtude da tecnologia de inovação, da criatividade e do empreendedorismo como características do trabalho da Duas Rodas. Fundada pelo casal de imigrantes alemães, o químico-farmacêutico Rudolph Hufenüssler e a sua esposa Hildegard, formada em física, a Duas Rodas está presente hoje em toda a América Latina e em mais 29 países.
Breves Registros
EMPRESAS E NEGÓCIOS
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Núcleo Jovem Empreendedor promove feijoada O Núcleo Jovem Empreendedor da Acibalc promoveu no dia 22 de outubro a 2ª edição da sua feijoada de aniversário. O evento aconteceu no Mood Lounge Restobar, em Balneário Camboriú e o agito ficou por conta da banda Contagia Samba e do DJ David Sedrez. Em torno de 150 empresários da região participaram do almoço que, na ocasião, reuniu jovens empreendedores do Estado para confratenizar e encerrar o Encontro do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (Cejesc), que aconteceu no dia 21 de outubro também em Balneário.
Meio Ambiente – Eco BC 2030 dá seus primeiros passos
Inspeção Veicular Gratuita movimentou a cidade de Camboriú Desde 2005 o Núcleo Estadual de Automecânicas (Nea), a Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) e a Associação de Reparadores Veiculares (Arvesc) realizam em todo o Estado a Inspeção Veicular Gratuita. Um evento que movimenta toda a sociedade e tem como principal objetivo chamar atenção dos proprietários de veículos para a necessidade da manutenção preventiva. A Acibalc em parceria com o Núcleo Automotivo destinou o sábado do dia 24 de setembro para oferecer aos moradores da região orientação a respeito de cuidados básicos. O evento aconteceu na cidade de Camboriú, no pátio do Ginásio de Esportes Central e, segundo informações dos profissionais que checaram os mais de 25 itens listados no procedimento padrão da inspeção, em torno de 75 carros foram revisados gratuitamente.
Reduzir significativamente a quantidade de lixo depositado no meio ambiente, tornando a cidade de Balneário Camboriú referência na coleta e reciclagem de resíduos sólidos é o principal objetivo do Programa Eco BC 2030 que nasceu da parceria entre os Núcleos de Desenvolvimento Sustentável e Tecnologia, Informação e Comunicação da Acibalc que há anos promovem a Campanha de Resíduos Sólidos Eletrônicos. Da ideia de conscientizar a população a dar um destino correto a seus resíduos eletrônicos e em virtude da mudança constante de tecnologias fazendo com que equipamentos tornem-se obsoletos rapidamente, surgiu a necessidade de uma campanha permanente que contará com o apoio da Instituição de ensino Faculdade Avantis e da Evolution Contêineres. Para dar início ao plano de ação que traçará as estratégias da campanha, no dia 29 de setembro integrantes do Núcleo de Desenvolvimento Sustentável, representantes das empresas DDN Meio Ambiente, empresa especializada em reciclagem de lâmpadas e da Portonave reuniram-se na sede da entidade com a presença da Presidente Ciça Müller.
Breves Registros
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Núcleo de Gastronomia promove Curso de Boas Práticas De acordo com a Resolução de número 216/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, as boas práticas são procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária.
Outubro Rosa: evento do Numea apresentou diversos tratamentos diferenciados para tratar e prevenir o câncer
Pensando em atender as exigências da legislação, o Núcleo de Gastronomia da Acibalc realizou no dia 20 de outubro o Curso de Boas Práticas para manipuladores de alimentos sob orientação da nutricionista e coordenadora do Núcleo, Michelli Wilhelms.
Com a temática “Novos olhares no enfrentamento ao câncer: mais informação, mais coragem!”, o Núcleo da Mulher Empreendedor e o Núcleo da Saúde, ambos da Acibalc, promoveram no dia 4 de outubro um evento que lembrou o Outubro Rosa, campanha mundial que foca em conscientizar sobre o câncer de mama, que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Os profissionais apresentaram ao público presente diversas terapias e tratamentos diferenciados que podem complementar as sessões de quimioterapia e radioterapia. As palestras mostraram a importância do exercício físico e da boa alimentação, tanto para prevenir o câncer quanto para pacientes que estão tratando a doença, além também da acupuntura, que ajuda a combater as dores que a doença causa, sejam elas pós-operatórias como também pós-quimio ou radioterapia, auxiliando também a diminuir náuseas e vômitos, sintomas comuns entre os pacientes. Outro tema abordado foram os fitoterápicos e neutracêuticos: plantas e frutas, por exemplo, podem auxiliar no tratamento do câncer. Algumas das apresentadas foram a Astragalus (raiz que estimula o sistema imunológico, combate o estresse e há estudos que dizem que ela protege contra o câncer), Chlorella (alga rica em proteína, vitaminas e aminoácidos essenciais, elimina toxinas e metais pesados do corpo, fortalece a saúde física e mental) e a fruta romã (rica em substâncias consideradas anticancerígenas e antioxidante – mais que o vinho).
Núcleo de Tecnologia, Informação e Comunicação da Acibalc visita a ACATE A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), que atua em prol do desenvolvimento do setor de tecnologia do Estado, se consolidou como uma das principais interlocutoras das empresas catarinenses de tecnologia junto aos poderes públicos municipais, estaduais e federal, além de outras entidades representativas e instituições do setor tecnológico em território nacional. No dia 24 de outubro, o Núcleo de Tecnologia, Informação e Comunicação esteve na sede da empresa, em Florianópolis, para uma visita técnica e na ocasião entender os modelos de desenvolvimento e comercialização de hardware, software e serviços para diversas áreas.
Breves Registros
EMPRESAS E NEGÓCIOS
Acibalc e Facisc apresentam case BC Criativo no Rio Grande do Sul Inovação: presidente da Acibalc apresenta BC Criativo como case de sucesso na Expomais em Criciúma Criada para gerar conhecimento teórico e prático tanto para o meio empresarial como acadêmico a Expomais - 1º Congresso Sul-Brasileiro de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro em Criciuma, sul do Estado e foi promovida através da união, co- criação e integração das instituições de ensino ESUCRI, SATC, SENAC, SENAI, UNESC, UNIBAVE e UNISUL, contando com a Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) como a catalisadora de todas essas forças. A presidente da Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), Ciça Muller, esteve presente no evento, na tarde do dia 25 de outubro, durante programação paralela no Momento Painel Meu Case Mais e na ocasião apresentou o sucesso e inovação do BC Criativo. O congresso reuniu palestrantes de renome internacional como o da especialista em Marketing, Martha Gabriel, o fundador e principal facilitador do Instituto Rennove, Márcio Shultz, e o fundador da Embraer, Ozires Silva.
Núcleo Automotivo certifica empresários em Programa de Treinamento O Núcleo Automotivo da Acibalc que atua como um núcleo setorial formado por empresas relacionadas ao setor automotivo, entre elas lojas de autopeças e oficinas mecânicas, tem como objetivo ser referência profissional no setor preservando o meio ambiente, priorizando a ética e a qualidade dos serviços prestados. Ao longo do ano de 2016, com encontros ministrados pelo consultor Júlio Peres, o Núcleo promoveu o programa de treinamento para empresários que finalizou na segunda-feira, dia 7 de novembro. Receberam a certificação 26 participantes que durante os sete encontros, realizados uma vez ao mês desde maio, discutiram assuntos relacionados a Atendimento padrão, Tempo, Funcionário padrão, Projetos, Normas internas e Marketing.
A criatividade e a inovação estão cada vez mais presentes em Balneário Camboriú. Por meio do case de sucesso do BC Criativo, idealizado pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), Fundação Cultural e com apoio da FACISC, empresários estão cada vez mais motivados a aderirem esse movimento. A vice-presidente de Turismo da FACISC e representante do Conselho Gestor do BC Criativo, Magda Bez, esteve no dia 8 de novembro, no Rio Grande do Sul, onde apresentou o programa no II Fórum de Economia Criativa, do Conhecimento e da Experiência.
Encontro de Negócios do Nucem encerra edições de 2016 Uma das mais importantes ferramentas para o crescimento profissional e empresarial é a troca de experiências. Pensando nisso, a Acibalc promove oportunidades para os empresários da região por meio de seus encontros de negócios e no dia 27 de outubro, o Núcleo de Consultores Empresariais (Nucem) realizou na Marambaia Veículos a última edição anual. Ao longo da Gestão 2015/2016 foram realizados 13 encontros que reuniram um total de 1mil empresários. A parceria é possível com o apoio das empresas associadas que cedem, a cada edição, seu espaço para recepcionar os empreendedores com o objetivo de gerar negócios.
Inter Núcleos com muita descontração Para encerrar as atividades 2016 dos Núcleos da Acibalc, no dia 22 de novembro, no Espaço FG Sul, uma série de ações foram realizadas entre os nucleados num momento de descontração e confraternização. As dinâmicas que envolveram apresentação pessoal e um ensaio sobre o trabalho colaborativo e em conjunto, foram conduzidas pela VP de Núcleos Angela Pires e a psicóloga Mariane Nicoloso, também membro do Núcleo de Consultores da entidade. Na ocasião, uma encenação um tanto quanto teatral reproduzida pela atual presidente Ciça Muller, possibilitou aos presentes um resgate dos trabalhos desenvolvidos ao longo de sua gestão e instigou todos a pensarem em seus compromissos para o futuro dentro do associativismo.
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