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Pôsteres
nidade escolar, especificamente educandos, educadores e responsáveis, para que a temática da saúde e promoção da alimentação saudável fosse desenvolvida de forma conjunta, por meio de atividades e discussões relacionadas à importância do consumo e valorização de alimentos naturais, utilizando a horta escolar como instrumento base para a temática. Foram realizados dez encontros, sendo quatro destes para observação do local e diagnóstico (reuniões de equipe; observação do local e rotina; acompanhamento das refeições e avaliação antropométrica), outros quatro encontros foram de intervenção (oficina de preparo da horta com as crianças; oficina de montagem da horta e composteira, piquenique e plantão de dúvidas com a família; bate-papo com os responsáveis; cuidado da horta com os educandos e colheita e preparação culinária com as crianças) e dois últimos encontros para avaliação (roda de conversa com os responsáveis e reunião com a equipe pedagógica). A horta escolar se mostrou uma ferramenta chave para o desenvolvimento das atividades de EAN, contribuindo para a criação de vínculo de toda a comunidade escolar com o cultivo e consumo de alimentos e temperos naturais. A mudança nos hábitos alimentares é um desafio complexo e de longo prazo, e a capacitação dos atores sociais envolvidos na comunidade escolar potencializa a efetividade e sustentação das mudanças e melhorias nos aspectos alimentares das crianças. tuais de presença dos aditivos por classe e por grupo de alimentos. Foram coletados dados de 108 alimentos, dentre estes, o total de aditivos presentes foi de 115, que foram agrupados em 19 classes de acordo com a sua funcionalidade. Os corantes (18,8%), estabilizantes (9,8%), emulsificantes (9%) e aromatizantes (8,8%) foram os aditivos mais presentes em todos os grupos dos alimentos avaliados, e os espumantes, gelificantes, glaceantes e melhoradores de farinha foram verificados em menor percentual. Considerando os grupos de alimentos, os aditivos estavam mais presentes no grupo dos doces (26,9%) e produtos cárneos (25,5%). Diante do exposto, observou-se a presença de diversos tipos de aditivos nos produtos alimentícios analisados destinados para população infantil, com destaque para os corantes, estabilizantes, emulsificantes e aromatizantes, nos quais estavam mais presentes em alimentos doces e em produtos cárneos. Entretanto, outros estudos devem ser realizados na perspectiva de quantificar a presença de aditivos em alimentos industrializados, além de estudos que promovam uma maior elucidação dos efeitos adversos à saúde. Palavras-chave: Aditivos Alimentares. Risco. Saúde da criança. Rotulagem de alimentos.
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A GARANTIA DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL EM TEMPOS PANDÊMICOS DE COVID-19: ALGUMAS QUESTÕES ESSSENCIAIS
CAVALCANTE, R.M.S.; NOGUEIRA, N.N. Universidade Federal do Piauí. Picos/Piauí/Brasil. Regina Márcia Soares Cavalcante Pôster
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi analisar como o direito humano à alimentação adequada e saudável está sendo consolidado durante a pandemia de COVID-19. METODOLOGIA: Estudo qualitativo e exploratório, realizado por meio de uma revisão narrativa de literatura, construída a partir da busca de artigos nas principais bases de dados em saúde no mês junho de 2021. RESULTADOS: A pandemia de COVID-19 tem se mostrado um dos maiores desafios de saúde pública deste século, especialmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. Isso ocorre devido à grande desigualdade social e demográfica, característica marcante do país, que traz consigo, péssimas condições de habitação e saneamento, acesso precário ou irregular à água, dificuldades aumentadas de acesso aos serviços de saúde, frequente situação de aglomerações nos núcleos familiares numerosos, alta prevalência de doenças crônicas e, dentro deste contexto a consequente violação de inúmeros direitos humanos. Dentre estes pode-se destacar o descumprimento do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) que causa forte ameaça à concretização da segurança alimentar e nutricional do país. A urgência na adoção de medidas efetivas para a contenção da doença, em especial o isolamento social, gerou graves impactos econômicos em todos os segmentos sociais, como o aumento do desemprego, diminuição do acesso a bens essenciais como a alimentação, tornando ainda mais vulnerável o estado de saúde de grande parte da população. E na logística de enfretamento desta calamidade pelas nações, a presença de ações racionais e coordenadas dos governos são vitais, o que não tem acontecido no Brasil, onde o governo federal tem tomado ações desorientadas, desarticuladas e sem respaldo científico, o que tem determinado um
agravamento dos impactos sociais, econômicos e na saúde, provocados pela COVID-19, e assim aumentando a insegurança alimentar CONCLUSÕES: Os países em desenvolvimento , com economia frágil e grande parte da população em estado de vulnerabilidade social tem sofrido demasiadamente com a pandemia de COVID-19, tendo a população mais carente, muitos de seus direitos básicos violados, especialmente o Direito à Alimentação Adequada e Saudável, o que fragiliza ainda mais o estado de saúde destas populações, potencializando o risco de contaminação pela doença. No Brasil esta situação é ainda mais agravada pela ausência de posturas coerentes da gestão política central do país, o quem dificultado bastante a mitigação desta calamidade.
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A INFLUÊNCIA DA MÍDIA SOCIAL NO HÁBITO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES.
Finzch Silva, L. Gimenez Casagrande, J. Universidade Paulista – UNIP. Alphaville/Brasil Leonardo Finzch Silva Pôster
Objetivo: Avaliar a influência das redes sociais e televisão associado aos hábitos alimentares em adolescentes com idade entre 10 à 14 anos de uma escola privada localizada no município de Caieiras, em São Paulo. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem transversal. Foram selecionados 75 adolescentes de ambos os sexos, do ensino fundamental II. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o parecer n0 32543420.4.0000.5512. Foi realizado, de maneira virtual, devido a pandemia do COVID-19, e os participantes deram o consentimento por meio de termos de assentimento e consentimento livre e esclarecido. Foram criados dois questionários para a análise da coleta de dados, um para verificar a frequência de utilização das mídias sociais, comparando com a alimentação e outro para análise dos hábitos alimentares. Realizado uma palestra informativa de intervenção nutricional. A avaliação dos hábitos alimentares foi realizada com base nas orientações descritas no Guia Alimentar para a População Brasileira. Foi utilizado o programa Microsoft Excel versão 14.7.7: Mac 2011. Resultados: 56 alunos responderam os questionários da pesquisa, seguido pelos critérios de exclusão. Verificou-se que a maioria dos adolescentes são do sexo feminino (73%), e todos com idade média de 12,3 anos. Na análise dos hábitos alimentares, com os alimentos saudáveis, 95% dos alunos consomem arroz e 57% feijão, frutas, legumes e verduras mais de cinco vezes por semana. No consumo de salgados, 75% consomem de uma a três vezes por semana, 16% dos alunos não consomem e apenas 9% consomem mais de cinco vezes por semana. Nos doces, a maioria consome de uma a três vezes por semana (82%) e o restante dos alunos (18%) consomem mais de cinco vezes por semana (gráfico II). Os adolescentes que utilizam redes sociais diariamente (87%) e se sentem influenciado de alguma forma, tal como os que assistem televisão junto com refeições, onde 37% dos alunos responderam sempre ou frequentemente, 45% as vezes ou raramente e apenas 18% dos alunos nunca fazem isso, possuem uma probabilidade maior de ter um hábito alimentar inadequado, com alto consumo de alimentos industrializados, sendo considerados um grupo de risco nutricional. Conclusões: O artigo evidenciou a importância da análise dos hábitos alimentares dos adolescentes, possibilitando a identificação no consumo de hábitos alimentares não saudáveis, tendo relação com as mídias sociais, sendo prejudicial para um adequado comportamento alimentar. torna-se essencial a promoção precoce do aprendizado de hábitos alimentares, visando a saúde e qualidade de vida dos adolescentes, pois são hábitos que serão consolidados para a vida adulta.
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A RELAÇÃO ENTRE A CARGA GLICÊMICA DA DIETA E O ALZHEIMER.
Pereira, L., Oliveira, T. e Mazepa, L. Faculdade Paranaense – FAPAR, Curitiba, Brasil. Letícia Mazepa Pôster
O objetivo desse trabalho foi investigar a relação entre carga glicêmica da dieta e a doença de Alzheimer. Essa revisão narrativa concentrou as buscas dos estudos no portal PubMed, utilizando os descritores “Alzheimer Disease” “Glycemic Index” e “Type 3 diabetes” na língua inglesa, combinados com o operador booleando “AND”. Foram descartados estudos que não fossem publicados nas línguas português, inglês e espanhol, e os que não apresentaram texto completo. Foram incluídos artigos com data de publicação a partir de 2011. A doença de Alzheimer tem caráter neurodegenerativa e acomete milhões de adultos no mundo causando danos irreparáveis nas funções cognitivas, especialmente por desenvolver emaranhados de β-amilóide, uma proteína presente nas sinapses
neuronais. Ainda existe uma carência científica em relação às evidências que comprovem a etiologia do Alzheimer, mas se sabe que a alteração do metabolismo da glicose pode favorecer, sendo a carga glicêmica da dieta um dos fatores de interesse. Um estudo transversal realizado com 128 adultos com idade maior ou igual que 65 anos relacionou a ingestão de carboidratos e açúcares com a carga amiloide. A avaliação do consumo alimentar se deu pela aplicação de um questionário de frequência alimentar e, a carga amiloide foi verificada com exames de imagens. Os resultados mostraram que os padrões dietéticos com altos valores glicêmicos estão associados com uma carga maior de amiloide cerebral. Ainda nesse estudo, a aplicação de um teste neuropsicológico demonstrou que os participantes que mantinham uma dieta com altos índices glicêmicos apresentaram baixo desempenho cognitivo. Essa alteração da glicose relacionada à padrões alimentares também foi associada à um declínio cognitivo nos participantes de um estudo que avaliou 830 adultos maiores de 50 anos. Foram aplicados testes para verificar a possível associação entre desempenho cognitivo, memória, habilidade verbal, habilidade espacial, glicose sanguínea e a carga glicêmica presente na dieta. Esses dados apontam que um dos principais fatores de riscos para o desenvolvimento de demência e posteriormente Alzheimer em adultos é a Diabetes, na qual os valores de glicose estão alterados e os padrões alimentares normalmente apresentam altos valores glicêmicos, condições favoráveis ao aparecimento de emaranhados de peptídeos de β-amilóide. Outra característica presente em pacientes com diabetes é a resistência à insulina. Um estudo randomizado, que investigou a relação entre a resistência à insulina e o surgimento de Alzheimer em 23 participantes com idade média em 74 anos, concluiu que essa alteração pode ser considerada um marcador de risco para a doença e que está associado com deficiências cognitivas leves, considerado o estágio inicial do Alzheimer. Um estudo randomizado utilizou a suplementação de 180 mg por dia de curcumina em pacientes com idade média de 50 anos e alto risco de desenvolver Alzheimer e Diabetes tipo 2. Foi possível observar a redução da resistência à insulina em relação aos pacientes que receberam o placebo. Portanto, o padrão alimentar parece refletir como um fator de risco alterável para o desenvolvimento de doença de Alzheimer, especialmente em relação à alta carga glicêmica da dieta. Nesse mesmo sentido, a prevenção e controle da Diabetes também devem ser alvos na redução do risco de desenvolvimento do Alzheimer, uma vez que alterações no metabolismo da glicose e da resistência à insulina podem ser regulados com uma alimentação adequada e até mesmo com o uso de suplementação. Fatores nutricionais que atuem na modulação de insulina e glicose devem ser estudados para atuarem contra o desenvolvimento de doenças que alterem a cognição de pacientes. REFERENCIAS TAYLOR, Matthew K; SULLIVAN, Debra K; SWERDLOW, Russell H; VIDONI, Eric D; MORRIS, Jill K; MAHNKEN, Jonathan D; BURNS, Jeffrey M. A high-glycemic diet is associated with cerebral amyloid burden in cognitively normal older adults. The American Journal Of Clinical Nutrition, [S.L.], v. 106, n. 6, p. 1463-1470, 25 out. 2017. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.3945/ajcn.117.162263. SEETHARAMAN, S.; ANDEL, R.; MCEVOY, C.; ASLAN, A. K. Dahl; FINKEL, D.; PEDERSEN, N. L.. Blood Glucose, Diet-Based Glycemic Load and Cognitive Aging Among Dementia-Free Older Adults. The Journals Of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, [S.L.], v. 70, n. 4, p. 471-479, 22 ago. 2014. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/gerona/glu135. BAKER, Laura D.; CROSS, Donna J.; MINOSHIMA, Satoshi; BELONGIA, Dana; WATSON, G. Stennis; CRAFT, Suzanne. Insulin Resistance and Alzheimer-like Reductions in Regional Cerebral Glucose Metabolism for Cognitively Normal Adults With Prediabetes or Early Type 2 Diabetes. Archives Of Neurology, [S.L.], v. 68, n. 1, p. 51-7, 1 jan. 2011. American Medical Association (AMA). http://dx.doi.org/10.1001/ archneurol.2010.225. THOTA, Rohith N; ROSATO, Jessica I; DIAS, Cintia B; BURROWS, Tracy L; MARTINS, Ralph N; GARG, Manohar L. Dietary Supplementation with Curcumin Reduce Circulating Levels of Glycogen Synthase Kinase-3β and Islet Amyloid Polypeptide in Adults with High Risk of Type 2 Diabetes and Alzheimer’s Disease. Nutrients, [S.L.], v. 12, n. 4, p. 1032, 9 abr. 2020. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/ nu12041032.
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AÇÃO ANTIBACTERIANA DE TEMPEROS ÁRABES
Almeida, V.S.; Calil, F.F.; Geromel, M.R.; Fazio, M.L.S. Instituto Municipal de Ensino Superior - IMES, Departamento de Nutrição, Catanduva, São Paulo, Brasil Viniccius Silva de Almeida Pôster Objetivo: A presente pesquisa apresentou como objetivo avaliar a ação antimicrobiana de alguns temperos árabes comumente utilizados na gastronomia sobre algumas bactérias. Metodologia: Diante disso, o estudo avaliou a ação antimicrobiana dos extratos de temperos árabes Zaatar (ZA), Pimenta Síria (PS), Mahleb (MA), Pistache (PI) e Snobar (SN), e também suas combinações. As amostras foram impregna-
das em discos de papel filtro de 6 mm de diâmetro, próprios para antibiograma, colocados em placas de Petri com meio de cultura apropriado, semeado previamente com os seguintes microrganismos: Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Escherichia coli, Salmonella Typhimurium, Salmonella Enteritidis e Staphylococcus aureus, posteriormente incubadas a 35 °C/ 24 – 48 horas. A ação antimicrobiana foi considerada eficaz para aqueles que apresentaram halos iguais ou superiores a 10 mm. Resultados: As amostras de temperos demonstraram eficiência e podemos destacar o Zaatar que inibiu um maior número de bactérias individualmente (04) e também combinado com outros temperos (12). A bactéria S. aureus foi a que sofreu maior inibição pelo número de extratos (07). Os microrganismos Bacillus cereus e Bacilus subtilis não sofreram ação inibitória satisfatória quando testadas com extratos puros. A combinações SN+PS, SN+MA, PS+PI e MA+PI, não apresentaram nenhuma ação antimicrobiana. Conclusão: Os temperos árabes estudados são uma ótima opção para a conservação de alimentos e destacamos o Zaatar sendo o tempero que apresentou maior eficiência na ação antibacteriana.
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ANÁLISE DE CARDÁPIOS E VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICO-ESTRUTURAIS DE UANS PENITENCIÁRIAS DE UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
Barros, N.V.A*; Costa, L.P.; Rocha, R.E.; Oliveira, J.M.S; Santos, G.M.; Gomes, S.A.B.; Oliveira, E.S.; Cavalcante, R.M.S; Sousa, P.V.L. Universidade Federal do Piauí, Picos, Piauí, Brasil. Nara Vanessa dos Anjos Barros Pôster
Objetivo: Analisar os cardápios e as condições físico-estruturais de unidades de alimentação e nutrição (UANs) penitenciária de um município do nordeste brasileiro. Metodologia: A verificação e análise dos cardápios oferecidos nas instituições de reclusão foi realizada utilizando-se do método AQPC (Análise Qualitativa das Preparações do Cardápio). Avaliou-se as condições higiênicossanitárias das penitenciárias por meio do check-list elaborado tendo como base as resoluções brasileiras vigentes (RDC nº 275/2002 e a de n° 216/2004). As penitenciárias foram codificadas como “Penitenciária A” e “Penitenciária B” a fim de manter o anonimato das instituições de reclusão. As UAN’s foram classificadas, quanto à adequação dos requisitos, como: Muito boa: 91% a 100% de adequação dos requisitos; Boa: 70% a 90% de adequação dos requisitos; Regular: 50% a 69% de adequação dos requisitos; Ruim: 20% a 49% de adequação dos requisitos; Muito ruim: 0% a 19% de adequação dos requisitos. Resultados: O grupo dos folhosos, carne gordurosa e fritura eram ofertados nos sete dias da semana (100%), além de possuir baixa frequência de cores iguais (28,57%) na semana, bem como não eram ofertadas frutas, alimentos com enxofre e doce, e a oferta concomitante de fritura e doce. As duas UAN’s penitenciárias apresentaram elevado percentual de inconformidades, no qual a Penitenciária B obteve maior percentual com 84,68%, sendo esta classificada como muito ruim e a Penitenciária A como ruim. Conclusão: Devido à precariedade do serviço de alimentação ofertado ao público e, por si só, a exposição destes ao processo saúde-doença e a má qualidade de vida a que são submetidos, faz-se necessário ressaltar a importância de aliar-se boas práticas de manipulação de alimentos, estrutura física adequada e qualidade nutricional das preparações, para que, só assim, a alimentação seja dita como adequada e digna.
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APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE PADRONIZAÇÃO EM MEDIDAS CASEIRAS PARA COLETA DE AMOSTRAS ALIMENTÍCIAS EM RESTAURATES
SOUZA, T.; SANTELMO, L.; RESE, I.; HAIDER, J. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. São Leopoldo - RS. Tatiana Souza Pôster
O objetivo deste estudo foi a aplicação de um método que ofereça padronização em medidas caseiras para a coleta de amostras alimentícias, a fim de coletar a quantidade correta preconizada pela Vigilância Sanitária com mais precisão e fácil entendimento do coletador responsável, para quando necessitar de análise estar no peso correto. Metodologia: Estudo realizado em uma unidade de alimentação coletiva privada, localizada na cidade de São Leopoldo (RS). Foi realizada uma pesquisa observacional sobre a forma como as manipuladoras realizavam a coleta de amostras e foi observado a quantidade em gramas insuficientes coletada, através de uma análise do peso das amostras em uma balança de cozinha. Após, optou-se por fazer uma roda de conversa, visto que as manipuladoras já estavam habituadas a fazer a atividade, onde foram discutidos os procedimentos errados realizados no ato da coleta de amostra e foi apresentado um
material explicativo sobre a forma correta de realizar a coleta. Quanto à padronização das medidas caseiras, foi apresentada uma tabela com a especificação do tipo de alimento, utensílio e medida caseira para a coleta de amostras. Depois da roda de conversa, as manipuladoras foram convidadas a coletar as amostras novamente, dessa vez utilizando os conhecimentos passados anteriormente, juntamente com a tabela de padronização. Em seguida, as amostras coletadas também foram pesadas na balança de cozinha, a fim de garantir que possuíssem o mínimo de 100 gramas, como preconizado. Resultados: Antes da utilização do método de padronização em medidas caseiras para coleta de amostras, as manipuladoras da unidade não atingiam a quantidade mínima solicitada pelo item 9.26 da Portaria SES/RS 78/2009. Ao aplicar o método, a quantidade coletada das amostras passou a ter maior precisão e de acordo com a legislação. Conclusão: A roda de conversa foi essencial para corrigir erros no procedimento de coleta de amostras, assim como, constatou-se que é eficiente o uso do método de padronização de medidas caseiras para coleta de amostras. Pois como foi visto, o uso do método possibilitou que o peso da amostra fosse mais próximo das 100 gramas exigidas pela legislação, a qual é importante para detectar casos de Doenças Transmitidas por Alimentos, através de análises microbiológicas, quando houver necessidade. Mega Evento Nutrição 2021
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ASSOCIAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO COM A CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSAS
PENTEADO DCR1, MURARO AP1,2, GORGULHO BM1,2, RODRIGUES PRM1,2, FERREIRA MG1,2. 1Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. 2Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Dayane C. Rodrigues Penteado Pôster
Objetivo: Verificar a associação do comportamento sedentário com a capacidade funcional em idosas. Métodos: Estudo transversal com idosas de 60 anos ou mais, matriculadas em centros de convivência para idosos em uma capital da região Centro-Oeste do Brasil. O comportamento sedentário foi avaliado pelo tempo despendido na posição sentada e caracterizado pela permanência nessa posição por um tempo ≥ 180 min/dia. A capacidade funcional foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB). O teste do Qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado foi de 5%. As análises estatísticas foram conduzidas no software SPSS, versão 20.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da área da saúde da Universidade Federal de Mato Grosso, sob o parecer nº 3.598.400. Resultados: Participaram do estudo 409 idosas, com idade média de 69,0 anos (DP= 6,4). A prevalência de capacidade funcional reduzida foi de 65%. Observou-se que 58% das idosas apresentaram comportamento sedentário. A capacidade funcional reduzida foi mais frequente entre as idosas com comportamento sedentário em comparação às consideradas não sedentárias. (p=0,01). Conclusões: A prevalência de capacidade funcional reduzida entre as idosas foi elevada e associada ao comportamento sedentário. Considerando a elevada prevalência de comportamento sedentário nessa população, estratégias de incentivo à prática regular de atividade física e atividades lúdicas que envolvam movimentos poderiam ser adotadas como modo de reduzir o tempo gasto com comportamentos sedentários, contribuindo para a melhoria da capacidade funcional da população idosa. Palavras-chave: Idoso. Capacidade funcional. Comportamento sedentário.
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ATITUDES SUSTENTÁVEIS NO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO HOSPITALAR: USO DA BIOMASSA DE BANANA VERDE
Barrios WD; Bononi TCS; Nakajima D. Hospital São Camilo Granja Viana – São Paulo – SP - Brasil Weruska Davi Barrios Pôster
RESUMO Introdução: Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FAO, Dietas Sustentáveis são aquelas com baixo impacto ambiental que contribuem para a segurança alimentar e nutricional e para a vida saudável das gerações presentes e futuras. O caminho comum das dietas sustentáveis na Nutrição Hospitalar, aborda os vínculos entre agricultura, saúde, meio ambiente e a produção hospitalar através da dietoterapia. Isso envolverá as três grandes áreas do Serviço de Nutrição e Gastronomia Hospitalar – Cozinha, Copa e Nutrição Clínica – e seus processos dentro da cadeia produtiva da dieta do cliente. Na Gastronomia os espessantes servem para dar mais corpo a molhos, sopas, cozidos e braseados. O tipo de espessante utilizado em cada preparação terá
um efeito definitivo no prato final. Na Gastronomia Hospitalar, sempre que possível, aliamos as técnicas da gastronomia com a potência nutricional dos alimentos. Neste contexto a biomassa de banana verde é um poderoso aliado tanto no seu poder de encorpar os alimentos, quanto na sua vitalidade nutricional. Fonte de amido resistente, considerado um prebiotico natural, tem seus benefícios comprovados nos distúrbios gastrointestinais, obstipação, metabolismo glicêmico, controle de peso e complicações renais e hepáticas associadas ao diabetes. Objetivo: Implantar a produção e o uso da biomassa de banana verde agroecológica no serviço de nutrição hospitalar. Metodologia: O projeto foi aplicado no período de maio, junho e julho de 2020 para o grupo de Nutrição clínica e produção incluindo cozinheiros e auxiliares de um Hospital Privado da cidade de Cotia, região Metropolitana de São Paulo. Foi dividido em 3 etapas: Etapa 1: sensibilização e capacitação. Nesta etapa foi aplicado uma trilha de aprendizagem com 5 encontros teórico-prático abordando sustentabilidade, classificação nova segundo Guia Alimentar para a população Brasileira - alimentos ultraprocessados, bases da gastronomia aromáticos, bases da gastronomia fundos e caldos, e por fim espessantes e ligações explorando espessantes naturais como a biomassa de banana verde e suas aplicações no cardápio da unidade. Etapa 2: testes de receitas e desenvolvimento de padrões e fichas técnicas. Nesta etapa exploramos a utilização da biomassa na produção do feijão (como espessante), na produção de sobremesas para dieta para disfagia, como papa de fruta e mingau, e sobremesas mais elaboradas como “ganache de chocolate” e “brigadeiro de biomassa”. Etapa 3: Aplicabilidade prática com a inserção no cardápio do paciente e colaborador. Resultados: Ao todo foram 10 horas de treinamentos práticos e teóricos realizadas na etapa 1, sendo aplicados em toda equipe responsável pela produção dos alimentos (cozinheiros e auxiliares), Nutricionistas de clínica e produção, além da supervisão. Os testes foram realizados pela equipe de cozinha, supervisionados pela Nutricionista de produção e estagiários de nutrição, além da coparticipação da Nutrição Clínica na avaliação e análise sensorial com critérios dietoterápicos. Conclusão: Concluímos que é possível a produção da biomassa de banana verde na cozinha hospitalar e sua inserção em preparações usuais como feijão, papas e mingaus, sendo de fácil manejo na operação, baixo impacto sensorial nas preparações clássicas e contribui com alto valor nutricional.
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ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS CÍTRICOS
Bazan, J.; Geromel, M.; Fazio, M. L.Instituto Municipal de Ensino Superior - IMES, Departamento de Nutrição, Catanduva, São Paulo, Brasil Maria Luiza Silva Fazio Pôster
Objetivo: A presente pesquisa apresentou como objetivo avaliar a ação antimicrobiana de óleos essenciais cítricos sobre algumas bactérias. Metodologia: Diante disso, para a realização deste trabalho foram utilizados óleos essenciais de laranja doce, laranja sanguínea, limão siciliano e limão Tahiti, impregnados em discos próprios para antibiograma de 6 mm de diâmetro; distribuídos em placas de Petri com meios de cultura apropriados, semeados previamente com os seguintes microrganismos: Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Escherichia coli, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhimurium e Staphylococcus aureus, posteriormente incubadas à 35º C/24 – 48 horas. Considerou-se de ação antimicrobiana eficaz aqueles que apresentaram halos iguais ou superiores a 10 mm. Resultados: Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium foram inibidas de forma eficaz pelo óleo essencial de laranja sanguínea, apresentando halos de 15 e 20 mm, respectivamente. O óleo essencial de limão Tahiti inibiu de maneira eficiente todas as bactérias testadas; apresentando as melhores ações sobre Salmonella Enteritidis (halo de 45 mm), Bacillus cereus (halo de 30 mm), Salmonella Typhimurium (halo de 30 mm) e Staphylococcus aureus (halo de 30 mm). Os óleos essenciais de limão siciliano e laranja lima não inibiram nenhum dos microrganismos. Conclusão: O melhor resultado foi verificado para o óleo essencial de limão Tahiti sobre Salmonella Enteritidis (halo de 45 mm).
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ATUAÇÃO DO ZINCO NA SAÚDE DA MULHER E SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
PORTELLA, F.; BARCELLOS, J. Centro Universitário São Camilo. São Paulo. Brasil. Fernanda Portella Pôster. OBJETIVOS: Analisar dados que demonstrem a correlação positiva entre o mineral Zinco, a saúde da mulher e Síndrome do Ovário Policístico. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática acerca da correlação entre o papel/ ingestão do zinco e o possível benefício na saúde da mulher de modo geral e, mais especificamente, da sua atuação positiva em casos de Síndrome do Ovário Policístico (SOP). A
coleta de dados foi feita a partir das plataformas Scielo e PubMed, com estudos dos anos de 2016 a 2021. Foram utilizados para a busca 4 descritores sendo eles, “zinco”, “SOP”, “saúde”, “fertilidade”, por meio da técnica booleana AND/OR. Como critérios de inclusão foram utilizados os idiomas português, inglês e tempo de publicação do estudo. RESULTADOS: O zinco possui diversas funções fisiológicas no organismo humano, está envolvido na estabilização de membranas estruturais e na proteção celular, prevenindo a peroxidação lipídica. Diversas enzimas e proteínas contendo zinco participam do metabolismo de proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos, e estudos relativamente recentes mostram a função dele na fertilidade humana. O zinco também contribui para o papel antioxidante, devido a sua capacidade de competir com os metais ferro (Fe+) e cobre (Cu+) pelos sítios de ligação nas membranas celulares. Os fatores que podem levar à deficiência de zinco mais comuns são: consumo inadequado de zinco, deficiência de zinco pela nutrição parenteral total, consumo de fitatos e fibras que diminuem a biodisponibilidade do mineral, desnutrição energético-proteica (DEP), má-absorção, insuficiência renal crônica entre outras doenças. Os efeitos da deficiência de zinco, resultam na redução da atividade de diversas enzimas, e têm sido bastante explorados com relação à maturação testicular e fertilidade em geral. Para saúde da mulher em especial a inadequação do consumo deste mineral pode propiciar grandes alterações, como alterações na secreção de insulina e agravar a resistência à insulina, comumente vista em portadoras de síndrome do ovário policístico (SOP). Além disso, a adequada ingestão de zinco parece contribuir na maioria dos estudos pré-clínico e clínicos, para um melhor controle do peso, da glicemia, da insulinemia e da lipidemia, parâmetros muitas vezes alterados em portadoras da doença, e que são notadamente fatores de risco para as doenças e agravos não transmissíveis (DANT). Ainda, diversos estudos relatam que mulheres com SOP possuem níveis significativamente mais altos de proteína C reativa sérica (PCR) e que esses níveis aumentados foram associados com maior volume de massa gorda total e percentual de gordura. A suplementação de zinco quando feita nos estudos mostrou efeitos benéficos com relação ao padrão inflamatório, PCR, proteína carbonil plasmática (PCO), capacidade antioxidante total (TAC), na expressão gênica de interleucina-1 (IL-1) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), ou seja, uma melhora no perfil inflamatório e antioxidante das mulheres. Ademais, a suplementação de zinco resultou em reduções significativas no hirsutismo. Dessa maneira o mineral revela uma importante função quando suplementado não somente para saúde da mulher no geral como também para o manejo da SOP, já que apresenta efeitos benéficos no perfil hormonal, biomarcadores de inflamação e estresse oxidativo, parâmetros estes muito alterados na síndrome, podendo desta forma ser um grande aliado aos profissionais da saúde, em especial nutricionistas que por meio de suas fontes alimentares como ovos, nozes, castanhas, fígados entre outros, podem auxiliar no manejo e na melhoria de qualidade de vida das mulheres. CONCLUSÃO: A SOP é considerada a doença de origem endócrina mais comum nas mulheres em idade reprodutiva, atingindo cerca de 6 até 19% desse público, a depender do critério adotado, isso porque, devido a etiologia complexa, diferentes métodos de diagnóstico podem ser utilizados. Como a identificação dos fatores de risco e o tratamento logo no início da doença são as melhores maneiras de controlar a sintomatologia, é de extrema importância que as terapêuticas disponíveis estejam elucidadas para serem plenamente utilizadas. Nesse contexto o zinco é um promissor candidato a ser utilizado, pois ser cofator de diferentes enzimas, bem como ter função antioxidante e antinflamatória pode contribuir para o controle dos sintomas hiperandrogênicos, proteção do endométrio e a predisposição à alterações metabólicas decorrentes da doença, é como alimento de relativo fácil acesso e pode ser muito bem introduzido na rotina alimentar, facilitando e aumentando a adesão no tratamento da tratamento da patologia.
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AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM NUTRICIONAL DE PÃES INTEGRAIS QUANTO AS ADEQUAÇÕES DAS INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS MEDIANTE AS NOVAS NORMAS DE ROTULAGEM
GORGONIO, C. INJC, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil Cristiane Mesquita da Silva Gorgonio Pôster
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu em 2020 novas normas para mudanças na legibilidade, no teor e na forma da declaração de informações na tabela de informação nutricional, nas condições de uso das alegações nutricionais, e quanto a rotulagem nutricional frontal. Os limites nutricionais para um alimento ser considerado com alto em açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio estará relacionado a 100g ou 100ml do alimento, e este deverá conter na rotulagem frontal símbolos informativos em relação ao alto teor destes nutrientes. Este estudo teve como objetivo avaliar a rotulagem nutricional obrigatória e complementar de pães 100% integrais a fim de verificar o teor de sódio, açúcar e gordura saturada, a presença de ingredientes integrais e a lista de ingredientes destes produtos mediante a RDC 259 (2002), RDC 54 (2012), RDC 429 (2020), a Instrução normativa 75 (2020) e a RDC 493 (2021). A escolha deste
produto se deu pela procura de consumidores que desejam alimentos menos refinados, para saciedade e emagrecimento ou ainda que modulem a absorção e o funcionamento intestinal. As informações dos rótulos nutricionais dos pães de forma 100% integrais foram obtidas por meio dos sites de quatro empresas (A, B, C e D). Os pães analisados (n = 15) apresentaram teor de sódio abaixo entre 146 e 398 mg não sendo considerados com alto teor de sódio (>600mg/100g). Quanto ao teor de gordura saturada os teores encontrados estavam abaixo de 1g/100g não sendo considerados produtos com alto teor de gordura saturada (>6g/100g). Em relação aos açúcares adicionados, 20% dos produtos continham esta informação (n = 3), com teores entre 1 e 5g de açúcares de adição. Embora estes produtos não sejam considerados com alto teor de açúcares de adição (>15g/100g), 80% dos pães 100% integral precisam apresentar esta informação. Quanto a lista de ingredientes 26,6% (n = 4) utilizaram sal comum e 73,4% (n=11) utilizaram sal hipossódico em suas formulações. Cerca de 73,4% utilizaram açúcar mascavo, 33,3% açúcar refinado, 6,6% um mix de açúcar refinado e mascavo, 6,6% frutose e 13,3% sucralose, neste último caso produtos sem açúcares de adição (n = 2), porém com uso de edulcorantes. Todos os produtos continham como primeiro ingrediente farinha de trigo integral e em continuidade da lista de ingredientes outras farinhas integrais e grãos, porém não apresentaram ainda o percentual de farinhas integrais utilizadas, como menciona a RDC 493. Ainda 46,7% (n = 7) dos pães apresentavam alguma outra farinha (milho, malte, arroz ou centeio) sem a terminação integral. Somente 4 (26,6%) rótulos mencionou não serem baixos ou reduzidos em energia, 2 (13,3%) mencionaram a presença de grãos no rótulo frontal, 93,3% mencionaram ser fonte de fibra e 6,6% (n=1) rico em fibra. Cerca de 53,3% mencionaram baixo teor de gorduras totais, 66,6% zero colesterol, 86,6% zero trans e 26,6% baixo teor em gordura saturada. Quanto aos tipos de óleos utilizados como ingredientes 66,6% eram de soja, 20% de canola, 6,6% de linhaça. Ainda 13,3% (n=2) produtos mencionaram a presença de ômega 3 oriundos de castanhas, linhaça ou algas. A 5 produtos foram atribuídas a informação de baixo teor de sódio, entretanto constatou-se que 2 possuíam esta informação equivocadamente, pois continham teor de 121mg/100g de sódio (>80mg/100g). Conclui-se que embora sejam necessárias adaptações dos rótulos conforme as novas legislações para estes produtos, como a adição da informação nutricional para 100g do alimento, os teores de sódio, açúcares e gordura saturada dos pães 100% integral das marcas estudadas não apresentaram alto teor destes nutrientes. Porém, estes produtos necessitam modificar seus rótulos até 2022, prazo dado para as empresas se adequarem a nova legislação. Ressalta-se que os sites das marcar vinculam informações como o efeito antioxidante, intestinais e a presença de vitaminas e minerais nos ingredientes adicionados, embora os pães analisados não apresentassem estas informações em seus rótulos.
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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICOSSANITÁRIAS E FÍSICO-ESTRUTURAIS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO
Barros, N.V.A*; Rebouças, K.C.F.A.; Jorge, M.M.O.; Silva, E.A.; Santos, B.G.F; Lopes, C.L.R.; Santos, G.M.; Bezerra, D.L.C.; Machado, E.B.; Sousa, P.V.L. Universidade Federal do Piauí, Picos, Piauí, Brasil. Nara Vanessa dos Anjos Barros Pôster
Objetivo: Analisar as condições higiênicossanitárias e físico-estruturais de unidades de alimentação e nutrição (UAN). Metodologia: O estudo foi realizado em UANs, localizadas nos municípios de Teresina, Picos, Floriano e Parnaíba no estado do Piauí, no qual aplicou-se o check-list elaborado tendo como base as resoluções brasileiras vigentes (RDC nº 275/2002 e a de n° 216/2004). As UAN’s foram codificadas com letras (A, B, C, D, E, F e G) a fim de manter o anonimato das instituições em questão. Para cada item de seus respectivos blocos, avaliou-se em “conforme” e “não-conforme” e os valores foram representados em porcentagens. Além disso, as UAN’s também foram classificadas, quanto à adequação dos requisitos, como: Muito boa: 91% a 100% de adequação dos requisitos; Boa: 70% a 90% de adequação dos requisitos; Regular: 50% a 69% de adequação dos requisitos; Ruim: 20% a 49% de adequação dos requisitos; Muito ruim: 0% a 19% de adequação dos requisitos. Resultados: Das 7 UAN’s analisadas, 57% eram UAN’s institucionais, 29% UAN’s hospitalares e 14% UAN’s não institucionais, nas quais a maioria apresentou percentuais de conformidades maior que 70%, destacando-se a UAN A (95,3%). Para os itens avaliados, a UAN E foi a que apresentou menor percentual de adequação na maioria dos itens, destacando o item matérias-primas, ingredientes e embalagens (18,2%), sendo classificada como muito ruim. A UAN G foi a única que não apresentou documentos e registro. Conclusão: Conclui-se que a maioria das UAN’s apresentaram condições higiênico-sanitárias satisfatórias em boa parte dos itens preconizados pela legislação. Entretanto, algumas UAN’s foram classificadas como ruins, podendo gerar riscos à saúde dos comensais.
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BENEFÍCIOS E DIFICULDADES DO BABY LED-WEANING: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Lima, A; Nascimento, V; Rossi, W; Quaresma, J; Viana, V. Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Alice Lima Pôster
Realizar uma revisão de literatura sobre os principais benefícios e dificuldades do método de introdução alimentar Baby-led Weaning (BLW). Foi realizada uma revisão de literatura, de caráter sistemático através da busca de artigos científicos na base de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico e ScienceDirect utilizando os descritores: baby led weaning e benefícios do baby led weaning. As publicações tiveram seus títulos e resumos lidos e aqueles que de fato abordavam a temática foram lidos na íntegra para escrita da revisão. Dessa forma, 5 artigos foram selecionados, compreendendo o período de 2018 a 2020, em língua portuguesa e inglesa. Excluíram-se os trabalhos que não condiziam com a temática e objetivo proposto. O artigo de revisão foi elaborado com os principais resultados encontrados. O método de introdução alimentar tradicional é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e consiste na introdução de alimentos em forma de purê, a partir de 6 meses de vida, e aumento gradual da consistência até atingir 12 meses. A prática do Baby-led Weaning (BLW) ou desmame guiado pelo bebê é um método alternativo que tem ganhado popularidade no Brasil desde 2018. Os cinco autores analisados, reconhecem os efeitos positivos da nova estratégia, principalmente em aspectos de desenvolvimento psicomotor e de comportamento alimentar do bebê. Além disso, Scarpatto e Forte (2018) concluíram que o método BLW pode ser uma boa alternativa de introdução alimentar, com o benefício principal sendo o fortalecimento do vínculo alimentar entre pais e filhos devido ao compartilhamento de refeições em família. Assim como, a análise realizada por Neves et al. (2018) indica que usuários do método usualmente o indicam e este mostrou-se ter associação positiva com uma maior duração do aleitamento materno exclusivo, uma participação infantil nas refeições familiares, maior auto regulação da saciedade e à menor exigência alimentar dos bebês. Fu et al. (2018) também corroboram esses achados agregando que o BLW diminuiu significantemente os escores de agitação alimentar dos bebês durante as refeições. Nesse sentido, segundo Gomez et al, o BLW deve ser recomendado junto com a introdução tradicional, sem o uso exclusivo de um dos métodos. Esta associação seria necessária tendo em vista que, em geral, os autores afirmam a necessidade de realização de mais pesquisas longitudinais randomizadas para que haja uma maior compreensão dos efeitos do BLW, tendo em vista o receio de riscos aumentados de engasgo e ingestão insuficiente de ferro e energia, junto a preocupações quanto à bagunça nas refeições e desperdício de alimentos. Dessa forma, sugere-se que são muitos os benefícios estudados pelo método BLW, como o desenvolvimento motor, cognitivo e nutricional. Apesar disso, ainda há escassez de pesquisas científicas, gerando assim insegurança e preocupação, por parte dos profissionais de saúde, em recomendar esse método aos pais e cuidadores. Maiores investigações devem ser feitas para que a abordagem do BLW seja uma realidade na prática clínica.
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BOLORES/LEVEDURAS E STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM PÃES FRANCESES
Campana, G.; Geromel, M.; Fazio, M. L.Instituto Municipal de Ensino Superior - IMES, Departamento de Nutrição, Catanduva, São Paulo, Brasil Maria Luiza Silva Fazio Pôster
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi verificar as contagens de bolores e leveduras, e Staphylococcus aureus em amostras de pães franceses comercializados na região de Catanduva-SP. Metodologia: Por meio de metodologias internacionalmente reconhecidas. A doença transmitida por S. aureus é uma intoxicação, provocada pela ingestão de toxinas formadas no alimento. A ingestão de uma dose menor que 1 µg pode provocar os sintomas da intoxicação e essa quantidade é atingida quando a população de S. aureus alcança contagens acima de 10⁶ UFC/g. Resultados: Os resultados demonstraram que 7,7% das amostras apresentaram valores superiores a 10⁶ UFC/g para esta bactéria. Contagens de fungos nos alimentos acima de 10⁵ UFC/g podem representar risco de intoxicação para o ser humano, devido à presença de micotoxinas. Com relação à contagem de bolores e leveduras verificou-se que 84,6% das amostras mostraram contagens acima de 10⁵ UFC/g. Conclusão: Dentre o total de amostras, 84,6% apresentaram resultados os quais podem representar risco à saúde do consumidor, uma vez que se trata de produto pronto para o consumo.
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CUPCAKES OBTIDOS DA FARINHA DE FOLHAS DE BRÓCOLIS
Thais O; Larissa D; Marilia N; Anete M. Universidade Estácio de Sá/UNESA- Rio de Janeiro, Brasil. Marília Nery Pôster
No Brasil o desperdício de alimentos é um grande problema, levando em consideração que os resíduos gerados pelo descarte causam grandes impactos ao meio ambiente quando não utilizados de forma sustentável, além disso o Brasil é um país onde a fome ainda se faz presente. Segundo a FAO/OMS, a fome atinge cerca de 14 milhões de brasileiros e no país há um desperdício de cerca de 22 milhões de calorias, o que seria suficiente para atender as necessidades nutricionais de 11 milhões de pessoas, caso fossem destinados ao consumo de maneira segura. A quantidade de alimentos produzidos e não consumidos por seres humanos geram grandes impactos ambientais, sociais e econômicos. Estima-se que 8 a 10% da emissão dos gases do efeito estufa, estão associados a esses alimentos que não foram consumidos. As reduções do desperdício desses alimentos geram benefícios não só ao planeta, como também as pessoas. O uso integral dos alimentos é uma alternativa para redução do desperdício e do impacto ambiental gerado por esses resíduos. O uso das partes comestíveis não convencionais dos alimentos é uma grande tendência para o enriquecimento de produtos alimentícios, as inclusões dessas partes aumentam o valor nutricional do alimento, dando um maior aporte de nutrientes, além de promover uma ação sustentável. A utilização integral dos alimentos possibilita a elaboração de novas receitas, além de reduzir os custos das preparações. Essas partes comestíveis dos alimentos que normalmente são desprezadas como talos, cascas, folhas e sementes são muitas das vezes mais nutritivas que a parte nobre dos vegetais, sendo excelente fonte de fibras. Considerando a importância de uma alimentação mais nutritiva e na redução do impacto gerado pelos desperdícios de alimentos este trabalho teve como objetivo elaborar a farinha de folha de brócolis e analisar a composição centesimal e as características físico-químicas das folhas de brócolis, da farinha pronta e dos cupcakes obtidos da farinha de folha. As folhas de brócolis foram adquiridas no Centro de Distribuição do Rio de Janeiro (CEASA), após a coleta foram higienizadas por 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, em seguida submetidas a branqueamento e levadas ao congelador em sacos próprios para armazenamento de alimentos. Posteriormente as folhas foram submetidas a secagem em estufa Edutec® durante 48 horas a 65°C, após a secagem as folhas foram realizadas a trituração em processador easy cut Cadence® e em seguida peneirado para obtenção da farinha. Foram desenvolvidos cupcakes em três formulações em diferentes proporções (F1 = 0%; F2 = 5%; F3 = 10%) em substituição a farinha de trigo por farinha de folha de brócolis. A composição centesimal das folhas de brócolis e dos cupcakes foi determinada em 100g pelos métodos oficiais descritos pelas “Association of Official Analytical Chemists” (AOAC, 2012). Para este cálculo foram determinados os seguintes constituintes: umidade (pelo método de estufa a 105°C), lipídios (utilizando extração à frio por Bligh-Dryer), fibra dietética (método digestão ácida), a fração solúvel da fibra alimentar será determinada segundo o método da AOAC, cinzas (por digestão total da matéria orgânica a 550°C e pesagem do resíduo mineral fixo) e fração glicídica. Para avaliação das características físico-químicas foram realizadas as análises de acidez titulável, pH e sólidos solúveis. A determinação da acidez titulável foi realizada por titulação com NaOH 0,1 N, utilizando como indicador a fenolftaleína, além do uso do pHmetro (Mettler Toledo®), pois a amostra apresentava coloração turva não sendo possível a visualização da mudança de cor durante a titulação. O pH foi determinado utilizando-se um pHmetro (Mettler Toledo®), segundo a AOAC (2012). Os sólidos solúveis foram determinados por refratometria, utilizando-se refratômetro digital ATAGO PR-100 com compensação de temperatura automática a 25°C (AOAC, 2012). Na análise das formulações de cupcakes com 5% e 10% se observou um aumento gradativo no teor de cinzas (F1 = 1,33%; F2 = 1,56; F3 = 1,73) e umidade (F1 = 43%; F2 = 46%; F3 = 47%), e de acidez (F1 = 0,05; F2 = 0,09; F3 = 0,1) em comparação ao cupcake com 0% de adição da farinha de folha de brócolis. E de acordo com as análise realizadas para determinação do pH observou-se que tanto as folhas in natura, quanto a farinha obtidas o pH fica próximo a neutralidade. O resultado do pH expresso na análise das farinha de folhas se assemelhou ao pH da farinha de trigo que oscila entre 6,0 e 6,8, saber o teor de acidez das farinhas é importante para saber o teor de ácidos orgânicos presentes, esses ácidos influenciam diretamente na cor, no sabor e no odor das farinhas, além disso a acidez pode influenciar no produto final, de acordo com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento) o valor de acidez permitida para farinha de trigo é de 5%, a farinha de folha de brocolis apresentou 1,51% e 0,95% de acidez, esses valores encontrados ficam abaixo dos valores máximos estabelecidos pela legislaçao da farinha de trigo, garantindo uma boa qualidade ao produto final. Os valores de refração
equivalem aos graus Brix encontrados, permitindo assim observar que o valor de solubilidade dos sólidos solúveis se encontram maior na farinha, quando comparado as folhas e folhas in natura, essa análise é importante para determinar o grau de doçura da amostra. A relação brix/acidez é uma análise importante para avaliar o grau de equilibrio entre o sabor doce e ácido, sendo indicativo da qualidade do produto. A farinha obtida apresentou teor de umidade de 10%, compativel com valores de produtos desidratados conforme descrito na RDC 263/2005. O teor de cinza obtido foi de 13%, um valor consideravelmente maior em relação a farinha de trigo 0,8%, segundo a legislação brasileira (Portaria 354/96). A quantidade de Fibra apresentadas foi alta como o esperado (19%) tambem como valor bem maior em comparação a farinha de trigo (2,9%). Com um alto teor em fibras e minerais e um baixo custo a farinha de folha de brocólis se mostra como uma boa alternativa para substituição parcial da farinha de trigo convencional a fim de enrriquecer preparações como os cupcakes obtidos, dando um destino diferente as folhas que já seriam descartadas, incentivando o uso itegral dos alimentos e aumentando o valor nutritivo de uma preparação. Novas análises fisíco-químicas estão sendo conduzidas com os cupcakes obtidos da farinha de folha de brócolis.
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CIRURGIA BARIÁTRICA: ASPECTOS ALIMENTARES E NUTRICIONAIS NO PRÉ-OPERATÓRIO
FRANÇA, B. M.; VIEIRA, P. M. Departamento de Nutrição/ Instituto de Ciências da Saúde/ Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba-MG; Brasil Bruna Martins França Pôster
Introdução: O acompanhamento alimentar e nutricional no pré-operatório de cirurgia bariátrica contribui para maior sucesso no pós-operatório, com mudanças significativas em relação à saúde e hábitos alimentares. Objetivo: Determinar o estado nutricional de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica no Hospital de Clínicas, da Universidade Federal Triângulo Mineiro, em Uberaba-MG. Métodos: A aprovação do protocolo de pesquisa pelo CEP/UFTM em decorrência do atendimento à Resolução CNS 466/12 e norma operacional 001/2013. Foram utilizados questionários sobre aspectos socioeconômicos, demográficos e ocupacionais, coletado registro alimentar (3 dias alternados) e estimada a ingestão média de calorias, macro e micronutrientes, questionário de frequência alimentar e cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC). Resultados: Participaram 27 pessoas (22,2% homens e 77,8% mulheres), com média de 41,6 ± 11,5 anos, 62,97% naturais de Uberaba, 74,07% vivem com renda de 1 salário mínimo. A média encontrada do IMC foi de 45,44 ± 6,35 kg/ m² pré-cirúrgico. A média de ingestão de calorias diárias foi de 1.337,34 kcal (43,70% adequação), sendo 150,28 g carboidratos (43,00% adequação), 73,49 g proteínas (94,64% adequação) e 52,96 g lipídios (76,73% adequação). A adequação de Ferro 108,50% nos homens e 54,83% nas mulheres, cálcio 38,23%, vitamina D 20,60% e vitamina B12 172,00%. Conclusão: Os candidatos à cirurgia bariátrica são na maioria mulheres, naturais de Uberaba-MG, com renda salarial baixa e com diagnóstico de obesidade mórbida grau III. Apresentam inadequações nutricionais em relação as calorias, macro e micronutrientes, sendo prejudicial à saúde, comum no pré e pós-operatório, necessária suplementação, importância do acompanhamento nutricional, a fim de realizar uma reeducação alimentar e manter um estilo de vida saudável.
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COGUMELOS COMESTÍVEIS E BENEFÍCIOS À SAÚDE - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
AMORIM, M. S.1*, OLIVEIRA, L. C. P.2, LIBERALI, R.31Pós-graduanda da Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil.2Docente da União das Faculdades de Mato Grosso – UNIFAMA, Guarantã do Norte, Brasil. 3Docente da Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil. Mirelly Dos Santos Amorim Pôster
Introdução: A ANVISA define cogumelo comestível como o produto obtido de espécie(s) de fungo(s) comestível(is), tradicionalmente usada(s) como alimento. Referente aos aspectos químicos e nutricionais dos cogumelos comestíveis, eles são recomendados para dietas hipocalóricas e possuem substâncias bioativas com propriedades farmacológicas, tais como: glucanas, β-proteoglucanas, heteroglucanas, quitina, hemicelulose, peptideoglucanas, lecitinas, vitaminas, arginina e glutamina. Desde antigamente muito usado na medicina tradicional chinesa, hoje as propriedades nutracêuticas dos cogumelos estão sendo identificadas e isoladas. Objetivo: Apresentar por meio de uma revisão bibliográfica os efeitos benéficos dos cogumelos comestíveis à saúde. Materiais e métodos: Foi um estudo de revisão bibliográfica com caráter exploratório. Selecionaram-se 30 artigos e, após avaliação 08 artigos foram elegidos. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: SciELO, LILACS, BVS, Medline, Pubmed e Cochrane;
nos idiomas português e inglês. Foram aplicados os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados entre os anos de 2000 a 2017 que abordassem a composição química, nutricional, aspectos farmacológicos e/ou tóxicos para o consumo seguro dos cogumelos por seres vivos. As palavras-chaves aplicadas foram: cogumelo, fungos comestíveis, glucanas, anticarcinogênico, mushroom, glucans, nutraceuticals. Resultados e Discussão: A literatura apontou que os cogumelos comestíveis fornecem compostos favoráveis à saúde e que possuem diversas funções importantes, por exemplo: efeito anticarcinogênico (reduzindo a frequência de tumores); boa fonte para complementação proteica (quando combinada com outras culturas vegetais comuns da dieta); efeito protetor contra a lesão hepática e possível ação imunomoduladora em oposição à toxicidade e carcinogenicidade da droga pristane; atividade antibacteriana levando a uma redução significativa dos componentes microbianos fecais; reversão das alterações oxidativas e melhora na ação da defesa antioxidante em portadores de HIV+ (redução nos valores de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) e NN (nitrito e nitrato) e elevação nos níveis da capacidade antioxidante equivalente a DPPH (capacidade antioxidante de inibição de radicais livres de difenil-picrilhidrazil) e da capacidade antioxidante equivalente ao Trolox - TEAC); redução de sintomas e melhora na recuperação de pacientes oncológicos (diminuição nas alterações do trato gastrointestinal e maior motivação para execução de atividade física); promoção da sensação de saúde e percepção da própria memória em muito boa/boa, melhora no controle da hipertensão arterial sistêmica, menor ocorrência de sintomas de dores, rigidez e edema nas articulações em pacientes idosos. Desta forma, os estudos demonstraram que os polissacarídeos extraídos dos cogumelos são capazes de beneficiar o corpo devido, principalmente, a uma substância chamada β-glucana. As β-glucanas agem no organismo através do aumento das atividades imunológicas, causando a proliferação e/ou produção de anticorpos e de citocinas, evitando a regeneração e a metástase do câncer. Porém, além das β-glucanas, os fungos possuem altos níveis de outras fibras (β-proteoglucanas, heteroglucanas, quitina, peptideoglucanas, etc.), as quais exercem efeitos tróficos na mucosa intestinal: elevam o volume das fezes, diminuem o tempo de trânsito intestinal, protegem o cólon de substâncias citotóxicas, reduzem a pressão intraluminal (devido à maciez e umidade do bolo fecal), aumentam a proliferação bacteriana (exercendo efeito modulador no microbioma intestinal), além de promover efeito laxativo provocado pelas fibras insolúveis. Referente aos teores de macronutrientes nas diversas espécies de cogumelos, obteve-se os seguintes valores: carboidratos (36,21 a 78%), proteínas (19 a 41,16%), lipídios (4,30 a 6,60%) e fibras (2,34 a 41,9%). Estas variações ocorrem devido às diferentes condições de clima e cultivo entre as regiões de origem do cogumelo, o que interfere no metabolismo do alimento. Diante disso, é essencial conhecer a origem do fungo, condições de produção, armazenamento, pois podem ser contaminados por metais pesados ou outros contaminantes. Além disto, por apresentarem diversos compostos bioativos, os cogumelos possuem diferenças no seu mecanismo de ação, uma vez que o modo de preparo e de consumo influenciam na sua composição final. Conclusão: Os cogumelos fornecem compostos salutares à saúde e auxiliam na prevenção e tratamento de diversas doenças. Nos estudos farmacológicos, clínicos e nutricionais consultados não foram encontradas evidências sobre efeitos adversos, colaterais e de toxicidade (alterações clínicas, hematológicas e/ ou histopatológicas). Conclui-se que, é necessário maior investigação científica sobre os cogumelos para que se possa estabelecer o consumo dietético seguro e eficaz (quantidade e frequência), além do desenvolvimento de novos fármacos à base de seus extratos. Palavras-chaves: Fungo. Glucanas. Anticarcinogênico.
Mega Evento Nutrição 2021 22º Congresso Internacional de Nutrição, Longevidade e Qualidade de Vida Nutrição Clínica COMPORTAMENTO E HÁBITOS ALIMENTARES DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
ARRIGHI, J. M.*,GOMES, I. M.**, ANJOS, A. P. S.**, XAVIER, L. S.**, FREITAS, A.C. de**, SOUZA, I. G. S.**, ESPÍNDOLA, I. B. G de**, MEDEIROS, A. J de**, OLIVEIRA, L. F. P de**, PEREIRA, E. X.**, ZAMBONI, G. B**.Faculdade Santa Marcelina, São Paulo, Brasil. Iara Martins Gomes Pôster
Objetivos: Este trabalho teve como objetivo compreender sobre os hábitos e comportamentos alimentares de estudantes universitários, conhecer sobre as motivações para as escolhas alimentares e investigar a ocorrência de mudanças no comportamento alimentar de estudantes, frente a situações diversas do cotidiano que interferem no seu estado emocional. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática realizada em agosto de 2020 na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando como descritores de busca: comportamento alimentar e estudantes, consumo alimentar e estudantes, ingestão alimentar e estudantes, estado nutricional e consumo alimentar. Teve como critérios de inclusão: artigos em português dos últimos cinco anos que respondessem aos objetivos propostos. A primeira seleção foi feita a partir da leitura do título e resumo dos artigos, os selecionados foram lidos na íntegra para avaliar inclusão ou não no estudo. Resultados: A partir da primeira busca foram en-
contrados 381 artigos, porém após seguir os procedimentos metodológicos citados, foram mantidas 10 publicações nesta revisão e, os resultados foram organizados em três eixos temáticos. No primeiro eixo, nomeado como hábitos alimentares dos estudantes universitários, foi encontrado que os acadêmicos mudaram negativamente seus hábitos alimentares após ingressarem na universidade aumentando o consumo de alimentos com alto teor de gorduras, açúcares e bebidas adocicadas. No segundo eixo, chamado de fatores que interferem nas escolhas alimentares de estudantes universitários, foi encontrado que a indisponibilidade e maior dificuldade no acesso aos alimentos saudáveis com preços acessíveis nos locais de estudos apresentou-se como principais motivações para seus padrões alimentares. Ainda, foi percebido que a companhia da família, o ambiente familiar, preço, alimentação prática e a rapidez no preparo das refeições são fatores de importância para suas escolhas alimentares. No último eixo, nomeado como interferência das emoções no comportamento alimentar, foi encontrado que os universitários tendem a utilizar alimentos ultraprocessados como válvulas de escape para situações de estresse, privação de sono ou de alimentos. Sendo que, ficou notável que o estado emocional interfere nas escolhas alimentares, muitas vezes para reduzir o medo ou ansiedade, conhecido como “comer emocional”. Considerações finais: Foi possível compreender que a rotina de um estudante universitário mostra-se como um fator determinante em suas escolhas e hábitos alimentares, podendo ser considerado grupo de risco para o desenvolvimento de desvios nutricionais e doenças crônicas não transmissíveis. Seria ideal que esta preocupação viesse das próprias instituições de ensino, oferecendo-lhes mais possibilidades de um consumo alimentar saudável e a realização de orientações preventivas. * autor ** coautores
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CONCENTRAÇÃO SANGUÍNEA DE SELÊNIO EM PACIENTES COM LEUCEMIA
Oliveira, J.M.S*; Filho, S.M.H; Oliveira, G.P; Santos, G.M; Barros, N.V.A; Brito, M.M; Costa; C.M; Sousa, P.V.L. Centro Universitário Maurício de Nassau, Teresina, Piauí, Brasil. Joyce Maria de Sousa Oliveira Pôster
Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre a concentração sanguínea de selênio em pacientes com leucemia. Metodologia: Foi adotada a estratégia PICO para a elaboração da pergunta norteadora e a busca dos artigos foi realizada nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed), Science Direct e Web of Science, por dois autores de forma independente. Foram analisados e selecionados estudos publicados em inglês, sem limite de ano de publicação que tiveram como desfecho a verificação do status de selênio em pacientes com leucemia, sem restrição de sexo, idade ou etnia. Neste trabalho, foram encontrados 1.252 artigos, mas somente 04 foram considerados elegíveis, no qual 03 artigos são ensaios clínicos e 01 é longitudinal. Resultados: Os resultados dos quatros estudos demonstraram que os pacientes diagnosticados com leucemia apresentaram baixos níveis de selênio sérico, podendo estar relacionados com a progressão da doença. Conclusão: Os estudos sugerem que a progressão da doença também contribui para a redução dos seus níveis. Entretanto, novos estudos experimentais e observacionais devem ser realizados com intuito de elucidar os principais fatores que contribuem para as baixas concentrações sanguíneas deste mineral em indivíduos com leucemia, bem como a geração de informações que demonstre a importância da monitorização desse nutriente e a sua utilização na terapia nutricional.
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CUIDADO NUTRICIONAL NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
ANJOS, A. P. S.*, XAVIER, L. S.*GOMES, I. M.**, FREITAS, A.C. de**, SOUZA, I. G. S.**, ARRIGHI, J. M.**, ESPÍNDOLA, I. B. G de**, MEDEIROS, A. J de**, OLIVEIRA, L. F. P de**, PEREIRA, E. X.**, ZAMBONI, G. B.**. Faculdade Santa Marcelina. São Paulo, SP, Brasil. Iara Martins Gomes Pôster
Objetivo: Conhecer a relevância do estado nutricional no tratamento de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a repercussão nutricional decorrente da doença, conhecer suas fases e as intervenções nutricionais destinadas a ELA. Metodologia: Estudo descritivo de revisão de literatura, com pesquisa de artigos nas bases de dados Pubmed, Medline, Scielo e Lilacs. Como critérios de inclusão considerou-se os artigos publicados nos últimos 10 anos, textos completos em inglês e português, com cruzamento dos seguintes descritores: esclerose amiotrófica lateral, doença do neurônio motor, alimentação, nutrição e suporte nutricional. Para apresentação dos resultados, os conteúdos foram organizados em três eixos temáticos. Resultados: Trabalho
composto por 47 estudos resultou na seguinte discussão: Eixo 1 - ELA: Fases da Doença: não há uma ordem sequencial para as fases da doença, sendo que muitos pacientes com ELA são diagnosticados em um estágio posterior de acometimento. A ELA pode ser dividida em indivíduos com a doença de início bulbar ou espinhal, sendo a primeira ligada diretamente a piores prognósticos quando há maior perda de peso. Eixo 2 - ELA: Comprometimento do estado nutricional: os estudos demonstraram que pacientes com ELA que apresentam perda de peso irão demonstrar piores níveis de qualidade de vida, esgotamento físico, cansaço e desânimo. Quando há disfagia, fraqueza nos membros superiores e hipermetabolismo a dificuldade em manter o estado nutricional é aumentada, demonstrando assim que o estado nutricional está diretamente ligado ao agravo da doença. Eixo 3 - ELA: Intervenção Nutricional: os estudos apontaram para a utilização de diversos tipos de medidas antropométricas, triagem nutricional, além de questionários de frequência alimentar como instrumentos fundamentais para conduzir uma intervenção nutricional adequada. Assim, o objetivo é minimizar casos de desnutrição. A intervenção nutricional tem como foco ajuste da dieta visando a necessidade clínica e pessoal do indivíduo, além de trabalhar com alimentação hipercalórica e adaptações de mudanças de consistência. Considerações Finais: Este trabalho demonstrou que não existem fases definidas da doença para estabelecer um cuidado nutricional específico, devendo ser realizado visando sintomas e necessidades nutricionais. Porém os cuidados nutricionais mostraram efeitos positivos na manutenção e recuperação do estado nutricional, estando associada à um aumento da sobrevida e melhor qualidade de vida dos pacientes, sendo imprescindível considerar as dificuldades de adaptação da dieta para cada paciente, identificando o seu nível de acometimento e uma prescrição individualizada. * autor ** coautores
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DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE SENSORIAL DE NOVO PRODUTO ALIMENTAR: SNACK DE FOLHAS DE BRÓCOLIS
Ayako G.; Cordeiro R.; Picinato F.; Szankowski C.; Cabral A. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brasil. Giulia Ayako Pôster
Em função da problemática do desperdício de alimentos, o objetivo deste estudo foi criar um produto alimentar sustentável, inovador, prático e saudável para ser consumido em qualquer situação. Foi desenvolvido um snack com as folhas dos brócolis, parte que geralmente é desprezada, temperando-as e desidratando-as no forno baixo (160°C) por 2 horas, valorizando suas características nutricionais e sensoriais. Esse estudo caracterizou-se por uma pesquisa de natureza experimental e delineamento transversal. O seu desenvolvimento e as análises sensoriais foram realizados na Cozinha Experimental da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), no munícipio de São Paulo, durante o período de agosto a novembro de 2018. Os materiais utilizados foram: condimentos em pó para o tempero (sal, alho, cebola, cenoura, manjericão, manjerona, salsa e tomate), folhas de brócolis, bowl, hipoclorito de sódio para higienização, papel toalha para secar e um forno elétrico para desidratação. A metodologia escolhida para realizar a análise sensorial do produto foi o teste de escala hedônica, do Método Afetivo, onde é avaliada a aceitação ou a preferência dos avaliadores por um ou mais produtos, utilizando como resultado a resposta do consumidor (sem conhecimento técnico). A escala hedônica é o método de análise sensorial mais utilizado em nível mundial, devido ao caráter informativo de seus resultados, seu longo histórico de utilização e sua eficácia em segmentar as respostas dos consumidores. Após aplicado o método com 76 alunos de diversos cursos de graduação da UPM, que participaram de forma espontânea, com a faixa etária média de 22 anos, estabelecendo a nota de 1-9 para cor, odor, sabor, textura e nota global, obteve-se as seguintes médias respectivamente: 7,1; 7,2; 7,8; 7,1; e 7,7. Foi possível concluir que o produto obteve uma ótima pontuação quanto às características sensoriais e o objetivo de obter um produto saudável, sustentável e de fácil consumo foi alcançado. Quanto à aceitação, 62,3% afirmaram que provavelmente comprariam e 14,5%, definitivamente comprariam o snack de brócolis, totalizando uma aprovação de compra em 76,8%. Os procedimentos para o desenvolvimento deste estudo respeitaram as diretrizes e normas que regulamentam as pesquisas envolvendo humanos, aprovadas pela Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde. Desta forma, no banco de dados da pesquisa principal esteve mantido anonimato e a confidencialidade dos dados. Foi aplicado um termo de consentimento livre aos participantes da pesquisa, para que permitissem a utilização dos dados respondidos por eles e a aprovação do estudo foi registrada sob o CAAE n°48483015.7.0000.0084.
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DIETA LOW CARB COMO ESTRATÉGIA NO TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2,
Pereira, B; Luz, M; Nascimento, V; Almeida, V, Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Bárbara Pereira Pôster.
O presente estudo tem por objetivo analisar os efeitos da adesão da dieta Low Carb no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de uma revisão da literatura de carácter narrativo a respeito da dieta low carb como estratégia no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A revisão foi realizada a partir de artigos encontrados nas bases de dados Google acadêmico, ScienceDirect e Scientific Electronic Library Online (Scielo), no período de 2016 a 2020. As palavras chaves utilizadas foram: dieta low carb na diabetes tipo 2, tratamento de diabetes com dieta low carb e dieta low carb. Os critérios de inclusão foram: artigos que abordavam o tema estabelecido e que estivessem em sua forma íntegra. Para a análise dos artigos foi realizada a leitura dos seus títulos e resumos e, os que abordavam o tema, foram lidos por completo para a concretização da revisão. Foram selecionados 5 artigos no total, em língua inglesa e portuguesa. Todos os estudos encontrados sugerem uma significativa melhora no perfil glicêmico de pacientes diabéticos com a adesão da dieta low carb, em comparação com a dieta “tradicional” hipolipídica e normoglicídica. De acordo com um estudo realizado na Finlândia, foi observado que a dieta low carb melhorou significativamente a glicemia dos pacientes e reduziu o uso de medicamentos hipoglicemiantes. Achados semelhantes foram identificados em um estudo de intervenção com 97 pacientes, onde os medicamentos para diabetes foram reduzidos ou eliminados em 95,2% dos participantes adeptos da dieta low carb. Concomitantemente, uma pesquisa realizada durante 24 meses constatou a redução do uso de medicamentos além da atenuação de 100% do quadro de diabetes. Com uma amostra de 349 pacientes, um estudo controlado dos EUA constatou que a dieta low carb reduziu o uso de medicamentos, glicemia de jejum e HbA1c e níveis de remissão de diabetes. Os estudos também demonstraram melhorias na estabilidade diurna da glicose no sangue e controle glicêmico; redução da hemoglobina glicada; melhoria na sensibilidade à insulina e redução na liberação da mesma; ademais de melhorar a glicemia de jejum, a avaliação do modelo de homeostase e a área sob a curva de glicose. Dessa forma, pesquisadores de várias partes do mundo concluem com suas pesquisas que a dieta low carb deve ser considerada em pacientes diabéticos que necessitam de suporte nutricional. Diante do exposto, sugere-se que a utilização da dieta low carb no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 é de caráter positivo, podendo chegar a níveis de reversão da doença, como pôde ser observado nos achados. Dentre os benefícios do uso desta dietoterapia, estão o equilíbrio glicêmico, com a diminuição considerável de glicose sérica em jejum e hemoglobina glicada, além da melhora da sensibilidade à insulina, resultando na baixa utilização de medicamentos. De acordo com os artigos revisados, a dieta se mostra bastante segura, mas é preciso enfatizar que há a necessidade de acompanhamento para se evitar a depleção de massa muscular e agravos de possíveis efeitos colaterais. Sendo assim, são necessários mais estudos a fim de confirmar os resultados obtidos, para que esta intervenção nutricional seja implementada pelas diretrizes como uma estratégia eficaz para o tratamento da DM tipo 2.
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EFEITOS DO USO DE PROBIÓTICOS NO PERFIL LIPÍDICO
Luz, M; Nascimento, V; Pereira, B; Figueiredo, S; Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Marcela Luz Pôster
O presente estudo tem por objetivo analisar os efeitos e consequências do uso de probióticos na melhoria do perfil lipídico. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter narrativa, acerca do efeito e consequências do uso de probióticos no tratamento de dislipidemias, em que a coleta de dados ocorreu por meio da plataforma de busca Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google acadêmico e MEDLINE - BIREME, sendo utilizados artigos publicados no período de 2016 a 2020, com as palavras-chaves: probióticos, dislipidemias e microbiota intestinal, no idioma português e espanhol. Os critérios de inclusão foram: artigos que se encontravam na íntegra e, que abordavam o tema de interesse. Foram excluídos artigos que não atendiam ao objetivo do tema proposto, além de estudos com gestantes e lactantes. A análise foi realizada após a leitura e discussão dos artigos. Foram selecionados cinco artigos. Segundo os resultados analisados dos artigos estudados, uma diminuição de 1% na quantidade do colesterol já pode restringir o risco do aparecimento de doenças coronarianas, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Por conta disso, existem diversas terapias alternativas com intuito de melhorar o perfil lipídico dos pacientes, sendo uma delas a utilização de probióticos. Assim, vários estudos surgiram para comprovar a eficiência dos probióticos na diminuição do perfil lipídico dos indivíduos. Shaper et al (2019) e Mann et al (2019) foram respon-
sáveis pelos primeiros trabalhos que relacionaram a ingestão de leite fermentado e os baixos níveis de colesterol, a partir dos homens das tribos Samburu e Masai na África. Ainda se tratando dos indivíduos da tribo Masai, estudos observaram o alto consumo de carne e leite integral fermentado e níveis baixos de colesterol no sangue e a rara existência de problemas cardíacos. Sadrzadehyeganeh et al (2019) e Mohamadshahi et al (2019) mostraram em seus estudos uma boa diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol, onde utilizaram L. acidophilus e B. lactis com 107 e 106 UFC durante 6 e 8 semanas. Já nos estudos de Fuentes (2019), ao utilizar a linhagem L. platarum a 109 UFC, houve redução do colesterol total, LDL-colesterol, triglicerídeos e aumento do HDL-colesterol. Lin et al (2017) verificou que os indivíduos de seu estudo tiveram uma diminuição do colesterol a partir de comprimidos diários contendo L. bulgaricus e L. acidophilus durante 16 semanas. Porém, autores como Ogawa et al (2019), Ivey et al (2019) e Ryan et al (2019), mostram em seus estudos, resultados que não apresentaram efeitos significativos nos níveis lipídicos. A partir de estudos de Baroutkoub (2019) e Fuentes (2019), o efeito hipolipídico dos probióticos pode se restringir a linhagens específicas e pode não apresentar efeitos no estágio inicial da dislipidemia. Por conta dos diversos estudos e autores expondo a eficiência dos probióticos na redução de triglicerídeos, LDL-colesterol e aumento do HDL-colesterol, citados anteriormente, algumas hipóteses estão sendo utilizadas para explicar os resultados, como absorção do colesterol pelas bactérias intestinais, integração do colesterol à membrana celular bacteriana, inibição da formação de micelas pelos probióticos, modificação do metabolismo dos lipídios a partir dos ácidos graxos e, por último, desconjugação dos sais biliares, levando maior excreção fecal de colesterol e ácidos biliares. O uso de probióticos é uma das estratégias mais promissoras para prevenção e tratamento da síndrome metabólica, incluindo as dislipidemias. Possuem efeito hipocolesterolêmico, capazes de reduzir os níveis de triglicerídeos, colesterol total, LDL-colesterol, sem reduzir o HDL-colesterol e, em alguns casos, até proporcionar o seu aumento. Logo, está diretamente relacionado com a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares.
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EFICÁCIA DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA NUTRICIONAL E AMBIENTAL ONLINE SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS E SUSTENTÁVEIS ENTRE MULHERES ADULTAS: UM ESTUDO PRÉ E PÓS-TESTE
OYAFUSO, D. H.¹, TARRÃO, M. Y. A.¹, AMORIM, M. S.²*, TEREZA DA SILVA, J.3, CARLI, E.4, MARCHIONI, D. M. L.5, CARVALHO, A. M.5.¹Graduandas em Nutrição, Faculdade de Saúde Pública (FSP), Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo, Brasil. ²Doutoranda em Nutrição, Universidade Federal de São Paulo - campus São Paulo, Brasil. 3Doutoranda do Global Academy of Agriculture and Food Security, The University of Edinburgh. 4Doutor em Ciências dos Alimentos, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo - São Paulo, Brasil. 5Docentes do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo - São Paulo, Brasil. MIRELLY DOS SANTOS AMORIM Pôster
Objetivo: Avaliar os efeitos imediato e tardio de uma intervenção educativa nutricional e ambiental, mediada por grupos de conversas online, sobre o consumo alimentar de mulheres adultas dispostas a mudanças saudáveis e sustentáveis na alimentação. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo quase experimental do tipo pré-teste/pós-teste, sem grupo controle. Mulheres adultas (18 a 59 anos) e aparentemente saudáveis foram incluídas em grupos de conversas online do aplicativo WhastApp, onde foi realizada a intervenção nutricional e ambiental, por um período de 4 semanas. O protocolo consistiu em ações educativas e motivacionais diárias utilizando infográficos, textos, áudios, vídeos e questionários de autoavaliação, com foco em quatro principais temáticas, nomeadamente: 1) incentivo ao consumo de frutas, verduras e legumes; 2) redução do consumo de carne vermelha e processada; 3) redução do consumo de alimentos com alto teor de sal, gordura e açúcar; e 4) incentivo à aquisição de produtos de baixo impacto ambiental. Nos três momentos de avaliação do estudo (baseline, 4 semanas e 8 semanas), foram coletados dados sobre a frequência diária do consumo habitual de frutas, legumes e verduras, bebidas açucaradas, carnes vermelhas e processadas, peixes, cereais integrais e frituras nos últimos 30 dias, utilizando um screneening dietético online, previamente testado quanto à sua reprodutibilidade. Além disso, uma adaptação online do questionário Minimum Dietary Diversity for Women (MDDW) foi utilizada para o cálculo e classificação do índice de diversidade da dieta, conforme proposto pela Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). Variações entre os períodos pré e pós-intervenção foram analisadas usando testes não-paramétricos de Wilcoxon para variáveis contínuas e de McNemar para variáveis categóricas, assumindo nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FSP-USP sob nº CAAE: 11855319.7.0000.5421. Resultados: Das 58 mulheres incluídas no estudo, 43 (74,1%) e 36 (62,1%) completaram as ava-
liações ao final e um mês após a participação nos grupos de conversa online, respectivamente. A amostra final consistiu, em sua maioria, de mulheres com nível superior completo (86,1%), autodeclaradas como brancas (72,2%) e eutróficas (50,0%) ou com sobrepeso (27,8%). Foram verificadas mudanças significativas da alimentação entre os períodos pré e pós-intervenção imediato, com destaque para o aumento no consumo de frutas, legumes, verduras e cereais integrais, e redução no consumo de refrigerantes ou sucos industrializados, carnes vermelhas, carnes processadas e frituras. Dados da amostra final de mulheres indicaram que os efeitos positivos da intervenção foram sustentados após um mês do seu término. Em particular, um aumento tardio na frequência de consumo foi observado apenas para peixes. Apesar do índice de diversidade da dieta (MDDW) não apresentar diferença significativa entre os períodos pré e pós-intervenção imediato (P=0,105), foi constatada uma tendência de redução na prevalência de mulheres com baixa diversidade da dieta entre estes dois períodos (25,6% vs. 7,7%, P=0,065). Conclusão: A intervenção educativa nutricional e ambiental demonstrou ser eficaz, tanto imediata (4 semanas), quanto tardiamente (8 semanas), na promoção de uma alimentação mais saudável e sustentável entre mulheres adultas conectadas a grupos de conversas online. Palavras-chaves: intervenção online, alimentação saudável, alimentação sustentável.
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ELABORAÇÃO E CARACETRIZAÇÃO DE LEITES CONDENSADOS MISTOS DE AMÊNDOAS DE JACA, COCO PINDOBA, COCO SECO, AMENDOIM, CAFÉ SOMBREADO ORGÂNICO E RAPADURA
NETO, J.M.S.¹ & ARAÚO, R.J. 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE / Baturité – Bras João Monteiro da Silva Neto Pôster
A amêndoa de jaca (Artocarpus heterophyllus); Coco Seco (Coccus nucifera L.); Coco Pindoba (Attalea speciosa Mart. ex Spreng.); Amendoim (Arachis hypogaea L); Café Sombreado Orgânico (Cofea arabica L.) e Rapadura Preta (Saccharum officinarum) são insumos não convencionais extraídos de frutos comestíveis, cultivados muitas vezes em sistemas agroflorestais, sem necessidades intensa de rotação de culturas para manter o equilíbrio entre os ecossistemas e as relações inerentes ao pleno desenvolvimento das culturas, insumos desperdiçados muitas vezes, pela falta de conhecimento de seu teor nutricional, sabores e potenciais capazes de produzir diversas preparações alimentares e gastronômicas. Objetivou-se diante desse universo de potencialidades e disponibilidade desses insumos muitas vezes desperdiçados e/ou negligenciados, a elaboração e caracterização de “leites vegetais” condensados mistos, sem lactose, minimamente processados, com equilíbrio em suas consistências, aromas, texturas e sabor no desenvolvimento de novos produtos alimentícios para sua inclusão na dieta humana, manutenção e desenvolvimento do nosso bem estar, com segurança alimentar e nutricional (SAN). O leite condensado originou-se durante estudos do francês Nicolas Appert, para desenvolvimento da técnica de conservação de alimentos, através da esterilização em embalagens hermeticamente fechadas, datando esta descoberta de 1820. O leite condensado açucarado é definido pelo Codex Alimentarius como o produto obtido por eliminação parcial da água do leite e adição de açúcar, ou mediante qualquer outro procedimento que permita obter um produto da mesma composição e características (Gordura do leite – mínimo 8%; Extrato Seco do leite – mínimo 28%; Proteínas do leite no Estrato Seco Desengordurado – mínimo 34%). No entanto, essa porcentagem de lactose pode ser prejudicial para indivíduos com atividade da lactase intestinal prejudicada ou completamente ausente (má absorção de lactose). A alergia alimentar é um efeito adverso à saúde decorrente de uma resposta imune específica que ocorre reproduzível após a exposição a um determinado alimento. A conotação entre as escolhas alimentares e a ocorrência de doenças têm sido feitas desde a antiguidade, onde ao observamos uma estreita relação entre a dieta e o estado de saúde do indivíduo iniciou-se o processo de produção, de produtos capazes de atender os mais diversos públicos consumidor cada vez mais crescente. O delineamento experimental iniciou-se através de métodos e técnicas de extensão rural, com a catalogação dos insumos, seus valores nutricionais, técnicas de doçaria e confeitaria para adaptações e realizar testes em preparações. Através de técnicas de processamento simples, diluição e redução extraiu-se 4 “leites vegetais”, com a rapadura preta raspada obteve-se um substitutivo para o açúcar industrializado. Para criar 4 Leites Condensados aromatizados sem lactose utilizou-se um processo de técnicas de redução consecutivas. Foram alcançados resultados com um nível exitoso elevado e caracterizados com equilíbrio de consistências, aromas, texturas e aceitabilidade satisfatórias, para validação e ponderação dos leites condensados, os mesmos foram avaliados em uma preparação concorrente no Concurso gastronômico alusivo ao Dia Nacional do Café no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Baturité, ficando entre os finalistas, Evento Caravana “Ideas for Milk” 2019, promovido pela Embrapa visando incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras relacionadas à cadeia produtiva do leite e concorrente na modali-
dade Criação de Negócios do Programa Corredores Digitais 2019 com a equipe intitulada VEGETALMILK, o programa é um projeto de inovação e empreendedorismo promovido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior – SECITECE. Pode-se inferir que além dos objetivos alcançado o melhoramento do produto tem uma excelente viabilidade em sua produção, possibilita mais opções para pessoas que possuem intolerância a lactose, veganos, bem como consumidores mais exigente que procuram produtos com maior valor nutritivo, contribuindo com o bem estar na busca de vida cada vez mais saudável, com segurança alimentar e nutricional (SAN). É importante ressaltar que são escassos estudos atuais nesse mesmo perfil metodológico. Assim, é fundamental as discussões e o registro de trabalhos para fundamentar ainda mais os métodos de produção, técnicas e validação dos produtos elaborados e caracterizados de forma sustentável e valorizando os insumos locais.
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ESTADO NUTRICIONAL E QUALIDADE ALIMENTAR DE NUTRIZES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Costa, K; Luz, M; Ozela, C, Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Keren Costa Pôster.
O presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica a respeito do estado nutricional e a qualidade da dieta de nutrizes. Para isso foi realizado buscas em bases de dados como Scientific Eletronic Library Online - Scielo, PubMed, National Center for Biotechnology Information - NCBI e no Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, além do site Scholar Google. Foram selecionados artigos publicados entre os anos 2015 a 2020, utilizando-se as palavras chaves: estado nutricional de nutrizes, qualidade alimentar de nutrizes e lactação. Os critérios de inclusão foram: artigos que abordavam o tema estabelecido, que estivessem em sua forma íntegra e com acesso livre. Foram utilizados como critérios de exclusão: trabalhos que não foram publicados no período considerado e/ou que não estivessem inseridos nas referidas bases de dados, artigos curtos ou de revisão, estudos sem acesso livre ou que não abordassem o tema de interesse. Para a análise dos artigos foi realizada a leitura dos seus títulos e resumos e, os que abordavam o tema, foram lidos por completo para a concretização da revisão. Foram selecionados 7 artigos no total, em língua inglesa e portuguesa. Foi verificado que em todos os estudos, a maioria das nutrizes apresentavam sobrepeso ou obesidade. A retenção de peso pós parto, ganho de peso pré gestacional, assim como o ganho de peso excessivo durante a gravidez, a multiparidade e hábitos de vida foram os fatores contribuintes para a ocorrência desses quadros. Em relação a qualidade da dieta das nutrizes, na maioria dos estudos as entrevistadas não estavam se alimentando adequadamente, sendo encontrado uma baixa ingestão hídrica e um baixo consumo de frutas, cereais, leites e derivados, hortaliças, verduras e legumes, além de que houve um aumento do consumo do padrão de “dieta ocidental” que compõe elementos poucos ou nada saudáveis. No estudo de ALVES et al. (2018) realizado com 292 nutrizes com idades entre 19 a 45 anos, foram encontradas mudanças positivas na alimentação, sendo um dos fatores contribuintes para essa mudança o cuidado com o aleitamento materno, o nível de escolaridade e o recebimento de orientações por parte de profissionais da saúde. Tendo em vista os pontos apresentados, percebe-se a importância da atuação do profissional da saúde em relação aos cuidados com a mulher antes e após o parto. Assim, destaca-se a necessidade de mais estudos que abordem sobre o tema, pois desse modo pode-se conhecer melhor a realidade dessa população e compreender cientificamente seus aspectos, para que seja realizado um melhor acompanhamento multiprofissional.
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HIPOVITAMINOSE D COMO FATOR DE RISCO E AGRAVO DA COVID-19
Nascimento, V; Pereira, B; Luz, M; Figueiredo, S, Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Vitória Nascimento Pôster.
O atual artigo tem como intuito investigar a associação entre os baixos níveis de vitamina D sérica e maior risco de contaminação e agravos do COVID-19. Trata-se de uma revisão da literatura, de caráter narrativo. Foi realizado estudo sobre vitamina D e Covid-19 a partir de artigos publicados nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed e ScienceDirect, durante o ano de 2020. As palavras chaves utilizadas para o estudo foram: vitamina D, Covid-19 e Covid. Os critérios de inclusão foram: artigos, dissertações e periódicos científicos, publicados no ano delimitado e que abordavam a temática do estudo. As publicações tiveram seus títulos e resumos lidos e aqueles que de fato abordavam a temática foram lidos na íntegra para escrita da revisão. Foram selecionados 5 artigos, em língua inglesa e espanhola. A pandemia
causada pelo COVID-19 constitui um grande desafio para a comunidade científica, na busca de estratégias para a realização de ações de prevenção, protocolos de tratamento e melhora de prognóstico. Dentro deste cenário, a vitamina D tem sido alvo de várias pesquisas para a investigação da sua implicação sobre a patologia. Em um estudo piloto realizado por Arvinte et al, no Hospital Comunitário Norte Americano-EUA, foram medidos os níveis séricos de Vitamina D em 21 pacientes diagnosticados com COVID-19, internados na UTI. Foi constatado que os níveis séricos se encontravam abaixo dos valores de referência, aumentando assim o risco de mortalidade por COVID-19. Em outro estudo realizado com 80 pacientes no Hospital Clínico San Carlos em Madri, 39% dos pacientes apresentavam déficit de vitamina D sérica, evoluindo para o estágio grave da doença. Katz e colaboradores (2020) investigaram 987.849 pacientes, dos quais 31.950 tiveram diagnóstico de deficiência de vitamina D, 887 foram diagnosticados com Covid-19 e, 87 pacientes tinham deficiência de vitamina D e Covid-19, demonstrando que pacientes com deficiência de vitamina D apresentavam 4,6 vezes mais probabilidade de ter resultados positivos de Covid-19 do que os sem deficiência. Outrossim, no estudo realizado por Tort et al (2020), 68% dos 172 pacientes participantes da pesquisa apresentaram níveis deficientes de vitamina D. Ademais, neste mesmo estudo pôde-se observar que não houve óbitos em indivíduos que apresentavam níveis ideais da vitamina, enquanto que a maioria dos indivíduos que morreram obtiveram níveis inferiores. Sabe-se que a vitamina em questão desempenha um papel extremamente importante no sistema imunológico, pois pode eliminar vírus envelopados, liberar macrófagos e reduzir a produção de agentes pró-inflamatórios. O que corrobora com o estudo feito por pesquisadores da Eastern Virginia Medical School, Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin e pelo Departamento de Medicina Intensiva - EUA, que afirma que o nível de vitamina D sérica pode influenciar o risco de morte por COVID-19, uma vez que a irregularidade desse nutriente aumenta a produção de citocinas, que podem ser letais para pacientes infectados. O presente estudo conclui que os baixos níveis de vitamina D sérica está associada com maior risco de infecção do COVID-19 grave e óbitos pela contaminação da mesma, já que o nutriente em questão possui um papel significativo no sistema imunológico e na produção de citocinas, como mostrado em diversos artigos aqui citados. Porém, são necessários mais estudos abordando o tema para que intervenções eficazes venham ser realizadas na população para diminuir os riscos de infecção pelo COVID-19.
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IMPACTO DA PANDEMIA DE SARS-COV2 NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE ADULTOS.
PORTELLA, F.; BARCELLOS, J. Centro Universitário São Camilo. São Paulo. Brasil. Júlia Queiroz Barcellos Pôster
OBJETIVO: Analisar dados que demonstrem o impacto que a pandemia de Sar-Cov2 teve no comportamento alimentar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática acerca do impacto que a pandemia de coronavírus no ano de 2020 teve no comportamento alimentar. A coleta de dados foi feita a partir das plataformas BVS e PubMed, com estudos de 2020 e 2021. Foram utilizados para a busca 4 descritores sendo eles, “anxiety”, “diet”, “SARS-CoV-2”, “eating behavior”, por meio da técnica booleana AND/OR. Como critérios de inclusão foram utilizados os idiomas português, inglês e espanhol e tempo de publicação do estudo dos últimos 2 anos. RESULTADOS: A pandemia acarretada pelo novo Coronavírus (COVID-19) causou várias mudanças no cotidiano das pessoas, haja vista, que o isolamento social causado pela quarentena pode predispor condições de estresse devido ao medo e ansiedade gerando fortes alterações no padrão alimentar. A comida em muitos casos é encarada como escape para diversas situações, ou como estímulo para uma melhora na qualidade de vida. Estudos mostram que os padrões alimentares e comportamentais sofreram mudanças no período pandêmico, mostrando que o cenário atual favoreceu uma piora no estilo de vida e aumento de comportamentos de risco para a saúde, como a elevação no consumo de ultraprocessados como chocolates, biscoitos, tortas, salgadinhos, refrigerante e delivery, além da redução do consumo de hortaliças. A literatura evidencia que o consumo desses alimentos ultraprocessados está relacionado com o excesso de peso e obesidade, que apresentam forte relação com problemas cardiovasculares, coronarianos e sendo fator de risco para o coronavírus. O estresse prolongado neste período faz com que o corpo libere cortisol, aumentando a sensação de fome e, consequentemente, um consumo maior ou mais frequente de alimentos, muitas vezes de maneira exagerada ou com comportamento restritivo. Não obstante a isto, houve uma redução da atividade física, que facilita mudanças corporais, como o ganho de peso que pode ser um fator de risco para obesidade e doenças associadas. A comfort food, é caracterizada como uma comida que oferece consolo, causando emoções positivas e sentimento de conforto. Pesquisas mostram que esse hábito está fortemente associado na vida de adultos em situações de alto estresse emocional, sendo algo negativo para a saúde, uma vez que geralmente elas são ricas em carboidrato e açúcares,
o que corrobora para o alto consumo de comfort food durante o isolamento social. Desta maneira, uma dieta saudável pode proteger ou atenuar a ansiedade, exacerbada neste período. Uma estratégia nutricional que pode ser adotada neste período é a dieta Mediterrânea, caracterizada pelo consumo de azeite de oliva, frutas, vegetais, cereais integrais, peixes estão associados com a diminuição de incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e menor ganho de peso relevante no período pandêmico, especialmente por este último ser um fator de risco como já descrito. Ainda, apresenta um alto teor antioxidante e efeito cardioprotetor, sendo uma adoção positiva em casos como na COVID 19. CONCLUSÕES: Considerando que ao redor do mundo 264 milhões de pessoas sofrem com transtorno de ansiedade, média de 3,6% da população e o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade, segundo estimativa da OMS cerca de 9,3% dos brasileiros tem algum transtorno de ansiedade e que estes níveis sofreram um aumento devido ao período em questão e que a ansiedade tem grande influência no comportamento alimentar principalmente quando associada a situações de estresse. Compreende-se que a pandemia tem correlação direta com os hábitos alimentares dos indivíduos, sendo imprescindível a atuação do nutricionista no período intra e pós pandêmico para evitar maiores prejuízos e auxiliar na saúde geral da população. Uma vez que, essas transformações negativas podem contribuir para o desenvolvimento de patologias metabólicas, além de afetar negativamente o psicológico de muitos indivíduos aumentando a ansiedade, estresse, entre outros distúrbios psicológicos. Este trabalho mostra-se relevante, uma vez que, cerca de 94% dos pacientes internados ou que morreram com COVID-19 tem ao menos uma comorbidade associada a obesidade como diabetes, hipertensão etc. Mostrando então, a necessidade de buscar melhorias para os costumes alimentares e hábitos como estimular a atividades física, fazendo-se necessário uma maior atenção na saúde dos indivíduos no período pós pandemia.
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INDICADORES GERAIS DE CONTAMINAÇÃO EM CASQUINHA PARA SORVETE
Mantovani, B.; Almeida, V.S.; Geromel, M.R.; Fazio, M.L.S. Instituto Municipal de Ensino Superior - IMES, Departamento de Nutrição, Catanduva, São Paulo, Brasil Viniccius Silva de Almeida Pôster
Objetivo: A presente pesquisa apresentou como objetivo avaliar a qualidade higiênicossanitária de casquinhas para sorvete da região de Catanduva/SP. Metodologia: Para tal pesquisa, avaliamos a qualidade microbiológica de casquinhas para sorvete comercializadas na região de Catanduva-SP, por meio de metodologias internacionalmente reconhecidas. Para tanto, diferentes amostras foram submetidas à contagem de bolores e leveduras e aeróbios mesófilos. Populações de aeróbios mesófilos acima de 105 UFC/g já ressaltam a necessidade de boas práticas na manipulação visando a obtenção de um produto mais seguro do ponto de vista de saúde pública. Resultados: Verificou-se que 53,3% das amostras apresentaram contagens superiores a 105 UFC/g para aeróbios mesófilos. No que se refere à contagens de bolores e leveduras, 100% das amostras apresentaram resultados acima de 105 UFC/g. Contagens de bolores e leveduras nos alimentos acima de 105 podem representar risco de intoxicação para o ser humano, por meio de micotoxinas. Dentre as amostras analisadas, 100% evidenciaram resultados os quais podem representar riscos na transmissão de doenças por alimentos. Conclusão: As casquinhas para sorvete não apresentam qualidade higiênicossanitária adequada para consumo humano, sendo considerado um problema de saúde pública.
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INFLUÊNCIA DAS PROTEÍNAS VEGETAIS NA HIPERTROFIA MUSCULAR EM PRATICANTES DE TREINO DE RESISTÊNCIA
Oliveira, J.M.S*; Silva, J.R; Santos, G.M; Barros, N.V.A; Brito, M. M; Paz, D.D; Cavalcante, R.M.S; Sousa, P.V.L. Centro Universitário Maurício de Nassau, Teresina, Piauí, Brasil. Joyce Maria de Sousa Oliveira Pôster
Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre a influência das proteínas vegetais na hipertrofia muscular em praticantes de treino de resistência. Metodologia: Foi adotada a estratégia PICO para a elaboração da pergunta norteadora e a busca de artigos científicos foi realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine and Nattional Institutes of Health (PubMed) e Web of Science, entre os anos de 2010 a 2020, por dois autores de forma independente. Nesta revisão, foram identificados 4.061 artigos, mas apenas 8 artigos foram considerados elegíveis, dos quais 7 são ensaios clínicos em humano e 1 modelo animal. Resultados: A maioria dos estudos demonstrou que o uso de proteínas vegetais combinada com treinamento de resistência promoveu efeitos positivos comparáveis às proteínas animais em relação a hipertrofia muscular, força e resis-
tência, contrariando outros estudos que sugerem que a proteína animal seja superior por ser considerada uma proteína de alto valor biológico. Dentre as proteínas mais utilizadas nos estudos elegíveis, destaca-se a da soja devido ao seu elevado teor de aminoácidos essenciais. Conclusão: Com isso, o consumo de suplemento de proteínas vegetais por praticantes de treino de resistência pode ser indicado como alternativa no ganho de massa muscular, principalmente aos que desejam excluir ou diminuir o consumo de produtos derivados de animais ou possuem alergia ou intolerância a proteína láctea.
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INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NA PERCEPÇÃO CORPORAL DE ADOLESCENTES E SEUS HÁBITOS ALIMENTARES
Rosa de Oliveira, C. Gimenez Casagrande, J. Universidade Paulista – UNIP. Alphaville/Brasil Camila Rosa de Oliveira Pôster
Objetivo: Analisar a influência das principais redes sociais, Facebook e Instagram, na percepção corporal de adolescentes de uma escola do município de Barueri e a implicação dessa visão nos hábitos alimentares. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório e quantitativo com 44 estudantes, de ambos os sexos e que tinham as idades pré-estabelecidas, da Escola Estadual do Jd. Paulista, localizada em Barueri – SP durante agosto de 2020, por meio de formulário on-line. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Paulista, conforme o nº CAEE 30689920.0.0000.5512 e Parecer Consubstanciado nº 4.003.089, de 01 de maio de 2020. Os participantes deram seu consentimento de forma virtual por meio de termos de assentimento e consentimento livre e esclarecido, ambos fixados no formulário online. Foram coletados dados sociodemográficos como idade, sexo e renda familiar, analisada em faixa de salários-mínimos (SM) e classificadas em menos de 2 SM, de 2 a 4 SM, de 4 a 10 SM, 10 a 20 SM (IBGE, 2018). O estado nutricional dos jovens foi classificado em magreza, eutrofia e sobrepeso segundo índice de massa corporal (Kg/m2) para idade e sexo de acordo com o Ministério da Saúde (2011). A avaliação da satisfação corporal foi feita através da Escala de Silhuetas para Adultos Brasileiros (LAUS et al., 2013) e foi avaliada através da discrepância entre a figura “desejada” e a figura “atual”, ambas escolhidas por cada adolescente. Valores iguais a zero foram classificados como “satisfeito”, resultados superior ou igual a +1 e inferior ou igual a -1 são considerados insatisfeitos, sendo os valores positivos indicadores de desejo de uma silhueta maior e os negativos, de uma silhueta menor. Para avaliação de uso das RS, foram desenvolvidas 9 questões, divididas em frequência de uso das RS e sobre o consumo de conteúdos nelas postados. O hábito alimentar foi avaliado pelo Marcador de Consumo Alimentar do SISVAN para crianças com 2 anos ou mais, adolescentes, adultos e idosos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva, com porcentagem e média pelo software Microsoft Excel 2011 em planilhas específicas e apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: Participaram 44 indivíduos, 75% (33) meninas e 25% (11) meninos, a média de idade da população foi de 17,6±0,7 anos. 95,4% (42) da amostra tem conta ativa nas RS, com 88% (37) as utilizando todos os dias e 64,2% (27) as acessando mais de 10 vezes no dia. Quanto aos dados socioeconômicos, observou-se predominância de renda familiar de até dois salários-mínimos, 45,5% (20), correspondente à classe social E (Tabela I). Em relação aos parâmetros antropométricos, encontrou-se média de IMC de eutrofia para homens (22,8±3,5 kg/m2) e mulheres (23,6±5,7 kg/m2), representando 15,91% (7) e 56,82% (25), respectivamente (Dados não apresentados em gráficos). Nesta perspectiva, a avaliação da Escala de Silhuetas demonstrou que 65,9% (29) das garotas estão insatisfeitas com sua IC e que 56,8% (25) tem desejo de uma silhueta menor. Entre os garotos, 25% (11) apresentaram insatisfação corporal, sendo 13,6% (6) com desejo de uma silhueta maior. A relação da satisfação corporal com IMC evidenciou maior insatisfação naqueles em estado de eutrofia em ambos os sexos (Tabela II). A combinação da frequência de uso das redes com a satisfação corporal destacou que 80,9% (34) dos jovens insatisfeitos com sua IC acessam as redes sociais todos os dias e 54,5% (24) utilizam esses aplicativos mais de 10 vezes no dia. A parcela de respondentes insatisfeitos que quase nunca usam essas redes foi a mais baixa, apenas 2,3% (1) (Tabela III). Entre os jovens, 78,5% já se sentiram frustrados após ver fotos/vídeos de pessoas dentro de padrões de beleza e, a maioria também já sentiu vergonha de postar fotos de seu corpo nestes aplicativos. Contudo, 79,5% (35) afirmaram que não utilizam editores de imagens (photoshop) quando postam fotos online (Tabela IIII). Quanto aos hábitos e consumo alimentar, há alto consumo de feijão, verduras e/ou legumes, bebidas adoçadas, biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Verificou-se que os estudantes realizam, ao menos, as três refeições básicas ao dia, café da manhã, almoço e jantar, 69,8% (30), 97,7% (42) e 81,4% (35), respectivamente, além de que 88% realizam alguma atividade enquanto fazem as refeições. Conclusão: Há evidências do impacto da frequência de uso das redes sociais na IC dos adolescentes desta amostra, contudo, esta visão não interfere qualitativamente na alimentação dos participantes. Sugere-se que novos estudos sejam
realizados para melhor esclarecer como as RS afetam a vida da sociedade em relação ao comportamento alimentar.
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MEMÓRIAS GUSTATIVAS: DIZE-ME O QUE COMES E TE DIREI QUEM ÉS
NETO, J.M.S.¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE / Baturité – Brasil. João Monteiro da Silva Neto Pôster
As lembranças causadas pelos alimentos são as mais fortes que temos e essas memórias gustativas nos deixa marcas profundas. Todos nós já vivenciamos as mais diversas experiências de comer alguns alimentos e ser levado de volta a um momento marcante da infância. A visão da cozinha é uma viagem na consciência que as sociedades têm delas mesmas onde também a influência da religião e da dietética na escolha e no modo de preparar os alimentos. Diversos autores, entre eles, Rachel de Queirós, Luce Giard, Marcel Proust e Nina Horta escreveram sobre este tema fazendo com que fôssemos transportados aos seus mundos literários vivenciando também suas lembranças. Em seu livro: “O Não Me Deixes – suas histórias e suas cozinhas” Rachel de Queirós organiza lembranças e receitas da cozinha sertaneja. É no sertão nordestino que está “Não Me Deixes”, fazenda da autora, onde seus filhos e netos passaram parte de sua infância. Flávio Queirós, neto de Rachel, revela nesta obra: “Minhas lembranças (...) também contém as memórias de sabores até hoje sobreviventes. (...) Até hoje, quando me sento à mesa da Fazenda, ao provar o feijão-de-corda temperado com coentro fresco e nata de leite, sinto a lembrança daquele mesmo sabor e do seu impacto distante. O arroz com colorau e o leite grosso são outros dois sabores que me lembro. (...) Um cheiro que também não posso me esquecer era o do café, principalmente quando estava sendo torrado…”. Para Luce GIARD, responsável pela segunda parte, da obra A invenção do cotidiano, ela relata que o passar dos anos, com sua saída de casa, quando foi morar sozinha, a cozinha começou a ter um outro significado: “... meu olhar de criança viu e memorizou gestos, meus sentidos guardaram a lembrança dos sabores, dos odores e das cores. Já me eram familiares todos esses ruídos: o borbulhar da água fervendo, o chiar da gordura derretendo, o surdo ruído de fazer a massa com as mãos. Bastariam uma receita ou uma palavra indicativa para suscitar uma estranha anamnese capaz de reativar, por fragmentos, antigos sabores e primitivas experiências que, sem querer, havia herdado e estavam armazenadas em mim”. Marcel PROUST, em sua obra “O tempo redescoberto”, nos remete a maior parte do tempo a um retorno ao passado, quando vêm à tona suas lembranças despertadas pelos sentidos. Um exemplo clássico são as lembranças despertadas por suas madeleines molhadas no chá. É este autor que afirma que as memórias sensitivas, como as gustativas e olfativas são as mais puras e genuínas que temos, pois são sentidas através das sensações, não da consciência. Segundo Nina HORTA outro tipo de comida que lembra a infância é a denominada “comida de alma”. É a comida que consola, que deve ser comida nos momentos de tristeza, na hora da dor, da depressão. Ela deve escorregar garganta abaixo sem precisar ser mastigada. Ela conforta a alma, dá segurança, “(...) lembra a infância e o costume”. O presente estudo objetivou apresentar as memorias gustativas na medida em que, através destas, podemos alcançar e compreender sentimentos e significados estabelecidos, muitos são vestígios oriundos de acontecimentos marcantes – como os registros em nossas memórias gustativas a comida vai além de calorias, proteínas, carboidratos, por trás daquilo que ela pode nos fornecer fisiologicamente, alimentação compreende um mundo de significações, representações, história. Comida é presente, é passado, é futuro. Comida é memória, é identidade. Como diria BRILLAT- SAVARIN em A Fisiologia do gosto “Dize-me o que comes e te direi quem és”. O delineamento teórico referenciado iniciou-se através de revisões sistemáticas de literaturas, utilizamos as recomendações PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises) como forma de assegurar a qualidade do processo de pesquisa e garantir a transparência do relato. Para a coleta de demais dados foram utilizadas a análise textual e eleição de artigos, dissertações e teses através de pesquisas bibliográficas. Obtemos como resultados que as memórias gustativas tratam indiretamente de problemáticas relacionadas a outros fenômenos sociais, como o totemismo, os costumes, o tabu, a comunhão, o sacrifício, cultura, reportando os costumes e a identidade gastronômica dos indivíduos. As lembranças contidas nessas memorias assumem diversos valores, intangíveis e de difícil interpretação, uma vez que cada ser humano apresenta experiências de vida singulares e não quantificáveis o que possibilita aos homens se orientarem e se distinguirem, onde se perceber e expressa um estilo de vida particular como a identidade, que é dinâmica e vive um processo contínuo de transformações e mudanças. Pode-se inferir que além dos objetivos alcançados, que esses estudos são também uma tentativa de preservação de manifestações de nossas lembranças, resgatando ou reafirmando uma identidade gastronômica de cada indivíduo, fazendo assim a comunicação entre os presentes com os antepassados através das memórias e a comida. Gastronomia é memória, tradição, inovação, cultura e identidade. “Memorias Gustativas: Dize-me o que comes e te direi quem és.”. Dentro desta
perspectiva, o trabalho foi desenvolvido.
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MINERAIS E IMUNIDADE:ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
CAVALCANTE, R.M.S.; NOGUEIRA, N.N. Universidade Federal do Piauí. Picos/Piauí/Brasil. Regina Márcia Soares Cavalcante Pôster
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi levantar evidências sobre a importância dos minerais na imunidade. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, exploratório, desenvolvido por meio de uma revisão de literatura do tipo narrativa, em junho de 2021, que teve como pergunta norteadora: qual a importância dos minerais na imunidade? Os dados foram coletados nas principais bases da área de saúde. RESULTADOS: O sistema imune é caracterizado por ser altamente proliferativo e pode ser modulado por vários fatores como os genéticos, metabólicos, ambientais e nutricionais. A imunidade mantém importante relação com a nutrição pois a inadequação nutricional pode ter como consequências o aumento no estresse oxidativo, elevação da inflamação e de infecções e comprometimento da integridade imunitária. Neste contexto os minerais tem papel de destaque no sistema imune, mostrando-se que inadequações de seus valores corporais podem trazer consequências variadas na imunidade. Dentre os minerais, merece destaque o zinco, molécula de sinalização intracelular, que desempenha importante papel na resposta imune mediada por células e atua tanto na resposta imune inata quanto adaptativa, estando sua deficiência relacionada a prejuízos na sobrevivência, proliferação e maturação de monócitos, células natural killer, células T e B , desregulação da resposta Th1/Th2, alteração na produção de citocinas, aumento do estresse oxidativo e inflamação; o ferro que envolve-se na proliferação de células T, na diminuição de citocinas na resposta imunitária adaptativa, e na redução da capacidade fagocitária dos neutrófilos que afetam a resposta inata; o magnésio que tem ação na ligação de antígenos a macrófagos, ativação de leucócitos e regulação apoptose celular e, o cobre, relacionado à regulação de macrófagos e células natural killer e diferenciação e proliferação de células T. CONCLUSÕES: O sistema imune é altamente proliferativo, demandando constante suprimento de elementos essenciais para o desempenho normal de suas funções e manutenção de sua higidez. Dentre estes elementos, destacam-se alguns minerais como o zinco, ferro, magnésio e cobre, que desempenham papéis essenciais para a replicação, proliferação e maturação das células imunitárias. Dessa forma é vital a ingestão de fontes alimentares destes minerais, bem como a realização de suplementação, quando necessário, com vistas à manutenção da integridade do sistema imunológico, essencial para o estabelecimento de bons níveis de saúde e consequente efetividade no enfrentamento doenças.
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NUTRIÇÃO COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO COADJUVANTE NA DEPRESSÃO
Nascimento, V; Pereira, B; Luz, M; Figueiredo, S. Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Belém, Brasil. Vitória Nascimento Pôster
Descrever os benefícios da nutrição como prevenção e tratamento da depressão. Trata-se de estudo do tipo revisão bibliográfica, na qual foi realizado um levantamento através da busca de artigos científicos na base de dados do Google Acadêmico e PubMed, utilizando as palavras chaves: nutrição, depressão, prevenção e tratamento. Foram incluídos artigos originais que atendiam aos objetivos propostos, nos idiomas português e inglês, publicados no período de 2014 a 2020. Foram excluídos os trabalhos que não condiziam com a temática e objetivo proposto. De acordo com os estudos analisados, muitos micros e alguns macronutrientes auxiliam na prevenção e/ou tratamento da depressão. Sezin e Gil (2014) associam os nutrientes que possuem o potencial de participar da sua etiologia e tratamento, sendo um deles o magnésio, onde estudos identificaram que em países ocidentais, a ingestão do mineral é inadequada, principalmente em dietas de pacientes depressivos. A falta de zinco na alimentação também é apontada como uma das causas do desenvolvimento de doença, pois assim como o magnésio, ele é necessário para a atividade de enzimas no organismo humano, além de estar presente em vesículas sinápticas de neurônios específicos. Esses estudos também relatam a importância da serotonina, que tem grande influência sobre a fisiopatologia da depressão, no qual seu único precursor é o triptofano, encontrado em alimentos como arroz integral, feijão e manga. Tendo em vista que a quantidade sintetizada deste hormônio depende da biodisponibilidade desse aminoácido, o seu consumo teria papel fundamental no tratamento da depressão. Do mesmo modo, os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 foram descritos como efetivos atuantes no tratamento da depressão, onde o consumo diário de 1,5g a 2g de EPA resultou em uma melhora de
humor em pacientes com sintomas depressivos. Esses ácidos graxos não são sintetizados pelo organismo e precisam ser adquiridos pela alimentação. É relatado também que a deficiência de vitaminas B6, B9 e B12 estão relacionados com o aparecimento dos sintomas da depressão, pois atuam na via metabólica envolvida nos processos de síntese dos neurotransmissores no sistema nervoso central. No Japão, de acordo com um estudo feito por Nguyen et al (2020) com 1.634 participantes, foi exposto que existem conexões entre a deficiência de vitaminas e os sintomas depressivos em mulheres e adultos mais velhos. A importância da vitamina B também foi abordada em pesquisa realizada por Park et al (2020), com o total de 258 participantes, com idade de 65 anos, na Coréia do Sul. Nela foi detectado que em mulheres, o consumo deficiente de vitamina B6 resultou em funções cognitivas mais baixas e maior isolamento social. O presente artigo conclui que os nutrientes possuem forte influência no tratamento e prevenção da depressão nos indivíduos, funcionando como potencializador dos tratamentos farmacológicos, também podem ser utilizados como tratamento alternativo para pacientes que não se adequam aos tratamentos convencionais por conta dos efeitos colaterais frequentes. Ademais, uma dieta saudável traz benefícios tanto para os sintomas psiquiátricos quanto para saúde em geral, além de ser uma intervenção mais barata. Ainda assim, é importante que mais estudos sejam realizados para intensificar a eficácia da nutrição como tratamento e prevenção da depressão.
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O PADRÃO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO NO ESPECTRO AUTISTA.
Oliveira, T., Pereira, L. e Mazepa, L. Faculdade Paranaense – FAPAR, Curitiba, Brasil. Letícia Mazepa Pôster
O objetivo deste trabalho foi verificar os desafios do comportamento alimentar da criança com transtorno do espectro autista. Constitui-se por uma revisão narrativa, com a busca dos artigos no portal PubMed. Foram utilizados os descritores MESH “autism”, “nutrition”, “kids”, “food” e “food selectivity”, combinados com o operador booleano AND. Foram incluídos artigos em português e inglês, que apresentaram texto completo e publicados nos últimos 5 anos. O transtorno no espectro autista (TEA) é caracterizado por contato visual atípico, interações sociais limitadas, movimentos motores estereotipados e condutas sensoriais repetitivas. A alimentação de crianças com TEA é um grande desafio e está associada à padrões incomuns, rituais e seletividade alimentar. Na literatura atual, encontramos alguns estudos que investigaram a seletividade alimentar nesse público. Um estudo avaliou crianças com TEA em dois momentos, inicialmente quando elas tinham a idade média de 6,8 anos e, na finalização do estudo quando apresentavam 13,3 anos de idade. No início da pesquisa, das 18 crianças avaliadas 15 recusaram 33% dos alimentos ofertados, o que os autores consideraram alta seletividade alimentar. Entretanto, quando comparados os resultados do consumo alimentar do início e do final do estudo foi observada redução nessa taxa de seletividade de 47% para 31%, respectivamente. Também foi possível notar uma redução na recusa de frutas e vegetais, bem como o aumento no consumo de 1 porção ao dia desses grupos alimentares. Ao contrário da seletividade alimentar, é importante destacar que a variedade de alimentos consumidos pelas crianças avaliadas reduziu ao final do estudo, dado analisado por meio da aplicação de recordatório de 3 dias. Outro estudo foi realizado com 279 pacientes por 24 meses, sendo 70 crianças com TEA e seletividade alimentar severa. A pesquisa verificou que 67% dos pacientes excluíram vegetais e 27% excluíram frutas da alimentação, fatores de risco de inadequações nutricionais específicas, como o aporte de vitaminas, minerais e fibras. Além da seletividade, crianças com TEA parecem apresentar neofobia alimentar com frequência, caracterizada pela recusa em experimentar alimentos novos. Um estudo que avaliou 33 meninos e 4 meninas com TEA verificou que as crianças mais novas e do sexo masculino apresentaram maior neofobia alimentar, o mesmo pôde ser observado nas crianças com melhores condições socioeconômicas. Crianças com neofobia alimentar também parecem apresentar índice de massa corporal maior, que parece baixar após os 12 anos de idade, sugerindo que a prevalência da seletividade alimentar e neofobia alimentar ocorre na infância. Dados atuais revelam que a seletividade alimentar foi relacionada com a ingestão inadequada de nutrientes, rejeição de frutas e vegetais, dificuldades no comportamento na hora das refeições e estresse parental. Portanto, a intervenção nutricional nesse público deve iniciar na introdução alimentar, visto que ocorrência mais severa tanto da seletividade como da neofobia alimentar, se dá entre 2 a 5 anos de idade. Ainda que haja redução gradativa nesse comportamento alimentar a partir dos 12 anos, cabe ressaltar que elas podem permanecer por toda a vida dos indivíduos com TEA, o que torna a alimentação desafiadora nesse público. A preferência por alimentos específicos, sabores e texturas aumentam o risco de carências nutricionais, podendo comprometer o crescimento e o desenvolvimento dessas crianças. Portanto, uma avaliação nutricional individualizada é importante na análise do consumo alimentar e possível risco nutricional, viabilizando
um diagnóstico preciso e consequentemente uma prescrição dietoterápica adequada, lançando mão de suplementação nutricional quando necessária. O processo de educação alimentar e nutricional deve contar com o comprometimento dos pais ou responsáveis, que poderão aprender desde técnicas de preparo dos alimentos até a escolha de utensílios e ambientalização adequados para as refeições.
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PROGRAMA OLHAR, PENSAR E AGIR: ANÁLISE DA SEGURANÇA NO TRABALHO EM UAN
RESE, I.; SOUZA, T.; SANTELMO, L.; HAIDER, J. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. São Leopoldo - RS. Tatiana Souza Pôster
O objetivo deste trabalho é analisar quantitativamente o programa que gerencia a segurança no trabalho - intitulado de OPA. O programa foi criado por uma multinacional do ramo de refeições coletivas, com o objetivo de aumentar a aderência dos colaboradores ao uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) e comportamento seguro. Metodologia: A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) que foi realizada a pesquisa é uma UAN de grande porte situada em São Leopoldo/RS. A unidade atende em média 2400 comensais, distribuídos em almoço, jantar e ceia e conta com 50 colaboradores para realização das tarefas. O trabalho teve três momentos: 1) Foram escolhidos os OPA’s distribuídos em setembro de 2020 e separados nas três categorias: (1) Estrutural, (2) Desvio/Falta de atenção e (3) EPI. 2) Avaliação da percepção dos colaboradores em relação ao OPA, com aplicação de um questionário que teve participação de 39 pessoas. 3) Foi realizada uma capacitação com os colaboradores de um turno específico, onde foi feita uma dinâmica de verdadeiro ou falso e abordado os resultados da análise dos OPA ‘s e dos questionários. Resultados da etapa 01, foi que 59% dos OPA’s aplicados foram por não uso ou uso inadequado do EPI, 27% estrutural e 14% por desvio ou falta de atenção. O questionário aplicado mostrou que 98% dos colaboradores sabem como evitar um OPA, e apenas 2% não. Conclusão: Na análise quantitativamente dos OPA ‘s distribuídos em setembro no ano de 2020 verificou-se que 98% dos colaboradores responderam que sabem como evitar um OPA, porém segundo os dados analisados verificou que 59% dos OPA’s da unidade são causados por uso inadequado e/ou não uso do EPI, que mostra que a maioria dos trabalhadores têm consciência que a utilização correta do EPI é importante para a preservação da sua saúde e segurança, evitando possíveis danos, esse entendimento por parte dos trabalhadores é resultado de orientações sobre uso do EPI e comportamento seguro, passadas pela nutricionista responsável pela unidade, porém é necessário que novas ações para cobrança efetiva do uso dos mesmo.
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SOBREPESO EM IDOSOS: ASSOCIAÇÃO COM O NÚMERO DE REFEIÇÕES CONSUMIDAS
PENTEADO DCR1, MURARO AP1,2, GORGULHO, BM1,2, RODRIGUES PRM1,2, FERREIRA MG1,2. 1Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. 2Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Dayanne Rodrigues Pôster
Objetivo: Verificar a associação do sobrepeso com o número de refeições consumidas por idosos. Métodos: Estudo transversal com 485 idosos matriculados em centros de convivência para idosos de um município do Centro-oeste do Brasil. A condição de peso foi identificada pelo índice de massa corporal (IMC), considerando-se sobrepeso IMC ≥ 27 kg∕m2 e o consumo de refeições referido: número de refeições consumidas. O teste do Qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado foi de 5%. As análises estatísticas foram conduzidas no software SPSS, versão 20.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da área da saúde da Universidade Federal de Mato Grosso, sob o parecer nº 3.598.400. Resultados: Foram observadas maiores prevalências de sobrepeso no sexo feminino (66,4%), raça/ cor da pele preta (66,3%), entre os não casados (65,1%) e na faixa etária de 60 a 69 anos (72,0%). Setenta e sete por cento dos idosos referiram consumir < 3 refeições/dia e eram significativamente mais propensos a estar acima do peso do que aqueles que referiram consumir ≥ 3 refeições/dia (p=0,04). Conclusões: Observou-se elevada prevalência de sobrepeso entre os idosos que foi associada ao consumo de menos de 3 refeições/dia. Ressalta-se a importância do incentivo ao consumo do número adequado de refeições por esse grupo populacional, como uma das ações para auxiliar no controle de peso. Palavras-chave: Idoso. Sobrepeso. Consumo de refeições.
Mega Evento Nutrição 2021 22º Congresso Internacional de Nutrição Longevidade e Qualidade de Vida Nutrição Clínica
UM BREVE ESTUDO DAS UTILIZAÇÕES PROMISSORAS DO PEUMUS BOLDUS MOLINA, O BOLDO DO CHILE.
LIMA, A.1; UCHÔA, A.21 – Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), Belém-PA, Brasil; 2 – Centro Universitário Fibra, Belém-PA, Brasil. Ana Carolina Santos Uchôa Pôster
Peumus boldus Molina é uma árvore nativa das regiões central e sul do Chile, a qual vem sendo estudada pela comunidade científica por possuir vários princípios ativos; entre estes, o que apresenta mais resultados é a boldina, o principal alcaloide das folhas e da casca do citado vegetal. Os últimos estudos, todos realizados através de testes in vitro e em animais, têm mostrado que a planta medicinal pode ser promissora para o tratamento de várias comorbidades, muito além do seu uso tradicional para alívio dos sintomas dispépticos, entre os quais distúrbio da digestão no trato gastrointestinal superior, como queimação e dor, que podem estar associados à empachamento pós-prandial, náuseas, vômitos. OBJETIVO: Realizar uma sucinta revisão de literatura de possíveis novas terapêuticas a partir da aplicação do Peumus boldus. METODOLOGIA: O trabalho foi executado através do levantamento de artigos nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Foram utilizados os seguintes descritores: “Peumus boldus” e “therapeutic”, associando-os, em inglês, no período de 2011 a 2021, sendo encontrado 22 artigos, dos quais 8 foram pertinentes aos objetivos deste estudo. Além disso, foi realizada a busca de materiais de outras fontes, como da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da European Medicines Agency (EMA). RESULTADOS: Dentre os artigos considerados pertinentes, observou-se que a boldina é o princípio ativo mais relevante, sendo que todos os estudos analisados ocorreram a partir da sua aplicação. Entre os resultados encontrados está a atenuação das consequências da oclusão permanente da artéria cerebral média, como os déficits induzidos pela isquemia cerebral e a diminuição da área de infarte e da neurodegeneração. Notou-se também que o alcaloide possui efeito citotóxico sob as células cancerígenas mamárias através do aumento da liberação da lactato desidrogenase, induzindo a apoptose precoce dessas células e consequente lentificação do crescimento da neoplasia. Outra implicação da boldina seria a redução de glicose plasmática, podendo atenuar as complicações do diabetes, como a disfunção endotelial de vasos sanguíneos, além de prevenir a peroxidação lipídica devido à sua ação antioxidante; assim como, evitou o aumento da pressão arterial sanguínea e a ocorrência de danos renais. A partir da análise do princípio ativo, ainda, demonstrou-se resultados promissores no tratamento da leishmaniose (Leishmania amazonensis), pois a boldina induziu uma maior resistência dos macrófagos à infecção pelo parasita e, quando associada ao principal medicamento utilizado no tratamento, diminuiu o número de células infectadas. Outro estudo concluiu que a boldina pode servir como uma nova forma terapêutica contra a osteoporose, pois o alcaloide mostrou efeito protetor na perda óssea induzida por deficiência de estrogênio através da diminuição da área de reabsorção óssea dos osteoclastos, sem afetar, contudo, a formação óssea. O citado princípio ativo também demonstrou seu potencial antioxidante ao diminuir a incidência da alfa-fetoproteína, que se apresenta aumentada em pacientes com câncer hepático, bem como atenuou a expressão de biomarcadores tumorais, agindo como protetor dos hepatócitos com função hepática normal. Além disso, nestes casos de hepatocarcinoma também apresentou propriedades apoptóticas e antiproliferativas. Ressalta-se que as doses utilizadas nos estudos em animais ficaram entre 8 e 100 mg/kg/ dia de boldina, e na cultura celular foi entre 50 e 600 µg/mL/ dia. CONCLUSÃO: Apesar dos estudos promissores acerca do Peumus boldus Molina, os quais demonstram, principalmente, seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e hepatoprotetores, percebe-se que ainda há a necessidade de mais pesquisas da comunidade científica para comprovar os possíveis benefícios da utilização da planta medicinal, assim como determinar a dose e o modo de utilização para que se possa alcançar os efeitos positivos na saúde humana.
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“O aluno aprende um conjunto de técnicas, é muito mais do que seguir receitas. Por isso, um aluno de São Paulo consegue acompanhar o que se faz em Paris ou Tóquio. Temos a mesma didática e rigor no controle de qualidade ” , diz o Chef Patrick Martin, diretor técnico responsável pela implantação da escola no Brasil.
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