MERCADO Espírito Santo bem servido de profissionais de gestão
PEC DO TETO Emenda resolve a recessão do país?
CHUVA Após 3 anos sem aparecer, ela chegou com tudo
AONDE IR Descubra os encantos do Centro de Vitória
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IMPRESSO
COISAS QUE VOCÊ PRECISA FAZER PARA MANTER SEU NEGÓCIO
ENTREVISTA
MARCOS GUERRA – TRAJETÓRIA EMPREENDEDORA INICIADA AOS 19 ANOS
SUMÁRIO
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COISAS QUE VOCÊ PRECISA FAZER PARA MANTER SEU NEGÓCIO
Rio Doce
Ambientalistas alertam que a chegada das chuvas pode agravar a situação provocada pela onda de rejeitos que se espalhou ao longo dos 600 km do rio. Um ano após o rompimento da barragem de Fundão (MG), apesar de muitas ações em andamento, não foi possível vencer nem mesmo a fase emergencial dos trabalhos, prevista para ser concluída em dezembro do ano passado.
Foto: Prefeitura de Colatina
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CAPA
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Entrevista
Presidir a Federação da Indústria não é uma tarefa fácil. E por trás do empresário, que deve articular os melhores cenários possíveis aos variados setores produtivos, há os obstáculos pessoais que precisam ser vencidos. Conheça um pouco da vida de Marcos Guerra e também as expectativas para a indústria capixaba.
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Especialistas apontam cuidados essenciais a serem adotados pelos empreendedores para buscar uma melhor garantia de sobrevivência do negócio e vencer o desafio de torná-lo competitivo em um desafiador cenário de recessão.
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Periscópio
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Agenda
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O Endereço da História
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Essas Mulheres
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Modus Vivendi
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Tira-Gosto
ARTIGOS 29
Nailson Dalla Bernadina
Gestão e oportunidades: o futuro que queremos
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Ronald Carvalho
Marketing annalytics, branding e outros bichos
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Mercado
Quando o assunto é profissional de gestão, o Espírito Santo está bem servido. Instituições de ensino se adequaram para atender a organizações de diversos segmentos. Veja os benefícios surgidos com a aproximação entre empresas e profissionais na matéria “Capixaba mandando bem”.
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Aonde Ir
Você já descobriu os encantos do Centro de Vitória? São muitas opções de cultura e lazer que têm atraído cada vez mais pessoas. A imponente Catedral Metropolitana, a Gruta da Onça, teatros, museu e bares com música ao vivo garantem um charme todo especial a esse “canto” único.
EDITORIAL
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a contramão da urgente demanda por maior estabilidade política, novembro conseguiu ser marcado por uma dose ainda mais elevada de atribulações nesse cenário. A PEC do teto de gastos e a ocupação de mais de 300 escolas em todo o país pareciam reinar absolutas no universo da polêmica. Mal sabiam elas que o excêntrico bilionário Donald Trump calaria o mundo ao ser eleito o 45º presidente norte-americano. Isso sem falar das divulgações da Operação Lava Jato que apontaram, entre os tantos casos de suspeita de corrupção e/ou pagamento de propina, um cheque nominal de R$ 1 milhão ao atual presidente Michel Temer e, no dia seguinte, o recebimento de dinheiro, em mãos, pelo ex-presidente Lula. Houve também invasão de Plenário da Câmara dos Deputados e o pedido de intervenção militar. Mas sobrevivemos e continuamos com a esperança de dias melhores. Por isso, além desse balanço político, trazemos nesta edição uma reportagem sobre a importância da qualificação da mão de obra, as demandas no mercado local e os capixabas que têm se destacado em outros estados e no exterior. E ainda ouvimos especialistas para que apontassem “10 dicas” de como fazer seu negócio não apenas sobreviver, mas também se manter competitivo em um quadro de recessão. Nem só de produção vive o homem. Conheça um pouco mais sobre a vida do presidente da Federação das Indústrias, Marcos Guerra, os obstáculos que ele enfrentou em 2016, as metas pessoais e profissionais e a expectativa para a economia capixaba em 2017. Em “Aonde Ir”, confira as muitas opções de cultura e lazer que estão deixando o Centro de Vitória tão badalado quanto nas décadas de 1970 e 1980, após um período, digamos, meio esquecido. Além de abrigar tradicionais pontos turísticos, como a Catedral Metropolitana e o Parque Gruta da Onça, dois teatros, galeria e museu, a região conta com uma diversidade de restaurantes e bares com música ao vivo que lhe garantem uma atmosfera única. Em “Test Drive”, você confere um dos sedãs executivos de maior prestígio no mundo, o Classe E 250, da Mercedes-Benz, que acaba de chegar ao Brasil. Sofisticado e esportivo, o veículo exibe diversas inovações técnicas que proporcionam conforto e proteção; entre elas, o que há de mais moderno em assistência e segurança, o Active Brake Assist, que alerta o motorista em situações de risco de colisão. Isso e muito mais para deixar você, leitor, bem informado sobre negócios e economia e ainda sobre as novidades culturais. Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil
OPINIÃO DO LEITOR
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“Tive a oportunidade de ler algumas edições da ES Brasil e gostei muito do conteúdo. Mesmo com foco na área de economia, a revista consegue trazer à tona outros assuntos importantes para o nosso cotidiano.”
“As matérias apresentam uma linguagem de fácil entendimento, o que torna a leitura ainda mais agradável. Também gosto muito das colunas, principalmente as que são voltadas para a parte de cultura, como ‘Estilo’ e ‘Mais e Melhor’.”
João Menezes, dentista
Gabriel Campos, estudante
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ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Elisângela Egert Apoio Produção Bruna Schnerock Textos Luciene Araújo, Thiago Lourenço e Yasmin Vilhena Edição de Arte Fábio Barbosa e Edson Maltez Heringer Colaboraram nesta edição Nailson Dalla Bernadina Fotografia Jackson Gonçalves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial
PUBLICIDADE Gerentes de Publicidade Sheila Ramos Gerentes de Contas Beatriz Lopes de Souza e Eliézer Gomes Apoio Comercial Fabielle Kaiser (27) 2123-6506 - publicidade@nexteditorial.com.br
CIRCULAÇÃO Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h
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EXCLUSIVO
THIAGO LOURENÇO
Adquiri experiência empreendedora na prática, lidando com as dificuldades”
MARCOS GUERRA MAIS DE DUAS DÉCADAS ATUANDO COM A FINDES, ALÉM DE CARGOS NO SEBRAE, NA CNI E NA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA TÊXTIL. E AINDA EXPERIÊNCIA COMO LÍDER SINDICAL E SENADOR. UMA HISTÓRIA INICIADA AOS 19 ANOS DE IDADE E MARCADA PELA VONTADE DE CONTRIBUIR PARA A SOCIEDADE POR MEIO DO ASSOCIATIVISMO E DO TRABALHO VOLUNTÁRIO 8
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isposição para correr riscos, vontade de trabalhar e uma busca contínua de contribuir com o setor em que atua e com a sociedade em geral. As marcas da trajetória do empresário Marcos Guerra, cuja função mais importante exercida no Espírito Santo é a de presidente do Sistema Findes, que representa as indústrias capixabas, são os destaques desta entrevista. Conheça mais sobre a vida pública e profissional deste empreendedor de perfil multifacetado. “O principal desafio de comandar a Findes é ter a capacidade de ouvir, de entender que é um cargo passageiro e que a instituição continuará existindo depois de você.” Sua trajetória empreendedora tem início muito cedo, aos 19 anos. Conte-nos um pouco sobre a história que o levou a se tornar diretor-presidente do Grupo Guermar. Na verdade, eu comecei a atuar no mercado de trabalho um pouco antes, aos 16 anos. Meu primeiro emprego foi no Banestes, onde trabalhei durante seis meses como contínuo, o cara que entregava correspondência. Depois desse estágio, fui para o Café Meridiano, meu outro emprego, onde fiquei de 1975 a 1978. Em seguida, fundei meu primeiro negócio, em março de 1978, no ramo de confecção, a Incovel, indústria e comércio de vestuário. Até hoje trabalho nesse ramo. Atualmente temos uma empresa mais verticalizada, que atua no mercado nacional e possui clientes no exterior através de parcerias que firmamos, uma espécie de private label. Minha vida profissional sempre foi voltada para a indústria do vestuário, através de uma estrutura familiar, na qual eu tenho a liderança e meus irmãos são sócios. O senhor buscou alguma formação na área de gestão, negócios ou finanças? Tenho a faculdade da vida. Adquiri experiência empreendedora na prática, lidando com as dificuldades. Até porque não existe um curso específico para você se tornar empreendedor. É uma coisa que nasce com você, assim como liderança sindical. Não adianta tentar transformar uma pessoa num líder sindical ou empresarial; o que você pode fazer é aperfeiçoar.
Tenho clientes no exterior que possuem perfeitas condições de ser ampliados e estamos com projeto nesse sentido. O atual patamar do dólar também beneficia o mercado interno, que pode crescer muito. A indústria do vestuário conviveu com alguns erros nos últimos quatro anos. Por exemplo, era comum lançarem coleção de 1.000 a 1.200 peças. É suicídio. A realidade da indústria do vestuário em 2016 é a de coleções menores, mais focadas. Com isso a gente vai conseguir qualidade, produtividade, melhoria na competitividade, com mais assertividade.
E como estão seus negócios atualmente? Continuo atuando no mercado de vestuário, setor que apresenta as maiores dificuldades no Brasil. Porém, tenho projeto para ampliar o negócio no ano que vem. Venho enfrentando as mesmas dificuldades que os outros empresários do país, mas sou uma pessoa muito persistente nas coisas em que acredito e que gosto de fazer. E eu ainda acredito na indústria do vestuário, que, se revisitada, pode se transformar num excelente negócio daqui para a frente. No Brasil, muitas empresas desse setor têm fechado as portas, porque já estamos há seis anos numa crise que veio se aprofundando a partir de 2013.
Empreender é conviver com os riscos. Como o senhor convive com isso? Você não aprende empreendedorismo na escola. E toda vez que realiza um investimento no seu negócio ou num novo, você parte para o risco, principalmente no Brasil. Nem estou analisando as empresas que possuem retorno de longo prazo. Mas na indústria do vestuário, qualquer investimento realizado só começa a ter o retorno no médio prazo, às vezes até dois anos depois. Para o empreendedor, principalmente o industrial, não existe imediatismo, o risco é constante.
O que o setor do vestuário precisa buscar para conseguir superar essa crise? São vários pontos que precisam ser trabalhados. Um deles está acontecendo quase que no modo automático, que é o nivelamento do dólar com o real. A gente percebe que não vai ter muito mais oscilação daqui para a frente, visto que o dólar tem se mantido nos últimos 12 meses. Deu um pico, mas tem se mantido na faixa de R$ 3,20 a R$ 3,60 e acredito que ele deva se manter em torno de R$ 3,50, em 2017. É uma cotação interessante para quem exporta, e precisamos ficar atentos a esse mercado internacional.
Acredito que vamos deixar vários legados na Findes. Um deles é o fortalecimento do associativismo. Quando chegamos, existiam 30 sindicatos filiados, agora são 40” radio.esbrasil.com.br •
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Cheguei ao Congresso sem o compromisso do peleguismo, de fazer política na base da troca de favores, a feita pelo baixo clero, do oportunismo”
A mortalidade das empresas no Brasil é muito alta, principalmente nos primeiros anos do negócios. O senhor acha que tem riscos que podem ser mitigados? O risco existe, mas se a gente observar a mortalidade das empresas, isso acontece mais com quem não conhece o negócio. Ocorre muito com micro e pequenos empresários, que às vezes vão montar o negócio porque um vizinho teve uma iniciativa parecida ou porque ouviu falar. Esses são casos que realmente não conseguirão romper o primeiro ano. Em qualquer empresa que se abre hoje, os resultados só aparecem um ano depois, e muitas vezes elas não estão preparadas financeiramente para esperar o negócio faturar. Por isso, ficam sem recursos para se manter enquanto ainda se posicionam, buscam clientes e se fortalecem no mercado. Outro ponto é o planejamento. Quando abri minha empresa, em 1978, também não tinha planejamento, mas possuía uma perseverança muito grande. Hoje não. Está mais fácil empreender. Temos instituições como o próprio Sebrae, que ajudam a montar um plano de negócios, sindicatos que estão muito fortes e ainda experiências reais. Quando iniciei, não havia essa abertura.
Além de um dos empresários mais importantes da região de Colatina, o senhor também é um dos fundadores do Sindicato da Indústria do Vestuário de Colatina (Sinvesco). Na época, quais foram os fatores que o motivaram a criar a instituição? Sou fundador de várias instituições, sendo que o sindicato da minha categoria é uma delas. Eu entendo que as instituições são importantes para os setores porque facilitam o trato junto aos poderes constituídos. É lógico que existem empresas muito grandes que possuem um caminho solo, mas na grande maioria das atividades, realmente é preciso ter uma instituição. Foi isso que o motivou em Colatina? Havia uma necessidade de ter o sindicato para atender às demandas de Colatina. Antigamente apenas o Sinconfec atendia a todo o Estado, mas Colatina acabou se tornando o maior polo de confecção do Espírito Santo. Posteriormente, a base de atuação foi ampliada para toda a região noroeste e hoje temos Sinconsul e Sinvel, além de continuar o Sinconfec. Também fui um dos fundadores da Assedic – Associação Empresarial de Desenvolvimento de Colatina. Qual o peso do associativismo em sua vida profissional? Sempre gostei de atuar em prol do associativismo e possuo mais de 30 anos como voluntário. Foi a forma que encontrei para deixar minha contribuição. Eu caí de paraquedas; mesmo ajudando na fundação do Sinvesco, participava pouco naquela época. Fui eleito presidente e acabei criando gosto pela coisa. Comecei a ver a instituição como uma ferramenta importante para o fortalecimento de Colatina e do setor. A partir disso, fui tocando minha vida, mas sem grandes pretensões, deixei as coisas acontecerem em seu tempo. Nunca tive um projeto de poder. Depois da experiência como líder sindical, o senhor se tornou presidente do Sistema Findes e chegou a ser reeleito por unanimidade. Como tem sido essa vivência à frente da principal instituição representativa da indústria no Espírito Santo? Eu tive oportunidade de chegar à presidência da Findes, mas entendia que não era o momento, embora contribuísse com a instituição através de outras atribuições. Fui vice-presidente, presidi diversos conselhos, como o Coal (Assuntos Legislativos) e o Conder (Desenvolvimento Regional), o qual foi primeiro presidente e ajudei a fundar. Como presidente do Sistema Findes, iniciei em 2011 e sigo até julho de 2017, completando seis anos de gestão. Além disso, sou vice-presidente da CNI – Confederação Nacional da Indústria e presido o Coema (Conselho Temático de Meio Ambiente). Quais são os principais desafios de ser presidente do principal órgão representativo patronal da indústria no Estado? O principal desafio de presidir a Findes é ter a capacidade de ouvir, de entender que é um cargo passageiro e que a instituição continuará existindo depois de você. Também é preciso entender
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que você não fala mais por um setor, e sim por setores, tornando-se o representante da indústria capixaba, não apenas da atividade em que atua. É importante chegar à instituição e deixar sua empresa e seu setor fora da estrutura da federação. Sob sua gestão, o Sistema Findes executou um plano de investimento de R$ 250 milhões para o Espírito Santo. Como esse planejamento foi definido? Todos os projetos executados não foram do presidente, mas sim elaborados através de uma discussão junto a nossas 15 regionais. O plano foi concebido para atender demandas, o que é diferente do executado no passado, quando se buscava a federação já com um projeto pronto. Hoje essa construção é coletiva, junto à comunidade e às lideranças locais. Perdemos a surpresa, mas ganhamos em assertividade. Esse é o legado que o senhor pretende deixar para o Sistema Findes? Acredito que vamos deixar vários legados na Findes. Um deles é o fortalecimento do associativismo. Quando chegamos, existiam 30 sindicatos filiados, agora são 40. Outra realidade é a interiorização das ações do Sistema Findes. Nossos investimentos contam ainda com um legado importante que é a educação, área que responde por 80% de todo o montante investido. Ainda há ganhos em saúde, segurança e cultura para o trabalhador. Embora não tenha chegado à Findes com esse propósito, modernizamos todo o Sistema Indústria, contemplando também melhorias em oficinas, laboratórios e salas de aula, que estão iguais ou até melhores que o chão de fábrica das principais indústrias do Estado. Isso tem sido feito no momento certo, que é o da crise, entregando no momento em que o Espírito Santo estará se recuperando, o que deve acontecer a partir de 2017. Como avalia a relação do Sistema Findes com outras instituições e representantes dos poderes constituídos? Esta também foi outra característica do nosso trabalho: buscar o fortalecimento da Findes junto a outras instituições, deixando bem clara a necessidade da independência. A Federação das Indústrias não pode abrir mão de ser independente, com posicionamento em qualquer tempo, principalmente no sentido de atender quem paga sua conta, que é a indústria capixaba. Resgatamos o slogan “Uma realização da indústria”, pois percebemos que as pessoas achavam que Sesi, Senai e IEL eram órgãos governamentais. Quando você chegar a alguma entrega do plano de investimentos, verá que consta como realização da indústria, justamente para que as pessoas enxerguem essas instituições como fruto de uma ação setorial. Como faz para conciliar todas essas atividades? Além da CNI, do Sebrae e da Findes, ainda tenho a empresa e a família, que me compreende e me dá forças. Na empresa e nas instituições, sou muito bem assessorado, conto com bons executivos que auxiliam no trabalho. Conseguimos profissionalizar um pouco mais a instituição, e isso ajudou muito. Quando chego à federação, ao Sebrae ou à empresa, faço questão de focar as demandas daquele local. Faço questão de não embolar muito as coisas, sou bastante focado nesse aspecto.
O senhor sofreu um grave acidente automobilístico em 2010 e, recentemente, passou por um procedimento cirúrgico, permanecendo por alguns dias no hospital. Considera-se um homem de fé? Tive dois acidentes gravíssimos, e essa situação cirúrgica foi um problema muito difícil. Embora não seja de rezar muito, temo a Deus e acredito em sua existência. Procuro ser uma pessoa muito humana e participativa, inclusive nas ações da igreja; frequento regularmente a missa, o que me possibilita certa paz. Nesses dois momentos, acredito que Deus me deu uma oportunidade porque tenho outras missões pela frente. Como foi sua experiência como senador da República? Exerci o mandato em duas oportunidades, por quatro meses e depois nove meses. Cheguei a ter convite para retornar, mas declinei. Para mim foi muito bom porque cheguei ao Congresso sem o compromisso do peleguismo, de fazer política na base da troca de favores, a feita pelo baixo clero, do oportunismo. Desenvolvi boas ações e aprovei alguns projetos, como tempo integral no ensino médio, e consegui até reduzir o preço da energia na época, uma ação pontual. Gosto de executar as coisas por vez. Não adianta fazer propostas que não se paguem. O ponto que mais me chamou a atenção no Congresso Nacional é que você realmente pode fazer algo que impacte a sociedade de modo geral, desde que tenha bons projetos. Essa é a carência do Congresso. Acredita que foi um período de aprendizado? A gente ouvia muito as pessoas comentarem que o Senado é melhor que o céu porque não é necessário morrer para chegar lá e também acolhe pessoas pecadoras. O que carreguei de lá para radio.esbrasil.com.br •
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Sucesso é tudo aquilo que você realiza, não importando o tamanho, mas que que traz felicidade. Ele está em pequenas coisas” minha vida foi que se trata de uma Casa que precisa ser mais observada pela população. Num país com o sistema presidencialista, o Congresso Nacional é uma ferramenta importante para a sociedade. As pessoas precisam prestar mais atenção e exercer sua cidadania. Mesmo sem realizar muitas coisas, é possível contribuir de forma pontual, desde que você tenha convicção e bons projetos e persevere naquilo que acredita. O senhor vê a política como uma potencial área de atuação? Confesso que isso ainda não me passou pela cabeça. Na Findes, quero concluir as entregas e anda tenho um mandato no Sebrae que vai até 2018, por isso pretendo trabalhar muito em prol da micro e pequena empresa. Na CNI, quero trabalhar para a indústria nacional e também para o meio ambiente, através do Coema. Não gosto de fazer esse tipo de planejamento, as coisas vão acontecendo. Hoje eu digo que não, mas se no futuro houver a necessidade de fortalecer a representatividade do Espírito Santo no Congresso Nacional, a gente pode avaliar. Gosto de fazer um trabalho pelo associativismo e acho que a nossa política precisa melhorar muito a qualidade, não só dos parlamentares, mas também das ações. Um bom parlamentar não deve ser medido pela quantidade de projetos que apresenta. Talvez, ao se trabalhar por um grande e bom projeto, seja possível contribuir mais pelo país. A própria mídia erra quando compara os parlamentares de acordo com seus gastos de combustível, projetos aprovados e presença. É uma coisa pequena comparada ao que pode ser feito dentro de uma Casa tão importante para o país. O senhor possui diversas honrarias, como as comendas “Domingos Martins”, a mais alta da Assembleia Legislativa; “Governador Carlos Fernando Monteiro Lindenberg”, entregue pelo Governo Estadual; “Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa” e “Egydio Antonio, Coser”, concedidas pela Câmara Municipal de Vitória. Recebeu também a “Medalha de Mérito Empreendedor da Indústria do Estado do Espírito Santo”, um reconhecimento da Findes para os líderes industriais capixabas, e a “Grande Medalha da Inconfidência”, do Governo de Minas Gerais. Como avalia esse reconhecimento por parte do meio empresarial? Essas honrarias, algumas nacionais e outras estaduais, além da satisfação, incentivam a gente a continuar e melhorar nossas ações. Tenho títulos de cidadão de diversos municípios. Vejo isso com carinho porque as pessoas entendem que você contribuiu de alguma forma com aquela região. Outro dia cheguei ao município de Marilândia e comentei que também era um cidadão marilandense. O mesmo acontece em São Gabriel 12
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da Palha, Ibiraçu e Vitória. Acho que sou bem-vindo a esses lugares porque entendo que a construção da vida da gente é um pedacinho por dia. O que o senhor entende como sucesso? Sucesso é tudo aquilo que você realiza, não importando o tamanho, mas que lhe traz felicidade. Ele está em pequenas coisas. Diariamente agradeço a Deus pelas minhas conquistas e vitórias. São muitos desafios na vida empresarial, familiar, nas instituições, mas graças a Deus tenho vencido. O sucesso é uma composição de várias coisas que lhe fazem bem, como famílias, amigos e reconhecimento. Que mensagem o senhor deixaria para um jovem de 19 anos, lá em Colatina, começando na carreira empreendedora? O que o Marcos Guerra de hoje diria para o Marcos Guerra que está começando? Prepare-se melhor. Eu acho que na minha época deu pra contornar, mas hoje você precisa estar preparado e consciente do que vai fazer. Ao decidir montar um negócio, pode ser interessante atuar em alguma empresa daquele setor para entender melhor como funciona e alcançar maior assertividade. E nunca tenha medo. O empreendedor tem um instinto meio que animal. Às vezes você precisa fechar um pouco os olhos e partir, mas não é se jogar. Todo risco tem que ser muito calculado. Acontece de a pessoa possuir recursos e poder viver de renda, mas ela decide abrir uma empresa, investir e reinvestir, prefere continuar acreditando no negócio. Poder conviver com isso é muito prazeroso.
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Pode haver ênfase em um aspecto ou outro, mas as relações [entre os dois países] são elementos de continuidade” Sergio Amaral, embaixador do Brasil nos Estados Unidos, sobre como ficará a relação entre os dois países depois da posse do novo presidente norte-americano, Donald Trump
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MINISTÉRIO DA CULTURA APROVA 541 PROJETOS PELA LEI ROUANET
SERVIÇOS DE SAÚDE GANHAM NOTA MÉDIA DE 8,57 EM OUTUBRO Os serviços de saúde da capital capixaba foram aprovados por 86,64% dos usuários no mês de outubro. A constatação foi feita após os pacientes responderem a um torpedo de avaliação enviado pela Prefeitura de Vitória, no qual são identificados possíveis problemas para adoção de medidas de correção. A US mais bem avaliada foi a da Praia do Suá, seguida da US Maruípe, com 9,23, e Santa Luiza, com 9,18. Já o Centro Municipal de Especialidades (CME) de São Pedro recebeu a nota 9,34, enquanto que o CME Vitória, 9,26. “Nossa unidade tem como foco a Estratégia de Atenção da Família, e o nosso diferencial é ser o mais resolutivo possível nos serviços.”, afirmou Rosana da Rocha Honório, diretora da US Praia do Suá. 14
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INFRAESTRUTURA
ES 257 GANHA NOVO ASFALTO E CICLOVIAS Uma rodovia estadual de extrema importância para a economia do Espírito Santo acaba de ser totalmente renovada. O trecho da ES 257, que liga Aracruz à ES-010, recebeu novo pavimento, além de ciclofaixas, acostamentos, mais trechos e sinalização horizontal e vertical. Via de acesso a grandes empreendimentos como o Portocel, o estaleiro Jurong e a Fibria, a ES 257 também influencia diretamente a locomoção pelo litoral capixaba, principalmente para balneários como Santa Cruz e Barra do Sahy, em Aracruz, e Praia Grande, em Fundão. “É uma obra fundamental para a atividade econômica de Aracruz e região. Além disso, esta rodovia é uma importante via de acesso às praias, principalmente no período do verão, que está se aproximando. Com a conclusão das obras, pedimos aos condutores que utilizem a via com responsabilidade, respeitando os limites e leis previstas no Código de Trânsito”, disse o governador Paulo Hartung, durante a inauguração da via, no dia 4 de novembro. MOBILIDADE
CETURB-GV TESTA NOVAS CATRACAS A Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) começou a testar, no dia 14 de novembro, o protótipo da roleta alta nos ônibus do Sistema Transcol. O modelo instalado inicialmente em um veículo da Viação Praia Sol deverá ficar em avaliação por aproximadamente 60 dias. As novas catracas, além de evitar que alguns passageiros pulem a roleta, também vão contribuir para uma melhor segurança de quem trabalha e usa o transporte coletivo. “Vamos começar o teste pela linha 661 (T. Itaparica / Praça Vila Velha – Circular) e observar o que precisa ser mudado. Já identificamos que a roleta precisa ser pintada de amarelo, para dar mais visibilidade ao passageiro. Ao longo do período de testes, vamos ver se algo mais precisa ser ajustado”, afirmou o diretor presidente da Ceturb-GV, Alex Mariano.
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A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) aprovou, no mês de novembro, 541 projetos apresentados ao Ministério da Cultura (MinC) como candidatos a captar recursos por meio da Lei Rouanet. Das iniciativas aprovadas, a área de artes cênicas foi a que mais apresentou propostas (191), seguida pela de música (172), humanidades (74), audiovisual (56), artes visuais (54) e patrimônio cultural (17). A maioria das propostas aceitas veio do Sudeste, com 332 projetos. Na sequência aparecem as regiões Sul (164), Nordeste (43), Centro-Oeste (18) e Norte (7). As iniciativas contempladas somam um valor de R$ 639.310.096,44, que poderá ser captado pelos proponentes.
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PROJETO DEIXA CARIACICA MAIS COLORIDA
EVENTO
Parte do muro do Terminal de Campo Grande, no bairro Santo André, está se transformando numa verdadeira galeria de arte ao ar livre, por meio do projeto “Mural Cultural João Bananeira”, no qual o artista plástico Hiago Silva (foto), de 21 anos, preenche um espaço cinzento e apático, com elementos e ícones da cultura popular de Cariacica. O trabalho, que é feito com tinta acrílica e spray, destaca-se por suas cores vibrantes e traços firmes e mostra a casaca do congo de máscaras de Roda D’Água, a dança do João Bananeira, a lenda do Pássaro de Fogo, além da índia que se transformou no Monte Mochuara. Silva executa a obra com o auxílio do grafiteiro Will Marchesi, também de 21 anos.
INDUSTRIAIS CAPIXABAS MARCAM PRESENÇA NA RIO OIL & GAS A 18ª edição da Rio Oil & Gas, que terminou no dia 27 de outubro, contou com a presença de executivos do Sistema Findes e de representantes do Fórum de Petróleo e Gás. O público presente participou de diversas atividades com os principais agentes do setor. No evento, foram realizados vários encontros, a exemplo das reuniões com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) para ampliar a participação de companhias capixabas no segmento; e com empresários noruegueses para possível realização de intercâmbio. “A Rio Oil foi um grande sucesso. Tivemos encontros e reuniões bastante produtivos nas quais pudemos trocar experiências sobre o panorama atual da cadeia petrolífera e também gerar mais aproximação com os principais órgãos do setor”, disse o gerente do Centro Internacional de Negócios do Sistema Findes (CIN-ES), Christiano Furtado.
VERÃO PODE TRAZER NOVO SURTO DE DENGUE E ZIKA
IRREGULARIDADES
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GOVERNO CANCELA 469 MIL BENEFÍCIOS DO BOLSA FAMÍLIA O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário encontrou irregularidades em 1,136 milhão de benefícios do Bolsa Família. Do total, 469 mil foram cancelados, e 667 mil bloqueados. Os números são resultado de um pente-fino iniciado em junho, que envolveu diversas bases de dados nacionais. As anulações, que começaram no mês de novembro, terão impacto de R$ 1,024 bilhão na folha de pagamento do programa, enquanto que os bloqueios deverão gerar uma economia de R$ 1,428 bilhão, caso as irregularidades sejam confirmadas. “Se for resolvido o problema [que causou o bloqueio], as pessoas sacam de forma retroativa”, informou o secretário nacional de Renda de Cidadania, Tiago Falcão.
GUARDAS DE VILA VELHA APRENDEM JIU-JÍTSU
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SEGURANÇA
A falta de saneamento básico e de infraestrutura urbana foi apontada como uma das principais causas para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. E com a chegada do verão, é possível com que novos surtos apareçam, segundo especialistas da área de saúde que se reuniram em outubro no simpósio “The zika menace in Americas: challenges and perspectives”, realizado no Rio de Janeiro. “A gente viu um arrefecimento da doença por causa da condição do vetor, mas, agora, chegando as chuvas e as temperaturas mais elevadas, estamos alertando, a todo momento, que lidaremos com a alta do vetor e poderemos ter os mesmos casos acontecendo”, disse o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli.
A Guarda Municipal de Vila Velha está se aperfeiçoando ainda mais com a prática do jiu-jítsu. A arte marcial japonesa é mais uma ferramenta utilizada para a proteção do cidadão e do agente de segurança durante uma situação de conflito. As aulas são gratuitas e acontecem em horários de contraturno. “Além das técnicas milenares, estamos trabalhando com uma metodologia baseada na rotina de um agente da segurança pública, que inclui abordagem, colocação de algema, verbalização, dentre outras dinâmicas”, destacou o subsecretário da Guarda Municipal, Angelo Fortunato. radio.esbrasil.com.br •
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AGENDA
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14 DE JANEIRO
IVETE SANGALO E AVIÕES DO FORRÓ NA PEDREIRA, EM GUARAPARI
6 A 11 DE DEZEMBRO
27ª FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO Maior evento do segmento na América Latina, a 27ª Feira Nacional do Artesanato (FNA) vai reunir mais de 30 mil produtos provenientes de diversos estados brasileiros. Voltado para exposição do trabalho de artesãos e artistas, o encontro contará ainda com apresentações culturais de música e dança, oficinas de artesanato e cursos e palestras destinados à área de gestão. Em 2015, a 26ª edição recebeu mais de 120 mil visitantes e gerou negócios da ordem de R$ 60 milhões.
A noite de 14 de janeiro vai ser dividida entre o trio e o palco na Pedreira, em Guarapari. Para essa ocasião, o Festival de Verão prepara os shows de Ivete Sangalo, que vai se apresentar no trio elétrico e promete animar o público com grandes sucessos de sua carreira, e da banda Aviões do Forró, com os vocalistas Xand e Solange Almeida, agitando o palco na companhia de seus dançarinos.
15 A 18 DE JANEIRO DE 2017 Foto: Divulgação
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44ª FEIRA INTERNACIONAL DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO COUROMODA 2017
15 A 18 DE DEZEMBRO
FEIRA DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (FITIC) Empresas líderes em tecnologia no Brasil e no mundo estarão no São Paulo Expo demonstrando as mais recentes inovações do mercado. Na Fitic, serão oferecidas palestras e workshops, além de uma competição de startups com financiamento às melhores ideias e protótipos. A feira vai reunir 350 expositores, sendo 100 empresas focadas em B2B, 150 startups e 100 empresas B2C, com a proposta de aumentar o relacionamento entre os emprendimentos, resultando em networking com o mercado e profissionais do setor de tecnologia, contribuindo ainda para a expansão de negócios. 16
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Em São Paulo, as novidades de mais de duas mil coleções, entre as quais os lançamentos da estação outono/inverno e meia estação, serão expostas ao longo de quatro dias na Couromoda 2017. Trata-se de uma das feiras mais importantes do setor, que atrai lojistas de todo o Brasil de outros 50 países. Pela 3ª edição consecutiva, o evento também sediará a São Paulo Prêt-à-Porter - Feira Internacional de Moda, Confecções e Acessórios, firmando-se assim como uma plataforma completa de moda, com desfiles, exposições e iniciativas de atualização profissional.
Foto: Portal da Câmara
FATOS
CÂMARA APROVA REDAÇÃO FINAL DA PEC QUE LIMITA GASTOS PÚBLICOS
O
Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 26 de outubro, a redação final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um teto de gastos públicos por 20 anos. Não houve mudanças em relação ao texto-base, liberado por 325 votos a 89. Os seis destaques expostos pela oposição foram rejeitados, incluindo o último deles, apresentado pelo PT e que mais preocupava os aliados, uma vez que pretendia retirar as regras para as despesas na Saúde e na Educação. Essas duas pastas têm critérios específicos dentro da PEC: os dispêndios nessas áreas continuarão a seguir um patamar mínimo, que serão os valores previstos para 2017. No caso da Educação, são 18% da receita de impostos. Na Saúde, alcançam 15% da Receita Corrente Líquida (RCL). A partir de 2018, o mínimo em ambas passará a ser atualizado pela inflação e não estará mais vinculado à receita. O governo tem reiterado que o patamar é piso, e não teto, para as cifras consumidas nesses campos. Mas deputados anti-Planalto argumentam que não haverá preservação dos investimentos nesses dois segmentos. Na bancada capixaba, votaram sim Carlos Manato (SD), Dr. Jorge Silva (PHS), Evair de Melo (PV), Lelo Coimbra (PMDB)e Marcus Vicente (PP); contrários à PEC, manifestaram-se os petistas Givaldo Vieira e Helder Salomão, além de Sérgio Vidigal (PDT). A estimativa é de que a votação final da proposta ocorra nos dias 13 e 14 de dezembro.
EM FAVOR DA PEC Economista e consultor legislativo do Senado desde 1995, Marcos Mendes defende que, com a PEC, não será possível aprovar orçamento com despesa acima do limite de gastos, o que irá qualificar essa distribuição. “Ela não congela os gastos reais com saúde e educação, 18
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mas muda a dinâmica dessas despesas, estabelecendo que o aumento de recursos para essas áreas obriga redução de gastos reais de outras do orçamento. Quero ver quem vai ter coragem de tirar recurso da Educação e da Saúde para colocar em estádio de futebol. Essa proposta empodera as prioridades nacionais”, ressalta Mendes. O consultor complementa sua argumentação reforçando o fato de os gastos em excesso já terem levado ao acúmulo de “restos a pagar” de serviços prestados. “Há um estoque de, aproximadamente, R$ 180 bilhões dessas despesas a ser quitado. Obras são interrompidas por falta de pagamento. A qualidade e a eficiência saem pela porta dos fundos”, afirma. Ele aponta ainda que a proposta não congela a possibilidade de revisão. “Não serão 20 anos de congelamento dos gastos públicos, como dizem os críticos, e sim 10 anos de crescimento no ritmo da inflação, sendo possível rever o ritmo de avanço da despesa a cada quatro anos. Não se sustentam as previsões apocalíticas de que o gasto público vai ser jogado a zero.” “A PEC vai exigir melhoria na qualidade da destinação das verbas e impedir que a dívida pública, que hoje corresponde a 70% do PIB, fique ainda maior. O governo não pode gastar mais do que tem. Considero a PEC 241 como um ato de responsabilidade fiscal que garante a prestação dos serviços públicos necessários à população brasileira”, destaca Lelo Coimbra. “Ela vai controlar os gastos, principalmente do Judiciário, da Procuradoria, do Ministério Público e Legislativo; controlar o déficit público, sem que seja necessário aumentar impostos. Controlada a inflação, os juros caem, e o país volta a crescer”, observa Carlos Manato. Os três senadores capixabas – Magno Malta (PR), Rose de Freitas (PMDB) e Ricardo Ferraço (PSDB) – votarão a favor da emenda.
Foto: Romulo Fialdini
“Essa proposta deveria se chamar PEC da Moralização dos Gastos Públicos. Não se pode fazer com o dinheiro do país o que se bem quer, como se fosse uma ‘casa da mãe Joana’. É preciso ter responsabilidade. Com a PEC, definitivamente o Orçamento deixará de ser uma ficção e passará a ser uma realidade. Será necessário priorizar as áreas fundamentais para a população, como é o caso da Saúde e da Educação”, argumenta Ferraço.
CONTRÁRIOS À PEC Na avaliação do economista Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que participou de um debate sobre a proposta nas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a adoção da PEC 55 é o “início do fim da Constituição Cidadã de 1988”. Na sua análise, o movimento do governo Temer para conter as despesas públicas é injusto e antidemocrático. “Estão propondo redução de salário mínimo e gasto social, sem mexer em nada com os criminosos, que são os sonegadores fiscais, e com os privilegiados pela estrutura tributária regressiva. Hoje, por exemplo, grandes fortunas e lucros e dividendos de proprietários de empresas são insentos. Isso é um absurdo, surreal. Trabalhadores com renda mensal de até dois salários mínimos contribuem com 54% dos ganhos, porque o tributo é indireto; enquanto quem ganha acima de 30 salários mínimos paga 29% em impostos”, enumera. Zahluth menciona ainda como exemplo de outra fonte de recursos ao Estado, que a dívida da União, aquilo que o governo
“Essa proposta deveria se chamar PEC da Moralização dos Gastos Públicos. Não se pode fazer com o dinheiro do país o que se bem quer, como se fosse uma ‘casa da mãe Joana’” – Ricardo Ferraço, senador
pode cobrar, está em R$ 1,3 trilhão, “sendo que R$ 250 bilhões já estão prontos para serem recolhidos, mas não são cobrados por uma questão de lobby”, enfatiza. Também professor da Unicamp, o economista Guilherme Santos Mello defende da mesma forma a política de investimento público como ferramenta de promoção do crescimento de longo prazo. “Redução drástica dos serviços públicos, pressão sobre investimentos e inalteração da estrutura tributária estão entre as desvantagens da PEC”, reitera Mello.
OS PRINCIPAIS PONTOS DA PEC 55/2016
Teto de gastos
• Para o exercício de 2017: despesa primária (sem o gasto com juros) paga no exercício de 2016, incluindo os restos a pagar, corrigida em 7,2%. • Nos 19 anos posteriores, o teto será o do exercício imediatamente anterior, corrigido pela variação do IPCA para o período de 12 meses encerrado em junho do exercício anterior ao que se refere a lei orçamentária. Exemplo: em 2018, a inflação utilizada será a verificada entre julho de 2016 e junho de 2017. A PEC flexibiliza os limites por meio de compensação de gastos entre Poderes ou entre órgãos autônomos de um mesmo Poder.
O que fica fora do teto
Alterações no teto
• Transferência relativa à participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros minerais; • Repartição de receitas tributárias entre estados, municípios e Distrito Federal (DF); • Cotas estaduais e municipais da contribuição social do salário-educação; • Fundo Constitucional do DF; • Complementações do Fundeb; • Repartição do IOF-Ouro; • Transferência de impostos estaduais e municipais arrecadados pelo Simples Nacional; • Créditos extraordinários decorrentes de despesas imprevisíveis e urgentes, como de guerras, comoção interna ou calamidade pública; • Despesas com realização de eleições pela Justiça Eleitoral; • Despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes. A partir do 10º exercício de vigência do novo regime fiscal, o presidente da República poderá apresentar projeto de lei complementar para alteração do método de correção dos limites. Será admitida apenas uma alteração do método de correção dos limites por mandato presidencial.
Fonte: Senado
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O Instituto Federal (Ifes)
foi uma das 62 instituições “A proposta é inconstitucional, uma afronta de ensino ocupadas no à Constituição Federal de 1988. Nos próximos Espírito Santo 20 anos, a PEC 241 pode retirar mais de R$ 700 milhões da Saúde. E esse é apenas um dos motivos pelos quais votei contra. Os prejuízos na Educação são absurdos. O discurso é para apertar o cinto, mas novamente a conta maior é transferida para os que mais dependem dos serviços públicos”, diz Helder Salomão. “O argumento do governo em relação a não gastar mais do que arrecada é muito bom, mas na prática estamos vendo que não vai cortar na própria carne, fazer economias de cargos ou de benefícios. Está transferindo o peso do desequilíbrio financeiro para três áreas fundamentais, que são saúde, educação e A senadora peemedebista Kátia Abreu (TO) criticou seu partido assistência, realidades que já são caóticas. Mais uma vez, o povo vai pagar a conta”, adverte o deputado estadual Marcos Mansur (PSDB). por se engajar no que ela classificou de “uma política que vai tirar dinheiro de idoso e deficiente pobre”. Para ela, a PEC está “Nos próximos 20 anos, a PEC 241 pode retirar mais diminuindo a função do Congresso ao entregar para o Executivo o congelamento da Lei Orçamentária. de R$ 700 milhões saúde. O discurso é para apertar Mesmo antes da aprovação da PEC pela Câmara, a proposta o cinto, mas novamente a conta maior é transferida surtiu reações por todo o país. O movimento de alunos e professores para os que mais dependem dos serviços públicos.” de escolas e universidades públicas chegou a registrar mais de Hélder Salomão (PT), deputado federal 1.100 unidades de ensino ocupadas.
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GESTÃO
ROBERTO TEIXEIRA
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COISAS QUE VOCÊ PRECISA FAZER PARA MANTER SEU NEGÓCIO
ESPECIALISTAS APONTAM PASSOS FUNDAMENTAIS PARA DRIBLAR A CRISE E MANTER-SE NO MERCADO
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riblar a crise e manter vivo o negócio próprio é o desafio dos empreendedores no momento atual. E, para enfrentar a conjuntura desfavorável, é preciso, mais do que nunca, planejamento e dedicação. Para fidelizar o público, além da qualidade de serviços e produtos ofertados e de investimento na imagem, são necessárias diversas outras ações, como inovar constantemente, reduzir custos, avaliar o mercado, evitar endividamento e, claro, atender bem ao cliente. Diante disso, como salvar e manter seu negócio em outras áreas em época de tantas adversidades? Como é possível resguardá-lo? Momentos de crise como o que atravessamos apontam focos de ineficiência. Em contrapartida, observando em uma ótica mais positiva, podem ser uma oportunidade para avançar. Elencamos 10 medidas capazes de salvar a sua atividade para sobreviver bem nesta época de dificuldade.
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OTIMIZAR A GESTÃO
É imperativo fazer uma busca minuciosa sobre os procedimentos tanto internos quanto externos da gestão da empresa. Assim, para o diretor técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai, deve-se rever os processos adotados para otimizar resultados, mantendo um controle contínuo do desempenho de todos esses indicadores. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, acredita ser necessário que o empresário olhe para dentro do seu negócio e busque a eficiência, ou seja, fazer mais e melhor com menos. Professora da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (Fucape) e doutora em Economia, Arilda Teixeira afirma que a organização precisa, antes de tudo, sobreviver, identificando os obstáculos interiores e exteriores. Durante esse processo, frisa, é possível apontar as opções para diferenciação e/ou diversificação dos bens ou serviços que permitirão conquistar maiores participações nos mercados e fôlego para um novo ciclo de crescimento.
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IDENTIFICAR PONTOS CRÍTICOS
Como a crise está interferindo no setor no qual a empresa está inserida? Como o segmento é influenciado na região de atuação da companhia? Essas são questões a serem respondidas pelo empreendedor. É relevante tentar atacar os nichos de mercado que estão sofrendo menos com a crise, focando estratégias, produtos e/ou serviços que sejam menos sensíveis em cenários de contração de renda, de acordo com o especialista em economia Bruno Funchal. Para Arilda Teixeira, neste momento de recessão, a indústria do turismo mereceria mais atenção. “Ela certamente seria uma alternativa para puxar a retomada do crescimento. Explorar uma vantagem competitiva é sempre a solução para impulsionar o desenvolvimento. Basta trabalhar para construir as condições para o seu funcionamento perene e sustentável”, comenta.
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APROVEITAR NICHOS DE MERCADO
É preciso identificar os nichos de mercado menos impactados pela crise, como o que ocorre com o setor de cosméticos, perfumaria e higiene, aqui no Espírito Santo, lembra o economista e integrante do Conselho Regional de Economia (Corecon), Ricardo Paixão. Para se manter em níveis satisfatórios, o segmento busca parcerias com fornecedores, adota uma política de fidelização dos consumidores, realiza contínuo treinamento das equipes e valoriza a gestão da marca, investindo em campanhas publicitárias e utilizando mídias específicas e focadas na área de atuação, cita o conselheiro. De acordo com José Lino Sepulcri, da Fecomércio-ES, os momentos difíceis podem evidenciar algumas oportunidades, principalmente porque a análise e a visão do empresário ficam mais afinadas na busca de alternativas para a sobrevivência dos seus negócios.
Em períodos de juros altos, manter estoques elevados é muito caro” Bruno Funchal, professor e economista
É preciso inovar constantemente, conhecer plenamente o que se vende e investir em propaganda” José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES
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EVITAR GRANDES ESTOQUES
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MOTIVAR E VALORIZAR A EQUIPE
Bruno Funchal, que também integra a equipe de docentes da Fucape, ressalta que a quantidade de produtos armazenados também merece atenção. “Em períodos de juros altos, manter estoques elevados é muito caro.” Ricardo Paixão também concorda. Para ele, é preciso atuar em um mix de produtos e serviços, fazendo um giro de mercadorias e mantendo um estoque adequado. Segundo José Lino, o melhor é realizar promoções para diminuir o volume de mercadorias e renegociar com os fornecedores.
Manter a equipe motivada e os talentos também é uma das alternativas para o momento atual, de acordo com o especialista no assunto Marcus Magalhães, diretor da Fecomércio. Assim, o foco é ter clareza e olhar crítico em relação ao desempenho da equipe, se há excesso de funcionários e se a produtividade está satisfatória. Para o consultor em economia Luiz Marcatti, o período de crise também é oportunidade para reunir todos os agentes, refletindo sobre o desempenho comercial e os processos desenvolvidos. radio.esbrasil.com.br •
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GESTÃO BARES, RESTAURANTES E SIMILARES No Espírito Santo, os bares e restaurantes já fecharam 30% dos seus 30% 90 mil postos de trabalho. E a previsão, nada otimista do presidente do Sindicato 30 mil dos Restaurantes, Bares e postos Similares do Espírito Santo fechados (Sindbares), Wilson Calil, é de que mais demissões ocorram até o fim do ano. O dirigente dá algumas orientações especificamente para o setor se manter na crise: Adotar estratégias para reduzir custos e repassar, na menor proporção possível, a alta dos preços aos clientes. ubstituir ingredientes fora de temporada S por outros da estação. egociar com fornecedores para garantir N melhores condições de pagamento. tilizar também grupos de redes sociais U para pesquisar preços mais em conta. Fonte: Sindibares
Momentos difíceis podem evidenciar oportunidades, principalmente porque a análise e a visão do empresário ficam mais afinadas” José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES MAIORES QUEDAS NO VAREJO (COMPARAÇÃO JUNHO – 2015 E 2016, EM %)
-46,4
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Móveis
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
Fonte: IBGE
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Muitos empreendedores alegam indisponibilidade de tempo para levantar informações, analisar dados e elaborar plano de ação para o negócio” Eduardo Araujo, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon)
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EXPANDIR PARCERIAS COMERCIAIS E OPERACIONAIS
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CONTAR COM OS SERVIÇOS DE UMA CONSULTORIA
Economista e sócio-diretor de Vieira e Rosenberg Consultores Associados, Clóvis Vieira defende que é preciso expandir parcerias. Nesse aspecto, implementar novas formas de negócio é uma ação bem-vinda, assim como privilegiar a liquidez e inovar, tanto comercial como operacionalmente. Para ele, há evidências bem concretas de que o pior da crise foi superado, e os índices de confiança empresarial e de consumidores já captam esse otimismo que começa a despontar na sociedade. “A sensação que permeia o mercado é de que a inflação começa a marchar para o centro da meta e com isso o Banco Central pode iniciar o movimento de queda dos juros viabilizando assim a retomada do crescimento.”
Como é preciso identificar os gargalos e propor soluções para superar os problemas, uma consultoria especializada pode ajudar. O presidente do Corecon-ES, Eduardo Araujo, complementa que, com o aporte da consultoria, é possível avançar no conhecimento do negócio para a tomada de decisões e ampliar a participação no mercado em que atua. “Muitos empreendedores alegam indisponibilidade de tempo para levantar informações, analisar dados e elaborar plano de ação”, observa.
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MONTAR UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Para o consultor Luiz Marcatti, a redução do volume de vendas deve ser encarada como forma de estímulo para buscar novas alternativas. Reestruturar dívidas e estabelecer um planejamento financeiro também são dicas importantes para os empreendedores. É o momento de reduzir, parcelar e alongar a dívida, se for o caso, além de utilizar a eficiência da alocação de recursos para conquistar produtividade e competitividade.
É preciso privilegiar a liquidez, inovar, expandir parcerias, tanto comerciais, como operacionais” Clóvis Vieira, sócio-diretor de Vieira e Rosenberg Consultores Associados
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Números desfavoráveis não faltam, pairando um sentimento de que muitas organizaçõe irão falir se não adequar à realidade. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), com bases nos cadastros das Juntas Comerciais de todo o país, de janeiro a junho de 2015, informa que 191 mil firmas deram baixa em seus registros nesses órgãos, representando 82,3% do universo de 232 mil empreendimentos abertos no período. No Espírito Santo, de janeiro a junho deste ano, 4.315 empresas entraram em operação; no entanto, outras 2.982 resolveram encerrar seus trabalhos. Somente em junho, de acordo com a Junta Comercial capixaba, 785 foram constituídas, mas 593 acabaram sendo extintas.
BRASIL
Constituídas Fechadas
PENSAR “FORA DA CAIXA”
O presidente do Corecon faz diversas perguntas que, se forem respondidas e colocadas em prática, podem ajudar e muito os empresários nestes tempos. “Já pensou em renegociar os custos do aluguel ou dos produtos adquiridos com os fornecedores? Já considerou realizar compras conjuntas com empresas que atuam no mesmo segmento para redução de despesas de transporte? Já cogitou usar uma estratégia inusitada de promoção e divulgação do seu serviço nas redes sociais? Já avaliou utilizar alguma tecnologia para ter melhor controle de custos ou dos processos internos de sua empresa?”, questina Eduardo Araujo.
SUPERE A CRISE Para auxiliar os empreendedores, o Sebrae-ES disponibiliza, de forma gratuita, e-books com o tema “Supere a Crise”. As edições podem ser baixadas pelo endereço eletrônico www.es.sebrae.com.br. A entidade também desenvolveu as oficinas gratuitas “Vendendo em Tempos de Crise” e “Redução de Custos e Despesas na Crise”. Fonte: Sebrae-ES
NO ESPÍRITO SANTO
ESPÍRITO SANTO
232 mil
4.315
785
191 mil
2.982
593
82,3%
69,1%
75,5%
(jan-jun/2015)
(jan-jun/2016)
(jun/2016)
Fonte: Junta Comercial
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REFORÇAR O FOCO NO CLIENTE
Esta não poderia faltar. É possível reforçar a qualidade e o foco no que o cliente precisa e espera, a fim de construir uma boa relação com o mercado. Eduardo Araujo observa que a qualidade do produto sempre deve ser medida pela percepção do consumidor, primando em manter ou elevar a qualidade do serviço prestado. José Eugênio concorda no foco no bom atendimento ao público. “Tal cuidado fideliza o cliente e atrai novos. Os vendedores precisam ser educados, ter empatia e identificação com o que estão vendendo”, comenta.
O tempo é de planejar e inovar, confiando na expectativa de dias melhores. José Eugênio, superintendente do Sebrae-ES, menciona as alternativas para que os negócios no Espírito Santo sigam firmes: inovar constantemente, conhecer plenamente o que se vende, investir em propaganda, ter foco e determinação, reduzir custos, avaliar o mercado, aumentar a produtividade, buscar capacitação de forma contínua, evitar o endividamento e focar o ótimo atendimento ao cliente. É bom lembrar que, via de regra, a maior parte dos negócios que não se perderam tem grande chance de salvação. É preciso ter otimismo, mas, para isso, é fundamental fazer o dever de casa.
COLABORARAM COMO FONTES PARA ESTA MATÉRIA: superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira; diretor técnico do Sebrae, Benildo Denadai; presidente do Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri; diretor da Fecomércio Marcus Magalhães; consultor Luiz Marcatti; doutora em Economia Arilda Teixeira; professor e economista Bruno Funchal; sócio-diretor de Vieira e Rosenberg Consultores Associados, Clóvis Vieira; presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Eduardo Araujo; economista e conselheiro do Corecon Ricardo Paixão; e presidente do Sindbares, Wilson Calil.
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FATOS
VEM AÍ, RETROSPECTIVA 2016! EM DEZEMBRO, CONFIRA OS FATOS QUE IMPACTARAM O BRASIL E O ESPÍRITO SANTO
A
no do impeachment, dos Jogos Olímpicos e das eleições municipais, 2016 foi recheado de fatos marcantes. Muitos deles talvez até ficariam de fora de sua lista pessoal, mas impactaram de forma significativa as finanças e os negócios do Brasil e do Espírito Santo. E é com o propósito de elencar os mais importantes acontecimentos estaduais, nacionais e mundiais no cenário político-econômico que estamos preparando nossa tradicional edição de dezembro – Retrospectiva. O balanço das atividades desenvolvidas e uma análise dos resultados alcançados pelos diferentes setores produtivos capixabas. As causas e as consequências dos mais graves problemas ambientais enfrentados pelo Estado em 2016: o rio de lama e a seca. O envolvimento de nossa bancada política e de nossa gente nos episódios de Brasília, com destaque para o impeachment da presidente Dilma Rousseff e para a prisão do ex-presidente da Câmara, o deputado federal cassado Eduardo Cunha. Os novos representantes da sociedade nos Executivos e nos Legislativos municipais. “Já nos disseram muitas vezes que esta edição especial é um documento de consulta e referência. Ela reitera o papel da ES Brasil de registrar de maneira remissiva, e com especificidade técnica, os mais relevantes fatos para a economia e os negócios locais, diante da perspectiva global, repercutindo os efeitos em curto, médio e longo prazo na vida do capixaba. Em qualquer momento, nos próximos anos, o leitor poderá pesquisar, por exemplo, o que ocorreu em 2016 no ramo da siderurgia; vai estar lá na revista. No campo da celulose também, vai estar lá. Como se comportou a indústria local, a cultura, o turismo. Enfim, podemos dizer que a edição Restrospectiva da ES Brasil é um belíssimo raio-X de 2016”, enfatiza o diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo de ES Brasil, Mário Fernando Souza. 26
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O economista Clóvis Vieira, sócio-diretor de Vieira & Rosenberg Consultores Associados, adianta um pouco dessa avaliação deste ano de grande volatilidade nos mercados internacionais. “O início do ciclo de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos e uma crescente desconfiança de uma ruptura no crescimento da China serviram de estopim para o aumento do risco, especialmente sobre os mercados emergentes e sobre as commodities, destacando a oscilação do preço do petróleo como termômetro do pânico global. Com o motor chinês dando sinais de desgaste, levou-se a uma situação de desconfiança do potencial de crescimento mundial, impondo perdas ao redor de 30% dos minerais metálicos, de 40% do minério de ferro e de um pouco menos em relação aos grãos.” Vieira ressalta que, internamente, o nível de atividade se manteve baixo, com todos os setores produzindo para o mercado interno, triturados pelo encolhimento da demanda, com uma estimativa de fechamento do PIB em 3,5%, com o desemprego batendo em 12,0 milhões e com famílias afogando-se em dívidas. “Saímos da UTI, mas ainda continuamos em tratamento no hospital”, afirma o articulista da ES Brasil. E tem mais: 2016 foi o ano em que a lisura da mais alta Corte do Judiciário foi colocada em xeque. Por diversas vezes, o Supremo Tribunal Federal foi questionado e dividiu páginas da imprensa com elogios e críticas aos desdobramentos da Lava Jato. E nossa passagem jornalística no túnel do tempo não poderia deixar de fora os capixabas que brilharam na Rio-2016. Tudo isso estará em Retrospectiva. Para fechar o ano em grande estilo, a edição vai trazer ainda uma avaliação abalizada sobre o que esperar para 2017.
GESTÃO
FATURAMENTO
GOVERNO AMPLIA TETO DO SIMPLES NACIONAL
VITÓRIA
Foi sancionado pelo presidente Michel Temer o projeto de lei que aumenta o teto das organizações inscritas no Simples Nacional. A partir de 2018, o limite máximo de faturamento para que as microempresas possam ser enquadradas nessa categoria passará de R$ 360 mil para R$ 900 mil. Já no caso das pequenas empresas, saltou de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões, e para os microempreendedores individuais (MEIs), de R$ 60 mil para R$ 81 mil. Outra decisão que beneficia os negócios incluídos no programa se refere ao parcelamento de R$ 21 bilhões em dívidas tributárias, que deve contemplar 600 mil firmas, com possibilidade de dividir o débito em atraso em até 120 mensalidades.
A capital do Espírito Santo ficou em segundo lugar no ranking da consultoria Urban System sobre as melhores cidades do país para se fazer negócios. A lista é liderada por São Caetano do Sul, em São Paulo, o que garante a Vitória a primeira colocação entre as capitais. Em sua terceira edição, o estudo analisou 309 municípios com mais de 100 mil habitantes, que geram 71% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Foram contabilizados 28 indicadores em áreas como Desenvolvimento Social, Capital Humano, Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico.
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
MELHOR CAPITAL PARA FAZER NEGÓCIOS
TENDÊNCIAS
EVENTO ABORDA CARREIRA EM REDE
LEVANTAMENTO
CIDADES COM MAIOR RENDA MÉDIA
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Município
5º 6º 10º 12º 13º 14º 16º 17º
Vitória Brasília São Paulo Rio de Janeiro Florianópolis Belo Horizonte Porto Alegre Curitiba
Em novembro, Vitória recebeu o “Love Works – Descobrindo a carreira em rede”, laboratório prático ministrado pelo empreendedor Max Nolan, integrante da rede Cultura Hackers e fundador da Dervish, empresa gerida de forma colaborativa e em rede, sem contar com sede, CNPJ ou equipe fixa. Durante as atividades, os participantes puderam se aproximar de uma nova perspectiva sobre transição de carreira e trabalho colaborativo. O Love Works, organizado pela Futuramos, abordou conteúdos que foram desde reflexões sobre a sociedade em rede e sistemas hierárquicos a explicações sobre o modelo de carreira em rede, metodologias e processos colaborativos, incluindo atividades teóricas e práticas.
UF Renda média 2015 (R$) ES DF SP RJ SC MG RS PR
8.179,40 7.917,93 7.355,29 7.210,82 7.179,68 7.138,89 6.721,99 6.696,30
A empresa Geofusion, especializada em inteligência geográfica de mercado, divulgou um ranking com as 20 cidades brasileiras com maior renda média. Além de ser o Fonte: CNM único município capixaba presente na lista, Vitória (5º lugar) está na primeira posição entre as capitais. Confira na tabela o desempenho das capitais. NEGÓCIOS
A confiança quanto ao futuro da economia brasileira cresceu entre os micro e pequenos empresários dos setores de varejo e serviços. Em outubro, o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) atingiu 50,6 pontos, maior patamar registrado desde maio de 2015. No mesmo mês do ano passado, esse sinalizador marcou 38,7 pontos, com 31% dizendo-se confiantes com o desempenho da economia, proporção que foi de 53,2% em outubro último. 28
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CONFIANÇA MELHORA ENTRE PEQUENOS NEGÓCIOS
NAILSON DALLA BERNADINA
ECONOMIA
é diretor-executivo do Sicoob-ES
GESTÃO E OPORTUNIDADES: O FUTURO QUE QUEREMOS EM CENÁRIOS DE ADVERSIDADES, O CAMINHO MAIS PRODUCENTE A SE TOMAR É O DE IDENTIFICAR O POTENCIAL DE CADA INDIVÍDUO E TRABALHAR COM AFINCO
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as últimas duas décadas, o mundo passou por uma transformadora integração global, por reforma econômica, por modernização tecnológica e também por graves crises financeiras, que acarretaram perda de empregos e de renda. A economia brasileira, de dois anos para cá, está submersa na maior estagnação registrada em mais de um século, num contexto em que a confiança de empresários e de consumidores é tão baixa como nunca se viu antes. Alta é a taxa de desemprego, que se eleva nos diversos setores da economia. Nessa conjuntura, precisamos ter a convicção de que construir o futuro é muito diferente de esperá-lo. Portanto, mãos à obra. As incertezas no campo político e econômico geram a sensação de que será muito difícil posicionar nossa organização para competir e para alcançar os resultados projetados. Entretanto, é necessário compreender que a gestão eficaz de riscos pode capacitar a empresa para enfrentar situações adversas e também para aproveitar oportunidades de desenvolvimento. Há que se identificar o potencial que cada indivíduo ou organização tem para entregar de forma consistente seus produtos e serviços à sociedade, com valores legítimos, economicamente viáveis e ecologicamente sustentáveis.
Nos processos de planejamento estratégico, temos a obrigação de identificar as ocasiões propícias e as ameaças externas para propor projetos que levem a bons resultados. O olhar crítico para os processos internos, para as estruturas e para os pontos fortes e fracos é crucial para a melhoria de gestão. Essa ação funciona como um catalisador para os movimentos de expansão dos
É necessário compreender que a gestão eficaz de riscos pode capacitar a empresa para enfrentar situações adversas e também para aproveitar oportunidades de desenvolvimento” negócios. O fundamental nesses momentos é autoconhecer os diferenciais que poderão impulsionar a sua empresa para o caminho planejado. A probabilidade de acerto aumenta de forma exponencial quando as equipes reconhecem seus atributos e administram seus pontos que necessitam de melhoria. Os treinamentos, a preparação dos planos de
trabalho com metas específicas e alcançáveis, a comunicação interna e o estímulo ao novo são exemplos de ações que têm poder de elevar a produtividade e, consequentemente, a competitividade no mercado. Aos líderes cabe a grande missão de enxergar o hoje com os olhos no futuro. Estarão à frente aqueles abertos aos questionamentos e ao aprendizado, principalmente junto às novas gerações, que, em seu comportamento, apresentam um conceito moderno e horizontal de relacionamento e que deve ser entendido para que esses profissionais possam fazer o melhor no seu cotidiano. A paciência é uma grande virtude, principalmente em momentos como este que vivemos. Nos últimos meses, a confiança de empresários e de consumidores tem apresentado sinais de crescimento. Alguns setores começam a mostrar alguma reação, embora muito pequena. Enquanto o mercado não responde como queremos, vamos olhar para dentro de nossas estruturas e preparar os alicerces para uma grande edificação. O filósofo e escritor Mario Sergio Cortella cita, em seus livros e palestras, uma frase carregada de significado: “Não há assento marcado no futuro”. Essa falta de exclusividade pode ser um dos motivos para empreendermos e para construirmos o amanhã que almejamos.
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FATOS Foto: Randall Hill
A REAÇÃO DOS MERCADOS E DE CAPIXABAS DIANTE DA VITÓRIA DE DONALD TRUMP
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o contrário do que foi projetado por quase a totalidade das pesquisas eleitorais norte-americanas, apontando vantagem da democrata Hillary Clinton, 69 anos, o republicano Donald Trump, 70, se tornou o 45º presidente dos Estados Unidos. Em um primeiro momento, a vitória do magnata afetou de forma negativa os mercados de ações pelo mundo, entristeceu parte da população local e amedrontou estrangeiros, especialmente os ilegais. Mas seu triunfo também reacendeu a esperança dos eleitores de o país diminuir a dívida interna e retomar o crescimento. E nesse grupo, há imigrantes capixabas que defendem o discurso do novo presidente. Tanto simpatizantes de Hillary quanto de Trump compartilham de duas certezas: a qualidade do funcionamento das instituições políticas norte-americanas que impossibilitariam “insanidades” prometidas em campanha pelo vencedor; e o alto grau de patriotismo da população, capaz de reunificar a nação em um projeto de recuperação do crescimento. Mestre em Finanças, o consultor empresarial Abel Fiorot Loureiro mora em Fairfield, Connecticut, onde faz especialização em Finanças e Gestão de Investimentos, na Jack Welch College of Business. Na sua avaliação, além da tradição de democratas e republicanos se alternarem no poder, a intensidade do discurso de Trump, especialmente quanto à geração de emprego, atraiu a atenção da classe média, que visa à retomada do avanço nacional. “Diversas promessas e ameaças de campanha são inviáveis de se colocar em prática, porém, com esse discurso incendiário, ele acabou atingindo uma classe média bastante insatisfeita com a política do Obamacare, muito criticada, e com a perda de empregos. Grandes companhias americanas têm buscado instalar suas fábricas no exterior, a fim de reduzir custo, e o desemprego cresce por aqui”, resume Loureiro. 30
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O presidente eleito passou a campanha prometendo deportar 11 milhões de pessoas
Para ele, não há como definir quais medidas serão propostas por Trump e aprovadas pelo Congresso, mas uma postura mais protecionista dos Estados Unidos é tida como certa de ocorrer. “Lógico que o Trump é um sujeito bombástico, controverso, fala bastante. Mas uma coisa é o candidato, outra é o presidente”, enfatiza.
REAÇÕES Enquanto o resultado da eleição era bastante comemorado pelo lado vencedor, o impacto no mercado de ações pelo mundo apresentava-se negativo. Mas ainda maior era a insegurança dos estrangeiros que vivem nos Estados Unidos, ao menos os que lá estão de forma irregular, e mesmo de norte-americanos preocupados com o que chamam de discurso racista, machista e soberbo do bilionário. Adilson Vieira saiu de Vila Velha em 1999 e desde então mora em Visconsin, onde atua como profissional autônomo, instalando cozinhas de granito. Em 2011, conseguiu o green card, por meio de um processo de mão de obra especializada. “As expectativas não são as melhores. Para quem está ilegal, vai ficar pior. Temos de aguardar, mas creio que vai piorar”, afirma. “Aqui em Nova Iorque estamos todos com medo do que vai acontecer. Bem assustados com a possibilidade de aumentar os ataques terroristas”, relata Laís Duarte, que mora em Manhattan (NY)
“Tenho dito com muita frequência que a relação do Brasil com os Estados Unidos, assim como com os demais países, é institucional. Ou seja, de estado para estado [...] Tenho certeza de que lá as coisas irão muito bem (...) Não muda nada na relação Brasil e Estados Unidos” Michel Temer, presidente da República
há quatro meses e divide apartamento com outros brasileiros que já estão na América há mais de 15 anos. A imigração é a maior dúvida em relação ao novo governo, mas a expectativa é de endurecimento nas fronteiras. Há 17 anos morando no Texas, o empresário E.D. (que preferiu não se identificar) frisa que o discurso de deportar os ilegais, sob a alegação de “devolver” postos de emprego aos norte-americanos, em um primeiro momento pode até agradar à população local, mas causaria um desequilíbrio significativo na economia interna. “Além desses milhares de imigrantes desenvolverem tarefas que a maioria dos norte-americanos não se dispõe a fazer, eles moram, se alimentam, se vestem. E isso tudo entra em uma cadeia de consumo que movimenta a economia”, lembrou. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, mais de 1,3 milhão de brasileiros vivem nos Estados Unidos, e as estimativas são de que ao menos 730 mil não têm documentação adequada. Há 25 anos nos EUA, a empresária Renata Monteiro, casada com norte-americano, é proprietária de um spa urbano e de uma empresa de produtos de pele. “Estamos muito preocupados. Mas felizmente as instituições norte-americanas não permitem autoritarismo”, pondera. A norte-americana Joanah Boderó, que trabalha no Mount Sinai Medical Center da Flórida, ministra aulas de capoeira, convive com muitos brasileiros e pessoas de outras nacionalidades e se diz assustada. “Estamos muito tristes. Sem acreditar nessa vitória”, declarou. Por outro lado, morando lá há mais de duas décadas, o capixaba Gil Ferreira defende o posicionamento de Trump. “Alguém tem de fazer a América voltar a crescer, o que não acontece desde 2007. Este ano, por exemplo, esse percentual será de 1,4%. O segundo ponto é fazer com que o próprio povo americano tenha condição de viver com melhor qualidade, como acontecia antes. O Trump, apesar de ter falado aquele monte de besteira, não é um ditador. Aquilo foi polêmica eleitoral, agora o discurso já mudou. Ele quer trazer as empresas de volta para os Estados Unidos, porque nos últimos quatro anos elas foram a galope para a China”, argumentou. Em relação às polêmicas declarações do republicano acerca dos imigrantes, Gil entende que é preciso, sim, intensificar a atuação nas fronteiras. “Além de hoje não se ter o controle ideal de quem entra no país, o que fez aumentar muito a criminalidade, há gastos com excesso de benefícios, e aqui incluindo até mesmo os
VARIAÇÃO DO DÓLAR R$ 3,44
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R$ 3,38 R$ 3,34
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Fonte: Banco Central
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“Lógico que o Trump é um sujeito bombástico, controverso. Mas uma coisa é o candidato, outra é o presidente” Abel Fiorot Loureiro, consultor empresarial
norte-americanos que recebem seguro desemprego por até dois anos, o que está fazendo explodir a dívida interna norte-americana, hoje em US$ 17 trilhões. Está faltando emprego para os americanos”, afirma Gil Ferreira. Outro brasileiro que mora naquele país e defende as razões de Trump é Eduardo Kill. Em sua página no Facebook escreveu: “A vocês que temem o Trump, podem ter certeza que os USA acordaram, assim como o Brasil acordou, contra a corrupção. O Trump não é um ditador, ele é um americano tão patriota que resolveu se levantar contra a corrupção que está destruindo os USA. Continue se informando. A verdade venceu mais uma vez”.
AUTORIDADES Para o presidente do Brasil, Michel Temer, a eleição de Trump não interfere nas relações diplomáticas e comerciais. “Tenho dito com muita frequência que a relação do Brasil com os Estados Unidos, assim como com os demais países, é institucional. Ou seja, de estado para estado [...] Tenho certeza que lá as coisas irão muito bem (...) Não muda nada na relação Brasil e Estados Unidos”, garantiu. A mesma avaliação foi feita pelo presidente da Federação Nacional das Agências Marítimas, Waldemar Rocha Júnior. “Os Estados Unidos são um país com instituições sólidas. Tradicionalmente os republicanos costumam ter viés mais protecionista, mas não acredito em algum impacto imediato nas relações comerciais com o Brasil que possa afetar nossa pauta de comércio exterior”, apontou. Já para o governador Paulo Hartung, as propostas defendidas pelo candidato, se colocadas em prática, vão gerar turbulência em um mundo que precisa de estabilidade para crescer. “A esperança que temos está nas instituições americanas, que, particularmente, são mais sólidas e fortes que a presidência”, assinalou. Segundo Hartung, o surpreendente resultado da eleição demonstra que as mudanças tecnológicas não foram acompanhadas pelas instituições políticas, que estão defasadas. “Esses episódios devem ser levados em consideração para serem realizadas as mudanças políticas necessárias para fortalecimento da democracia.” radio.esbrasil.com.br •
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Foto: Leonardo Duarte
POLÍTICA ÁGUA
NOVA HIDRELÉTRICA NO NORTE Foto: Diego Alves
Com capacidade de gerar energia para uma cidade com, aproximadamente, 10 mil habitantes, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) da Cachoeira do Inferno será instalada pela Empresa Luz e Força Santa Maria S.A no Braço Sul do Rio São Mateus, com localização no quilômetro 47 da Rodovia São Mateus–Nova Venécia. A unidade, distante, aproximadamente, 17 km da cidade de Nova Venécia, contará com uma barragem com capacidade para armazenar 3,37 milhões de metros cúbicos de água. A previsão é de que a obra seja concluída dois anos após seu início.
PROJETO BIKE VITÓRIA CHEGA A 118 MIL VIAGENS Após seis meses, o sistema de compartilhamento de bicicletas na capital capixaba já foi usado por mais de 36,5 mil pessoas, que realizaram 118 mil viagens. E o Bike Vitória, que hoje oferece 200 bicicletas para locação, distribuídas em 20 estações de compartilhamento, como em frente à Prefeitura de Vitória, deve ser ampliado ainda este ano, atendendo pedido dos usuários. O compromisso foi assumido pelo secretário de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana, Oberacy Emmerich Junior.
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BANCADA CAPIXABA SE REÚNE COM TEMER
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PARCERIA
ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM CARIACICA SERÁ POR PPP O prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia Júnior, o Juninho, regularizou a Lei nº. 5.587, que institui o programa de parcerias público-privadas (PPP), e a primeira delas será de iluminação pública. No momento, os trabalhos encontram-se na fase de análise das propostas de manifestação de interesse (PMIs) de empresas dispostas a prestar esse serviço. Em seguida, será realizada licitação para definir qual delas será aprovada. O Executivo municipal somente poderá contratar PPP quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já firmadas não tiver excedido, no ano anterior, a 3% da receita líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 anos subsequentes, não ultrapassem 3% da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. 32
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Deputados federais e senadores da bancada capixaba se reuniram com o presidente da República, Michel Temer, para debater as pautas estruturantes e emergenciais do Espírito Santo. Na agenda oficial estiveram a concessão da BR 262 à iniciativa privada e a retomada das negociações para a implantação da ferrovia EF 118, ligando o Rio de Janeiro ao Espírito Santo. Foi ainda solicitada ao presidente a complementação de R$ 66 milhões ao ano, que representa 50% do repasse à manutenção dos hospitais estaduais Jayme dos Santos Neves, São Lucas e Central, administrados por organizações sociais. Um terceiro pedido feito a Temer foi que sejam destinados recursos ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), a fim de concluir as obras e adquirir materiais e equipamentos para os campi do Estado.
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UNIDADE CUIDAR CONTA COM APOIO DE PREFEITOS O projeto de regionalização da rede de atenção à saúde ganhou aliados e agora tem prefeitos eleitos e reeleitos mobilizados para a implantação. O novo modelo integra a atenção primária à média complexidade e à atenção ambulatorial especializada, o que, entre outras vantagens, reduz o envio de pacientes aos prontossocorros e melhora a resolutividade. As etapas seguintes do projeto Região Metropolitana da Saúde são: conclusão dos estudos de financiamento das unidades “Cuidar” de Domingos Martins e Santa Teresa, definição do modelo de cofinanciamento com os gestores municipais, e escolha do modelo de gerenciamento das estruturas, que pode ser por consórcio, a exemplo do que está sendo feito no Cuidar Norte.
MERCADO
THIAGO LOURENÇO
De modo geral, a avaliação é que as empresas do Espírito Santo estão bem assistidas em suas demandas por profissionais de gestão, conseguindo preencher seus staffs com mão de obra local
CAPIXABAS MANDANDO BEM AS EMPRESAS LOCAIS CONSEGUEM PREENCHER SEUS CARGOS DE GESTÃO COM PROFISSIONAIS FORMADOS NO ESPÍRITO SANTO? SAIBA O QUE ESPECIALISTAS RESPONDEM
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uando se trata de profissionais de gestão, as empresas do Espírito Santo estão bem assistidas em suas demandas, conseguindo preencher seus staffs com mão de obra local. De modo geral, essa é a conclusão de diversos especialistas da área. “Através de um contato contínuo com companhias e profissionais, as instituições de ensino do Estado passaram a ficar atentas às necessidades do mercado, buscando se adequar para atender organizações dos mais diversos segmentos, de acordo com suas carências”, pontua o consultor e presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC), Durval Vieira de Freitas. 34
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Embora não sirva de parâmetro para analisar a qualidade da mão de obra formada do meio acadêmico, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) ajuda a compreender a situação relatada pelo dirigente. Na última avaliação à qual o curso de Administração foi submetido, por exemplo, 40% das unidades educacionais capixabas participantes obtiveram conceitos nas duas faixas mais altas (4 e 5), sendo que Faesa, UVV, Multivix e Fucape alcançaram o nível 5. Focada no segmento de negócios, a Fucape também se destaca entre as 10 melhores do país no ranking do Índice Geral de
“Temos como metas manter o desenvolvimento da companhia, a partir da capacitação permanente dos empregados, e atender à crescente demanda de conhecimento da organização, apontado nas ações de desenvolvimento de cada área” Carlos Renato Santos Penha, gerente geral de RH da ArcelorMittal Tubarão
Focada no segmento de negócios, a Fucape se destaca entre as 10 melhores faculdades do país em ranking do Ministério da Educação
Cursos (IGC), do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o especialista em Liderança e Desenvolvimento Humano da fundação, Bruno Félix, “a formação dos profissionais está melhor do que há alguns anos”, o que tem colocado o Espírito Santo em posição privilegiada nesse campo.
nesse curso. “Houve uma mudança completa na percepção do mercado em ter uma capacitação em gestão de forma estruturada, em vez do aprendizado qu e v i n h a ap e n as d o c ot i d i ano. A mentalidade do empresariado e dos gestores de modo geral foi evoluindo, com uma busca por cursos de nível gerencial e formação em gestão empresarial, desde cursos de pós-graduação, especialização, MBA ou abertos”, acrescenta Freitas.
EMPRESAS SE PREOCUPAM MAIS COM A GESTÃO Nas últimas décadas, principalmente a partir da abertura da economia e INTERCÂMBIO DE GESTORES da criação do Plano Real nos anos Os postos de gestão nas empresas locais 1990, que resultaram na estabilização estão sendo ocupados, em sua maioria, da moeda e no fim da hiperinflação, por profissionais capixabas ou que aqui a atividade de gestão foi recebendo mais atenção por parte das empresas. “O próprio curso de “O próprio curso de Administração, que Administração, que antes possuía antes possuía a imagem errônea de que a imagem errônea de que era era relegado a quem não sabia o que fazer, experimentou um crescimento relegado a quem não sabia o substancial, além de passar a ser oferecido que fazer, experimentou um com ênfase em áreas como marketing, crescimento substancial, além finanças ou recursos humanos”, analisa de passar a ser oferecido com Vinícius Ribeiro de Freitas, associado da ênfase em áreas como marketing, Fundação Dom Cabral no Espírito Santo. finanças ou recursos humanos” Conforme informações disponibilizadas Vinícius Ribeiro de Freitas, pelo Conselho Regional de Administração associado da Fundação Dom do Estado (CRA-ES), existem no país mais Cabral no Espírito Santo de 1,5 milhão de profissionais formados
fixaram residência. O quadro de gestores da ArcelorMittal Tubarão, por exemplo, é composto por 55% de pessoas do Estado, sendo que dos demais 45%, pelo menos 38% vêm de outras partes do Sudeste. “Essa é uma discussão que vai sempre existir. Porém, vejo que o mercado está muito melhor assistido, com profissionais formados aqui no Estado, que são muito antenados e preocupados em se desenvolver, pelo menos em nível gerencial. Uma coisa muito comum é que alguns processos das empresas locais podem requerer colaboradores com experiência de fora. Por isso, o caminho natural é buscar esse funcionário em outros mercados e disseminar o conhecimento que ele possui dentro da empresa”, pondera Vinícius Freitas. Já na EDP no Espírito Santo, 95% dos cargos de liderança são preenchidos por capixabas, mas há obstáculos no processo de contratação, especialmente por competências técnicas. “Como nosso negócio é muito específico e o concorrente mais próximo tem um sistema de distribuição diferente e menor que o nosso, existe essa dificuldade. No entanto, temos um ambiente de desenvolvimento e, portanto, um alto índice de aproveitamento interno. radio.esbrasil.com.br •
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Quando há necessidade de contratação externa, temos esse desafio, e nos últimos casos tivemos que recorrer a outros estados”, salienta a diretora de Gestão de Pessoas da EDP Brasil, Fernanda Pires. Para Félix, a absorção de mão de obra proveniente de outras regiões é saudável, assim como a ida de capixabas para outros estados – inclusive mediante programas de mobilidade executados por empresas como ArcelorMittal e Vale. “O Espírito Santo está muito próximo de grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Então é natural que os cursos de MBA e mestrado daqui recebam muitos alunos de fora. Temos uma característica tanto importadora quanto exportadora de talentos.”
TALENTO CAPIXABA NA GESTÃO DA NATURA Assumir uma posição de liderança dentro de uma organização de alcance global não estava necessariamente nos planos de
“Temos como metas manter o desenvolvimento da companhia, a partir da capacitação permanente dos empregados, e atender à crescente demanda de conhecimento da organização, apontado nas ações de desenvolvimento de cada área” Carlos Renato Santos Penha, gerente-geral de RH da ArcelorMittal Tubarão
“As instituições de ensino do Estado passaram a ficar atentas às necessidades do mercado, buscando se adequar para atender empresas dos mais diversos segmentos, de acordo com suas necessidades” - Durval Vieira de Freitas, consultor e presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC)
Thaís Paoliello, mas acabou se tornando uma realidade em virtude dos rumos que sua vida profissional tomou. Após concluir a graduação em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 2009, o caminho natural seria o de atuar em redações ou empresas de assessoria de imprensa, em Vitória. Porém, seu destino foi outro depois de sua
OS PRÉ-REQUISITOS PARA SE MANTER NO MERCADO 6 dicas para continuar competitivo 1
Coloque sua capacitação em primeiro lugar
Definitivamente, esse é o diferencial fundamental e a exigência da maioria das empresas atualmente. Sem conhecimento específico da área pleiteada, dificilmente a vaga será conquistada. Sendo assim, invista na educação e aposte na boa formação acadêmica ou no bom curso técnico. 2
Entregue mais que o solicitado
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Com a concorrência acirrada, é preciso que o profissional esteja sempre pensando além, entregando mais do que é solicitado, de forma assertiva e ágil. Sabendo da grande disponibilidade de profissionais no mercado, os RHs estão interessados naqueles que preencherão de fato as necessidades da companhia. 3 Seja aberto a novidades Mais do que uma visão global sobre o negócio, os recrutadores buscam profissionais que conseguem conversar e se integrar às áreas diversas. Para isso, é preciso estar disposto a adquirir uma cultura maior, se abrir para o novo, com uma mentalidade que envolva a tudo e a todos. Fonte: Portal Administradores
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Busque atualização continuamente
Obviamente, é preciso se manter em constante atualização. Porém, hoje as empresas procuram profissionais com habilidades que estão além do conhecimento técnico. Tente procurar cursos que estão de acordo com a sua profissão. Saiba pensar com a sua própria cabeça e desenvolva autonomia. Preocupe-se com sua imagem Ter networking não basta quando o assunto é gestão da empregabilidade. Construa uma rede de relacionamentos que possa lhe indicar oportunidades, mas mantenha também uma imagem de profissional empregável. Se você for bom apenas em fazer contatos, mas não transparecer confiança, ninguém vai querer lhe indicar. 6
Seja discreto nas redes sociais
A internet conta com muitas ferramentas que ajudam a construir uma imagem de profissional empregável. Tente manter a discrição nas redes sociais. Atualmente, as empresas checam sempre os perfis nas redes sociais.
aprovação no programa de trainee da Natura, em 2011. Hoje, após cinco anos e muito investimento para incrementar o currículo, ela é gerente de branding da indústria de cosméticos, sendo responsável pela estratégia e pela conceituação da marca. Assumir funções de comando começou a ser realidade na vida de Thais desde o ambiente acadêmico, quando se tornou diretora nacional de Marketing e Comunicação da Aiesec, organização sem fins lucrativos que possibilita intercâmbios profissionais e voluntários para desenvolver a liderança em jovens de todo o mundo. “Durante a faculdade, experimentei diversas oportunidades na área da comunicação estratégica e, aos poucos, fui aprendendo sobre o marketing, conhecendo áreas afins e me interessando por coisas novas. A mudança acabou acontecendo de forma natural ao longo da minha jornada, e hoje trabalho com planejamento estratégico da marca Natura e com a conceituação de marcas e produtos”, detalha. Para atuar na área de gestão, a profissional fez diversos cursos em inovação, marketing e comunicação, além de uma especialização em Gestão de Comunicação e Marketing na USP. “O programa de trainee foi uma porta de entrada para mim na Natura e um período de muito aprendizado. Foram dois anos de programa, em que as mais diversas competências foram desenvolvidas – emocional, funcional e até mesmo espiritual. Atualmente, participo de outros dois programas, um de desenvolvimento de liderança e outro funcional de marca e marketing”, completa.
FORMAÇÃO DE LÍDERES De acordo com a pesquisa “Planejamento de Sucessão no Brasil”, realizada com 112 empresas, 61% delas declararam que não têm políticas claras de retenção dos funcionários com alto potencial para suceder as principais lideranças. “Este é um dos assuntos que estão entre os mais discutidos entre as empresas, a formação de lideranças para um trabalho de sucessão. Estou cada vez mais convicto de que a melhor opção nesse sentido é aquela que vem ‘de casa’. É você pegar as pessoas que já têm a cultura e o DNA de sua empresa e formá-las, através de um processo de liderança ligado aos valores da organização. São ferramentas, métodos, pesquisas e dados que mostram o que é um processo esquematizado, mediante um investimento constante em capacitação”, afirma Vinícius Ribeiro de Freitas, da Fundação Dom Cabral. É o caso da EDP Escelsa, que investe na formação de líderes com o desenvolvimento de iniciativas como incentivo ao curso
“Não vejo um caráter protecionista, no sentido de colocar critérios para proteger as pessoas locais. Quando se trata de mão de obra de alto nível, se alguém de fora atender o perfil, ninguém vai pensar duas vezes na hora de contratar” Bruno Félix, especialista na área de liderança e desenvolvimento humano
“Buscamos líderes éticos, alinhados aos princípios da empresa, que tenham responsabilização pelo todo, exercendo um papel protagonista na organização e podendo, assim, influenciar positivamente as equipes, pares e todo o sistema” - Fernanda Pires, diretora de Gestão de Pessoas da EDP Brasil
técnico, à graduação e à pós-graduação, além de capacitação técnica e funcional, coaching, mentoring e iniciativas vivenciais. “Internamente, formamos eletricistas para atuar em nossa rede de distribuição de energia, com um programa de formação denominado Escola de Eletricistas. Temos profissionais que cresceram na empresa e, hoje, ocupam cargos de liderança na EDP Escelsa, em sua maioria no Espírito Santo. Incentivamos a mobilidade, mas buscamos alinhar às expectativas das pessoas porque algumas preferem não sair do Estado”, diz.
PLANO DE SUCESSÃO Já a ArcelorMittal Tubarão adota a prática do Plano de Sucessão, identificando aqueles que possuem o potencial de liderança a ser desenvolvido no decorrer de suas carreiras para assumir esses cargos de comando. Trata-se ainda de uma forma de valorizar a equipe, tendo a vantagem de aproveitar perfis que já possuem o conhecimento das práticas, dos valores e da cultura da siderúrgica. “A empresa tem como objetivo oferecer conhecimento técnico sobre os processos siderúrgicos, permeando toda a cadeia de negócio e o impacto do trabalho de cada um no resultado. Também temos como metas manter o desenvolvimento da companhia, a partir da capacitação permanente dos empregados, e atender à crescente demanda de conhecimento da organização, apontado nas ações de desenvolvimento de cada área”, garante o gerente-geral de RH da ArcelorMittal Tubarão, Carlos Renato Santos Penha. De acordo com ele, os resultados do Plano de Sucessão podem ser sentidos com o espaço que funcionários do Espírito Santo vêm adquirindo dentro da empresa. “Temos registros de empregados capixabas que exercem cargos de liderança em nossas unidades sediadas em outros países, como Chile, Luxemburgo e Estados Unidos”, conclui. radio.esbrasil.com.br •
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RONALD Z CARVALHO
GESTÃO
é professor convidado da Fundação Dom Cabral, palestrante e colaborador nacional
MARKETING ANALYTICS, BRANDING E OUTROS BICHOS CUIDADO COM OS NOMES AMERICANOS DE VELHAS TÉCNICAS
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m velho conto de Machado de Assis relata a engraçada história de um pai que, para explicar ao filho o que era plebiscito, após uma consulta rápida e escondida ao dicionário, diz como se soubesse o que era: “Ora, é mais um estrangeirismo!”. Sinto-me mais ou menos assim ao explicar esses nomes de origem inglesa e bastante usados pelos americanos para se referir hoje a antigas e conhecidas técnicas de marketing cuja intenção é valorizar quem as enuncia ou as vende. Branding, por exemplo... Técnica praticada há décadas, ou até mais – há 150 anos já é adotada pela Coca-Cola, por exemplo. De quê? Ora, de construção de marca... . E com sucesso, pois é a marca de refrigerante mais valiosa do mundo e a mais admirada nos Estados Unidos. Assim também procederam Apple, McDonald’s, etc. É certo que algumas metodologias novas trouxeram mais rapidez, maior sofisticação e – principalmente – melhor controle de resultados em relação às velhas. Mas branding, me desculpem, é simplesmente a velha construção de marca que Raimar Richers ensinava em 1962 na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
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E marketing annalytics? Há pouco tempo tinha o nome de marketing com banco de dados; depois, de data base marketing (um pouco mais elegante). Agora, com Watson, tudo virou marketing annalytics. Quem é Watson? O supercomputador da IBM que vai tirar o emprego e o sono de muita gente. O maior de todos os tempos. A máquina
O essencial em marketing é a estragégia: condicionante do sucesso!”
mais rápida da história, que tem capacidade de armazenamento mais elevada do que o cérebro humano. Outro dia, um professor da Fecamp, de Campinas, falou com o Watson. Até aí, nada; converso com meu celular todos os dias. O interessante é que o computador disse a ele que estava emocionado com sua sonhada experiência
de inteligência artificial: “Professor, o senhor está emocionado? Sua voz está alterada”. Veja, não é uma cena do filme “Her”; é um acontecimento real! Que fique bem claro que houve progressos incríveis em três pontos fundamentais: primeiro, na capacidade de armazenagem dos computadores atuais; depois, na velocidade de processamento; e, finalmente, nos mecanismos de controle de resultados. Esses três pontos, por sinal, fazem parte da definição oficial do marketing annalytics. Outro dia, falando pela Fundação Dom Cabral na empresa Paschoalotto, em Bauru (SP), especializada em relacionamento com o consumidor, chegamos à conclusão de que esta companhia já usa marketing annalytics há vários anos; ou então CRM (costumer relationship manager; em português, “gerenciamento da relação com o consumidor”), que muitas empresas adotam há décadas, como as velhas “cadernetas” das antigas padarias... Tudo bem. Temos que melhorar, sofisticar, e, principalmente, usar nossas ferramentas sistêmicas, mas lembrando que, sem atitudes, sistemas não sobrevivem. Pense nisso.
Foto: Divulgação
FATOS
RIO DOCE UM ANO APÓS A CHEGADA DA LAMA
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m ano após o rompimento da barragem de Fundão, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), de propriedade da mineradora Samarco, milhões de metros cúbicos (m³) da lama continuam espalhados por toda a extensão do Rio Doce, a água permanece imprópria para consumo, a pesca, proibida, e as indenizações seguem na fila de espera, sem nenhuma multa paga até agora. No dia 5 de novembro do ano passado, o Brasil parou para acompanhar as notícias daquele que seria o maior desastre ambiental com barragens do mundo nos últimos 100 anos, com volume de rejeitos despejados na natureza superior a 40 milhões de m³. Os institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação SOS Mata Atlântica, que integram a lista de responsáveis por monitorar os diversos impactos desse vazamento, são unânimes em afirmar que muitas ações vêm sendo desenvolvidas desde o dia do acidente, tanto pela Samarco, quanto por órgãos do governo, mas admitem que os resultados ainda estão aquém dos necessários ao meio ambiente, e o período de chuvas pode piorar a situação. Na avaliação do superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belisário Campos, não há nada a se comemorar. “Muita coisa tem sido feita, mas as ações deveriam ter a mesma escala do desastre”, destaca. Ele explica que há atraso nas obras da barragem de Candongas, da Hidrelétrica Risoleta Neves. “Já foram dragados mais de 500 mil m³ e essa retirada de rejeitos diminui os riscos de instabilidade. Mas estamos ainda na fase emergencial - na qual o volume de sedimentos a ser dragado é de 1,3 milhão de m³ -, que esperávamos ter sido concluída em dezembro de 2016. Contudo, a previsão agora é para até julho do ano que vem. A barragem hoje está estável, mas representa uma preocupação o período chuvoso, diante da possibilidade de acúmulo de sedimentos novamente”, alerta o superintendente. 40
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Água do Rio Doce continua imprópria para consumo em 14 pontos, dos 17 verificados
Em julho deste ano, o ICMBio, que coordena atividades de monitoramento de três unidades de conservação (UCs), aplicou três multas, no valor total de R$ 143 milhões, à Samarco, por impactos causados nas áreas protegidas. O instituto reitera que a principal medida a ser feita é a contenção total dos rejeitos. “O prejuízo registrado até hoje pode se ampliar e se intensificar, caso novas ondas de rejeitos sejam lançadas das barragens da empresa no Rio Gualaxo, afluente do Rio Doce, ou remobilizadas das margens e, principalmente, se o grande volume retido na barragem de Candongas vier a ser liberado para o rio. E, considerando as previsões de grande intensidade de chuvas na região da bacia do Rio Doce, como apresentadas pelas agências especializadas, esse risco torna-se ainda maior, bem como a relevância das medidas de contenção citadas”, pondera João Carlos Thomé (Joca), coordenador do Centro Tamar. Na foz do Rio Doce, a pesca está proibida desde o dia 21 de novembro de 2015, quando a lama atingiu o local, por recomendação da ICMBio. Em setembro deste ano, o Ibama havia apreendido 18 barcos, 17 estavam em fase de identificação; 17 autuações foram feitas. “Depois de um ano, continua do mesmo jeito. Cada vez piora. Não tem ninguém pescando, não tem laudo nenhum falando sobre isso. Acabou. A população tem na consciência que o peixe está contaminado, você não consegue vender”, reclama Cláudio Márcio, presidente da Colônia de Pescadores Z12, em Baixo Guandu. Segundo o Comitê da Bacia do Rio Doce (CBH-Doce), existe chance de recuperação em longo prazo. Apesar de a calha do rio
“Muita coisa tem sido feita, mas as ações deveriam ter a mesma escala do desastre” Marcelo Belisário Campos, superintendente do Ibama em Minas Gerais
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Quatros horas de chuva causaram alagamentos em diversos bairros de Colatina no dia 24 de novembro
ter sido atingida pela lama, seus afluentes podem ser fundamentais para que a Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que tem 83.400 km² de extensão, viva. Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, avalia que a celeridade das ações não tem sido satisfatória ao meio ambiente e também enfatiza a importância de se retirar a lama acumulada. “Para se iniciar o plano de recuperação ambiental que envolve a restauração florestal e a descontaminação do solo de toda a área que garante o abastecimento da bacia, é necessário que não haja mais lançamento e ou deslocamento de rejeitos em toda a região do Alto Rio Doce. E nesse período de muita chuva, a probabilidade de isso ocorrer é real”, explica. INTERVENÇÕES REALIZADAS Semeadura
71%
Bioengenharia
47% 38%
Obras de drenagem Obras de contenção
47% 56%
Retaludamento Reconformação das linhas de drenagem
Conservação do solo
29%
Refeiçoamento do terreno Cercamento Fonte: Ibama
47%
52% 68%
O Ministério Público Federal (MPF) faz severas críticas à forma como a Samarco, a Vale e a BHP conduzem o caso. Segundo Jorge Munhoz, procurador da República no Espírito Santo, nem as questões emergenciais foram resolvidas. “Até hoje, as empresas e o poder público não deram resposta para questões emergenciais. A situação é realmente muito insatisfatória”, afirma Munhoz.
A CHUVA CHEGOU COM TUDO A população de Colatina, um dos municípios capixabas cortados pelo Rio Doce, que já vinha sofrendo com a seca e passou o ano de 2016 fortemente afetada pela chegada da lama, agora precisa enfrentar os prejuízos com as fortes chuvas. Entre os dias 20 e 24 de novembro (data de fechamento desta edição), as chuvas que atingiram a “Princesinha do Norte”, acompanhadas de vendavais e granizo, deixaram alguns bairros completamente tomados pela água barrenta. Além de árvores derrubadas, a Defesa Civil registrou muro quebrado, telhado de escola arrancado pelo vento e Corpo de Bombeiros impedido de sair para atuar em um dos dias, pois as ruas ao redor ficaram completamente alagadas. O córrego São Silvano transbordou, e algumas vias pareciam pequenos rios em meio à cidade, com correnteza barrenta. O supermercado Oba foi tomado pelo lamaçal e amargou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão. Na manhã do dia 24, em apenas quatro horas, choveu 61 mm. O engenheiro florestal do Incaper Cesar Carvalho explicou que, apesar de o período ser de chuva, o fator preocupante está na quantidade de água em um pequeno intervalo de tempo. “O esperado para novembro era de 250 ml, mas tranquilamente vamos passar de 300 ml. A chuva está só começando e o que nos preocupa é que o solo está impermeabilizado e na área urbana temos uma ocupação desordenada”, comentou. radio.esbrasil.com.br •
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Foto: NFT Alliance.com
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AGRO
CAPACITAÇÃO CARNE BOVINA
INCENTIVO ÀS EXPORTAÇÕES AO MUNDO ÁRABE As vendas brasileiras de carne bovina para o mundo árabe, que de janeiro a setembro de 2016 somaram US$ 1,076 bilhão, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), vão receber um incentivo de crescimento nos próximos anos. Isso porque a instituição fechou um termo de cooperação com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCABB) que prevê uma série de ações a serem desenvolvidas, como a colaboração em eventos promocionais e a defesa de interesses do setor. O principal mercado da região para o Brasil é o Egito, que nos três primeiros trimestres de 2016 importou US$ 506,6 milhões. DESENVOLVIMENTO
INCAPER CELEBRA 60 ANOS DE ATUAÇÃO No dia 16 de novembro, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) celebrou 60 anos de uma história marcada pela contribuição significativa ao desenvolvimento da agropecuária no Espírito Santo. A instituição divulgou números sobre os resultados que gera para a coletividade. Em 2015, foram atendidos mais de 68,3 mil agricultores pela entidade, que está presente com bases físicas em todos os 78 municípios capixabas. De acordo com o Balanço Social de 2014 da organização, seu impacto naquele ano foi de R$ 1,34 bilhão, sendo que a cada R$ 1 investido no Incaper, a sociedade capixaba obtém um retorno de R$ 12,34. EVENTO
VITÓRIA SEDIA 8º MARCHADOR FEST
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Criação de animais, agricultura, empreendedorismo, gestão do agronegócio e cultivo de alimentos. Essas são algumas das áreas abrangidas pelas capacitações oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES), instituição ligada à Federação da Agricultura do Estado (Faes). Em outubro, por exemplo, os produtores rurais puderam escolher entre 140 atividades, com mais de 1.800 vagas em todo o Estado, voltadas para quem deseja aperfeiçoar o conhecimento no campo. A agenda completa dos treinamentos e informações complementares podem ser acessadas no site www.faes.org.br.
QUALIDADE
CAFÉS CAPIXABAS SE DESTACAM EM PREMIAÇÃO Grãos capixabas se destacaram na premiação Cup of Excellence – Brazil 2016, principal concurso de qualidade para café no mundo, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence. Luciano Dutra Pimenta, que cultiva café arábica em Afonso Cláudio, ficou em 13º lugar na categoria “Pulped Natural”, com a nota 87,53. Já Vanilto Grunewaldt, de Itarana, alcançou a nota 85,26 e ficou listado como um dos ganhadores “National Winners”, na categoria “Pulped Natural”. O Cup of Excellence tem o objetivo de promover comercialmente os cafés brasileiros no mercado externo. Foto: Divulgação
Foto: Julio Oliveira
No mês de novembro, entre os dias 13 e 19, Vitória foi a capital da raça de cavalos mangalarga marchador, quando sediou o 8º Marchador Fest. Promovido no estacionamento do Shopping Vitória pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Manga-Larga Marchador (ABCCMM), o evento teve o objetivo de premiar criadores, colaboradores e personalidades que contribuem para a divulgação e expansão da raça. A programação contou com a realização do Campeonato Brasileiro de Marcha Batida, a 9ª Exposição do Criador e a 26ª Exposição Estadual do Manga-Larga Marchador, além de leilões de embriões e animais.
CURSOS QUALIFICAM MÃO DE OBRA PARA O CAMPO
INFORME PUBLICITÁRIO
LANÇAMENTO NA MATA DA PRAIA GALWAN INICIA ADESÃO DE CONDÔMINOS AO SOLAR MATA DA PRAIA, LANÇAMENTO DA CONSTRUTORA NA QUADRA DO MAR
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Galwan está chegando à Mata da Praia, um dos bairros mais valorizados e tranquilos para se viver em Vitória. O Solar Mata da Praia será construído no regime de condomínio fechado com obra por administração a preço de custo. O grupo de condôminos se encontra em formação. Na quadra da praia, o empreendimento vai ocupar uma área de 8.439,56 metros quadrados com muito lazer: salão de festas adulto e infantil, salão de jogos, fitness, brinquedoteca, sala de repouso, sauna a vapor, piscinas adulto e infantil, quadra recreativa, playground e churrasqueira. Todos os itens serão entregues equipados e decorados. A Galwan foi a primeira construtora do Estado a apostar no lazer diferenciado dos empreendimentos, sendo hoje uma referência no quesito.
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EDIFÍCIO SOLAR MATA DA PRAIA Apartamentos de três e quatro quartos, de até 158 metros quadrados, com até três suítes e até quatro vagas de garagem, com opção de compra de mais vagas. •L ocalização: Av. Comandante Álvaro Martins, Mata da Praia – Vitória. •L azer: completo com salão de festas adulto e infantil, salão de jogos, fitness, brinquedoteca, sala de repouso, sauna a vapor, piscinas adulto e infantil, quadra recreativa, playground e churrasqueira. •R ealização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A • I nformações e vendas: (27) 3200-4004.
Segundo o gerente comercial da Galwan, Jean Setubal, o empreendimento será estruturado nos mesmos moldes do Residencial Jardins, localizado em Jardim Camburi e conhecido pela qualidade e variedade de opções de lazer. “Estamos investindo em um empreendimento completo, do tipo clube, que vai atender a toda a família e dar uma tranquilidade a mais aos pais que querem criar seus filhos com lazer e segurança”, destacou. Situado na avenida Comandante Álvaro Martins, o complexo vai abrigar quatro torres com apartamentos de três e quatro quartos, que variam de 96 a 158 metros quadrados e podem ter até três suítes. Serão mais de 700 vagas de garagem no total, sendo até quatro por apartamento. O diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro, explica que o empreendimento será construído com o padrão de qualidade diferenciado proposto pela empresa. “Quando vamos construir, nos colocamos no lugar dos moradores e pensamos o que gostaríamos de ter ali. A Galwan constrói pensando em toda a família”, conta.
CRÔNICA
QUESTÃO DE GOSTO Há um antigo adágio popular que diz assim: “Moça e fita não há feia nem bonita”. Quer dizer que o que é do agrado de um pode não ser do agrado do outro. O mundo foi feito assim, graças a Deus. É bem verdade que, às vezes, os gostos coincidem a respeito de um mesmo homem ou de uma mesma mulher, mas isso sempre dá uma confusão... que é melhor deixar este assunto pra lá. Pois bem, toda esta conversa fiada é apenas um preâmbulo para falar sobre um par de tênis. Passa por mim, no calçadão da praia, um cidadão calçando um par de tênis amarelo gema de ovo. Ovo de galinha caipira! Você não está entendendo. Não eram meros detalhes nessa cor. Era um 42 ou 43 todinho nesse tom. Eu me perguntei então quais as razões que levariam uma pessoa a fazer tal escolha. Comecei a tecer conjeturas, a dar asas à imaginação, e quando me dei conta já “estava” dentro de uma loja de calçados “assistindo” à tal compra. Em pensamento observo um cara, ali, interessado em adquirir um par de tênis. A vendedora solícita “lhe traz” vários pares e, persuasiva, vai tecendo comentários a respeito de cada par: “Veja este cinza. Assenta com qualquer tom de bermuda. Que tal este azul claro? Também tem uma cor muito boa, discreta. Olhe este begezinho, não é uma graça?”. Debalde os esforços da mocinha. O cidadão se mantém indiferente, com a fisionomia inalterada. Sentindo que a comissão que poderia ganhar estava prestes a ir por água abaixo, arrisca: “Mostra” (sem muito entusiasmo) o tênis cor de gema de ovo. Surpreendentemente, o rosto do homem se ilumina. É exatamente o que ele quer. Continuando a divagar, a fantasiar; avento hipóteses para justificar a escolha:
Seguindo o padrão de projetos da empresa, todos os cômodos dos apartamentos serão entregues com rebaixamento em gesso, previsão para instalação de ar-refrigerado do tipo slipt, bancadas em granito, medidor individual de água e gás por apartamento e caixa de descarga ecologicamente “A Galwan constrói pensando em toda correta. a família” -José Luís Galvêas Loureiro, Além disso, os edifícios Diretor-presidente da Galwan contarão com fachada moderna, revestida em cerâmica, e varandas com peitoril de alumínio e vidro laminado. Os pisos dos quartos serão entregues em porcelanato, com opção de laminado de madeira; e os das salas e das varandas, em porcelanato.
Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com 1 - O nosso interessado na compra é um indivíduo desinibido que adora cores extravagantes; 2 - Pode ser por força de algum trabalho. De repente, nosso herói atua em algum setor onde tenha que ser encontrado rapidamente, em questões de minutos. Esse par de tênis possibilitaria isso, mesmo em meio a uma densa multidão. Bom, não sendo pelas duas questões expostas, poderia ser ainda por um outro motivo: questão de estética. Questão de estética? Como assim? Eu explico: o indivíduo em foco está muito acima do peso desejado e quer disfarçar sua adiposidade abdominal. Nesse caso, nada melhor que esse par de tênis de cor berrante, pois quem passar pelo cidadão só terá olhos para seus pés. Por mais “fora de forma” que a pessoa esteja, é só colocá-los e pronto! Estará livre para usar roupas sumárias, sem correr o risco de atrair olhares indiscretos sobre a protuberante barriga ou qualquer flacidez indesejada. Deixo de lado a fantasia, o devaneio, para dizer que vi esses pés coloridos uma única vez, o que é lamentável, pois naquela manhã nebulosa, fria, com o calçadão cheio de pés insossos, aquele par de tênis fez a diferença, enchendo de cor, de graça, e aquecendo como um raio de sol aquele dia insípido, cinzento e embruscado. Ah! Que bom que existam os que tornam a vida mais bonita, mais prazerosa. Os que fazem a diferença! Palmas para Mozart, Pelé, Jorge Amado, Da Vinci, Luis Fernando Veríssimo e o tênis cor de gema de ovo. Ovo de galinha caipira!!!
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FATOS
Foto: Divulgação
O urologista Carlos Chagas destaca que a idade recomendada para iniciar os exames é 50 anos. Mas quem tem ocorrências na família é 45 anos.
A IMPORTÂNCIA DO EXAME DE PRÓSTATA
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câncer de próstata é o segundo tipo da doença mais comum entre a população masculina no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pele. É também o mais curável, desde que descoberto no início. Por isso, apesar da alta incidência, as chances de vencer o tumor chegam a 90%, um grande alento para quem sofre do mal, que registrará 61,2 mil novos casos no país até o fim deste ano, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, apesar das estatísticas, muitos homens ainda têm receio ou preconceito de se submeter a exames clínicos. Isso faz com que procurem ajuda médica quando o tumor já está em estado mais adiantado, o que prejudica o tratamento. Foto: Julia Terayama
“Chega a 90% de chance de cura. Mas, se a doença progredir muito até o diagnóstico, essa possibilidade cai para 10%” Pérsio Freitas, rádio-oncologista.
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O urologista Carlos Chagas, do Hospital Metropolitano, destaca que o desenvolvimento do câncer de próstata é silencioso. Por essa razão, enfatiza, não se deve esperar que os sintomas surjam para procurar ajuda. “Faça os exames. O de sangue verifica a taxa de PSA (antígeno prostático específico), que é uma substância produzida pelas células prostáticas. E para complementar, é preciso fazer o exame físico, que inclui o toque retal, a fim de avaliar a consistência da próstata, o seu tamanho e possíveis lesões palpáveis na glândula”, explica. A idade recomendada para iniciar os procedimentos é a partir dos 50 anos. Mas quem tem ocorrências da doença em parentes de primeiro grau, como pai ou irmão, deve começar a prevenção aos 45. “Esses episódios os tornam de três a 10 vezes mais propensos à doença”, esclarece Chagas. O rádio-oncologista Pérsio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), observa que, entre todos os tipos de câncer, o de próstata é o mais curável que existe no homem, desde que detectado no princípio. “Chega a 90% de chance de cura. Mas, se a doença progredir muito até o diagnóstico, essa chance pode cair para 10%”, alerta. E a campanha Novembro Azul foi criada para levar informação e reduzir os números de mortes por causa da doença. Instituições capixabas promoveram atividades durante o mês. Entre elas, a Secretaria de Saúde de Vila Velha. Três terminais de ônibus do município receberam ações de conscientização sobre saúde masculina: São Torquato (dia 8), Vila Velha (dia 9) e Itaparica (dia 10). Foram realizados serviços de aferição de pressão arterial e testes rápidos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), orientação a respeito do câncer de próstata e prevenção do diabetes.
Fotos: Banco de Imagens ATPA
FATOS
Pedra do Lagarto, unida à Pedra Azul, forma uma das mais curiosas formações geológicas do país
TURISMO QUE SE DESTACA EM MEIO À CRISE ECONÔMICA
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epleta de belezas naturais, a região de Pedra Azul, em Domingos Martins, continua sendo um dos destinos preferidos dos visitantes, que mesmo diante da crise econômica não abrem mão do clima agradável das montanhas. Estimativas da Associação Turística de Pedra Azul e Região (ATPA) apontam para uma circulação de aproximadamente 25 mil pessoas por mês, que buscam conhecer um pouco mais os encantos desse paraíso. “As pessoas continuam viajando mesmo em tempos de recessão, e o interessante é que aqui em Pedra Azul nós temos diferenciais que chamam a atenção do público, como a tranquilidade, a segurança e o contato com o meio ambiente. Isso sem contar com o clima, que é sempre muito agradável o ano todo. Só na Casa do Turista passam por mês de 4 mil a 5 mil pessoas em busca de informações sobre opções de lazer, hospedagem e gastronomia”, disse Jorge Uliana, presidente da ATPA. Cada vez mais consolidada como um importante destino não só do Espírito Santo, mas também do Brasil, Pedra Azul oferece opções de lazer para todos os gostos, seja para aqueles que buscam programas mais tranquilos, seja para quem gosta de praticar um esporte radical. A gastronomia de alto padrão também se destaca, com pratos deliciosos das cozinhas italiana, portuguesa, alemã, francesa, orgânica e exótica, além dos quitutes regionais.
SOBRE A ATPA Fundada em 20 de setembro de 2001, a Associação Turística de Pedra Azul e Região completou 15 anos em 2016. Contando com quase 60 associados que ofertam o que há de melhor em hospedagem, gastronomia, agroturismo, aventura e diversão em Pedra Azul, Venda Nova do Imigrante e região, a ATPA também possui parcerias importantes com o Governo do Estado, o Sebrae e o Senac para capacitar cada vez mais a mão de obra local.
Cavalgadas por trilhas fazem parte dos roteiros de lazer da região
Mas para que a área continue recebendo um grande número de visitantes, Jorge Uliana ressalta a importância dos investimentos. “A iniciativa privada tem feito algumas coisas nesse sentido, o que ajuda a fortalecer ainda mais o turismo, mas ainda existem certos pontos que precisam ser mudados, como a duplicação da BR-262. Como boa parte dos nossos turistas vem da Grande Vitória, muitos acabam saindo mais cedo daqui para não pegarem trânsito, o que querendo ou não influencia negativamente, pois eles deixam de consumir nos estabelecimentos para voltar antes para casa”, acrescenta. De acordo com a ATPA, aproximadamente 10 restaurantes foram abertos nos últimos três meses. A rede hoteleira também foi fortalecida com a inauguração do Bristol Vista Azul e a ampliação da Pousada dos Pinhos e do Parque do China. “A região sempre está em busca de melhorias, e quem acaba ganhando são os moradores e os turistas. Mesmo com a crise, estamos com uma expectativa muito boa para o final do ano. Quem resolver passar uns dias em Pedra Azul com certeza não irá se arrepender”, finaliza. radio.esbrasil.com.br •
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PANORÂMICAS AÇÃO PARA MUDAR EDITAL Parceria do Editor Fotos: Divulgação
O Conselho Regional de Economia do Espírito Santo impetrou uma ação civil pública para garantir o direito de participação de economistas em vaga para professor no concurso público nº 03/2016 do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). A medida foi adotada após profissionais solicitarem a interveniência do Conselho na alteração do edital. O posto de trabalho requer mestrado ou doutorado em Economia na inscrição, porém, restringe a presença de graduados em Ciências Econômicas. O julgamento do processo deve ocorrer após a manifestação do Ifes.
FORÇA FEMININA
PALESTRA
PALESTRA EM SANTA LEOPOLDINA A EEEFM Alice Holzmeister, em Santa Leopoldina, recebeu, no dia 8 de novembro, o projeto “Corecon-ES nas Escolas”. O conselheiro Ricardo Paixão ministrou a palestra “Desvendando a profissão de Economista”. Durante a apresentação, os estudantes tiveram a chance de interagir e esclarecer suas dúvidas e curiosidades sobre o assunto. O projeto foi criado em abril deste ano e já contemplou diversas unidades de ensino públicas e particulares do Estado.
Eleita no final de outubro, a chapa Avança Corecon-ES conta com uma integrante que chega para reforçar a ala feminina do Conselho Regional de Economia do ES: a economista Silvia Varejão. A nova componente é conselheira suplente e acredita que a diversificação ajuda a somar forças. “Nosso Conselho está bem representativo, com profissionais de ambos os sexos e diferentes faixas etárias. E todos dão o seu melhor, contribuindo para o desenvolvimento do Corecon-ES, que vem ganhando cada vez mais visibilidade e reconhecimento pela sua atuação”, afirmou Silvia.
Fotos: Divulgação
ECONOMIA
EFEITO TRUMP NA ECONOMIA A vitória de Donald Trump na corrida pela Presidência dos Estados Unidos provocou reações pelo mundo. Na avaliação do presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo, o “efeito Trump” para a economia deve ser visto por três aspectos: volatilidade dos mercados; provável acomodação destes, com redução de incertezas no longo prazo; e real ameaça para o comércio internacional, com risco de queda de 2% no PIB mundial em 2017, caso se mantenham as propostas protecionistas. “O último ponto merece atenção, pois pode colocar em risco as chances de retomada do crescimento econômico brasileiro em 2017”, analisou. 48
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PROJETO DE LEI O Senado está fazendo uma consulta pública que estabelece a participação popular na tramitação das proposições legislativas na Casa. Uma delas é a PLS 658/2007, que altera a Lei nº 1.411 e atualiza a regulamentação do exercício da profissão de economista. Para participar, basta acessar o portal e votar “sim” ao projeto de lei. O endereço é https://goo.gl/uyS0uh. “Esse projeto moderniza nossa profissão; estamos tentando aprová-lo desde 2007. Precisamos que os economistas votem sim para alcançarmos mais esse avanço”, ressaltou o presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo.
Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
HENRIQUE ALVES DE CERQUEIRA LIMA
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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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ais do que muitos capixabas que ganharam destaque nos anais entre os nossos mais eminentes homens públicos, o médico Henrique Alves de Cerqueira Lima, que nasceu na Bahia, no dia 2 de setembro de 1850, prestou ao Espírito Santo a colaboração da sua invejável cultura para a concretização de importantes iniciativas governamentais e legislativas. Filho do doutor João Cerqueira Lima e da senhora Firmina Lemos de Cerqueira Lima, ele se formou em 15 de dezembro de 1875 como o 886º bacharel pela Faculdade de Medicina da Bahia, mas foi em terras capixabas que se realizou como cidadão e como homem público. A Escola Municipal de Ensino Fundamental de Jardim América, em Cariacica, recebeu o seu nome, onde se registrou também ter sido eleito deputado esbrasil •
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estadual, vice-governador do Estado, primeiro diretor da Escola Normal e do Ginásio Espírito-Santense (hoje Colégio Estadual), professor de vários estabelecimentos, entre eles do Ateneu. No campo específico de sua formação acadêmica, foi médico da Polícia, do Exército e da Prefeitura Municipal de Vitória. Figura em documento levantado seu desempenho como vereador e presidente da Câmara e diretor do Arquivo Público Estadual e a Biblioteca Pública Estadual. Elegeu-se duas vezes deputado estadual no período republicano, na primeira legislatura (1892-1894) e também na segunda (1895 -1897). Henrique Alves substituiu interinamente o senhor Pessanha Póvoa como diretor da Instrução Pública, conforme Resolução nº 21, de 8 de fevereiro de 18961, cargo por ele ocupado em várias outras ocasiões,
No centro de Vitória, o nome da rua é uma homenagem àquele que, entre dezenas de diferentes funções, governou o Espírito Santo de junho de 1928 a outubro de 1930
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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Nº 4137. 16 de fevereiro de 1896. 2 APOPLEXIA ou acidente vascular cerebral é uma infecção cerebral que surge inesperadamente, acompanhada da privação do uso de sentidos e/ou da suspensão dos movimentos. 1
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em 1896, 1905 e 1908, sempre na condição provisória. Foi o primeiro diretor do Ginásio Espírito-Santense (10 de março de 1908), cujas aulas tiveram início em 11 de abril de 1908. Também foi o primeiro diretor do Arquivo Público, nomeado em fevereiro Henrique Alves de 1909. Substituiu o governador de Cerqueira Lima Dr. José de Mello Carvalho Moniz Freire, em 11 de julho 1904, eleito que fora, em 23 de maio de 1900, seu vice-presidente. Atuou, ainda, como vice-governador no mandato de Jerônimo de Souza Monteiro (1908-1910), eleito com 7.745 votos, derrotando os senhores Joaquim Lírio (6.227 votos) e José Coelho dos Santos (5.746).
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Participe da coluna enviando sugestões para enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br
Organizador, Alves foi diretor do Instituto do Bem-Estar Social (Ibes), em 1932. Esse grande baiano, que se tornou capixaba por opção e aqui se realizou como pessoa e como profissional, faleceu em Vitória, aos 78 anos de idade, no dia 7 de janeiro de 1928, em sua residência, na Ladeira da Matriz, nº 9, vitimado por “apoplexia cerebral2”, segundo atestado de óbito assinado pelo Dr. Larl B. Schröder. Seu corpo foi sepultado no Cemitério do S. S. Sacramento. (Copidesque: Rubens Pontes). Mais fotos e vídeos na galeria do site: www.esbrasil.com.br/oenderecodahistoria
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AONDE IR
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TODOS OS CAMINHOS LEVAM AO CENTRO GASTRONOMIA
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rincipal destino de quem procurava cultura e entretenimento nas décadas de 1970 e 1980, o Centro de Vitória passou algum tempo esquecido em razão da falta de investimentos públicos e também da insegurança que rondava seus visitantes. Entretanto, esse cenário está cada vez mais no passado. Além de contar com importantes pontos turísticos – como a Catedral Metropolitana e o Parque Gruta da Onça –, a região abriga museus, bares, restaurantes, teatros e galerias que estão fazendo o capixaba redescobrir esse charmoso canto da cidade. Para os que gostam de apreciar bons espetáculos, há dois teatros na área: o Carlos Gomes, um dos mais tradicionais do Estado, e o Centro Cultural Sesc Glória. Para ficar por dentro de toda a programação desses espaços, acompanhe as fanpages no Facebook, que são regularmente atualizadas. Já os amantes de artes visuais
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e plásticas têm à disposição as exposições da Galeria Homero Massena, situada no nº 99 da Rua Pedro Palácios, e o Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), na Avenida Jerônimo Monteiro, nº 631. E a diversão está garantida pelo farto número de bares e boteco. Nesse quesito, a Rua Sete de Setembro é a mais conhecida. É lá que está o bar Bimbo. Outro lugar de concentração do público é a Rua Gama Rosa, que tem a Casa de Bamba, o Doca 183 e o Grappino Rango Bar. Para o entretenimento noturno, uma das novidades é o Terraço do Rosário, na Rua Barão de Itapemirim, bem ao lado do Teatro Carlos Gomes. Há ainda a Burlesqueria, na Escadaria do Rosário, com atrações culturais e ainda “rocks” mais alternativos. Na Sete de Setembro, encontra-se também a Casa da Stael, espaço aberto para que artistas capixabas possam expor suas criações, entre as quais pinturas, mostras fotográficas, peças de artesanato e roupas. E mais: não deixe de conhecer o Bar da Zilda, cujo endereço é o nº 30 da Rua Maria Saraiva. O estabelecimento ficou conhecido por receber Edson Papo Furado, ao violão, uma diversas atrações, como lenda ao lado dos companheiros no Centro de Vitória as apresentações do grupo Regional da Nair.
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A MPB, o chorinho e o samba são reverenciados na Casa de Bamba, na região central da capital capixaba. Na programação, shows com ritmos bem brasileiros e, no cardápio, uma variedade de comidas e bebidas. O menu é composto por petiscos que homenageiam monumentos e ruas de Vitória, como o Gama Rosa (frango, palmito, queijos, molho pesto ou de mostarda) e o Teatro Glória (muçarela, tomate, manjericão e catupiry). Outros destaques são a costelinha de porco com aipim, o fricassé de frango com gergelim ao molho agridoce e a coxinha da asa frita ao molho de laranja. O local vende ainda drinques e caipirinhas de frutas e possui uma carta com cervejas de várias partes do mundo.
COMO CHEGAR Rua Gama Rosa, nº 154 – Centro de Vitória Horários de funcionamento: Segunda - sexta: 11h às 14h Terça - sexta: 18h às 1h Sábado - 19h às 1h 2º domingo do mês - Samba & Feijoada, das 12h às 18h Contato: (27) 3222-3074 Av. Fernando Ferrari Ponte da Passagem
Vitória-ES 2ª Ponte
Ponte Florentino Avidos
Av. Dante Michelini
Av. Nossa Senhora da Penha Av. Vitoria Av. Nossa Senhora dos Navegantes
3ª Ponte
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Foto: Gabriel Lordêllo
GASTRONOMIA
PICANHA DE CORDEIRO ENTRE AS DICAS DO SOETA RESTAURANTE Com uma cozinha de vanguarda, o Soeta Restaurante, na Praia do Canto, em Vitória, oferece aos seus clientes uma experiência gastronômica especial, por meio de seus menus “Degustação”, “Tradição” e “Criativo”. Uma das dicas do chef Pablo Pávon é o prato picanha de cordeiro com purê de batata-doce, champignon, palmito, cebola e tomate confitados”. “Temperamos a picanha com alecrim, tomilho, alho sal e pimenta-do-reino e a grelhamos na churrasqueira até deixa-la ao ponto. Servimos com um purê de batata-doce e cogumelos maturados, produzidos para nós em Pedra Azul, na região serrana. Complementamos com tomates, palmito pupunha e cebolas confitadas em azeite”, explicou o especialista.
Foto: Divulgação
MISTURA SAUDÁVEL PARA PÃES E MASSAS Que tal preparar saborosas pizzas, panquecas e lasanhas fazendo uso de uma farinha sem glúten, lactose e açúcar, mas repleta de fibras? A proposta se torna possível com a Finnis Sabor e Saúde, uma pré-mistura funcional para a produção de pães e massas que foi lançada recentemente pela empresária e nutricionista Giovanna Buaiz. Um pacote do produto, de 300g, adquirido no site www.finnisbemestar.com.br, custa R$ 22,50 e rende aproximadamente oito panquecas, ou uma pizza de oito pedaços, ou um pão de 450g, por exemplo.
CAFETERIA PÂTISSERIE É INAUGURADA EM VILA VELHA
POR MARCIO MACIEL, diretor da Samp
“O prato Rabo de Toro, do restaurante La Cave, na Praia do Canto, é sensacional. Quem prova não esquece. O bacana é que quando experimentei o prato, há alguns anos, quis saber mais detalhes com o chef Paulo Gaudio e acabei aprendendo uma lição de culinária para o resto da vida: para uma receita alcançar excelência, tem que ter somente ingredientes de qualidade. Podem ir, conferir e voltar várias vezes.” Foto: Divulgação
Foi inaugurada no mês de outubro, em Vila Velha, a cafeteria pâtisserie Sabor Único, que tem as suas delícias assinadas pela chef Norma Farizel. Na casa, é possível saborear diversas maravilhas, como tortas de brigadeiro, morango, coco, nozes e creme brûlée, cuja fatia sai por R$ 10 e ainda vem acompanhada de calda de chocolate. Já os bolos inteiros, que servem 25 pessoas, são encomendados por um preço a partir de R$ 90. O espaço também conta com brigadeiros gourmet (foto), macarons diversos e salgados como empadas de recheios variados, quiches, massas folhadas e pão de queijo. O cardápio de bebidas também não deixa a desejar, com opções do tradicional café expresso e outras bebidas quentes e geladas com café, a exemplo de cappuccino e frappuccino, além de sucos e chás.
MENU ES BRASIL
ESTILO Foto: Diego Alves/PMV
Foto: Prefeitura Domingos Martins
CLIMA NATALINO CONTAGIA DOMINGOS MARTINS
HOMENAGEM
PERSONALIDADES RECEBEM COMENDA MAURÍCIO DE OLIVEIRA
No começo de novembro, cidadãos engajados no movimento cultural de Vitória e que tenham contribuído de forma significativa para o crescimento dessa atividade receberam da Secretaria Municipal de Cultura a Comenda Maurício de Oliveira. Instituída em 2010, a condecoração foi criada como forma de reconhecimento e gratidão ao trabalho do maestro. Escolhidos por meio de uma comissão formada por seis membros – três representantes do poder público municipal e três da sociedade civil –, os homenageados foram Ariane Meireles, Glecy Coutinho, Golias, Maria Helena Lindenberg, Mário Ruy e Reinaldo Santos Neves.
Até 15 de janeiro, o clima envolvente de uma decoração especial promete agradar aos visitantes de Domingos Martins, que poderão apreciar o Brilho de Natal. Para este ano, a Casa do Papai Noel foi toda confeccionada em eucalipto e terá a seu lado como atração a neve artificial, proporcionando mais charme ao cenário. Além disso, haverá um desfile temático em 17 de dezembro, com três carros alegóricos representando o presépio, outro com Papai Noel e o último com boneco de neve, além de alas compostas por moradores.
NOVO CONCEITO
ENTRETENIMENTO ESTILO FAROESTE
Foto: Divulgação
Visitantes do Museu Vale, em Argolas, Vila Velha, poderão conferir até 12 de março de 2017 a exposição “Acaso Controlado”, do artista plástico carioca Daniel Feingold (camisa preta), com curadoria de Vanda Klabin. A mostra chega como parte das comemorações dos 18 anos do espaço, incluindo a série inédita denominada “Banda Larga”, incorporada especialmente para essa celebração. Rio de Janeiro e Curitiba já receberam os trabalhos, que contam ainda com um vídeo sobre o processo do artista em seu estúdio, a série fotográfica “Homenagem ao Retângulo”, de 2007, e oficinas a serem realizadas por Feingold para alunos de 6 a 16 anos, indo da educação infantil ao ensino médio. 56
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EVENTO PARA FÃS DE CULTURA POP Cerca de 150 mil fãs de séries, quadrinhos, cinema, games e música são esperados no São Paulo Expo para a Comic Con Experience (CCXP), que vai acontecer entre 1º e 4 de dezembro. O evento reúne fãs de cultura pop em geral e já acontece no mundo todo há décadas, mas no Brasil está na 3ª edição. Serão 100 mil metros quadrados de atrações que incluem estandes dos principais estúdios de Hollywood, contando com a participação de nomes lendários dos HQs, como Frank Miller, Frank Quitely e Arthur Adams, além de personalidades do cinema e da televisão, como Karl Urban, Natalie Dormer (foto) e Evanna Lynch. Foto: Divulgação
“ACASO CONTROLADO” CHEGA AO MUSEU VALE
Foto: Divulgação
Os apaixonados pelo universo do faroeste acabam de ganhar a primeira casa noturna com temática country de Vitória, o Wanted Pub. O espaço foi inaugurado no dia 3 de novembro, no Triângulo, coração da Praia do Canto, e possui 600 m², com capacidade para 350 pessoas. A fachada lembra uma vila antiga do Velho Oeste, com janelas e madeira, presentes também no ambiente interior, além de vergalhões. Toda a decoração interna também segue a proposta, com iluminação quente – para lembrar o clima árido – e lustres temáticos. Os assentos próximos à bancada do bar são em formato de sela de cavalo. Com projeto dos arquitetos Rodrigo Martinelli e Eduardo Trigo, o Wanted aposta no conceito de pub e balada no mesmo espaço, com cardápio variado de bebidas premium e petiscos e um serviço de culinária oriental em parceria com o Yahoo Lounge.
TEST DRIVE
CLASSE E 250 Sofisticação e esportividade
O
novo Classe E 250 da Mercedes-Benz acaba de chegar ao Brasil. Considerado um dos sedãs executivos de maior prestígio no mundo, o veículo vem em três versões e se destaca pelo seu design diferenciado. Todas elas contam com motor 2.0 litros turbo que gera 211 cv e com a nova transmissão automática 9G-Tronic de nove velocidades, garantindo um comportamento ágil. A máquina, que acelera de 0 a 100 km/h em até 6,9 segundos, será vendida nas lojas do Espírito Santo na opção E 250 Exclusive Launch Edition. Diversas inovações técnicas foram instaladas para proporcionar uma condução confortável e segura. Sofisticado e esportivo, o automóvel exibe as proporções marcantes dos sedãs da marca e vem com capô alongado, aliado a um teto com perfil de cupê que flui para uma traseira com ombros largos. A dianteira, que reforça o status executivo, tem um visual diferenciado para cada linha de design e equipamento. Trazendo o que há de mais moderno em assistência e segurança, o modelo vem com o Active Brake Assist, disponibilizado de série, que alerta o motorista em situações de colisão, dando o apoio necessário durante as frenagens de emergência. Já o pacote Driving Assistance tem o Drive Pilot e o Controle de Distância Ativo Distronic, este último, capaz de manter o carro a uma distância segura daqueles à sua frente em autoestradas e vias menores. Outro atrativo é o Assistente Ativo de Manutenção de Faixa, que reconhece quando o veículo está involuntariamente saindo da faixa a velocidades entre 60 e 200 km/h. A lista de novos equipamentos do Classe E também incluem faróis Multibeam Led de alta resolução, além dos sistemas Crosswind Assist (assistente de ventos
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Classe E 250 Exclusive Launch Edition Motorização: 2.0 turbo - 211 cv Transmissão: A utomática - 9G-TRONIC Pneus e rodas: R oda 187 / Pneu 245/45 Dimensões • Comprimento: 4.923m • Largura: 1,852m • Altura: 1,474m • Peso: 1,615kg Capacidade • Porta-malas: 540 litros • Tanque: 50/7 litros
transversais) e Attention Assist, que avisa o motorista em caso de distração ou sonolência. O sistema de Infotainment Comand Online disponibiliza todas as informações em uma tela de mídia de alta resolução de 31,2 cm (12,3 polegadas), com resolução de 1920 x 720 pixels. Outros controles para dados e entretenimento são acessados de um touchpad com controlador no console central. Para marcar a estreia do novo E 250, a Mercedes-Benz preparou a versão especial E 250 Exclusive Launch Edition, que traz como itens exclusivos as rodas de liga leve com 19 polegadas de diâmetro. A versão especial, assim como E 250 Exclusive (que vem com rodas de 18 polegadas), apresenta interior com acabamento em madeira brilhante marrom escuro, pneus run flat, câmera traseira, Parking Pilot com Active Parking Assist Parktronic, entre outros itens. Já o E 250 Avantgarde se diferencia pelo seu traçado da dianteira dominado pela grade esportiva com a estrela da marca ao centro, e pelo interior com acabamento em alumínio. A exemplo de outras opções, o cliente pode escolher o revestimento dos bancos em couro nas cores preto, marrom/preto e bege/preto.
Fonte: Divulgação
MULTAS FICAM 244% MAIS CARAS Quem costuma cometer infrações no tráfego deverá ficar atento, pois as multas ganharam um aumento considerável de até 244%. A mudança, que também prevê punições mais rígidas aos motoristas, faz parte de uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) pela Lei 13.281/2016, sancionada em maio deste ano. O uso do celular ao volante, por exemplo, passa a ser considerado gravíssimo, mesmo que o condutor esteja segurando ou manuseando o aparelho parado no trânsito ou no semáforo. Além de perder sete pontos na CNH, será necessário pagar multa de R$ 293,47 (antes, o valor era R$ 85,13). A negação em ser submetido ao teste do bafômetro ou a exame clínico para constatar embriaguez resultará em pagamento de R$ 2.934,70, além da suspensão da habilitação pelo período de um ano.
O tão esperado Hyundai Creta chegará às concessionárias da marca a partir do ano que vem, prometendo concorrer com o Honda HR-V e com o Jeep Renegade. O SUV, que será produzido em Piracicaba (SP), tem diversos itens, como partida por botão, luzes diurnas de leds, direção elétrica, seis air bags e controles de tração e estabilidade. A versão brasileira do veículo, que apresenta algumas mudanças no visual em relação à comercializada em outros países, vem com duas opções de motorização, 1.6 de 130 cv e 2.0 de 166 cv, que contarão com duplo comando variável de válvulas (D-CVVT) no escape e na admissão, além de duas alternativas de câmbio: manual e automática de seis marchas.
TROLLER T4 GANHA SÉRIE LIMITADA BOLD
Fonte: Divulgação
Uma edição limitada da Troller – Bold – promete agradar aos fãs da marca que prezam por exclusividade. A versão, que parte de R$ 129.990, apresenta três opções de cores de carroceria (Amarela Dakar, Vermelha Arizona e Branca Diamante II) que se destacam ainda mais com o contraste da pintura escura, batizada de Cinza Londres. Um grafismo exclusivo que realça as laterais do Troller, bem como as rodas pretas montadas em pneus Scorpion ATR 255/65 R17” de uso misto. O jipe vem ainda com protetor frontal, estribos laterais, bagageiro de teto com travessas reguláveis, aerofólio com brake-light integrado, lanternas com iluminação de led e base para a fixação de guincho.
Fonte: Divulgação
NOVA SUV DA HYUNDAI IMPRESSIONA
KIA CERATO 2017 CHEGA POR R$ 76.990 A Kia anunciou recentemente as novidades do Cerato 2017, que será vendido por R$ 76.990. Com um design atualizado, o modelo vem com grandes mudanças na parte dianteira, que conta com faróis maiores, com bloco elíptico e leds diurnos. O parachoque também foi redesenhado, com os faróis de neblina posicionados em local mais recuado. Já na parte traseira e na lateral, os destaques ficam por conta das lanternas com novo arranjo dos elementos internos e das rodas aro 16”. Apesar do aumento de preço, o Cerato mantém a sua já conhecida lista de equipamentos que tem de série volante multifunção com ajustes de altura e profundidade, CD Player com USB, Bluetooth e iPod, ar-condicionado Dual Zone e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. radio.esbrasil.com.br •
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MAIS E MELHOR CD
ALMA BRASILEIRA – AO VIVO Diogo Nogueira, Universal Music
No show gravado no Rio de Janeiro, Diogo Nogueira faz uma grande homenagem ao samba e à música popular. O álbum conta com canções de compositores como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Serginho Meriti e Roberto Ribeiro, e ainda participações especiais de Maria Rita e Beth Carvalho. O repertório é formado também por interpretações de sucessos de Cazuza, Milton Nascimento e Gonzaguinha, além da inédita “Pé na Areia” e músicas do seu último disco, como “Clareou” e “Alma Boêmia”. DVD/BLURAY
MENTIRAS EM QUE AS MULHERES ACREDITAM E A VERDADE QUE AS LIBERTA Nancy Leigh DeMoss “Este livro mostra que no fundo somos como Eva: sempre cedendo às tentações deste mundo, deixando-nos enganar em diversas áreas da nossa vida e que jamais nos levaram à verdadeira felicidade tão procurada. Uma excelente leitura que nos leva à reflexão.” Ângela Gomes, artista plástica
GAME OF THRONES – 6ª TEMPORADA
IMAGINE John Lennon “Admiro tanto o álbum quanto a música que leva o mesmo nome. É ajustado à nossa realidade e à imperiosa necessidade de construir um Brasil melhor para toda a sua gente, mediante o resgate da confiança, da credibilidade e da justiça social, que não tem sido observado.”
Warner, David Benioff, D.B. Weiss
A mais recente temporada de um dos maiores sucessos da televisão mundial chega ao Brasil em DVD e Bluray em novembro. Os 10 episódios são marcados pelo fim do mistério do que aconteceu a Jon Snow, motivo de polêmica entre os fãs, que reclamaram de spoilers pelo fato de a história da série ter ultrapassado ao que já foi contado na franquia literária “As Crônicas de Gelo e Fogo”.
Júlio Rocha, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes)
LIVRO
A GAROTA NO TREM Paula Hawkins, Record
Neste suspense psicológico, a protagonista passa a investigar o que aconteceu a um casal que ela observava sempre que pegava o trem, depois que a mulher é dada como desaparecida. A trama é narrada alternadamente por três personagens e é cheia de reviravoltas e angústias. O livro já foi adaptado para os cinemas, com a protagonista Rachel sendo vivida pela atriz Emily Blunt. STREAMING
STARTUP 1ª TEMPORADA Crackle, Ben Ketai
O mundo das startups é o pano de fundo desta produção original do Crackle, serviço de streaming nos mesmos moldes do Netflix. Na história, protagonizada por Martin Freeman e Adam Brody, três estranhos lutam contra a dura realidade das ruas, enquanto buscam investidores que possam transformar suas inspirações em negócios de sucesso. 60
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OS OUTROS Alejandro Amenábar “O filme retrata não só uma crença, mas principalmente a inversão dela. Há uma fala da personagem de Nicole Kidman que me chama muita a atenção: ‘A minha verdade é a defesa da minha ilusão e a minha ilusão é a mentira em que me encontro’. Mexeu muito com minhas supostas verdades.” Wilson Nunes, diretor e ator
Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br
essas MULHERES
ANDREA MONTEIRO
essasmulheres@revistaesbrasil.com.br
E
sta é uma coluna dedicada às mulheres. Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!
Foto: Jordan Siemens
PRINCESAS OU PLEBEIAS? CRIANÇAS, MINHA GENTE!
o Foto: Divulgaçã
Então, muitos se manifestaram um tanto assustados com a ampla divulgação da chegada da “Escola de Princesas” a São Paulo, no mês passado. Com sede em Uberlândia (MG), a instituição parte do princípio de que meninas devem ser preparadas para serem verdadeiras princesas de comportamento, dóceis e à procura do príncipe encantado. A escola prega valores morais e éticos, mas, a meu ver, não esconde um sentido muito maior de produção de “personalidades teens”, ou de meninas formatadas para algo um pouco menos voltado para o valor do ser e mais para o do ter. Concluo desse modo a partir dos próprios conteúdos abordados durante a formação: “A Identidade da Princesa”, “Os Relacionamentos de Princesa”, “Etiqueta de Princesa”, “De Princesa a Rainha”, entre outros temas. Enfim, minha opinião. Minha e de algumas outras pessoas que, inquietas, na outra ponta da corda, decidiram montar uma “Oficina de Desprincesamento”. Trata-se da jornalista Mariana Desimone e da filósofa e pedagoga Larissa Gandolfo. Em entrevista a um portal, elas defendem a criação da oficina: “Nossa contraproposta a isso é mostrar outros modelos, mostrar que a menina já é um ser completo. Ela não é a metade de uma laranja, uma panela sem tampa. E quando crescer, pode ser feliz e alcançar o sucesso nos seus próprios termos. O que é sucesso pra mim pode não ser para você. Por que oferecer só um modelo pra elas seguirem?”, afirma Mariana. Entre os módulos que serão discutidos na oficina estão a identidade da menina, questões estéticas e autodefesa, além da apresentação de outros modelos femininos. Estamos falando de modelos de comportamento bastante diferentes, que dão opção a pais e mães que queiram entrar nessa seara de discussão. De toda forma, há que se respeitar, antes de qualquer coisa, a identidade de cada criança, suas expressões e vontades, e orientar para aquilo que entendemos ser coerente com preceitos já consolidados no convívio em comunidade, valores de bem, de paz e de valorização do indivíduo enquanto ser. Porque, em tempos de tanta liberdade de expressão, respeitar o direito do outro parece-me algo que ainda dá muitas e muitas linhas de história.
Para mais informações sobre a coluna, acesse o site www.esbrasil.com.br/essasmulheres
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FALANDO NELAS... Aproveito a questão das crianças para trazer outro assunto, cada vez mais atual e não menos importante: as doenças típicas de adultos estão mais presentes nos diagnósticos dos pequenos. E o mais apreensivo disso tudo é que estou me referindo a males contemporâneos, como hipertensão, obesidade e ansiedade. Este último, aliás, é uma das principais causas da depressão infantil. Foi-se o tempo em que as únicas preocupações das crianças eram a escola, os amigos e uma ou outra atividade extraclasse. Nos dias de hoje, a piora da qualidade de vida, principalmente nos grandes centros, somada a menos tempo para a prática de atividades físicas e de lazer e a uma vida cada vez mais automatizada (horas e horas diante da TV e das telas de computador, tablet e celular), eleva os riscos de transtornos mentais, segundo a médica Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, como meninos e meninas estão cada vez mais expostos aos problemas e às expectativas dos pais, acabam por carregá-las consigo, potencializando essa dificuldade e contribuindo, ainda mais, para o seu estresse e ansiedade. Então, pais e mães, deixemos as crianças serem crianças. Nada de super-heróis ou princesas, de diplomas de honra ao mérito ou coleção de medalhas. Deixemos que sejam crianças. E que queiram como crianças. #fazbem
DESEJO QUE O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA SEJA MUITO MAIS QUE UM DIA. MUITO MENOS QUE A HIPOCRISIA DE SE TER UM DIA PARA RELEMBRAR A IGUALDADE. IGUALDADE DE DENTRO PRA FORA
IVO NOGUEIRA DIAS
PRIORIDADES
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aumento do número de pessoas estressadas nos últimos tempos tem se tornado alvo de muitos comentários em diversas páginas da internet, nos jornais, nos livros e em outros veículos de comunicação. Podemos amenizar e direcionar a nossa vida se priorizarmos algumas atitudes. Colocar na frente o que é mais importante em determinando momento vai nos ajudar a administrar melhor a nossa vida profissional ou pessoal. Como podemos fazer isso? Uma opção é o método criado por Stephen R. Covey, autor do livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”. No capítulo 3, ele apresenta os quatros quadrantes para o gerenciamento de atividades. Por esse sistema, classificam-se as tarefas em quatro grupos de prioridades: Urgente, Não Urgente, Importante, e Não Importante. Urgente e Importante: São as necessidades da crise, regidas pela pressão. É o quadrante do Inevitável. Os resultados de trabalhos neste grupo de prioridade são estresse, esgotamento e sensação de apagar incêndios. Não Urgente e Importante: É o quadrante da Qualidade, ligado a planejamento, desenvolvimento e identificação de oportunidades. Tem como resultados equilíbrio, visão e perspectiva. Urgente e Não Importante: Composto por interrupções, telefonemas, correspondências e demais atividades triviais. Resulta em foco no curto prazo e é conhecido como quadrante da Decepção. Não Urgente e Não Importante: Geralmente são tarefas agradáveis, mas que não trazem benefícios verdadeiros, como navegar pela internet, fofoca e alguns e-mails. Costumam demostrar irresponsabilidade e resultar em baixo rendimento e até demissões. Estão no chamado quadrante do Desperdício. Muitas vezes ocupamos a nossa mente ou interrompemos o nosso sono com coisas não urgentes e não importantes. Definir o que é prioridade fará de você uma pessoa melhor e um profissional muito mais capaz e saudável. Algumas dicas para ajudá-lo a priorizar suas atitudes: • • • •
Coloque na sua agenda o que é prioridade para o seu dia; Dê mais atenção ao que é mais importante; Não deixe de observar os detalhes que julga menos importante; Não espere acabar o dia para fazer uma análise da realização das suas atividades; • Busque soluções, não gaste seu precioso tempo e talento focando o problema; • Se algo der errado, busque ajuda para solucionar e nunca para abandonar o barco; • Não deixe de praticar a priorização no seu dia a dia.
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PARA REFLETIR Certo dia, uma professora escreveu assim no quadro: 9x1 = 07, 9x2 = 18, 9x3 = 27, 9x4 = 36, 9x5 = 45, 9x6 = 54, 9x7 = 63, 9x8 = 72, 9x9 = 81 e 9x10=90. Na sala, não faltaram piadas, pois ela tinha errado o 9x1= 7, sendo que a resposta certa é o número 9. Todo mundo riu da professora, que então esperou a sala se calar e somente depois disse: “É assim que você é visto no mundo. Errei de propósito para mostrar a vocês como o mundo se comporta diante de algum erro seu. NINGUÉM elogiou você por ter acertado nove vezes, NINGUÉM viu você acertando e lhe deu os parabéns, mas TODO MUNDO o ridicularizou, blasfemou, humilhou e zombou por ter errado apenas UMA RESPOSTA”. Assim é a vida. Devemos aprender a valorizarar as pessoas pelos acertos. Há aquelas que acertam muito mais do que erram e acabam sendo julgadas por apenas UM erro, e não são valorizadas pelos NOVE acertos. Isso serve para todos nós. Mais elogios e menos críticas. Mais amor e carinho e menos ódio e crueldade.
LUIZ FERNANDO LEITÃO tiragosto@revistaesbrasil.com.br
PRATOS DO DIA Rita Lee, uma Autobiografia Rita Lee
Nada a Invejar Barbara Demick
Humilhado Jon Ronson
EMOJI LABIAL
MOQUEQUINHAS • Tem loja nova da L’Occitane, da Calvin Klein e da Carolina Neves no Shopping Vitória • A Logos abriu loja nova em Bairro de Fátima • No verão vai ter pizza no Empório do Caranguejo, em Manguinhos • Vitória recebe o Marchador Fest • Fábio Carvalho fez mais uma edição do Soul Black, sucesso total • Como é bom ver que a economia começa a melhorar!!!
A Violent Lips, marca americana que já criou os desenhos mais malucos para cobrir a boca (granulado colorido, bandeiras, arco-íris e estampas animalescas inclusas), recentemente lançou minitatuagens de emojis para quem quer dar um charme relativamente mais discreto à maquiagem (embora nada impeça que você deixe seus labios inteiros com os desenhinhos). O pacote, que custa US$ 10 (cerca de R$ 32), vem com 100 minitatuagens. Para aplicar, basta recortar o desenho que você quer, colocá-lo no lábio e umedecer a parte de trás com água (como aquelas tatuagens temporárias que vêm com chicletes). Será que a moda pega?
SALÃO FOOD TRUCKS
CARDÁPIO DE ASSUNTOS • As escolas ocupadas • Os “novos” prefeitos
Além de supermáquinas e lançamentos, a feira da indústria automotiva de 2016 trouxe uma grande variedade de food trucks da linha “gourmet”, redes conhecidas de fast-food, bufê de comida por quilo e até um restaurante com taças nas mesas e bufê livre a R$ 65 por pessoa. Tinha de tudo, de picanha grelhada a penne ao limone, sem falar dos já tradicionais hot-dogs e pizzas. Para os visitantes, como o advogado Davi Teixeira, de 49 anos, a qualidade e a variedade das comidas melhoraram muito em relação às duas últimas edições do Salão, em 2012 e 2014. “Agora tem também cerveja no meio do pavilhão. É quase perfeito: tem carros, mulheres bonitas e cerveja, só faltou o rock’n’roll”, brincou.
• O anel da esposa do Cabral • A delação do Marcelo • As chuvas • O fim do Brasileirão
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DICA DO CHEF “Assistir à série ‘The Crown’ no Netflix.” Maria Amélia Andrade, médica
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A SAIDEIRA! Se tá ruim pra você, imagine para as estagiárias da Casa Branca?