directores
Dr. Javier Sáez Salgado Jaime Sáez Salgado
coordenação científica
Dr. Javier Sáez Salgado Jaime Sáez Salgado José R. Marinho Engº José Godinho Miranda
comentários históricos e numismáticos
José R. Marinho
secretariado
Cláudia Leote
coordenadora técnica
Raquel Moura
capa
Ana Miranda
fotografia
Manuel Farinha
impressão e acabamento
Palmigráfica - Artes Gráficas, Lda.
depósito legal
238125/06
2
9 e 10 de Dezembro de 2010 1ª Sessão - 9 de Dezembro - 17:00h - Lote 1 a 260 2ª Sessão - 10 de Dezembro - 17:00h - Lote 261 a 534 Leilão a realizar no
Rua Castilho 149 - 1099-034 Lisboa Telefones 213 818 700 - Fax 213 890 505 Exposição (On View) Os lotes podem ser vistos (lots on view) nos dias 2, 3, 6 e 7 das 15 às 18 horas, na Av. da Igreja, 63 C (Só com marcação e listagem dos lotes que pretende ver) Numisma recebe ordens de compra e responde pelas mesmas em sala Durante o leilão temos três linhas de telefone, 213 818 700 We are happy to handle bids for customers who are interested in a number of lots During the sale we have three open telephone lines Os valores indicados no Catálogo são preços-base The prices quoted in the catalogue are the prices from which the bidding will commence
Av. da Igreja, 63 C - 1700-235 Lisboa Telefones 217 931 838 - 217 932 194 - Fax 217 941 814 numismaonline.com info@numismaonline.com 3
Fantástico leilão com moedas únicas ou das quais se conhecem poucos exemplares D. Sancho I D. Fernando I D. João II D. Manuel I D. Sebastião I
Morabitino Dobra Pé-terra Justo 1 Português Engenhoso ND
D. António I D. Filipe I D. João IV D. João IV D. Pedro, Príncipe Regente D. Pedro, Príncipe Regente D. Pedro II
2000 Reais com carimbo Açor 500 Reais (provavelmente única) 4 Cruzados 1642 Conceição 1648 4400 Réis 1668 e 1669 4 Cruzados com carimbos 4400 e 4 coroado 4 Cruzados c/carimbos 4400, 4 coroado e marca de esfera 2
D. João V D. João V D. João, Príncipe Regente D. João VI D. Maria II D. Luís I Brasil
Dobra 1724 Peça 1722 L 3 Meia Peça 1805 Peça 1822 R Dobrão 1726 M com carimbo escudo coroado 1000 Réis 1879 Barra ouro 1809 Sabará
1
2
3
Uma importante colecção iniciada pelo pai, ampliada e valorizada pelo filho é hoje uma das dez mais importantes de Portugal. Esta é uma das principais características da colecção Dr. Elmano Costa, que a Numisma vai leiloar nestes dois dias com muitas moedas raras de ouro de Portugal e do Brasil, das quais se conhecem poucos exemplares. Esta colecção foi iniciada por Elmano Costa pai que, principalmente, nos anos 70 e porque tinha mais tempo livre, lhe deu um forte impulso. Na década de 80 do século passado, o seu filho, Elmano Lerma de Sousa Costa, médico-cirurgião, entusiasmou-se pela numismática. Foi graças a ela que, em 1986, se formou um grupo de amigos, que fundaram uma tertúlia, fomentaram o conhecimento, organizaram viagens onde os portugueses foram dominadores e participaram em muitos leilões. Elmano Costa recorda-se ainda do primeiro leilão de moedas em que esteve presente na Suíça, onde foi vendida a colecção Abecassis. A colecção foi, assim, ampliada e valorizada pelo médico-cirurgião, tornando-se numa das mais importantes do País. Uma tarefa que também lhe permitiu aprofundar os conhecimentos nesta área. Tem importantes exemplares de Portugal, do Brasil e de Moçambique. Uma das principais raridades é uma moeda de 500 Reais, de Filipe I de Portugal. Está na colecção há cerca de 25 anos. É o único exemplar conhecido, mas não temos a certeza se será a que foi vendida em Paris, em Outubro de 1875. O comprador dessa moeda tê-la-á oferecido a uma enfermeira espanhola, que o acompanhou e tratou até ao fim da vida. Chegou a Portugal através de um comerciante que a comprou a essa enfermeira ou a alguém da família da mesma. Mas as raridades desta colecção – que abrange praticamente toda a História de Portugal e tem moedas do período hispano-romano e da presença árabe em território português – incluem um excelente conjunto de outras moedas: um Morabitino, de D. Sancho I, uma Dobra Pé-terra, de D. Fernando I, um Justo, de D. João II, um Português, de D. Manuel I, um Engenhoso ND, de D. Sebastião, e 2000 Reais com carimbo Açor, de D. António I. Há moedas também raras de D. João IV, D. Pedro, Príncipe Regente, D. João V, D. João VI, D. Maria II e D. Luís I e uma barra em ouro de Sabará, no Brasil, de 1809. Este leilão é um momento único na história da numismática portuguesa pois trata-se de uma das poucas oportunidades para adquirir moedas portuguesas raríssimas – uma situação que, provavelmente, só deverá repetir-se daqui a algumas décadas. É, pois, a raridade e também o facto de serem cunhadas em ouro, um metal que tem vindo a valorizar-se todos os dias nos mercados financeiros, que fazem destas moedas um excelente investimento financeiro. A colecção possui centenas de testemunhos da portugalidade e da dedicação e empenho de duas gerações de uma família que soube preservar verdadeiros tesouros. Representam décadas de peripécias e histórias que ficam para sempre gravadas na memória de quem as viveu. Eis uma delas, que o Dr. Elmano Costa nunca se esqueceu: uma vez, regressado de Londres após um leilão na Sotheby’s, reparou que lhe faltava uma moeda do tempo de D. José I, uma Peça 1762, cunhada no Brasil. Teria ficado no avião? Teria caído durante a viagem para o aeroporto ou para sua casa? Um telefonema da casa leiloeira resolveu o enigma: a moeda tinha ficado esquecida em Londres. Hoje, é um dos 534 lotes deste leilão.
1
2
3
MOEDAS HISPANO-ROMANAS BAESURI (CASTRO MARIM)
1*
Chumbo Quadrante tipo 01.03
BC
100
BC-
100
BC+
150
3,37g
Anv. Barco estilizado. Por baixo BAES Rev. Palma
2*
Chumbo Quadrante tipo 01.03
3,91g
Anv. Barco estilizado. Por baixo (B)AES Rev. Palma
3*
Chumbo Triente tipo 01.04
5,34g
Anv. Barco estilizado. Por baixo BAE(S) Rev. Palma
7
4
5
6
5
BALSA (TAVIRA)
4*
Cobre
Sextante (cavalo e peixe)
tipo 16.01
1,95g
MBC
400
MBC+
1000
BELA
100
Anv. Cavalo à esquerda. Por cima BALSA Rev.. Peixe MURTILI (MÉRTOLA)
5*
Cobre
Asse
tipo 14.01
8,89g
RARA
Anv. Cabeça barbada à esquerda Rev. Águia à direita. Por baixo, MVRTILI dentro de cartela
MOEDAS HISPÂNICAS BOLSCAN / OSCA / HUESCA
6*
Prata
Denário
Burgos 1501/3
3,86g
MOEDAS VISIGODAS 7*
Ouro 01.09
Sisebuto Elvora - Évora Miles 191(a)
SOBERBA
1,475g
+SISEBVTVS REX +TVS ELVORA IVS 8
2000
8
9 10
MOEDAS MUÇULMANAS 8*
Prata 02.01
9*
Prata 04.03
10* Ouro
Meio Quirate em nome de Ibn Wazir, com menção de Silves 0,58g
Quirate anónimo, com referência o Imame 0,88g
MBC
1000
BELA
250
Muito Raro
Rara
Moeda atribuída a Ahmad ibm Qasi em Silves, contemporâneo do dinar de Silves batido em 544 H
Dinar ou Soldo com legendas latinas datado da Indicção X
(Ano 93 H = de 19 de Outubro de 711 a 6 de Outubro de 712)
Muito Rara
MBC
1500
4,08g
Anv. No campo, estrela de oito pontas; na orla, legenda defectiva: IN NOMINE DOMINI NON DEUS NISI DEUS SOLUS NON DEUS ALIUS. Rev. No campo, INDCX, com dois traços por cima; na orla, legenda defectiva: HIC SOLIDUS FERITUS IN SPANIA ANNO XCIII INDICTIONI X O Museu da Casa da Moeda de Madrid não tem esta data, nem o Museu Numismático Português. Conhecem-se menos de 10, destas moedas muçulmanas que substituíram as moedas visigodas, correntes até então. Em alguns destes dinares ou soldos, a data do campo está substituída pela palavra SIMILIS, continuação da legenda do anverso. Há soldos com indicação XI, do ano seguinte, menos raros e ainda com indicação XII, também muito raros como os primeiros. Depois, só no ano 98 H há soldos com a legenda de uma face em latim e na outra já em árabe, onde pela primeira vez aparece a palavra al-Ândalus desta face como sinónima de SPANIA na outra face. A seguir só no ano 102 H ou 720/21C, aparecem as primeiras moedas de ouro do Ândalus, também muito raras com toda a legenda em árabe e com o tipo definitivo.
ABÁBIDAS DE SEVILHA 11* Ouro
Dinar de Abad Almotadid (433-461 H/ 1042-1069 C)
Prieto 400C 4,47g
BELA
1000
Batido no Ândalus em 457 H
Conquistou Mértola em 436 H (1044/45) e depois Silves e Santa Maria Ibn Harun (Faro), cidades que ficaram governadas pelo príncipe herdeiro Almotamid, um dos grandes poetas de então e cujos versos estão hoje em livros escolares. Numisma - 26 Outubro 1990, lote 23. 9
ALMÓADAS 12* Prata 0,88g
Dirham quadrado
BELA
25
BELA
2000
batido por todos os governantes almóadas excepto Abd al-Muruin
Anv. Não há Deus senão Allah. O poder todo é para Allah. Não há força senão Allah Rev. Allah nosso Senhor. Maomé nosso mensageiro. O Mahdi o nosso Imame.
AFONSO VIII 13* Ouro Morabetino 3,82g
Morabetino Alfonsi. Batido em Toledo, datado do ano 1249 da era de Sáfar ou da Espanha (1211C). Cayon y Casten 116
A moeda mais misteriosa da Península Ibérica. Um “ morabitino” cristão com inscrição árabe e cruz cristã. A batalha mais decisiva para a reconquista cristã da Península Ibérica foi a de Navas de Tolosa (1212), onde se confrontaram os exércitos aliados de Portugal, Castela e Navarra com os do Imperador muçulmano de Marrocos. Este tinha sido vitorioso nas suas campanhas anteriores e preparava-se para retomar toda a Península. Navas de Tolosa foi a sua grande derrota. A vitória cristã devese, em boa parte, à intervenção dos Templários vindos de Portugal. O monarca de Portugal era para ter tomado parte nesta batalha, mas as prioridades do Estado detiveram-no em Lisboa. Porém, mandou a sua força da elite: Templários de Portugal. A legenda bilingue, latim-árabe, nesta grande moeda de ouro, mostra a Cruz cristã e as letras «ALF» (abreviatura de Afonso), e diz (traduzido em árabe): «Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Deus é único. Aquele que tiver fé n´Ele era salvo. AlF (onso), Emir dos cristãos, filho de Sancho, ajudado e protegido por Deus». A moeda foi batida pouco antes da batalha e serviu como propaganda política. Esta moeda é geralmente atribuída a Afonso VIII de Castela. Surge, porém, a grande pergunta se não teria sido batida tanto em nome do monarca de Castela como do Rei de Portugal. Contra todas as regras numismáticas medievais, a moeda carece de indicação do país. Os castelhanos argumentam que o “seu” Afonso era filho de Sancho. Contudo, o mesmo também se aplica ao monarca português em causa – D. Afonso II era filho de D. Sancho I. As lutas entre cristãos e muçulmanos neste altura também tiveram lugar em Portugal. As forças muçulmanas conseguiram até retomar Alcácer do Sal. Assim, também convinha ao Rei de Portugal uma campanha político-financeira como esta, em que se bateram morabitinos cristãos com escrita em árabe e latim. Estudos futuros esclarecer-nos-ão. In O Perdão dos Templários, pag.209 Rainer Daehnhardt 10
PORTUGAL D. SANCHO I 14* Ouro Morabitino 04.04
S1.4
3,55g
SANCIVS EX RTVGALIS
RARA
BELA
17000
INNE PTRIS I FILII S PSS CIA
Tendo sido sempre conhecida, quer em espécie quer pelas referências nos inúmeros documentos da época, a primeira moeda de ouro portuguesa que, até agora, não oferece dúvidas - é o morabitino de D. Sancho I. O nome Morabitino é o mesmo pelo qual os cristãos distinguiam o dinar emitido pelos Almorávidas, a seita berbere “murabit” que, entre os anos de 1056 e 1147 C, governou a região atlântica norte-africana, desde o sul do Saara até à entrada do Mediterrâneo, estendendo-se ao Ândalus pouco tempo após a vitória em Zalaca contra o rei Afonso VI de Leão e Castela. 11
O ouro destas emissões almorávidas era obtido em grandes quantidades, quase puro (90 a 95% de fino), tanto da região do Ghana como do sul do Sudão, cujas rotas aqueles berberes controlavam, sendo depois cunhado num estilo novo e espalhado por uma Europa e Próximo Oriente ávidos de metais preciosos, quase desaparecidos desde os finais do domínio romano. Quando Sancho I de Portugal resolveu também bater moeda de ouro, a dinastia Almorávida tinha passado à História havia já uns 40 anos, substituída pela dos Almóadas, mas a fama do seu característico dinar, de peso entre as 4,15 e 4,20 gramas, continuava sob os nomes de “morabitino maior” (codicilo de 1179 ao testamento de D. Afonso Henriques) e depois “morabitino velho” (1253, Lei de Almotaçaria). Os reis das Taifas Almorávidas tinham-no imitado largamente, pelo menos até 1171 C diminuído no peso. Foi adoptado a seguir pelos reis de Castela e Leão, num tipo cristão, com as características adequadas a cada Estado. Afonso VIII de Castela também o bateu, a partir de 1174, com a própria escrita árabe, todavia de teor cristão, onde sobressaía uma cruz e a sigla ALF, e um peso de cerca de 3,85g. Ficou conhecido por “morabitino alfonsí” (Lei de Almotaçaria). Semelhante a este na métrica e valor, mas visualmente adaptado à imagem representativa do novo Estado português aparece depois o morabitino de D. Sancho I. O seu belo estilo, próprio da época, lembra-nos algumas representações na pedra das catedrais medievais, com o rei a cavalo e a espada ao alto, na defesa da sua fé. Há uns cinquenta anos o preço normal de um morabitino (que só muito raramente aparecia na província, de algum achado) era de 3.000$00. Então, um amigo nosso, da idade que hoje temos, lá das terras do Sul, confidenciava-nos: “Oh F..., sabe se apareceu algum morabitino? Para mim é a moeda mais bonita de Portugal, e a que me falta. Nestas minhas andanças, venho sempre precavido. Trago sempre no bolso três notas de conto, mas o morabitino é que não aparece”. Para nós, então, três contos era uma fortuna. Mais de dois meses de ordenado. Recordo-o sempre. Faleceu sem ter o seu sonho. Os leilões da Casa Molder começaram em Janeiro de 48. Só no quinto, em Abril, apareceu um morabitino. Foi à praça pelo dobro do valor, pelo qual foi comprado, por alguém mais feliz, que tinha o mesmo desejo do nosso velho amigo. No oitavo leilão apareceu outro. Dos 6.500$00 sugeridos no catálogo, mas com licitação iniciada em metade, alcançou 4.350$00. Só no ano seguinte, 1949, pelo Natal, apareceu outro, avaliado em 7.500$00. Foi arrematado por 4.000$00. O Molder era assim. Concordou, mais tarde, e escreveu, que os preços pedidos deveriam ser os reais. Durante o ano de 1950 apareceram três em leilões, vendidos entre 2.500$00 e 2.750$00. Nos quatro anos seguintes levou à praça um em cada ano, à roda do preço real de 3.000$00. Depois, só raramente aparecia algum, no Almeida e Piombino ou no J. Burnay, de alguma colecção desfeita. Ora bem: Hoje, para moedas destas, muito difíceis de encontrar, de que não consta haver achados no terreno, representativas do nascimento do nosso País, de muito bom desenho e gravura medieval, equivalentes a uma jóia antiga, de apreço, mas uma jóia autêntica, e que só aparecem na rotação imprevisível das colecções que as detém (e metade estão em museus), um preço mil vezes superior ao de há meio século para um exemplar do tipo normal, o mais comum, sem variantes que o individualizem, não é excessivo. Acresce que, moedas destas, são reconhecidas como valores de investimento a prazo. De uma boa colecção, agora em venda, Numisma apresenta um morabitino de D. Sancho I.
12
D. FERNANDO I (1367-1383) 15* Ouro Dobra Pé Terra 92.02 var.
Fe.1
PM 6-R3
EXTREMAMENTE RARA
SOBERBA
90000
5,19g
FERnAnDUS GR AC I A REX PORTUGA FERnAnDOS DEIGRACIA REX PORTUGALI E E ALGAR
É com o rei D. Fernando I, o último da dinastia afonsina, que encontramos o segundo grupo de moedas de ouro portuguesas, já típico dos últimos cem anos do milénio designado por Idade Média, que só termina em 1453, no reinado de D. Afonso V. Este grupo tem raízes no tipo monetário designado por Dupla ou Dobra, de moedas de valor duplo do normal, primeiro emitidas pelos berberes Almóadas ao passar do século XII e que logo ocuparam o lugar deixado pelo morabitino como moeda universal. 13
O tipo Dobra, tanto no módulo como na quantidade de ouro e mesmo no nome, veio a ser copiado por várias nações cristãs, mas adaptado ao estilo gótico que então florescia. Em Portugal está presente na Dobra Pé-terra do rei D. Fernando, batida no início do reinado e hoje de extrema raridade. É contudo aceitável que este tipo de Dobra dos reis portugueses, tivesse surgido antes, nas presumíveis moedas de ouro do rei D. Pedro I, desconhecidas mas mencionadas nas crónicas.
Numisma apresenta aqui em venda uma Dobra Pé-terra do rei D. Fernando, num magnífico estado de conservação. Praticamente nova, tem relevo excelente e um bom retrato do rei em pé, sob um arco ogival, com armadura, espada ao alto e a mão esquerda sobre o escudo das quinas, como armas nacionais. No reverso, uma grande cruz floreada, com quina central, tudo dentro de um quadrilóbulo, mostrando a influência das moedas francesas contemporâneas. Pesa 5,19g., dentro dos pesos encontrados nos 10 exemplares referenciados por Ferraro Vaz. Estas moedas portuguesas não foram até hoje analisadas quanto ao seu teor de ouro. Todavia, se tiverem sido batidas com um conteúdo de metal precioso equivalente ao das dobras marroquinas (97,13% de Au em 13 examinadas e o peso médio de 4,55g.), o seu teor estará bastante próximo do que tem sido referido como provável (87,5% = 21 quilates). A Dobra Pé-terra foi assim uma moeda medieval portuguesa de aceitação universal.
16* Prata Real FR-L 87.01
BELA
3,50g
AVXILIVn mEVn A DOmInO QVI FECIT CELVn ETERAn F D G REX PORTVGALIE ALGARB 14
750
17
18
19
20
Moedas que correram em França no período de D. Fernando I a D. Afonso V JEAN II LE BON (1350-1364)
17* Ouro Mouton d’or Ciani 354
18* Ouro Franc à Cheval Duplessy 294
quase BELA
1500
quase BELA
1000
quase BELA
1000
quase BELA
1500
3,51g
Ciani 361
3,87g
CHARLES V (1364 – 1380)
19* Ouro Franc à pied Duplessy 360
Ciani 457
3,80g
HENRI VI (1422 – 1453)
20* Ouro Salut d’or Duplessy 443a
Ciani 598
4,54g
15
D. JOÃO, REGEDOR E DEFENSOR DO REINO (1383 – 1385) 21* Prata Real de 10 soldos L/LB 02.04
s.o. à esquerda
lindo MBC
RARA
1000
2,85g
ADIVTORIVm nOSTRVn QVI FECI/T CELVn ET TERAn IhnS D(GR) REGNORVn PO ALGA Cerca de pouco mais de dois meses após a morte, em 22 de Outubro de 1383, do inconstante e mal fadado D. Fernando I, o irmão consanguíneo deste falecido rei, Mestre da Ordem de Avis, D. João, já designado Regedor e Defensor do Reino, emite moeda, denominada real de dez soldos, em prata com teor relativamente elevado. Em trabalhos numismáticos apresentados em Santarém em 1988, sob o título Problems of medieval coinage in the Iberian Area, foi publicado o estudo On the metrology of the reais de dez soldos of the Master of Avis and its typological implications, onde foram analisados, entre outros, 13 reais de 10 soldos do Mestre de Avis, batidos em Lisboa como Regedor. São todos a que, então, foi possível termos acesso, pois a espécie não é vulgar. Desta análise concluiu-se que, até Abril de 1385, quando foi aclamado rei, o Mestre bateu primeiro reais com um teor de 9 dinheiros de lei (750 milésimos), marcando-os com a letra L no anverso, ladeada por rosetas; depois bateu os outros com a lei de 8 dinheiros, que marcou no anverso como o anterior e no reverso com outro L; depois bateu ainda outros, com a lei de 6 dinheiros, marcados com L no anverso e LB no reverso. Apresenta-se neste leilão um real de 10 soldos de D. João, Mestre de Avis, Regedor e Defensor do Reino.
22
23
D. AFONSO V (1438-1481) 22* Ouro Cruzado 31.05
A5.6
3,56g
MBC+
3000
MBC+
2000
Colecção Abecassis, Sotheby´s - Genève, 10 Novembro 1986, lote 14.
ALFOnSUS DEI GRACIA REGI CRU3ATUS ALFOnSUS DEI GR
23* Ouro Cruzado 31.09 var.
A5.6
3,51g
CRU3ATUS ALFOnSV UInTI REGIS P ALFOmSVS QVINTI REGIS PORTVG 16
24* Prata Leal, L 22.02 var.
2,73g bonita tonalidade
BELA
7500
Colecção Thomas Faistauer, Spink Taisei - Zurique, 9 Junho 1993, lote 20.
ALFQ RX PORTUG DOMInUS PS VInTO XPS InPERA XPS
Numisma tem neste leilão bastantes moedas que farão falta a muitos coleccionadores com colecções já avançadas. Contudo uma dessas moedas teremos de fazer um comentário, por ser um exemplar que, pela sua grande raridade, pode passar-se o tempo de uma geração sem aparecer no mercado, qualquer que seja o preço que se pretenda oferecer. Uma delas é o denominado Leal, do rei D. Afonso V. Falta em muitas colecções importantes, ditas de referência. Moeda de prata de título alto, para estar à cabeça da série de prata do inicio do reinado, tem um bonito desenho gótico, que nela se acaba. Foi batida no seguimento do Leal do rei D. Duarte, também moeda muito rara, e do Real de dez reais brancos, de D. João I, difícil de encontrar. É, assim, uma bela e rara moeda, ainda da Idade Média, que aqui se apresenta, emitida pelo último rei cavaleiro que é também, na verdade, o primeiro rei português da Idade Moderna, por ser um rei letrado, que acarinhou a cultura no momento em que a imprensa se instalava em Portugal e a época da Renascença abria na Europa. Não se deverá esquecer que D. Afonso V muito contribuiu para a epopeia dos descobrimentos portugueses, era neto de D. João I e o pai do Príncipe Perfeito que foi D. João II, reinou 43 anos, entre 1438 e 1481, e a História fixa em 1453 o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
17
25* Prata Real grosso o/L 10 castelos armas de Castela e Leão 36.02
3,42g
RARA
MBC+
Colecção Thomas Faistauer, Spink Taisei - Zurique, 9 Junho 1993, lote 23.
ALFOnSUS DEI GRACIA REGIS CAST ALFONSUS DEI GRACIA REX CAS
18
3000
D. JOÃO II (1481-1495) 26* Ouro Justo, Lisboa 25.02 var
J2.1
PM falta
numeral romano 6,06g
EXTREMAMENTE RARA
Colecção Abecasis, Bank Leu
BELA/MBC+
100000
10 Outubro - leilão 55, lote 11
É a moeda reproduzida no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado IOHANES II R PORTVGALIE ET A D GVIIIE IVSTVS VT PALMA FLOREBIT
O rei D. João II foi sempre zeloso em mostrar ao mundo, através da moeda e também de uma grande firmeza, a imagem da riqueza e do poder que o Reino de Portugal tinha alcançado com as conquistas e as descobertas efectuadas durante o governo de seu pai, D. Afonso V. 19
Manteve até 1489 o mesmo valor para o cruzado, que era batido com um teor de ouro superior ao de qualquer outra moeda, e procurou então, com uma emissão especial, aumentar o conceito em que o reino era tido entre as outras nações da Europa. Para isso visionou e mandou cunhar uma moeda diferente, que chamasse a atenção, maior do que as então correntes, e batida exclusivamente para esse fim, certo de que lhe traria fama e respeito. Isto pode ver-se na carta que enviou aos Corregedores da Justiça, Vereadores e Procuradores, no dia de Natal desse ano de 1489, onde se lê, na parte que aqui interessa: “... acordámos de mandar lavrar... moeda de oiro, cruzados de lei e peso e valia como os que El-rei meu Senhor e Pai... fez, por ser moeda nobre e rica e mui cursável e que por todo o mundo tem crédito e sua valia mui certa... e porque as moedas de oiro geralmente correm pelos Reinos estrangeiros e por elas se guarda muito aos Reis que as fazem, e à sua riqueza e nobreza, acordamos que se lavrasse alguma soma de moeda de oiro para este caso somente, de peso de dois cruzados cada peça e daquele mesmo toque e fineza e que tenha nome de Justos e por cunho de uma parte o escudo de nossas armas com a coroa em cima dele e da outra parte nós armado.” Esta foi a intenção de D. João II, de mandar emitir os Justos, uma moeda de prestígio, em pequena quantidade, “para este caso somente”. De facto, as moedas hoje existentes são muito escassas. A Lei enviada à Casa da Moeda para a sua cunhagem é desconhecida, e nela estará a ordem para o fabrico da moeda Meio Justo ou Espadim, conforme citação dos cronistas. Lá deverá constar também a alteração do teor de ouro da moeda, que entretanto ocorreu, e talvez o motivo. Numisma também apresenta nesta venda, um exemplar de cada uma das raras moedas do Príncipe Perfeito, Justo e Meio-Justo ou Espadim. Este Justo deve ser da primeira emissão dado que o abridor do cunho não estava certo da legenda do anverso: a segunda e terceira letras de IVSTVS foram recunhadas sobre OA o que mostra que o gravador originalmente pensou escrever IOANES...
27* Ouro Espadim ou Meio Justo, L 24.06 var
J2.4
2,94g
MUITO RARA
Colecção Abecassis, Sotheby’s - Genève, 10 Novembro 1986, lote 25
IOHANES II R P ET A D GVINE IOHAnES II R P ET A D GVINE 20
BELA
20000
28* Ouro Cruzado 23.04/05
J2.6
quase SOBERBA
2500
BELA
2500
3,55g
IOHANES II R P ET A D GVINEE IOHANES II R P ET A D GVINEE
29* Ouro Cruzado 23.08/06
J2.6
escudetes verticais 3,51g
IOHAIIES II R P ET A D GVIN IOHANES II R P ET A D GVINE 21
D. MANUEL I (1495-1521) 30* Ouro Português 73.08
E1.1
MUITO RARA
MBC+
50000
35,21g
I EMANVEL R PORTVGALIE AL G VL IN D / G C N CETHIOPIE ARABIE PERSIE IN IN HOC SIGNO VINCES É a moeda reproduzida em A. Gomes e no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado Testemunho para assombrar o Mundo e para prestígio do rei do País (“... e porque as moedas de oiro geralmente correm pelos Reinos estrangeiros e por elas se guarda muito aos Reis que as fazem, e à sua riqueza e nobreza...” na justificação de D. João II para a cunhagem dos seus Justos) assim a moeda conhecida por “Português” foi certamente, batida desde o início do reinado de D. Manuel I para poder seguir na armada da Descoberta da Índia, que era também uma embaixada ao Samorim. Se essa cunhagem específica foi efectuada no Reino ou fora dele discute-se há muito tempo. Embora nada se conheça que refira a data do ínicio da cunhagem destas moedas, ela infere-se como antes da primeira ida à Índia, pelos relatos de Gaspar Correia, um informador consciente e probo, em “Lendas da Índia”, a propósito da primeira viagem de Vasco ga Gama, e da oferta delas que fez. E será também de crer que a Casa da Moeda de Lisboa estaria apta a fabricá-las. É presumível que não teriam exactamente a legenda das que se conhecem, mas também não deveriam ter a referência a uma oficina fora do País, o que não abonaria ao seu prestígio. As que hoje se conhecem, num estilo sóbrio, inteiramente português, impressionam pelo seu tamanho e peso, e são batidas num ouro quase puro. A que se apresenta nesta venda está num estado de conservação muito bom para uma moeda que correu mundo. E a verdade é que mesmo para os coleccionadores, ela dá prestígio a uma colecção. 22
31* Ouro Cruzado 70.03
E1.2
3,56g
aneletes por dentro e por fora dos arcos lobados
MUITO RARA
quase SOBERBA
3000
lindo MBC
4000
estrelas de 6 pontas nos quadrantes superiores
I EMANVEL R P ET A D GVINEE IEMANVEL R P ET A D GVINE
D. JOÃO III (1521-1557) 32* Ouro São Vicente “NN” invertidos 181.01 J3.7
7,50g
com ressalto
Colecção Abecassis, Sotheby’s - Genève, 10 Novembro 1986, lote 41
IONNES III R(EX) PORTV ET AL ZELATOR FIDEI VSQ VEAD MORTEM
23
33* Ouro Meio São Vicente PO 176.01 J3.11
3,80g
MUITO RARA
BELA
12500
MBC+
5000
Colecção Prof. Doutor Juvenal Esteves - Silva’s Leiloeiros, 17 Junho 1998, lote 7
IOANES III R PORTV ZELATOR FIDEI VSQA ADM
34* Ouro Cruzado 150.01 J3.19
3,54g
8 castelos
módulo maior
MUITO RARA
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève - 10 Novembro 1986, lote 49
IOANES III R PORTVGALIE AL IN HOC SIGNO VINCES As primeiras moedas de ouro de D. João III seguem os tipos de D. Manuel, e também os pesos e liga. Todavia, passados 16 anos de reinado, essas espécies começaram a rarear, porque o ouro tinha subido de valor no mercado enquanto o das moedas se mantinha. É assim que D. João III manda, durante um período muito curto, bater novos cruzados, baixando-lhes a liga de 23,75 para 22,625 quilates, com a legenda do reverso alterada para IN HOC SIGNO VINCES, e no anverso o numeral 3 mudado para III. O tipo final de cruzado que se segue é o tipo “Calvário”, já na liga de 22,125 quilates. O cruzado que Numisma aqui apresenta, raro, é das primeiras cunhagens do escasso tipo intermédio, com a legenda do anverso já alterada mas onde aparece na legenda do anverso III. O seu estado de conservação é muito bom, batido excepcionalmente em disco largo e o seu peso é de 3,54g. 24
35* Ouro Cruzado 154.01 J3.21
8 castelos
PM 61-R
escudo ladeado por um ponto
RARA
SOBERBA
3000
3,55g
IOANES III R PORTVGAL IN IIOC SIGNO VINCEES
36
37
36* Ouro Cruzado LR 8 castelos 158.05 J3.22
legenda deslocada à esquerda
38
L e R, 3 pontos
MBC
1500
L e R, 3 pontos
MBC
1500
L e 1 ponto e R 3 pontos
quase SOBERBA
2750
3,45g
IOANES III R PORTVGALI IN HOC SIGNO VINCES
37* Ouro Cruzado LR 8 castelos 158.03 var
J3.22
3,45g
IOANES III R PORTVGALIE IN HOC SIGNO VINCES
38* Ouro Cruzado LR 8 castelos 159.01 var
J3.22
3,50g
IOANES III R PORTVG IN HOC SIGNO VINCES
25
39
39* Ouro Cruzado RL 8 castelos 160.01 J3.23
41
R e L 3 pontos
quase SOBERBA
2500
R 3 pontos e L 1 ponto
SOBERBA
3000
lindo MBC
2500
lindo MBC
2000
3,39g
IOANES III R PORTVGAL IN HOC SIGNO VINCEES
40* Ouro Cruzado RL 7 castelos 147.04 J3.23
3,52g
Excelente estado de conservação
IOANES III R PORT IN HOC SIGNO VINC
41* Ouro Cruzado RL 7 castelos 147.02 J3.23
R 3 pontos e L 1 ponto
3,51g
IOANES III R PORTVG IN HOC SIGNO VINC
42* Ouro Cruzado Calvário 166.02 J3.27
3,52g
IOA III PORTVGALIE AL R IN HOC SIG NO VINCES 26
D. SEBASTIÃO I (1557-1578) 43* Ouro São Vicente 68.01
Se.1
Excelente qualidade
quase SOBERBA
4500
quase BELA
3000
7,50g
SEBASTIANVS I REX PORTVGALLIAE ET ZELATOR FIDEI VS QVE AD MORTEM
44* Ouro São Vicente LG 69.01
Se.2
7,56g
v.s. às 2 horas e 9 horas
SEBASTIANVS I REX PORTVGALLIAE ET ZELATOR FIDEI VS QVEAD MOR EM (monograma ET) 27
45* Ouro São Vicente PO 73.01 var
Se.5 PM 75A-R3
escudo ladeado por setas
EXTREMAMENTE RARA
7,47g
É a moeda reproduzida no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado
Conhecidos 6/7 exemplares
MBC
20000
SEBASTIANVS I REX PORTVGALIA ET ZELATOR FIDEI VS QVE AD MORTEM Temos referenciados apenas 6 ou 7 exemplares do S. Vicente PO e setas, e de facto, constatamos que são moedas de extrema raridade. Foram batidas apenas durante um mês.Estava em falta nas importantes e raras colecções do século passado, como a de Julius Meili, Robert Shore, António Augusto Carvalho Monteiro, Thomas Faistauer, entre muitas outras. O exemplar aqui representado também pertence a uma colecção com várias décadas. A moeda de 1.000 reais do início do reinado de D. Sebastião, conhecida por São Vicente, por ter este santo representado no reverso, e que apresenta no anverso o escudo real ladeado por setas, é considerada de grande raridade apesar de serem conhecidos alguns, embora poucos, exemplares, tanto de Lisboa como do Porto. O motivo da sua raridade está no pequeno período da sua cunhagem.
46* Ouro Meio São Vicente 65.01
Se.8
3,72g
RARA
É a moeda reproduzida no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado
SEBASTIANVS I REX PORTVGALIAE ET ZELATOR FIDEI VSQVE ADMORT
28
MBC+
5000
47* Ouro Engenhoso ND 64.04
Se.11
PM 87-R4
MUITO RARA
3.80g
quase BELA
25000
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève - 10 Novembro 1986, lote 73
SEBASTIANVS. I. R. PORTVG IN HOC SIGNO VICES
A moeda de ouro, do reinado de D. Sebastião, chamada “Engenhoso”, é a primeira tentativa, das muitas que se fizeram, para acudir ao cerceio das espécies de ouro e de prata que estavam em circulação. O corte da orla das moedas, para lhes retirar, por fraude, uma parte do seu metal precioso, era muito antigo, mesmo anterior à monarquia portuguesa, e aparecia quando o fabrico não era perfeito, com exemplares mal centrados. Isto aconteceu frequentemente com as moedas de D. João III e, mais tarde, com as moedas da restauração da independência. 29
Logo nos primeiros anos da regência com a menoridade de D. Sebastião, o conselho procurou minorar o cerceio na moeda de ouro, acabando com a emissão das espécies São Vicente, em 1559, e meio São Vicente, no ano seguinte. Em 1562 foi proposto o fabrico de uma moeda de 500 Reais, de menor diâmetro, com a orla mais elaborada e de forma a não haver desvio dos cunhos, facilitando assim a verificação visual de algum corte, que logo invalidava a sua circulação. Esta moeda “engenhoso” passou então a ser fabricada, até 1566, desconhecendo-se com a data de 1564, que será, presumivelmente, a dos exemplares que aparecem não datados. Todas estas moedas são hoje bastante raras. Não existem diferenças muito significativas no número dos exemplares que têm aparecido, quer datados quer não datados, que são fruto do acaso. Admite-se ter havido um fabrico igual ao longo de cada ano, para substituição da moeda anterior, afectada por cerceio. Todavia, a morosidade e o correspondente dispêndio, tanto na abertura mais elaborada dos cunhos, como depois no fabrico mais cuidado, deverá ter mostrado, naqueles cinco anos, que este remédio não era compensador do metal perdido com o cerceio, pelo que se regressou ao fabrico normal de uma única moeda de ouro de 500 reais, a mais vulgar do reinado. Numisma apresenta neste leilão um exemplar da rara moeda de 500 reais conhecida por “Engenhoso”.
48
50
49
48* Ouro 500 Reais 57.05
Se.16
MBC-
500
quase BELA
650
3,78g
SEBASTIANVS I REX PORTVG IN HOC SIGNO VINCES
49* Ouro 500 Reais 57.04
Se.16
3,81g
SEBASTIANVS I REX PORTVG IN HOC SIGNO VINCES
50* Ouro 500 Reais 60.01
Se.16
coroa fechada
MBC+
3,56g
SEBASTIANVS I REX PORTVG IN HOC SIGNO VINCES
30
1000
51* Ouro 500 Reais 62.02 var
PO
Se.19 PM 86-R2
MUITO RARA
3,81g
MBC+
12500
É a moeda reproduzida no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève - 10 Novembro 1986, lote 85 SEBASTIANVS I REX PORTVGALIAE IN HOC SIGNO VINCES
GOVERNADORES DO REINO (1580) 52* Ouro 500 Reais 03.falta Go.2
coroa fechada
PM 91-R
4
3,78g
MUITO RARA
MBC-
É a moeda reproduzida no livro das Moedas de Ouro de Portugal de Javier Salgado.
Ligeiro restauro às 6h GVBERNATOR(ES) E DEFENSO REG D P IN HOC SIGNO VINCES 31
15000
D. ANTÓNIO I (1580 – 1583) 53* Ouro 1000 Reais 1582 – A Angra com carimbo Açor 30.01 var
An.4
PM falta
3,75g
DA MAIS ALTA RARIDADE
MBC
Colecção Marrocos - Numisart, 5 Junho 1995, lote 182
ANTONIVS I D G R P ET AL IN HOC SIGNO VINCES
32
20000
54* Prata Tostão ND (1580) 07.01
5,36g
EXTREMAMENTE RARA
Colecção Marrocos - Numisart, 5 Junho 1995, lote 173
ANTONIVS I D G REX PORTVGAL(IE E)T AL IN HOC SIGNO VINCES
33
MBC
7500
55* Prata Meio Tostão ND (1580) 06.01
2,69
EXTREMAMENTE RARA
MBC
4500
Colecção Marrocos - Numisart, 5 Junho 1995, lote 174
ANTONIVS I D G REX PORTV IN HOC SIGNO VINCES
O rei de Portugal D. António, descendente de D. Manuel I foi um dos seis possíveis candidatos ao trono após a morte do Cardeal Rei D. Henrique, e um dos que mais possibilidade tinha de nele se sentar. Pela sua posição na linha sucessória teria bastado que o Rei - Cardeal o tivesse nomeado herdeiro antes de falecer, aceitando como legal o casamento do pai. Mas de espírito mesquinho, fanático e pouco esclarecido, inquisidor - geral do reino durante o período mais negro da Inquisição (recorde-se o sofrimento de Damião de Góis), e acima de tudo deixando desenvolver o ódio ao sobrinho, morreu sem tomar posição no futuro da Pátria, ganhando para a eternidade a quadra do povo sábio: Viva o Cardeal D. Henrique no inferno muitos anos pois deixou em testemunho Portugal aos Castelhanos E foi esse mesmo povo que em 19 de Junho de 1580, ao ter conhecimento da entrada em Portugal do exército do Filipe II de Espanha, elegeu e aclamou rei D. António, em várias localidades. Com menos de um mês para organizar a defesa da capital, o rei D. António mandou bater moeda para acudir às despesas mais prementes. Não foi feliz contra Espanha, mas na fuga que empreendeu durante meses pelo País, com todo um exército de espias e com elevadas recompensas pela sua entrega, não teve uma única denúncia. As moedas em nome do rei D. António são da maior raridade, pois foi ordenada a sua recolha por Filipe II de Espanha.
34
D. FILIPE I (1580-1598) 56* Ouro 500 Reais legenda interrompida pela coroa 20.03
F1.2
PM falta
3,80g
ÚNICO EXEMPLAR CONHECIDO
MBC+
90000
PHILIPPVS I D G REX PORTV IN HOC SIGNO VINCES
Noisy-Le-Roi é uma pequena localidade de França com cerca de 8500 habitantes. Está situada a sete quilómetros da mítica e faustosa Versailles e a 24 da Paris imperial e romântica. As raízes situam-se na pré-história mas foi no século XVI que viveu um dos períodos mais ricos da sua história. Tudo por causa de Albert de Gondi, marechal de França, descendente de uma família de florentinos, que ficou senhor de Noisy-le-Roi. Foi graças a Albert que se construiu um castelo, cujos jardins foram devidamente decorados por artistas italianos e onde ficaram instalados, por diversas vezes, membros da família real francesa. Mas qual o interesse de Noisy para este leilão da Numisma? Porque nessa localidade viveu Nicolas Henry Regnault, falecido em 12 de Junho de 1877. Será que a moeda de 500 Reais de Filipe I de Portugal apresentada neste leilão, pode ser a mesma que foi vendida num leilão da segunda parte da colecção Regnault, realizado em Paris, entre os dias 18 e 20 de Outubro de 1875? O catálogo desse leilão, que levou à praça moedas inglesas, espanholas, portuguesas e americanas, está hoje conservado no Cabinet des Monnaies da capital francesa. Presume-se que o Regnault da colecção é o mesmo que, em 1877, faleceu em Noisy. Mais de 130 anos depois, podemos presumir que esta moeda é de facto apresentada, pela primeira vez, num leilão em Portugal. Apurámos que o seu regresso ao país ocorreu já no século XX através de um comerciante que a comprou a uma enfermeira espanhola ou a alguém da sua família. Foi dada à enfermeira por um francês que a terá adquirido em Paris, no leilão de 1875. Está na colecção do Dr. Elmano Costa há cerca de 25 anos. As moedas dos Filipes como reis de Portugal - num longo período de 60 anos que não deixou saudades aos que neles viveram, talvez por força das dificuldades que a própria Espanha então atravessou, em época de decadência de um enorme império de família que reinou em quase toda a Europa, se não em quase meio-mundo – são hoje muito escassas, tanto no ouro como na prata, o que se afigura não ser, por vezes, considerado. Acresce que, a própria cunhagem da época não favoreceu o fabrico de espécies bonitas e de agradável aspecto, que não aparecem. Depois, estas moedas foram “perseguidas”, para a fundição, só raras escapando, não notadas entre as muito circuladas, na grande recolha de D. João IV. Dentro desta escassez, o valor que vai aparecendo numa ou outra venda são os “Quatro Cruzados”, a moeda maior. As outras peças áureas são de excepção. Nesta venda Numisma apresenta o único exemplar conhecido da moeda de 500 Reais,de D. Filipe I. Perante os dados disponíveis e após um estudo feito em Portugal e em França, podemos questionar se se trata da mesma moeda que o Sr Regnault mandou leiloar em Paris. Podemos também perguntar se o desenho de Teixeira de Aragão no livro Histoire du Travail está correcto porque a descrição da legenda no reverso não é a da moeda apresentada. O que a distingue das outras cunhagens já conhecidas é o facto de a legenda do anverso ser interrompida pela coroa. De facto é o único exemplar conhecido. É a primeira moeda de ouro que correu durante o domínio filipino,1580 a 1640 , com numeral romano a seguir ao nome do rei.
35
D. JOÃO IV (1640-1656) 57* Ouro 4 Cruzados 1642 escudo ladeado 110.02 J4.1
PM 98-R3
MUITO RARA
MBC+
20000
12,24g
IOANNES IIII D G REX PORTVGALIE IN HOC SIGNO VIN CESS A lei de D. João IV, de 29 de Março, que criou a moeda do valor de quatro cruzados com a data de 1642, ordenava que “... todo o ouro, em moeda de qualquer género, qualidade, e preço que seja se leve a casa dela, e se lavre de novo nela em moedas Portuguesas, de quatro cruzados, e meias moedas, e quartos, e que sejam do mesmo peso, e tamanho que as velhas têm, ... acrescentando-lhe somente o meu nome, e a declaração do ano em que forem feitas ao pé da Cruz com que se cunham ...”. Assim, o rei retirou da circulação quase todas as antigas moedas de ouro, estrangeiras e nacionais, porventura desde o reinado de D. Afonso V até aos dos Filipes, baseadas num cruzado com o valor de 400 réis, e substituíu-as por espécies iguais a estas últimas, que o povo conhecia bem, chamando-lhes agora moeda, meia moeda e quarto, mas dando-lhes novos valores, de 3 000, 1 500 e 750 réis, pelo que o cruzado subiu de 400 a 750 réis, o que correspondeu a uma valorização de 87,5% do ouro amoedado, dividida entre os donos das moedas e o Estado. Naturalmente que essa nova emissão foi extensa e abundante, mas reduziu imenso a quantidade de moedas antigas, de tipos muito diferentes, que ainda existiam em curso. Todavia, com a guerra da independência e com as vicissitudes que se seguiram, o que fez continuar a inflacção anormal até ao reinado de D. Pedro II, as moedas de D. João IV foram sendo sujeitas ao cerceio, que entretanto apareceu, a dois carimbos de valorização, ao encordoamento e correspondente marca e, por fim, à recolha para fundição, que será de admirar o aparecimento hoje de peças perfeitas ou não, com ou sem carimbos, só fruto de algum achado fortuito nestes últimos 150 anos e assim salva pelo coleccionsmo. Nesta venda é apresentada por Numisma uma linda e muito rara moeda (correspondente a quatro cruzados), da cunhagem de 1642 de D. João IV. 36
58* Prata Conceição 1648 105.01 28,11g
EXTREMAMENTE RARA
59* Prata Carimbo “480 coroado” sobre 8 Reales ND Potosi de D. Filipe III 117.01 26,83g (Calicó 145/150)
quase BELA
15000
Colecção Mário Rui Sousa e Silva
RARA
37
BC+ carimbo BELO
500
D. AFONSO VI (1656-1667) 60* Prata Carimbo “600 coroado” sobre 8 Reales 1659 V Lima de Filipe IV 47.01a 27,23g (Calicó 351)
Colecção Norweb, Spink America 1997 lote 632
61* Prata Carimbo “600 coroado” sobre 8 Reales 1663 E Potosi de Filipe IV 47.01a 24,34g (Calicó 436)
Colecção Norweb, Spink America 1997 lote 633
38
BC carimbo BELO
1000
BC carimbo BELO
200
MUITO RARA
D. PEDRO, PRÍNCIPE REGENTE (1667-1683) 62* Ouro Moeda (4400 Réis) 1668 coroa solta 29.03
PR.1
PM falta
12.02g
EXTREMAMENTE RARA
MBC
35000
Sotheby’s, Genève - 11 e 12 Novembro 1990, lote 400
A rainha, conspiradora e boa actriz, alia-se ao príncipe D. Pedro e resolve recolher-se num convento, e ainda nesse ano o rei é convencido a assinar um auto de desistência do trono a favor do irmão, e o seu casamento é declarado nulo. Três dias depois, a que era rainha casa com o príncipe D. Pedro. E é sob o governo deste príncipe que em 1668 e até 1674, é fabricada a última série das moedas de ouro de Portugal batidas a martelo, com os valores de 4400, 2200 e 1100 réis. Estas moedas são hoje muito difíceis de aparecer, em especial em perfeito estado de conservação e sem a aposição da marca comprovativa de terem sido encordoadas. Para isso muito contribui o terem sido as últimas batidas a martelo, terem sido muito afectadas pelo cerceio, por terem sido sujeitas a cordão na orla com a aposição de um carimbo de esfera comprovativo, e finalmente por terem sido obrigadas a recolha após o fabrico de nova moeda por balancé, com o valor reduzido para os anteriores 4000, 2000 e 1000 réis. Numisma apresenta neste leilão dois belos exemplares da moeda de 4400 réis de D. Pedro Príncipe. 39
63* Ouro Moeda (4400 Réis) 1669 coroa solta 29.04
PR.2
PM 102B- R3
12.06g
EXTREMAMENTE RARA
MBC
32000
Sotheby’s, Genève - 11 e 12 Novembro 1990, lote 401
A luta entre Portugal e a Espanha pela Restauração da Independência durou mais de 27 anos, contados oficialmente desde o comovente e esperançoso 1 de Dezembro de 1640 até à assinatura do tratado de paz de 13 de Fevereiro de 1668. E essa paz foi visível, e certa de alcançar, com a grande vitória de Montes Claros em 17 de Junho de 1665, quando as forças comandadas pelo marquês de Marialva venceram com grande mérito o exército espanhol do general marquês de Caracena. Estes 27 anos de sacrifícios em Portugal, suportados durante os reinados de D. João IV e de D. Afonso VI, traduziram-se, na moeda, numa grande inflação e numa desvalorização permanente, com constante mutação de valores. As espécies de ouro e de prata então produzidas, sucessivamente marcadas e contramarcadas, encerram algumas das grandes raridades da numária portuguesa, tornando, só este período, um exemplo perfeito de uma bela e valiosa pequena colecção. Com o findar da guerra é a política que entra em turbilhão. Em 1666 morre a rainha mãe D. Luisa de Gusmão, desgostosa com os seus filhos, e nesse mesmo ano, por razões de Estado, o incapaz D. Afonso VI é obrigado a casar-se com uma francesa linda e ambiciosa. No ano seguinte, o conde de Castelo Melhor, um dos grandes obreiros da Restauração e o suporte do rei até então, é por este afastado e sai do País para não ser morto. 40
64* Ouro Moeda 1680 68.02
PR.22
65* Ouro Moeda 1681 data entre pontos 81/78 69.falta PR.23
RARA
quase SOBERBA
10000
RARA
BELA
10000
MBC-
1500
MBC-
1500
10,84g pequenos defeitos a topo
10.95g Numisma Abr.97
3
66* Ouro Quartinho 1679 63.03
PR.32
3
RARA
2,34g
67* Ouro Quartinho 1681 coroa perolada 64.01
PR.33
2,58g
Sotheby’s Colecção Abecassis, Genève - 10 Novembro 1986, lote 118 e Sotheby’s Colecção José Maria Jorge, Londres - 30 e 31 Maio 1996, lote 108 41
68* Ouro 4 Cruzados 1642 escudo ladeado (110.01),
RARÍSSIMA
MBC+
45000
Com carimbos “4 coroado” (50.04) e “4400 coroado” (35.04) 35.04
PR.17
PM 116 - R3
10.51g
As moedas de 4, 2 e 1 Cruzados, emitidas pelos reis da dinastia filipina, foram também batidas, com igual valor e na mesma talha, pelo rei restaurador da independência de Portugal, D. João IV, logo no início do reinado. Todavia, o enorme esforço de apetrechamento do País em armas e mantimentos para a guerra com a Espanha, dispararam a inflação obrigando essas moedas a subir 87,5% logo em 1642, passando, respectivamente, dos 1600, 800 e 400 réis tradicionais para 3000, 1500 e 750 réis, chamadas daí em diante de moeda, meia moeda e quarto. Quatro anos depois, em 1646, passam a valer 3500, 1750 e 875 réis. Sob a orientação do Conde de Castelo Melhor, competente ministro do incapaz D. Afonso VI e com o esforço dos grandes generais da restauração, as batalhas vão sendo vencidas e só em 1662 é necessário proceder ao ajustamento da moeda de ouro, para 4000, 2000 e 1000 réis, com aplicação dos carimbos 4, 2 e 1 no seu reverso, o que o regente príncipe D. Pedro volta a fazer em 1668, com novos carimbos indicadores dos valores 4400, 2200 e 1100 réis. É uma destas muito raras moedas de D. João IV, com o carimbo 4 de D. Afonso VI e o de 4400 de Pedro Príncipe, cheia da história das guerras da independência, que Numisma também apresenta, em perfeito estado de conservação e em especial quanto aos carimbos. O seu peso é de 10,51g. 42
69
71
70
72
74
D. PEDRO II (1683-1706)
73
69* Ouro Moeda 1689 99.02
P2.3
70* Ouro Moeda 1690 99.03
P2.4
P2.8
P2.12
P2.13
SOBERBA
2500
SOBERBA
2500
SOBERBA
2500
SOBERBA
2500
Excelente estado de conservação
74* Ouro Moeda 1703 eixo horizontal 99.falta P2.14
2500
Excelente estado de conservação
73* Ouro Moeda 1702 legenda separada por pontos 99.12
SOBERBA
Excelente estado de conservação
72* Ouro Moeda 1701 99.11
2500
Excelente estado de conservação
71* Ouro Moeda 1694 99.07
SOBERBA
Excelente estado de conservação
POR.TE.TALG (não consta esta legenda em A. Gomes) 43
75* Ouro Moeda 1704 99.19
BELA
76* Ouro Moeda 1705 99.20
2500
P2.15
P2.16
PM 134-R4
RARÍSSIMA EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
44
SOBERBA
10000
77* Ouro Moeda 1706 99.21
P2.17
78* Ouro Moeda 1703 R 100.01 P2.18
2500
SOBERBA
3500
quase SOBERBA
3500
AI.034 Excelente qualidade, fundo espelho
79* Ouro Moeda 1704 R 100.03 P2.19
SOBERBA
EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
AI.035
45
80* Ouro Moeda 1705 R 100.04 P2.20
AI.036
SOBERBA
81* Ouro Moeda 1706 R 100.05 var
P2.21
3000
EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
AI.037
RARÍSSIMA
PM falta
DG entre trifólios
46
MBC+
10000
82* Ouro Moeda 1707 R 100.06 var
P2.22
MBC+
AI.038 PM 157-R2
2500
DG entre trifólios
Com a descoberta das regiões auríferas do Brasil no tempo de D. Pedro II, entrou em laboração em 1703 a casa de cunho do Rio de Janeiro, afim de complementar a cunhagem de ouro da metrópole. Finda a guerra com a Espanha e firmada a Restauração da Independência, o País entrou noutro ritmo de desenvolvimento, com o aumento das compras ao estrangeiro, naturalmente pagas em ouro. O rei morre a 7 de Dezembro de 1706 e quando a notícia chega ao Rio já grande parte da moeda de 1707 estava fabricada. De facto, desse ano de 1707, ambas as moedas de D. Pedro II e D. João V são muito escassas, pelo tempo necessário para os novos cunhos. Numisma oferece neste leilão, num estado de conservação muito bom, a Moeda de D. Pedro II de 1707, batida no Rio.
84
85
83
83
83* Ouro Meia Moeda 1691 95.04
PR.28
84* Ouro Quartinho 1689 93.02
P2.38
P2.40
1500
MBC
1000
MBC+
1500
Colecção Marrocos - Numisart, 5 Junho 1995, lote 273
85* Ouro Quartinho 1691 93.04
quase SOBERBA
EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 136 47
86* Ouro 4 Cruzados 1642 escudo ladeado (110.01),
MBC Com carimbos “4 coroado” (50.04), “4400 coroado” (35.04) e cordão e marca de “esfera coroada” Lei de 9 Agosto 1680.
130.04 P2.50
PM falta
EXTREMAMENTE RARA
Carimbos de excelente qualidade. 11,12g
Colecção Norweb - Spink America, 3 e 4 Março 1997, lote 650
48
40000
D. JOÃO V (1706-1750) 87* Ouro Dobrão 1724 M 105.01 J5.3
RARA
88* Ouro Dobrão 1725 M 105.02 J5.4
BELA
3000
90
89* Ouro Dobrão 1726 M
SOBERBA
3500
SOBERBA
4000
AI.250
90* Ouro Dobrão 1727 M 105.04 J5.6
12000
AI.249
89
105.03 J5.5
SOBERBA
AI.248
RARA
AI.251 49
91* Ouro Dobra 1724 133.01 J5.8
PM 246-R3
EXTREMAMENTE RARA
Extremamente rara nesta qualidade
SOBERBA
Colecção Marrocos - Numisart, 5 Junho 1995, lote 315
50
45000
92
92*
Ouro Dobra 1725 serrilha de corda 133.02 J5.9
93*
93
PM 247-R3
MUITO RARA
Ouro Dobra 1729 133.06 J5.13
SOBERBA
Rara nesta qualidade
12500 8000
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 160
94
94*
MBC
Spink 98
95
Ouro Dobra 1730
RARA
BELA
RARA
quase SOBERBA
8000
133.07 J5.14
95*
Ouro Dobra 1727 B
1º tipo
134.01 J5.16
Excelente qualidade
AI.085
51
13000
96
96* Ouro Dobra 1730 B 135.03 J5.20
2ยบ tipo
RARA
quase SOBERBA
17.500
MUITO RARA
lindo MBC
15000
AI.101 escudo itรกlico
97* Ouro Dobra 1730 B 136.01 J5.21
97
3ยบ tipo serrilha de corda
AI.106 ligeiros riscos no campo do reverso
98
99
100
98* Ouro Dobra 1730 R 138.07 J5.34
30/29
AI.196 Excelente serrilha
99* Ouro Dobra 1732 R 138.11 J5.37
4000
BELA
4000
BELA
4000
AI.227B
100* Ouro Dobra 1732 R 138.13 J5.37
BELA/MBC+ reverso batido com cunho cansado
AI.227B 52
101
102
101* Ouro Dobra 1727 M 139.01 J5.24
RARA
102* Ouro Dobra 1728 M 139.04a J5.25
BELA/MBC+
2500
104
103* Ouro Dobra 1729 M
quase SOBERBA
2750
SOBERBA
3000
AI.285 Numisma Outubro 96
104* Ouro Dobra 1730 M 139.05 J5.27
2000
AI.284
103
139.04 J5.26
MBC+
AI.283 pequenos defeitos
serrilha de corda
AI.286 Excelente qualidade
53
105
106
105* Ouro Dobra 1731 M 139.06 J5.28
106* Ouro Dobra 1731 M 139.06 J5.28
serrilha de corda
MBC+
2500
108
107* Ouro Dobra 1732 M
SOBERBA
2750
BELA
3000
AI.288 ligeira mossa no bordo
108* Ouro Dobra 1733 M 139.09 J5.30
2750
AI.287
107
139.08 J5.29
SOBERBA
AI.287
AI.289
54
109* Ouro Meio Dobr達o 1724 M 104.01 J5.39
EXTREMAMENTE RARA
MBC+
15000
AI.244
110
111
112
110* Ouro Meio Dobr達o 1725 M 104.02 J5.40
111* Ouro Meio Dobr達o 1726 M 104.03 J5.41
2900
MBC+
2750
MBC+
3000
AI.246
112* Ouro Meio Dobr達o 1727 M 104.04 J5.42
BELA
AI.245
RARA
AI.247 55
113* Ouro Peça 1722 L 125.01 J5.44
PM 254-R3
EXTREMAMENTE RARA
A primeira Peça (6.400 réis) cunhada em Portugal
56
quase SOBERBA
45000
Colecção Marrocos - Numisart, Genève - 5 Junho 1995, lote323
114
114* Ouro Peça 1731
115
BELA
RARA
126.09 J5.53
5000
Colecção Thomas Faistauer - Spink Taisei, Zurique - 9 Junho 1995, lote 62
115* Ouro Peça 1738
SOBERBA
126.16 J5.58
2000
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 175
116
117
116* Ouro Peça 1744
SOBERBA
1750
SOBERBA
1500
126.23 J5.64
117* Ouro Peça 1742 B 130.15 J5.93
AI.142
118* Ouro Peça 1743 B 130.17 var
J5.94
118
119
sem ponto no final da legenda
SOBERBA
1500
SOBERBA
1500
AI.143 fundo espelhado
119* Ouro Peça 1750 B 130.28 J5.101 AI.150 57
120
121
120* Ouro Peça 1736 R
RARA
SOBERBA
2000
BELA
1000
131.14 J5.112 AI.211
121* Ouro Peça 1740 R 131.22 J5.116 AI.215 limpa
122
123
122* Ouro Peça 1745 R
SOBERBA
1500
SOBERBA
1500
131.31 J5.121 AI.220
123* Ouro Peça 1746 R 131.32 J5.122 AI.221
124
125
124* Ouro Peça 1750 R
MBC
131.40 J5.126 AI.225 defeito junto à data
125* Ouro Peça 1733 M 132.05 J5.130 AI.289
750
v.s. RARA
data emendada no cunho 58
MBC+
15000
126
126* Ouro Moeda 1707 98.01
127
MUITO RARA
127* Ouro Moeda 1709 98.03
quase SOBERBA
1250
SOBERBA
1500
BELA
1500
MBC+
2500
129
128* Ouro Moeda 1710 J5.135
129* Ouro Moeda 1714 98.08
5000
J5.134
128
98.04
lindo MBC/BELA
J5.132
J5.139
130* Ouro Moeda 1714 P 100.03 J5.150 Rara nesta qualidade
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 245
59
131
132
131* Ouro Moeda 1717 B
SOBERBA
1000
SOBERBA
1000
BELA
1000
SOBERBA
1000
SOBERBA
1000
102.04 J5.154 AI.063
132* Ouro Moeda 1718 B 102.05 J5.155 AI.064
133
134
133* Ouro Moeda 1719 B 102.06 J5.156 AI.065
134* Ouro Moeda 1721 B 102.08 J5.158 AI.067
135
136
135* Ouro Moeda 1722 B 102.09 J5.159 AI.068
136* Ouro Moeda 1724 B
BELA
102.11 J5.161 AI.070 60
900
137
138
137* Ouro Moeda 1725 B
SOBERBA
1000
SOBERBA
1000
102.12 J5.162 AI.071
138* Ouro Moeda 1726 B 102.13 J5.163 AI.072
139
139* Ouro Moeda 1710 R
140
Escassa
RARA
BELA
2000
Escassa
RARA
BELA
2000
101.04 J5.168 AI.162
140* Ouro Moeda 1712 R
101.falta J5.170 AI.164 cunho tipo 3, valor e florões entre pontos
141
142
141* Ouro Moeda 1714 R
BELA
1000
BELA
1000
101.09 J5.172 AI.166 excelente tonalidade apesar de cunho cansado na zona das quinas, no anverso Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 248
142* Ouro Moeda 1716 R 101.15 J5.174 AI.168 ligeiros riscos no campo 61
143
144
143* Ouro Moeda 1718 R
MBC+
900
MBC+
1000
101.18 J5.176 AI.170
144* Ouro Moeda 1723 R 101.25 J5.181 AI.175
145
146
145* Ouro Moeda 1725 R
lindo MBC
900
101.29 J5.183 AI.177
146* Ouro Moeda 1727 R
MBC+
1000
RARA
lindo MBC
5000
MUITO RARA
BC+
7500
101.32 J5.185 AI.179 ligeiro risco no campo
148
147 Ouro Moeda 1726 M 103.03 J5.188 AI.242
148* Ouro Meia Peรงa 1722 L 120.01 J5.190 cerceada
62
149
150
149* Ouro Meia Peça 1725
MBC
4000
lindo MBC
3000
121.03 J5.193
150* Ouro Meia Peça 1728 121.06 J5.196
151
152
153
151* Ouro Meia Peça 1729
MBC
1500
MBC-
750
MBC+
2000
RARA
MBC
1000
RARA
MBC
1000
121.07 J5.197
152* Ouro Meia Peça 1730 121.08 J5.198
153* Ouro Meia Peça 1734 121.10 J5.200
155
154
154* Ouro Meia Peça 1727 R 123.01 J5.217 AI.186 PM 494-R3
155* Ouro Meia Moeda 1712 93.06
v.s.
J5.234 63
156
157
156* Ouro Meia Moeda 1713 P 94.01
157* Ouro Meia Moeda 1714 P 94.02
RARA
lindo MBC
RARA
MBC
1500
J5.242
J5.243
750
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 260
158
160
159
158* Ouro Meia Moeda 1715 B 96.02
SOBERBA
159* Ouro Meia Moeda 1716 B 96.03
BELA
750
MBC+
1000
J5.246 AI.055
160* Ouro Meia Moeda 1723 R 95.01
1000
J5.245 AI.054
J5.251 AI.156 ligeiro defeito no campo do reverso
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 261
64
162
161
161* Ouro Meia Moeda 1725 R 95.02
162* Ouro Meia Moeda 1725 M 97.02
BELA
1000
lindo MBC
3000
SOBERBA
1500
J5.252 AI.157
RARA
J5.255 AI.237
163* Ouro Escudo 1722 L 115.01 J5.258
164* Ouro Escudo 1723
BELA
900
116.01 J5.259
165* Ouro Escudo 1724
lindo MBC
1000
lindo MBC
600
MBC
400
BELA/MBC
500
MBC+/BELA
400
BELA
600
MBC
500
116.03 J5.260
166* Ouro Escudo 1726 116.05 J5.262
167* Ouro Escudo 1728 116.07 J5.264
168* Ouro Escudo 1730 116.09 J5.266 mossa; risco no campo do reverso
169* Ouro Escudo 1732 116.12 J5.268 cunhagem fraca nos escudetes
170* Ouro Escudo 1738 116.15 J5.271 excelente retrato no anverso
171* Ouro Escudo 1744 116.18 J5.274
65
172* Ouro Escudo 1728 R
RARA
MBC-
1500
RARA
MBC-
1500
quase SOBERBA
1500
118.02 J5.294 AI.183
173* Ouro Escudo 1736 R 118.05 J5.297 AI.202
174* Ouro Escudo 1729 M
9/7
119.03 J5.300 AI.266 rara nesta qualidade
serrilha de corda muito bonita
175* Ouro Escudo 1733 M
BC+/BC
200
MBC
750
MBC+
400
lindo MBC
400
lindo MBC
400
lindo MBC
400
MBC
300
MBC
300
MBC+
400
MBC-
400
BELA
700
119.07 J5.304 AI.270
176* Ouro Quartinho 1710 87.04
J5.308
177* Ouro Quartinho 1711 87.05
J5.309
178* Ouro Quartinho 1712 87.07
J5.310
179* Ouro Quartinho 1714 87.10
J5.312
180* Ouro Quartinho 1715 87.11
J5.313
181* Ouro Quartinho 1716 87.12
J5.314
182* Ouro Quartinho 1718 87.15
J5.316
183* Ouro Quartinho 1719 87.16
J5.317
184* Ouro Quartinho 1722 87.20
J5.320
185* Ouro Quartinho 1736 87.21
J5.321 66
163
166
170
174
164
167
171
175
165
168
172
169
173
176
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186* Ouro Quartinho 1738 87.22
187* Ouro Quartinho 1739 87.23
4 arcos
SOBERBA
700
4 arcos
quase BELA
500
SOBERBA
500
MBC+
400
5 arcos
BELA
600
5 arcos
MBC+/BELA
400
J5.322
J5.323
188* Ouro Quartinho 1741 87.24
J5.324
189* Ouro Quartinho 1745 87.25
J5.325
190* Ouro Quartinho 1721 88.01
J5.326
191* Ouro Quartinho 1733 88.03
J5.328
192* Ouro Quartinho 1713 P 89.01
193* Ouro Quartinho 1715 B 91.02
J5.349 AI.234 ligeiro defeito à 1hora
199* Ouro Quartinho 1727 M 92.04
1000
RARA
BELA
1000
RARA
lindo MBC
600
RARA
BELA
800
RARA
quase BELA
1000
RARA
quase SOBERBA
2500
J5.346 AI.155
198* Ouro Quartinho 1726 M 92.03
MBC+
J5.345 AI.154
197* Ouro Quartinho 1726 R eixo vertical 90.02
RARA
J5.341 AI.049
196* Ouro Quartinho 1708 R 90.01
1500
J5.341 AI.049
195* Ouro Quartinho 1723 B 91.10
MBC
J5.333 AI.041
194* Ouro Quartinho 1723 B 91.10
RARA
J5.331
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 2731 RARA
J5.350 AI.235 68
MBC
2000
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
208
209
210
211
212
213
200* Ouro Meio Escudo 1722 L
MBC+
400
MBC
220
MBC
220
MBC-
200
BC+
175
BC
100
BC+
150
BELA
250
quase SOBERBA
250
MBC
160
BELA
200
lindo MBC
200
BELA
250
quase BELA
200
108.01 J5.351
201* Ouro Meio Escudo 1723 109.01 J5.352
202* Ouro Meio Escudo 1724 109.02 J5.353
203* Ouro Meio Escudo 1725 109.03 J5.354
204* Ouro Meio Escudo 1726 109.04 J5.355
205* Ouro Meio Escudo 1728 109.07 J5.357
206* Ouro Meio Escudo 1729
2ยบ tipo
109.08 J5.358
207* Ouro Meio Escudo 1730 109.10 J5.360
208* Ouro Meio Escudo 1730 109.10 J5.360
209* Ouro Meio Escudo 1732
4ยบ tipo
109.13 J5.363
210* Ouro Meio Escudo 1735 109.14 J5.364
211* Ouro Meio Escudo 1736 109.15 J5.365
212* Ouro Meio Escudo 1740 109.18 J5.368
213* Ouro Meio Escudo 1741
IOANNES VI
111.01 J5.370 70
214
215
216
217
218
219
220
221
222
223
224
225
226
227
228
229
214* Ouro Meio Escudo 1741
IOANNES VI
quase BELA
200
IOANNES VI
MBC
175
MBC+
250
quase BELA
250
MBC+
250
BELA
175
111.01 J5.370
215* Ouro Meio Escudo 1741 111.01 J5.370
216* Ouro Meio Escudo 1743 111.02 J5.371
217* Ouro Meio Escudo 1744 111.03 J5.372
218* Ouro Meio Escudo 1746
sem ponto na data
111.05a J5.374
219* Ouro Meio Escudo 1749 111.08 J5.377
220* Ouro Meio Escudo 1747 B
RARA
MBC
1000
RARA
MBC+
2500
RARA
MBC+
750
RARA
MBC-
500
MBC-
500
MBC-
200
MBC/MBC-
400
SOBERBA
150
quase SOBERBA
150
lindo MBC
100
BELA
120
quase SOBERBA
120
quase SOBERBA
150
BELA
100
112.12 J5.390 AI.130
221* Ouro Meio Escudo 1727 R 113.01 J5.393 AI.182
222* Ouro Meio Escudo 1734 R 113.03 J5.395 AI.199
223* Ouro Meio Escudo 1736 R 113.04 J5.396 AI.200
224* Ouro Meio Escudo 1727 M 114.01 J5.398 AI.256
225* Ouro Meio Escudo 1732 M 114.06 J5.403 AI.261
226* Ouro Meio Escudo 1734 M 4/2 114.10 J5.405 AI.263
227* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1718 83.01
J5.406
228* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1719 83.02
J5.407
229* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1720 83.03
J5.408
230* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1721 83.04
J5.409
231* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1721 83.04
J5.409
232* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1736 83.08
J5.413
233* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1736 83.08
J5.413 72
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
234* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1738 83.09
235* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1739 83.11
130
quase BELA
120
lindo MBC
100
BELA
120
quase BELA
100
MBC+
110
J5.420A
242* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1722 84.01
quase BELA
J5.420
241* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1748 83.20
150
J5.419
240* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1746 83.17
SOBERBA
J5.418
239* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1744 83.15
75
J5.417
238* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1743 83.14
MBC
J5.416
237* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1742 83.13
120
J5.415 cerceada
236* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1741 83.12
MBC+
J5.414
5 arcos
J5.421 73
243* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1723 84.02
244* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1724 84.03
100
5 arcos
BELA
120
5 arcos
MBC
75
5 arcos
MBC+
100
5 arcos
MBC
100
5 arcos
MBC
100
5 arcos
lindo MBC
100
5 arcos
MBC
100
5 arcos
BC+
80
5 arcos
BELA
150
MBC
500
J5.430
252* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1733 84.13
lindo MBC
J5.429
251* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1731 84.11
5 arcos
J5.429
250* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1730 84.10
100
J5.428
249* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1730 84.10
MBC
J5.427
248* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1729 84.09
5 arcos
J5.426
247* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1728 84.08
150
J5.424
246* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1726 84.07
BELA
J5.423 coroa sem espor천es
245* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1725 84.05
5 arcos
J5.422
J5.431
253* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1734 84.14a J5.432 Anv/ letras grandes
254* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1734 84.14a J5.432
255* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1725 M 86.01
RARA
J5.437 AI.230 v.s. a topo
74
245
246
247
248
249
250
251
252
253
256
254
257
255
259
258
260
256* Ouro Cruzadinho 1734 R
MBC+
250
MBC
200
MBC
200
MBC
150
MBC-
150
106.01 J5.439 AI.198
257* Ouro Cruzadinho 1730 M 107.01 J5.440 AI.252
258* Ouro Cruzadinho 1732 M 107.02 J5.441 AI.253
259* Ouro Cruzadinho 1734 M 107.04 J5.443 AI.255
260* Ouro Cruzadinho 1734 M 107.04 J5.443 AI.255 75
2ª SESSÃO - 10 Dezembro - 17.00h - Lote 261 ao 534
D. JOSÉ I (1750-1777) 261* Ouro Peça 1753 53.04
Jo.4
SOBERBA - FDC
262
262* Ouro Peça 1763 53.15
263
Escassa
BELA quase SOBERBA
800
SOBERBA
700
Jo.16
264* Ouro Peça 1775 53.29
1000
Jo.14
263* Ouro Peça 1766 53.17
1200
sinais de ajustamento de peso no anverso
Jo.25 76
265
266
265* Ouro Peça 1753 B 54.03
Jo.29
266* Ouro Peça 1762 B 54.13
Jo.38
RARA
Jo.49
quase SOBERBA BELA
BELA/MBC
Jo.53
1000
AI.406
270* Ouro Peça 1777 B 54.30
900
270
269* Ouro Peça 1776 B Jo.52
1000
AI.403
269
54.29
4000
AI.396
268* Ouro Peça 1773 B 54.26
SOBERBA
268
267* Ouro Peça 1766 B Jo.42
1000
AI.392 fundo espelho
267
54.19
BELA
AI.383
quase SOBERBA
AI.407 77
900
271
272
271* Ouro Peça 1752 R 55.03
Jo.55
272* Ouro Peça 1755 R 55.07
Jo.58
Jo.72
Jo.75
quase BELA
650
quase BELA
650
SOBERBA
700
AI.439
276* Ouro Peça 1772 R 55.26
600
276
275* Ouro Peça 1771 R Jo.74
MBC
AI.437
275
55.25
750
AI.424
274* Ouro Peça 1769 R 55.22
SOBERBA
274
273* Ouro Peça 1756 R Jo.59
700
AI.423
273
55.08
BELA
AI.420
AI.440 78
277
278
277* Ouro Peça 1773 R 55.27
Jo.76
278* Ouro Peça 1774 R 55.28
Jo.77
BELA
700
BELA
650
AI.441
AI.442
279
280
282 281
281
279* Ouro Peça 1775 R 55.29
Jo.78
280* Ouro Peça 1776 R 55.30
Jo.79
Jo.80
Jo.81
SOBERBA
700
SOBERBA
700
lindo MBC
750
AI.445
282* Ouro Meia Peça 1751 50.01
650
AI.444
281* Ouro Peça 1777 R 55.31
quase SOBERBA
AI.443
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 299 79
283* Ouro Meia Peça 1773 B 51.13
Jo.97
AI.379 PM falta
MUITO RARA
Excelente estado de conservação
80
SOBERBA
15000
286
284
284* Ouro Meia Peça 1756 R 52.02
RARA
BELA
4000
RARA
BELA
3500
Jo.100 AI.414
285* Ouro Meia Peça 1766 R 52.04
Jo.102 AI.416
286* Ouro Escudo 1751 47.01
285
Jo.105
quase SOBERBA
750
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 307
288 287
287* Ouro Escudo 1752 B 48.01
Jo.110 AI.351 serrilha fraca
MBC
10000
MBC+
1500
4 arcos
BELA
400
5 arcos
BELA
450
4 arcos
quase SOBERBA
500
5 arcos
lindo MBC
450
DA MAIS ALTA RARIDADE
Em A. Gomes ÚNICA
288* Ouro Escudo 1763 R 49.02
Jo.129
290* Ouro Quartinho 1752 - I 40.02
Jo.130
291* Ouro Quartinho 1768-I 39.02
Jo.132
292* Ouro Quartinho 1768 - J 41.02
RARA
Jo.126 AI.411
289* Ouro Quartinho 1752 – I 39.01
segundo exemplar conhecido
Jo.134 81
289
290
291
292
293
294
295
296
293* Ouro Meio Escudo 1751 - I 42.01
quase BELA
300
SOBERBA
500
RARA
SOBERBA
4000
RARA
MBC+
2500
Jo.138
294* Ouro Meio Escudo 1768 - I 43.03
Jo.140
295* Ouro Meio Escudo 1768 B 44.12
8/7
Jo.157 AI.349 PM falta
296* Ouro Meio Escudo 1763 R 45.02
Jo.160 AI.409
297
297* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1752-I 37.01
5 arcos
BELA
150
5 arcos
BELA
150
5 arcos
BELA
150
Jo.163
299* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1771-I 37.05
299
Jo.162
298* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1752-J 38.01
298
Jo.167 82
D. MARIA I E D. PEDRO III (1777-1786) 300* Ouro Peรงa 1777 27.01
M1.1
DA MAIS ALTA RARIDADE
PM 634-R
4
BELA/SOBERBA
20000
ligeiro v.s. no topo
301
302
303
301* Ouro Peรงa 1779 27.04
302* Ouro Peรงa 1780 27.06
800
MBC+
650
SOBERBA
800
M1.4
303* Ouro Peรงa 1781 27.07
quase SOBERBA
M1.3
M1.5 83
304
305
304* Ouro Peça 1782 27.09
305* Ouro Peça 1783 27.11
M1.10
BELA/quase SOBERBA
800
309
BELA/SOBERBA
1000
quase BELA/MBC+
1000
AI.483A PORT.ALG.REGES
309* Ouro Peça 1781 B M1.19
20000
PORT.ALG.REGES
308* Ouro Peça 1778 B M1.11
quase BELA
MUITO RARA
AI.482 PM 692-R3
308
29.04
800
M1.9
307* Ouro Peça 1777 B
28.02
BELA
307
306* Ouro Peça 1785
28.01
800
M1.7
306
27.13
SOBERBA
M1.6
“B” junto à data
AI.486 84
310
310* Ouro Peça 1782 B 29.05
M1.20
M1.21
“B” junto à data
quase SOBERBA
sem ponto no final da legenda
312* Ouro Peça 1778 R M1.22
MUITO RARA
M1.23
sem ponto no final da legenda
M1.25
BELA
650
BELA
700
MBC+
650
315
AI.462
315* Ouro Peça 1781 R 30.10
550
AI.461
314* Ouro Peça 1780 R M1.24
MBC
AI.460
314
30.08
10000
313
313* Ouro Peça 1779 R 30.06
MBC
AI.459
312
30.05
1000
AI.487 fundo espelhado
311* Ouro Peça 1777 R 30.02
311
AI.463 85
316
318
316* Ouro Peรงa 1782 R 30.12
M1.26
317* Ouro Peรงa 1783 R 30.14
M1.27
M1.28
M1.30
lindo MBC/MBC+
700
MBC+
650
quase BELA
650
AI.467
320* Ouro Peรงa 1786 R 30.21
750
320
319* Ouro Peรงa 1785 R M1.29
quase SOBERBA
AI.466
319
30.19
650
AI.465
318* Ouro Peรงa 1784 R 30.16
BELA
AI.464
AI.468
86
321
322
321* Ouro Meia Peça 1778 25.01
M1.31
BELA
2000
quase SOBERBA
2000
RARA
quase SOBERBA
7500
RARA
quase SOBERBA
7000
RARA
BELA
7000
ligeiro risco no campo no anverso
322* Ouro Meia Peça 1784 25.02
M1.32
323
323* Ouro Meia Peça 1780 B 26.01
M1.35
AI.475
324* Ouro Meia Peça 1782 B “B” afastado da data 26.03
M1.33
AI.477
325* Ouro Meia Peça 1781 B 26.02
M1.36
324
AI.481 87
326
327
328
326* Ouro Escudo 1779 23.04
M1.42
MBC-
327* Ouro Escudo 1785 23.07
M1.48
331* Ouro Meio Escudo 1777
5000
MBC+
650
SOBERBA
850
332
Escassa
333
BELA
1000
MBC+
500
BELA
600
M1.54
332* Ouro Meio Escudo 1778 M1.55
333* Ouro Meio Escudo 1780 21.03
BC+
M1.53
331
21.02
MUITO RARA
M1.52
330* Ouro Quartinho 1784
21.01
1000
330
329* Ouro Quartinho 1779
20.04
MBC/BC+
AI.473
329
20.03
RARA
M1.45
328* Ouro Escudo 1782 B 24.03
400
cerceada
M1.56 88
334
335
334* Ouro Meio Escudo 1784 21.04
335* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1784 19.05
MBC+
600
MBC
200
M1.57
M1.64
Carimbos D. Maria II
336
337
336* Prata Carimbo “Escudo coroado” sobre 8 Reales 1789 Potosi
MBC
100
MBC
100
MBC
100
27.falta (Cálico 666)
337* Prata Carimbo “Escudo coroado” sobre 8 Reales 1818 Lima 29.43
(Cálico 476)
338* Prata Carimbo “Escudo coroado” sobre 8 Reales 1820 Lima 29.falta
(Cálico 478) 89
339
340
D. MARIA I (1786-1799) 339* Ouro Peça 1786 27.01
340* Ouro Peça 1787 27.02
Véu de Viúva
RARA
341* Ouro Peça 1789 B M1.71
Véu de Viúva
BELA
1200
M1.73
342
Véu de Viúva
quase BELA
900
AI.506
342* Ouro Peça 1786 R 29.01
5000
M1.68
341
28.05
MBC+
M1.67
Véu de Viúva
RARA
AI.523
90
MBC+
2000
343
343* Ouro Peça 1787 R 29.02
M1.74
M1.75
Véu de Viúva
MBC+
650
Véu de Viúva
SOBERBA
800
AI.524
344* Ouro Peça 1788 R 29.04
344
AI.525
346 345
345* Ouro Peça 1789 R 29.08
M1.76
347
Véu de Viúva
346* Ouro Meio Escudo 1787 Véu de Viúva 21.01
RARA
650
MBC
750
MBC+
700
M1.78
347* Ouro Peça 1789 30.01
lindo MBC
AI.526
M1.80
91
348
349
348* Ouro Peça 1791 30.02
M1.81
349* Ouro Peça 1792 30.04
M1.82
M1.84
quase SOBERBA
700
BELA
750
SOBERBA
750
SOBERBA
750
algarismos pequenos
352
353
352* Ouro Peça 1796 M1.84
algarismos grandes
353* Ouro Peça 1799 30.11
750
M1.83
351* Ouro Peça 1796
30.07
quase SOBERBA
351
350* Ouro Peça 1793
30.06
800
ponto no final da legenda
350
30.05
quase BELA
ligeiro risco
M1.87 92
354
355
354* Ouro Peça 1792 B 32.02
M1.89
355* Ouro Peça 1799 B 32.07
M1.94
BELA
650
quase SOBERBA
700
quase SOBERBA
700
quase SOBERBA
700
M1.108 AI.528
358
359
358* Ouro Peça 1791 R M1.109 AI.529
359* Ouro Peça 1792 R 33.07
900
M1.107 AI.527
357* Ouro Peça 1790 R
33.04
quase SOBERBA
357
356* Ouro Peça 1789 R
33.02
900
AI.517
356
33.01
BELA
AI.510
M1.110 AI.530 93
360
361
360* Ouro Peça 1793 R 33.09
361* Ouro Peça 1794 R 33.10
SOBERBA
700
SOBERBA FDC
700
M1.114 AI.534
364
365
364* Ouro Peça 1797 R
BELA
700
quase SOBERBA
700
M1.115 AI.535
365* Ouro Peça 1798 R 33.16
700
M1.113 AI.533
363* Ouro Peça 1796 R
33.14
SOBERBA
363
362* Ouro Peça 1795 R
33.12
700
M1.112 AI.532
362
33.11
SOBERBA
M1.111 AI.531
M1.116 AI.536 94
366
367
366* Ouro Peça 1799 R 33.18
367* Ouro Peça 1800 R 33.20
SOBERBA
650
SOBERBA/BELA
650
M1.120 AI.540
370
371
370* Ouro Peça 1803 R
SOBERBA
700
quase SOBERBA
700
M1.121 AI.541
371* Ouro Peça 1804 R 33.26
650
M1.119 AI.539
369* Ouro Peça 1802 R
33.25
BELA
369
368* Ouro Peça 1801 R
33.23
700
M1.118 AI.538
368
33.22
SOBERBA
M1.117 AI.537
M1.122 AI.542 95
372* Ouro Peça 1805 R 33.27
SOBERBA-FDC
373* Ouro Meia Peça 1789 25.01
M1.124
3500
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 363
375
374* Ouro Escudo 1789
MBC
1000
MBC
500
M1.125
375* Ouro Escudo 1790 24.02
quase BELA
RARA
amoedação: 887
374
24.01
700
M1.123 AI.543
M1.126 96
376
376
377
378
380
379
381
376* Ouro Quartinho 1789 20.02
MBC+
M1.133
SOBERBA - FDC
750
BELA
200
quase BELA
200
MBC+
200
M1.139
382* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1795 19.04
BELA
M1.138
381* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1790 19.02
650
M1.137
380* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1787 19.01
MBC
M1.135
379* Ouro Meio Escudo 1796 22.03
1000
Excelente estado de conservação
378* Ouro Meio Escudo 1789 22.01
750
M1.132
377* Ouro Quartinho 1792 20.03
382
M1.140 97
383
384
D. JOÃO, PRÍNCIPE REGENTE (1799-1816) 383* Ouro Peça 1802 Jarra 31.01
384* Ouro Peça 1805 c.i. 32.03
SOBERBA
750
MBC+
850
JR.8
387
388
387* Ouro Peça 1805 R JR.13
JR.14
quase SOBERBA
800
BELA
750
AI.555 ponto no final da legenda
388* Ouro Peça 1806 R 33.03
750
JR.4
386* Ouro Peça 1812 c.i
33.01
SOBERBA
386
385* Ouro Peça 1806 c.i.
32.10
3000
JR.3
385
32.05
SOBERBA
JR.1
AI.556 ponto no final da legenda 98
389
390
389* Ouro Peça 1807 R 33.05
JR.15
390* Ouro Peça 1808 R 33.08
JR.16
SOBERBA-FDC 8/6
SOBERBA
391* Ouro Peça 1809 R JR.17
392
9/8
JR.18
JR.20
900
quase SOBERBA
1000
SOBERBA
1100
AI.561
394* Ouro Peça 1812 R 33.18
SOBERBA-FDC
394
393* Ouro Peça 1811 R JR.19
850
AI.560
393
33.15
SOBERBA
AI.559 ponto no final da legenda
392* Ouro Peça 1810 R 33.12
850
AI.558 ponto no final da legenda
391
33.10
1000
AI.557
AI.562 data emendada no cunho 99
395
396
395* Ouro Peça 1812 R 33.17
JR.20
396* Ouro Peça 1813 R 33.19
JR.21
397* Ouro Peça 1814 R JR.22
Escassa
JR.23
Escassa
SOBERBA
1400
Escassa
MBC+/BELA
1500
RARA
quase SOBERBA
3000
MUITO RARA
quase SOBERBA
6000
AI.565
399* Ouro Peça 1816 R JR.24
JR.26
400
AI.566 ponto no final da legenda
400* Ouro Peça 1817 R 33.26
1250
398
399
33.24
SOBERBA
AI.564
398* Ouro Peça 1815 R 33.23
1000
AI.563
397
33.22
quase SOBERBA
AI.562
AI.567 100
401* Ouro Meia Peça 1805 c.i. 30.01
JR.27
7,10g
DA MAIS ALTA RARIDADE
SOBERBA
35000
são conhecidos 4 ou 5 exemplares Sotheby’s, Genève - 1990, lote 753
Numisma apresenta neste leilão uma muito linda e excepcional Meia Peça do ano de 1805, que tendo sido cunhada (presumivelmente a pedido, o que então era feito) na pequena quantidade de 74 exemplares, pode hoje contar-se pelos dedos de uma mão os exemplares que restam. São conhecidos apenas 4 ou 5 exemplares.
101
402* Ouro Meia Peça 1807 c.i. 30.02
JR.28
SOBERBA
RARA
Amoedação: 483
2000
Colecção Abecassis, Sotheby’s - 10 Novembro 1986, lote 387
As moedas de ouro batidas em Lisboa pelo príncipe D. João, Regente do Reino após o agravamento da doença mental de D. Maria I, são em regra bastante escassas. O ouro do Brasil rareava e chegava cada vez menos a Portugal. Com a retirada da Corte para o Rio de Janeiro, por motivo das invasões francesas, as remessas pararam definitivamente, originando o aumento de valor desse metal precioso no mercado sem igual procedimento nas espécies em circulação. Assim, toda a moeda que aparecia nos pagamentos ia para o cadinho dos ourives. Só em 1822, quando se reconheceu, por decreto, que o ouro já não era pago ao preço estabelecido desde D. João V, é que se elevou o valor das moedas quase vinte por cento, passando a Peça e a Meia Peça - as duas principais moedas - de 6400 e 3200 réis, respectivamente para 7500 e 3750 réis. Numisma apresenta nesta venda algumas moedas de Lisboa, desta época, que são bastante escassas, e, como exemplo, uma linda Meia Peça de 1807, que tendo sido cunhada na pequena quantidade de 483 exemplares (presumivelmente com a entrega de 15 marcos de ouro, o que então podia ser feito).
404
403
403* Ouro Escudo 1807 c.s. 29.02
JR.30
RARA
JR.31
MBC+
1500
RARA
SOBERBA
1500
SOBERBA
1250
Colecção Abecassis, Sotheby’s - 10 Novembro 1986, lote 389
405* Ouro Meio Escudo 1807 c.s. 28.03
403
Colecção Abecassis, Sotheby’s - 10 Novembro 1986, lote 388
404* Ouro Meio Escudo 1805 c.i. 28.01
405
RARA
JR.33 102
406
406* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1807 27.01
RARA
SOBERBA
1500
RARA
SOBERBA
1500
JR.34
407* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1807 27.01
407
JR.34
408
409
D. JOテグ VI (1816-1826) 408* Ouro Peテァa 1822 18.09
c.s.
(7+6) frutos
MBC+
700
c.i.
(8+5) frutos
SOBERBA
800
c.s.
(10+6) frutos
SOBERBA
800
J6.5
409* Ouro Peテァa 1823 18.falta J6.6
410* Ouro Peテァa 1824 18.27
J6.7 103
411* Ouro Peรงa 1818 R 19.01
J6.8
412* Ouro Peรงa 1819 R 19.02
J6.9
J6.10
quase BELA
4000
RARA
BELA
6000
MUITO RARA
quase SOBERBA
8500
AI.588
413* Ouro Peรงa 1820 R 19.05
RARA
AI.587
20/19
AI.589 104
414* Ouro Peรงa 1822 R 19.07
J6.12
22/21
DA MAIS ALTA RARIDADE
AI.591 14,37g
105
BELA
50000
415
415* Ouro Meia Peça 1818 17.01
(5+4) frutos
c.i.
(4+4) frutos
SOBERBA SOBERBA-FDC
RARA
417* Ouro Meia Peça 1822
418
c.s.
(5+4) frutos
quase SOBERBA
600
c.i.
(5+4) frutos
SOBERBA
600
RARA
SOBERBA
5000
RARA
SOBERBA-FDC
6000
J6.17
418* Ouro Meia Peça 1822 17.06
J6.17
419
419* Ouro Escudo 1819 16.02
c.i.
(4+3) frutos
420
J6.20
420* Ouro Quartinho 1821 14.04
10000
J6.16
417
17.05
1500
J6.13
416* Ouro Meia Peça 1821 17.04
c.s.
416
J6.25
Amoedação: 275 106
421* Ouro Meio Escudo 1818 c.s. 15.01
J6.26
RARA
SOBERBA
4000
(2+4) frutos
RARA
SOBERBA
4000
(4+1) frutos
RARA
SOBERBA
5000
RARA
SOBERBA
2500
J6.27
423* Ouro Meio Escudo 1821 c.i. 15.04
(3+2) frutos
Amoedação: 270
422* Ouro Meio Escudo 1819 c.s. 15.02
J6.29
Amoedação: 286
424* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1818 13.01
424
423
422
421
J6.30
425
426
427
D. PEDRO IV (1826-1828) 425* Ouro Peça 1826 09.01
426* Ouro Peça 1828 09.02
RARA
SOBERBA
3000
MUITO RARA
MBC
3000
SOBERBA
2000
P4.1
P4.2
427* Ouro Meia Peça 1827 08.01
P4.3 107
428
429
D. MIGUEL I (1828–1834) 428* Ouro Peça 1828 15.01
RARA
429* Ouro Peça 1830 16.01
431* Ouro Meia Peça 1828
RARA
Mi.4
quase SOBERBA
3000
RARA
Mi.5
Mi.6
433
SOBERBA
3500
SOBERBA
1750
BELA
2750
Amoedação:242
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 435
433* Ouro Meia Peça 1831 14.02
2000
432
432* Ouro Meia Peça 1830 14.01
SOBERBA
Mi.3
431
13.01
4000
Mi.2
430* Ouro Peça 1831 16.02
SOBERBA
Mi.1
RARA
Amoedação: 225 108
D. MARIA II (1829-1853) 434* Ouro Peça 1833 17.01
Degolada
M2.1
RARA
435* Ouro Peça 1833 18.02
M2.2
SOBERBA-FDC
3500
437
436* Ouro Peça 1834
BELA
750
BELA
1000
M2.3
437* Ouro Peça 1835 19.02
6000
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 441
436
19.01
BELA
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 440
M2.4 109
438* Ouro Dobrão 1726 M 31.03
M2.7
53,78g
MUITO RARA
com carimbo “Escudo coroado”
BELA
15000
Colecção Abecassis - Sotheby’s, Genève, 10 Novembro 1986, lote 453
Com a subida do preço dos metais recorre-se ao expediente de oposição das marcas e ainda alguma moeda antiga ainda em curso; o Decreto de 21.VIII.1847, manda carimbar os dobrões de ouro para correrem por 30$000. Assim é aposto o carimbo de escudo coroado.
110
440
439
439* Ouro 5000 Reis 1838 45.01
Escassa
440* Ouro 5000 Reis 1851 45.03
lindo MBC
750
MBC+
400
MBC+
750
BELA
300
M2.10
M2.12
441
442
444
443
441* Ouro 2500 Reis 1838 42.01
Escassa
M2.14
442* Ouro 2500 Reis 1851 43.01
M2.15
443* Ouro 2500 Reis 1853 44.01
Escassa
444* Ouro 1000 Reis 1851 41.01
SOBERBA
1000
SOBERBA
200
M2.16
M2.17 111
445
447
446
448
449
450
452 451
451
D. PEDRO V (1853-1861) 445* Ouro 5000 Reis 1860 12.01
446* Ouro 5000 Reis 1861 12.02
MBC+
200
MBC+
250
SOBERBA
300
quase BELA
300
BELA
175
P5.7
452* Ouro 1000 Reis 1855 09.01
150
P5.6
451* Ouro 2000 Reis 1860 11.03
MBC
P5.5
450* Ouro 2000 Reis 1859 11.02
300
P5.4
449* Ouro 2000 Reis 1858 11.01
MBC+
P5.3
448* Ouro 2000 Reis 1857 10.02
300
P5.2
447* Ouro 2000 Reis 1856 10.01
BELA
P5.1
P5.8 112
453
454
D. LUIS I (1861-1889) 453* Ouro 10000 Reis 1878 17.01
454* Ouro 10000 Reis 1879 17.02
SOBERBA
750
SOBERBA
750
Lu.4
458
457
457* Ouro 10000 Reis 1882
SOBERBA
750
MBC
550
Lu.5
458* Ouro 10000 Reis 1883 17.07
750
Lu.3
456* Ouro 10000 Reis 1881
17.06
SOBERBA
456
455* Ouro 10000 Reis 1880
17.04
750
Lu.2
455
17.03
SOBERBA
Lu.1
Lu.6
ligeira mossa 113
459
460
459* Ouro 10000 Reis 1884 17.08
quase SOBERBA
750
SOBERBA
750
SOBERBA
750
RARA
SOBERBA
1000
RARA
SOBERBA
1000
Lu.7
460* Ouro 10000 Reis 1885 17.10
Lu.8
461* Ouro 10000 Reis 1886 17.11
Lu.9
462
462* Ouro 10000 Reis 1888 17.12
Lu.10
463* Ouro 10000 Reis 1889 17.13
463
Lu.11
114
464
465
466
467
468
469
470
471
472
473
474
475
476
477
478
479
480
464* Ouro 5000 Reis 1862 15.01
465* Ouro 5000 Reis 1868 16.02
RARA
BELA
280
SOBERBA
300
BELA
275
SOBERBA
1000 500
RARA
quase SOBERBA
1000
Lu.26
SOBERBA
275
SOBERBA
280
Lu.27
477* Ouro 5000 Reis 1886 16.14
300
MBC+
476* Ouro 5000 Reis 1883 16.13
BELA
Lu.25
475* Ouro 5000 Reis 1880 16.12
300
Lu.24
474* Ouro 5000 Reis 1878 16.11
SOBERBA
Lu.23
473* Ouro 5000 Reis 1877 16.10
275
Lu.22
472* Ouro 5000 Reis 1876 16.09
BELA
Lu.20
471* Ouro 5000 Reis 1875 16.08
250
Lu.19
470* Ouro 5000 Reis 1872 16.06
BELA
Lu.18
469* Ouro 5000 Reis 1871 16.05
275
Lu.17
468* Ouro 5000 Reis 1870 16.04
SOBERBA
Lu.17
467* Ouro 5000 Reis 1869 16.03
250
Lu.16
466* Ouro 5000 Reis 1869 16.03
MBC
Lu.12
Lu.28
116
481
482
483 484
484
485
486
488
487
489
490
478* Ouro 5000 Reis 1887 16.15
479* Ouro 5000 Reis 1888 16.16
250
MBC
200
SOBERBA
300
MBC
200
MBC
200
MBC
300
RARA
quase BELA
1000
MUITO RARA
BELA / SOBERBA
2000
Lu.45
490* Ouro 2000 Reis 1888 14.12
SOBERBA
Lu.44
489* Ouro 2000 Reis 1881 14.11
200
Lu.43
488* Ouro 2000 Reis 1878 14.10
MBC+
Lu.40
487* Ouro 2000 Reis 1877 14.09
200
Lu.39
486* Ouro 2000 Reis 1874 14.06
MBC+
Lu.35
485* Ouro 2000 Reis 1872 14.05
280
Lu.34
484* Ouro 2000 Reis 1868 14.01
quase SOBERBA
Lu.33
483* Ouro 2000 Reis 1866 13.03
280
Lu.32
482* Ouro 2000 Reis 1865 13.02
SOBERBA
Lu.31
481* Ouro 2000 Reis 1864 13.01
300
Lu.30
480* Ouro 5000 Reis 1889 16.17
SOBERBA
Lu.29
Lu.46
118
491* Ouro 1000 Reis 1879 E17.01 Lu.47
1,79g
com serrilha
EXTREMAMENTE RARA
B. Reis - R4
P.M. falta
Falta na grande maioria das colecções portuguesas. Esta moeda completa a colecção de ouro de D. Luis I.
119
SOBERBA
10000
D. CARLOS I (1889 – 1908) 492* Prata 500 Reis 1894 11.07
RARA
MBC+
1500
Excelente qualidade
494
493
AÇORES D. LUIS I
493* Prata Carimbo “GP coroado” sobre 960 Reis 1819 R (G25.06)
MBC
100
BC+
150
26.04
494* Prata Carimbo “escudete” (Brasil G.111.05) e Carimbo “GP coroado” sobre 600 Reis 1758-R (G.49.07) 25.09 tipo
120
495
496
495* Prata Carimbo “GP coroado” sobre 640 Reis 1768 (G.53.01)
MBC+
150
25.12
496* Prata Carimbo “960 Reis” Minas Gerais (Brasil G.115.02) e carimbo “GP coroado”sobre 8 Reales 1806 Potosi 11.07
MBC+
100
MBC+
1500
(Calicó 684)
497
498
497* Prata Carimbo “960 C” Cuyabá (Brasil G.34.02) e carimbo “GP coroado” sobre 8 Reales 1819 Potosi 31.23 var
(Calicó 538)
MUITO RARA
498* Prata Carimbo “GP coroado”sobre 8 Reales 1836 MT Lima do Peru 31.28
MBC RARA
121
200
BRASIL
D. JOSÉ
499* Ouro Moeda 1753 I 63.04
AI.295
quase BELA
DOMINVS
500
501
500* Ouro Meia Moeda 1771 I 61.03
AI.304
AI.301
500
quase BELA
200
SOBERBA
400
MBC+
300
DOMINUS
501* Ouro Quartinho 1771 I 58.04
250
pedúnculos simples
eixo vertical
DOMINUS
D. MARIA I
502* Ouro Moeda 1804 27.05
AI.502
Bahia data emendada no cunho
122
D. JOÃO PRÍNCIPE REGENTE
503* Ouro Barra 1809 ensaiador AP 123.01 AI.-
31,42g
RARA
SOBERBA
35000
Casa de Fundição de Sabará
Em meados do reinado de D. Pedro II, descobriu-se na Colónia do Brasil que os rios de algumas regiões eram muito auríferos, pelo que a pesquisa do ouro começou a aumentar progressivamente. Foram estabelecidos postos de recolha oficial desse ouro, que aparecia quase todo em pequenos grânulos e pepitas, a seguir enviado para a casa da moeda do Rio de Janeiro, que o passou a amoedar a partir de 1703. No início do reinado de D. João V as quantidades recolhidas eram já enormes, criando um negócio importante que canalizavam esse ouro para Lisboa, sob a supervisão do Estado, mesmo o dos particulares e sujeito a um imposto de vinte por cento, pago na origem ou no destino. Em 1714 começou a funcionar outra casa da moeda no Brasil, localizada na cidade da Baía e em 1724 outra em Minas Gerais. Porque o ouro circulava livremente, comprovado o pagamento de uma quinta parte do seu valor oficial, os grandes negócios faziam-se em parte com o pagamento com esse ouro em pó, acompanhado do comprovativo do imposto, uma forma que evoluiu para pagamentos com ouro em barra. Nas regiões de maior pesquisa e recolha de ouro foram estabelecidas casas de fiscalização que a partir de cerca de 1750, passaram a fundir esse ouro em pó que se afigurava de toque mais elevado. A barra obtida era marcada com o selo da oficina, o ano em que era feita, o teor do ouro após a fundição, expresso em quilates, o peso da barra expresso em marcos e as suas fracções até ao grão, e o número da barra. Numisma apresenta neste leilão uma dessas pequenas barras, designadas por barrinhas, feita na casa de Sabará no ano de 1809, com o teor de ouro de 22 quilates, o peso oficial de 1 onça, 0 oitavas e 44 grãos e com o nº 6502. O peso que agora se confirmou numa balança de ourives é de 22,38 gramas (isto é, menos 92 centigramas), considerado normal como desgaste de manuseamento em quase duzentos anos. Deve referir-se que cada barrinha é uma peça única que circulou como moeda, que não chega a 500 barras as que existem hoje, que estão em grande parte em museus do Brasil, que são muito apreciadas pelos coleccionadores, que pouco aparecem à venda e que a quantidade existente as classifica como peças de grande raridade.
123
504* Ouro Moeda 1809 Rio de Janeiro 34.06
AI.569 var
quase BELA
300
cruz aberta à direita
505* Prata 960 Reis 1814 B
BELA
50
31.08
507
506
506* Prata Carimbo “960 Reis” Minas Gerais sobre 8 Reales (1795/1802) Potosi 115.02
BELA
75
BELA
150
carimbo sobre a data (Calico 673/680)
507* Prata Carimbo “960 Reis” Minas Gerais sobre 8 Reales 1806 Lima 115.03 (Calico 638) 124
D. JOÃO VI
508* Ouro Moeda 1820 Rio de Janeiro 27.06
SOBERBA
509* Prata Carimbo “960 C” Cuyabá sobre 8 Reales 1792 Potosi 34.01
350
AI.584
(Calicó 669)
MBC+
1500
BELA
500
MUITO RARA
ÍNDIA
D. MANUEL I
510* Ouro ½ Manuel – Mea 13.04
1,70g
125
511
512
511* Ouro 12 Xerafins 1795 Goa 41.08
1000
MBC+
1000
MBC+
1000
4.90g
513* Ouro 12 Xerafins 1803 Goa 41.18
MBC+
4.67g
512* Ouro 12 Xerafins 1795 Goa 41.08
513
4.87g
514
515
514* Prata Rupia 1804 DGoa
BC+
20
MBC
40
36.12
515* Prata Rupia 1806 DIU 37.01
MOÇAMBIQUE
D. JOSÉ I
516* Prata Carimbo “MR” sobre 8 Reales 1763 JM Lima Peru de Carlos III 29.05 var
(Calicó 783) 126
lindo MBC
150
518 517
517* Prata carimbo “MR” e “M”sobre 29.05 var
517
8 Reales 1764 JM Lima Peru de Carlos III MBC+
518* Prata Carimbo “MR” sobre 4 Reales 1734 (E) Potosi de Filipe V 26.01
Tipo 25.01
150
BC
100
(Calicó 590)
520
521
520* Ouro 2 ½ Meticais ND (1851) com carimbo roseta
BELA
1500
BELA
1500
14,16g
521* Ouro 2 ½ Meticais ND (1851) com 3 carimbos roseta 14.03
BC
(Calicó 954)
519* Prata Carimbo “MR” sobre 1 Real 1759 JM Lima Peru de Fernando VI
14.01
150
(Calicó 784)
14,26g
127
522* Ouro 1 ¼ Metical ND (1835) 10.01
EXTREMAMENTE RARA
BELA
5000
6,92g
523
524
523* Prata Canelo 1843 com carimbo roseta
MBC
50
MBC
50
12.01
524* Prata Carimbo “PM coroado” sobre Rupia 1840 09.02
East India Company
“PM” do carimbo pouco visível 128
526 525
MEDALHAS 525* Prata – 1648
Lopes Fernandes nº 15
BELA
500
RARA
MBC
350
RARA
lindo MBC
400
Nossa Senhora da Conceição Padroeira do Reino de Portugal 41 mm
526* Prata – ND
Lamas nº 8
Dedicada à Infanta D. Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra. Esc. John Roettier ligeiras mossas 35 mm
527* Prata – 1670
Lamas nº 11
Alusiva à expressão colonial de Inglaterra Esc. John Roettier 42 mm
129
528* Ouro – 1715
Lopes Fernandes nº 24
MUITO RARA
BELA
1000
RARA
BELA
300
Comemorativa da paz celebrada em Utrecht 10,97g 30 mm
529* Prata – 1715
Lopes Fernandes nº 24
Comemorativa da paz celebrada em Utrecht 9,87g 30 mm
130
530* Prata – 1738
Lamas nº 24
BELA
500
BELA
400
Comemorativa do 25º Aniversario da Paz de Utrecht XI APRIL MDCCXXXVIII N.V.Swinderen F. 56 mm
531* Prata – 1799
Lamas nº 79
Dedicada pela cidade do Porto ao Príncipe Regente 55 mm
131
INGLATERRA
532* Prata – 1713
BELA
500
Comemorativa da paz celebrada em Utrecht. Anne Stuart (1702 – 1714) 35 mm
FANTASIAS
533
534
BRASIL D. JOSÉ I
533* Prata 640 Reis 1754 R zonas curvas com carimbo escudete e “CEÁRA estrela”
MBC
100
MBC
100
49.01 D. MARIA I E D. PEDRO III
534* Ouro Cruzado novo (Pinto) 1778 19.02
com carimbo “escudete” e carimbo “coroa pequena”
132
História da Moeda em Portugal
de Javier Sáez Salgado
edição Abril/Controljornal 2ª edição 208 páginas, profusamente ilustrado a cor Preço 59,85 € 10% desconto exclusivamente para assinantes da Numisma Embalagem e portes (Portugal) 3,50 €
Feliz Natal e Bom Ano de 2011 s達o os votos da Numisma
© Edição Numisma 2010 104 págin páginas, profusamente ilustrado a cor Preço 15 € Embalagem Embala Emb alage ge e portes (Portugal) 4 €
Realizamos os melhores Leil천es Numismatas profissionais Consultores Av. da Igreja, 63C 1700-235 Lisboa Tels: 217 931 838/217 932 194 Fax: 217 941 814 numismaonline.com info@numismaonline.com
MOEDAS DE OURO DE PORTUGAL
147
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NUMISMÁTICA
NOTAFILIA
A.R.
Arnaldo Russo, Irlei S. Neves, C. Amato - Livro das Moedas do Brasil, 2004, 11ª edição. B.R. Batalha Reis, Preçário das Moedas Portuguesas, Lisboa, 1946/1948. B. Burgos, F. Alvarez, La Moneda Hispanica desde origenes hasta el siglo V, Madrid, 1987. BMC Bristh Museum Catalogue: Coins of the Roman Empire in the British Museum, Vol. vários. C.C. Carlos Castan, Catalogo de las Monedas Españolas, Madrid, 1986. Craig Craig, W. D., Coins of the World 1750-1850, 2.ª ed., 1971. C.C.P. Casariego, Cores, Pliego, Catalogo de Plomos Monetiformes de La Hispania Antiqua, Madrid, 1987. C.T. F. Calicó, X. Calicó e J. Trigo, Numismática Española, 1474/1988. F.V. – e Correia de Sousa, M., Dinheiro Luso-Indiano, Braga, 1980. F.V. – e Javier Salgado, Livro das Moedas de Portugal, Braga, 1987. F. Friedberg, Robert, Gold Coins of the World, 5.ª ed., 1980. G. Gomes, Alberto, Moedas Portuguesas, Lisboa, 2003. JS Salgado, Javier Sáez, Moedas de Ouro de Portugal, Edição Numisma Leilões, Lisboa 2001; JS Salgado, Javier Sáez, Moedas de Ouro de Portugal, Séc V-XX, Edição Numisma Leilões, Lisboa 2006 K. Krause, Chester L., Standard Catalog of World Coins, 16.ª ed., 1990. Lamas Lamas, Arthur, Medalhas Portuguesas e Estrangeiras referentes a Portugal, Vol. I, Lisboa, 1916. L.F. Lopes Fernandes, Manuel B., Memória das Medalhas e Condecorações Portuguesas e Estrangeiras com relação a Portugal, Lisboa, 1961. M. Miles, George C., – The Coinage of the Umayyads of Spain, New York, 1950. – The Coinage of the Visigoths of Spain - Leovigid to Achila II, New York, 1952. Morgan Morgan, J. de, Manuel de Numismatique Oriental, Paris, 1936. P.M. Pinto de Magalhães, Colecção Numismática, Porto, 1967. R.I.C. The Roman Imperial Coinage, Vol. Vários. S. Nunes A propósito de um conjunto de balanças e de pesos monetários, in NUMISMA, N.º 19. 1981, PÁGS. 4 A 24. S.R. Sear, David, R., – Greek Coins and their values, Vol. I e II. – Roman Coins and their values, 4.ª ed., 1988. Vives Vives y Escudero, A., Monedas de las Dinastias Arábigo-Españolas, Madrid, 1893.
A.T.
AN BNU BP C.O. FV
J.S. L.R.S. M.A. M.TW P.
ESTADOS DE CONSERVAÇÃO E ABREVIATURAS NOVA BELA quase BELA MBC+ MBC BC BC– REG+
ESTADOS DE CONSERVAÇÃO E ABREVIATURAS * O asterisco indica que o lote está reproduzido no catálogo. FLOR de CUNHO FDC
Uncirculated
Anv.
Anverso
SOBERBA BELA quase BELA MBC+ MBC BC BC– REG+
Uncirculated About Uncirculated Extremely Fine Nearly Extremely Fine Very Fine Fine Very Good Good
Anv. Rev. c/c s.o v.s. c.s c.i.
Anverso Reverso Com carimbo Sinal oculto Vestígios de solda Coroa simples Coroa irradiada
UNC A/UNC EF NEF VF F VG G
Trigueiros, António Miguel, Estudos Inéditos de Notafilia Colonial Portuguesa - Catálogo das Notas e Cédulas de: Banco da Beira e Cª de Moçambique; Cabo Verde; Guiné; S. Tomé e Príncipe; Índia Portuguesa; Macau e Timor, revista Moeda”, Lisboa 1974/1984. Catálogo do Papel-Moeda Insulano, revista “Moeda”, Lisboa 1981/1982. Anuário de Numismática Banco Nacional Ultramarino, Papel-Moeda para Moçambique 1877/1973, Lisboa 1978. Banco de Portugal, Papel-Moeda em Portugal, coordenação de Mário Rui de Sousa e Silva, Lisboa 1985 (Os textos apensos a alguns lotes foram retirados desta obra). Owen, Colin R., The Banknotes of Moçambique, 1976. Ferraro Vaz, J. Moedas de Timor (Notas e Cédulas), edição do Banco Nacional Ultramarino, Lisboa 1964. A Moeda de Portugal no Mundo, Brasil, edição Numisma, Braga 1986. e Correia de Sousa, M., Dinheiro Luso-Indiano (Notas e Cédulas), edição dos Autores, Braga 1980. Salgado, Javier Sáez, O Papel Moeda das Antigas Colónias Portuguesas, edição da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Porto. Rebelo de Sousa, Luis M., O Papel-Moeda em Angola, edição do Banco de Angola, Luanda 1969. Almeida, Mário, Catálogo Geral de Cédulas de Portugal, Edição da Sociedade Portuguesa de Numismática, Porto, 1980, e Aditamento, 1982. Ma Tak-Wo, Moedas e Notas de Macau, Hong-Kong 1987. Pick, Albert, World Paper-Money-Vol.I.(1995), Vol.II(1996) e Vol. III(1996).
140
UNC A/UNC EF NEF VF F VG G
Uncirculated About Uncirculated Extremely Fine Nearly Extremely Fine Very Fine Fine Very Good Good
c/c v.c. f.i.a.
Com carimbo vestígios de cola furos p/inutilização das assinaturas
CONDIÇÕES DE VENDA Numisma reserva o direito de admissão aos leilões, aos seus assinantes e/ou convidados. 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6-ª 7.ª
Os lotes são vendidos no local e no estado em que se encontram, não se aceitando reclamações depois de arrematados. Pode exigir-se um sinal de valor não inferior a 30% da importância da arrematação. Se no momento da arrematação de qualquer lote nos surgirem dúvidas quanto ao último licitante, o lote será posto novamente em praça. Reservamo-nos o direito de leiloar um ou mais lotes em conjunto ou de os desdobrar. Numisma recebe ordens de compra e responde pelas mesmas em sala. Os lotes devem ser pagos e levantados 48 horas após a sua arrematação. Sobre a importância da arrematação incide uma comissão de 12,5% e sobre esta o IVA de 21% o que corresponde no total a 15,13%. AVISO IMPORTANTE
Numisma terá o prazer de informar acerca dos lotes que vão ser leiloados, mas chama a sua atenção para a condição de venda n.º1. Os portes de correio são por conta da Numisma; o seguro do envio das moedas, é por conta do comprador. TERMS OF SALE Numisma reserves admission rights to its auctions, by its subscribers and/or guests. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
The lots will be sold at the place of sale and in the condition in which they are found. No complaints will be accepted after auction. The buyer may be asked to lay down a deposit of not less than 30% of the amount of his buying price. Should any doubts arise as to who is the highest bidder at the moment of sale, the lot in question will be put up for sale again. We reserve the right to auction one or more lots together or separately. Numisma will receive orders to buy and will be responsible for them during the auction. Items bought should be paid for and collected within 48 hours of the auction. A commission of 12,5% will be levied on each buy, plus 21% VAT on the commission, making a total of 15,13%. IMPORTANT NOTE
Numisma will be pleased to supply information about the lots to be auctioned but calls your attention to terms of clause n.1.
141
© Edição Numisma 2006 15 150 páginas, profusamente ilustrado a cor Pr Preço 40 € 10 10% desconto exclusivamente para assinantes da Numisma Em Embalagem e portes (Portugal) 4 €
Patrocínio:
Consultores de Gestão SA
X VS +EGITANIAPI
Egitania VSREx +RECCARED
Re.6
CNV 101.
3 500 AIVS +TVSELVOR
Elvora VSREX +RECCARED
Re.7
g Cernuda*. 1,28 CNV 102. Col.
+IMINIOPIVS
Eminio SRE +RECCARIDV
Re.8
IVSTVS PIVS
1,48 g Costa*. 1,38CNV 109. Col.
Flavas •SRE• +RECCARIDV
Re.9
U
JS
+FLAVASPIVS
A5.2
CNV 83.
X
Monecipio SRE+ RECCA+RIDV
Re.10
X 15 000
Escu
do
VSTVS MONE+ÇI+OI
P
1,45 g Col. Costa*. CNV 110.2.
BELA Extre mamen te Ra ra
U IVSTVS+ +OLISIPONA Olisipona VSRE +RECCARED do *. 1,38 g
Re.11
A5.3
Salga CNV 112. Col.
U Re.12
Palentucio VSRE +RECCARED 1,45 g CNV 86bis.
Re.13
Re.14
Portocale SREx +RECCARIPV
Totela VSREX +RECCARED
Re.15
CNV 97. 1,48
Re.16
Única
MEIO
U
A5.4
CTOR +TOTELAVE U
Meio Escu do de
Ceuta
U SAPIVS +VALLESAL
Core CNV 98. Col.
A5.6
18
MOEDAS DE
OURO DE PORT
ESCU DO RX PO (22 mm ; 3, RTUG ALIE 55g) CEPT ALGA DOM IQ
3 exem plares conhec idos, todos difere ntes
T +VALLEGI·A
g
Vallesalsa VSREx +RECCAREP s*. 1,53 g
ris
EPI·S +PORTOCAL
g
Vallegia SRE +RECCARIDV
s de Pa
X
1,56 g Orol *. 1,47CNV 90. Col.
CNV 115. 1,47
Escu do Cabine de Toro t des medai lle
IoPIVS+ +PALANTUC
Cruzad o
CRUZ CR ADO (2 ADIV VZATVS : TORI ALFO 2 mm; 3, 50g) VM : NOST NSVS : Q UI RUM : IN : NTI NOM
Lisbo a
UGAL
A5.7
4 000 Cruzad o
“P” gó tico
Porto
17 50 0
MOED
142
AS DE
OURO
DE PO
RTUG
AL
49
1,90g) mm; A S (18 G R P E REAI D ES 1 000 TONIVS I VINC AN SIGNO C IN HO MBC
Os cinco Es cudos da Re pública
N
o dia 4 de Ou tubro de 191 0 a monarqui Outubro – a a chegou ao proclamaçã fim em Portug o da Repúbl para a Ericeir al. Prevendo ica – o rei D. a. Tomou dep já o que se iria Manuel II rum ois um barco passar no dia ou a Mafra Nos último para Inglate 5 de na véspera da s 20 anos da rra. revolução de monarquia agravar a situ onde saiu vive ação falavaram-se tem se na existên pos agitadís a Inglaterra, cia de um aco simos com para dividirem vár rdo ias sec rev reto olta entre elas o entre duas das s e conspiraçõ império por Os sinos não grandes pot es. Para tuguês. tocaram a reb ências da épo estimulada e ate para def ca, a Alema ender o org nha e aproveitada ulho nacion pelas forças que viria a tor al mas assistiu republicanas. nar-se no hin -se No a uma onda tempo do Ult o oficial da nacionalista, foi a criação imato inglês, República. A muito , em 1911, do por exemplo, nível da eco Escudo com apa nom rec ia uma das prim eu A Portug o unidade de Era divisível uesa, eiras medidas contagem mo em 100 centavo das novas aut netária. ouro da Rep s e durou até oridades ública que fico à adesão de Portugal à mo u para a His do qual ape tória foi um eda única eur nas são con ensaio de cin ope ia, hecidos três o Euro. A úni co escudos, exemplares. ca moeda de A nova Rep de 1920, da ública empen autoria do esc hou-se em abolição do ultor João Silv mudar os sím ensino da dou ae bolos e os trina cristã e relações com valores da mo a expulsão dos o Vaticano, nar quia o que Jesuítas. O Est e o moviment explica a rap trabalhadores ado separou-s o operário inic idez na conquistaram e da Igreja, iou um surto o o direito ao que de greves: 237 levou ao cor descanso sem te de em vários sec anal. tores de acti REPÚBLIC vidade. Os A – I (19101926)
ecidos conh plares 2 exem
JS An.2
1 000
Reais
1 000
An.3
(1583)
Reais
) 3,82g. mm; ALG S (26 R P ET ES REAI 1 000 VS I D G NO VINC NI G ANTO HOC SI ra IN Ra Muito
Angra
Angra
1582
Rara Muito
1 000
An.4
Reais
1582
– Carim
bo
pa ‘açor’
ra va
ler 2
000 Re
ais
Única
An.5
Cruz
ado Ca
lvário
D. Jo
– ca ão III
rimbo
‘açor’
Única
An.6
500
D. Se Reais
ba
–2 stião
carim
ço bos ‘a
REPÚBLIC A – II (1926-
ENSAIO (24 mm; 8,85g) REPÚBLICA PORTUGUES A 5 ESCUDO S ARMAS
r’
1974)
ENSAIO (34m RENOVAÇÃO m; 36,63g) REPÚBLICA FINANCEIRA RES SURGIM PORTUGUES A 20 ESCUDO ENTO S 1953
Única lder, A. Mo s. a, de do escu Moed de A por 1.500 9,
mento nº e suple il), lot num Vaz, ra o Bras – ca rraro an II J. Fe r avião pa nda Ju Engº po de Ba o pelo o também quirid Dobla foi ad 53 (enviad ico An.7 ún 19 de plar exem de Junho Este 4 o de datad
‘a rimbo
çor’
JS R1.1
5 Escudos
1920
BELA 3 exemplares
JS
conhecidos
R1.2
20 Escudo
BELA
s 1953
Muito Rara MOEDAS
66
MOED
AS
RO DE OU
DE PO
RTUG
DE OURO
DE PORTUG
117
AL
AL
A
Numária de Ouro Portuguesa, cunhada ao longo de mais de oito séculos, é uma das maiores e mais ricas a nível mundial e revela o inegável património e valor numismático do nosso país.
JS B1
B2
Accenture Presidente do Conselho de Administração
143
Fun diçã o N º
Data Quil ates 179 Grã 0 2 os 1 2
Rio
das
Mo
Anv erso Esfe ra A rmila r
177 7-18 16
Rev ers o E nsa iado r R arid M.I.S ade . ÚNIC A
liso
rtes
114 9
179 6 2 2 3
B3
Esc
Vila Ric a
. Rio
MB C Mort
200 000
es Esfe ra
305 2 1 796 22
A.J
.S.
3 B4
“ Vila .Ric a
Sab ará
200 00 VCR 4 co nhe cida s
3 “ Sa
b
B5
Cas
a de
Sab ará
Fun
diç
ão
ará D. J c/po nto OÃ O, P rínc ipe Reg ente
Nº Data Quil 312 ate 5 1 s G 807 rão 21 s 2
3 co nhe cida s
idem
142 5 1 804 22
JS
José Galamba de Oliveira
Goiá s
953
No contexto em que temos vivido nos últimos anos, por um lado com a moeda europeia totalmente implantada no nosso quotidiano, por outro com a própria desmaterialização do dinheiro, nunca é demais olhar para o passado e perceber a importância e o contributo da nossa moeda ao longo da História de Portugal. Ao apoiar a presente obra a Accenture pretende não só colaborar na divulgação desta importante “herança cultural” como também ajudar a promover a fascinante arte da Numismática.
D. M ARIA I Cas a de
80 0 00
idem AP 2 co nhe cida s
179 9-18 16
60 0 Anv “ Sa
e rs
bará
o
c/po
nto
Rev
e rs
Esfe ra
o E ns
aiad
AP
MO
or
Rari dad e 6 co nhe cida s
EDA
SD
EO
URO
DE
MB C 35 0 POR
T UG
AL
121
00
00
0