Revista Caras e Leilões n67

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numisma Revista semestral nº 67 • € 3 • ABRIL 2011

CARAS&LEILÕES

Importante Colecção do Comendador José da Costa Henriques

Como Filipe II conquistou Portugal As Raridades de 2010 Próximo Leilão dias 6 e 7 de Julho de 2011 – Tiara Park Atlantic Hotel

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A moeda de San Pedro de Alcantara

Director Javier Sáez Salgado Director Adjunto Jaime Sáez Salgado Chefe de Redacção Ana Miranda Colaboradores José Rodrigues Marinho, Hermínio Santos, José A. Godinho Miranda, Blanca Ramos Jarque, Guilherme Abreu Loureiro Direcção de Arte Ana Miranda Fotografia Manuel Farinha Assistente de Produção Raquel Moura Secretariado Cláudia Leote

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Redacção e Administração Av. da Igreja, 63 C 1700-235 Lisboa Tel.: 217 931 838 / 217 932 194 Fax: 217 941 814 numismaonline.com info@numismaonline.com

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Impressão Palmigráfica – Artes Gráficas, Lda.

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Notícias, novidades e curiosidades do mundo da Numismática 1

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EDITORIAL

Há boas notícias para quem tem apostado nas moedas de ouro. Tudo indica que, em 2011, o metal precioso vai continuar a valorizar-se. Depois de 10 anos de ganhos, alguns dos principais bancos mundiais acreditam que a popularidade do ouro está para ficar. O Goldman Sachs, por exemplo, prevê que atinja os 1690 dólares ainda em 2011, enquanto o HSBC estima que o preço continue a subir 8% durante esta década. O Merril Lynch acredita que, a curto-prazo, o preço deve ultrapassar os 1500 dólares. O ouro terminou o ano de 2010 com uma valorização de 30%, ultrapassando a barreira dos 1400 dólares/onça. É com este enquadramento optimista que a Numisma prepara 2011, com o ouro a “reinar” nos leilões previstos para este ano. Já em Maio, apresentaremos moedas de ouro de grande raridade, continuando uma tradição iniciada há mais de 20 anos e que nos tornou numa referência em Portugal e no estrangeiro, principalmente no Brasil. Mas não é só ouro e a sua valorização que nos estimulam. Tal como em anos anteriores, a temporada de 2011 dos leilões da Numisma privilegiará a raridade e os testemunhos sobre a História de Portugal. A moeda portuguesa é hoje apreciada e valorizada em todo o mundo e isso aumenta o seu potencial de valorização. O crescente interesse pelos leilões da Numisma, quer de coleccionadores, quer de investidores, são a prova de que a numismática portuguesa, com mais de 1500 anos de história, se considerarmos todo o tempo em que ainda não existia enquanto reino, está no topo mundial. Em 2011, o que move a Numisma são os valores de sempre: qualidade, raridade, inovação, História, valorização. Muito mais do que um investimento ou uma peça de colecção a moeda é, para nós, um símbolo de excelência e um testemunho histórico. Se com esta atitude contribuirmos para a criação de valor, quer para o investidor, quer para o coleccionador, a nossa missão ficará mais enriquecida. Javier Sáez Salgado

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DESTAQUE

Como Filipe II conquistou Portugal Por HERMÍNIO SANTOS

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erça-feira, 24 de Fevereiro de 1579. Filipe II de Espanha (I de Portugal) reúne-se com o seu “núcleo duro” de conselheiros, entre os quais se contam o cardeal de Toledo, o presidente de Castela, os marqueses de Aguillar e de Almaçan, o confessor do rei e um fiscal das Finanças. O objectivo era claro: avaliar o direito do monarca espanhol à coroa portuguesa. Uns dias antes, a 11 de Fevereiro de 1579, o então rei de Portugal, o cardeal D. Henrique, publicou um auto, em Lisboa, onde se pedia que os pretendentes ao trono apresentassem as suas razões e direitos. Foi precisamente durante o domínio de Filipe II em Portugal que se cunhou a moeda mais rara do último leilão de 2010 da Numisma: 500 Reais, em ouro. O que a distingue das outras cunhagens já conhecidas é o facto de a legenda do anverso ser interrompida pela coroa. É o único exemplar conhecido e a primeira moeda de ouro que correu durante o domínio filipino,1580 a 1640, com numeral romano a seguir ao nome do rei. Numa obra do investigador e professor espanhol Erasmo Buceta (tio avô de Jaime e Javier Salgado) – que, entre 1916 e 1954, leccionou

Espanhol nas universidades de John Hopkins e da Califórnia, em Berkeley, nos EUA – relata-se que o monarca espanhol, que viria a ser Filipe I de Portugal, convocou uma junta de “notáveis” para debater a questão dos seus direitos. O objectivo era encontrar argumentos jurídicos, mais do que políticos, que sustentassem as pretensões do monarca espanhol ao reino de Portugal. Neto de D. Manuel I, Filipe era, de facto, um dos mais bem colocados para assumir os destinos lusitanos. Mas apesar desses antecedentes, o rei espanhol queria certificarse de que as suas pretensões não eram vãs. Filipe II enviará vários emissários a Lisboa para fazer valer os seus argumentos. Buceta fala de um Guardiola, fiscal das Finanças que esteve na reunião da Junta, e do Duque de Osuna que foram à capital portuguesa entregar os argumentos jurídicos e políticos que sustentavam as ambições do monarca. Como escreve o investigador e professor espanhol, o rei português não tinha “argumentos adequados para fazer frente aos argumentos de um monarca determinado e com grande prepotência em alcançar os seus propósitos”.


COMO FILIPE II CONQUISTOU PORTUGAL

Foi precisamente durante o domínio de Filipe II em Portugal que se cunhou a moeda mais rara do último leilão de 2010 da Numisma: 500 Reais, em ouro.

Os princípios da ocupação espanhola do reino de Portugal foram definidos nas Cortes de Tomar, realizadas em 1581. Na História de Portugal de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro afirma-se que o chamado Estatuto de Tomar “reconhecia que Portugal não estava sujeito a Castela: era, na monarquia dos Habsburgo, um reino herdado e

não um reino conquistado”. Em Tomar, Filipe II reconheceu a autonomia do reino de Portugal, que teria as suas próprias instituições. Os ofícios da Fazenda, da Justiça, da Casa Real portuguesa, do exército e do governo das conquistas estavam reservados apenas aos naturais do reino. Na cunhagem de moeda, prometeu também respeitar os valores nacionais e manteve o

sistema monetário português independente do espanhol. Estes princípios que o monarca prometeu cumprir foram, aos poucos, desrespeitados pelos seus sucessores. Para os Filipes que se seguiram, Portugal passou apenas a ser visto como um fornecedor de armas e soldados para o Exército castelhano e de dinheiro, através da cobrança de impostos. NUMISMA CARAS & LEILÕES

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DESTAQUE LEILÃO 86

Um leilão para a história Moedas preciosas e raras, uma colecção de numismática que estava entre as mais importantes de Portugal, testemunhos da portugalidade, expectativa, interesse de investidores nacionais e estrangeiros e muita atenção dos media. Foi assim o último leilão da Numisma de 2010, que apresentou um conjunto inesquecível de 20 moedas únicas ou das quais se conhecem poucos exemplares. Intitulado “Importante colecção de moedas de ouro de Portugal e do Brasil – colecção Dr. Elmano Costa”, levou à praça 534 lotes, todos pertencentes à colecção, considerada uma das 10 melhores de Portugal. O grande destaque foi o lote 56, uma moeda de ouro de 500 Reais, de D. Filipe I (15801598), não só pelo facto de ser o único exemplar conhecido até hoje mas também pela “estrondosa” valorização: passou de um preçobase de 90.000 euros para 132.500. Uma marca histórica e que simboliza a alta qualidade da moeda e o interesse que despertou entre os investidores e coleccionadores. Esta era a moeda mais rara do leilão e estava na colecção há cerca de 25 anos. Não temos a certeza se será a que foi vendida em Paris, em Outubro de 1875, ano em que foi à praça a colecção Regnault. O catálogo desse leilão, com moedas inglesas, espanholas, portuguesas e americanas, está hoje conservado no Cabinet des Monnaies da capital francesa. O comprador da moeda tê-la-á oferecido a uma enfermeira espanhola, que o acompanhou e tratou até ao fim da vida. Chegou a Portugal através de um comerciante 6

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que a comprou a essa enfermeira ou a alguém da família da mesma. Mas se a moeda de 500 Reais foi a cereja no topo do bolo, o leilão ficou marcado por outros momentos altos, com moedas que duplicaram o valor do seu preço-base – como foi o caso da Peça 1777 B, de D. Maria I e D. Pedro II (1777-1786), que passou de 20.000 para 40.000 euros. A segunda moeda mais valiosa da noite foi um Justo, de D. João II (1481-1495), vendida por 100.000 euros. Este leilão foi um momento único na história da numismática portuguesa pois tratou-se de uma das poucas oportunidades para adquirir moedas portuguesas raríssimas – uma situação que, provavelmente, só deverá repetir-se daqui a algumas décadas. Foi, pois, a raridade e também o facto de serem cunhadas em ouro, um metal que tem vindo a valorizar-se todos os dias nos mercados financeiros, que fizeram destas moedas um excelente investimento financeiro. A colecção foi iniciada por Elmano Costa pai que, principalmente a seguir ao 25 de Abril e porque tinha mais tempo livre, lhe deu um forte impulso. Na década de 80 do século passado, o seu filho, Elmano Lerma de Sousa Costa, médico-cirurgião, entusiasmouse pela numismática. Foi graças a ela que, em 1986, se formou um grupo de amigos, que fundaram uma tertúlia, fomentaram o conhecimento, organizaram viagens onde os portugueses foram dominadores e foram a muitos leilões. Elmano Costa recorda-se ainda do primeiro leilão de moedas a que assistiu: na Suíça, onde foi vendida a colecção Abecassis.


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Dr. Manuel Alfredo de Mello folheando o livro «20 Anos – NUMISMA LEILÕES» (em cima) Irlei Soares das Neves fazendo uso da sua expressão habitual: «Tudo joia?...» (à esquerda)

Uma visão da sala onde se realizou o leilão da colecção Dr. Elmano Costa que contou com a presença do ilustre historiador Rainer Daehnhardt

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LEILÃO 86

TOP

10 do Leilão 86 1. 500 Reais | Ouro D. Filipe I (1580-1598) Preço-base: 90.000 euros Preço de venda: 132.500 euros Único exemplar conhecido. O que a distingue das outras cunhagens já conhecidas é o facto de a legenda do anverso ser interrompida pela coroa. É a primeira moeda de ouro que correu durante o domínio fi lipino, de 1580 a 1640, com numeral romano a seguir ao nome do rei.

2. Justo | Ouro D. João II (1481-1495) Preço de venda: 100.000 euros Uma moeda que, provavelmente, deve ser da primeira emissão dado que o abridor do cunho não estava certo da legenda do anverso. D. João II modificou o escudo do reino “tirando a cruz de Avis, tornando as quinas pendentes, e fixando em sete o número de castelos”, como escreve o numismata Teixeira de Aragão.

3. Dobra Pé Terra | Ouro D. Fernando I (1367-1383) Preço de venda: 90.000 euros Praticamente nova, tem relevo excelente e um bom retrato do rei em pé, sob um arco ogival, com armadura, espada ao alto e a mão esquerda sobre o escudo das quinas, como armas nacionais. Moeda medieval portuguesa de aceitação universal.

4. Peça 1722 L | Ouro D. João V (1706-1750) Preço-base: 45.000 euros Preço de venda: 75.000 euros A primeira Peça (6400 Réis) cunhada em Portugal. O contributo de D. João V para a moeda portuguesa foi notável. Criou uma das mais espectaculares séries monetárias de ouro de todos os tempos e cunhou moeda em praticamente todo o mundo, desde o Brasil a Goa. 8

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TOP 10

5. Peça 1822 R | Ouro D. João VI (1816-1826) Preço-base – 50.000 euros Preço de venda – 68.000 euros Foi na época de D. João VI que nasceu a primeira instituição bancária portuguesa, o Banco de Lisboa. Foi este monarca que introduziu as cunhagens de bronze de moedas de 20, 30 e 40 Réis ou Pataco.

6. 4 Cruzados 1642 | Ouro D. Pedro, Príncipe Regente (1667-1683) Preço-base: 45.000 euros Preço de venda: 58.000 euros Moeda muito rara, com carimbos “4 coroado” e “4400 coroado”, personifica as histórias das guerras da independência de Portugal em relação a Espanha e resulta do ajustamento da moeda de ouro que foi necessário fazer na época.

7. 4 Cruzados 1642 escudo ladeado | Ouro D. Pedro II (1683-1706) Preço-base: 40.000 Preço de venda: 50.000 euros Moeda com carimbos “4 coroado”, “4400 coroado” e cordão de marca de “esfera coroada”. Os tempos de regência e reinado de D. Pedro II ficaram para a história da moeda por duas razões: a introdução da cunhagem mecânica e a invenção da serrilha.

8. Dobra 1724 | Ouro D. João V (1706-1750) Preço-base: 45.000 euros Preço de venda: 56.000 euros Foi na sua época que o Brasil passou a ser a jóia da coroa do Império português, principalmente devido à descoberta de ouro e diamantes. Deu origem a uma fantástica série de moedas de ouro, hoje consideradas das mais belas do mundo. NUMISMA CARAS & LEILÕES

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9. Barra 1809 | Ouro D. João, Príncipe Regente (1799-1816) Casa de Fundição de Sabará Preço-base: 35.000 euros Preço de venda: 48.000 euros Estas barras resultam da transformação do ouro em pó que, no final do século XVII, no Brasil, circulava livremente como moeda. Para regular o seu escoamento e arrecadar o respectivo imposto a Coroa instalou diversas casas de fundição junto das principais regiões auríferas.

10. Peça 1777 B | Ouro D. Maria I e D. Pedro III (1777-1786) Preço-base: 20.000 euros Preço de venda: 40.000 euros A emissão de moeda de D. Maria I divide-se em duas fases: a primeira em nome da rainha e do seu marido, D. Pedro III (falecido em 1786), e a segunda apenas em seu nome. Foi neste reinado que começou a ser usado o papel-moeda em Portugal.

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Visão geral da sala onde decorreu o último leilão realizado pela NUMISMA em 2010 (em cima) O empresário Engº Romero Garcia e a Drª Maria Cristina Mota Gomes de Sousa Moraes (à direita)

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RARIDADES 2010

As outras raridades de 2010

A

restauração da independência de Portugal, a monarquia portuguesa e o Brasil foram os temas em destaque nos outros três leilões realizados em 2010 pela Numisma. No primeiro do ano, realizado em Março, que reuniu 738 lotes de moedas, medalhas e livros, a grande atracção foi a moeda de 4 Cruzados, de 1642 em ouro, cunhada após a recuperação da soberania portuguesa ao reino de Espanha, em 1640. Classificada como muito rara, foi à praça com um preço-base de 20.000 euros. Também as medalhas mereceram um lugar de relevo neste leilão, principalmente duas e ambas classificadas como muito raras.

Uma delas é de 1959 e pertenceu ao escultor Álvaro de Brée. Representa o jubileu de António de Oliveira Salazar. A segunda, de João da Silva, tem a data de 1953 e assinala os XXV Anos de Estabilidade Governativa. Seis moedas de ouro da monarquia portuguesa da mais alta raridade foram a principal “referência” do segundo leilão de 2010 da Numisma, realizado em 30 de Junho e 1 de Julho. Aquelas pesavam 53 gramas e o preço-base total foi de 190.000 euros, cerca de 3.600 euros por cada grama. A moeda mais antiga deste lote era um Espadim, do tempo do D. João II, e foi à praça com um preço inicial de 20.000 euros. A mais cara foi a de 500 Reais cunhada pelo cardeal D. Henrique pouco antes de

Espanha ter começado a governar Portugal, em 1580. Esta moeda foi vendida por 48.000 euros. Em Outubro, a Numisma apresentou em leilão 500 moedas de ouro de Portugal e do Brasil. A mais rara era um Meio Justo, de D. João II, tendo sido também a que a atingiu o preço mais elevado: 20 000 euros. É considerada pelos especialistas como muito rara. O leilão apresentou um extraordinário conjunto de 200 moedas de ouro cunhadas no Brasil, nas cidades da Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre elas encontravam-se peças extremamente raras, como a Dobra de 1727 (Bahia), com um preço-base de 12 500 euros, vendida por 14.500 euros.

As moedas mais valiosas de cada leilão Leilão 83 – 4 Cruzados 1642 | Ouro

D. João IV (1640-1656) Preço de venda: 20.000 euros Cunhada após a recuperação da soberania portuguesa ao reino de Espanha, em 1640.

Leilão 84 – 500 Reais | Ouro

D. Henrique I (1578-1580) Preço de venda: 48.000 euros Assumiu os destinos do reino após a morte de D. Sebastião, em Marrocos. Em ouro, só cunhou moedas de 500 Reais. Terá sido emitida no seguimento do tipo comum estabelecido por D. Sebastião através de uma lei de 2 de Janeiro de 1560.

Leilão 85 – Meio Justo | Ouro

D. João II (1481-1495) Preço de venda: 20.000 euros O Meio Justo valia 300 reais, metade do valor do Justo. Também foi designado por Espadim de Ouro, pela sua semelhança com o Espadim de bolhão de D. Afonso V.

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O «núcleo duro» da NUMISMA atento às licitações (em cima) Jaime Salgado sempre disponível para prestar esclarecimentos (à esquerda)

Javier Salgado tenta demover Ferreira Leite de abandonar a sala após a conclusão da primeira parte do leilão

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Próximo Leilão Importante Colecção de Moedas de Ouro e Prata de Portugal e do Brasil Colecção Comendador José da Costa Henriques

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Dias 6 e 7 Julho 2011 Tiara Park Atlantic Hotel

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O Conselho Científico da NUMISMA subscreve a filosofia de Bento Morganti «Se não te agradar o estylo, e o methodo, que sigo, terás paciência, porque naõ posso saber o teu genio; mas se lendo encontrares alguns erros, (como pode suceder, que encontres) ficar-tehey em grande obrigação se delles me advertires, para que emendando-os fique o teu gosto mais satisfeito.» Bento Morganti, Nummismalogia, Lisboa, 1737, no Prólogo: «A Quem Ler»

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