Colecção Porto Vintage 2015-2016
FICHA TÉCNICA
administração
Dr. Javier Saez Salgado Jaime Saez Salgado
coordenação científica
Dr. Javier Saez Salgado Jaime Saez Salgado José R. Marinho Eng. José Godinho Miranda Fernando Gonçalves André D. Vasco Telles da Gama José Jacinto C. da Silva D. Jesus Vico Monteoliva (Académico) Prof. Dr. Alberto J. Canto Garcia Prof. Dr. Rui Centeno
comentários históricos e numismáticos
José R. Marinho
secretariado
Cláudia Leote
coordenadora técnica
Raquel Moura
assessora colaborador revisão pregoeiro design gráfico fotografia impressão e acabamento
Av. da Igreja, 63 C 1700-235 Lisboa PORTUGAL Tel. 217 931 838 217 932 194 Fax. 217 941 814
Catarina Machado Miguel Saez Catarina Serrano Dr. Luis Castello Lopes Afonso Arraiano Manuel Farinha Palmigráfica - Artes Gráficas, Lda.
info@numismaonline.com numismaonline.com
Vintage para a eternidade Em dois anos, consagraram-se raridades, bateram-se recordes, valorizaram-se peças únicas da numismática portuguesa. Em dois anos, escreveu-se mais uma página de excelência para as moedas da monarquia de Portugal, o mundo ficou a conhecer novas preciosidades do ouro português e a Numisma cumpriu, novamente, a sua missão de aliar a história e a cultura à valorização da moeda. Com a chancela Coleção Porto Vintage, a Numisma levou à praça 4500 moedas, das quais 1200 de ouro. Uma forma excepcional de assinalar os seus 40 anos. Uma Dobra Pé-Terra de D. Fernando I (1367-1383), foi vendida por cerca de 100.000 euros (incluindo comissões e taxas devidas), é a peça mais valiosa do top 40 das moedas vendidas, nos três leilões desta colecção, organizados pela Numisma. Batida no início do reinado, a Dobra Pé-Terra apresenta o rei em pé, sob um arco ogival e, no reverso, uma grande cruz floreada, inscrita em quadrilongo e com uma quina central. Tem raízes num tipo monetário dos Almóadas. Em nove sessões, a Numisma levou à praça algumas peças com um valor base de 40.000 euros que duplicaram o seu valor. Uma delas foi a Peça 1727 Bahia, de D. João V (1706-1750), vendida por 82 mil euros. Trata-se de uma moeda extremamente rara, em excelente estado de conservação e da qual são conhecidos sete exemplares. Também uma Barrinha, da Casa de Fundição “Serro Frio”, de 1832, duplicou o seu valor, tendo chegado aos 84 mil euros. Trata-se de uma peça referida no catálogo de J. Schulman, 1928, na Spink & Son, Londres, e na Sotheby’s, também de Londres, em 1986. As barras de ouro do Brasil foram a solução encontrada no início do século XVIII para regular a situação do ouro em pó, que circulava livremente como moeda. O ouro foi fundido numa barra na qual eram gravados, entre outros símbolos, o selo oficial da oficina, o número de série e a data. O sistema vigorou até 1833. Uma moeda com cordão e marca de esfera coroada sobre 4 Cruzados 16(42) (Lei de 14/6/1698) de D. João IV com Carimbos: “4 Coroado” aposto pela Lei de 20/11/1662 (Afonso VI) e “4400 Coroado” pelo Alvará 12/4/1668 (Pedro Príncipe Regente) - do reinado de D. Pedro II (1683-1706) – que começou nos 30.000 euros e terminou nos 58 mil – e uma Dobra 1730 Bahia (4º tipo) de D. João V (1706-1750), que atingiu 46 mil euros depois de ter ido à praça com um preço-base de 25 mil, são outros exemplos das valorizações atingidas pela coleção. Uma palavra para os quatro Portugueses de D. Manuel I (1495-1521) e D. João III (1521-1557), peças únicas de uma moeda de afirmação do poder português no mundo. Uma consagração para moedas de grande raridade. Do período Romano ao império do Brasil, do Morabitino de D. Sancho I (1185-1211) aos 5000 Réis 1836 (ensaio) de D. Maria II (1834-1853), do Escudo de São Tomé, da Índia, de D. João III, com uma base de licitação de 50 mil atingiu 65 mil euros, à medalha de Arthur Cupertino de Miranda (1969), que pertenceu a Marcelo Caetano. A Numisma apresentou, na Coleção Porto Vintage (2015-2016), testemunhos únicos da História portuguesa e contribuiu para valorizar ainda mais a numismática nacional. Fevereiro 2017, Javier Salgado
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
Nero (60-61) Ouro Aureus Roma NERO.CAESAR.AVG.IMP PONTIF.MAX TR.P.VII.COS.IIII.P.P. EX-SC Valor Base: 3.500,00 Valor Final: 5.300,00
Licinius (308-324) Ouro Aureo LICINIVS AVGVSTVS/IOVI CONSERVATORI AVGG TS.T Valor Base: 7.000,00 Valor Final: 11.000,00
D. Sancho I (1185-1211)
Ouro Morabitino +SANCIVS REX PORTUGALIS*/+INNEPTRISIFILIISPSSCIA Valor Base: 20.000,00 Valor Final: 21.000,00
D. Fernando I (1367-1383)
Ouro Dobra Pé Terra, L FERnAnDVSxxREX PORTVGALIxxALG/+FERnAnDVSxxDEIxxGRAxxREXxxPORTVGALI xxALGARBII Valor Base: 75.000,00 Valor Final: 85.000,00
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NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. Fernando I (1367-1383)
Ouro Gentil L +FERnAnDVS D G REX PORTVG/ +FERnAnDVS D G REX PORTVGALI ALG Ex-colecção M.V. Valor Base: 50.000,00 Valor Final: 55.000,00
“Fez outra moeda de ouro a que chamavam gentis de um ponto, valendo quatro libras e meia, e depois outros gentis de dois pontos,de mais pequeno peso, do valor de quatro libras a peça, e depois outros terceiros que valiam três libras e meia e depois lavrou os quartos que valiam três libras e cinco soldos”. Foi assim que Fernão Lopes apresentou o Gentil, moeda extremamente rara de D. Fernando I e cujo estilo foi inspirado no Florim, criado na Europa em 1253. No anverso da moeda o rei está figurado em corpo inteiro, à frente do trono, com a coroa e a espada. O reverso apresenta as cinco quinas envolvidas por oito castelos, dispostos num desenho circular. Esta foi uma das raridades apresentadas pela Numisma no último leilão realizado no século XX.
D. Manuel I (1495-1521) Ouro Português “NN” invertidos +I:EMANVEL:R:PORTVGALIE:AL:C:VL:IN:A:D :G/C.N:C.ETAI OPIE:ARABIE:PERSIE:I:/::IN ::HOC::SIGNO::VINCEES Ex-Colecção J. Abecassis, Sotheby’s, Genève 1986 Valor Base: 30.000,00 Valor Final: 48.000,00
A moeda de ouro portuguesa mais famosa e universal quase dispensa apresentações. Mas o Português que a Numisma apresenta neste leilão tem uma particularidade: fazia parte da Coleção Abecassis, vendida em Genebra, na Suíça. Moeda de ouro com o valor de 10 Cruzados, o Português cunhado no reinado de D. Manuel I celebra o Portugal global da época. Era aceite em todo o mundo como moeda de pagamento e as cidades da liga hanseática inspiraram-se nela para, no século XVI, baterem uma moeda com a Cruz de Cristo, os Portugalosers. Apresenta, no anverso, o nome e os títulos de D. Manuel I numa legenda que envolve as armas de Portugal e, no reverso, uma cruz da Ordem de Cristo. The most famous and universal Portuguese gold coin almost needs no introduction. However, the Português which Numisma is offering for auction has a particular feature: it formed part of the Abecassis Collection, which was sold in Geneva, in Switzerland. A gold coin with a value of 10 Cruzados, the Português minted in the reign of Dom Manuel I celebrated Portugal’s position at the time in the world. It was accepted worldwide as a form of payment and it inspired the Hanseatic League cities to strike a coin in the 16th century, with Christ on the Cross, the Portugalosers. On the obverse it shows the name and titles of King Dom Manuel I in a legend containing the coat of arms of Portugal and, on the reverse, a cross of the Order of Christ.
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João III (1521-1557)
Ouro Português 1.º tipo +:IOHANES:3:R:PORTVGALIE A.C.VL.IN.A.D:G./C.NC.ETHIOPIE.ARABIE.PERSIE:I:/:IN::HOC::SIGNO::VINCEES Ex-Colecção Marrocos, Numisart, Genève, 1995. Valor Base: 30.000,00 Valor Final: 45.000,00
São conhecidos pouquíssimos exemplares. O Português 1º tipo de D. João III apresentado neste leilão, e que pertenceu à Coleção Marrocos, é uma “continuação” dos que foram cunhados pelo seu pai, o rei D. Manuel I. Trata-se de uma moeda que terá sido lavrada entre o final de 1521 e agosto de 1525, uma característica que a torna ainda mais rara. Existiu ainda um Português 2º tipo, emitido entre 1525 e 1538 e com um estilo mais renascentista. Tal como o seu pai, D. João III cunhou moeda com um toque muito elevado, superior ao usado fora do reino. Dezassete anos depois de ter chegado ao trono concluiu que era insustentável manter esta situação, que prejudicava não só os particulares mas também os cofres do reino. Em novembro de 1538 foi publicada uma lei onde se determinou o fim da cunhagem do Português. The Português, a Dom João III 1st type being offered in this auction, and which belonged to the Marrocos Collection, is a “continuation” of those minted by his father, King Dom Manuel I. It is a coin which would have been struck between the end of 1521 and August 1525, a feature making it even rarer. There is also a Português 2nd type, issued between 1525 and 1538 with more of a renaissance style. Like his father, Dom João III minted coins with a very high purity, superior to that used outside the realm. Seventeen years after ascending to the throne, he concluded that it was untenable to maintain this situation, which was hurting not only private individuals but also the kingdom’s coffers. In November 1538 a law was published which determined the end of the Português minting.
D. João III (1521-1557) Ouro Português RL 3 Pontos sobre o R e L :+:IOANES:3:R PORTVGALIE:AL:D:G:C:N :ET IO/ARAB:PSEI/: ::IN:D:HOC:D:SIGN :DVINCES: Ex-colecção Marrocos, Numisart, R. Michel, 5 Junho 1995, lote 102 Valor Base: 20.000,00 Valor Final: 32.000,00
Nos primeiros anos do seu reinado D. João III continuou as cunhagens de moedas de ouro nos mesmos termos do seu pai, com um toque muito elevado, superior ao usado fora do reino. Só 17 anos depois de ter chegado ao trono, e após muitas reclamações do povo, é que o monarca concluiu que manter o Português como moeda normal era insustentável. Mandou publicar uma lei que decretou o fim da cunhagem do Português. Todas as moedas que voltaram aos cofres do reino deixaram de circular pois tinham um teor de ouro que compensava o custo da fundição e eram usadas no fabrico de nova moeda. Por isso são muito raros os exemplares desta época que chegaram aos nossos dias.
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NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João III (1521-1557)
Ouro Português R (C invertido) +IOANES 3º R PORTVGALIE AL C VL IN A D G C N /I ETIO A PSIE/+ HOC SIGNO VINCEES Ex-colecção J. Abecassis, Sotheby’s, Genève, Roland Michel, Lote 40, Novembro 1986. Valor Base: 60.000,00 Valor Final: 75.000,00 Neste leilão com 609 lotes foi o segundo que atingiu o valor mais elevado.
D. Sebastião I (1557-1578)
Ouro Engenhoso ND escudo solto orla “C” SEBASTIANVS I R PORTVG/+IN HOC SIGNO VICES Valor Base: 30.000,00 Valor Final: 34.000,00
O numismata Teixeira de Aragão recorda, na sua monumental obra onde descreve as moedas cunhadas pelos reis portugueses, que um alvará régio de 7 de abril de 1562 “manda que o tesoureiro da Casa da Moeda de Lisboa, entregue todo o oiro que puder apurar a João Gonçalves, para ser lavrado no engenho que este artista para o fabrico de moeda de oiro do valor de 500 reais cada peça”. Nasceu assim o Engenhoso, moeda de 500 reais em ouro que foi a primeira da numismática portuguesa com a inscrição do ano, “apresentando a orla pontuada e muito saliente, à semelhança dos áureos dos nossos monarcas, provavelmente com o intuito de dificultar o cerceio”. O sistema de fabrico, desconhecido mas presumivelmente mais moroso e com fundição de moedas, foi usado durante quatro anos, até 1566. Todas as emissões são datadas exceto uma, não sendo conhecidos espécimes do ano de 1564.
D. Filipe I (1580-1598)
Ouro 500 Reais (coroa fechada) +PHILIPPVS I D G REX PORTV(..)/IN HOC SIGNO VIN(CE)S Valor Base: 75.000,00 Valor Final: 75.000,00 São conhecidos 6 exemplares, incluindo o do Cabinet des Médailles de Paris, dos quais 50% estão em museus. Adquirido em Spink & Son, Londres, Outubro 1990. As moedas da época em que os Filipes governaram Portugal são hoje escassas. A moeda de ouro de 500 Reais é uma moeda muito apetecida pelos coleccionadores e da mais alta raridade. Há seis exemplares conhecidos e um deles foi leiloado pela Numisma no final de 2010. Uma curiosidade: em todas as moedas que mandou cunhar enquanto rei de Portugal, Filipe I manteve sempre as armas reais portuguesas. Nas Cortes de Tomar, realizadas em 1581, o monarca reconheceu a Portugal o direito de ter as suas próprias instituições. Essa possibilidade já tinha sido admitida pelo duque de Ossuna no memorial das graças e mercês prometidas por Filipe II de Espanha a Portugal.
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D. Filipe II (1598-1621)
Ouro 4 Cruzados LBIIII (coroa ladeada) Ex-Colecção Celso Isla, Numisma Leilões, lote 31, 28 Novembro 1996. Valor Base: 17.500,00 Valor Final: 26.000,00
D. João IV (1640-1656) Ouro 4 Cruzados 1642 escudo ladeado IOANNES IIII D G REX PORTVGALIE/IN HOC SIGNO VINCESS Uma nota do coleccionador refere que este exemplar pertencia à famosa colecção B. Maçãs. Valor Base: 25.000,00 Valor Final: 28.000,00
D. Afonso VI (1656-1667)
Ouro 4 Cruzados 1642 com Carimbo “4 Coroado” +IOANNES IIII D G REX PORTVGAL/+IN HOC SIGNO VINCES Valor Base: 30.000,00 Valor Final: 50.000,00
Num dos reinados mais curtos da história de Portugal, marcado por intrigas palacianas que culminariam com o monarca a acabar os seus dias preso no Palácio Real de Sintra, as moedas de ouro não registaram grandes alterações. Foram mantidas as cunhagens com as mesmas características do reinado anterior, o de D. João IV, ou apostaram-se carimbos em moedas já existentes. Um bom exemplo é a moeda de 4 Cruzados de D. João IV 1642 com carimbo, apresentada neste leilão. Para a História de Portugal ficou a derrota imposta ao exército espanhol na batalha das Linhas de Elvas, em 1659. In one of the shortest reigns in Portugal’s history, marked by palace intrigues that culminated with the king ending his days imprisoned in the Royal Palace of Sintra, the gold coins did not undergo major changes. The coins were struck with the same characteristics as the previous reign, that of Dom João IV, or recourse was made to stamping existing coins. A good example is the 4 Cruzados from Dom João IV 1642 with a stamp, which is being offered at this auction. The history of Portugal records the defeat imposed on the Spanish army in the battle of the Elvas Lines in 1659.
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D. Pedro II (1683-1706) Ouro Moeda 1703 R Valor Base: 4.000,00 Valor Final: 14.500,00
D. Pedro II (1683-1706) Ouro Cordão e Marca de Esfera Coroada sobre 4 Cruzados 16(42) (Lei de 14/6/1698) de D. João IV com Carimbos: “4 Coroado” aposto pela Lei de 20/11/1662 (Afonso VI) e “4400 Coroado” pelo Alvará 12/4/1668 (Pedro Príncipe Regente) Valor Base: 30.000,00 Valor Final: 58.000,00
É uma moeda de D. João IV mas faz parte da numária de D. Pedro II que, seguindo o exemplo de outros reis, aumentou o valor das moedas em 10% através da utilização de carimbos. As moedas de quatro, dois e um Cruzados emitidas pela dinastia filipina em Portugal foram também cunhadas, no mesmo valor, por D. João IV. No entanto, por causa das guerras da independência com Espanha foram efetuados sucessivos ajustamentos ao seu valor com a aplicação dos carimbos quatro, dois e um no seu reverso. Foi no reinado de D. Pedro II que se introduziu a cunhagem mecânica de moedas e que chegaram as primeiras remessas de ouro do Brasil.
D. João V (1706-1750) Ouro Dobra 1729 B
Valor Base: 3.000,00 Valor Final: 13.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Dobra 1730 B 3.º tipo; serrilha de corda Numisma Leilões, 17 de Outubro 1996, Lisboa, Lote 34 Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 61.000,00
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João V (1706-1750) Ouro Dobra 1730 B 4.º tipo Valor Base: 25.000,00 Valor Final: 46.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Dobra 1732 R
Valor Base: 4.000,00 Valor Final: 10.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1730 serrilha de corda Valor Base: 25.000,00 Valor Final: 25.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1727 B
Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 82.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1728 B (1º tipo) Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 70.000,00
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NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1750 B com Carimbo de John Burger (1783-1795) Valor Base: 4.000,00 Valor Final: 20.000,00
D. João V (1706-1750)
Ouro Peça 1728 R Ex-Colecção Norweb, Nova Iorque, Março 1997, Lote 740
Valor Base: 35.000,00 Valor Final: 47.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1733 M Valor Base: 20.000,00 Valor Final: 36.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Peça 1734 M
Valor Base: 15.000,00 Valor Final: 21.000,00
D. João V (1706-1750)
Ouro Moeda 1707 R
Valor Base: 10.000,00 Valor Final: 24.000,00
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João V (1706-1750) Ouro Moeda 1727 M Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 54.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Meia Peça 1727R serrilha de corda
Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 51.000,00
D. João V (1706-1750) Ouro Meia Peça 1732 M Valor Base: 7.500,00 Valor Final: 17.500,00
D. José I (1750-1777)
Ouro Peça 1772 R com Carimbo John Burger (1783-1795)
Valor Base: 4.000,00 Valor Final: 14.000,00
D. Maria II (1834-1853)
Ouro 5000 Réis 1836 bordo liso Ensaio Colecção Marrocos, Numisart, Genève, 1995 Valor Base: 10.000,00 Valor Final: 26.000,00
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NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João, Príncipe Regente (1799-1816) Brasil
Ouro Barrinha da Casa de Fundição de "Sabará"; Ensaiador: JPP - José Pinto Pereira; escudo oval SABARÁ, galhos caídos, colecção privada (JLS.E.); nº 386, data 1815; 5 oitavas, 54 grãos; peso teorico 20,62, peso efectivo 19,40; título 22 quilates 1 grão; raridade R5; Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 43.000,00
Esta barra era do construtor carioca, Dr. Silvio Dorsa, que a vendeu à firma Hermann Porcher, São Paulo, por intermédio do Dr. António Luis Ipolito. Esta firma ofereceu a peça em seu Catálogo de leilão de 20.8.1950 sob Ref. B-1, sem indicar preço. Pouco depois a barra foi vendida para o coleccionador Dr. Julio Eberle, de Caxias do Sul (RS), que em 28.5.1974 vendeu a colecção ao negociante Arnaldo Russo, que revendeu a barra ao Sr. Walter Sutton, Rio de Janeiro, um dos proprietários da Nova America. Ao ficar cego o Sr. Sutton, vendi-lhe a colecção formidável de moedas, que na ocasião tinha 8 barras, mas esta barrinha, por ser a 3ª menor barrinha de Sabará - e barras abaixo de 6 oitavas são muito raras, resolvi comprar para a minha colecção, em encontro de contas então por 325.000,00, em 3.12.1980. In Ouro, em Pó e em Barra no Brasil (1754-1833) Kurt Prober
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João VI (1816-1826) Brasil
Ouro Barrinha da Casa de Fundição “Serro Frio”; Contramarcas na Barrinha: Armas do Rei ladeadas por SF, ensaiador AAB António Ávila Bettencourt, n.º 20, data 1820, peso: 1-1-2 (uma onça, uma oitava e dois grãos) peso teórico 32,37g peso efectivo 32,45g,Título 22 quilates 3 4/8 grãos, raridade R5 Spink America - Ex-colecção Norweb, Nova Iorque, 3 e 4 Março, 1997 - lote 1042. Valor Base: 40.000,00 Valor Final: 66.000,00
Esta barrinha pertenceu a Julius Meili, ao Rei Faruk e mais tarde a Norweb. “Era a peça de JULIUS MEILI - 1895 - Prancha LVII Nº 35 - Esta colecção foi doada ao ZUERICHER LANDESMUSEUM, de Zuerich (Suissa), que vendeu tôda a coleção MEILI a Pedro SPOERY, de São Paulo em 1925. Este retalhou a coleção por intermédio de HERMANN PORCHER, S. Paulo entre 1939/1945. A peça foi vendida por HERMANN PORCHER no Catálogo Leilão de 20.3.1939 - Ref. Nº 388 com o preço base de Rs$ 3:500$000. (ilustrada) Foi adquirida pelo Sr. Louis F. Ensch, diretor da Cia. BELGO-MINEIRA, de Sabará, que dela mandou fazer uma certidão do “PATRIMÕNIO HISTÓRICO, assinada pelo Sr. Epaminondas de Macedo, em Janeiro de 1940., atestando a sua autênticidade. A fotografia foi tirada de um “molde de gesso” em poder do Sr. PORCHER. Em 20.7.1951 vi a barra em poder do antiquário, do Rio, Sr. MAX GOLDWASSER, e em 21.3.1952 a comprei juntamente com outras 4 barras deste Sr. GOLDWASSER por 80 contos de réis, e revendi todo o lote por 90 contos ao Sr. HANS.M.F.SCHULMAN, de NEW YORK (USA). Schulman revendeu a peça ao REI FAROUK, do EGITO, e quando esta famosa coleção foi a leilão, pela firma SPINK, de Londres, lá estava relacionada a barra sob Ref. Nº 29. (Cat. SOTHEBY, LONDRES) - Preço base: 230 Libras. Depois disto a barra reapareceu no leilão de HANS.M.F.SCHULMAN, New York de 18.3.1955, sob Ref. Nº 1.911. Em 30.6.1987 a “KRAUSE PUBLICATIONS” mandou um XEROX (prova de pagina de futuro Catálogo), onde a barra está ilustrada, e por isto presumo que a peça esteja nos EE.UU. Foi descrita e ilustrada no meu livro “Circulação do Ouro em Pó e em Barra no Brasil”, de 1941 - sob Ref. Nº 104 In Ouro, em Pó e em Barra no Brasil (1754-1833) Kurt Prober
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D. Pedro I (Brasil Império) Ouro 6400 Réis 1827 R
Valor Base: 3.000,00 Valor Final: 14.500,00
Brasil Império
Ouro Barrinha da Casa de Fundição “Serro Frio”; Contramarcas na Barrinha: Armas do Império, ensaiador AAB António Ávila Bettencourt, n.º 115, data 1832, peso: 1-2-14 (uma onça, duas oitavas e quatorze grãos) peso teórico 36,55g peso efectivo 36,68g,Título 23 quilates. Colecção Álvaro Araújo Ramos. Ex-colecção J. Schulman (Amesterdão), leilão 26 de Junho 1926 - lote 331 AA. Carvalho Monteiro (Monteiro dos milhões); Sotheby’s (Londres), 4 de Dezembro 1986 - lote 313. Valor Base: Valor Final:
40.000,00 84.000,00
“Esta barrinha apareceu pela primeira vez no Catálogo de Leilão de J. Schulman, Amsterdam de 15.3.1909, ilustração 2174, que é a reprodução MARROM do verso. Era da Coleção de Alvaro de Araujo Ramos, PILAR (Bahia). Novamente a peça foi anunciada num Catálogo de J. SCHULMAN, Amsterdam, de 28.6.1928, sob Nº 331. Encontrei depois a barra na Coleção de THEODORO SAIBRO JARDIM, de Porto Alegre (RS), que em 1954 mandou vender a sua coleção por intermédio de um negociante de selos, do Rio - MARCIAL S. DIAS, Av. Rio Branco, e a peça estava relacionada na pg.5 da relação. Em Dezembro de 1954 a barra foi comprada, por intermédio de SANTOS LEITÂO E CIA, ao colecionador RENZO PAGLIARI, que disse que a peça se destina á coleção de D. IRENE DE ALMEIDA GIORGI, de São Paulo (SP), sua cunhada. Em meu livro “Circulação de Ouro em Pó e em Barra no Brasil” a peça foi relacionada e ILUSTRADA sob Ref. Nº.137. D. IRENE vendeu a peça a firma SPINK SONS, de Londres. Algum tempo depois a barra esteve relacionada no leilão de SOTHEBY’S, de Londres, de 4.12.1986” In Ouro, em Pó e em Barra no Brasil (1754-1833) Kurt Prober
NUMISMA | Colecção Porto Vintage 2015 – 2016
D. João III - Índia Ouro Escudo de S. Tomé IOA:III:POR:ET:AL:R/+:INDIA:TI:-:BI:CESSIT: ST São conhecidos 4 exemplares; EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO Ex-colecção Marrocos, Numisart, R. Michel, Genève, 5 Junho 1995, lote 135. Valor Base: 50.000,00 Valor Final: 65.000,00
O rei D. João III foi o segundo monarca português a cunhar moeda para os territórios da Índia Portuguesa. Foram batidas nas casas da moeda de Lisboa, Goa, Cochim e Malaca. A moeda que apresentamos neste leilão, o Escudo de São Tomé, foi lavrada em Lisboa. Trata-se de uma moeda de ouro que correu na Índia e da qual se conhecem apenas quatro exemplares. As moedas cunhadas pelos portugueses para circularem em território indiano têm hoje um grande interesse histórico e numismático e revelam a forma como Portugal impunha a sua soberania e influência.
Medalha - Arthur Cupertino de Miranda (1969)
Ouro 1969 Arthur Cupertino de Miranda. Fundador do Banco Português do Atlântico. Cinquenta anos de progresso para o progresso nacional. 1919/1969 Escultor: Leopoldo de Almeida; Emissão: 3 exemplares de ouro Valor Base: 17.500,00 Valor Final: 20.000,00
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Colecção PORTO VINTAGE 2015-2016
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