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Revista do

A Revista do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo • Mar/Abr/Mai 2016 • Ano 1 • Nº 3

Especial Feira Prevenir faz um alerta pela vida

RETORNO Trabalhadores e empresários unem forças e querem a Samarco de portas abertas

Tendência Automação gera mais eficiência na indústria Entrevista Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira e o futuro da ArcelorMittal Tubarão




Editorial

Sul capixaba em suspense

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esde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, não apenas a Samarco, mas também trabalhadores e empresas do Espírito Santo e de Minas Gerais ligaram o sinal amarelo. A economia do sul capixaba, por exemplo, já está sendo duramente penalizada pela interrupção da produção nas quatro usinas de pelotização da mineradora, localizada em Ubu, Anchieta. Mais de 2,4 mil empregos diretos e indiretos, além das terceirizadas, estão em risco à medida que a companhia segue com suas portas fechadas. O que esperar dessa situação? Como a região pode voltar a crescer? Confira as respostas nesta edição. Temas como as perspectivas do setor de aço, o uso da inovação para um bom ambiente de trabalho e as ações da ArcelorMittal Tubarão em um momento complicado da economia brasileira são destaques em um conversa que tivemos com o vice-presidente de Operações da siderúrgica, Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira. Propiciar um ambiente mais seguro deve ser uma prioridade da indústria. Os números elevados de acidentes mostram que ainda temos muito trabalho pela frente, e é preciso conscientizar a juventude, que estará em breve no mercado de trabalho. Pensando nisso, realizamos a segunda edição da Feira de Saúde e Segurança do Trabalho Prevenir. Com o tema “Prevenção integral: valorizando a vida”, o evento contou com a participação de 60 expositores, premiação de escolas que trabalham de acordo com regras de segurança e palestras sobre prevenção de acidentes. Fundamental para a indústria, a automação significa mais eficiência e melhores resultados. Cientes dessa importância, as empresas ligadas à area metalmecânica vêm buscando intensificar tal processo como diferencial para superar o atual cenário de crise. Que neste ano de 2016 possamos seguir juntos e ainda mais fortes. Boa leitura!

Manoel de Souza Pimenta Neto Presidente do Sindifer

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Notícias Expediente

Presidente do Sindifer

Luiz Alberto Carvalho

Manoel de Souza Pimenta Neto

Luiz Henrique Pessanha de Sousa - Aracruz Marco Aurélio Claudio dos Santos - Cachoeiro de Itapemirim

DIRETORIA

Mario Lucio Longue Mozer - Cachoeiro de Itapemirim

Alfredo Franco

Matheus Pêsso da Silveira

Alexandre Magno Debona Zoppé Antônio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida Antonio Prando

Moysés Dutra de Castro - Cachoeiro de Itapemirim Paulo José Garayp Rusdelon Rodrigues de Paula

Cássio Borges Caldeira - São Mateus

Wagner Ribeiro Carlete - Cachoeiro de Itapemirim

Catia Cecilia Barros dos Reis - São Mateus Daives Carlo de Souza Alvarenga

EQUIPE

Darcy Rodrigues Filho

Breno Carneiro de Rezende Brotto

Etore Selvatici Calallieri - Aracruz

(27) 3225-8457 | breno@sindiferes.com.br

Eugênio José Faria da Fonseca

Rita de Cassia Dillem

Fausto Frizzera Borges

(27) 3225-8457 | rita@sindiferes.com.br

Gilmar José Marchesi

Jonathan Aguiar da Silva

Gilmar Luis Delatorri Leite - Linhares

(27) 3225-8457 | jonathan@sindiferes.com.br

Guerino Balestrassi - Colatina

Gerlane Delpupo

Haroldo Olívio Marcellini Bassa

(28) 3521-4035 | sindifersul@sindiferes.com.br

Iana Paula Borgo Souza - São Mateus

Mariana Pin

Jacqueline Donateli Simões

(27) 3264-0734 | sindifernorte@sindiferes.com.br

Jonas Altoé - Cachoeiro de Itapemirim José Carlos Pompermaier - Linhares

Tamiris Intra de Oliveira

José Emilio Brandão

(27) 3314-5909 - Iá!Comunicação

Leonardo Jordão Cereza - Cachoeiro de Itapemirim

Dr. Odair Nossa Sant’Ana

Lucio Dalla Bernardina - Colatina

Dr. Fábio Jorge Delatorre Leite

Luis Soares Cordeiro - Aracruz

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SEDE Rua Dr. João Carlos de Souza, 758 - Ed. Cesar Daher Carneiro Santa Luíza - Vitória/ES - Cep: 29045-410 Telefones: 27 3225-8457 | 27 3225-8821 E-mail: sindiferes@sindiferes.com.br

Diretor: Mário Fernando Souza Gerente de Produção: Cláudia Luzes Textos: Fernanda Zandonadi, Gustavo Costa, Nadia Baptista e Roberto Teixeira Editoração: Michel Sabarense Apoio: Mara Cimero

LINHARES Av. Filogônio Peixoto, nº 396, Aviso, Linhares/ES – 29901-290 Telefone: 27 3264-0734 E-mail: sindifernorte@sindiferes.com.br

Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas, Shutterstock e arquivos da Next Editorial Copidesque: Márcia Rodrigues Colaboraram nesta edição: Carlos Pastoriza, Cintia Dias, Durval Vieira de Freitas, Mário Ribeiro e Odair Nossa Sant’ Ana

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM Av. Domingos Alcino Dadalto, s/n, Monte Cristo, Cachoeiro de Itapemirim/ES - 29312-200 Telefone: 28 3521-4035 E-mail: sindifersul@sindiferes.com.br

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Sumário

Com o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, a economia da região sul capixaba passa por um momento de incertezas. A interrupção da produção em quatro usinas em Anchieta obrigou a empresa a suspender contratos, e mais de 2,4 mil empregos diretos e indiretos estão ameaçados.

Prevenção faz a diferença na indústria Com o tema “Prevenção integral: valorizando a vida”, a segunda edição da Feira de Saúde e Segurança do Trabalho Prevenir foi visitada por 7 mil pessoas. Veja os detalhes do evento, que apresentou produtos e serviços ligados ao combate a ocorrência de acidentes.

Entrevista | 24

Especial | 16

CAPA

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Tragédia ambiental ameaça empregos no Estado

Fornecedor, desenvolva-se! 34

Durval Vieira de Freitas

Mário Ribeiro

O vice-presidente de Operações da ArcelorMittal Tubarão, Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira, fala sobre o futuro da indústria, as expectativas para o mercado, a importância da inovação para um bom ambiente de trabalho e os planos da empresa para se manter na liderança no setor siderúrgico.

O marketing como aliado 46

Liderança situacional – novos desafios requerem novas respostas 14

Jorge Luiz Ribeiro

Cintia Dias

Os desafios estão colocados! 54

Carlos Pastoriza

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Tendência

A automação industrial pode ampliar a produtividade de uma empresa, além de reduzir a geração de resíduos e melhorar a eficiência ambiental. Saiba como um bom investimento nessa frente pode resultar em bons negócios e mais competitividade.



Economia Por Fernanda Zandonadi

O retorno da Samarco

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Mais de 2,4 mil empregos diretos e indiretos, além de uma ampla cadeia de fornecedores e terceirizados, sofrem com as portas da Samarco fechadas

O

s prejuízos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco em Mariana, Minas Gerais, vão muito além dos danos imediatos ao meio ambiente e das mortes dos moradores do distrito de Bento Rodrigues. A economia da região sul do Espírito Santo também sofre os impactos da tragédia. Com a interrupção da produção nas quatro usinas de pelotização da mineradora em Ubu, no município de Anchieta, foram suspensos temporariamente os contratos dos 1.282 profissionais, com acordo de manutenção dos empregos até o dia 25 de abril deste ano. Depois, não se sabe. Para se ter ideia da dimensão das perdas com a paralisação das atividades, 23% dos fornecedores do sul capixaba têm a Samarco como principal (às vezes, única) cliente. São empresários que se veem obrigados a demitir e reduzir custos em um momento em que a economia do país já não vai bem. A extensão dos baques não se resume a Anchieta, onde há 90 fornecedores ligados à empresa, mas alcança toda a região. Além das 1.282 vagas diretas, a mineradora era responsável por outras 1,2 mil indiretas. E, só no segmento metalmecânico, 5,9 mil funcionários de terceirizadas, em especial fornecedoras de calcário, podem perder seus empregos se a indústria não reabrir as portas. Todos esses trabalhadores e empreendedores dependem dela para sobreviver. A solução é urgente. Já a partir de março, cerca de 800 funcionários serão cortadas de 20 empresas, boa parte delas instalada no município da Serra. São trabalhadores do setor de manutenção da mineradora, que operam como mecânicos, caldeireiros e eletricistas. A história tende a tomar contornos ainda mais graves. Somado, o faturamento de fornecedores locais e terceirizados chega a R$ 973,8 milhões ao ano, dinheiro que circula na economia capixaba, pois gira não apenas em Anchieta, mas também em todos os municípios do Estado. A queda não se limita a um único mercado. Se a indústria não produz, todos que dependem da movimentação do dinheiro que vem da Samarco também sofrem: hotéis e comércio fecham as portas, restaurantes param de vender, táxis ficam parados, aluguéis despencam. É uma reação

em cadeia que pode levar toda a economia da região, antes próspera, ao colapso. Em Anchieta, o impacto imediato ocorre na contribuição para o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Apenas desde novembro, a cidade capixaba amargou redução de cerca de R$ 2 milhões por mês na arrecadação desse tributo. Para 2017, a turbulência já será sentida também na participação do município na quota-parte que recebe do Governo Estadual sobre o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). TUDO PARADO A paralisação dos trabalhos aconteceu após o desastre em Mariana, em 5 de novembro do ano passado. Foram suspensas as operações no Complexo de Alegria, do qual faz parte a mina de Germano, de onde saía o minério que seguia por meio de dutos até as quatro pelotizadoras, no litoral sul do Espírito Santo. Ainda em novembro, o Governo de Minas Gerais embargou os trabalhos em Germano, impedindo a empresa de extrair ou processar minério de ferro no local. A proibição afetou diretamente os trabalhos na planta de Ubu, que dependem da matéria-prima para funcionar. Manoel de Souza Pimenta, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material

“Há uma gigantesca cadeia em volta da empresa, e isso vai muito além dos 2,4 mil empregos diretos e indiretos” Manoel de Souza Pimenta, presidente do Sindifer

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Economia

Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), mostra pessimismo, caso a Samarco permaneça de portas fechadas. “Teremos um caos social na região sul do Espírito Santo se a empresa não retornar aos trabalhos em breve. Quem convive com o comércio sabe que o impacto já teve início, e é grande.” O dirigente não exime de responsabilidade a mineradora, ao contrário; ele enfatiza que todos devem cobrar e trabalhar pela recuperação ambiental da área afetada pela barragem rompida e também do Rio Doce, que recebeu uma imensa carga de lama. Defende ainda a necessidade de apoio às famílias das vítimas e daqueles que perderam as casas, terras e meios de sobrevivência. No entanto, ele questiona a paralisação da fábrica e todas as consequências disso não só para Anchieta, mas também para toda a economia do Estado. “Precisamos estar atentos para que o problema não atinja ainda mais trabalhadores e pessoas que dependem da operação da fábrica para sobreviver. Há uma gigantesca cadeia produtiva em torno da empresa, e isso vai muito além dos 2,4 mil empregos diretos e indiretos. As portas fechadas desencadeiam consequências desastrosas para vários setores da economia capixaba”, avalia o presidente do Sindifer. De acordo com o prefeito de Anchieta, Marcus Assad, o impacto local é avassalador, e ainda existe aquele gerado pela frenagem na economia de toda a região, abrangendo também cidades como Guarapari, Piúma, Cachoeiro e Alfredo Chaves, por exemplo. Atividades como a prestação de serviços ao setor industrial, que dão suporte às

“Sabemos que a Samarco tem compromissos e responsabilidades sociais e ambientais que precisam ser assumidos e cumpridos, mas para Anchieta, é de fundamental importância o retorno da empresa ao funcionamento” - Marcus Assad, prefeito de Anchieta

O QUE ESTÁ EM JOGO Confira os dados de produção e empregos da Samarco, os fornecedores locais e o que a empresa representa para Anchieta Anchieta Tem população estimada em 26,6 mil pessoas, o que significa apenas 0,7% do total de habitantes do Espírito Santo. A cidade respondeu, mesmo assim, por 3,5% das riquezas produzidas no Estado, ou R$ 4 bilhões. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita também é elevado, de R$ 153,7 mil ao ano, na comparação com a média estadual, que é de R$ 30,4 mil. Todos os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e referentes ao ano de 2013. A Samarco •P rodução de minério de ferro (2014): 25 milhões de toneladas •R eceita Operacional Líquida (2014): R$ 7,5 bilhões, a segunda maior do Espírito Santo •P atrimônio Líquido (2014): R$ 4,3 bilhões, o maior do Espírito Santo •L ucro Líquido (2014): R$ 2,8 bilhões, o maior do Espírito Santo •N úmero de empregados diretos no Estado (2014): 1.282 •N umero de empregados terceirizados: aproximadamente 1.200 •N úmero de empregos indiretos no Estado (2014): 12.179 • I nvestimentos (2014): R$ 629 milhões •C ompras locais totais (2011-2014): R$ 3,8 bilhões Fornecedores locais Para dar uma ideia da dimensão das perdas com a suspensão das operações, 23% dos fornecedores da região sul do Espírito Santo têm a Samarco como cliente. Os prejuízos não se resumem a Anchieta, que tem 90 fornecedores ligados à empresa, mas também atingem toda a região. São 358 fornecedores dependentes dos trabalhos da mineradora, que empregam 5.970 pessoas e têm um faturamento de R$ 973,8 milhões por ano. Esses números são de 2011. O setor mais dependente da planta de Anchieta, e que é mais afetado pela paralisação das atividades, é o comércio, seguido de serviços, fabricação e montagem, construção civil e engenharia e projetos. Fonte: IJSN, IEL e DFV Consultoria

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operações e à manutenção da planta, também sofrem. “Sabemos que a Samarco tem compromissos e responsabilidades sociais e ambientais que precisam ser assumidos e cumpridos, mas para Anchieta, é de fundamental importância o retorno da empresa ao funcionamento.” PRESTADORES DE SERVIÇO Os prestadores de serviços foram atingidos em cheio: já tiveram contratos suspensos e aguardam o reinício das atividades da indústria, na esperança de manter os negócios funcionando. Para dar ideia da dimensão do problema, somente uma das empresas de serviços de manutenção industrial que teve a parceria encerrada com a Samarco já demitiu 58 trabalhadores. Outra companhia, de tecnologia, com um contrato suspenso e outro terminado no final do ano passado, já contabiliza 67 demissões. Uma terceira parceira, de manutenção industrial, também passa por dificuldades em razão dos acordos extintos, da suspensão dos trabalhos e da falta de expectativa para os próximos meses; nela, já ocorreram 50 cortes. O diretor da Conami Manutenção Industrial, fornecedora de serviços para a Samarco, Antonio Prando, aponta que a paralisação da indústria já se refletiu em uma redução de 60% nas atividades de seu empreendimento, o que culminou na saída de 60 dos 100 empregados do grupo que atuavam em Ubu. “Hoje temos 40 empregados porque estamos atuando em outros contratos, com outros clientes. Mas nossa previsão é baixar ainda mais o quadro, em função da falta de atividades.” Prando conta que o momento é difícil para empresários e trabalhadores e que a única esperança de sobrevivência é o retorno dos trabalhos. “Acreditamos muito na Samarco e precisamos muito da retomada das operações. Quanto mais o tempo passa, pior fica a situação das fornecedoras, dos empresários e das famílias que dependem daquela atividade para sobreviver. É uma situação difícil”, lamenta. Com o desemprego crescendo em um cenário nacional que já não é dos melhores, a solução pede urgência, segundo Manoel Pimenta. “Os terceirizados estão sendo desligados, empresas do setor metalmecânico já estão se desmobilizando. É um momento penoso para todos os trabalhadores. Muitas famílias ficarão sem renda, e as cidades vão perder muito. Não apenas Anchieta ou Mariana, mas todos nas áreas afetadas. A Samarco precisa funcionar, tem que vender para arcar com os custos. Deveriam mapear os danos e liberar a planta para produzir. Minha preocupação é a empresa ficar e os empregos ficarem esquecidos, e até mesmo a indústria não se interessar mais em retomar as atividades. É contra isso que estamos lutando. Fechar a empresa é ampliar a tragédia, que já é gigantesca”, acrescenta.

“Hoje temos 40 empregados porque estamos atuando em outros contratos, com outros clientes. Mas nossa previsão é reduzir ainda mais o quadro, em função da falta de atividade” Antonio Prando, diretor da Conami Manutenção Industrial, empresa fornecedora de serviços para a Samarco

A cidade também já exibe sinais de arrefecimento. A redução da capacidade de investimento se reflete principalmente nas obras de insfraestrutura, essenciais para manter a qualidade de vida da população. “A diminuição de receitas correntes impacta também o custeio do setor público municipal em todas as áreas, por isso é necessário ter cautela redobrada. Um exemplo de projeto adiado é a implantação da Cidade Digital, que levaria a internet gratuita a todas as comunidades rurais, interligando em rede escolas, postos de saúde e demais serviços públicos municipais”, explica o prefeito de Anchieta, Marcus Assad. O SOFRIMENTO DE MARIANA Mariana, cidade mineira que foi palco do rompimento da barragem da Samarco, também amarga perdas que ultrapassam os efeitos imediatos da tragédia. Em entrevista à Agência Estado, o prefeito, Duarte Júnior, contou que empreiteiras que prestavam serviços à mineradora recorreram à demissão de funcionários. Para dar uma ideia do tamanho da crise, o município tem, hoje, 59 mil moradores, e há cerca de 3 mil sem trabalho. Antes do acidente, a média do desemprego no local era de 300 pessoas. Além do fechamento das minas, Mariana ainda sofre com a queda no turismo. A cidade colonial, fundada em 1771, vem vivendo a diminuição do fluxo de visitantes. Duarte Jr. vê um ano difícil pela frente, já que a arrecadação também sofreu um baque, e a previsão é de que se reduza pela metade, para R$ 15 milhões em 2016. “O jeito é cortar na carne. Agora, não tem como ajustar a conta sem ter prejuízo para o cidadão”, disse o prefeito à publicação paulista. Uma das alternativas encontradas pelo poder público é a reivindicação da volta de pagamentos à cidade da Compensação Financeira sobre a Exploração de Minério (CFEM).

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Com a interrupção da produção nas quatro usinas de pelotização da mineradora em Ubu, no município de Anchieta, a Samarco suspendeu temporariamente os contratos dos 1.282 empregados

O imposto deixou de ser recolhido desde a interrupção da extração do produto pela Samarco, em novembro passado. “Deixamos de recolher cerca de R$ 4 milhões por mês. A arrecadação caiu de R$ 19 milhões para R$ 15 milhões. Está difícil. Quando assumi a prefeitura, era de R$ 27 milhões, mas o preço do minério despencou no mercado internacional (a tonelada recuou de US$ 130 para US$ 40), e nossa arrecadação foi para R$19 milhões. Com a perda da CFEM paga pela Samarco, reduziu-se para R$ 15 milhões”, lamentou o prefeito em reportagem do jornal Estado de Minas, publicada no final de janeiro. GESTORES NA BERLINDA A situação da Samarco ganhou novos e dramáticos contornos em 23 de fevereiro. A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou e pediu a prisão preventiva de sete gestores da empresa, entre os quais o ex-presidente Ricardo Vescovi. Além dele, foram indiciados outros cinco funcionários: Kléber Terra, diretor-geral de Operações; Germano Lopes, gerentegeral de Projetos; Wagner Alves, gerente de Operações; Wanderson Silvério, coordenador técnico de Planejamento e Monitoramento; e Daviely Rodrigues, gerente. A sétima pessoa é Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR, que prestava consultoria para a mineradora e é responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem. De acordo com a Polícia Civil, que não descarta novos pedidos de prisão, os indiciamentos são por homicídio qualificado, o que pode gerar penas que variam de 12 a 30 anos de cadeia para cada uma das 19 mortes. Os sete ainda responderão por mais dois crimes: por poluir água potável, estão sujeitos a pegar entre três e seis anos de prisão, além de multa; e por causar inundação com dolo eventual – o que acontece quando não há intenção, mas se

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assume o risco –, podem somar mais uma pena de dois a cinco anos de cadeia. O QUE DIZ A EMPRESA Em nota, a Samarco informou que seus esforços estão concentrados nas ações de mitigação do acidente. “Entretanto, a retomada dos negócios é essencial para que possa voltar a produzir e, assim, cumprir com todas as suas obrigações perante a sociedade. Como associada do Sindifer, a Samarco quer continuar a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo. Todavia, neste momento, a empresa está empenhada na elaboração do acordo com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a Advocacia-Geral da União e outros órgãos, por entender que é a solução que permitirá a mitigação de consequências de forma mais célere e ágil, atendendo às demandas de todos os envolvidos.” A companhia ressaltou ainda que seus esforços estão direcionados para a reparação, a mitigação e a compensação dos danos socioeconômicos e ambientais, presentes e futuros decorrentes do rompimento e que “quaisquer projetos de retorno à operação estão atrelados à definição, à aprovação e à execução de planos que visam ao cumprimento de medidas reparadoras e de compensação, que são imprescindíveis à licença social concedida pela própria sociedade”. Sobre as ações de apoio às comunidades do entorno, a nota esclarece que “a Samarco tem uma relação de convivência muito próxima com as comunidades vizinhas às suas unidades, estabelecida por meio do diálogo permanente ao longo dos anos. Essa relação se traduziu em confiança, que a empresa visa a manter e aprimorar. A Samarco segue as suas políticas de diálogo social, escuta das percepções das comunidades, fortalecimento da cadeia de fornecedores locais e de contratação da mão de obra próxima às suas operações”.



Artigo

Mário Ribeiro é especialista em Comportamento Humano nas Organizações

Liderança situacional – novos desafios requerem novas respostas “Os problemas de hoje vêm das soluções de ontem.” - Peter Senge

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m liderança, os desafios de hoje não podem ser vencidos com as respostas e as soluções de ontem. Um novo cenário se descortinou para nossa geração de líderes, trazendo desafios que a maior parte deles não está preparada para responder, pois não teve acesso às respostas – mesmo porque tais mudanças ocorreram muito rapidamente, sem que fossem percebidas pelas organizações e por suas lideranças. Levando em conta o princípio defensor de que as pessoas produzem resultados de acordo com os conhecimentos e capacidades atuais, concluímos que, para superar os desafios apresentados no novo cenário, os gestores de hoje necessitam ampliar seus conhecimentos e suas capacidades para além do que sabem e são capazes de realizar. Insistir em responder como no passado aos desafios do presente produzirá resultados ineficazes para atender às novas demandas, reforçando assim os problemas do presente. Obedecendo ao processo natural da evolução contínua, as mudanças são de fato a única constância em qualquer estrutura do universo. Esse é um pressuposto que afeta também as organizações e uma realidade à qual as empresas se veem obrigadas a se adaptar como condição de permanência no mercado. Junto com as transformações, vieram alguns desafios a serem superados pelos líderes de hoje. O desafio de reter talentos. As organizações vivenciam um momento em que reter talentos tem sido um desafio primordial, pois disso depende o atingimento de resultados quantitativos e qualitativos. Realizar metas desafiadoras só é factível

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por meio do envolvimento de pessoas talentosas. Ser uma empresa de vanguarda e inovadora em um mercado altamente competitivo é vital e dependerá essencialmente de identificar e manter um time de colaboradores talentosos – para o que não basta apenas contratar assertivamente e planejar um programa de treinamento e desenvolvimento; tais iniciativas devem ser acompanhadas de um plano de retenção de talentos. Manter as pessoas “certas” envolve um processo de construção de relacionamento de confiança que parte da empresa em direção ao colaborador. As organizações necessitam desenvolver meios para fidelizar seus talentos internos, assim como fazem com seus clientes, e as pessoas “certas” são aquelas que oferecem mais que simples “mão de obra”: criatividade e paixão estão presentes em tudo que fazem. Ao descobrir esse perfil de colaborador, será desafio do líder retê-lo. O desafio de inspirar pessoas. Controlar pessoas como controlamos processos já não é uma atitude compatível na atualidade. O “emblema” de gerente tem ficado estritamente relacionado a Produtos e Processos, enquanto Pessoas passaram a exigir algo além de “gerenciamento”. Podemos classificar esse “algo” como sendo “inspiração”, “propósito”, “sentido” e outras razões relacionadas a estas para fazer com que elas se sintam responsáveis ou comprometidas com as metas das organizações em que estão inseridas. Literalmente, inspirar significa “fazer nascer o entusiasmo criador”. Logo, inspirar pessoas é levá-las a enxergar com paixão o que fazem, a encarar suas atividades como parte de algo com propósito e que irá corroborar a realização


das suas aspirações pessoais. Inspirar é o mesmo que dar motivo, razão, propósito perceptível para fazer algo que está além de si mesmo. Isso vai muito além de influenciar pessoas, pois quando eu influencio alguém o motivo de suas ações estará baseado nas minhas razões, enquanto inspirar é fazer com que elas se movam em função de suas próprias razões. Tem relação com seu propósito pessoal, o que estimula padrões de comportamentos mais duradouros. Inspirar pessoas é um novo desafio para o líder. O desafio de entender pessoas. Não existe mais espaço para gestores sem habilidades no campo das inteligências emocionais e comportamentais, que possuem apenas capacidades técnicas/gerenciais para conduzir processos. Por uma simples razão: entende-se que as habilidades comportamentais do líder são o firme pavimento do caminho pelo qual ele trilha em direção ao sucesso na condução de pessoas e organizações aos resultados pretendidos. Conduzir equipes sem entender sobre pessoas é semelhante a comandar uma aeronave ao seu destino sem ter as habilidades que o tornem proficiente em pilotar. O líder da atualidade carece de ter amplo conhecimento sobre a estrutura do comportamento humano e como lidar com isso. Não que tenha que ser especialista em comportamento humano, mas sem saber como as pessoas “funcionam” será bem mais difícil obter os resultados pretendidos. Liderar com base no conhecimento sobre comportamento humano coloca o gestor na van guarda no campo da condução das equipes autogerenciáveis, esse quesito tornou-se desafio básico para o Líder hoje. O desafio do permanente desenvolvimento. É certo que a diferença entre o excelente e o bom lenhador não está na velocidade e na força com que cortam a árvore para fazer a lenha, mas sim no tempo e na periodicidade que utiliza para afiar o machado. O líder que obtém melhor resultado é o que se prepara para produzi-lo. Muito se exige das pessoas que estão desempenhando o papel de liderança; entretanto, poucos são os recursos disponibilizados para que elas possam atender às demandas exigidas. Faz-se necessário treinar as habilidades dos que lideram, assim como torná-los capazes de desempenhar seus papéis nos cenários onde estão atuando. E a melhor forma de fazer isso é rever sua agenda de prioridades. Olhe lá! Se entre elas não estiver elencada a de autodesenvolvimento, buscar conhecimento, treinar suas habilidades, você estará no grupo de risco dos que entrarão na estatística de líderes que não deram certo, ou daqueles que sofrem a

“Os atuais desafios do líder não podem ser vencidos com as respostas e soluções do passado” Mário Ribeiro profunda frustração de não sair do círculo vicioso do “quase cheguei lá”. “Quase lá”, mas nunca lá, pois não teve competência para chegar aonde desejou – e se, por sorte, “chegar lá”, não irá se manter, pois não terá estrutura para sustentar o êxito e sofrerá da síndrome do “fracasso do sucesso”. Para grande parte dos gestores hoje, esses são novos desafios, que exigem respostas e atitudes novas. A nossa mentalidade precisa ser transformada pela renovação de nossas mentes, pois somente assim poderemos ter uma nova experiência ao atuar em um novo papel em um cenário desafiador que já se descortinou, no qual os nossos liderados não são meros coadjuvantes, mas protagonistas junto conosco. Diante disso, constituem-se desafios desenvolver uma liderança treinadora, que planta competência e desenvolve pessoas; uma liderança servidora, em que servimos as pessoas com nossas competências; uma liderança gestora, para fazer gestão de equipes; e, por fim, uma liderança realizadora, que transforma planejamento em resultados. UMA NOVA ATITUDE Não basta saber que em grande parte as mudanças de realidade já ocorreram e mais ainda está por vir, pois estamos cientes de que o mapa antigo que usávamos para chegar aonde queríamos já não tem mais utilidade, porque o território não é mais o mesmo. Insistir em continuar usando-o apenas nos afastará do lugar para aonde devemos, como líderes, conduzir pessoas e organizações. Pense a respeito disso e prepare-se com novas respostas para os seus novos desafios, dessa forma garantirá uma grande parcela de seu sucesso em deixar um legado de liderança Inspirador para os que vieram depois de você. Mário Ribeiro é idealizador do Leader Day, Dia Mundial do Vendedor e do Academy Leadership – escola onde se desenvolvem as Sete Disciplinas da Liderança de Alta Performance (leaderday.com.br) mario.ribeiro@expertisetraining.com.br

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Especial Por Gustavo Costa

Valorização da vida é tema da 2ª Prevenir Feira de Saúde e Segurança do Trabalho recebe 7 mil visitantes

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iente da necessidade de buscar um ambiente com cada vez mais proteção, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer) realizou, entre 6 e 8 de outubro, no Carapina Centro de Eventos, na Serra, a segunda edição da Feira de Saúde e Segurança do Trabalho Prevenir. Com o tema “Prevenção integral: valorizando a vida”, o encontro foi o cenário perfeito para que 60 expositores pudessem mostrar seus produtos e serviços aos cerca de 7 mil visitantes e contou com iniciativas que foram de premiação de escolas que atuam de acordo com regras de segurança a palestras sobre prevenção de acidentes e aperfeiçoamento de processos para esse fim. Para Manoel Pimenta, presidente do Sindifer, o evento cumpriu mais uma vez o seu objetivo de levantar o debate sobre a importância de se buscar medidas que visam à saúde e à segurança no espaço laboral. “Em sua segunda edição, a feira começa a consolidar seu caráter educacional. A nossa intenção é formar os futuros profissionais da indústria com a consciência da segurança no trabalho. Temos ainda elevados índices de acidentes e precisamos trabalhar essa juventude, que estará em breve no mercado de trabalho. É um grande desafio para o Espírito Santo e para todo o Brasil”, falou. As empresas participantes puderam apresentar equipamentos modernos, práticas eficazes e muito conteúdo voltado para as áreas em foco no evento.

“A nossa intenção é formar os futuros profissionais da indústria com a consciência da segurança no trabalho” Manoel Pimenta, presidente do Sindifer Um exemplo foi o estande que reuniu ArcelorMittal Tubarão e ArcelorMittal Cariacica. Foi montado no espaço um “cinema” com sessões a cada 10 minutos que fizeram muito sucesso na ocasião. Os dois vídeos em exibição mostravam a história do aço e o compromisso com a segurança nas atividades da ArcelorMittal Tubarão. Para Marcos Fernandes dos Santos, gerente de Saúde e Segurança da companhia, os resultados têm sido um destaque da Prevenir desde a primeira edição. “A ideia era participarmos a cada dois anos da feira, mas o resultado observado no ano passado foi tão positivo que resolvemos participar todos os anos. A Prevenir aborda um tema muito importante. Os acidentes de trabalho têm um custo muito alto, e devemos, não apenas nas grandes empresas, mas também na sociedade como

Novas gerações: alunos de várias escolas movimentaram a Prevenir

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Especial

Estande da ArcelorMittal contou até com “cinema”, exibindo sessões a cada 10 minutos

um todo, semear a cultura da prevenção. Ao trabalharmos essa cultura, automaticamente conseguimos ter resultados mais assertivos. Nesse tipo de evento, as empresas podem expor equipamentos de proteção individual (EPIs) e boas práticas, e alunos podem apresentar ideias interessantes. É um ganho enorme para todos. Se começarmos a trabalhar a prevenção de acidentes com esse público mais jovem, que ainda está na escola, teremos muitos bons frutos. É o primeiro ano que estamos juntos com os colegas da ArcelorMittal Cariacica, e essa integração será vista nos próximos eventos, mostrando a sinergia dentro do Grupo”, ressaltou ele.

Outra empresa que marcou presença foi a Sistermi Locação de Máquinas e Equipamentos. Segundo a assistente comercial Rafaella Martins, o teste de perguntas e respostas promovido durante a feira foi muito procurado por estudantes. “A ideia era conferir como está o conhecimento dos jovens sobre saúde e segurança. Muitos alunos e professores participaram e responderam. Foi algo muito positivo. Também fizemos uma demonstração interessante com nosso guindaste LTM 1070, que tem capacidade nominal de 70 toneladas. É um equipamento de ponta. O operador consegue trabalhar com ele à distância, por meio de Bluetooth. Isso dá mais segurança e visibilidade para o operador, e os riscos de qualquer acidente se reduzem muito. É uma tecnologia que os clientes já estão exigindo na hora da contratação, e a Sistermi fez questão de trazer para a feira”, explicou ela. PALESTRAS, PARCERIAS E IDEIAS PREMIADAS Com especialistas em diversas áreas, a Prevenir disponibilizou palestras concorridas, que foram de “Direitos e ações do empregador” e “Segurança na construção naval” a “Impacto dos acidentes de trabalho nos negócios”, passando por “Qualidade de vida”, “Contribuição da área de Comunicação na prevenção de acidentes” e “O hábito do comportamento seguro: escolhas e atitudes”. “As palestras ficaram lotadas, o que nos deixou muito orgulhosos. Os profissionais da indústria e as pessoas de forma geral estão buscando se informar melhor sobre os temas, e isso faz toda a diferença para reduzirmos acidentes de trabalho”, comemorou Manoel Pimenta. A Prevenir também foi palco de parcerias importantes na indústria capixaba. “Tivemos a assinatura de um compromisso entre três das maiores empresas atuantes no Estado, Vale, ArcelorMittal e Samarco, de compartilhar os documentos de

Palestras ficaram lotadas durante todo o evento

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Premiados do Projeto Amadurecer: Escola Segura

saúde. Hoje, o trabalhador que faz um exame para prestar serviço dentro da Vale precisa repeti-lo se quiser atuar na Samarco. Com esse convênio, o mesmo exame será compartilhado pelas três empresas. Assim, controlaremos melhor a saúde do profissional, reduziremos custos e evitaremos retrabalho”, disse o presidente do Sindifer. Outro destaque ficou por conta do Projeto Amadurecer: Escola Segura, que premiou escolas e estudantes dos ensinos médio e fundamental que trabalham a cultura da segurança nas suas atividades. Foram avaliadas práticas pedagógicas e de liderança, proteção individual e coletiva, gestão da prevenção de acidentes e condições físicas e estruturais. Em um grupo de 20 entidades, receberam troféus a Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, na Serra; a Ewerton Montenegro Guimarães, localizada em Viana; e a Almirante Barroso, em Vitória. Na primeira, foram entregues placas aos alunos Rafael de Oliveira Reis e Stefany Pereira da Silva. Na segunda, os agraciados foram Admilson José de Miranda Junior e Karina Rodrigues Rocha. Já na terceira receberam as placas os estudantes Péricles Vinicius Rossi e Jeniffer Locatelli Sant’ Anna. Além disso, as escolas Arnulpho Mattos e Maria Ortiz, em Vitória, foram contempladas com placas para o trabalho Outdoor, que consiste em um painel confeccionado pelas escolas da rede pública de ensino no qual abordam os temas de saúde e segurança no trabalho. Já o vigilante Benedito Ferreira, que trabalha na Escola Assisolina Assis Andrade, em Vila Velha, e está se formando em Pedagogia, emocionou o público com a sua história de superação e recebeu uma placa de Menção Honrosa. A diretora Salete Maria Hespanha, da Escola Clóvis Borges Miguel, observa que, além da parte pedagógica, é preciso zelar pelo bem-estar dos alunos. “Nossa escola trabalha muito isso

PRÊMIO “PROJETO AMADURECER: ESCOLA SEGURA ” Escola

Alunos

Clóvis Borges

Rafael de Oliveira Reis e Stefany Pereira da Silva

Ewerton Montenegro Guimarães

Admilson José de Miranda Junior e Karina Rodrigues Rocha

Almirante Barroso

Péricles Vinicius Rossi e Jeniffer Locatelli Sant’ Anna

Placas para o trabalho Outdoor: Escola Arnulpho Mattos e Escola Maria Ortiz Placa de Menção Honrosa: Benedito Ferreira

e começa desde o uniforme. Os alunos usam sempre tênis e calças jeans e sabem a importância disso para a segurança deles. Eles recebem todas as orientações necessárias para evitar acidentes desde o primeiro dia de aula. E hoje, com essa premiação, temos a prova de que estamos no caminho certo”, frisou. Coordenado pelo analista de Segurança do Trabalho na Vale, Eliomar Carvalho, o Escola Segura tem mobilizado as instituições. “O grande objetivo desse projeto é despertar a consciência da importância da prevenção de acidentes e trabalhar no processo de formação do aluno. Atualmente, quando os jovens chegam à fase adulta e começam a trabalhar em uma indústria, mesmo treinados e capacitados, não têm dentro de si aquele valor importante da prevenção, do uso dos equipamentos, de utilizar o corrimão ao descer uma escada, por exemplo. Isso acontecia por não se transmitir para eles

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Especial Aprendizado e experiência na Feira Prevenir

desde cedo a necessidade de um ambiente seguro. E agora, quando começamos a trabalhar a prevenção nas escolas, inserimos essa ideia no processo de formação desse aluno. Quando ele se formar engenheiro, médico, advogado ou funcionário de uma empresa, sempre irá valorizar e replicar iniciativas voltadas para a segurança”. A Prevenir é organizada pela empresa Dupla Produções em parceria com a Studio Brasil, tem correalização do Sistema Findes e do Sebrae e patrocínio de ArcelorMittal Tubarão,

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Samarco e Vale, além de contar com um grupo técnico formado por Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, Petrobras, Engelmig, Fibria e EDP Escelsa. Para os trabalhadores da indústria, sejam os do presente ou os do futuro, a feira vem fazendo a diferença. Com essa iniciativa, o Sindifer e as empresas apoiadoras fazem a sua parte para que, cada vez mais, as placas de “XXX Dias sem Acidentes” quebrem recordes na indústria e promovam uma sociedade com mais qualidade de vida.



Registro Vitrine para o mercado: Prodfor qualifica e desenvolve fornecedores desde 1997

Fornecedoras são certificadas pelo Prodfor

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estaque nacional e inspiração para iniciativas executadas em vários estados, o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) promoveu, no dia 17 de dezembro, no MS Buffet, em Vitória, mais um importante momento. Um grupo formado por 28 empresas capixabas foi certificado, sendo 23 no Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento (SGQF, certificação considerada fundamental para participar do Programa), três em Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (SGSS) e outras duas em Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Com as certificações, essas organizações ganham ainda mais destaque no mercado. Criado em 1997, o Prodfor promove a capacitação dos fornecedores locais, por meio de consultoria, cursos e eventos ao longo de 12 meses. A qualificação é realizada de maneira individual, por meio de auditorias periódicas, responsáveis por analisar se a fornecedora atende aos requisitos estabelecidos nas normas nacionais (ABNT) e internacionais (ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001) e busca a melhoria contínua dos seus processos. Somente após aprovada, a empresa recebe seu certificado de fornecedora qualificada, que possui validade de dois anos. Participam do Prodfor, como mantenedoras,

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ArcelorMittal, Canexus, Chocolates Garoto, Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Fibria, Espírito Santo Centrais Elétricas (EDP Escelsa), Petrobras, Samarco Mineração, Technip e Vale. O apoio e a coordenação técnica são exercidos pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por intermédio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

EMPRESAS ASSOCIADAS AO SINDIFER CERTIFICADAS NO PRODFOR EM 2015 Ragato Ar Condicionado

SGQF

GMX Metalmecânica

SGQF

Eletromarquez

SGSS

Grupo Frame

SGQF

Imantec Instalações e Manutenções Elétricas

SGQF

MI Calderaria

SGQF

Pred Engenharia

SGSS

Fonte: Prodfor


“Tivemos este ano cinco fornecedores nota 10. E não estamos falando de uma nota 10, estamos falando de média 10, em todas as auditorias. Resultado excelente!” Luciano Raizer, coordenador executivo do Programa Para o coordenador executivo do Programa, Luciano Raizer, o empenho das fornecedoras durante o ano foi marcante. “Tivemos este ano cinco fornecedores nota 10. E não estamos falando de uma nota 10, estamos falando de média 10, em todas as auditorias. E um desempenho diferenciado de todo o grupo de fornecedores. Resultado excelente!”, comemorou. Segundo ele, em um momento como o atual, com o Brasil enfrentando uma grave crise econômica,

é de grande importância a busca por um diferencial. E isso passa por uma certificação como a do Prodfor. “O momento apresenta uma série de adversidades, mas a mensagem que temos passado aos fornecedores é que mesmo em momentos como este, as grandes empresas, as mantenedoras, não deixarão de comprar. Talvez um valor menor, o que as fará ainda mais seletivas em relação aos seus fornecedores, e aí as certificações irão contar ainda mais”, explicou. Raizer também enfatizou que é preciso que os fornecedores também estabeleçam um bom relacionamento com seus atuais e futuros clientes. “O Prodfor permite essa abertura, essa aproximação com os fornecedores, o que certamente facilita a geração de novos negócios”, frisou. A noite também foi de festa para sete companhias do setor metalmecânico, associadas ao Sindifer. Para o presidente do sindicato, Manoel Pimenta, o Programa dá maior visibilidade aos negócios e gera não apenas um maior controle sobre os seus processos, mas também a ampliação das atividades. “O Prodfor é um programa já consolidado e com muitos anos de sucesso. Eu considero o sistema até mais abrangente que a ISO. É uma certificação muito importante para a gestão de qualquer empresa, que com certeza passa a ser olhada de forma diferente. Gostaria de parabenizar a todas as certificadas, que começam 2016 com expectativas positivas”, disse.


Entrevista Por Roberto Teixeira

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Fotos: ArcelorMittal Tubarão

Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira “Acreditamos muito no capital humano. Só ele é capaz de otimizar recursos e, sobretudo, inovar”

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vice-presidente de Operações da ArcelorMittal Tubarão, Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira, acredita que diante da atual conjuntura econômica do país sobreviverão as empresas mais competitivas e atentas aos seus processos, buscando aumento sustentável de produtividade. Somente o capital humano, no seu entendimento, é capaz de inovar, por meio de um clima organizacional que favoreça a criatividade, o trabalho cooperativo, a saúde e a segurança das pessoas. Nesta entrevista, o executivo também dá dicas de como o trabalhador deve atuar no setor.

O que esperar para o futuro da indústria?

Para os próximos anos, sobretudo 2016, a tendência é que o cenário se agrave ainda mais, especialmente caso não sejam tomadas medidas imediatas, como defesa comercial do país, a exemplo do que outras nações têm feito, inclusive os EUA. As projeções são de desemprego crescente no Brasil, e já no primeiro semestre se prevê queda adicional de pelo menos 5,1% no consumo aparente de aço em relação a 2015, com a marca de 20 milhões de toneladas. Em relação ao mercado internacional, mesmo com a desvalorização do real, os preços de exportação continuam baixos. Isso se dá em função de as moedas dos maiores produtores de aço também terem apresentado desvalorização frente ao dólar (China e Rússia). Além disso, a sobreoferta de aço no mercado internacional, em razão do excesso de capacidade da China – responsável por cerca de 50% da produção global –, vem reduzindo ainda mais os preços do aço no mercado internacional.

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Entrevista Quais as expectativas para o setor? Quais os principais desafios a serem enfrentados pela ArcelorMittal e pela Indústria de um modo geral?

Nossa empresa, bem como o Brasil de uma maneira geral, tem desafios importantes a transpor, e o principal deles é a competitividade sustentável. Precisamos ser mais competitivos em todos os setores. Temos grandes empresas atuantes no país, mas que acabam sendo pouco competitivas diante dos gargalos. No caso específico do setor siderúrgico, fatores estruturais como energia elétrica e gás natural entre os mais caros do mundo, carga tributária muito elevada, cumulatividade de impostos e câmbio levaram a indústria a operar muito abaixo da sua capacidade instalada. Para reverter esse cenário, precisamos de fato realizar medidas estruturais no país – de forma urgente, mas não unicamente – e de uma defesa comercial eficiente que proteja os ativos e a indústria das práticas predatórias. Devemos enxergar esta crise como uma oportunidade de aumento da eficiência e da produtividade. A inovação de produtos, processos e gestão permitirá que o setor privado esteja mais bem preparado para enfrentar uma economia global. A situação do mercado mundial continua sendo um de nossos maiores desafios. E o ano de 2016 promete ser ainda mais desafiador. Por isso, mais do que nunca, é preciso apertar os cintos, enxugar os custos e se preparar. Nesse cenário, sobreviverão aqueles que forem mais competitivos e atentos aos seus processos, buscando aumento de produtividade sustentável.

Poderia fazer um balanço de como atuou o segmento de aço nos últimos anos?

Em 2015, nosso setor chegou ao final do ano com cerca de 50 equipamentos desativados, outros 24 a caminho de serem desligados e, pelo menos, 21 mil demissões, desde janeiro, por todo o Brasil. Além disso, calcula-se que aproximadamente R$ 8 bilhões deixaram de ser investidos pelo setor e

a taxa de desemprego no país fechou 2015 com quase 9%, em virtude desse cenário desfavorável. Com a desaceleração da demanda doméstica e a baixa competitividade no mercado externo, o segmento enfrenta um período muito difícil e que tem exigido muita cautela e gestão por parte das empresas, que fecharam 2015 com números abaixo de 2014. O consumo aparente de aço, por exemplo, que é o índice que compreende as vendas internas das produtoras mais as importações menos exportações, deverá recuar cerca de 17% em 2015 em comparação com 2014. As usinas produziram cerca de 33 milhões de toneladas – o menor volume de produção desde 2010 –, contra 33,9 milhões de toneladas em 2014. As dificuldades, que não são poucas, ainda estão sendo enfrentadas.

Como a ArcelorMittal pretende manter a liderança no setor de aço em um ano de crise econômica?

Acreditamos muito no capital humano. Só ele é capaz de otimizar recursos e, sobretudo, inovar, o que somente ocorre com um clima organizacional que favoreça a criatividade, o trabalho cooperativo, a saúde e a segurança das pessoas. Uma liderança inspiradora também é fator preponderante para manter tudo isso alinhado às necessidades do negócio, de forma a antecipar-se aos riscos, às necessidades e às oportunidades dos mercados. Além disso, manter custos competitivos, produtos inovadores, parceria com os clientes e equilíbrio em todas as perspectivas das gestões serão desafios eternos e crescentes daqui para a frente. Em relação ao setor governamental, precisamos estar alinhados e trabalhando juntos.

Que orientação o senhor daria aos profissionais que desejam começar a atuar na área ou se manter capacitados nesse segmento?

Num cenário de crise, a oferta de profissionais bem preparados acaba sendo maior. Se estivéssemos crescendo, aí teríamos mais problemas. A orientação, não só para profissionais de nosso setor, é: faça bem-feito o que lhe compete fazer. Procure ser o melhor na sua função. Procure novas maneiras de fazer mais com menos e melhor. Mantenha-se atualizado, colabore, prime pela segurança e compartilhe conhecimento. Procure ser um agente da mudança que você quer ver. Ajude a acabarmos com o lado negativo da imagem do brasileiro, de dar “um jeitinho” em tudo. Pare de pensar e falar que as coisas não têm jeito no Brasil. Faça o que é

“Devemos enxergar esta crise como uma oportunidade de aumento da eficiência e da produtividade”

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“Estimular a participação dos colaboradores também é outra forma de fortalecer a cultura da empresa e promover engajamento” certo, respeite e se faça respeitar. Incentive sua família e seus amigos a agir dessa forma.

Acredita que o Sindifer tem realizado melhorias para as empresas do setor?

Mais que uma forma eficiente de promover a integração com nossos fornecedores, o Sindifer tem se destacado como um fórum de desenvolvimento empresarial, envolvendo seus participantes numa grande rede de negócios. As feiras, os treinamentos e os seminários promovidos pela instituição, principalmente na área de saúde e segurança, têm sido importantes para as indústrias.

Quais números poderia destacar da ArcelorMittal em termos de investimentos, produção e novos negócios?

Mesmo diante de todas essas dificuldades do mercado, a ArcelorMittal Tubarão conseguiu manter a excelência dos seus projetos no ano passado, assim como os benefícios fundamentais para o bem-estar dos seus empregados e de suas famílias. No início de 2015, por exemplo, a unidade passou a abrigar o 12º Centro de Pesquisas e Desenvolvimento do Grupo ArcelorMittal, num investimento da ordem de US$20 milhões em cinco anos (2015-2019) e que faz deste o primeiro Centro de Pesquisas do grupo na América do Sul. Em relação à produção, desde julho de 2014, quando retomou a operação do Alto-Forno 3, a empresa tem trabalhado ao ritmo de 7 milhões de toneladas/ano. Parte dessa produção tem sido direcionada à unidade de produção de laminados na cidade de Calvert, no Alabama (EUA), adquirida pelo Grupo ArcelorMittal em joint-venture com a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation no final de 2013.

Quais os investimentos e as ações em relação à sustentabilidade?

Em relação à questão ambiental, desde nossa implantação acumulamos quase US$ 800 milhões investidos. A ArcelorMittal Tubarão é autossuficiente em energia elétrica desde 1998, aproveitando os gases gerados no próprio processo de produção da usina para a geração de energia elétrica. A empresa é referência internacional na gestão hídrica há décadas, na qual 95,5% de toda a água utilizada no processo é captada no mar desde 1983. Apenas 4,5% são de água doce. Nesse quesito, estamos entre os melhores na siderurgia mundial, apresentando um alto índice de recirculação de água doce, da ordem de 98%.

Em 2015 conseguimos enfrentar a crise hídrica com ações que já vinham sendo planejadas desde 2014. Isso possibilitou reduzir nosso consumo de água doce em cerca de 30%. Fizemos um investimento de R$ 23 milhões na modernização da tecnologia de nossa estação de reúso, o que vem permitindo o reaproveitamento de águas de chuva e de esgoto tratado, bem como de efluentes dos processos industriais. Foi o maior investimento privado no Estado do Espirito Santo. Possuímos uma área de desenvolvimento de coprodutos voltada a pesquisa e inovação, além de uma equipe exclusiva para venda e assistência técnica aos nossos clientes. Temos agregados siderúrgicos normalizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Tranportes (Dnit) para uso em base e sub-base de rodovias e investimos também em convênios socioambientais com prefeituras através do Programa Novos Caminhos. Nosso índice de reciclagem e reutilização de resíduos e coprodutos em 2015 foi de 94,3% (a média do setor é 85%). Na gestão atmosférica, nosso investimento mais recente é o Gas Cleaning Bag Filter para a Sinterização, orçado em cerca de US$ 32 milhões e resultado de um criterioso estudo técnico. Na área social, a cada dois anos a empresa abre um processo para selecionar projetos que serão apoiados durante um ano. Em média, 20 organizações com 30 mil beneficiários diretos são favorecidas por um investimento médio total de R$ 3 milhões. Estimular a participação dos colaboradores também é outra forma de fortalecer a cultura da empresa e promover engajamento.

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Registro

Foto: Thiago Guimarães

O evento, que contou com a presença do governador Paulo Hartung e outras autoridades, abordou a construção de terminais de uso privado e as obras de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória

Espírito Santo recebe anúncio de investimento em portos

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ituado entre os maiores centros do país, o Espírito Santo tem também à disposição 411 km de litoral. A partir dos portos capixabas, o país escoa boa parte de seus produtos. Com tamanha importância, nada mais natural que o setor portuário do Estado receber grandes investimentos. Em novembro de 2015, o ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, anunciou, em solenidade em Vitória, contratos que deverão movimentar a economia já nos próximos meses, como os de instalação dos terminais de uso privado (TUPs) de Itaoca e Nutripetro, com investimentos de R$ 600 milhões. Também estão previstos arrendamentos e concessões de áreas portuárias, que devem entrar nos blocos de licitação até o final de 2016. O evento também marcou a assinatura, pelo governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, pelo ministro e pela empresa Imetame, do contrato de um terminal em Aracruz que é ansiosamente esperado por trabalhadores e por fornecedoras da região. Outro contrato anunciado foi o de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória. A assinatura do segundo Termo Aditivo determina que as obras estejam prontas até outubro deste ano. O complexo, que acolhe atualmente navios que transportam até 40 mil toneladas, poderá receber embarcações com capacidade de 50 mil a 60 mil toneladas, movimentando mais produtos e ampliando a competitividade do Estado.

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“Essas obras permitirão, de acordo com a estimativa da Secretaria Especial de Portos, um aumento da profundidade do canal de Vitória que propiciará movimentar até 40% a mais de cargas no porto. Sairemos dos atuais 11,4 metros para 14 metros de profundidade, o que viabilizará receber navios de até 12,5 metros de calado. Destaco também os dois TUPs que estão sendo demandados, com um grande investimento. Os contratos para ambos serão assinados ainda este ano. Incluiremos Vitória e o Estado no pacote de concessões que devem ser licitadas até o final de 2016”, disse Barbalho. De acordo com o ministro, os portos brasileiros apresentaram um crescimento de quase 5% entre 2014 e 2013 e podem ser um dos caminhos para que o país volte a avançar, após a grave crise econômica de 2015. “Este é o momento para encontrar caminhos para que o Brasil cresça e se desenvolva. Queremos construir um ambiente adequado para que as empresas possam investir no setor portuário, se associar aos investimentos do setor público e construir um cenário mais competitivo e com redução de custos”, frisou. Já para Paulo Hartung, as obras significam recuperar um importante espaço perdido para o assoreamento. “Agora é tocar essa obra. E que ela termine o mais rápido possível, assim poderemos reaver algumas linhas marítimas que perdemos nos últimos anos, fruto do assoreamento do canal de evolução do nosso terminal portuário”, disse o governador.



Gestão Por Nadia Baptista

Pensamento sistêmico: um novo jeito de enxergar o negócio

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Entender a interdependência entre fatores que influenciam os resultados de uma organização pode ajudar a minimizar riscos e ampliar oportunidades

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q u e l e s q u e a d m i n i s t r a m u m a o r g a n i z a ç ã o d evem estar atentos a uma série de variáveis que podem influenciar não só a tomada de decisões, mas também sua eficácia, levando ao sucesso ou ao fracasso do negócio. Para alcançar bons resultados, qualquer que seja a natureza do empreendimento, é preciso reconhecer as relações de interdependência (e seus efeitos) entre os diversos componentes que formam a organização, bem como o ambiente com o qual interagem. Esse modo de enxergar, definido como “pensamento sistêmico”, pode ser aplicado às diversas esferas de nosso dia a dia, e tem permeado a gestão de muitas atividades. Em seu livro “A Quinta Disciplina”, o autor Peter Senger marcou as práticas de gestão nos anos 1990 ao apresentar o pensamento sistêmico como um elemento integrador de outros fatores que estão atrelados ao conceito de “organização que aprende”. “Enquanto paradigma, o pensamento sistêmico é um modo inovador de enxergar a realidade de uma forma não linear e fragmentada, mas sim como um todo, como um conjunto de relações entre as partes. Pensar sistemicamente é desenvolver a competência de avaliar o impacto das minhas decisões no tempo e no espaço”, esclarece o professor Luis Henrique Rodrigues, PhD em Pesquisa Operacional pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e coautor do livro “Pensamento sistêmico – caderno de campo”. Trata-se de um conceito que deve ser entendido por todos na empresa. “Entre as situações cotidianas que precisam da aplicação do fundamento está, por exemplo, a competição entre setores,

“Pensar sistemicamente é desenvolver a competência de avaliar o impacto das minhas decisões no tempo e no espaço” Luis Henrique Rodrigues, professor PhD em Pesquisa Operacional pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e coautor do livro “Pensamento Sistêmico – caderno de campo” Mar/Abr/Mai • 2016

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Gestão

realidade de muitos negócios. Os setores de produção e vendas emitem pensamentos do tipo ‘eu vendi, o problema de produzir agora é deles’; ou ‘eu produzi, agora a área de vendas é responsável por colocar os produtos no mercado’, esquecendo-se de que fazem parte de um mesmo time. Ou seja, uma organização precisa da cooperação e do trabalho em equipe; ser um lugar em que todos trabalhem em harmonia e com sinergia”, explica o gerente de Capacitação e Premiação da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Gustavo Utescher. Quando não há esse olhar panorâmico, surgem entraves que influenciam negativamente os resultados. São exemplos: aumentar a produtividade, mas gerar maior número de defeitos ou acidentes; reduzir a qualidade dos produtos para baixar o preço e perder a participação no mercado ou a satisfação dos clientes; produzir sem levar em conta os impactos socioambientais e os efeitos negativos disso na imagem da empresa, entre outros. “A falta de visão sistêmica impede o gestor de enxergar possibilidades, ganhos e benefícios múltiplos que a empresa pode ter em termos de cooperação”, ressalta Rodrigues. ESTABELECENDO SINTONIA A análise sistêmica dos cenários possibilita ao gestor considerar não somente as variáveis internas, como também fatores externos que acabam impactando o negócio. “Qualquer decisão afeta um conjunto de partes interessadas, que estão interligadas na organização. O maior ganho que se tem com a adoção do pensamento sistêmico em uma empresa é, de fato, considerar todas as variáveis internas e externas em que a organização pode ser impactada ou sobre as quais ela pode causar impacto. Essa análise de cenário permite gerir uma organização de maneira proativa, antecipando riscos futuros, com maior clareza e assertividade nas tomadas de decisão”, destaca Gustavo. O empreendimento que consegue implementar essa cultura estará sempre um passo à frente em relação aos demais. “O maior diferencial são a minimização dos riscos e uma maior efetividade e assertividade nas suas ações. Ao pensar de forma sistêmica, ganha-se em sinergia, são fomentados a cultura colaborativa e um melhor entendimento do motivo e do impacto da realização de atividades individuais”, explica o gerente da FNQ. PENSAMENTO SISTÊMICO COMO CULTURA A implementação do pensamento sistêmico como cultura, entretanto, não se faz de uma hora para outra. É preciso

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“Ao operar sob o pensamento sistêmico, naturalmente uma organização consegue eliminar a sobreposição de atividades, riscos futuros e impactos negativos ao negócio, entre outros problemas” Gustavo Utescher, gerente de Capacitação e Premiação da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)

seguir algumas etapas, que começam pela conscientização dos gestores. “O primeiro passo é a conscientização sobre a interdependência entre as partes que compõem um sistema, percebendo as relações de causa e efeito dentro da organização e no ambiente em que está inserida. A partir disso, atuar para otimizar essa relação de modo a obter mais sinergia, cooperação e eficiência. Esse é um trabalho permanente, já que as inter-relações estão sempre sofrendo mudanças e são afetadas por ação e reação”, lembra Gustavo Utescher. Por isso, muito além de incutir esse pensamento entre os gestores, é preciso desenvolver essa cultura em todos aqueles que fazem parte da organização. “O mais importante é sensibilizar os colaboradores sobre a relevância do pensamento sistêmico e o benefício que ele traz. Explicitar casos práticos que ocorrem no dia a dia por meio de palestras, cursos ou até diálogos entre equipes pode ser um bom começo para que todos entendam a importância do tema”, defende Gustavo. Luis Henrique Rodrigues acredita que, para a implantação eficaz, uma organização deve superar a barreira posta pelo sistema de indicadores locais. “Esse sistema incentiva e motiva as pessoas a agirem localmente, e não globalmente. O funcionário precisa ter a consciência de que, se ele otimiza o seu processo, esses benefícios se estendem para a empresa como um todo”, salienta. MULTIPLICANDO O SABER A criação da cultura do pensamento sistêmico pode ser iniciada por meio da capacitação de pessoas de referência. Elas devem passar por treinamento para que adquiram a competência sistêmica, estando habilitadas a entender as ferramentas e utilizarem-nas. “Inicialmente, o desenvolvimento de projetos sistêmicos deve acontecer com apoio externo.


COMO PROMOVER O PENSAMENTO SISTÊMICO EM SUA ORGANIZAÇÃO

• Sistemas. Seja cerebral, digestivo, administrativo ou de qualquer outra natureza, todo sistema é composto por partes. Identifique as partes do sistema que estiver analisando, de modo que ele seja considerado como um todo.

• Todas as partes de um sistema se relacionam de forma direta ou indireta. Identifique as possíveis relações entre as partes, com o objetivo de otimizá-las.

•U m sistema é limitado pelo ponto de vista do observador, ou de um grupo de observadores. Busque o parecer de pessoas de fora do sistema analisado. Essa percepção é capaz de contribuir com pontos que podem ser esquecidos ou negligenciados.

• Um sistema é vinculado ao tempo e ao espaço. Ao longo do tempo, a esfera de atuação pode ser aumentada, e novas partes podem se somar ao sistema analisado, ou deixarem de fazer parte dele.

•U m sistema pode abrigar outro sistema. Por exemplo, é preciso olhar para a árvore (um sistema em si mesmo), mas também devemos observar a floresta, onde a árvore está inserida.

Fonte: Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)

Depois, essas pessoas de referência, capacitadas, passam a atuar como multiplicadores, o que permite desenvolver esses projetos de forma autônoma na própria organização. Ter, internamente, essas pessoas habilitadas amplia o poder de rapidez e multiplicação da abordagem. Em algumas empresas com as quais já trabalhamos, por exemplo, foi capacitado um grupo de 20 pessoas, que treinaram duas mil”, cita Rodrigues. Ao mesmo tempo, é preciso rever a gestão como um todo. “A competência sistêmica não consegue sobreviver em uma organização em que os indicadores são todos com viés local e linear. Toda a dinâmica dos ritos, reuniões, podem se tornar também sistêmicas, de modo que o conjunto de entendimento e reflexão, tanto dos gestores como dos demais funcionários, seja mais sistêmico que local”, explica Luis Henrique. Mais que apenas difundir o conceito, para que ele se transforme em cultura, é preciso que seja continuamente reforçado. “Normalmente, a falta de pragmatismo pode influenciar negativamente a adoção do pensamento sistêmico em uma organização. Ou seja, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. O importante é que a aplicação aconteça em todos os níveis e atividades da organização. Outro problema é a falta de continuidade da prática. Muitas coisas se perdem em uma organização quando só se dedica energia

para lançar a ideia, esquecendo-se da importância de revitalizar o conceito regularmente”, alerta Gustavo Utescher. A aprendizagem é outra marca. “O processo de entendimento e modelamento sistêmico de uma organização é altamente rico em aprendizagem. Faz com que as pessoas entendam o problema sob o ponto de vista dos demais”, destaca Rodrigues. A adoção desse esquema que privilegia a integralidade possibilita um melhor planejamento das ações. “Ao operar sob o pensamento sistêmico, naturalmente uma organização consegue eliminar a sobreposição de atividades, riscos futuros e impactos negativos ao negócio, entre outros problemas. Por exemplo: produzir itens sem que estejam vendidos – ou, em outras palavras, entregar produtos para o mercado sem uma expectativa realista de vendas. Itens parados em estoque significam recursos parados que poderiam estar sendo melhor utilizados. Isso não é pensar sistemicamente”, esclarece Gustavo Utescher. “Levando em conta o pensamento sistêmico, a organização opera mais próxima de seus clientes e de outras partes interessadas, agregando valor ao seu processo produtivo, reduzindo custos, melhorando margens, oferecendo soluções mais interessantes e assertivas ao mercado”, complementa.

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Artigo

Durval Vieira de Freitas é Sócio-diretor da DVF Consultoria e Parceiro da Fundação Dom Cabral no ES

Fornecedor, desenvolva-se!

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ivemos em um mundo cada vez mais competitivo. Para as empresas prosperarem, é preciso buscar a melhoria contínua em seus processos, a fim de se destacar em meio a seus concorrentes, atuais e possíveis, com visão no mercado global. Os fornecedores são fundamentais para determinar os fatores de competitividade do produto ou do serviço no processo produtivo, pois são um dos elos que ligam as fontes primárias ao cliente final. No ambiente competitivo da atualidade e com regras que excluem facilmente os menos qualificados, o fornecedor que quer crescer e se perpetuar tem que ser responsável e comprometido com qualidade, segurança, meio ambiente e custos, investindo em conhecimento e inovação, para levar vantagem sobre o concorrente. O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores – PDF, criado no Espírito Santo em 1995 com o apoio de diversas entidades – entre elas, Sindifer e CDMEC – trabalha com empresas prestadoras de bens e serviços para atender às companhias investidoras (cliente final). Tem por objetivos: • ampliar o conhecimento da cadeia de suprimentos; • identificar oportunidades de negócios; e • promover o desenvolvimento tecnológico sustentável. A Figura 1 mostra a interação do ambiente de negócios propiciada pelo PDF. Figura 1 – Ambiente de Negócios PDF

Fabricação e montagem Detentores de tecnologia

Medicina do trabalho

Comércio para indústria Cliente final

Engenharia e gerenciamento

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Prestadores de serviços especializados

Serviços para a indústria

Manutenção industrial

Com a realização do PDF, é promovida a integração entre as empresas, criando-se uma rede que dá sustentabilidade à região onde estão localizados os fornecedores e os investidores, proporcionando melhor qualidade de vida para todos. No final, todos saem ganhando; os compradores, por terem empresas locais próximas e mais preparadas, oferecendo-lhes o que precisam; e os fornecedores, por terem compras asseguradas, o que vai lhes aumentar o resultado. Ganham, também, os trabalhadores, que terão mais emprego, com melhor remuneração; a comunidade, que será beneficiada pelo trabalho e pela economia dele decorrente; o Estado, que, devido ao maior movimento econômico, terá ampliada a arrecadação de tributos; e as entidades associativas, devido ao aumento do número de filiados e à ampliação de sua representatividade. A integração da cadeia produtiva e a melhora contínua dos componentes dessa rede despertam a necessidade de cooperação entre os participantes, mostrando que o essencial é estar integrado a aprimorando o ambiente de negócios promovido pelo PDF. Figura 2 – Cadeia Produtiva de um Setor Indústrias correlatas e de apoio

Clientes

Setor

Fornecedores

Instituições de apoio

Construção civil

Serviços de transporte

Entendido como rede, e visando à melhoria da qualidade e da competitividade dos


fornecedores locais, o PDF tem sua base suportada pelos pilares: • estudos e projetos técnicos; • capacitação e certificação de empresários, gestores, trabalhadores e empresas; • divulgação e promoção de empresas e entidades; e • assessoria para viabilização de negócios. Além disso, é importante que os fornecedores não se acomodem com os negócios firmados, devendo buscar novos mercados, construir relacionamentos duradouros e abrir oportunidades e perspectivas de fornecimento, trabalhando de forma integrada em todas as fases da negociação. Figura 3 – Negócios e suas Fases Negócios e suas fases

Prospeccção

Proposta e negociação

Contrato fornecimento

É importante que a empresa saiba o que deve e como fazer em cada fase do negócio, entendendo a prospecção como uma “paquera” (primeiro conhecimento entre as partes), a proposta e a negociação como um namoro e noivado (relacionamento mais próximo e constante) e, por fim, o contrato de fornecimento como o casamento (precisamos cumprir tudo que foi combinado). O negócio entre empresas (fornecedor e comprador) de uma região é o primeiro passo para uma atividade prosperar. Para continuar seu crescimento e conquistar o mundo, é importante que o fornecedor invista em gestão, traçando metas nas áreas de finanças, mercado, imagem, tecnologia e pessoas, procurando participar de ações coletivas, através de relacionamentos que permitam adquirir novas amizades e clientes. O fornecedor precisa entender que o conhecimento que valia ontem é diferente hoje. Para continuar sua caminhada, com visão de futuro, precisa saber onde está e definir aonde quer chegar, investindo em conhecimento, levando para o cliente a melhor solução, técnica e comercial. Dessa forma vai melhorar seu negócio e perenizar a empresa.

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Registro

Evento tratou do empoderamento e potencialidades das mulheres

Sindifer promove workshop para mulheres

Só para Elas – Mulher, empoderamento e força transformadora”. Esse foi o tema do workshop que reuniu 39 mulheres na sede do Sindifer, em Vitória, em 9 de março. Estiveram presentes no evento empresárias, gestoras, líderes, diretoras e empreendedoras, que puderam compartilhar histórias e trocar experiências pessoais e profissionais. O objetivo do encontro, que serviu para celebrar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, foi promover uma autoanálise e as potencialidades femininas, abrindo espaço para debates acerca de tomadas de decisão, importância de metas, sonhos e qualidade de vida. A palestra foi conduzida pela consultora organizacional Gislene Ataíde. Houve ainda um coffee break especial. Para a gerente de Relações Institucionais do Sindifer, Rita de Cassia Dillem, o feedback das participantes foi muito positivo. “Na ocasião, pudemos repensar projetos, valores e carreira. Cada uma pode se aprofundar dentro de si, para dar um rumo ou trilhar um novo caminho a partir daquele momento. O autoconhecimento foi o ponto alto do treinamento, já que nos fez rever nas dinâmicas apresentadas vários aspectos de nossas vidas e pontuar onde estamos e aonde pretendemos chegar.

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Acredito que tenha sido proveitoso para as participantes, além do network que a oportunidade ofereceu”, disse ela. De acordo com a gerente, o sindicato pretende realizar novos encontros com as profissionais que vêm fazendo a diferença no mundo corporativo. E de fato, ter mulheres em cargos de liderança gera mais lucro. Foi o que apontou estudo do Peterson Institute for International Economics divulgado em fevereiro. Para chegar à conclusão, a entidade utilizou uma base de dados de 22 mil empresas de 91 países. Os resultados mostram que a presença feminina em posições de comando pode melhorar o desempenho financeiro das organizações. Os benefícios são mais amplos quando maior for a proporção de mulheres como gesto. Segundo o levantamento, as companhias que aumentaram a presença de mulheres em até 30% em cargos de alta hierarquia registraram, em média, um crescimento de 15% em sua rentabilidade. As mulheres geralmente se preparam e se aplicam mais nos estudos desde a infância, e isso acaba tendo reflexo na fase adulta. Os dados indicaram que os países com um maior número de meninas com altas notas em exames de Matemática também são os que geralmente têm mais empresas com mulheres em cargos de chefia.



Registro Grande mercado: evento contou com 420 expositores e visitantes de todo o Brasil e de outros 60 países

Feira apresenta novidades do setor de rochas ornamentais

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onsiderada a maior feira do segmento de rochas ornamentais da América Latina e já aparecendo entre as quatro principais do setor no mundo, a Vitória Stone Fair – Marmomacc Latin America reuniu, entre 16 e 19 de fevereiro, no Pavilhão de Carapina, na Serra, grandes representantes do mercado global. Promovido pelo Sindirochas e pelo Cetemag e realizado pela Milanez & Milaneze, em parceria com o Grupo Verona Fiere, o evento recebeu mais de 25 mil visitantes, sendo 22.978 do Brasil e outros 2.524 de 60 países. Participaram empresas especializadas na extração, no beneficiamento e na comercialização de pedras, além de fornecedores de insumos e máquinas, designers , construtoras, arquitetos, importadores e exportadores. Somente em 2015, a cadeia movimentou R$ 1,2 bilhão no Espírito Santo, gerando 25 mil empregos diretos e mais de 100 mil indiretos. A edição deste ano contou 420 expositores de vários países, como Turquia, China, Egito e Itália, entre outros. “Esta feira é sempre motivo de orgulho para o setor de rochas do Espírito Santo, tem significado especial como fator de alavancagem do mercado. Apesar de toda a

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turbulência que envolve a economia mundial, nossa expectativa se renova com mais esta edição. As atenções de todos que têm interesse direto no segmento de rochas se voltam para o Estado. O fato de ser o primeiro evento mundial do setor no ano também é um diferencial, porque existe a certeza de grandes novidades, como o lançamento de materiais, principalmente exóticos, cada vez mais cobiçados. Além da presença dos compradores internacionais, também houve participação expressiva do mercado interno. Inclusive, durante as próximas semanas, muitos clientes ainda visitam as empresas”, frisou o presidente do Sindirochas, Tales Pena Machado. Representantes do ramo metalmecânico também compareceram. Para o presidente do Sindifer, Manoel Pimenta, a Stone Fair serve como uma grande vitrine. “Participamos de forma muito significativa do evento, com empresas que cresceram e desenvolveram produtos com tecnologia de ponta. O Espírito Santo já é um dos grandes polos de fabricação de equipamentos para rochas ornamentais, e os nossos associados têm na Vitória Stone Fair uma oportunidade ímpar para grandes negócios”, disse. Na avaliação da diretora da Milanez & Milaneze, Cecília Milanez, mesmo em um momento de recessão, o mercado mostra


Sindifer esteve presente na feira

grande força, e isso pôde ser comprovado no evento deste ano. “A feira surpreendeu visitantes e compradores, que buscam novos materiais, tecnologia e inovação em equipamentos. Tivemos um número expressivo de visitantes internacionais e nacionais. Esses resultados reforçam a importância da feira mundialmente”, observa. PALESTRAS DE DESTAQUE Além da exposição de produtos, a Vitória Stone Fair contou com a palestra “Inovação em arquitetura e design”, ministrada pelos arquitetos Luiz Eduardo Índio da Costa e Guto Índio da Costa. Os dois abordaram os projetos atuais na cidade do Rio de Janeiro e as instalações para as Olimpíadas. Já Reiner Krug, CEO da Associação Alemã de Rochas Naturais, falou sobre “Construção sustentável: construindo com rochas naturais”. Ele explicou como as obras podem ser sustentáveis economizando energia e apresentou casos de prédios comerciais da Europa que possuem o certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema internacional de orientação ambiental para edificações. Enquanto isso, a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Inovação e Educação Profissional do Governo do Estado mostrou a sua intenção de apoiar pesquisas científicas para o setor de rochas. Na palestra “Ciência, tecnologia e inovação:

a atuação da pesquisa nas demandas da sociedade”, o secretário Guerino Balestrassi explicou que o Governo Estadual quer incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para as atividades de extração e beneficiamento. Ele citou editais para subsidiar e fomentar projetos e fundos de captação dos recursos como o Funcitec, que tem disponibilidade de R$ 22,5 milhões provenientes de 0,5% da receita líquida corrente do ICMS. “Nosso objetivo é promover o desenvolvimento econômico através do desenvolvimento científico, tecnológico e inovativo, e para isso a pesquisa é fundamental”, afirmou. Ao final de mais uma edição de sucesso e de muitos negócios fechados ou encaminhados, a Vitória Stone Fair deixa os capixabas com boas expectativas para o próximo grande evento de rochas do Estado, a Cachoeiro Stone Fair, que será realizada entre 23 e 26 de agosto.


Registro

Frioar desenvolve soluções para diversas indústrias

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om quase 30 anos de mercado, a Frioar se tornou referência em projetos, instalação e manutenção de sistemas de refrigeração industrial. Com produtos feitos especialmente para situações que as máquinas produzidas em série não conseguem atender, a empresa passou a oferecer equipamentos que se adaptam às condições de cada ambiente operacional. Um exemplo disso pode ser conferido nas pontes rolantes de siderurgia, com quadros extremos de temperatura externa. Presente na Grande Vitória, em Aracruz, em Jacareí (SP) e em Mucuri (BA), a Frioar também fabrica estruturas de ar condicionado em aço inox com tratamento de resina nas serpentinas, para instalação em áreas próximas ao mar ou com atmosfera ácida, que provocam alto índice de corrosão. E a tecnologia alcança ainda a indústria de aviação, fazendo-se presente em cada etapa de produção de aeronaves da Embraer. Desenvolvido no Estado, o equipamento, que atende especialmente aos requisitos de saúde e segurança dos colaboradores que trabalham na montagem de aviões, serve para climatizar espaços, como a cabine e o interior das asas, além do tanque de combustível. Na área de filtragem química, a empresa é destaque no projeto e na fabricação de skids (solução integrada de equipamentos instalados sobre uma mesma base) adequados aos espaços físicos e com velocidade de ar que prolonga a vida útil de meios filtrantes importados e caros. “São equipamentos cuja procura aumenta na mesma proporção em que a automação industrial avança.

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Frioar inovou e desenvolveu equipamento de climatização para atender à Embraer

Têm presença obrigatória em todas as plantas de papel e celulose”, explicou Antônio Falcão de Almeida, da Coordenação Comercial da Frioar. Segundo ele, a empresa tem participado e levado a sua marca a importantes encontros do mercado pelo Brasil, como a Feira da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP); a Feira Internacional de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar (Febrava); e a Mecshow. “Em todas, o interesse do público é muito grande, e aos poucos, aumenta nossa participação no mercado.” INOVAÇÃO NO DNA O coordenador lembrou que a Frioar tem na inovação um de seus valores principais “É a nossa cultura. Por isso, investimentos em máquinas e equipamentos são uma constante. Na modernização de nossos processos de fabricação, foram investidos recentemente cerca de R$ 3 milhões, com recursos próprios. Esses investimentos tiveram impacto positivo na qualidade de nossos produtos”, disse. Para o futuro, as metas são ousadas e mostram a trajetória planejada. “Os primeiros self containeds (tipo de ar-condicionado que reúne todas as unidades dentro de um compartimento só. É mais eficaz do que os modelos splits tradicionais) de precisão foram para data centers. O projeto abrange o equipamento em si e também o software de controle. Na área de filtragem química, estamos estabelecendo uma parceria com uma grande indústria alemã que produz elementos químicos de filtragem”, finalizou Almeida.



Tendência Por Roberto Teixeira

Automação industrial amplia eficiência no setor metalmecânico

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Em tempos de crise, investimento se torna alternativa para alavancar produção e qualidade

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esde o século XIX, com a consolidação da Revolução Industrial e, notadamente, após o início dos anos 1990, marcados pela expansão da internet, a evolução tecnológica permitiu a propagação cada vez mais intensa de novos equipamentos e ferramentas, visando a tornar as organizações paulatinamente mais eficientes e produtivas. Tendo em vista esse cenário, as indústrias e as demais empresas ligadas ao setor metalmecânico vêm buscando intensificar o processo de automação industrial, principalmente em uma conjuntura de crise econômica, que afeta o país como um todo. A segurança e o mercado são os focos principais. Trata-se de um passo além da mecanização, em que operadores humanos são providos de maquinário para auxiliá-los em suas atribuições. Os equipamentos, em determinadas ocasiões, realizam tarefas que seriam impossíveis para a mão de obra convencional. Os sisteCAPACITAÇÃO mas de computadores são dotados de instruções para executar o trabalho com o máximo de precisão e ainda contribuem A feira de automação ISA Show ES 2016 ocorrerá no para aumentar a segurança nas atividades do cotidiano. Pavilhão de Carapina, no período de 26 a 29 de julho, Na prática, a automação é aplicável visando ao alcance de forma paralela à Mec Show. ISA promoverá, de várias metas: ampliar a produtividade e o nível de quano primeiro semestre, treinamentos sobre Instrumenlidade do produto, reduzir a geração de resíduos, melhorar tação Industrial, Comandos Elétricos, Redes Industriais, a eficiência ambiental e até diminuir a exposição humana Gerenciamento de Alarmes e Gerenciamento de Ativos de a riscos. Os sistemas de automação industrial podem preAutomação, além de um encontro gratuito direcionado venir riscos à saúde do trabalhador quando, por exemplo, ao público estudantil com o tema “Empregabilidade”. eliminam por total a necessidade do contato humano com Mais informações podem ser obtidas em determinados materiais. www.isa-es.org.br/calendario. O diretor comercial da CGW Brasil – Indústria e Comércio de Abrasivos e Soldagem, Igor Alencar, ressalta que o maFonte: ISA-ES quinário industrial é, de uma forma geral, projetado para atuar em ambientes inóspitos: de temperaturas extremas, ou fundição, em locais explosivos e em processos químicos, entre outros. “Para não perderem competitividade, não resta alternativa às empresas senão seguirem essa evolução, buscando continuamente investir na melhoria de seus processos e na capacitação de seus

“As empresas devem atuar adotando pesquisa de mercado e avaliando o foco do investimento” Darcy Rodrigues Filho, diretor do Departamento Comercial da Fluid Controls do Brasil

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Tendência

MERCADO PARATÉCNICOS Projetar, instalar, adaptar e dar manutenção em processos de automação industrial. Essas são algumas das habilidades do técnico em automação industrial. O profissional, que possui registro no Crea, pode atuar em diversas atividades dos segmentos industriais além de metalmecânica, como nas indústrias alimentícia, de bebidas, têxteis e vestuário, móveis e esquadrias, máquinas e equipamentos e construção civil, entre outros.

“Para não perderem competitividade, não resta alternativa às empresas senão seguirem essa evolução” Igor Alencar, diretor comercial da CGW Brasil

Fonte:Senai/Guia do Estudante

funcionários”, comenta o presidente da Sociedade de Instrumentação, Sistemas e Automação do Espírito Santo (ISA-ES), Caio Henrique Vidigal. A ISA é uma associação internacional de profissionais das áreas de automação, elétrica e instrumentação, com sede nos Estados Unidos e seções espalhadas pelo mundo. Um dos benefícios mais exitosos dos últimos anos nos sistemas de automação industrial é o monitoramento remoto. Por intermédio deste, é possível a um operador tanto acompanhar quanto controlar, caso haja necessidade, os processos produtivos, dentro de uma certa distância. Utilizando-se uma conexão Wi-Fi ou a web, essa comunicação consegue ser realizada de uma distância ainda maior. Os sistemas também podem ser baseados em sinais de rádio, raios infravermelhos ou na tecnologia Bluetooth. Computadores e outros dispositivos capazes de efetuar operações lógicas, como controladores lógicos programáveis e microcontroladores, são outros dispositivos eletroeletrônicos integráveis. “O que sempre tem que ser levado em consideração é a relação custo/benefício que aquele investimento irá proporcionar. Pode ser alto inicialmente, mas trará um ganho imediato, quer em produtividade, quer em segurança”, diz a diretora administrativa da Rosh Industrial, Jacqueline Simões. A empresa projeta, desenvolve e fabrica máquinas e equipamentos e possui linhas de produtos para os setores de rochas ornamentais e siderúrgico. A Rosh conta, por exemplo, com um robô para carregamento e descarregamento automático de chapas de gra-

“As empresas precisam buscar continuamente investir na melhoria de seus processos e na capacitação de seus funcionários” Caio Henrique Vidigal, presidente da ISA-ES 44

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nito, eliminando sua movimentação pelos trabalhadores e assim evitando acidentes dentro da empresa. O processo, no entanto, precisa ocorrer de forma gradual, como explica Jacqueline Simões. “A cultura do uso de equipamentos autômatos (robotizados) tem que ser inserida na empresa gradativamente, para que as pessoas envolvidas no processo aprendam a lidar com as práticas requeridas, principalmente em termos de manutenção e aprendizagem. A partir da automação dos equipamentos, é preciso ir buscando maiores níveis de automação, até o estágio em que o gerenciamento do processo é feito automaticamente”, afirma. Para o diretor do Departamento Comercial da Fluid Controls do Brasil Ltda, Darcy Rodrigues Filho, as empresas também devem atuar adotando a pesquisa de mercado e avaliando o foco do investimento. DESAFIO Apesar dos benefícios, implantar a automação industrial em uma companhia metalmecânica é uma tarefa que pressupõe desafios. “Como se trata de uma cultura relativamente nova na empresa, ela requer um nível de conhecimento além do habitual, principalmente em lidar com novos tipos de materiais envolvidos no processo de automação, tais como válvulas e sensores, controladores lógicos programáveis, inversores, e na operação ‘sem contato’, ou seja, deixar a máquina realizar o processo sozinha. Isso parece fácil, mas, quem diria, é a parte mais difícil do processo: o homem confiar na máquina!”, diz Jacqueline. A necessidade de investir na automação industrial se torna ainda maior tendo em vista o cenário de crise político-econômica nada animador que se agrava no país neste ano de 2016. “Em um ambiente cada vez mais competitivo, as empresas precisam buscar alternativas para manter e incrementar seus resultados. A automação apresenta-se como uma grande aliada nesse processo”, comenta o presidente da ISA. Caio Henrique, que também é engenheiro de Energia e Utilidades na ArcelorMittal Tubarão, orienta que é necessário buscar no mercado fornecedoras de tecnologia especializadas em analisar processos e identificar oportunidades de melhoria e geração de valor. “Esse é o melhor caminho para alguém que deseja colher os frutos da automação de seus processos. Mesmo baixos investimentos normalmente


trazem grandes resultados para o negócio. À medida que o grau de automação da empresa se eleva, novos investimentos precisam ser cada vez maiores para que se obtenha um resultado semelhante”, defende. O pesquisador Afonso Carlos Correa Fleury, por meio de uma pesquisa desenvolvida junto a 61 empresas do segmento metalmecânico, no entanto faz uma ressalva. De acordo com a conclusão do estudo, é imperativo que as empresas redefinam os modelos organizacionais, tornando-os mais sistêmicos, dinâmicos e flexíveis, para posteriormente incorporar os equipamentos de ponta. TRABALHADORES Quem atua no setor defende que o investimento na capacitação dos funcionários é premissa básica para as empresas que desejam colher os frutos da automação. “Somente a partir dessa capacitação é que os empregados estarão aptos para operar as novas tecnologias, extraindo o máximo resultado do investimento realizado. O mesmo vale para um profissional que busca uma recolocação ou o desenvolvimento nessa área. Como qualquer campo da tecnologia, o contínuo desenvolvimento é imprescindível”, observa Jacqueline Simões. Para o presidente da ISA, a automação industrial, no final das contas, traz benefícios não somente para os empresários – gerando melhores resultados dos negócios –, mas também

“O investimento pode ser alto inicialmente, mas trará um ganho imediato, quer em produtividade, quer em segurança para a empresa” Jacqueline Simões, diretora administrativa da Rosh Industrial para os empregados, que passam a atuar em funções que exigem maior especialização e, por consequência, melhores salários. “O trabalhador precisa atualizar-se para conquistar melhor remuneração. A automação não elimina postos de trabalho, pois o consumo é sempre crescente”, comenta Caio Vidigal. Para Jacqueline, é necessário automatizar inicialmente processos que tragam riscos de acidentes ou que sejam desgastantes para o homem. “O benefício que a automação traz para o trabalhador diz respeito essencialmente à questão de redução de esforço e à segurança na operação”, afirma.

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Artigo

Cintia Dias é formada em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda, com pós-graduação em Marketing e em Recursos Humanos, mestrado em Administração e pósMBA em Inteligência Empresarial. É gerente de Marketing e Comunicação do Sistema Findes

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O marketing como aliado

ara entender o que é marketing, é preciso, antes, entender o que não é. Ou o que as pessoas acham que é, mas não corresponde à realidade. Marketing não é sinônimo de autopromoção. Não é algo que se faz quando se quer parecer o que não é ou manipular a opinião alheia para ganhar visibilidade e uma imagem que não corresponde à sua identidade. Marketing também não é aquilo que os políticos fazem para conquistar favorabilidade dos eleitores a partir de informações que não são fidedignas e que partem do princípio de falar o que as pessoas querem ouvir, mas fazer o oposto. Marketing também não se resume ao departamento que organiza as festinhas ou gasta o dinheiro da apostam de modo desmedido, ou então aquele setor que faz as atividades que ninguém sabe onde devem ser alocadas. Marketing é, sim, o responsável por usar um mix de ferramentas, dentre as quais os eventos, para atingir os objetivos estratégicos alinhados à missão e à visão da instituição. E, a partir dessa perspectiva, não gasta o orçamento da empresa; investe-o em um dos campos de maior retorno às organizações: sua imagem e seu relacionamento com públicos estratégicos. Marketing também não é sinônimo de publicidade – esta, sim, uma (dentre tantas) das ferramentas que são utilizadas para atingir o seu propósito, que é entender o mercado, a partir de um profundo conhecimento do consumidor, e atender aos seus anseios. Muitas vezes, o marketing antecipa as necessidades do público, que ainda não sabe verbalizar o que precisa. Por isso, a observação do comportamento do mercado-alvo é fator-chave de sucesso nessa área. Uma estratégia de

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marketing, quando bem executada, torna qualquer esforço de venda desnecessário. Para que o marketing seja aliado de uma empresa, é preciso que alguns requisitos sejam cumpridos. O primeiro deles é reconhecer a importância da ferramenta e implantá-la de modo estratégico. Não relegá-la a uma posição inferior no organograma e permitir que o gestor participe das decisões mais importantes fazem toda a diferença. Ainda é comum observar empresas que não possuem departamentos de marketing ou os posicionam em um local burocrático e em segundo plano em suas operações. A partir da implantação das atividades do marketing em uma empresa, é preciso que o gestor apresente seu planejamento alinhado às grandes metas da organização e tenha liberdade para executar seu trabalho, com orçamento e objetivos estabelecidos. Em tempos de crise, costuma-se sacrificar o trabalho do marketing em primeiro lugar, quando o certo seria reforçar sua atuação, para garantir a manutenção e a elevação da participação da empresa no mercado em que atua. Ao entender o marketing como importante parceiro estratégico, a empresa dá um relevante passo para consolidar e ampliar sua posição no mercado. Para ficar em um único exemplo: a Coca-Cola, uma das mais importantes e lucrativas empresas do mundo, não deixa um dia sequer de trabalhar ações de marketing, desde a concepção e o posicionamento do produto, sua estratégia de precificação e distribuição e a construção de uma imagem na mente e no coração dos seus consumidores, para garantir sua posição de liderança. Marketing é isso aí.



Registro

Metalúrgica Goronci aposta em cortes finos para um novo mercado

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rabalho e procura pela melhoria contínua marcam a trajetória da Metalúrgica Goronci. Tradicional no mercado, a empresa busca um novo espaço no setor de artes, atuando com cortes finos com design único. Trata-se de um processo operacional especial, para que ideias de arquitetos, designers de interiores e artistas plásticos sejam colocadas em prática. A companhia percebeu essa oportunidade após constatar que muitos empreendimentos do segmento metalmecânico ignoram esse tipo de mercado por conta da alta complexidade, além do acabamento e dos investimentos necessários. “Ou seja, são produtos personalizados, criados para um público altamente exigente e que possui características próprias. Para a realização desse tipo de serviço, não serão necessários investimentos, visto que a empresa já dispõe de tecnologia, máquinas e equipamentos modernos”, disse a diretora administrativa da Goronci, Eliane Gomes. Criado para oferecer artigos de serralheria, como portões, grades e galpões, o negócio deu em 1996 os seus primeiros passos. As peças eram elaboradas com recursos limitados, mas com a qualidade que sempre foi uma prioridade para as operações. Em 2008, a metalúrgica conseguiu expandir o espaço físico e ampliar suas atividades. Dois anos depois, adquiriu o imóvel onde atualmente está localizada sua sede, em Carapina, na Serra. O galpão situa-se estrategicamente junto à Rodovia do Contorno, o que facilita tanto o recebimento de matérias-primas quanto o despacho de itens acabados. A gestão é realizada em sociedade. Além de Eliane, que cuida do desenvolvimento, da elaboração e da implementação de processos, a empresa conta com o diretor

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No mercado desde 1996, empresa é destaque em serviços de corte e conformação de aço galvanizado

pleno, Giovani Elias Goronci, responsável por planejar e controlar o processo produtivo. Com uma estrutura formada pelos setores Comercial, de Qualidade, Administrativo e de Produção, a metalúrgica possui um quadro de 13 profissionais. “A Goronci incentiva a troca de experiências e conhecimento e reconhece seus profissionais. Investe em capacitação e treinamento, para que a equipe mantenha-se atualizada e sempre disponível para oferecer aos seus clientes, funcionários e parceiros os melhores serviços e soluções”, falou a diretora. Nesses 20 anos de mercado, estratégias foram desenvolvidas para contemplar diversos segmentos. Com essa abrangência de mercado, pôde-se perceber as deficiências dos setores, criando assim possibilidades de atendimento a empresas de pequeno, médio e grande porte. “Diferenciais foram criados para captar novos clientes, como a prestação de serviços de corte e conformação de aço galvanizado, alumínio e inox, quando antes eram acoplados ao produto final. Hoje a Metalúrgica Goronci atende seus clientes tanto na fabricação de produtos para o setor, quanto na prestação de serviços de corte, conformação, estampo e repuxo”, enfatizou Eliane. Segundo ela, uma das razões do sucesso está nos investimentos em máquinas e equipamentos modernos, principalmente de corte e conformação de aço, que garantem as melhores soluções para os consumidores. “A empresa tem conquistado seu espaço no setor metalmecânico de uma forma constante e segura, tornando-se referência em corte e conformação de aços no Estado. Continuamente os investimentos são realizados com o objetivo de alcançar novas oportunidades, melhorar processos e desenvolver a equipe”, explicou.



Registro

A Unidade Móvel de Calibração foi um destaque no evento, que aconteceu na sede do Sindifer

Utilização de válvulas de segurança é tema de palestra

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epresentantes da indústria metalmecânica estiveram no dia 10 de dezembro, na sede do Sindifer, em Vitória, para a palestra que abordou a importância da utilização de válvulas de segurança e alívio de compressores, vasos, caldeiras e linhas pressurizadas, em atendimento aos requisitos normativos da NR-13 e Asme (American Society of Mechanical Engineers). Tratando especificamente de caldeiras e recipientes sob pressão, a NR-13 é uma norma de caráter compulsório e visa à proteção do trabalhador. A sua adoção é obrigatória para toda entidade ou instalação do país e estabelece responsabilidades e parâmetros relativos à instalação, à segurança de operação e na manutenção e à inspeção de segurança dos equipamentos. O palestrante do evento foi o especialista em Gestão da Qualidade e diretor da JDE Consultoria, José Dimas Effgem, que classificou as válvulas de segurança como item fundamental no ambiente industrial. “O Sindifer ofereceu aos seus associados esta palestra como medida preventiva, e posso dizer que o saldo foi muito positivo. A indústria tem uma carência de conhecimento, e o sindicato busca reduzir esse problema. Existem muitas dúvidas e, infelizmente, muitos acidentes acontecem no país. São falhas no controle de processos, erros na parte operacional. As empresas precisam cada vez mais investir em segurança. Assim, todos saem ganhando”, explicou ele.

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Outro destaque foi a apresentação da Unidade Móvel de Calibração, um caminhão que conta com equipamentos de última geração, próprio para trabalhos in company. Um investimento da Texcal Tecnologia em Serviços, empresa associada ao Sindifer, a unidade é algo pioneiro no Estado. “Ela vai até as empresas, é realmente uma grande agilidade e redução de custos. Imagine uma empresa distante que tenha que mandar seus equipamentos para realizar o serviço de calibração. Antes ela teria que arcar com um grande valor. Agora está tudo mais prático, com a unidade sendo realmente um diferencial. É algo que reduz riscos, tempo e despesas. Todas as empresas que têm necessidade de calibração de instrumentos podem receber esse importante serviço. É uma facilidade para as grandes plantas do Estado. Basta entrar em contato com a Texcal e buscar mais informações sobre como funciona a unidade”, falou Effgem.

CALIBRAÇÃO QUE VAI ATÉ A SUA EMPRESA Para conhecer mais a respeito da Unidade Móvel de Calibração, entre em contato com a Texcal, pelo número (27) 3218- 3154. A empresa fica localizada em Jardim Limoeiro, na Serra.


Registro

Tubo para injeção de vapor é destaque da Tecvix

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empre pautada na inovação, a empresa capixaba Tecvix segue desenvolvendo soluções que são aprovadas pelo mercado nacional. É o caso do tubo para injeção de vapor, pensado para reduzir problemas causados pela viscosidade na extração de petróleo encontrado na camada onshore . Tal consistência faz com que os equipamentos tradicionais tenham dificuldade para trazer o petróleo à superfície. Foi então que a Tecvix, com apoio do convênio entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Petrobras, por meio do Sebraetec, com consultorias tecnológicas e registro de patente, aperfeiçoou esse processo com a reação de um tubo capaz de injetar vapor na máquina responsável por extrair o petróleo, resultando na redução da densidade do produto, e consequentemente, facilitando a sua retirada. A iniciativa foi tão marcante que a empresa se tornou uma das finalistas, na categoria Inovação Tecnológica, do Prêmio Nacional de Inovação em 2015, que é uma realização da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sebrae, com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A disputa contou com mais de 2 mil projetos inscritos. O tubo foi feito a partir de uma oportunidade criada pela Petrobras, que pôs à disposição

Além das fronteiras do Estado: Tecvix entrega lote de tubos na unidade da Petrobras em Mossoró (RN)

exemplares para testes destrutivos e campos de petróleo para examinação do novo produto. Após o reconhecimento, inédito para uma representante do Estado, a Tecvix logo resolveu expandir o seu alcance, implantando a peça em poços de petróleo espalhados por todo o país e até no exterior. Para o diretor-presidente da Tecvix, Luiz Alberto de Souza Carvalho, com o novo posicionamento da economia regional e nacional, a empresa entendeu ser uma questão de sobrevivência dos negócios o investimento em inovação tecnológica. “Nesse sentido, buscamos nos capacitar para fornecer componentes para o setor de óleo e gás. Temos uma carteira de projetos em desenvolvimento na qual se destacam os tubos para injeção de vapor, como este, já colocado no mercado”, disse. Segundo ele, a elaboração desse tipo de produto requer não apenas investimentos financeiros, mas também parcerias tecnológicas com universidades e centros de pesquisa e engenharia, e com parceiros na área de solda, materiais, usinagem e tratamento térmico. Criada em 1999, a Tecvix tem a sua matriz, conhecida como Centro de Serviços de Barra do Riacho, em Aracruz. Além disso, possui uma filial em Eunápolis, na Bahia, com estrutura semelhante à unidade principal e capaz de atender às demandas de mercado da Região Nordeste. Além do setor de petróleo e gás, a companhia também realiza a manutenção mecânica industrial para áreas como celulose e papel, química, mineração e portuária.

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Perfil

Luis Soares Cordeiro C

om 21 anos de mercado, a Estel Serviços Industriais é referência na região de Aracruz em serviços de recuperação de máquinas elétricas industriais, manutenção e montagem industrial elétrica e de instrumentação, além de comercialização de materiais elétricos. O líder da empresa é Luis Soares Cordeiro, que desde a infância já mostrava o seu lado empreendedor. “Aos 6 anos, entre uma brincadeira e outra, ajudava meu pai em uma oficina de bicicletas, e aos 9 tive o meu primeiro empreendimento, uma cadeira de engraxar sapatos. Aos 15, montei minha própria oficina de carros em sociedade com um amigo. Depois, saí para estudar Elétrica Industrial no Senai em Linhares. E em 1981, com 18 anos, ingressei na Aracruz Celulose - hoje Fibria - como trainee de eletricista”, contou. Segundo o diretor-presidente da Estel, apesar do rápido desenvolvimento profissional e das boas oportunidades proporcionadas pela fábrica, em 2006 ele se envolveu na única greve da história da empresa, fato que acabou lhe custando o emprego. “Isso acabou por se converter em uma rica experiência, de grande relevância para a minha atuação como empresário e dirigente do Sindifer. Além disso, o episódio foi o impulso que faltava para retomar o espírito empreendedor presente desde criança. De imediato dei início a um projeto que já havia elaborado para retomar as atividades com manutenção veicular, caso perdesse o emprego. E assim, de forma meio intuitiva como empreendedor, apliquei todas as minhas economias em um novo negócio”, explicou. Após a experiência de fundar a Box Car, Luis Soares foi procurado por Alfredo Fernando Rodrigues Reis e Arildo Ripardo, antigos companheiros da Fibria, que tinham a ideia de algo promissor. “Ambos estavam interessados em meu conhecimento, facilidade de relacionamento e reconhecida competência técnica e, individualmente, me convidaram para montar um oficina de reparo de motores elétricos. Depois de

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Diretor-presidente da Estel fala sobre desafios que marcaram a sua carreira algumas conversas, consegui formatar uma sociedade a três e juntos optamos por aproveitar a Estel Elétrica Stella Ltda, empresa de reparo de motores elétricos, fundada em setembro de 1985 pelo Fernando e que operava precariamente em um pequeno espaço de apenas 20 m² em um posto de gasolina. O pequeno negócio enfrentava sérias dificuldades de se firmar, já que Fernando, apesar de bom conhecedor do assunto, continuava como instrutor de treinamento na Fibria. Encerrei as atividades da recém-criada Box Car e converti as boas instalações da então oficina de carros em uma das melhores oficinas de reparo de motores elétricos do Estado e do país”, frisou. FAMÍLIA Para Luis, a família tem grande papel no sucesso da Estel, pois além da colaboração direta na companhia, sempre o apoiou e compreendeu a sua ausência em alguns momentos importantes. “Marisa, minha esposa, sempre esteve ao meu lado e desde o início atuou com muita competência da área financeira, negociando créditos com bancos e clientes no início dos negócios e, mais tarde, cuidando com muita responsabilidade das disponibilidades da empresa. Hoje ela está preparando a transição para a nossa filha, Hellen, administradora, que trabalha conosco há quase 10 anos”, disse ele, lembrando que os outros sócios também têm filhos lá atuando. Além de Hellen, o casal tem ainda Leticia e Henrique. Mesmo com tudo o que construiu, Luis Soares Cordeiro acredita que ainda tem muito a fazer. “Enquanto empreendedor tenho muito ainda a realizar. Espero que Deus me conceda pelo menos mais 25 anos de vida ativa e produtiva. Quero criar ainda muitas empresas, compartilhar muitos desafios e oportunidades com muitas pessoas que, como eu, entendam que a vida em sociedade e muito mais prazerosa que vivida a só!”, finalizou.



Artigo

Carlos Pastoriza é presidente do Conselho de administração da Abimaq/Sindimaq

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Os desafios estão colocados!

stamos iniciando 2016 cientes de que teremos um ano bastante duro pela frente. Os indicadores econômicos atuais e as projeções para o período não são nada animadores. O FMI (Fundo Monetário Internacional) sinaliza por exemplo, para uma baixa de 3,5% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Ao que parece, continuaremos a conviver com uma das mais altas taxas básicas de juros do mundo, resultando em mais freio nos investimentos. A combinação desses fatores resultará em continuidade de queda da atividade produtiva, aprofundando a recessão e o desemprego. Outro fator não mensurável, mas que pode agravar ainda mais esse cenário, é a crise política instalada em Brasília, que torna o ambiente instável para qualquer tentativa de retomada da economia. Além das dificuldades impostas pelo panorama econômico e pela crise política, também teremos que conviver com a extinção do programa PSI-Finame, a perda da desoneração da folha de pagamento e o fim do Reintegra, que eram medidas capazes de minimizar a retração de competitividade da já combalida indústria de transformação – ou seja, teremos grandes desafios pela frente. Entretanto, em que pesem os enormes desafios, nós (toda a diretoria e corpo técnico da Abimaq) estamos e continuaremos motivados em defesa dos interesses da nossa indústria. Vamos continuar trabalhando arduamente, apresentando propostas e cobrando ações do Governo que possam contribuir para reverter a baixa competitividade do nosso país, um problema crônico decorrente da falta de medidas estruturantes capazes de colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento.

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No campo político, manteremos nosso engajamento em propor e cobrar ações que tenham foco em desoneração total dos investimentos, inovação, desenvolvimento tecnológico, mercado externo, defesa do mercado interno e melhores condições de financiamento, e retomar a nossa batalha para implementação do Modermaq – Programa de Modernização do Parque Fabril Brasileiro. Também já iniciamos gestões para obter um waiver (suspensão pelo prazo de um ano) dos financiamentos contraídos pelas empresas através do PSI-Finame, com o justo argumento de que essas organizações investiram na renovação de seus parques fabris acreditando em uma demanda que não aconteceu. Essa medida ajudaria a dar fôlego ao caixa das companhias neste momento bastante delicado. No que se refere àquelas ações que não dependem do Governo (as chamadas atividades “da porta para dentro”), iremos intensificar o nosso trabalho no sentido de buscar oportunidades nos mercados externo (aproveitando o bom momento da cotação do dólar) e interno (realizando eventos com grandes empresas que desejam nacionalizar componentes, partes e peças). Promoveremos ações, cursos e treinamentos voltados para a gestão das empresas, com foco na melhoria da produtividade e no estímulo à inovação, além de continuarmos prestando os tradicionais serviços já oferecidos pela entidade nas áreas jurídica, trabalhista e de financiamentos e em feiras, tecnologia, cursos e competitividade, entre outros. Os desafios estão colocados e são enormes! Vamos juntos, com o apoio das nossas empresas, de ânimo renovado, continuar trabalhando em prol dos interesses das nossas associadas, em defesa de uma indústria competitiva, que gera tecnologia e empregos de alto valor agregado.



Registro O S11D é o maior projeto de mineração da história da empresa

Projeto da Vale produzirá 90 milhões de toneladas

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Vale anunciou que já estão em andamento no Pará os testes do maior projeto de mineração da história da empresa, o Ferro Carajás S11D, que deverá produzir 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O empreendimento já está com 80% das obras da mina e da usina concluídas, e a expectativa é de que as operações se iniciem no segundo semestre deste ano. Em janeiro, foi ligado o Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), com 9,5 quilômetros de extensão. A estrutura compõe uma das principais soluções tecnológicas do projeto, o sistema truckless, que conta com escavadeiras e britadores e substitui os caminhões, permitindo reduzir

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em 70% o consumo de diesel e em 50% as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Os equipamentos utilizados nos pátios da usina, que servirão para estocar o minério de ferro, encontram-se em fase final de montagem. A previsão é de que 14 máquinas de grande porte façam a movimentação do produto. Uma recuperadora do tipo ponte e uma empilhadeira de lança dupla tiveram a estruturação eletromecânica concluída em novembro e estão prontas para ser comissionadas. A mina também já está com sua terraplanagem terminada e as máquinas do sistema truckless vêm sendo articuladas. Os testes, que fazem parte da etapa de comissionamento, possibilitam uma avaliação do bom funcionamento


“Foi o primeiro teste em um equipamento de grande porte no S11D, e estamos muito satisfeitos com o resultado. Iniciamos uma nova etapa na história do projeto” Quirino Nunes, líder sênior de construção da usina do maquinário utilizado. “Foi o primeiro teste em um equipamento de grande porte no S11D, e estamos muito satisfeitos com o resultado. Iniciamos uma nova etapa na história do projeto”, explicou Quirino Nunes, líder sênior de construção da usina. O desempenho do equipamento será medido a partir de parâmetros como corrente elétrica, tempo de partida, temperatura e velocidade, entre outros. Somente depois

dessa avaliação da segurança é que será liberado para o comissionamento com carga. Já no ramal ferroviário, que será responsável por ligar o S11D à Estrada de Ferro Carajás (EFC), 23 quilômetros de linha férrea apresentam-se em fase de alinhamento. Esse ramal terá 101 quilômetros de extensão, e o fim das obras está previsto para agosto. Alguns trens de construção operam no transporte de trilhos e dormentes para a montagem da grade ferroviária nos demais trechos. Da EFC, o minério de S11D será transportado até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), de onde será embarcado e exportado para os principais clientes da mineradora. Para a Vale, em um cenário como o atual, o S11D significa a manutenção da competividade no mercado. O projeto servirá para complementar a produção de Carajás, oferecendo um produto de alto teor de ferro e baixos contaminantes, e por um custo reduzido.


Registro

Foto: Guilherme Costa

Workshop da empresa foi realizado em duas etapas, nas cidades de Belo Horizonte e Vitória

Engelmig realiza workshop de Saúde e Segurança

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iente da importância de atuar de forma sustentável e sempre promovendo ações voltadas para a segurança de seus colaboradores, a Engelmig Transmissão e Distribuição realizou o Workshop de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança em duas etapas. A primeira aconteceu em Belo Horizonte (MG), e a segunda, em Vitória (ES), nos dias 11 e 12 de dezembro. O diretor-presidente da empresa, Moisés Pêsso da Silveira, esteve presente, além de engenheiros e gestores executivos, de Operação, de Contrato e de Suporte de QSMS. O evento realizado na capital do Espírito Santo reuniu 70 pessoas. A Engelmig, uma das associadas ao Sindifer, foi fundada em 1985, na cidade de Manhuaçu (MG), e tem como foco a construção de redes elétricas, além do comércio varejista de materiais elétricos. A programação foi formada por palestras a respeito da construção de linhas de distribuição MT/BT e de transmissão; manutenção em linhas viva e morta em MT/BT e em LT/SE; expectativas organizacionais do departamento de QSMS; prevenção e investigação de perdas; investigação de incidentes veiculares; sistema informatizado de segurança; Sistema Integrado de Gestão; e inspeções de segurança no Programa Sinal Verde. As palestras foram ministradas por gestores de Operação e Corporativo de Suporte de QSMS, supervisor de QSMS e perito de trânsito, entre outros. Além disso, a etapa de Belo Horizonte recebeu Marcelo Garios, da Garios & Garios Perícias Judiciais, que ministrou sobre o

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tema “Percepção de Risco”; enquanto a programação de Vitória contou com explanação dos advogados da Sant’Ana, Laporti e Piol Advogados Associados, Odair Sant’Ana e Jenefer Laporti. Eles abordaram o tema “Como prevenir passivo trabalhista corporativo” e tiraram dúvidas sobre o assunto. Moisés Pêsso aproveitou o encontro para destacar a segurança como valor essencial dentro da identidade estratégica organizacional. De acordo com ele, a realização do workshop foi positiva. Avaliações da empresa apontaram que mais de 90% aprovaram a iniciativa. Outras análises serão feitas ao longo de 2016, não apenas garantindo que os alvos do workshop sejam atingidos, mas também indicando o caminho para a próxima edição, no final deste ano. EMPRESA ASSINA CONTRATO NA BAHIA Também em dezembro, a Engelmig assinou um contrato com a Renova Energia, que prevê a prestação de serviços de operação e manutenção do Complexo Eólico Alto Sertão III, englobando os municípios baianos de Caetité, Igaporã, Licínio de Almeida, Pindaí e Riacho de Santana. Com esse acordo, a Engelmig passa a atender 781 unidades geradoras, em um total de 1,42 GW de potência instalada em contratos de operação e manutenção. A Renova é uma companhia especializada na geração de energia elétrica renovável com atuação em matrizes eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e solar. E possui o maior complexo de energia eólica da América Latina.


Artigo

Trabalho à distância ou teletrabalho

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modernização dos meios de comunicação e a evolução tecnológica certamente injetaram na sociedade diversas mudanças, fazendo com que a troca de informações se tornasse mais rápida e eficaz. Essas transformações trouxeram reflexos substanciais no mundo corporativo e nas relações entre empregados e empregadores. A evolução tecnológica passou a fazer parte do cotidiano do mundo corporativo e permitiu que muitos profissionais se valessem dessa modernidade para inovar em relação à forma de exercerem suas atividades, sem a necessidade de comparecimento ao local de trabalho. O trabalho à distância ou teletrabalho é aquele realizado fora do endereço tradicional de serviço, com a adoção da tecnologia da informação e da comunicação, ou mais especificamente, com computadores, telefonia fixa e celular e toda tecnologia que permita a condução de tarefas em qualquer lugar e receber e transmitir informações, arquivos de texto, imagem ou som relacionados à atividade laboral. Nos últimos anos, tem crescido o número de pessoas que executam suas responsabilidades diárias fora de um local fixo de trabalho. Isso só é possível em virtude da utilização de modernos aplicativos de comunicação, como os smartphones , o Skype, as redes sociais e os rádios. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), embora preconize em seu artigo 6º que não há distinção entre o

Odair Nossa Sant’ Ana é advogado, sócio do Escritório Sant´Ana & Laporti Advogados Associados e especialista em Direito do Trabalho e Relações Sindicais

serviço feito no estabelecimento do empregador ou no domicílio do empregado, não traz regras específicas para a modalidade de trabalho à distância ou teletrabalho. Visando à regulamentação dessa matéria, existe um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional que pretende incluir na CLT dispositivos específicos para regular o teletrabalho no país, em especial na forma de utilização pelos contratantes de meios informatizados para comandar, controlar e supervisionar os contratados. Esse modelo traz vantagens significativas ao empregado e ao empregador, oferecendo maior liberdade, flexibilidade de trabalho e incentivando a qualidade de vida dos funcionários. No que se refere ao controle de jornada, conforme o artigo 6º, da Lei nº12.551, de 15 de dezembro de 2011, não se distingue o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o feito à distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Assim, deve ficar bem esclarecido entre os envolvidos qual será a jornada do trabalho à distância. Desse modo, diante da nova realidade vivenciada, com a modernização da prestação de serviço, devem os empregados e os empregadores se resguardarem dos seus direitos e garantias, fazendo assim com que o trabalho à distância se torne um meio prático, fácil e seguro de prestação de serviço, trazendo inúmeras vantagens para ambas as partes.

Mar/Abr/Mai • 2016

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Agenda

12 a 15 de abril

Pollutec 2016 Para atender à crescente demanda por prevenção, tratamento de poluições, otimização de recursos e desenvolvimento sustentável, a Feira Internacional de Tecnologia e Soluções Ambientais (Pollutec Brasil) receberá no Anhembi, em São Paulo, cerca de 100 empresas e 4.000 visitantes do Brasil e de toda a América Latina. Recursos e inovações em todas as atividades ambientais e de saneamento serão os destaques.

13 a 17 de abril

Feira Internacional de Manufatura A Korea Machine Tool Manufacturers’ Association (Kooma) realizará em abril, em Seul, a Feira Internacional de Tecnologia de Manufatura (Simtos 2016). Cerca de 800 empresas e mais de 100 mil pessoas devem passar pelo evento. Mais informações no site oficial, www.simtos.org.

17 a 20 de maio

Feira Hospitalar

17 a 21 de maio

Mecânica 2016 O Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, sediará a 31ª Feira Internacional de Mecânica, evento que reúne as inovações e as oportunidades para todos os segmentos industriais. Uma importante vitrine para lançamentos, a feira tem uma grande variedade de máquinas e equipamentos especialmente fabricados para a realização de projetos, produção, movimentação de carga e controle de qualidade. Mais de duas mil marcas nacionais e internacionais deverão estar representadas. Confira: www.mecanica.com.br.

Cerca de 96 mil profissionais da área da saúde e 1.250 expositores são esperados na 23ª Hospitalar Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, a maior da área nas Américas. Em destaque, as novidades em medicamentos, máquinas, tecnologia, emergência e transporte, projetos e construções, ortopedia, farmácia hospitalar, informática e comunicações, entre outros. O evento acontecerá no Expocenter Norte, em São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 3897-6199 ou pelo site www.hospitalar.com.

8 a 10 de junho

M&T Expo Máquinas e Equipamentos Dividindo o espaço do São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, a 10ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e a 8ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Mineração formam a M&T Expo Máquinas e Equipamentos. A expectativa é de que o evento supere o de 2015, quando quase 46 mil visitantes compradores estiveram presentes. Site: www.mtexpo.com.br.

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21 a 24 de junho

Metal Mineração 2016 Grandes empresas da indústria metalmecânica e de mineração estarão no Pavilhão de Exposições José Ijair Conti, em Criciúma, Santa Catarina, para a quinta edição da Metal Mineração, feira que apresenta soluções inovadoras para o público e gera um importante volume de negócios para o setor. Conheça mais sobre o evento em www.metalmineracao.com.br.

26 a 29 de julho

9ª Mec Show Tendo registrado aproximadamente R$ 70 milhões em negócios na sua última edição, em 2015, a 9ª Feira de Metalmecânica Energia e Automação (Mec Show) movimentará mais uma vez o Carapina Centro de Eventos, na Serra. Além de apresentar novidades para o setor, a programação terá rodadas de negócios, visitas técnicas, conferência sobre petróleo e gás e a realização de mais uma edição do ISA Show ES, tradicional espaço das empresas de instrumentação, sistemas, elétrica e automação no Espírito Santo. Entre em contato pelo e-mail info@mecshow.com.br ou pelo telefone (27) 3434 0625.

Jun/Jul/Ago • 2015

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Registro

Paralisação das atividades da Samarco em Anchieta tem grave impacto para a região

Terceirizadas buscam alternativas em Anchieta

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om a crise econômica profunda que atinge o país e com a paralisação das atividades da Samarco, empresas e profissionais tentam, juntamente com suas respectivas entidades representativas, acordos e alternativas para evitar prejuízos, queda na produção e, consequentemente, demissões. A situação preocupa a indústria no sul do Espírito Santo. Aproximadamente 800 funcionários de um grupo de mais de 20 companhias terceirizadas da mineradora em Anchieta poderão ser desligados a partir de março. Ações dos sindicatos dos trabalhadores e debates a respeito de opções como layoff, com a redução da jornada de serviço e de salários, estão acontecendo, mas ainda não houve trato fechado com as firmas. O faturamento anual dessas fornecedoras chega a R$ 200 milhões. O possível corte de colaboradores deve atingir aqueles que atuam na parte de manutenção, como mecânicos, eletricistas e caldeireiros. Com a ideia de contornar o cenário pessimista na região, representantes do Sindifer e de fornecedoras estiveram em Brasília. A finalidade da viagem foi conseguir apoio na esfera federal e promover o retorno da Samarco às suas atividades. Para o presidente do sindicato, Manoel Pimenta, ações urgentes se fazem necessárias. “Não queremos esquecer os impactos ambientais

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que foram causados, é algo que tem que ser apurado com certeza. Mas é preciso pensar também na economia do Estado, na sobrevivência das empresas que atuam como terceirizadas e nos trabalhadores. As empresas não têm como manter esses colaboradores com tudo parado”, argumentou. O panorama no quadro pessoal da Samarco também é de incertezas. Foi firmado em janeiro um acordo de suspensão temporária do contrato de trabalho, como forma de manter as vagas pelo menos até 25 de abril. A complicada situação envolvendo a mineradora começou em novembro do ano passado, com o rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Cerca de 34 milhões de metros cúbicos desse material foram lançados no meio ambiente, e 16 milhões restantes continuam sendo liberados aos poucos. Segundo relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a estrutura continha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração de ferro. É um resíduo classificado como não perigoso e não inerte para ferro e manganês.




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