Previdência Os pontos polêmicos da reforma
Finanças Invista hoje na tranquilidade do amanhã
negócios Mercado de animais de estimação em alta
exclusivo Ricardo Ferraço: reforma trabalhista aprovada
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CONTEÚDO EXCLUSIVO
o brasil cansou Com descolamento, a economia tenta evitar as consequências diretas da instabilidade política
CAPA
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SUMÁRIO
Um tema importante tem deixado os brasileiros muito preocupados: a economia. O rumo que o país está levando, em meio às incertezas de Brasília, faz o mercado financeiro se distanciar cada vez mais da política, almejando assim novas perspectivas. ES Brasil explica o cenário atual por meio de especialistas do mercado.
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Política
A polêmica sobre o rombo previdenciário ganhou força no último ano. E, sob o reiterado argumento de que com o avanço da média de tempo de vida essa conta não fecha, o governo está propondo uma série de modificações na legislação previdenciária. Saiba o que é fato e o que é boato nesse processo.
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Exclusivo
Após o impacto causado na crise política nacional, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) anunciou sua posição diante das delações de Joesley Batista e de todo o escândalo envolvendo o presidente Michel Temer. Nesta edição, Ferraço apresenta os argumentos que o fazem defender o andamento do processo e debate os principais pontos de crítica da proposta.
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Agenda
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Periscópio
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Família SA
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Gestão
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Ciência e Tecnologia
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Corecon
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Agro
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O Endereço da História
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Mercado pet
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Motores
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ES Pergunta
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Aonde Ir
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Tira-Gosto
Artigos
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Finança
Você está economizando para não faltar no futuro? Especialistas apontam formas de poupar e melhores opções de investimento para quem quer manter o nível de renda ao parar de trabalhar, sem depender do benefício do INSS. Confira a matéria e garanta uma aposentadoria sossegada.
Pablo Lira
BR-101: entre imprudências, negligências e impunidade
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Adilson Neves
Empoderar equipes é o maior legado do líder
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Gilberto Sudré
Os antivírus se tornaram inúteis?
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Eduardo Araújo
Com preguiça de Brasília 4
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editorial
ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
T
odos os dias a corrupção nacional invade os noticiários. E esse crescente volume de sujeira que se tem tirado de baixo do tapete parece ter esgotado a paciência do brasileiro. Mas, se por um lado as pessoas se mostram cansadas de reagir; por outro, os indicadores permitem que o mercado financeiro desenhe um descolamento da política, que já se reflete de forma positiva nas projeções. Confira o novo rumo que especialistas em economia e política defendem ser possível ao Brasil.
Ainda nesse contexto, mesmo que haja discordância sobre as novas regras, a reforma trabalhista é entendida como fundamental. Nesta edição trouxemos uma entrevista exclusiva com o senador Ricardo Ferraço, que defende a necessidade de separar a crise do governo dos interesses nacionais, distinguir fatos de boatos. A ES Brasil deste mês inclui ainda outro debate que ultrapassa décadas: a reforma da Previdência. Desde dezembro de 2016, quando o Governo Federal apresentou a mais recente proposta de mudanças nas regras previdenciárias, sobram temas polêmicos. Confira todos os argumentos favoráveis e contrários à proposta. Temos o péssimo hábito de falar de nossas vidas quando nos tornarmos idosos, como se fosse algo muito distante de acontecer. Mas os anos passam rápido. E, diante de tanta instabilidade, o melhor mesmo é planejar. Neste número mostramos pra você como investir de forma correta no presente para garantir a tranquilidade do futuro. Antes mesmo de o inverno começar, o friozinho já havia surpreendido muitas regiões do Estado e do Brasil neste ano. Mas agora é oficial: a estação começou pra valer e só vai acabar no dia 22 de setembro. Com os termômetros marcando temperaturas baixas, é hora de tirar do armário os casacos e roupas de frio. Afinal, não tem época mais elegante e apropriada para degustar um bom vinho e curtir gastronomia de dar água na boca nas montanhas capixabas. Aqui você encontrará uma lista de restaurantes que vale a pena incluir num tour gastronômico pela região. E em nossos artigos e colunas, há acontecimentos que se destacaram, mais dicas gastronômicas e opções culturais.
Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Leticia Vieira Apoio Produção Mara Cimero Estagiária de Redação Aline Pagotto Textos Ana Lucia Ayub, Luciene Araújo, Mary Martins, Thiago Lourenço e Yasmin Vilhena Edição de Arte Michel Sabarense Colaboraram nesta edição Adilson Neves, Gilberto Sudré, Eduardo Araújo e Paulo Lira Fotografia Jackson Gonçalves e fotos cedidas e arquivos Next Editorial
PUBLICIDADE Gerente de Publicidade Scheila Ramos Gerente de Contas Fabiana Castiglioni Apoio Comercial Fabielle Kaiser (27) 2123-6506 - publicidade@nxte.com.br
MERCADO LEITOR
Boa leitura!
Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6525 Serviço de Atendimento ao Assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h
Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil
REDAÇÃO
Opinião do Leitor
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“A ES Brasil consegue trazer o debate sobre os principais fatos do país para a realidade local. E essa análise sobre os impactos dos acontecimentos nacionais no Espírito Santo é fundamental para avaliarmos as decisões mais acertadas a serem adotadas a fim de minimizarmos os prejuízos ou mesmo planejarmos ganhos em longo prazo. Pra mim, é leitura obrigatória.”
“Muitos são os temas que envolvem a administração de um negócio. E no desafio de gerir de forma correta, a constante atuação da informação é fundamental. Daí a importância da ES Brasil, que a cada mês traz um assunto diferente em gestão, sempre com dicas bem atuais e debates que favorecem a reflexão e os acertos.”
Carlos Henrique Lyra, médico
Breno Pontes , empresário
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atualidade
Luciene Araújo
retomada estratégica Em meio às incertezas de Brasília, mercado financeiro busca se distanciar da política
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as favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação”, dizem os versos iniciais da canção “Que País é Este?”, de 1978, antes mesmo de Renato Russo criar a banda Legião Urbana, em Brasília. Nesses quase 40 anos, muitos foram os fatos que mudaram o rumo da História. Mas a essência da música, uma das primeiras da chamada “linha politizada” do rock brasileiro, possui uma atualidade latente. Qual será o próximo líder político preso? E o novo presidente? Que outro esquema será 8
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“É positivo o fato de que alguns movimentos empresariais no Espírito Santo estarem se mobilizando, de forma independente, na busca de apoio parlamentar para aprovar projetos que visam ao equilíbrio das contas públicas e à melhoria do ambiente de negócios” Thaís Zara, economista
revelado? Teremos algum embargo comercial? A inflação vai se manter em queda? Quando, de fato, vamos ter o crescimento da economia? Tudo vai acabar em pizza novamente? Nos últimos dois anos, a “descoberta” cada vez maior da corrupção e a amplitude de envolvimento dos “escolhidos” para representarem o povo em Brasília praticamente acabaram com qualquer expectativa positiva em relação à classe política. Até a primeira quinzena de maio, os sinais iniciais de recuperação da economia vinham gerando, ao menos nos mais otimistas, um aumento na expectativa de que o Brasil
seria capaz de sair da crise, ainda este ano. A desinflação e a queda nos juros impactaram de forma positiva o grau de confiança de empresários, mesmo do mercado internacional. Mas as revelações da noite de 17 de maio, com a divulgação dos áudios envolvendo o presidente da República, Michel Temer (PMDB), em suposta aprovação da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB/RJ), poderiam ter desencadeado uma nova recessão. A Bolsa de Valores abriu em queda aguda, chegando a acionar o circuit breaker, interrompendo as negociações, para evitar que o mercado se desintegrasse. A volatilidade alcançou o dólar, elevando a moeda. E, mesmo com o recuo da inflação, a baixa nos juros ficou aquém do desejado. Mas, depois do alvoroço inicial, os desdobramentos negativos foram absorvidos com um pouco mais de facilidade. “No contexto atual, a profunda deterioração do cenário político convive ao lado de um descolamento cada vez mais perceptível do econômico, mostrando que no Brasil existem pequenas coisas mudando para melhor a cara do país”, destaca Clóvis Vieira, economista e sócio da Vieira & Rosenberg Consultores Associados. “Claro que as mudanças não são tão rápidas, mas pelo menos o PIB sai do terreno negativo para algo como 0,7%, ao fim de 2017. À medida que se aproxima o fim do ano, há uma sensação generalizada de melhora, e a confiança volta a prevalecer, não no sentido de que iremos crescer a taxas de 10% ao ano, mas que, de uma forma lenta e gradual, iremos retomar o crescimento”, aponta Vieira. Economia Toda essa incerteza parece mesmo ter provocado um movimento de tentativa de distanciamento da política. “Não é que a economia real esteja conseguindo caminhar com as próprias pernas, independente da política. Isso não existe. Mas as notícias do front político não surtem mais picos de estresse no mercado financeiro”, aponta a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto. Para ilustrar esse entendimento, ela cita o recebimento, na Câmara dos Deputados, da denúncia de corrupção passiva contra Temer, encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede que Temer perca o mandato e pague multa de R$ 10 milhões. “Um exemplo de fato que, em outro momento, poderia ter causado um desastre no mercado financeiro, que agora não reagiu bruscamente.”
“Está um pouco exagerada essa intenção de querer mudar o chefe do Executivo a todo momento, isso me parece complicado. Temos que pensar um pouco melhor. As denúncias são graves, bem substanciadas, mas vamos aguardar o processo legal, porque estaremos sempre buscando soluções de muito curto prazo, e não as que resolvem de maneira mais estrutural o país” José Luiz Niemeyer, cientista político
“O que configuraria essa estabilidade política, basicamente, é saber quem governará até 2018. Trabalho na área internacional, e os investidores perguntam: quem vai ser o presidente em setembro, em outubro? Não posso assegurar quem será. E aí a possibilidade de trocas do ponto de vista de economia é muito grande. Podemos ter a entrada de um presidente com orientação muito distinta, e isso preocupa os investidores” – Amâncio Oliveira, professor da USP
Para a economista, há duas razões para isso. “Eu diria que 80% são em consequência das sistemáticas notícias negativas que temos recebido ao longo dos últimos dois anos; e 20% são resultantes da confiança na equipe econômica. Os investidores ainda confiam no Ilan (Ilan Goldfajn, presidente do BC) e no Meirelles (Henrique Meirelles, ministro da Fazenda).” Segundo ela, para que a política possa impactar de forma significativa o mercado, somente se houver uma notícia muito bombástica, do nível da JBS, que não seja esperada por ninguém. O fator surpresa sim, é capaz de mexer muito com o mercado financeiro e também com a economia real.” Estrategista-chefe da Eleven Financial Research, Adeodato Volpi Netto tem projeções ainda mais otimistas, seguindo os indicadores. O IPCA de abril abaixo do esperado resultou em uma inflação acumulada de 4,08%, nos últimos 12 meses, e o IGP-M de maio acumulou variação de 1,57%; o PIB cresceu 1,0% no primeiro trimestre, depois de oito trimestres de queda; e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reportou a criação de mais de 59 mil postos de empregos em abril. “Nesse contexto, estamos mantendo nossa projeção de crescimento econômico de 1,5% para 2017. Para a inflação, em razão do forte movimento de queda dos preços dos últimos meses, estamos atualizando nossa estimativa para 4,3% em 2017. Em relação à política monetária, mantemos nossa projeção de Selic em 8,75% para o final do ano. Quanto ao real, trabalhamos com uma taxa de câmbio de R$ 3,35/US$ para o final do ano.” Netto reitera a importância, “hoje ainda mais evidente”, de Temer ter escolhido uma equipe econômica com inegável capacidade técnica e ter dado autonomia a ela para construir um projeto de longo prazo. “Quando Temer assumiu, tinha a maioria nas duas Casas. Hoje não mais. Essa deteriorização da estabilidade institucional abala, sim, o trabalho da equipe econômica, mas de forma alguma a credibilidade dela.” Para ele, o momento exige uma avaliação cautelosa. “Em momentos de crise, seja institucional, seja econômica, radio.esbrasil.com.br •
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atualidade a capacidade de compreender os principais movimentos e criar estratégias sólidas separa os investidores de sucesso dos que enfrentam traumas por decisões intempestivas. Michel Temer não tem saída. O Brasil tem.” Eduardo Araújo, vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), enfatiza que, nesse ambiente incerto, com escassez de capital de giro, os empreendedores do setor produtivo “têm se desdobrado para garantir a sobrevivência das empresas”. Segundo ele, o elevado estoque de reservas cambiais do país ajudou a conter a volatilidade do mercado financeiro. “A crise política tornou muito ruim o ambiente. Os investidores começaram a perceber que, além de prejuízos para o setor público, os escândalos de corrupção oferecem riscos para acionistas. Por exemplo, quem investiu recursos numa debênture da Odebrecht Transportes está com muitas dúvidas se conseguirá receber seu recurso de volta no futuro.” Araújo diz que esse tipo de incerteza é prejudicial a toda a economia e que não se pode descartar por completo a possibilidade de um cenário pior novamente. “Muitos avaliam que a situação pode ficar ainda mais crítica, em caso de envolvimento de instituições financeiras nas delações.” Em carta a seus clientes, a Eleven Financial resume o momento atual: “Não dá para esperar que o clima em Brasília acalme rapidamente ou que um cenário seja desenhado de forma suave (...) O sistema apodreceu. Os partidos, de forma geral, não são mais do que aglomerados de políticos de carreira lutando por seus próprios interesses, e neste momento, pela sobrevivência ou, em última análise, liberdade”. POLÍTICA Após a divulgação da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS, em delação premiada, o cenário político nacional “despencou” mais uma vez. As divergências internas dos partidos aumentam a cada dia e enfraquecem a base de apoio ao governo. O cenário desejado é o de estabilização política, que possibilite planejamento. “O que configuraria essa estabilidade política, basicamente, é saber quem governará até 2018. Trabalho na área internacional, e os investidores perguntam: quem vai ser o presidente em setembro, em outubro? Não posso assegurar quem será. E aí a possibilidade de trocas do ponto de vista de economia é muito grande. Podemos ter a entrada de um presidente com orientação muito distinta, o que preocupa os investidores. Soma-se a isso a necessidade de aprovar as reformas”, avalia o professor titular da Universidade de São Paulo e vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais, Amâncio Oliveira. Em meio ao caos político, além de interferências indevidas de um Poder em outro, já não tão raras, a população observa fatos de mesmo teor avaliados com pesos e medidas diferentes. “Em uma situação de crise política como a de hoje, essa competição por atuar como estabilizador do cenário tem sido muito ruim. E o Executivo, fragilizado demais, leva o Judiciário a se apresentar como garantidor da ordem. Esse é o grande problema”, aponta Oliveira. 10
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“Não que a economia real esteja conseguindo caminhar com as próprias pernas. Isso não existe. Mas as notícias do front político não surtem mais picos de estresse no mercado financeiro” Simone Pasianotto, economista
Para chegar a essa estabilidade, há quem defenda que Temer permaneça no poder até outubro de 2018, e quem queira a saída dele da Presidência, por renúncia ou por impeachment. E esse segundo grupo ainda se divide entre quem considere mais propícia a eleição indireta do sucessor feita pelos parlamentares e quem prefira antecipar as eleições diretas, para que as urnas decidam o novo presidente. Amâncio avalia como bom indicador de que o presidente ainda encontra forças para comandar o país até 2018 o fato de o relatório do senador Romero Jucá (PMDB/PE), favorável à proposta do governo, ter sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Antes disso, o relator Ricardo Ferraço (PMDB/ES) também conseguiu emplacar um relatório na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas não na Comissão de Assuntos Sociais. O Palácio do Planalto entende ter os votos suficientes para passar a reforma no Senado, já aprovada no Plenário da Câmara dos Deputados. Mas essa segurança não se reflete em “calmaria”; ao contrário, o argumento de que o crescimento da taxa de emprego e a consequente retomada da economia não serão possíveis sem a “modernização das leis trabalhistas” tem sido repetido como um mantra pelos líderes do governo e pela base aliada. Para José Luiz Niemeyer, cientista político e professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) do Rio de Janeiro, é impossível tratar de conjuntura, já que o cenário muda a cada dois dias. Ele indica cautela para não se buscarem medidas de curto prazo que não resolvam as situações política e econômica. “A discussão hoje é sobre como governar o país. Na minha perspectiva, está um pouco exagerada essa intenção de querer mudar o chefe do Executivo a todo momento, me parece complicado. Temos que pensar um pouco melhor. As denúncias são graves, bem substanciadas, mas vamos aguardar o processo legal, porque estaremos sempre buscando soluções de muito curto prazo, e não as que resolvem de maneira mais estrutural o país. Era fundamental, por exemplo, uma reforma política, mas feita com profundidade”, aponta Niemeyer.
Projeções 2017 Indicador
Eleven
Reag
Rosenberg & Associados
PIB Selic Balança comercial Taxa de câmbio*
+ 1,5% 8,75% R$ 3,35
+0,3% 8,75% + US$ 54 bilhões R$ 3,35
+ 0,7% 8,5% + US$ 60 bilhões R$ 3,20
* Previsão de média para o ano de 2017 Fonte: Eleven / Reag / Rosenberg & Associados
Quanto à Lava Jato e seus desdobramentos, os analistas políticos defendem como fator positivo o amadurecimento político. “Já existem condenações pesadas e virão outras pela frente. A ideia de acabar em pizza é altamente improvável. Temos de modificar verdadeiramente a forma de contribuição de campanha, modificar mecanismos que são indutores dessa corrupção. E aí vem um longo debate pela frente. Mas podemos, sim, falar de amadurecimento político da população e também institucional. Nesse jogo, se há algo de bom, são essas duas coisas”, acredita Amâncio Oliveira. ESPÍRITO SANTO Geração de emprego, aumento na produção industrial e melhoria no comércio varejista são indicadores que demonstram um crescimento econômico nos últimos meses. O que leva à avaliação positiva da economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, que esteve em Vitória para a reunião trimestral do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Estado do Espírito Santo (GPAEES). “Sabe-se da importância da austeridade fiscal, da queda dos juros e da inflação, mas ainda há otimismo no campo econômico, diante da percepção de descolamento da política econômica com a crise política.” Para ela, a direção correta de política econômica pode auxiliar na recuperação do país, e as novas articulações dos empresários capixabas são importantes. “Há muitas dúvidas hoje quanto à capacidade do Governo Federal em conseguir liderar a aprovação das reformas. Vejo como sendo positivo o fato de alguns movimentos empresariais no Espírito Santo estarem se mobilizando, de forma independente, na busca de apoio parlamentar para aprovar projetos que visam ao equilíbrio das contas públicas e à melhoria do ambiente de negócios. É um exemplo de mobilização que serve de inspiração para todos”. Os empresários locais confirmam essa melhoria. “O ano de 2016 foi difícil para todos. Por isso foi importante buscar novos mercados e expandir ainda mais as exportações, para entrar em 2017 com novas perspectivas”, afirma Carlos Peganini, diretor de Operações da Itapuã Calçados. A rede Extrabom investiu R$ 27 milhões em novas lojas e encerrou 2016 com alta de 4,5% nas vendas. “Inauguramos uma loja na Serra e outra em Colatina e, sobretudo, mantivemos o controle sobre as finanças, permitindo um crescimento sustentável do negócio e a geração de empregos”, relata o gerente de Marketing da rede, Yuri Correia.
“Em momentos de crise, seja institucional, seja econômica, a capacidade de compreender os principais movimentos e criar estratégias sólidas separa os investidores de sucesso dos que enfrentam traumas por decisões intempestivas. Michel Temer não tem saída. O Brasil tem” Adeodato Volpi Netto, estrategista da Eleven Financial
Fabrícia Vieira Moreira, diretora de Administração e Finanças da Bori Serviços Elétricos e Automação, avalia a necessidade de cautela. “A crise impactou bastante, os serviços diminuíram muito e tivemos de enxugar os custos para sobreviver. Parece que as coisas estão querendo melhorar, mas temos que ficar atentos.” Para o diretor da Car Line Motors, Carlyle Pimentel Martins, a insegurança é o principal fator de impacto nas vendas. “As pessoas estão muito inseguras, têm receio de fazer dívidas e de não conseguir honrar com os compromissos. Hoje, 90% dos carros que comercializamos são financiados, e dependemos muito da aprovação dos bancos e financeiras para efetivar as vendas”, destacou. Mesmo assim, houve melhoria: “Acredito que a liberação do FGTS ajudou nas vendas e nos financiamentos. Muitas pessoas garantiram a compra dos veículos”. Comércio exterior O aumento do preço de commodities no mercado internacional resultou no crescimento de 26% nas exportações e de 17% nas importações do Espírito Santo, no período comparativo entre janeiro e maio deste ano, com os resultados de igual período em 2016. Segundo dados do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), o minério de ferro e os produtos siderúrgicos, que representam metade da pauta exportadora do Estado, registram crescimento nas operações de 42% e 56%, respectivamente, no período analisado. O petróleo também obteve significativa alta de 174% nas vendas e tem uma participação de, aproximadamente, 14% no total exportado pelo Espírito Santo. As exportações de maio deste ano cresceram 21% em relação a igual período de 2017, totalizando US$ 681 milhões, o que representa, no acumulado do ano, um montante da ordem de US$ 2,6 bilhões. De janeiro a maio deste ano, as importações tiveram alta de 17%, se comparado com mesmo intervalo de 2016, totalizando US$ 1,7 bilhão. “Acredito que os empresários estão se conscientizando da necessidade de descolar os seus negócios da política e de políticos. A sociedade brasileira, os homens e as mulheres de negócios precisam assumir, cada vez mais, a liderança em nosso país”, defende o presidente do Sindiex, Marcilio Machado. radio.esbrasil.com.br •
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negócios
Materiais inéditos atraem mercados globais
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itar tendências e difundir os produtos brasileiros. Mesmo sendo adiada em 90 dias, a 43ª edição da Vitória Stone Fair/ Marmomac Latin America atingiu seus objetivos. O evento, realizado entre os dias 6 e 9 de junho, reuniu mais de 300 expositores de 20 países. A mudança da data da feira para junho não foi um impeditivo para expositores e compradores apresentarem seus produtos e lançamentos em pedras, maquinários, tecnologia e insumos no salão de negócios. “Mesmo sendo realizada em um período diferente do usual, não decepcionou. Sem dúvidas este evento marcou a força do segmento capixaba de rochas ornamentais, que reagiu rápido após a crise na segurança no Estado”, destacou o presidente do Sindirochas, Tales Machado. Em relação ao ano anterior, houve redução no número de visitantes norte-americanos, que, na avaliação da superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olivia Tirello, não necessariamente foi causada pela mudança de data. “Seja por falta de planejamento no calendário, seja pela época de férias, seja pela realização da Coverings (feira do setor realizada em Orlando, na Flórida, EUA, entre 4 e 7 de abril). Em contrapartida, houve a presença de um público diferenciado das edições anteriores, como os latinos.” Os Estados Unidos são o principal consumidor das rochas brasileiras no mundo, ao importarem US$ 222,4 milhões de janeiro a abril deste ano, do total de US$ 277,4 milhões movimentados no Espírito Santo. Na abertura do evento, o governador Paulo Hartung assinou decreto que amplia por 90 dias o prazo para recolhimento do ICMS nas vendas realizadas pelos expositores durante a feira capixaba. A medida vale também para os negócios a serem fechados durante a Cachoeiro Stone Fair 2017, marcada para agosto, em Cachoeiro de Itapemirim. A expectativa dos empresários é de que as relações comerciais estruturadas durante o evento tragam novos contratos ainda este ano. “De fato, a Vitória Stone Fair consegue reunir uma diversidade de materiais exclusivos, alguns recém-descobertos, trazendo dinamismo aos negócios. Com os números das exportações já positivos desde maio, acredito que a Vitória Stone Fair poderá dar um impulso ainda maior
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Exportações de Rochas Ornamentais janeiro a maio de 2017 US$ 307,09 MILHÕES
ESTADOS UNIDOS
US$ 49,2 MILHÕES O Espírito Santo responde por 82% das rochas ornamentais exportadas pelo Brasil.
CHINA
Fonte: Centrorochas
nos negócios no segundo semestre deste ano. Vamos acompanhar”, aposta Olívia Tirello. As vendas de mármores e granitos subiram 12,62% no último mês de maio, se comparadas ao mesmo período em 2016. Ainda de acordo com o Centrorochas, houve alta de 3% na quantidade (tonelada) exportada e também de 9,34% no preço médio dos materiais. Em maio, o valor total exportado foi de US$ 105,5 milhões contra US$ 93,7 no mesmo período de 2016. Já no acumulado do ano (janeiro a maio), as vendas registraram pequena queda de 1,48%. Nos cinco primeiros meses deste ano foram US$ 382,9 milhões, contra US$ 388,7 milhões, no ano passado. Somando o volume de rochas brutas e manufaturadas, o Brasil exportou, em 2016, 2.458.884 toneladas em 2015. O Espírito Santo respondeu por 1.843.439 toneladas desse total. Veja mais sobre a Stone Fair no site: esbrasil.com.br
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agenda 28 DE JULHO
Roupa Nova na Serra “Todo Amor do Mundo” é o novo trabalho do grupo Roupa Nova, que se apresentará no dia 28 de julho, no Steffen Centro de Eventos, em Jardim Limoeiro, na Serra. De uma forma conceitual, a obra traz um gostinho de realismo, por ser autobiográfica. Entre as surpresas estão as participações de Angélica, Carol Feghali, Twigg, Alexandre Pires, Ed Motta e Tico Santa Cruz, que dão um toque especial às canções da banda. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site www. blueticket.com.br. A classificação é 18 anos. 16 DE JULHO
Arraiá da Ilha Pensando em arrecadar recursos para uma instituição que acolhe crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer infanto juvenil, o Ilha Shows está promovendo o “Arraiá da Ilha”. O evento será realizado no dia 16 de julho e terá início às 18h, na casa de shows, localizada na Alameda Ponta Formosa, na Praia do Canto. A programação contará com grandes nomes do cenário musical capixaba, como Flavia Mendonça é Trio Mafuá, além da atração nacional, MC Marcinho. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente por meio do site www.blueticket.com.br e nas lojas Jaklayne Joias, ou no dia do evento, na bilheteria do Ilha Shows. 22 DE JULHO
Miá Melo e Fabio Porchat em “Meu Passado Me Condena” Os atores Miá Melo e Fabio Porchat (foto) desembarcam em Vila Velha para apresentar a peça de sucesso “Meu Passado Me Condena”, estrelada pela dupla, que rendeu até adaptação para o cinema. Haverá apresentação única no dia 22 de julho, às 20h30, na área de eventos do Shopping Vila Velha. Na peça, que tem o roteiro de Tati Bernardi e direção de Inez Viana, Miá e Fabio se conhecem na fila do banheiro de uma festa e nunca mais se separam. Bom, isso faz só um mês, mas foi o suficiente para comprar um apartamento meia boca, fazer uma festa brega e tentar uma noite de núpcias perfeita. E perfeição existe? Claro que não! Muito menos depois do casamento. Menos ainda quando não se sabe nada sobre o passado do outro. Ah, e tem um vizinho que já namorou a Miá. E aí? Será que esse amor dura pelo menos uma noite? Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site www.blueticket.com.br ou nas lojas Jaklayne Joias. 14
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18 A 20 DE JULHO
Mec Show 2017 A MEC SHOW – Feira da Metalmecânica + Inovação Industrial abre suas portas entre os dias 18 e 20 de julho, no Carapina Centro de Eventos, na Serra. A feira, que é reconhecida nacionalmente como importante centro de desenvolvimento do setor metalmecânico, reúne um público qualificado em busca do que há de mais moderno em tecnologia, networking e negócios com fornecedores e indústrias. Para informações e vendas, entre em contato por meio do telefone (27) 3434-0600 ou do e-mail milaneze@milanezmilaneze.com.br.
29 e 30 DE JULHO
Deu a louca na Branca no Teatro da Ufes A atriz Cacau Protásio traz a Vitória em julho o espetáculo “Deu a Louca na Branca” e se apresenta nos dias 29, às 21h, e 30, às 18h, no Teatro Universitário da Ufes. Na peça, Cacau vive Sebastiana, uma moça sonhadora que tenta convencer a todos de que é a Branca de Neve, aquela mesma dos filmes de Walt Disney. Durante um imprevisível ataque de nervos, impaciente com a classificação distorcida de Walt, ela decide revelar, com relatos inimagináveis, os mais curiosos segredos do pai do Mickey e de seus outros importantes personagens. Mas toda loucura precisa ter um fim. E, no caso de Branca, surpresas nesse momento final também não poderiam faltar. Os ingressos são vendidos na bilheteria do teatro (das 15h às 20h) ou no site www.tudus.com.br. Mais informações por meio dos telefones: (27) 3335-2953 ou (27)3029-2765.
31 DE JULHO A 03 DE AGOSTO
Workshop Inteligência Emocional: Uma Ferramenta de Sucesso A inteligência emocional (IE) é uma ferramenta que age diretamente nos resultados que entregamos. Dessa forma, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) promove o workshop “Inteligência Emocional: Uma Ferramenta de Sucesso” entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, das 18h30 às 22h, no Centro de Treinamento Empresarial IEL, no Edifício da Findes, em Vitória. Por meio de exposições teóricas, exercícios práticos e dinâmicas de grupo, profissionais poderão desenvolver sua inteligência emocional e aprender a influenciar pessoas no ambiente pessoal e profissional de modo a atingir resultados de alta performance. As inscrições podem ser realizadas no site http://www.iel-es.org.br. Mais informações podem ser adquiridas por meio do telefone: (27) 3334-5747.
Pablo Lira
opinião
é pesquisador, escritor e professor universitário especialista em segurança pública
BR-101: Entre imprudências, negligências e impunidade Uma responsabilidade compartilhada
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o amanhecer do dia 22 de junho de 2017, uma quinta-feira, depois de uma madrugada com chuva, no asfalto molhado de uma estrada ainda não duplicada, 43 vítimas tiveram sonhos de vida interrompidos, laços de famílias despedaçados e cotidianos drasticamente afetados. Esses foram alguns dos sérios danos físicos e psicológicos ocasionados pelo mais grave acidente rodoviário registrado no território do Estado do Espírito Santo, com mais de 20 mortes. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, por ano, mais de 40 mil óbitos são registrados no trânsito brasileiro. O país está no topo do triste ranking da taxa de mortes por acidentes de trânsito. Parte desses acidentes é registrada nas rodovias federais, como a nossa conhecida BR-101, que corta longitudinalmente as terras capixabas e constitui um importante eixo da logística nacional. A BR-101 foi projetada e construída antes da década de 1970. Passados quase 50 anos, ou seja, quase meio século, essa importante rodovia continua com seu trecho capixaba carecendo de duplicação. Esse é apenas um indicativo do passivo de décadas da negligência do Governo Federal para com a logística capixaba. Para além dos benefícios econômicos, a duplicação da BR-101 garantiria uma maior segurança de tráfego para os motoristas, famílias, passageiros dos transportes coletivos intermunicipais e caminhoneiros. Caso a duplicação da BR-101 fosse uma realidade, provavelmente o
acidente aqui comentado geraria danos bem menos drásticos. Não podemos nos esquecer da combinação de uma série de fatores que contribuíram para dar causa ao acidente, a saber, o péssimo estado de conservação do caminhão, que estava com pneus desgastados e sistema de
Passados quase 50 anos, ou seja, quase meio século, essa importante rodovia continua com seu trecho capixaba carecendo de duplicação. Esse é apenas um indicativo do passivo de décadas da negligência do Governo Federal para com a logística capixaba freios com alterações; o excesso de peso da rocha que estava sendo transportada; a inoperância das balanças de caminhões, que são, ou deveriam ser, gerenciadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); as limitações e insuficiências na fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF), dentre outros.
Além disso, via de regra, os interesses econômicos se sobrepõem ao valor da vida. Sobre isso, os empresários (minerador e transportador), e entidades do setor têm muito a explicar às famílias que estão sofrendo as consequências do acidente, bem como à sociedade. Os primeiros acabaram por aceitar e assumir os riscos ao permitirem a circulação de um caminhão com excesso de peso, que além dos pneus carecas, também colecionava uma extensa lista de multas em aberto. Nesse sentido, a duplicação da BR-101, sob a responsabilidade da concessionária que administra a rodovia, seria uma última alternativa para mitigar a combinação de tais fatores, sobretudo em um país onde imperam o jogo de empurra entre os responsáveis, a imprudência no trânsito, a negligência de agências, como a ANTT, e – principalmente – a impunidade para os agressores e culpados pela violência no trânsito. Diante disso, ficam as seguintes perguntas em aberto: Quando o Estado do Espírito Santo passará a ser priorizado na pauta logística administrada pelo Governo Federal? Quando a ANTT, concessionária e demais instituições passarão a falar a mesma língua na gestão e fiscalização? Quantas praças de pedágio serão erguidas para que o primeiro quilômetro da BR-101 seja duplicado? Quando a BR-101 estará duplicada? Quantas vidas valem uma rocha de granito ou mármore? Nossa consternação e sentimentos às vítimas e seus familiares...
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Todo ser humano é maior do que seu erro.” Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a situação dos presidiários do sistema carcerário brasileiro
Foto: Fred Loureiro/Secom-ES
evento
Cachoeiro de Itapemirim recebe feira agropecuária Exposições e mostras de animais, leilões, espaço de agroturismo, feira de produtos, máquinas, equipamentos e serviços, além de apresentações culturais. Essas foram apenas algumas das atividades da Exposul Rural ES 2017, que aconteceu entre os dias 21 e 24 de junho, em Cachoeiro de Itapemirim. O evento teve como foco o fortalecimento dos produtores rurais capixabas nas principais cadeias produtivas do Estado. Organizada pelo Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim, em correalização da Prefeitura Municipal e promoção do Governo do Estado, a feira contou com apoio técnico de instituições como Senar-ES, Faes e Fetaes, além do patrocínio do Sebrae-ES, Bandes, Sistema OCB/ES, entre outros.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Programas de Vitória são apresentados em encontro nacional Os desafios da política nacional de assistência social, bem como as experiências exitosas e os obstáculos enfrentados por municípios, foram tratados durante o XIX Encontro do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), realizado em junho, na Universidade Federal do Sul da Bahia. As ações que vêm sendo desenvolvidas pela capital capixaba foram apresentadas pela secretária de Assistência Social de Vitória, Iohana Kroehling, que destaca a importância de eventos como esse. 16
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SAÚDE
Governo do Estado repassa R$ 15,5 milhões para 12 hospitais filantrópicos A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) assinou, no dia 13 de junho, a Portaria Estadual 029-R, que promove alterações no valor da diária de UTI, Utip e Utin de R$ 800 para R$ 1.000, em 12 hospitais filantrópicos. O aporte financeiro, que faz parte da Política Estadual de Incentivo à Assistência em UTI/ Utin e Utip, irá gerar um incremento de aproximadamente R$ 15,5 milhões por ano. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Ricardo de Oliveira, no ano passado foram realizadas 226.666 internações hospitalares no Espírito Santo. Deste total, 133.841 (59%) aconteceram nos hospitais filantrópicos, o que demonstra a importância dessa parceria. “Os hospitais filantrópicos agregam valor, agregam eficiência no atendimento aos usuários do SUS. Nós passamos por uma situação muito complicada e enfrentamos juntos, devido ao compromisso que cada um tem com o SUS. Este aporte financeiro vai fortalecer a rede filantrópica.” MÚSICA
Guarapari sedia primeiro Festival de Inverno O primeiro Festival de Inverno de Guarapari já tem data certa para acontecer: nos dias 21, 22, 28 e 29 de julho. O evento, que foi batizado de “Esquina da Cultura”, conta com diversas atrações, como Renato Casanova (vocalista da banda Casaca), Mirano Schuler, Grupo Havengar, Cláudio Zoli e Família Lima (foto). Os ritmos são variados e passam pelo jazz, pop, blues e soul, além do instrumental. Os palcos ficarão distribuídos em três pontos da Rua Joaquim da Silva Lima, no Centro, localizados em frente à Padaria Bacutia e aos bancos Banestes e Bradesco. O espaço também terá a presença de 20 food trucks de gastronomia variada e cerveja artesanal.
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ENSINO
Fucape está entre as dez melhores faculdades do país
COMÉRCIO
Vendas do Dia dos Namorados caem pelo 2º ano consecutivo
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As vendas na semana do Dia dos Namorados apresentaram uma redução de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, essa é a segunda queda consecutiva nas transações da data comemorativa, que em 2016 caíram 9,5% em comparação a 2015, registrando o pior desempenho desde o início da série, em 2006. Segundo os economistas da Serasa Experian, o ainda elevado patamar de desemprego e a tímida confiança do consumidor na economia pesaram negativamente sobre as vendas de 2017, embora o resultado tenha sido melhor do que no ano anterior, mas ainda se mantendo negativo.
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou neste mês de junho a lista das melhores faculdades do país, que inclui 12 instituições de ensino superior do Estado entre as 100 mais bem colocadas. O grande destaque foi a Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (Fucape), localizada em Vitória, que ficou no “Top 10” da relação, ocupando a 8ª posição. O ranking foi feito com base nos dados do Índice Geral de Cursos (IGC) – que vai de 1 a 5 – e é composto por diversos quesitos, como a nota do Enade, a infraestrutura, o corpo docente e os recursos didático-pedagógicos. O resultado deste ano se refere ao levantamento feito em 2015, onde foram avaliados os cursos com base nos de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e áreas afins, como Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo, entre outros.
TECNOLOGIA
Tribunal de Contas lança novo Portal da Transparência O Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) lançou, no dia 19 de março, o seu mais novo Portal da Transparência (transparencia.tce. es.gov.br), que traz informações relacionadas a recursos humanos, despesas, processos de aquisições e outros atos administrativos da Corte. Anteriormente, o acesso a tais dados do Tribunal se dava por um espaço no site principal que, segundo o TCE-ES, apresentava alguns conteúdos com difícil localização e entendimento. “As informações já estavam disponíveis no portal institucional, mas, em muitos casos, o acesso era tão complexo que nós entendemos que não estava adequado. Agora a navegação e o entendimento das informações oferecidas estão acessíveis à população”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação, Klayson Bonatto.
VILA VELHA
Projeto de Lei quer alterar jornada da Guarda Municipal
BNDES
R$ 1 bilhão será destinado à construção de três parques eólicos O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 1 bilhão para a construção de três complexos eólicos que ficarão localizados na Bahia e no Ceará. Os parques terão potência de 311,3 megawatts, suficiente para abastecer cerca de 700 mil residências. “Os parques contribuirão para a diversificação da matriz energética brasileira, com uma geração limpa e renovável”, informou o BNDES, por meio de nota. Os empreendimentos são do grupo francês EDF, da italiana Enel e da Aliança, subsidiária da Vale e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). “Os projetos também auxiliam o país a cumprir as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, com as quais se comprometeu no Acordo de Paris”, complementou o banco.
A jornada especial de agentes da Guarda de Vila Velha deve ser alterada de seis para quatro escalas, conforme estabelece o projeto de lei encaminhado pela prefeitura à Câmara Municipal, no dia 12 de junho. A mudança busca reduzir as escalas especiais ao estabelecer a diminuição da jornada de trabalho extra sob a justificativa de torná-la menos cansativa para que os agentes da Guarda Municipal tenham mais tempo para o lazer. “Esse momento é o pontapé inicial de outros projetos em benefício da Guarda Municipal, para que ela possa atender ainda melhor à população”, avalia o vice-presidente do Sindicato dos Servidores das Guardas Civis Municipais do Espírito Santo (Sigmates), Gelcimário Norata da Silva.
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gestão
A Prefeitura da Serra vai automatizar a gestão do horário dos servidores e instalar controles eletrônicos de ponto para marcar a entrada a saída de todos os funcionários
Gestão estratégica é a nova realidade na Serra
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aber tudo o que se tem de bens móveis e imóveis que pertencem a um município, conhecer os servidores e os locais onde estão lotados e se preocupar com a população, promovendo justiça social. O município da Serra passa por um choque de gestão desde o início do ano. Técnicas de administração do mercado privado estão sendo aplicadas à administração pública. Essa nova estratégia já é realidade na Secretaria de Administração e Recursos Humanos da Serra. Para o secretário de Administração e Recursos Humanos, Alexandre Camilo Fernandes Viana, a gestão profissional de mercado na gestão pública é o grande segredo para obter economia e eficiência. A Serra possui aproximadamente 10 mil servidores e quase 4 mil aposentados e pensionistas. A folha de pagamentos está na cifra de R$ 33 milhões/mês e, com isso, o município prioriza a economia. “A constituição da folha de pagamento consome boa parte do nosso orçamento e não podemos ser uma prefeitura que existe para pagar folha, temos muita responsabilidade para não ceder às pressões e não abrimos mão da Lei de Responsabilidade Fiscal.” A primeira atitude prática da gestão de Alexandre Viana foi a implantação do sistema eletrônico de ponto, inicialmente feito em sua secretaria e que será ampliado para todas as outras até o fim do ano. “O sistema permite um tratamento igualitário e impessoal para todos, e vamos garantir na gestão pública a meritocracia. Teremos o controle das horas trabalhadas e evitaremos horas indevidas.
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Estamos com todas as secretarias revisando a folha de pagamento dos servidores.” CONTRATOS O município descartou o reajuste dos contratos de prestadores de serviços. Todos foram analisados e, segundo Viana, houve uma redução de até 10% no valor dos contratos que estão vigentes. Além disso, a comissão de licitação do município é constantemente profissionalizada e capacitada. “Os que serão renovados, iremos negociar. O mercado tem que enxergar a prefeitura como um cliente em potencial, e o momento
paralisação Segundo a Secretaria de Administração e Recursos Humanos, há quatro anos não foi registrada paralisação dos servidores no município da Serra. O engajamento dos servidores municipais se dá através de um trabalho feito com muito diálogo. “Sempre houve reivindicação e sempre irá existir, mas tem que ser um movimento responsável. Trabalhamos com diálogo. Fazemos reuniões de até quatro horas de duração com os sindicatos e sempre deixamos as coisas muito claras. Existem limites. A gestão da folha de pagamento tem que ser responsável”, afirma Viana.
Na projeção de como será o rotativo, a cidade da Serra passará a atender o conceito de “cidade inteligente”
“Estamos fazendo um levantamento de todos os veículos e vamos realizar nos próximos 30 dias um grande leilão de sucata que renderá em torno de R$ 250 mil. Limparemos o pátio da prefeitura. Pretendemos criar uma central de frota com carros alugados, à qual a secretaria irá solicitar o veículo que a atenderá e que depois voltará para a central” Alexandre Camilo Fernandes Viana, secretário de Administração e Recursos Humanos
pede prudência. O nosso volume de compras justifica a mudança na contratação de serviços”. Outra economia no município é a reorganização dos espaços, com base na qual imóveis alugados que eram utilizados pela prefeitura estão sendo devolvidos. Secretarias e departamentos estão sendo realocados, e a mudança vai gerar uma economia mensal de R$ 35 mil a R$ 40 mil para os cofres públicos. ROTATIVO Em cinco meses serão abertas duas mil vagas de estacionamento rotativo nos bairros de Laranjeiras e Serra-Sede. Os carros terão de pagar de R$ 1 a R$ 3,50 na chamada Zona Azul. O sistema é totalmente informatizado, dispensando a necessidade de parquímetros.
Emenda de Feriado Dois mil e dezessete pode ser definido como o ano dos feriados prolongados. Ao todo, serão nove feriados nacionais. Muitas dessas datas serão próximas do fim de semana. Enquanto muitos brasileiros comemoram alguns dias a mais de descanso, prefeituras e setores como o comércio e a indústria contabilizam prejuízos. Até o Natal, os capixabas, assim como todos os brasileiros, terão quatro feriados nacionais. Três deles cairão em uma quinta-feira e um na segunda. Feriados próximos ao sábado e domingo geralmente são emendados com o fim de semana, mas na Prefeitura da Serra isso não acontece mais. Segundo o secretário Alexandre Viana, assim será pelos próximos anos. “A população percebeu a determinação de maneira positiva. O munícipe que está de folga neste dia pode resolver seus assuntos na prefeitura.”
“Serão instalados sensores no meio-fio e, quando o motorista estacionar o carro, eles coletarão todas as informações de tempo de uso da vaga. Estarão ligados ao poste, que terá Wi-Fi interligado a uma central. O pagamento poderá ser feito por cartão de crédito, celular, internet e dinheiro. O nosso rotativo atenderá à demanda de cidades inteligentes.” JUSTIÇA SOCIAL Alcançar a justiça social não é uma tarefa das mais fáceis. O município da Serra tem atualmente 500 mil habitantes e, destes, 100 mil vivem com R$ 150 por mês. Diante desta realidade, a atual gestão da Secretaria de Administração e Recursos Humanos destaca a importância de se olhar para o outro e a justiça social. “A justiça social é um dos pilares. Entendemos justiça social como a forma de serviços melhores com servidores treinados e qualificados para atender a população com eficiência e dignidade”, disse. QUALIFICAÇÃO DOS SERVIDORES Desde o dia 3 de julho, a Prefeitura da Serra voltou a funcionar em horário integral, apesar de toda a economia gerada no horário de atendimento reduzido. Com as portas abertas mais tempo para atender bem o cidadão, é necessário qualificação dos servidores. “Não tem como se cobrar dos servidores se não ensinarmos. Já existe uma parceria firmada com a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) e fechamos também duas parcerias, uma com o Banco do Brasil e outra com a Caixa Econômica Federal. Nossos servidores vão utilizar o ambiente virtual dessas instituições, onde farão cursos e atualizações”, afirmou Alexandre Viana. O município, segundo o secretário, ainda busca fonte de recursos para efetivamente investir em treinamento fora desses locais citados. “Serão treinamentos específicos e diferenciados para os servidores.” radio.esbrasil.com.br •
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Adilson Neves
gestão
é professor, coach, consultor, escritor e palestrante
Empoderar equipes é o maior legado do líder Equipes conduzidas por um líder que distribui o poder têm melhor desempenho em longo prazo
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distribuição de poder nas organizações é um assunto polêmico. A pesquisadora Natalia Lorinkova, da Wayne State University, trouxe recentemente ao mundo da gestão e da liderança uma constatação feita nos Estados Unidos de que as equipes conduzidas por um líder com perfil de distribuir o poder têm um desempenho que melhora em longo prazo (e não em um curto período), na medida em que ganham capacitação, alcançam níveis mais altos de aprendizado e desenvolvem um novo modelo mental. O estudo determina que o líder diretivo consegue melhores resultados no começo, mas com o passar do tempo o modelo de empoderamento tem desempenho melhor, principalmente porque a organização não permanece dependente de uma única pessoa e o índice de sobrevivência é mais alto, inclusive em tempos de turbulências políticas e econômicas como as vividas pelo Brasil hoje. Na Big Show Retail, realizada em Nova York no início do ano, o tema foi muito discutido entre os participantes, a partir de palestras que apontaram a tendência da necessidade do varejo em gerar pessoas empoderadas para atender ao cliente à
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procura de uma experiência inesquecível no ponto de venda. Esse resultado da pesquisa e as discussões temáticas da maior feira de varejo do mundo indicam que o líder precisa atuar para deixar o legado com bases bem
E quando entendemos que legado é um pilar estratégico da liderança, imediatamente trazemos ao contexto duas palavras: confiança e caráter, essenciais para a construção das bases sólidas para a geração de novos líderes” definidas dentro da organização, o que é muito diferente de uma visão nostálgica eivada de recordações. O posicionamento do líder disposto a desenvolver uma organização sustentável ao longo do tempo deve ser o de preparar
pessoas a garantir a longevidade do negócio, através de uma atuação direta e pessoal no treinamento do seu pessoal, e não apenas em ações de comando e controle, que são usuais no cotidiano da gestão. E quando entendemos que legado é um pilar estratégico da liderança, imediatamente trazemos ao contexto duas palavras: confiança e caráter, essenciais para a construção das bases sólidas para a geração de novos líderes. Em meu último livro sobre o tema, cujo título é “Estratégias & Liderança” (Editora Ithala), afirmo que liderança é uma arte, e não uma ciência, pois ser líder é garantir que as pessoas queiram fazer espontaneamente o que deve ser feito, com autonomia e entusiasmo. E concluo aproveitando a expressão da língua inglesa “great by choice”, utilizada por diversos autores norte-americanos. Ela defende que um líder com a intenção de deixar um legado precisa decidir não ser comum, não ser igual a outros, fazer algo mais e ser um ponto fora da curva. E você? Prefere ser um líder diretivo que gera resultado em curto prazo ou um líder que empodera a sua equipe? Decida e deixe seu legado de liderança. O futuro agradece.
política sul do es
Sessão da Câmara de Cachoeiro com novo horário, para maior participação dos moradores Com o intuito de levar os moradores da cidade a participar das sessões ordinárias, a Câmara de Vereadores de Cachoeiro está com novo horário: a sessão terá início às 17h, com previsão para o término às 20h, com a possibilidade de prorrogação, caso necessário. Antes da mudança, as reuniões começavam às 14 horas. A alteração é resultado da aprovação por unanimidade, no último mês de junho, do projeto do vereador Allan Ferreira (PRB) e vale para todas as primeiras sessões ordinárias de cada mês. migração
Nova lei assegura direitos e combate à discriminação
autopromoção
João Doria usa crise para reforçar tom nacional Desde o dia 17 de maio, quando foi divulgada a conversa entre Joesley Batista (JBS) e o presidente Michel Temer, a agenda nacional do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), está repleta de compromissos. O tucano, que tem se colocado como um quadro da sigla, já participou nesse período de 15 fóruns. Esteve presente, também, em outros seis encontros partidários, mais seminários e jantares, totalizando 29 eventos. Já na esfera municipal, surgem as primeiras barreiras. Na Câmara Municipal, 17 vereadores, que antes eram aliados, hoje ameaçam a aprovação de seu pacote de concessões e privatizações.
O Brasil já conta com uma nova Lei de Migração, que garante direitos e protege os estrangeiros contra a discriminação. A norma (Lei 13.445/2017) substitui o Estatuto do Estrangeiro, herdado do regime militar. A elaboração da legislação, que tem como princípios a igualdade de direitos e o combate à xenofobia e à discriminação, vinha sendo defendida desde a redemocratização do Brasil. O texto entra em vigor no próximo dia 24 de novembro. DEBATE
Câmara de Vila Velha discute retorno do aquaviário, em audiência pública A volta do aquaviário pode ser uma das soluções necessárias contra o problema da mobilidade urbana que atinge a região metropolitana. E esse desafio, cada vez maior, foi tema de audiência pública na Câmara de Vereadores de Vila Velha, proposta pelo vereador Anadelso Pereira (PSDC). O evento foi uma oportunidade de a população opinar sobre o assunto. Após mais de duas décadas integrando Vitória, Vila Velha e Cariacica, o aquaviário parou de funcionar em 2000. eleições
Renato Prúcoli é o novo prefeito de Muqui Os quase 11 mil eleitores de Muqui escolheram, no dia 2 de julho, o novo prefeito da cidade. Renato Prúcoli (PTB, na foto) venceu com 3.378 votos, totalizando 40,3% dos válidos. A nova eleição foi realizada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter indeferido o registro de candidatura de José Paulo Viçosi (PSB), o Frei Paulão, eleito prefeito em outubro do ano passado. Além de Prúcoli, outros cinco candidatos disputavam a Prefeitura de Muqui.
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Conteúdo Especial - Parceria do Editor
Família S/a GESTÃO
Os subsistemas da Empresa Familiar “Os conflitos familiares tornam-se mais intensos quando não está claro o papel de cada pessoa nos subsistemas da empresa familiar. E o grande desafio de sobrevivência e de crescimento dessas empresas é exatamente considerar a complexidade da relação entre a família, a propriedade e a gestão, e a distinção entre esses três papéis.” (Do livro “Famílias Empresárias ... Vamos Dialogar?”, da psicanalista Danielle Quintanilha Merhi).
Governança
Estabelecendo as fronteiras A governança corporativa, nas empresas familiares, estabelece as fronteiras e o relacionamento entre a família, a propriedade e a gestão. Boas práticas de governança realçam as vantagens do controle familiar, ao mesmo tempo em que ajudam a evitar vícios muito comuns. Entre eles, a confusão do patrimônio familiar e pessoal dos sócios com o da empresa, a contratação de amigos e parentes sem o devido preparo, a falta de planejamento ou as decisões que levem em conta exclusivamente o interesse de membros da família, em detrimento dos interesses da empresa.
cenário
Pesquisa Global de Empresas Familiares 2016 A 8ª Pesquisa sobre Empresas Familiares da PwC, que compreendeu entrevistas com 2.802 líderes executivos em 50 países, incluindo o Brasil, apontou que uma das razões que levaram as empresas familiares brasileiras a sentirem os impactos da grave crise que afeta o país desde 2014 é o chamado “gap estratégico”. Ou seja, a dificuldade de fazer a conexão entre a atual situação da empresa familiar e a visão de longo prazo de seus líderes, o que ameaça a sustentabilidade do negócio, em especial num cenário de mudanças associado às transformações digitais.
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OS três CÍRCULOS DA EMPRESA FAMILIAR Uma metodologia bastante útil para identificar as fontes de conflito interpessoal, os dilemas, os interesses e as prioridades no âmbito de uma empresa familiar é o chamado “Modelo dos Três Círculos”. Trata-se de um esquema que descreve o sistema da empresa familiar como um conjunto de três subsistemas independentes, porém justapostos: a família, a propriedade e a gestão. A combinação dos três círculos expõe sete diferentes possibilidades de interação com o negócio, conforme demonstra a figura. Todas as pessoas envolvidas em uma empresa familiar devem identificar em qual das possibilidades elas se encontram, para que fiquem claros os seus interesses em face dos demais. Por exemplo, um executivo não familiar está no círculo da gestão e tem a tendência de priorizar resultados rápidos em detrimento da perpetuação do negócio, que em geral é o foco do acionista familiar. Para cada subsistema há a necessidade de fóruns apropriados para lidar com as questões inerentes a ele e gerir a sua inter-relação e o impacto no negócio familiar. Assim, no subsistema da Família há o conselho de família; no subsistema da propriedade, a assembleia geral de acionistas; e no subsistema da gestão, a diretoria. Há, ainda, o conselho de administração, principal órgão da governança corporativa, que, na empresa 3. executivo familiar, exerce o importante 5. sócio e executivo papel de ser o elo que equilibra os propriedade gestão interesses prevalentes nos círculos. O formato dos círculos justa2. sócio postos pode variar bastante, 7. familiar, conforme o momento em que se sócio e executivo encontram a família, o capital acionário ou o negócio. Por exemplo, 6. familiar 4. familiar no início do negócio há uma e executivo e sócio tendência de que os círculos estejam completamente sobrepostos, formando praticamente família um só, dado que os membros da 1. familiar família empreendedora, nessa fase, costumam exercer todos os papéis do sistema simultaneamente. Por outro lado, em grandes negócios, mais longevos, normalmente é possível ver cada círculo e suas zonas de intersecção com destaque e distinção. Por isso, a análise dos três círculos precisa ser combinada com o modelo tridimensional da empresa familiar, que considera, para cada círculo, uma dimensão separada de desenvolvimento. O modelo tridimensional de desenvolvimento da empresa familiar é assunto para nossa próxima coluna. Até lá!
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Adriano Salvi Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Governança Corporativa
Danielle Quintanilha Merhi Psicanalista, especialista em empresas familiares, professora convidada da Fundação Dom Cabral e sócia da Vix Partners Governança Corporativa
gestão
QUALIFICAÇÃO
GESTÃO PÚBLICA
Governo paga bônus para professores No fim do mês de junho, o Governo do Estado investiu mais de R$ 19 milhões para pagamento do Bônus Desempenho a professores e servidores da Educação. Trata-se de um prêmio em dinheiro concedido anualmente, de acordo com a disponibilidade orçamentária, que é calculado com base em indicadores coletivos e individuais. Um professor que possui dois vínculos na rede estadual pode receber até R$ 6.756,10, além do salário mensal da folha de junho. Serão contemplados mais de 13 mil profissionais que atuam em escolas e outras unidades da Sedu.
Economia Local
Prefeitura de Viana incentiva compra com empreendedores locais A Prefeitura de Viana quer inserir os comerciantes locais na movimentação econômica da cidade através do programa “Viana Empreendedora”. O município abre espaço neste mês de julho para os interessados em participar do processo licitatório para contratação de empresas especializadas para fornecimento de lanches, aquisição de barracas, serviço funerário, compra de materiais gráficos e aquisição de botijão de gás. Os envelopes com a proposta e habilitação devem ser entregues de acordo com o cronograma. Os fornecedores de materiais gráficos precisam entregar a proposta no dia 10 de julho. No dia 11, haverá a entrega dos envelopes dos fornecedores de botijão de gás e fornecedores de coffee break. No dia 12, está programada a aquisição de barracas. A entrega deve ser feita no setor de licitação em Viana-Sede. Informações: 2124-6731.
IMAGEM
Marcas ganham ao investir em pessoas “Pessoas criam e reconhecem valores”, afirma Arthur Galvão, especialista em Desenvolvimento e Gestão de Marcas. Segundo ele, o valor de mercado está ligado à prioridade que se dá para suprir necessidades e desejos de pessoas, e não de coisas. “Comandar um negócio é pensar incansavelmente em pessoas. É nutrir por suas vidas, em algum aspecto, uma verdadeira paixão a ponto de ousar, trabalhar, criar, defender e até transformar a si mesmo para oferecer uma solução ou propor-lhes facilidades”, ressalta. Ele defende ainda que o reconhecimento dessa dedicação se reflete no desempenho de cada marca. “Quando uma marca vai bem, é porque o que entrega tem um valor claramente percebido. Quando uma marca vai mal, é uma oportunidade de investigar prioritariamente qual aspecto do seu impacto nas pessoas precisa ser melhorado. É bom começar sempre pelas pessoas.”
Empresas são capacitadas em Planejamento Estratégico No mês de junho, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu mais uma capacitação para as empresas participantes do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex). Dessa vez, o tema foi “Planejamento Estratégico”, incluído numa série de treinamentos oferecidos para preparar as organizações a atuarem no mercado internacional. Para se inscrever na iniciativa, basta enviar e-mail para peiex@peiex.es.gov.br, informando CNPJ, razão social, nome do participante, CPF, e-mail e telefone. TRANSPARÊNCIA
Executivo Estadual presta contas a sindicatos O Comitê Gestor de Carreiras e Relações Sindicais do Governo do Estado realizou em junho uma reunião para apresentar o resultado fiscal do 1º quadrimestre de 2017. Dezenove representantes de entidades sindicais e associações representativas dos servidores públicos estaduais estiveram presentes no evento, que buscou reforçar o diálogo entre funcionários e Governo do Estado e conferir transparência às ações do Executivo. “O caixa do Tesouro Estadual encerrou o 1° quadrimestre deste ano com um pequeno superávit de R$ 324 milhões. Apesar desse resultado, o cenário ainda inspira cuidado, já que boa parte do saldo positivo veio do incremento da arrecadação com royalties do petróleo e das participações especiais motivadas pelo aumento do preço médio do barril”, explicou o secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal. RADAR
“Trabalhos perto de mim” O Google estreou uma ferramenta em seu motor de busca para ajudar os internautas a encontrarem vagas de emprego. Basta escrever “trabalhos perto de mim” ou frases similares e serão mostradas as opções disponíveis. Para melhorar os resultados, o Google divulgou que contará com a colaboração de empresas como LinkedIn, Monster, WayUp e Facebook, de modo que o buscador também exiba seus anúncios assim que eles forem publicados na internet. Inicialmente, a novidade está disponível apenas em inglês e mostra vagas de empregos nos Estados Unidos. radio.esbrasil.com.br •
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Inverno com diversão nos condomínios Galwan oferece espaços exclusivos para a época que as temperaturas estão mais baixas
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stá aberta a temporada do inverno, período em que as temperaturas costumam cair e, por isso, os momentos de lazer ficam mais concentrados dentro de casa ou em áreas fechadas. Pensando também nesta época do ano, a Galwan constrói espaços exclusivos nas áreas comuns dos empreendimentos, ideais para crianças, jovens e adultos que querem se divertir independentemente da estação.
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Para as crianças e os jovens aproveitarem os finais de semana e até as férias de julho em segurança e deixarem os pais tranquilos, os empreendimentos contam com itens como cinema, brinquedoteca coberta e fechada e salão de jogos repleto de opções para passar o tempo com os amigos. Mas não são só os pequenos que contam com exclusividades nos empreendimentos. Os adultos ganham itens como espaço
MAR DOURADO RESIDENCIAL Localização: Avenida Estudante José Júlio de Souza, Itaparica, Vila Velha. Apartamentos: três e quatro quartos com suíte, com duas e três vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como brinquedoteca, playground, sala de jogos, cinema, quadra recreativa, piscina infantil, jardins e deque.
gourmet coberto e fechado, sala de massagem, sala de repouso, spa, sauna a vapor e churrasqueira com forno de pizza, espaços ideais para relaxar ou para receber os amigos em um dia de inverno. As facilidades estão disponíveis em diversos empreendimentos da Galwan, com destaque para o lançamento Mar do Caribe, e também para o Mar Dourado e o London Ville, todos sendo construídos com vista para o mar de Itaparica, em Vila Velha. O investimento em áreas de lazer diferenciadas se tornou uma marca da construtora. “Quando vamos planejar e construir um empreendimento, nos colocamos no lugar dos futuros moradores e pensamos o que gostaríamos de ter ali. A Galwan constrói pensando em toda a família”, conta o diretor-presidente da construtora, José Luís Galvêas Loureiro. O lazer completo dos empreendimentos Galwan conquista, principalmente, famílias com filhos, já que é uma tranquilidade saber que as crianças estão brincando em segurança enquanto os pais trabalham. “Além da localização do imóvel e do conforto do apartamento, os itens de lazer se tornaram muito importantes na hora da escolha do empreendimento. A variedade de opções é fator determinante para muitas famílias na hora de adquirir uma unidade”, explica Junior Pereira, supervisor comercial da Galwan.
LONDON VILLE RESIDENCE Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha. Apartamentos: três quartos, suíte e até três vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como espaço dos jovens, salão de jogos, brinquedoteca, salão de festas infantil, home theater, pista recreativa, quadra recreativa, playground, piscina biribol e piscina infantil.
CONDOMÍNIO MAR DO CARIBE Localização: Avenida Estudante José Julio de Souza, Itaparica, Vila Velha. Apartamentos: três quartos, até três vagas de garagem e coberturas com até quatro vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como brinquedoteca, espaço gourmet, cinema e SPA.
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previdência
Ana Lucia Ayub
Reforma da Previdência: o que pode mudar?
Debate sobre a proposta põe em campos opostos os que priorizam as contas públicas e os que consideram a mudança prejudicial para os trabalhadores 26
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A
proposta da reforma da Previdência tem gerado polêmicas desde que foi apresentada pelo governo federal, em dezembro. De um lado, os que a consideram essencial para as contas públicas; de outro, os que a julgam prejudicial para os direitos dos trabalhadores. Diante da resistência de diversos setores nos últimos meses, o projeto original do Executivo acabou sendo alterado de forma a tentar facilitar sua aprovação no Congresso. O texto vai ser analisado pela Câmara e pelo Senado e deve entrar em vigor ainda em 2017. Diante da crise política do governo Temer e das denúncias que foram apresentadas contra ele, o projeto está paralisado e teve o seu trâmite suspenso no Congresso Nacional. Mas, caso a análise do texto seja retomada, o texto aprovado até agora estabelece que a idade mínima para se aposentar será de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens. Mas, na prática, para receber 100% do valor, será preciso contribuir por 40 anos, mesmo que tenha atingido a faixa etária. O projeto original igualava 65 anos para ambos os gêneros. O mínimo de contribuição continua, no entanto, em 25 anos. Nesse caso, o profissional só receberia 70% do benefício. Mas a idade não será estabelecida de imediato. Por enquanto, a mínima será de 53 anos para mulheres e aumentará progressivamente (um ano a cada biênio) até chegar aos 62 anos de idade em 2036. Para os homens, fica definida idade mínima de 55 anos no momento, com aumentos progressivos (também de um ano a cada dois) até chegar aos 65 em 2038. As mudanças valem para trabalhadores de empresas privadas, servidores públicos federais e políticos. A reforma não inclui os militares, que têm e continuarão tendo regras próprias para a inatividade, cujas mudanças estarão definidas em projeto à parte. Os policiais federais e policiais legislativos federais terão idade mínima de 55 anos e regras de transição específicas. O estimado são 30 anos de contribuição, sendo 25 em atividade policial. Para mulheres, 25 anos de contribuição, sendo 20 em atividade policial. Os professores de instituições federais também terão normas de transição diferenciadas e poderão se aposentar com 60 anos de idade (homens e mulheres), com um tempo mínimo de contribuição de 25 anos.
“O governo analisa apenas a contribuição do trabalhador e da empresa. Há outras fontes de recursos, como a contribuição sobre a renda bruta das empresas (Cofins), a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) e parte da arrecadação de loterias” Vilson Romero, presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip)
“Nós vamos ter muitos aposentados para poucos jovens. A população em idade de trabalhar vai diminuir 6,7% até 2060. A população acima de 65 anos vai aumentar 262% no mesmo período. O total de pessoas com mais de 80 anos vai ser multiplicado por 10. Uma reforma da Previdência é sempre longa, e nós já estamos atrasados” Marcos Lisboa, presidente do Instituto de Estudo e Pesquisa (Insper)
Pela proposta, a reforma só vai valer para os servidores públicos da União. Os estados e municípios terão seis meses para aprovar suas próprias leis previdenciárias, inclusive para os professores de suas redes de ensino. Se isso não for feito dentro do prazo, terão que se adaptar ao regramento nacional. Quem já tiver tempo prestes a se aposentar pelas regras atuais não será prejudicado, mesmo que não tenha dado entrada nos papéis. Rombo da Previdência: polêmicas O principal argumento utilizado pelo governo federal sobre a necessidade de aprovar a reforma passa pela contenção dos gastos e pelo equilíbrio das contas públicas. De acordo com o Executivo, o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2016 foi de cerca de R$ 150 bilhões e deve passar dos R$ 180 bilhões em 2017. Se forem incluídos os regimes da União, dos estados e do INSS, o rombo em 2016 chega a R$ 316 bilhões, segundo dados do Ministério do Planejamento. Após as mudanças realizadas na proposta original do Planalto, o relator Arthur Maia afirmou que a economia com a reformulação das regras foi reavaliada em R$ 630 bilhões em 10 anos. Apesar desses números, entidades e analistas têm argumentado que a situação não é tão preocupante, pois a Seguridade Social (que, além da Previdência, considera as receitas e despesas vinculadas às ações de saúde e assistência social) teria um superávit, e não um déficit. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e representantes da sociedade civil e entidades de Direito Previdenciário, além de especialistas no tema, foram convidados a participar de audiências na Câmara dos Deputados para debater as mudanças promovidas pela reforma da Previdência. Nesse contexto, alega a Anfip, não se justificaria uma reforma previdenciária tão dura, como a definida pela administração radio.esbrasil.com.br •
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Conheça as principais modificações e entenda como elas afetam o trabalhador Regra de transição
Pedágio
Aposentadoria Rural
A idade mínima da regra geral valerá após um período de transição. Na prática, os trabalhadores ativos hoje poderão se aposentar antes da idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 para homens, prevista na regra geral. No entanto, foi estabelecida uma idade mínima para a regra de transição, que será de 53 anos para mulheres e de 55 para homens. Hoje há quem consiga se aposentar antes dessa idade por tempo de contribuição, o que não será mais permitido se o texto for aprovado. A regra vale para os trabalhadores do setor privado, inseridos no INSS.
O relator também alterou o chamado pedágio para atingir a aposentadoria, que era o tempo que seria acrescido na regra de transição em relação às normas atuais da previdência. O governo estabelecia que o trabalhador contribuísse por mais 50% do tempo que faltasse para se aposentar. O percentual cai para 30% sobre o que faltar para cumprir 30 anos de contribuição, se mulher, ou 35 anos, se for homem.
Como é hoje Pela regra atual, os trabalhadores rurais podem se aposentar por idade, sem nunca terem contribuído para a Previdência. A idade da aposentadoria é de 60 anos para os homens e 55 para as mulheres.
Pensões A regra prevê a vinculação da pensão ao salário mínimo – o que não estava na proposta do governo, que permitia que o benefício fosse inferior a um salário mínimo. No projeto do governo, não seria possível acumular pensão e aposentadoria, e o beneficiado tinha que optar pelo maior valor. Agora, isso será possível, desde que seja na cifra máxima de dois salários mínimos.
Isso significa, por exemplo, que, se a proposta do relator for aprovada, uma mulher de 40 anos que poderia se aposentar com 50 anos por tempo de contribuição, pela regra atual (30 anos) terá que trabalhar três anos a mais e poderá se aposentar com 53 anos. Pela proposta original do governo, uma mulher de 40 anos não entraria na regra de transição e só poderia se aposentar com a idade mínima de 65 anos.
O que está na proposta Só poderá pedir a aposentadoria o produtor rural que tiver contribuído para o INSS por no mínimo 15 anos. Homens se aposentarão aos 60 anos e mulheres, aos 57.
como fica a transição idade a partir de
Benefício integral A proposta do governo era que o trabalhador contribuísse por 49 anos para ter direito à aposentadoria integral. Agora, ele poderá ser atingido em 40. O valor do benefício integral será calculado pela média de 100% dos salários desde 1994. A fórmula que vigora atualmente prevê que o benefício seja calculado a partir da média dos 80% maiores salários de contribuição. Se o trabalhador contribuir apenas o mínimo exigido, de 25 anos, por exemplo, ele só receberá 70% do benefício. Para cada ano adicional de trabalho, o valor subiria em 1,5 ponto percentual entre 25 e 30 anos de contribuição; 2 pontos entre 31 e 36 anos; e 2,5 pontos entre 36 e 40 anos. Políticos Como é hoje Políticos têm regras próprias de aposentadoria, podendo se aposentar com 60 anos de idade e 35 de contribuição para a aposentadoria integral. O que está na proposta Políticos da esfera federal que forem eleitos após a promulgação da reforma terão de respeitar as mesmas regras do INSS, com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, bem como o tempo mínimo de 25 de contribuição. Na transição, a aposentadoria será, inicialmente, aos 60, subindo a partir de 2020 até o limite de 65 para homens e 62 para mulheres, com 35 de contribuição. Caberá a estados e municípios definirem regras de transição de seus parlamentares.
55
anos
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idade aumentará a partir de 2020 Vão cumprir 30% de pedágio sobre o tempo que faltar para completar o prazo de 35 anos de contribuição no caso dos homens e dos 30 anos para mulheres.
quando os brasileiros poderão se aposentar? idade mínima
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tempo de contribuição
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Fonte: entrevistados desta matéria
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federal. “O governo analisa apenas a contribuição do trabalhador e da empresa. Há outras fontes de recursos, como a contribuição sobre a renda bruta das empresas (Cofins), a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) e parte da arrecadação de loterias”, comenta o presidente do Conselho Executivo da associação, Vilson Romero. Os “céticos do déficit” não chegam a falar em superávit. O que eles defendem é que não se pode olhar isoladamente para as contas previdenciárias. O correto, dizem, é analisar o orçamento de toda a Seguridade Social – que engloba, além das aposentadorias e pensões, as áreas da saúde e da assistência social, conforme estabelecido na Constituição de 1988. O saldo dessa contabilidade é positivo, ao menos por enquanto. Em 2015, a Seguridade Social teve um superávit de R$ 20 bilhões, pelas contas da economista Denise Lobato Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresentou uma tese de doutorado sobre o assunto, intitulada “A política fiscal e a falsa crise da Seguridade Social brasileira”. Ela também foi convidada a debater o tema na comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, no plenário da Câmara. Denise afirma que, se a reforma tivesse relacionada ao ajuste fiscal, o governo tentaria aumentar as receitas da Seguridade Social. “Ao invés disso, busca comprimir os gastos. O governo poderia, por exemplo, abrir mão das renúncias fiscais em favor de
casos específicos COMO VÃO SE APOSENTAR PROFESSORES
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Tempo mínimo de contribuição:
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COMO VÃO SE APOSENTAR POLICIAIS Tempo mínimo de contribuição:
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anos
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anos Idade mínima
sendo 25 em atividade policial
Fonte: Contran (Conselho Nacional de Trânsito)
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anos sendo 20 em atividade policial
“O governo poderia, por exemplo, abrir mão das renúncias fiscais em favor de empresas que não dão nada em contrapartida ou cobrar a dívida dos sonegadores da Previdência. Ou seja, a União não cobra das empresas sonegadoras e ainda entrega a elas a possibilidade de pagarem menos tributos legalmente. Então, é o próprio governo que provoca o déficit. Não é o aumento dos gastos” Denise Lobato Gentil, economista da UFRJ
empresas que não dão nada em contrapartida ou cobrar a dívida dos sonegadores da Previdência. Ou seja, a União não cobra das empresas sonegadoras e ainda entrega a elas a possibilidade de pagarem menos tributos legalmente. Então, é o próprio governo que provoca o déficit. Não é o aumento dos gastos”, observa. O Executivo, naturalmente, discorda dessa análise. Um dos principais nós é o envelhecimento da população. O governo alega que hoje uma em cada 10 pessoas é idosa. Em 2060, uma em cada três será idosa. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo dos anos, portanto, a Previdência vai contar com menos pessoas jovens para contribuir e sustentar os aposentados. Em artigo recente, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida Júnior, frisa que a reforma da Previdência é uma necessidade aritmética. “Sem ela, o gasto com aposentadorias e pensões, daqui a 10 anos, será R$ 113 bilhões maior que o atual – um montante superior a tudo que o governo federal gasta em saúde pública, por exemplo.” E acrescenta: “Se nada for feito, o governo federal vai se transformar em mero pagador de aposentadorias e pensões”. Mas, assim como o déficit da Previdência registra trajetória crescente, o superávit da Seguridade vem diminuindo. Em 2012, por exemplo, o saldo positivo beirava os R$ 80 bilhões, segundo Denise Gentil. Embora parte desse movimento se deva à piora do mercado de trabalho, que reduziu as contribuições previdenciárias e elevou gastos com o seguro-desemprego, especialistas veem na trajetória cadente um indicativo de que os problemas da Previdência e o envelhecimento da população cedo ou tarde radio.esbrasil.com.br •
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previdência
levarão para o vermelho também os números hoje em “azul” da Seguridade. O economista Marcos Lisboa, presidente do Instituto de Estudo e Pesquisa (Insper), que também debateu o tema na Câmara dos Deputados, salienta que o problema da Previdência brasileira não é o déficit atual nas contas, mas o crescimento da população idosa e a diminuição da população que trabalha. casos específicos Militares A reforma não inclui os militares, que têm e continuarão tendo regras próprias para aposentadoria. Atualmente, os militares se aposentam com salário integral, sem idade mínima e com 30 anos de contribuição. O governo afirma que deve elaborar um projeto de lei separado para também mudar as aposentadorias deles.
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“Sem ela, o gasto com aposentadorias e pensões, daqui a 10 anos, será R$ 113 bilhões maior que o atual – um montante superior a tudo que o governo federal gasta em saúde pública, por exemplo” Mansueto Almeida Júnior, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, em artigo recente
“Nós vamos ter muitos aposentados para poucos jovens. A população em idade de trabalhar vai diminuir 6,7% até 2060. A população acima de 65 anos vai aumentar 262% no mesmo período. O total de pessoas com mais de 80 anos vai ser multiplicado por 10. Uma reforma da Previdência é sempre longa, e nós já estamos atrasados”, alerta.
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trabalho
Atestados: falsificações com os dias contatos
I
mpedir a atuação da máfia de falsos atestados médicos e frear o prejuízo que causam a empresas e profissionais da saúde. Essas foram as motivações que levaram médicos e programadores capixabas a se unir e criar o WEBatestados. O aplicativo, lançado há pouco mais de um mês, garante certificação digital nos atestados emitidos digitalmente. Para os médicos, a plataforma representa menos preocupação com fraudes em seus carimbos e assinaturas. Para empregadores, a garantia de que não estarão arcando com despesas desnecessárias. “O aplicativo ficou dois anos sendo gerado. E vem solucionar um problema de sustentabilidade social. É bom pra todo mundo, pois protege a idoneidade do médico e garante ao empresário o fim de um prejuízo absurdo”, destaca o médico Thiago Bissoli, um dos idealizadores do WEBatestados. Na avaliação de Dimitri Guimarães, sócio programador da tecnologia, a plataforma veio para melhorar a profissão dos médicos. “Exatamente como fazemos no Vale do Silício. Estamos abertos a novas ideias e vamos validando a plataforma com os profissionais locais para depois expandirmos para outros estados. Vamos oferecendo cada vez mais facilidades a médicos, empresas e colaboradores.” No Espírito Santo, a remuneração média mensal do trabalhador (incluindo todas as profissões) é de R$ 2.360,68, de acordo com a Relação
“O aplicativo ficou dois anos sendo gerado. E vem solucionar um problema de sustentabilidade social. É bom pra todo mundo, pois protege a idoneidade do médico e garante ao empresário o fim de um prejuízo absurdo” Thiago Bissoli, um dos idealizadores do WEBatestados 32
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WEBatestados Para ter acesso ao WebAtestados, basta digitar https://webatestados.com. O médico ou a empresa deverá se cadastrar no site e informar o código verificador, enviado por e-mail. O investimento para empresas é de R$ 80 por ano (cerca de R$ 6 por mês). Médicos estão isentos.
Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego (Rais/TEM), de 2015 – último dado oficial divulgado. Entretanto, considerando todos os impostos e encargos previstos por lei, o desembolso para o empresário é maior, pois o funcionário pode custar até 100% a mais que o valor da sua remuneração. A plataforma foi aprovada pela Associação Médica do Espírito Santo (Ames). Segundo a entidade, a estimativa é que sejam emitidos cerca de 30 mil documentos falsificados por mês. Assim, se considerarmos a remuneração média diária do trabalhador e que um atestado médico emitido equivale a um dia de trabalho afastado, estima-se que o prejuízo para os empresários capixabas possa atingir R$ 4,7 milhões por mês, em consequência de afastamentos indevidos provenientes de atestados médicos falsos. Esse número pode ser muito maior. Isso porque um atestado médico pode gerar mais de um dia de afastamento. O empresário que tem o funcionário afastado tem de custear a falta e, provavelmente, terá prejuízos na produtividade e na readequação da equipe, destaca a Fecomércio-ES. De acordo com a federação, a conta anual pode chegar a R$ 57 milhões. O presidente da Ames, Carlos Magno Pretti Dalapícola, avalia o aplicativo como excelente oportunidade de moralizar a emissão de atestados médicos. “Dentro de um contexto em que está o país de tanta corrupção, cada um deve fazer a sua parte. Estamos fazendo a nossa”, enfatiza Dalapícola. “É importante lembrar que vender atestado médico é crime, cuja pena pode chegar a um ano de detenção. Já quem apresenta atestado médico falso no trabalho fica sujeito à demissão por justa causa”, observa o advogado Sérgio Carlos de Souza.
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exclusivo
Temos 90 milhões de brasileiros que se submetem a todo tipo de contratação, não têm direito a férias, Fundo de Garantia, 13º salário, seguro-desemprego, auxílio-maternidade e nenhum amparo em caso de acidente. Isso é justo? Está correto?”
Ricardo Ferraço Relator da reforma trabalhista nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) no Senado debate os principais pontos de crítica da proposta 34
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iante do episódio envolvendo o presidente Michel Temer nas delações de Joesley Batista, que desencadeou novo pico na crise política nacional, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chegou a anunciar que a apreciação da matéria estaria suspensa. Mas, em seguida, defendeu a necessidade de separar a crise do governo dos interesses nacionais. O parlamentar, que está com a agenda lotada, abriu espaço nos seus compromissos políticos e pessoais para atender a ES Brasil em uma entrevista exclusiva, na qual apresenta os argumentos que o fazem defender o andamento do processo. Por que mudar as leis trabalhistas? As leis trabalhistas foram feitas em 1940. Naquela época, o Estado era o grande tutor do país, com direito de intervir na vida das pessoas, nas decisões. Por outro lado, o trabalhador era considerado hipossuficiente, incapaz de se organizar. De lá pra cá a vida mudou, o Brasil mudou, o mundo todo mudou. Como não entender a urgente necessidade de adaptar as leis trabalhistas à nova realidade de trabalho? Um estudo recente comparou a legislação trabalhista de 150 países. Estamos na contramão dos países desenvolvidos. Precisamos, na prática, tirar a pata do Estado, que há anos vem tentando resolver a vida das pessoas. E é fato que não tem obtido sucesso nesse ponto, há prejuízo ao trabalhador. Mas quem é prejudicado pela lei atual? Tenho apresentando constantemente um dado que ilustra de forma muito clara esse prejuízo. Temos hoje 140 milhões de brasileiros em idade laboral, mas somente 50 milhões com carteira assinada. Desse montante, 11 milhões são servidores públicos, 39 milhões atuam no setor privado. Mas temos 90 milhões de brasileiros que não ingressaram no mercado de trabalho pela porta da frente, não têm carteira assinada. Esses trabalhadores precarizados não têm sindicato nem parlamentares que os defendam. Isso significa que temos 90 milhões de brasileiros que se submetem a todo tipo de contratação, não têm direito a férias, Fundo de Garantia, 13º salário, seguro-desemprego, auxílio-maternidade e nenhum amparo em caso de acidente. Isso é justo? Está correto? As leis que estão aí foram construídas para um país que não existe mais. Em 77 anos, a CLT não foi capaz de gerar a inclusão necessária. O maior receio do trabalhador e principal argumento da oposição é sobre a perda de direitos duramente conquistados ao longo dos anos. Como não temer esse prejuízo? Há muita má-fé por parte de alguns segmentos que estão tendo seus interesses contrariados. Esse argumento é uma falácia. A reforma trabalhista é uma lei ordinária, jamais irá sobrepor-se à Constituição Federal, onde os direitos dos trabalhadores estão consagrados. Essas mesmas pessoas que afirmam perda de direitos, quando questionadas sobre qual deles será perdido, não conseguem apontar um único sequer. O que a proposta atual faz é uma leitura muito adequada sobre o mercado de trabalho, sobre a forma como ele está desenhado hoje. E realmente espero que a gente consiga dar prosseguimento nessa direção e apartar a crise política das reformas que precisam ser enfrentadas.
Novas regras, como a possibilidade de divisão de férias em até três vezes e redução do horário do almoço, não representam risco de prejuízo ao trabalhador? Essas não são regras que podem ser impostas pelo empregador. Tanto a divisão das férias quanto a redução do horário de almoço são decididas pelo trabalhador. Uma possibilidade que já existe na Alemanha, na Eslovênia, e que tem dado muito certo. A divisão das férias traz a enorme vantagem de permitir ajustes para que a pessoa possa aproveitar as férias do companheiro ou filhos na escola. Além disso, o trabalhador que precisar sair, por exemplo, duas vezes por semana mais cedo para buscar o filho na escola, ou para fazer um curso, negocia então redução do tempo para almoço com o empregador. Vou além, pergunte às pessoas que você conhece e vai constatar que a grande maioria delas prefere fazer apenas uma hora de almoço e sair às 17 horas a sair às 18 horas. Essa flexibilização valoriza o espaço da família. E quanto à terceirização? Recentemente, um juiz do Trabalho em Vitória escreveu um artigo apontando que essa forma de contrato reduz em 30% os salários e que nos últimos anos “nada menos que 80% dos acidentes de trabalho no Brasil ocorreram com trabalhadores terceirizados”. Também é preciso desmistificar essa questão. Falar em precarização do trabalho é falacioso, pois o trabalhador continuará tendo sua carteira assinada e todos os direitos trabalhistas previstos na legislação. A pesquisa que existe mostrando que o terceirizado ganha menos possui um erro crasso, pois só considera a remuneração de atividades nas quais se permitia terceirizar, isto é, as atividades-meio, que são as de menor remuneração. A terceirização nada mais é que a especialização. É permitir que as empresas atuem em coordenação, focando as áreas que possuem maior expertise. A terceirização facilita a contratação da mão de obra temporária. Facilita a expansão dos empregos. Muitas vezes, a empresa resiste à hipótese de aumentar o emprego justamente em consequência da rigidez das leis trabalhistas. Daí a importância da terceirização, para fazer com que funções temporárias ou em caráter não permanentes sejam viabilizadas. E quanto ao fato de o acordado ter superioridade ao legislado? Também não é risco? É outro argumento sem sentido. Primeiro porque o acordado sobre o legislado já é previsto na legislação federal e há larga jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a favor do acordado. A proposta divide claramente o que pode o que não pode nesse tema. E tudo aquilo que está no artigo 7ª° da CF, que são os direitos fundamentais da pessoa que trabalha nas áreas urbana e rural, não pode ser afetado. O negociado sobre o legislado vale para questões específicas. Segundo, porque as pessoas acham que é o trabalhador que vai negociar com o patrão, mas não é essa a realidade. São os sindicatos de classe que negociam com os sindicatos patronais, em pé de igualdade. Essa obrigatoriedade da participação dos sindicatos nas negociações é constitucional, portanto, falta mesmo é informação, para que de fato as pessoas possam saber o que estamos fazendo aqui. O que estamos buscando para o Brasil é o que vem sendo empregado nos países desenvolvidos e tem dado certo, gerando desenvolvimento. radio.esbrasil.com.br •
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A CLT trata o dono da pequena padaria do seu bairro da mesma forma que trata mal o dono do maior banco do país. Sobra hostilidade nas áreas tributária, trabalhista e administrativa”
para sair desse cenário tão crítico. A proposta não se pauta em “achismo”, especulação. Tivemos orientação de assessores técnicos do Senado altamente capacitados para pesquisar e avaliar todos os pontos críticos. Estou pronto para acertar contas com o futuro. Defendo essa proposta com a convicção e a serenidade de que estamos fazendo o necessário, o melhor. Um agravamento da crise política pode paralisar o processo de votação das reformas? A crise por certo é muito grave, complexa, envolve diretamente não apenas o governo, mas também a pessoa do presidente da República. E é claro que isso fortalece a oposição. Mas vamos continuar fazendo esforço para manter separada a crise que liga o presidente, o governo, da manutenção dos processos que todos admitem serem pressupostos à retomada da economia, ao desenvolvimento do Brasil. Por isso, mesmo diante de algumas discordâncias, espero que haja continuidade das reformas. O senhor trabalha com a possibilidade de não conseguir aprovar a reforma? Mesmo diante de alguns impasses e discordâncias, que são normais em um processo democrático, continuo reafirmando a importância de que haja entendimento sobre o grau de importância da matéria. Estou muito confiante de que conseguiremos aprovar a reforma no Senado ainda no mês de julho. Nosso país é imenso, heterogêneo. Você não consegue hoje com uma única norma atender aos anseios das diferentes categorias e regiões. Daí a importância fundamental da convenção coletiva, capaz de garantir as melhores condições ao trabalhador daquela determinada categoria, naquela região. As leis atuais têm engessado o mercado de trabalho, impedido que prospere livremente, sem esse intervencionismo do Estado, que quer decidir tudo pelas pessoas como se elas não tivessem capacidade para isso.
PERGUNTAS RESPONDIDAS APÓS A APROVAÇÃO DA REFORMA NO DIA 11 DE JULHO DE 2017
Por que os defensores da reforma afirmam que a legislação atual prejudica o empreendedorismo? Há pouco tempo tivemos aqui no Estado a presença do juiz do Trabalho do Paraná Marlos Augusto Melek, que destacou exatamente esta questão: a de que o governo brasileiro trata os pequenos empresários, os empreendedores, com muita hostilidade. E é muito fácil exemplificar essa hostilidade. A CLT trata o dono da pequena padaria do seu bairro da mesma forma que trata mal o dono do maior banco do país. Sobra hostilidade nas áreas tributária, trabalhista e administrativa. Converse com alguém que abriu um negócio e pergunte como foi o processo para obtenção dos alvarás de funcionamento, por exemplo.
As pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre a reforma. Ela vale para todos? Sim. Para os contratos de trabalho que já estão vigentes e os que serão firmados. Os acordos e convenções coletivas serão mantidas, ela não irá alterar estes dois itens.
A oposição afirma que a velocidade do andamento da reforma é um forma de auxiliar Temer a se manter no poder. O tempo de debate não foi realmente muito pequeno? Há décadas discutimos a necessidade de aperfeiçoamento de lei trabalhista. Essa reforma não tem dono, não representa projeto de nenhum governante, e sim traduz uma necessidade real do país 36
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O senhor já esperava a aprovação da reforma? Eu sempre acreditei porque a reforma é uma necessidade há décadas. As nossas leis trabalhistas não dialogam com as pessoas e muito menos com o mercado de trabalho, precisávamos desta reforma e eu sempre acreditei nesta aprovação.
A Reforma Trabalhista realmente aumentará a oferta de postos de trabalho? A flexibilização acompanhada da proteção será responsável sim pela inclusão de pessoas no mercado de trabalho. Essas pessoas entrarão pela porta da frente no mercado, terão chance de sair da informalidade. Será o fim dos sindicatos? Em absoluto. Não debatemos o fato sim o fim do imposto sindical. O sindicato não pode acabar porque só ele pode assinar acordos ou convenções coletivas. O que acontecerá agora é que os sindicatos terão que se reinventar para atraírem associados. Os bons sindicatos que realmente defendem e trabalham pelos interesses dos trabalhadores continuarão a existir.
TECNOLOGIA
GILBERTO SUDRé é especialista em Segurança da Informação e perito em Computação Forense
Os antivírus se tornaram inúteis? Os ataques e os vírus estão cada vez mais complexos, assim como os sistemas
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pesar da presença de antivírus avança- na proteção contra códigos maliciosos, dos no mercado, temos acompanhado mas não podem considerados a única barreira que os cibercriminosos continuam a que impede ataques. E agora, o que fazer? O importante neste lançar ataques cada vez mais bem-sucedidos contra empresas e usuários. Então fica caso é adotar vários mecanismos e procea pergunta: por que o software de antivírus dimentos para melhorar a segurança da deixou de ser eficaz na detecção e no bloqueio nossa navegação na internet. A primeira, e talvez mais importante da maioria dos malwares em computadores ação, seja a educação dos usuários quanto e smartphones? A realidade é que os ataques e os vírus estão ao uso dos recursos de tecnologia da inforcada vez mais complexos, assim como os mação para que estes saibam identificar sistemas os quais eles se propõem a proteger. as armadilhas ou mesmo adotar práticas Além disso, surgem a cada mês 100 mil novos de baixo risco no mundo digital. O uso de outras vírus, o que exige uma ferrament as de complexidade maior prot e ç ã o c om o para a operação do E para aqueles anti-spyware, antiantivírus do que aquela momentos em que todas -spam e firewalls apresentada para seu as outras ferramentas também ajudam a funcionamento tradireduzir a chance de cional. Na abordagem de proteção falham, invasão por vírus. convencional os antio recurso capaz de evitar E para aqueles vírus devem conhecer e muita dor de cabeça, às momentos em que comparar uma base de todas as outras dados de vírus conhevez esquecido por muitos ferrament as de cidos para saber se um usuários, é o backup.” proteção falham, aplicativo é ou não malio recurso capaz de cioso. Imagine então o problema de se manter atualizada uma lista evitar muita dor de cabeça, às vezes esquecido por muitos usuários, é o backup. Com que cresce mensalmente a essas taxas. Outro grande entrave atual é que temos a queda dos preços dos discos rígidos muitos pontos de troca de informação e acesso externos, essa é uma ação simples e às redes de computadores, o que aumenta barata que pode tirar você de uma séria a variedade de dispositivos que os antivírus enrascada. Lembre-se, não existe 100% de seguprecisam proteger, como smartphones, tablets e computadores. Isso sem contar os novos rança, mas com o uso de ferramentas integrantes dessa relação, como televisores, adequadas e bom senso é possível reduzir a chance de ter seus dados perdidos ou relógios inteligentes e até automóveis. Então é o fim dos antivírus? Certamente violados. Só não dá para confiar em uma que não, eles ainda têm sua relevância só proteção.
ciência e Inovação
Foto: Divulgação/ Waymo
Foto: Divulgação
Descoberto novo antibiótico eficaz contra bactérias resistentes
AUTOMÓVEIS
Google substitui veículo autônomo por Chrysler A Waymo, empresa que controla os carros autônomos do Google, anunciou que irá aposentar um de seus principais símbolos, o pequeno automóvel Firefly. O objetivo da mudança é integrar sua tecnologia autônoma em carros maiores e comerciais. Com a decisão, o novo veículo que será testado é a versão da minivan Chrysler Pacifica. No entanto, os carros não serão demolidos. Nos próximos meses, a Waymo deverá exibir o Firefly em eventos e exposições nos Estados Unidos e Reino Unido. O Google começou a testar sua tecnologia para esses veículos em 2009, com os modelos da Toyota. Agora, são avaliados nas ruas de Mountain View, na Califórnia; de Austin, no Texas; em Kirkland, em Washington; e de Phoenix, Arizona. Getty Images / Andreas Rentz
TECNOLOGIA
Drones podem salvar pessoas com ataques cardíacos
De acordo com um artigo publicado na revista médica Journal of the American Medical Association, os drones poderiam ajudar a salvar a vida de pessoas que sofrem um ataque cardíaco, entregando desfibriladores antes da chegada de uma ambulância, evitando complicações no quadro clínico ou falecimento do paciente. Atualmente, pessoas que sofrem ataques cardíacos fora dos hospitais têm uma taxa de sobrevivência de 8% a 10%. Dessa forma, os drones seriam programados para entregar um desfibrilador no local onde se encontra o paciente em média 16 minutos mais rápido do que um veículo tradicional de emergência médica leva para chegar até a vítima. O aparelho ainda está em fase de estudo em Estocolmo, na Suécia, e, se apresentar grandes resultados, contribuirá bastante para aumentar as taxas de sobrevivência da população. 40
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Cientistas da Universidade Rutgers-New Brunswick e da empresa italiana de biotecnologia Naicons anunciaram, em um teste na Itália, um novo antibiótico eficiente contra as bactérias resistentes. O medicamento, produzido por um micróbio encontrado no solo, que foi batizado como “pseudouridimycine” (PUM), conseguiu destruir uma gama de bactérias, muitas delas resistentes, durante os testes de laboratório. Também foi capaz de curar alguns ratos infectados com escarlatina. O pseudouridimycine neutraliza a polimerase, uma enzima essencial para todas as funções de cada organismo. Segundo os cientistas, o novo antibiótico pode chegar ao mercado dentro de uma década.
China lança seu primeiro telescópio de raios x ao espaço A China lançou ao espaço seu primeiro telescópio de raios X com o objetivo de estudar os buracos negros e os pulsares, em uma nova etapa de seu programa nuclear. O telescópio, de 2,5 toneladas, foi colocado em órbita por um foguete de Longa Marcha-4B, que descolou do centro de lançamento de satélites de Jiuquan, situado no deserto de Gobi. De acordo com a agência Nova China, o telescópio “Insight” permitirá aos cientistas observar os campos magnéticos e o interior de pulsares, para compreender melhor a evolução dos buracos negros. Um pulsar é uma estrela de nêutrons que emite uma radiação eletromagnética em uma determinada direção, como um farol. Um buraco negro é um objeto celeste tão maciço que mesmo a luz não pode escapar dele devido à sua fenomenal força de gravidade.
Titanic pode desaparecer do oceano por causa de bactéria Considerado o maior navio que já existiu, o RMS Titanic, cujo naufrágio ocorreu em 1912, pode desaparecer do oceano. Cientistas acreditam que em algumas décadas pode não sobrar mais nada do navio por causa de uma espécie de bactéria que está aos poucos comendo seu casco de ferro. A bactéria Halomonas titanicae, que leva o nome em homenagem à embarcação, consegue sobreviver em condições completamente inabitáveis para a maioria das formas de vida na Terra: água completamente escura e com uma forte pressão. Por estar 3,8 km abaixo da superfície, submetido a pouca luz e pressão intensa, o casco se tornou inabitável para a maioria dos tipos de vida, o que atrasou a corrosão. Depois de 30 anos, porém, está enferrujando por causa de bactérias. Alguns pesquisadores agora dão um prazo de validade de 14 anos até que o navio desapareça para sempre.
panorâmicas
Parceria do Editor
Encontro anual O presidente e o vice-presidente do Corecon-ES, Victor Nunes Toscano e Eduardo Araujo, participaram do encontro anual do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), em Domingos Martins, no dia 10 de junho. O evento contou com a presença do governador do Estado, Paulo Hartung, e de renomados economistas, dentre eles a ex-secretária da Fazenda de Goiás Ana Carla Abrão, o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, e o ex-presidente do Ibef-ES Luciano Machado.
XXII Prêmio ES de Economia Estão abertas as inscrições para o XXII Prêmio ES de Economia, que será realizado no dia 8 de agosto. O evento premiará a melhor monografia e o melhor artigo científico. Serão aceitas monografias entregues até 31 de dezembro de 2016, que deverão ser enviadas pelo chefe do departamento do curso. Já os artigos têm que ser de autoria de economistas formados. Mais informações pelo e-mail marketing@corecon-es.org.br e pelo telefone (27) 3233-0618. O formulário está disponível no site corecon-es.org.br.
PROPOSTA
reunião com o bandes A proposta de uma parceria institucional para premiar a produção acadêmica na área de desenvolvimento econômico do Espírito Santo foi tema de uma reunião entre o Corecon-ES e o Bandes. No encontro, ocorrido no dia 12 de junho, participaram o presidente e vicepresidente do Corecon-ES, Victor Nunes Toscano e Eduardo Araujo, e o presidente do Bandes, Aroldo Natal. nas escolas
Palestras para estudantes O projeto “Corecon-ES nas Escolas” está percorrendo a Grande Vitória e o interior do Estado com a palestra “Desvendando a Profissão de Economista”, destinada a estudantes do ensino médio. No mês de maio, foram contempladas com a iniciativa duas unidades de ensino: o Colégio Castro Alves, em Cariacica (dia 24), e a Escola Viva de São Mateus (31). As palestras são ministradas pelo economista e conselheiro Ricardo Paixão.
Economia em Debate O presidente do Corecon de São Paulo e professor da USP, Manuel Enriquez Garcia, foi o palestrante convidado do evento Economia em Debate, que aconteceu no dia 30 de maio, no restaurante Slaviero Alice, em Vitória. A programação faz parte de uma série de reuniões informais realizadas para promover a troca de experiências e debater assuntos relevantes relacionados à economia brasileira. radio.esbrasil.com.br •
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tributos
A adesão para renegociação pode ser feita presencialmente ou online. Em Cariacica, os descontos sobre juros e multas são de até 100%
Refis: renegociação de dívidas garante recursos aos cofres públicos
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nstituído pela primeira vez em 2000, o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) tem sido utilizado nas esferas federal, estadual e municipal sempre que a economia não se apresenta em uma situação muito favorável. E, no cenário atual de tantas incertezas – com os agentes econômicos e políticos não se arriscando a prever com precisão a retomada do crescimento econômico, com as taxas de desemprego ainda em patamares muito elevados, e com a maioria dos cofres públicos em desequilíbrio –, a possibilidade de uma “receita extra” oriunda das renegociações é considerada muito bem-vinda. As facilidades que surgem para o pagamento de dívidas tributárias são uma importante alternativa para as empresas em busca da normalização de sua condição com o Fisco, na intenção de recuperar sua capacidade de operação. O Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), novo Refis federal, que beneficia pessoas tanto jurídicas quanto físicas, é mais uma ferramenta lançada pela gestão pública na tentativa de diminuir a inadimplência e aumentar a arrecadação. A Medida Provisória nº 783, publicada em 31 de maio, permite pôr
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em ordem débitos tributários e não tributários vencidos até 30 de abril. E a Instrução Normativa RFB 1.711/2017 regulamentou o Pert no âmbito da Receita Federal. O prazo para aderir ao programa é 31 de agosto. E o tempo máximo de parcelamento será de 175 meses. Outra possibilidade apontada na MP é a de redução de multa e juros. A adesão à iniciativa deve ser feita por meio de requerimento protocolado exclusivamente no site da Receita na internet (http://rfb.gov.br). “O artigo 2º da MP regula o Refis no âmbito da Receita Federal, e o artigo 3º, na esfera da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, com regras distintas para os débitos. Os demais artigos da medida provisória tratam das disposições comuns aplicáveis a ambos os órgãos (RFB e PGFN)”, explica o diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação no Espírito Santo, Alexandre Buzato Fiorot. Débitos com a Receita poderão ser liquidados com utilização de créditos de prejuízo fiscal, da base de cálculo negativa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, além de outras
Como aderir aos programas de refinanciamento de dívidas Esfera
Prazo para adesão
Federal
31 de agosto 31 de agosto – 2ª fase 30 de novembro – 3ª fase
Estadual Vitória
1ª etapa - Até 17 de julho 2ª atapa - 18 de julho a 14 de dezembro
Cariacica
15 de agosto
Vila Velha
5 de agosto
Informações / adesão http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv766.htm http://internet.sefaz.es.gov.br/informacoes/refis2015.php Agendar atendimento em http://agendamento.vitoria.es.gov.br/ Aplicativo Vitória Online (para Android e iOS) Setor de Atendimento ao Contribuinte, térreo da prefeitura, de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas Pelos telefones 3354-5894 ou 3354-5870. Adesão online pelo site www.cariacica.es.gov.br e clicar no link portal de serviços online Pelos telefones 3139-7224 e 3139-7497 Prefeitura de Vila Velha, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas
cifras próprias do contribuinte. Mas o uso desses recursos não será possível às pendências financeiras inscritas em dívida ativa, administradas pela Procuradoria. Espírito Santo A primeira fase do Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos Fiscais, o Refis, foi iniciada em abril deste ano e terminou no dia 31 de maio. Nesse período foram arrecadados R$ 67,9 milhões. Do total recolhido, R$ 61 milhões são de dívidas relacionadas ao ICMS; R$ 5,2 milhões, de débitos com o IPVA; e R$ 1,7 milhão, de cifras de ITCMD. Às prefeituras foram repassados 25% dos R$ 61 milhões oriundos do pagamento de débitos de ICMS, conforme o Índice de Participação dos Municípios (IPM). Quanto às pendências com o IPVA, R$ 2,6 milhões (metade da somatória) foram distribuídos com base no local de emplacamento dos veículos. “O montante arrecadado está em linha com a expectativa da Secretaria da Fazenda. O mais importante é destacar a adesão. Tivemos mais de mil empresas que aderiram ao programa e que estão prontas para continuar suas atividades sem pendências, gerando desenvolvimento, investimentos e empregos no Estado”, afirma o secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal. Os contribuintes que perderam o primeiro ciclo do Refis podem ter acesso aos benefícios da segunda etapa, garantindo seu ingresso até 31 de agosto. As dívidas de ICM e ICMS terão
“O artigo 2º da MP regula o Refis no âmbito da Receita Federal, e o artigo 3º, na esfera da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, com regras distintas para os débitos. Os demais artigos da medida provisória tratam das disposições comuns aplicáveis a ambos os órgãos (RFB e PGFN)” Alexandre Buzato Fiorot, diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação no Espírito Santo
descontos de até 95% nas multas e juros, no pagamento à vista, de débitos compostos de imposto e multa. Para os débitos de IPVA e ITCMD, haverá redução de 100% nos juros e nas multas, desde que o pagamento seja feito à vista. O parcelamento em 12 parcelas fixas dispensará juros ou atualização monetária. Quem optar por uma divisão em mais vezes terá 1% de juro de mora ao mês e atualização monetária. Os pagamentos poderão ser fracionados em até 36 meses, no caso de IPVA, e em até 60 meses, para obrigações do ITCMD. As empresas com dívidas de ICM e ICMS poderão parcelar em até 120 vezes. Para cada dívida será firmado um contrato de parcelamento. Grande Vitória As administrações municipais também conseguiram aprovar programas de refinanciamento nas Câmaras de Vereadores. Na capital capixaba, o Refis entrou em vigor em 20 de março, e até 16 de junho foram fechados 4.462 acordos, que resultaram em R$ 24.883,245,00 de arrecadação aos cofres públicos. O programa em Vitória apresenta duas etapas. Na primeira delas, até 17 de julho, o contribuinte obtém até 100% de isenção em juros e multas. Já na segunda, até 14 de dezembro, o desconto máximo é de 80%, enfatiza o subsecretário da Fazenda, Henrique Valentim. A Prefeitura de Vila Velha registrou, até 14 de junho, 1.403 parcelamentos por meio do Refis/2017, com valor negociado de R$ 6.779.839,10 ; a cifra paga alcançou R$ 653.501,21. E em Viana, a prefeitura recolheu nos cinco primeiros meses do ano cerca de R$ 4,6 milhões de IPTU. Desse montante, R$ 1,8 milhão foi resultado do programa Fique em Dia, que viabiliza facilidades na hora de o cidadão quitar débitos municipais. Os abatimentos podem chegar até 100% em juros e multas, e os valores são divididos em até 60 parcelas, com prestações a partir de R$ 25 (para pessoa física ou microempreendedor individual) e de R$ 200 (para pessoa jurídica). São enquadrados os débitos dos impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Também são negociáveis Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (Cosip), taxas diversas e multas por infração à legislação do município. radio.esbrasil.com.br •
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agro CAFÉ
Sonegação causa prejuízo de R$ 100 milhões Para combater a sonegação fiscal no setor do café, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e a ProcuradoriaGeral do Estado (PGE) deram início em junho à Operação Café Frio. A mobilização busca bloquear a emissão de notas fiscais de 23 empresas, que desde 2015 vinham fraudando a Receita Estadual no que diz respeito aos créditos de ICMS referentes à comercialização do produto no Estado. As fraudes ocorreram de duas formas distintas. Em uma, nove empresas solicitavam administrativamente a compensação de ICMS por meio de precatórios, cuja utilização para esse fim não é prevista em lei, caracterizando abuso de direito. A outra irregularidade identificada consistiu na emissão de notas fiscais de operações simuladas por empresas “laranja” de outros estados. O prejuízo total causado aos cofres públicos é da ordem de R$ 100 milhões. RECONHECIMENTO
Instituto é homenageado em evento internacional
Governo cria fundo para incentivar pesca O governador do Estado, Paulo Hartung, encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que institui o Fundo Estadual de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura (Funpesca) e a Compensação Socioambiental por impacto à atividade pesqueira. O objetivo é criar um fundo que preste apoio financeiro em programas e projetos de interesse da economia estadual, promovendo iniciativas para o desenvolvimento da pesca e da aquicultura de maneira sustentável. As receitas do fundo serão oriundas de licenças, permissões e autorizações para o exercício da pesca comercial no Estado e também de valores arrecadados a título de compensação ambiental por prejuízos à atividade pesqueira. esbrasil •
Após receber denúncia anônima, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) embargou uma área de aproximadamente três hectares – o equivalente a três campos de futebol, em Vila Valério, na região norte do Estado. O embargo ocorreu em razão do desmatamento ilegal de vegetação nativa em estágio médio de regeneração. A prática depende de autorização prévia do instituto, conforme determinado por lei estadual, mas só pode ocorrer em vegetação que se encontre em estágio inicial de regeneração. O responsável foi autuado e, além de recuperar a área, não poderá utilizá-la para outras finalidades.
Superávit comercial atinge US$ 8,38 bilhões em maio
FOMENTO
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Idaf embarga área no norte do ES
AGRONEGÓCIO
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foi um dos homenageados do 7º Coffe Dinner & Coffes Summit, evento internacional que celebra o início de uma nova safra cafeeira, realizado em São Paulo. Promovida bianualmente pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a iniciativa reúne a comunidade cafeeira, exportadores, produtores, cooperativas, industriais, importadores e instituições relacionadas com o agronegócio. No segmento pesquisa, o Incaper foi a entidade indicada à premiação pela atuação na cafeicultura capixaba. “Isso mostra que estamos no caminho certo na difusão de tecnologias para os produtores rurais”, ressaltou o diretor-presidente do Incaper, Marcelo Suzart de Almeida.
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DESMATAMENTO
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O superávit comercial do agronegócio brasileiro atingiu US$ 8,38 bilhões em maio, o terceiro maior da série história para o mês, abaixo apenas dos valores alcançados em 2012 e 2013. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações atingiram US$ 9,68 bilhões, crescimento de 12,8% em relação a maio de 2016, e as importações ficaram em US$ 1,3 bilhão, alta de 30% na mesma base de comparação. Os destaques das vendas no mês foi o complexo soja, que respondeu por 48,8% das atividades do agronegócio, açúcar e celulose.
INVESTIMENTO
Frigorífico para abate de ovinos é inaugurado Foi inaugurado em Boa Esperança, interior de Vargem Alta, no sul do Espírito Santo, o primeiro frigorífico do Estado para abate de ovinos e caprinos. Com capacidade para abater até 80 animais, o frigorífico “Sempre Amigo” vai gerar inicialmente 17 empregos diretos e contou com investimentos de cerca de R$ 4,5 milhões. O registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) foi concedido em 7 de junho. A inauguração, que marcou também o início da operação da unidade, aconteceu no dia 19 de junho e contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto.
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Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
rua JOSÉ MARCELINO
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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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osé Marcellino Pereira Vasconcelos foi uma dessas pessoas que não nasceram apenas para cumprir o destino marcado pelas difíceis circunstâncias vividas na fase inicial de sua formação. A expressão árabe “maktub” – “estava escrito” – não foi seu lema. As dificuldades encontradas por este capixaba nascido em Vitória no dia 1º de outubro de 1821 foram, ao contrário, estímulo para superação de problemas e o levaram a conquistas que o projetaram como um dos grandes nomes da nossa História nos vários segmentos de atuação aos quais se empenhou. Filho do major José Marcellino de Andrade Vasconcellos, o menino só pôde frequentar a Escola de Ensino Mútuo graças ao professor José Joaquim de Almeida Ribeiro. Determinado, o jovem estudou latim com o mestre padre Ignácio Felis de Alvarenga Salles e francês no Lyceu de Vitória, instituto criado em 1843 e que recebera essa denominação em 1854. As dificuldades financeiras da família levaram-no a ingressar no mercado de trabalho muito cedo. E foi com livros tomados por empréstimo que pôde dar continuidade aos seus estudos. esbrasil •
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Aos 18 anos, foi indicado procurador da Câmara Municipal de Vitória e empossado no cargo em maio de 1840. Já com prestígio de homem culto e responsável, seu nome ganhou projeção no sul da província, levando o governo a pedir-lhe coadjuvação, nomeando-o para cargos policiais e judiciais, desempenhados com sucesso “acima de todos os encômios”. O trabalho realizado com brilho nas diversas frentes para as quais fora convocado conduziu-o inevitavelmente para a área política, elegendo-se, sucessivamente, juiz de paz, vereador e deputado provincial em mais de uma legislatura. Por eleição popular, conquistou a cadeira de deputado provincial para o período 1848/49, reeleito em 1852/53, 1856/57, 1858/59 (12ª legislatura), 1860/61 (13ª legislatura) e 1864/65, tendo assumido a vaga por falecimento do desembargador José Ferreira Santos, para a 15ª legislatura. Também foi deputado geral (deputado federal) em 1864/67. Até por força de sua intocada atuação nas várias frentes de trabalho em que se empenhou, uma
Considerada uma obra de grande valor histórico e cultural, a Capela de Santa Luzia é um marco do início da colonização de Vitória
Foto: Arquivo Público Estadual
GPS - 20.3200175 - 40.3399773
decepção pessoal, sofrida em 1853, atingiu-o com mais força, levando-o a deixar a província e com ela o emprego, a casa, o lugar que ocupava na Assembleia, mudando-se para a cidade do José Marcellino Pereira Rio de Janeiro. Vasconcellos O falecimento de seu pai e de um filho de 5 anos abateu-o fortemente, com reflexos em sua vida profissional, levando-o a retornar a Vitória, onde passou a advogar por provisão. Patriota, mas também até como fuga de um ambiente político desfavorável, fez parte do grupo de oficiais e soldados que, em 14 de fevereiro de 1865, se dirigiu à Corte e de lá para o front da guerra contra as repúblicas do Prata. Elegeu-se novamente deputado provincial. Pela resolução de nº 205, de 11 de setembro de 1868, foi nomeado diretor-geral da Instrução Pública, exonerado pela Resolução nº 11, de 21 de janeiro de 1869, nomeado inspetor da Tesouraria Provincial, de 22 de março de 1867 a 4 de janeiro de 1868), renomeado em 21 de janeiro de 1869, até aposentar-se no cargo em 15 de novembro de 1870. José Marcellino faleceu aos 53 anos de idade, às 10h30 do dia 26 de novembro de 1874 no Hospital de São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro, onde foi sepultado.
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Deixou uma filha e um filho, na época estudante de Medicina, fruto do seu segundo casamento. José Marcellino Pereira Vasconcelos, personalidade que honrou a sua geração de políticos e homens públicos capixabas, teve sua memória imortalizada com seu nome denominando rua da cidade de Vitória, a antiga Rua Santa Luzia, na Cidade Alta. (Copidesque: Rubens Pontes) Acesse, pelo seu smartphone através de um aplicativo leitor QR Code, este e os demais conteúdos da coluna “O Endereço da História”.
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finanças
Weber Caldas
O que você está fazendo hoje para garantir um amanhã seguro? Poupar para não faltar na aposentadoria. Especialistas apontam formas de economizar e melhores opções de investimento para quem quer manter o nível de renda ao parar de trabalhar, sem depender do benefício do INSS
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reforma da Previdência, em tramitação no Congresso, deve obrigar o trabalhador a contribuir por mais tempo para conseguir desfrutar da aposentadoria. Em alguns casos, só depois dos 70 anos será possível deixar o mercado profissional e ter direito a receber os benefícios do INSS de forma integral. Diante desse cenário de mudanças e incertezas, a revista ES Brasil ouviu economistas e educadores financeiros para apontar os melhores
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“Há um universo grande de opções de investimento. O ideal é identificar o mais adequado para o seu objetivo” Renan Lima, planejador financeiro
10 PASSOS PARA PLANEJAR A SUA APOSENTADORIA Defina o seu objetivo: A primeira etapa de qualquer planejamento financeiro é definir aonde você quer chegar. Estabeleça o seu prazo: Esta é uma variável importante para o planejamento da sua aposentadoria: a partir de quando você pretende parar de trabalhar? Seja disciplinado e persista: Definidos o seu objetivo e prazo para realizá-lo, siga seu planejamento com disciplina e persistência, mesmo diante das dificuldades.
“Não coloque todos os ovos numa mesma cesta. Distribua os seus investimentos em diversas aplicações” Mário Vasconcelos, economista
caminhos a seguir e os investimentos a ser feitos para garantir um futuro financeiro mais tranquilo, sem depender apenas dos recursos da Previdência oficial. De acordo com a pesquisa Brazil Investor Pulse, realizada em 2015 pela BlackRock (maior gestora de ativos do mundo), 82% dos brasileiros se mostraram preocupados em não ter uma vida confortável na aposentadoria. Para piorar, 57% disseram não estar bem preparados economicamente para quando esse momento chegar. Para escapar desse problema, o primeiro passo é se planejar. Para aqueles que ainda não começaram a pensar no amanhã, especialistas apontam a necessidade de fazer um raio-X do próprio orçamento para saber de onde tirar recursos para passar a poupar dinheiro para a inatividade. “Nem precisa fazer uma planilha. Basta colocar no papel as suas receitas e as suas despesas. Com isso, dá para saber se você está fechando o mês com saldo negativo ou positivo. E buscar o equilíbrio financeiro a partir dessas contas”, orienta o economista Ricardo Paixão, conselheiro do Corecon-ES (Conselho Regional de Economia do Espírito Santo). Caso esteja encerrando o mês no vermelho, é hora de se reorganizar: “Identifique os gastos e veja o que dá para eliminar. Mesmo em serviços essenciais, como água, luz e telefone, é possível reduzir. Até porque o brasileiro desperdiça de 20% a 30% daquilo que consome. Então, as despesas mensais também podem cair nesse patamar”, afirma a educadora financeira Herica Gomes, da DSOP. Com esse planejamento feito, já dá para separar uma parte da renda para iniciar uma aplicação financeira que garanta recursos para o futuro. O valor a ser investido, porém, vai depender dos seus objetivos. “O trabalhador deve definir a renda que deseja ter e a idade com que pretende se aposentar. Com isso, já se pode saber o montante que precisará ser poupado até lá e as mensalidades
Defina com quais receitas poderá contar: Contar apenas com a Previdência Social para se sustentar na aposentadoria é uma estratégia arriscada. Em geral, recomenda-se assumir que a Previdência irá responder por, no máximo, 20% da sua renda na aposentadoria. Estime quanto precisará juntar: Comece estimando o padrão de gastos que terá ao se aposentar. Ainda que algumas despesas devam diminuir (como os gastos com filhos), outras devem subir, como os gastos com saúde. Comece o quanto antes: Quanto mais cedo começar, maior será o período de acumulação, exigindo menos esforço e garantindo melhores resultados. Seja regular: De nada adianta depositar todo o dinheiro recebido do seu 13º salário, por exemplo, e depois não pensar mais no assunto. Pior ainda: por conta de um mês onde as despesas aumentaram, acabar sacando parte do dinheiro investido. Poupe pouco, mas com frequência. E não mexa nesse dinheiro! Respeite as etapas da vida: Guarde mais dinheiro nos momentos de maior receita (por conta de renda extra, como restituição do IR, férias, bonificações, comissões etc.), poupando menos nos momentos de aperto. Coloque seu plano em ação: Como poupar nada mais é do que decidir adiar uma decisão de consumo, você deverá refletir se vale a pena manter o seu estilo de vida hoje, em detrimento do seu padrão na aposentadoria, ou se deve cortar gastos hoje, para poder se aposentar na data planejada. Reveja periodicamente sua estratégia: De tempos em tempos, avalie o seu planejamento. Você está alcançando suas metas? Será que é preciso revê-las? Em caso de aumento de salário, por exemplo, vale a pena poupar mais. Fonte: www.financaspraticas.com.br
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finanças
POR DENTRO DE ALGUMAS OPÇÕES DE INVESTIMENTO
• CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O que é: Um dos produtos bancários mais oferecidos pelos gerentes. É a ferramenta que o banco utiliza para captar recursos, oferecendo uma pequena remuneração em troca. É possível encontrar CDBs que rendem 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou mais. Mas é um investimento que oferece riscos. Se o banco quebrar, você poderá perder muito dinheiro. Exigência: Geralmente, os grandes bancos exigem aplicação mínima para começar a investir em CDBs, mas em alguns praticamente não existe esse piso.
• T esouro Direto
O que é: Permite que você compre títulos do Tesouro Nacional, com uma boa rentabilidade e bastante segurança. Com rendimentos atrelados à taxa Selic ou à inflação, pós-fixados ou prefixados, os títulos do Tesouro são, até certo ponto, semelhantes ao CDB. Exigência: Para investir em títulos públicos é preciso ter conta em alguma corretora ou banco que trabalhe com esse tipo de investimento. Com apenas R$ 30,00 já é possível comprar uma fração de um título público.
• LCI (Letras de Crédito Imobiliário)
O que são: Pouco conhecidas do público, têm atraído investidores por causa da isenção de IR. Essas vantagens resultam numa rentabilidade superior aos CDBs e Fundos DI, que têm incidência de tributos. A LCI é um investimento de renda fixa e de baixo risco. Exigência: Esse título tem a desvantagem de exigir uma aplicação inicial alta, cerca de R$ 30 mil. A remuneração é informada com base na taxa CDI, em porcentagem. Com rendimento de 90% do CDI, já é possível obter um retorno maior do que um CDB com a mesma porcentagem, visto a isenção de impostos.
• F undos de renda fixa
O que são: Ótimos para investidores iniciantes. Os fundos referenciados DI, que são os mais seguros, acompanham a rentabilidade do CDI. Eles investem em títulos pós-fixados, como aqueles indexados à taxa Selic, para refletir a taxa de juros do mercado interbancário. Num cenário de alta da Selic, os fundos DI se tornam mais atraentes, já que acompanham a elevação dessa taxa. Exigência: É preciso tomar cuidado com a taxa de administração, que afeta a rentabilidade do investimento. Para fundos do tipo renda fixa, é recomendada a escolha daqueles que cobram menos de 1% ao ano. Com apenas R$ 50 já é possível colocar seu dinheiro para render mais.
• P revidência privada
Há dois tipos de planos, que variam com o perfil: Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) – Modalidade indicada para quem declara o Imposto de Renda simplificado ou é isento. Não é possível deduzir os aportes na declaração. No entanto, no momento do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre os rendimentos, e não sobre o valor total aplicado. Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) – Recomendado para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário completo. O poupador pode deduzir anualmente as contribuições, até o limite de 12% da renda. Dá um fôlego para quem deposita, no entanto, o IR incidirá, no momento do resgate, sobre o valor total acumulado.
Fonte: www.mundodosbancos.com.br
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“Depender da aposentadoria do governo não basta. Não é o suficiente para manter o seu padrão de vida” Herica Gomes, educadora financeira
necessárias para alcançar esse valor. Daí, parte-se para incluir esse investimento no orçamento”, explica o planejador financeiro Renan Lima, sócio da Alphamar Investimentos e embaixador da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). É certo que a idade tem peso importante no valor a ser aplicado e na rentabilidade desejada. Quem faz um aporte de R$ 200,00 por mês a partir dos 21 anos consegue garantir uma renda vitalícia de R$ 1,6 mil ao chegar aos 55 – isso com uma rentabilidade conservadora e já descontando a inflação. Se começar a poupar uma década mais tarde, terá um benefício similar caso deposite R$ 500,00 mensalmente. “Quanto mais cedo começar a poupar, melhor. Porque aí você vai usufruir da maior invenção humana que são os juros compostos. Ou seja, mais tempo o dinheiro terá para render sobre uma acumulação cada vez maior de recursos”, reforça Renan Lima. No entanto, o padrão, segundo alguns especialistas, é começar reservando pelo menos 10% da renda mensal. “Como o brasileiro não tem o hábito de poupar, se começar investindo 10% da renda, já estará de bom tamanho. À medida que o salário for aumentando, também dá para melhorar esse repasse”, observa o economista Mário Vasconcelos. A lista de opções de onde investir o dinheiro é extensa. Envolve desde fundos de renda fixa até ações na bolsa de valores, passando pelo Tesouro Direto, um dos preferidos do momento. Nem mesmo a poupança é totalmente descartada pelos especialistas. “O trabalhador mais humilde pode começar com uma poupança. É um investimento bom porque não tem Imposto de Renda, a liquidez é imediata e pode ser feito por quem não conhece muito o mercado. Dá para começar guardando R$ 50,00 todo mês. Depois de criar esse hábito e já ter uns R$ 2 mil poupados, pode-se partir para um investimento que proporcione uma rentabilidade um pouco maior”, ensina Mário Vasconcelos.
“Nunca é tarde para se pensar em poupar, Uma das alternativas mais procuradas são os planos de previdência mas, se você começa com antecedência, é privada, considerados por Mário Vasconcelos um investimento interessante óbvio que o resultado será bem melhor para quem está começando a vida econômica e vai se aposentar bem Ricardo Paixão, economista mais tarde. “É como se fosse uma poupança um pouco mais bem remunerada. Vale lembrar que há duas opções de planos. O PGBL é bom para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e pode abater 12% dos rendimentos no tributo a pagar. Já o VGBL é melhor para quem faz a declaração simplificada”, explica o economista. “Mas é uma alternativa um pouco cara, porque tem custo de administração. E, no final, oferece duas opções: resgatar todo o valor após decorrido o prazo estabelecido ou ter uma renda permanente enquanto for vivo.” Em meio ao amplo leque de investimento, o ideal é identificar a aplicação mais adequada ao seu objetivo e perfil. Para isso, vale a pena contar com a ajuda de especialistas e até de amigos. “A dica é procurar duas ou três instituições antes de escolher a melhor opção. É a mesma lógica de quando se vai a um supermercado: faça uma pesquisa antes. Além disso, leia o contrato, converse com o gerente e tire todas as dúvidas antes de fechar negócio, para não se arrepender depois”, avisa Ricardo Paixão. A seleção do melhor investimento, na visão de Mário Vasconcelos, vai depender da faixa etária, do perfil e dos objetivos do trabalhador.
futuro garantido veja a simulação de Quanto será sua renda mensal futura investindo R$ 200,00 por mês em previdência privada* (para quem pretende se aposentar com 55 anos) Investindo a partir dos 21 ANOS
25 ANOS
30 ANOS
35 ANOS
40 ANOS
R$ 1.662,43
R$ 987,53
R$ 475,33
R$ 475,33
R$ 258,28
investindo R$ 500,00 por mês em previdência privada* (para quem pretende se aposentar com 55 anos) Investindo a partir dos 21 ANOS
25 ANOS
30 ANOS
35 ANOS
40 ANOS
R$ 3.385,60
R$ 2.489,74
R$ 1.662,43
R$ 1.072,56
R$ 652,00
*Plano VGBL, com rentabilidade líquida (descontando a inflação) de 7% ao ano e previsão de renda vitalícia Fonte: Brasilprev
“S e a pessoa está começando a vida econômica e ainda vai constituir família, tem tempo para correr algum risco. Ou seja, se perder dinheiro, tem como recuperar. Então pode aplicar em títulos de renda fixa, em CDB, em LCI e no Tesouro Direto, que vem sendo muito comentado ultimamente”, lista o economista. “Para quem já passou dos 50 anos, é melhor fazer um investimento mais seguro, como Tesouro Direto e fundos de renda fixa. Não aconselharia negócios muito arriscados, a não ser que a pessoa já tenha uma renda alta e um bom patrimônio.” Tão importante quanto fazer uma aplicação pensando na aposentadoria é manter uma reserva de recursos para ser usada em situações inesperadas. “É preciso ter um colchão de liquidez. Um dinheiro que você possa resgatar sem pagar juros. Pode ser algo em torno de R$ 1.000,00, para ser usado em caso de emergência para pagar uma despesa extra, sem precisar recorrer a empréstimo ou cheque especial”, aponta Ricardo Paixão. O que todos os especialistas concordam é que não dá mais para ficar dependente apenas da aposentadoria oficial do governo. Hoje existem nove trabalhadores ativos para cada pessoa acima de 65 anos. Em 2040, haverá apenas um trabalhador para cada idoso, conforme dados do IBGE. Assim, além da exigência de uma idade próxima aos 70 anos para receber o benefício, o valor pago tende a ficar cada vez menor. “As pessoas não têm mais coragem de ter cinco ou até sete filhos, como os nossos avós tiveram. Então a taxa de natalidade caiu, e o mundo está envelhecendo. Por isso, os governos não conseguem bancar essas pessoas ao longo do tempo cada vez maior de expectativa de vida”, destaca a educadora financeira Herica Gomes. “Como a aposentadoria oficial não consegue manter o padrão de vida do trabalhador, existe a necessidade de planejamento para juntar um montante que vá manter o seu nível de vida no futuro. E que seja o quanto antes.” radio.esbrasil.com.br •
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negócios Completamente apaixonada por bichos, Renata Spallicci afirma que em sua casa todos vive em total harmonia
Mercado pet: gastos ultrapassam 7% da renda familiar
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ocê sabia que o seu pet (animal de estimação) pode ser um dos responsáveis pelo aumento dos gastos? Isso mesmo. Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), famílias brasileiras têm despesas que chegam, em média, a R$ 300 mensais destinados aos cuidados com os cães. Já com os gatos, desembolsam R$ 121,39, em média, para mesmo período. Em 2016, a alta foi superior a 7% da renda familiar. Sendo assim, o mercado de pets movimenta em média R$ 19,2 bilhões no ano, resistindo à crise econômica. O estudo ainda revela que, entre as classes B e C (de 10 a 20 salários mínimos, e de quatro a 10 salários mínimos, respectivamente), o custo médio por mês para cães com produtos standard é de 3,2% a 7% da renda familiar, ou seja, R$ 302. Os números variam de acordo com o tipo de animal escolhido. Mas o que leva essa área a se destacar tanto num período em que a população está “enxugando” as contas? A resposta é simples: a mudança de comportamento dos tutores. “Nos últimos anos, os animais de estimação passaram a ficar dentro das casas e ganharam o status de membros da família. Os donos passaram a cuidar mais da saúde, da alimentação, do lazer dos animais”, afirmou a médica veterinária e proprietária da Vet Park, Manoela Alves Faiçal. Prova disso é a relação de amizade e companheirismo que a executiva, blogueira, escritora, empreendedora e coach, Renata Spallicci tem com seus animais. A moça contou que sofria bullying na infância e encontrou um amor especial na cadela Mel, uma golden retrevier, e nos gatos Irish Tom, Sweet, Atman, da raça maineconn, e Wendy, uma hagdoll. Ela afirma que os bichinhos “são a alegria da casa”.
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Renata é autora do livro “Do Sonho à Realização” e fissurada em animais de estimação. “Sou completamente apaixonada por bichos e aqui em casa todos vivem em completa harmonia. São superamigos. Os gatos amam minha cachorra e fazem até massagem, o famoso ‘amassa pãozinho’”, revelou. Os valores com cuidados dispensados aos gatos geralmente são menores que os de cães por inúmeros fatores. Os felinos ocupam menos espaço, adaptam-se muito bem a apartamentos, são higiênicos e não precisam ser levados à rua para realizar suas necessidades. Há uma previsão de que a população dos bichanos do Brasil dobre em alguns anos, seguindo a tendência dos Estados Unidos, que atualmente tem cerca de 85,8 milhões de pets dessa espécie em domicílios. Uma das soluções para economizar nos gastos é apostar em uma alimentação mais barata, não dispensando a qualidade, acessórios mais em conta, areias higiênicas à base de carbonato de sódio capaz de auxiliar no monitoramento da saúde dos gatos, entre outros. “O segmento pet care, que engloba equipamentos, acessórios, produtos de higiene e beleza animal, é o que mais tem crescido depois do pet food, representando 8% do faturamento nacional”, afirma o CEO da Provale, Emílio Nemer Neto. Saúde animal De acordo com a pesquisa do IBGE, metade dos donos diz ter relação de pai e filho com os cães, o que explica o alto investimento em saúde dos “amigões”. Dessa forma, empresas especializadas
investiram na modalidade de plano de saúde para os animais. O levantamento concluiu também que 70% dos veterinários percebem que os tutores estão mais atentos aos avanços da medicina veterinária e à saúde de seus pets. Manoela Alves Faiçal é uma dessas profissionais. Ela destacou que os custos com procedimentos e medicamentos são altos, sendo desvantajosos. Por isso, o público tem apostado em planos de saúde com condições cada vez mais atraentes. “Os tutores se tornaram mais conscientes, por isso investem em uma alimentação melhor, banho e tosa, vacinação e vermifugação, pois desejam qualidade de vida para os animais”, contou. A médica veterinária ressalta ainda que os planos de saúde oferecem mais opções e tornam-se mais viáveis em alguns casos. “Animais idosos, por exemplo, demandam mais cuidados e, automaticamente, geram mais custos. Sendo assim, os tutores também ficam mais atentos. Além disso, gastos com internações, exames em geral, e entre outras coisas, acabam encarecendo o tratamento, assim os donos acabam optando pela adesão do plano de saúde para os pets, pois ofertam consultas 24h, check-ups, exames em geral, etc ”, explicou. O Lifepet é o primeiro plano de saúde animal regulamentado do Espírito Santo e com registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMVE-ES). Beneficia cães e gatos com uma ampla rede de hospitais, clínicas, consultórios e especialistas, além de serviços que vão desde cirurgias a atendimento de emergência 24h, tudo com as principais referências do Estado no cuidado e bem-estar animal. A cobertura inclui as principais clínicas da Grande Vitória e hospitais referências, bem como com profissionais da área. Cães e gatos de 0 a 12 anos podem ser contemplados com uma das quatro modalidades, com preços a partir de R$ 19,90. Investimentos em medicamentos também têm sido uma ideia inovadora. A Zoetis, fabricante global de produtos farmacêuticos animais, passou a lançar linhas que conquistam o tutor cada vez mais exigente. Outro atrativo da empresa é o lançamento do seu próprio antipulgas oral. Para enfrentar a concorrência, a companhia aposta em um remédio sem corticoide para romper o ciclo de coceira e inflamação associado às alergias.
“Nos últimos anos, os animais de estimação passaram a ficar dentro das casas e ganharam o status de membros da família. Os donos passaram a cuidar mais da saúde, da alimentação, do lazer dos animais” - Manoela Alves Faiçal, médica veterinária e proprietária da Vet Park
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Peixes e outros
20
milhões
O Brasil tem cerca de
132,4 milhões
38
Aves
52
milhões
Cães
de pets
milhões
22
milhões Gatos No Espírito Santo, a cada 1 mil domicílios, 426 residências têm um gato ou cachorro de estimação.
No último trimestre, a empresa faturou R$ 56 milhões no Brasil e espera retomar o ritmo de crescimento, que sofreu uma desaceleração no primeiro semestre de 2016 em relação a 2015. “Já sentimos ânimo no mercado e temos uma boa perspectiva para 2017”, diz Tiago Papa, diretor da unidade de animais de companhia da Zoetis. Pet Park Foi inaugurado no dia 08 de julho, no Shopping Vila Velha, o primeiro pet park dentro de um shopping center no Brasil. São 800 metros quadrados de playground construído e adaptados pensando exclusivamente no entretenimento e no conforto dos animais e seus tutores. O Pet Park Shopping Vila Velha possuí tambores, rampa, traves com arco e barras, bastões, pilares de concreto e túnel especial. No espaço, existe ainda uma casinha para cães gigante e caixa de areia higienizada. Todos os brinquedos foram confeccionados com madeira garapa, resistente a chuva e ao sol. O local foi inspirado em um playground infantil, com todos os brinquedos ricos em detalhes e bem coloridos, mas com formatos de patinhas e ossinhos para se adequar ao público. Para garantir a hidratação dos , o espaço tem bebedouro com botão automático de pressão e água filtrada. “Nós pensamos em todos os detalhes para os animais e seus donos. O parque é temático, fazendo alusões ao mundo pet, como os bancos em formato de osso. Nossa intenção é oferecer diversão e bem-estar”, afirmou o gerente de Marketing do Shopping Vila Velha, Bruno Saliba. O Pet Park está localizado na área externa do shopping, próximo à entrada da Avenida Juscelino Kubitschek, em frente à Universidade Vila Velha (UVV). O projeto foi validado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo. O espaço chega para reforçar o posicionamento pet friendly do complexo, que já se orgulha em ser um estabelecimento amigo dos animais e, agora, será pioneiro em oferecer área ao ar livre exclusiva para cãezinhos. radio.esbrasil.com.br •
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entrevista
É preciso ter muita ética, pois o vínculo que se cria entre as pessoas se dá por reputação. Se eu não for bem-visto no mercado, as pessoas não vão me chamar para projetos colaborativos”
Max Nolan ”As empresas estão ficando mais enxutas e horizontais e, para A própria sobrevivência, precisam ficar mais leves também” 54
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strategista sênior cultural, Max Nolan é especialista em publicidade, branding e marketing. Com mais de 14 anos de experiência em construção de marcas, o entrevistado do mês da ES Brasil é considerado uma das referências do país nas novas formas de organização do trabalho. Iniciador das redes MaturityNow e Hoffice São Paulo, Max Nolan também é fundador da Dervish Cultural Insights, empresa sem sede e equipe fixa, constituída por uma rede de consultores empreendedores que colaboram e acreditam na mesma filosofia de trabalho. O especialista, que esteve em Vitória para apresentar um workshop, fala nesta entrevista sobre o declínio dos sistemas hierárquicos e sobre o poder da sociedade em rede, além dos projetos colaborativos de autogestão, que tendem a se intensificar ainda mais no mercado profissional. Do que se trata o laboratório prático “Love Works, Descobrindo a nova carreira em rede”, realizado em Vitória no dia 8 de novembro? Há muitos anos que eu tenho interesse em saber como as pessoas podem ser mais felizes no trabalho e, durante esse tempo, sempre fiquei incomodado com o modelo de gestão das organizações, que é bastante burocrático e com muito cacique para pouco índio. Quando resolvi sair da empresa em que trabalhava, fui empreender e acabei replicando sem querer um pouco desse mesmo modelo, que até então era o único que eu conhecia. Quando me dei conta disso, comecei a estudar novas formas de empreendedorismo e passei a frequentar uma casa colaborativa em São Paulo que era de livre acesso, onde as pessoas tinham autonomia e as portas estavam sempre abertas para novos profissionais. Esse experimento social me despertou para uma nova forma de gerir as organizações, o que me fez entender que nós estávamos vivendo uma transição da era industrial para a era digital. A partir daí, comecei a aplicar essa nova realidade na minha empresa, o que fez com que as pessoas ficassem interessadas sobre o funcionamento desse tipo de gestão. Quando comecei a ser muito demandado, resolvi criar esse workshop para orientar as organizações e as pessoas. Como funciona a Dervish Cultural Insights, empresa sem sede, CNPJ, equipe fixa e contrato de trabalho? A Dervish é uma organização em rede, como se fosse uma comunidade. A empresa é muito inspirada nos coletivos de artistas e nas cooperativas de antigamente. Ela não tem funcionários e chefes e não conta com cargos fixos: o que temos são profissionais seniores no mercado que resolveram se juntar. A empresa também não possui uma conta bancária única, o dinheiro é distribuído na conta dos sócios (25 no total), cada um com o seu próprio CNPJ. Se tivesse apenas o meu CNPJ, os sócios que convidei para trabalhar comigo não iriam querer ter a mesma dedicação, porque entenderiam que estariam construindo algo para mim e não para eles. Acreditamos em valores como ética, transparência e confiança,
e todos os sócios têm poder para tomar decisões, com uma autonomia de verdade. É uma organização de todos, onde o poder é distribuído, mas é óbvio que a Dervish é um caso muito atípico: em nenhum momento recomendo que as empresas atuais mudem logo para esse patamar. A autogestão pode trazer desvantagens, como a demora para concluir tarefas e projetos que sofrem com a falta de liderança? Quem já experimentou trabalhar em um projeto sem hierarquia fixa sabe que muitas vezes o conflito aparece e, por não saberem quem é o responsável por dar as ordens, as pessoas acabam tendo dificuldade de agir em determinadas situações. Para tentar compreender o máximo esse assunto, comecei a me aprofundar sobre a existência das leis sistêmicas – identificadas por Bert Hellinger – que regem a nossa vida. O escritor extraiu essas ideias estudando muito a fundo as tribos zulus da África do Sul, que têm um senso de comunidade muito grande. Foi aí que eu entendi que os conflitos que eu vivenciava com os meus sócios aconteciam quando as leis sistêmicas não eram respeitadas. Qual a melhor forma de lidar com esses entraves? Para ter um ambiente onde todas as pessoas se respeitem, é importante ficar atento a essas leis sistêmicas, que se dividem em três. A primeira delas é a ordem, ou seja, quando você está em um projeto, existem várias outras ordens que precisam ser observadas, desde a idade (respeitando os mais velhos) passando até pela experiência profissional (o quanto essa pessoa é sênior e uma autoridade em determinado assunto). A segunda lei fala sobre o equilíbrio entre o receber e o dar, pois é muito comum as pessoas quererem entrar em um determinado projeto somente para sugar e extrair, sem colocar a mesma energia para contribuir. Isso acaba provocando certo desequilíbrio. A terceira lei destaca a importância do pertencimento. Alguns profissionais com os quais não temos afinidade no ambiente de trabalho podem acabar ficando excluídos, não sendo convidados para almoços e reuniões, por exemplo. Colocar uma pessoa na geladeira não é legal, e isso pode de certa forma trazer algum prejuízo para a empresa.
Nos modelos de rede, as coisas precisam ser resolvidas na base da conversa e da troca, buscando o entendimento entre as partes” radio.esbrasil.com.br •
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A realização é muito maior, e o primeiro efeito que vejo é na felicidade das pessoas, que normalmente trabalham com projetos que tenham a ver com o propósito delas”
Qual o impacto disso na realização pessoal e profissional do trabalhador? A realização é muito maior, e o primeiro efeito que vejo é na felicidade das pessoas, que normalmente trabalham com projetos que tenham a ver com o propósito delas. Ninguém está ali por obrigação, e o legal é que os profissionais se sentem mais empoderados e com autonomia para tomar decisões, e não ficam somente seguindo ordens. Outro ponto interessante é que essas pessoas acabam ficando mais criativas, o que contribui para um melhor trabalho. Por muitas vezes, grandes ideias empreendedoras não são levadas adiante devido à falta de investimentos. Com essa nova forma de organização do trabalho, é possível que com que isso mude, pelo menos um pouco? As organizações em rede acabam dependendo mais do capital humano e social do que somente do capital financeiro, embora eu não goste de excluir o dinheiro da jogada, pois ele é uma energia muito importante para criar movimento e troca. A carreira em rede não deve ser vista com esse propósito de conseguir fluir sem investimento, mas é claro que as pessoas quando se juntam conseguem realizar muito mais. É aquela velha história: sozinhos somos fracos e juntos somos mais fortes.
Além dessas três leis sistêmicas que ajudam no dia a dia da empresa, qual seria o perfil do profissional para trabalhar em rede? Existem características específicas e que são importantes? É preciso ter muita ética, pois o vínculo que se cria entre as pessoas se dá por reputação. Se eu não for bem-visto no mercado, as pessoas não vão me chamar para projetos colaborativos. Também é muito importante que os profissionais sejam transparentes e tenham certa maturidade emocional, pois, numa empresa tradicional, os conflitos acabam se resolvendo pela hierarquia. Nos modelos de rede, as coisas precisam ser resolvidas na base da conversa e da troca, buscando o entendimento entre as partes. É preciso ter maturidade para se comunicar de uma maneira não violenta e estar disposto a ouvir uma outra opinião, mesmo que as suas necessidades não estejam sendo atendidas. Outra característica relevante é o autoconhecimento, saber o quanto você pode contribuir com determinado projeto, podendo desempenhar funções além da sua, como no caso de alguém que entenda de finanças e que pode contribuir com funções de um RH. 56
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Como deverão funcionar os novos modelos organizacionais para que acompanhem o poder descentralizado das redes de produção? Ainda é difícil dizer como essa transição vai ocorrer, mas eu acredito que ela vá acontecer de diversas formas, tanto de baixo para cima, quanto de cima para baixo. O que eu vejo é que essa nova geração de jovens já não quer mais trabalhar no modelo tradicional. Eles estão empreendendo mais, e a tendência é que ocorra um maior engajamento em modelos interdependentes e colaborativos. Também vejo líderes se questionando e entendendo que não dá mais para sustentar essa folha de pagamento enorme, procurando um modelo mais flexível e leve. Já que a tendência é a carreira em rede, como ficam as funções desempenhadas pela área de Recursos Humanos? Eu dei uma palestra há mais ou menos um mês, na Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo, na qual falei sobre o futuro do trabalho e o inevitável fim do RH. Na verdade, era mais uma brincadeira para mostrar que essa área precisa se reinventar. O RH vai mudar completamente, saindo desse modelo da era industrial, que é mais burocrático, para fazer muito mais. Acredito que os profissionais da área serão mais responsáveis pelo desenvolvimento humano, tendo um papel importante para sustentar a comunidade e a energia, buscando o engajamento de todos.
O nível de desemprego se encontra muito alto devido à crise político-econômica do Brasil. Por conta disso, muitos profissionais estão tendo que se aventurar no mundo freelance para não ficar de fora do mercado. Essa é uma tendência que deve aumentar ainda mais nos próximos anos? Esse movimento ainda está no seu início. Em São Paulo, tem muitas pessoas saindo das empresas para se tornarem consultores freelancers dessas mesmas organizações. As empresas estão ficando mais enxutas e horizontais e para própria sobrevivência, precisam ficar mais leves também. Vale a pena prestar atenção nas startups, além de buscar apoio em outras organizações e profissionais.
O senhor acredita que ainda existe certo receio por parte das empresas em relação ao home-office? Acredito que sim, tanto que ainda existem plataformas que de alguma maneira ajudam a controlar o funcionário à distância, mostrando se ele está on-line ou não, e fazendo com que sejam preenchidas planilhas com a pauta de jobs. Isso mostra que não existe certa confiança de que o colaborador está trabalhando, mas acho que é uma transição natural, pois é difícil abrir mão do controle. Com o tempo, os benefícios do home-office vão ficar mais visíveis, e as empresas vão ver que o colaborador vai trabalhar mais, sem perder o foco e sem ficar horas parado no trânsito. O tempo virou um recurso muito importante, então é bom saber gerenciá-lo. Em sua apresentação, o senhor fala que essa nova era será do trabalho colaborativo e, de certa forma, inseguro. O que quis dizer com essa insegurança? Se você trabalha em rede, o que se pressupõe é que não existe certa estabilidade, pois você sempre vai estar trabalhando com pessoas diferentes, colaborando em projetos diversos ou até mesmo em diferentes organizações. Se decidir ir por esse caminho, é importante saber que essa é uma decisão de não ficar na zona de conforto do salário estável. É preciso ter coragem e estar disposto a se aventurar. Como o senhor enxerga o mercado de trabalho em 2020? Ele será muito diferente do que é agora? A revista Fast Company fez algumas previsões de que até 2020 mais de 50% da mão de obra americana será composta por freelancers e por profissionais do gig economy. Estão surgindo diversas plataformas nas quais as pessoas postam tarefas e desafios que precisam de colaboração para ser resolvidos. As questões estão tão complexas atualmente que elas precisam de uma inteligência coletiva para ser resolvidas. É uma grande tendência que também pode vir a acontecer no Brasil. Gostaria de deixar algum recado para as empresas e para os profissionais que desejam se “aventurar” no trabalho em rede? Para as organizações, não vai ter jeito: elas vão precisar mudar se quiserem sobreviver, tornando-se muito mais horizontais e dando mais autonomia para os seus funcionários, para poderem ter uma mudança real que irá responder a uma necessidade dos clientes. Se mantiverem essas estruturas pesadas e hierárquicas, elas também vão perder funcionários, que irão buscar outros lugares para trabalhar. É preciso entender as leis sistêmicas e fazer com que seus colaboradores também as compreendam. Para os profissionais, a minha dica é que, quando resolverem fazer essa transição, não empreendam sozinhos. Colabore em vários projetos, atue em várias causas e experimente o que mais faz sentido para você. Lembrando mais uma vez importância das leis sistêmicas, pois sem elas a colaboração não acontece. radio.esbrasil.com.br •
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Eduardo Araújo
gestão
é economista
Com preguiça de Brasília MERCADO FINANCEIRO DÁ SINAIS DE INDIFERENÇA À CRISE POLÍTICA,ENQUANTO SETOR PRODUTIVO se MOBILIZA PARA APROVAR REFORMAS
S
entir preguiça de algo ou alguém é expressão usada pelos jovens para se referir à impaciência ou à indiferença. Não é aquela mera falta de disposição. É quando passamos a ignorar o que antes era importante. O comportamento dos agentes econômicos em relação à crise política recente é ainda objeto de estudo entre os economistas, mas temos observado que o mercado financeiro parece estar com preguiça de Brasília. A constatação vem do fato de que alguns indicadores tiveram queda muito tímida e não ocorreu o holocausto que era esperado. Após 45 dias da divulgação dos áudios da JBS, não se concretizou o cenário de fuga de capitais. O dólar só subiu 6,5% até agora, enquanto o índice da Bolsa de Valores de São Paulo contraiu-se apenas 6,8% e o risco-país elevou-se 12,4% no período. Não é só indiferença à política. É o pragmatismo dos investidores que dita o comportamento do mercado. Porque capital de risco está interessado em garantir o retorno de carteiras, embutindo todos os riscos potenciais das denúncias. Mesmo com o endividamento público crescente, a chance de calote ainda é considerada pequena. Apesar dos juros americanos estarem em alta, os investidores ainda consideram os títulos públicos brasileiros uma alternativa rentável. A credibilidade da política monetária em curso, com tendência de queda da inflação,
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também desperta a atenção de investidores. Não menos importante é o próprio potencial de valorização de ações de muitas empresas, em especial das que comercializam commodities internacionais. Por isso que, a despeito de toda incerteza, o mercado financeiro parece estar com preguiça de Brasília.
Duas óticas distintas: de um lado, o mercado financeiro com preguiça de Brasília, de outro, os investidores em capital fixo com temor de que o agravamento da crise comprometa a retomada do crescimento econômico em curso” Chega a ser paradoxal a mescla de indiferença, ao mesmo tempo em que cresce a desconfiança coletiva quanto à capacidade da administração federal em fazer prosseguir a agenda de mudanças, essencial para garantir o crescimento sustentável do país. A complacência dos investidores nos leva crer que, por enquanto, pelo menos entre os
detentores de capital financeiro prevalecesse o consenso de que a política econômica e a atual equipe serão mantidas, como também haverá prosseguimento da agenda de reformas. Mas tudo pode mudar. Não está claro o cenário das eleições presidenciais. O primeiro grande teste será com a votação da reforma da Previdência que, com o teto do gasto público, sustenta o pilar fiscal em que estão ancoradas as expectativas desses investidores. Por outro lado, o comportamento do setor real da economia segue uma lógica diferente. Uma sondagem recente da FGV revelou que um terço dos empresários considera que a crise iniciada em maio irá impactar negativamente as decisões de contratação de mão de obra e os investimentos produtivos nos próximos meses. Quem toma decisões pautadas no mercado de consumo interno não está tão indiferente à crise política. O indicador de Incerteza da Economia atingiu maior patamar em quase dois anos, maior elevação desde 2008. Duas óticas distintas: de um lado, o mercado financeiro com preguiça de Brasília, de outro, os investidores em capital fixo com temor de que o agravamento da crise comprometa a retomada do crescimento econômico em curso. Indiferença de alguns, mas para quem sobrevive de vendas a percepção de que o bom funcionamento da economia passou a ser mais dependente das condições políticas do que nunca.
ESb pergunta Proprietário da Metalosa, Lucio Dalla Bernardina atua há pelo menos 35 anos no meio sindical
LÚCIO DALLA BERNARDINA Lúcio Dalla Bernardina é o novo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer). Ele assumiu a entidade no dia 20 de agosto de 2017, após dois mandatos interruptos do seu antecessor, Manoel Pimenta (2011-2013 / 2015-2017), e do também ex-presidente Luiz Alberto de Souza Carvalho (2013-2015). ESB Quais as metas para os próximos quatro anos à frente do sindicato? Lúcio Bernadina A meta para os próximos anos é a manutenção do legado que recebemos, aprimorando os serviços prestados aos nossos associados, de acordo com as demandas que surgirem. Temos intensificado ações de capacitação, que incluem palestras, workshops, visitas técnicas, com o objetivo de deixar nossos empresários sempre a par dos assuntos mais relevantes que envolvem o nosso setor. ESB Modificar a forma de gestão ou dar continuidade ao trabalho realizado pelos presidentes anteriores?
É importante destacar o bom trabalho efetuado pelas gestões anteriores. Se não tivéssemos encontrado um sindicato organizado, com certeza as condições não estariam propícias para que pudéssemos realizar e planejar tudo o que os nossos associados merecem. Realizamos reuniões periódicas com nossos diretores e associados para que, juntos, analisemos as conjunturas nas quais estamos inseridos e, assim, 60
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tomarmos as decisões mais adequadas para alcançarmos os nossos objetivos. O Sindifer foi o primeiro sindicato patronal do país a oferecer assistência jurídica e um dos primeiros a prestar consultoria na área trabalhista. Como manter essa marca de vanguarda? ESB
Isso só é possível por estarmos antenados às necessidades dos nossos associados. Para tanto, contamos com uma equipe técnica e qualificada, apta e pronta a auxiliar os empresários do nosso setor. Hoje, o sindicato possui amplas instalações para realização de treinamentos e eventos internos e externos, para poder atender os seus mais de 600 associados.
A classe empresarial não deseja retirar os direitos do trabalhador, mas equipará-los aos dos trabalhadores dos países mais desenvolvidos”
ESB Há previsão para aumentar o número de associados, hoje de 650 empresas?
Sim, pretendemos. Nós temos como prioridade a defesa dos interesses dos nossos associados. Estamos abertos a receber as indústrias do setor metalmecânico e de material elétrico de todo o Espírito Santo. Quanto aos serviços, somente em 2016 realizamos ou apoiamos a realização de mais de 40 eventos, que capacitaram milhares pessoas. Algumas ações já fazem parte do nosso calendário anual e vamos intensificando com outras de acordo com as demandas do mercado e dos nossos próprios associados. ESB Qual o cenário hoje no Espírito Santo em relação aos acidentes de trabalho nos setores metalúrgico e de material elétrico?
Temos percebido uma redução nesses tipos de acidentes, justamente por preferirmos a precaução. Nesse contexto, destacamos duas ações realizadas por nós e que são ferramentas reconhecidamente eficazes na prevenção a acidentes: a quarta edição da Feira Prevenir, o maior evento de segurança
do trabalho do Espírito Santo, e o Prêmio Sesi de Boas Práticas, que acontece dentro da Prevenir 2017. Ambos os eventos visam a estimular a cultura da segurança e saúde do trabalho, no ambiente empresarial, por meio do reconhecimento e apresentação de práticas, processos e produtos, novos ou aprimorados, desenvolvidos pelas indústrias. ESB O que ainda precisa ser feito pelas empresas capixabas desses segmentos para se manterem competitivas nos cenários nacional e internacional?
São vários os fatores que influenciam para que as empresas brasileiras mantenham a competitividade tanto no cenário nacional quanto no internacional. Hoje posso dizer que é impossível mantermos um bom nível de competitividade se não aprovarmos a reforma trabalhista e a reforma da Previdência. É importante esclarecer, antes de qualquer coisa, que
a classe empresarial não deseja retirar os direitos do trabalhador, mas equipará-los aos dos trabalhadores dos países mais desenvolvidos do mundo. Esses ajustes também permitirão que as empresas brasileiras se tornem mais competitivas, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, movimentando a economia e tornando-as capazes de absorver cada vez mais mão de obra. ESB
Novidades para a Mec Show?
Sim. Estamos a menos de um mês de um evento que já faz parte do calendário empresarial capixaba, que é a Mec Show, entre 18 e 20 de julho, no Pavilhão de Carapina. A décima edição do evento compreende dias repletos de palestras, workshops, minicursos, visitas técnicas, certificação do Prodfor, Rodada de Negócios, Olimpíadas de Ocupações, entre muitas outras capacitações.
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estilo
Grafite é tema de festival na Serra
CINEMA
Festival de Vitória homenageará Margareth Galvão A atriz e diretora Margareth Galvão será a homenageada capixaba do 24º Festival de Cinema de Vitór ia, marcado para ocorrer de 11 a 17 de setembro. Natural de São Caetano do Sul (SP), Margareth fez sua estreia no teatro na peça “Inspetor Geral”, com direção de Jonas Bloch, em 1973. Desde então, já integrou o elenco de 20 espetáculos e 22 produções, entre curtas e longas-metragens. O festival oferece uma vasta seleção de trabalhos de diversos formatos e gêneros, traçando um panorama das mais representativas obras do cinema nacional contemporâneo. No encerramento, serão distribuídos 20 troféus, além de menções honrosas e prêmios adicionais. MEMÓRIA
Casa dos Braga é inaugurada em Cachoeiro A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, o Instituto Sincades e o Governo do Estado inauguraram no dia 13 de junho a “Casa dos Braga”, após restauração que recebeu investimento de R$ 700 mil. O espaço foi moradia do primeiro prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, o coronel Francisco Braga, e endereço oficial de Rubem Braga, reconhecido como o maior cronista brasileiro e autor de vários livros, além de outros membros da família como Jerônimo, Carmosina, Armando, Yedda e Anna Graça. O imóvel abriga uma exposição permanente do acervo da família e será palco para diversas atividades culturais no município. As duas exposições inaugurais são “Rubem e seus Amigos Artistas” e “Minha Cidade, Minha Casa”. NOVIDADE
Inverno mágico nas montanhas capixabas A estação mais fria do ano terá uma novidade para quem quiser se aquecer nas montanhas capixabas: o 1º Inverno Mágico, que acontece nos dias 14 e 15 de julho, no Rancho Lua Grande, em Domingos Martins. O festival será embalado por nomes de destaques da música brasileira, como Ivete Sangalo, Bruninho & Davi, João Bosco & Vinícius e Falamansa, além das atrações locais Quebra Mar e Comichão. O evento pretende ser um reduto da alta gastronomia e da boa música, com área de food trucks e praça de alimentação.
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O grafite é um dos símbolos contemporâneos da arte de rua, com importante contexto social e colaborativo. A praça central de Feu Rosa, na Serra, sediará de 14 a 16 de julho um evento voltado principalmente para essa forma de manifestação artística. É o festival Origraffes (Original Graffiti Espírito Santo), que irá promover um encontro de artistas urbanos de diversas regiões do Brasil, proporcionando integração cultural entre grafiteiros, B.boys, MCs, DJs e comunidade. A programação diversificada será composta por atrações musicais e batalhas de MCs e de break dance, além de sorteio de prêmios e da presença dos paulistas do Grupo Síntese, um dos grandes expoentes do rap nacional.
KARATÊ
Capixaba se destaca em campeonato brasileiro O capixaba Bruno Conde fez bonito na etapa regional do Campeonato Brasileiro de Karatê, conquistando sete medalhas nas categorias que competiu e se classificando para a final, que acontecerá na Bahia. Foram quatro ouros, uma prata e dois bronzes em quatro categorias, além da soma de pontos no ranking brasileiro. Bruno é um dos contemplados pelo programa Bolsa Atleta Capixaba em 2017, iniciativa do Governo do Estado criada em 2010, cujo objetivo é apoiar esportistas do Estado que tenham obtido destaque em suas modalidades. Na edição 2017, 75 são beneficiados nas categorias estudantil, nacional, internacional, olímpico e paralímpico, com bolsas que variam de R$ 500 a R$ 4 mil.
INTERNACIONAL
artista do ES expõe no Peru A pintora Ângela Gomes é uma das 13 artistas que integram uma exposição coletiva que acontece no Salão Internacional de Arte Naïf, em Lima, no Peru, até o dia 8 de julho, na Mansión Eiffel Galería de Arte. No evento, a capixaba exibe duas telas inéditas: uma em homenagem ao Espírito Santo e outra em tributo ao Rio de Janeiro. Também participam da mostra artistas de países como Grécia, Argentina e Espanha. Ângela é referência na arte naïf no Espírito Santo, e sua fascinação são as paisagens regionais e cenas que expressam a arte e a tradição popular.
gestĂŁo
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Nota do editor: A partir desta edição, esta coluna passa a se chamar “Motores” e a abordar todo o universo de veículos motorizados
motores
C 300 Sport
C 300 Sport
Modelo mais vendido da Mercedes-Benz no país ganha nova configuração
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Mercedes-Benz C 300 Sport passa a ser o novo topo de linha da família Classe C no Brasil. O veículo, que esbanja esportividade e elegância, chega ao mercado com preço sugerido de R$ 241.900. Entre os destaques, está o câmbio 9G-Tronic com nove velocidades, que contribui para um comportamento ainda mais dinâmico, aumentando significativamente o conforto de rodagem e a eficiência energética. O câmbio, que se encontra presente em todos os modelos Classe C, é a primeira transmissão automática do segmento premium que vem com conversor de torque hidrodinâmico, permitindo com que se tenha uma redução no consumo de combustível de até 4,5%. O motorista também terá à disposição três programas de condução – Comfort, Sport e Sport+ – que pré-selecionam as características das trocas de marchas, além de possibilitar com que elas sejam feitas por meio das borboletas posicionadas no volante. A máquina se destaca pela sua personalidade diferenciada e especial, apresentando um acabamento interior e exterior AMG Line. O pacote Night contempla retrovisores, frisos de para-choques e da grade frontal, todos com acabamento em preto, além das novas rodas AMG de 18 polegadas com cinco raios e fundo preto brilhante, garantindo uma aparência ainda mais esportiva. O design interior foi desenvolvido com materiais refinados que podem ser vistos no console central do C 300 Sport, tela de 8,4
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Câmbio: 9G-TRONIC Potência: 245 cv / 5.500 Torque máximo: 370 / 1.200 - 4.000 rpm Pneus: 225/45 R18 (F) / 245/40 R18 (T) Capacidade do porta-malas: (L) 480 Tanque de combustível: (L) 66/7 Peso: 1.530 kg
polegadas combinada ao sistema comand on-line. Até as aberturas de entrada de ar chamam atenção, devido ao acabamento metálico, que cria um contraste com o visual black ash do revestimento do painel. Todas as teclas têm design tridimensional de alta qualidade. Outro ponto forte é o sistema dynamic select, com o qual é possível apreciar as suas músicas preferidas sem escutar o motor no trânsito urbano ou então curtir a dirigibilidade esportiva do veículo em uma estrada sinuosa, ouvindo o desempenho do motor de 245 cv. E já que estamos falando de desempenho, não podemos deixar de citar o motor 2,0 litros do C 300 Sport, que leva o veículo de 0 a 100 km/h em apenas 5,9 segundos, podendo chegar até os 250 km/h (velocidade limitada eletronicamente). Combinando rapidez de resposta e alta potência, a motorização dispõe de um sistema de injeção direta capaz de realizar até cinco injeções por ciclo, conforme a necessidade, além da função ECO start/ stop, que há mais de 10 anos equipa toda a linha de automóveis da marca. Para dar ainda mais segurança a todos os ocupantes, o C 300 Sport conta com o curve dynamic assist, que oferece uma melhor estabilidade e dirigibilidade em curvas por meio do reconhecimento da necessidade de equilíbrio de forças nas rodas. Além dos air bags, o veículo vem com outros destaques importantes como o attention assist – que detecta sinais de fadiga ao volante – ; o cross wind assist (assistente de ventos transversais) – que aumenta a segurança em altas velocidades e na ultrapassagem de veículos mais pesados -; e o brake drying (sistema de secagem dos freios) – que diminui a umidade dos discos de freio em condições de pista molhada.
Foto: Divulgação
Motor Homes deve ter crescimento de 17,5% neste ano
Fiat Toro Blackjack chega em agosto A série especial Blackjack, da Fiat Toro, deve chegar às lojas no mês de julho, após ensaiar a sua estreia no Salão do Automóvel de Buenos Aires. O veículo conta com todos os seus elementos pintados de preto, como os logotipos da marca, as rodas de 17 polegadas e o acabamento do interior (incluindo forração do teto e do couro dos bancos). O único cromado que sobrou foi a soleira da caçamba. Apesar de a unidade em exposição na Argentina ser baseada na Volcano diesel, o modelo de produção no país seguirá o perfil da 2.4 flex. Os valores da série especial ainda não foram divulgados, mas é provável que fiquem acima da Toro Freedom 2.4 AT9, que custa R$ 98.790.
Laurent Giles lança novo conceito de megaiate
Os primeiros sinais de reaquecimento da economia do país – com expansão de 1% do PIB no primeiro trimestre e IPCA de 0,31% em maio – estão deixando os fabricantes de motor homes com a expectativa de atingir 17,5% de crescimento em 2017. As perspectivas positivas podem ser justificadas pela popularidade desse segmento, que vem se expandindo principalmente entre o público com elevado poder aquisitivo. No ano passado, por exemplo, a indústria brasileira de motor homes produziu algo em torno de 300 veículos, gerando faturamento de R$ 85 milhões, com um crescimento de 15% nas vendas. No mercado, existem modelos com preços que variam de R$ 50 mil e R$ 750 mil, oferecendo personalização, conforto e sofisticação para aqueles que vivenciam a experiência de viajar nessa “casa sobre rodas”.
Novo Polo impressiona com seu visual A Volkswagen revelou os detalhes do Novo Polo em um evento para a imprensa mundial. O hatch, que é aguardado com muita expectativa no mercado brasileiro, será vendido em território nacional a partir do segundo semestre deste ano, com fabricação em São Bernardo do Campo (SP). Inspirada em outros modelos da marca, como o Golf reestilizado e o Aerton, a mudança no visual foi um dos grandes destaques do veículo, apesar da lanterna traseira parecida com a do Gol atual. O interior do Novo Polo também chama atenção pelo painel com acabamento na cor da carroceria, que pode ser adquirido em pacote por preço ainda não divulgado.
Honda NC 750x 2018 O estúdio Lauren Giles divulgou recentemente o seu mais novo projeto de chega por R$ 32.500 A versão 2018 da Honda NC 750X já se encontra disponível no mercado brasileiro e com preço reduzido, passando de R$ 36.500 para R$ 32.500. Talvez esta seja a maior mudança da máquina, que também vem com as cores “vermelho perolizado” e “verde perolizado”. Outro destaque é o compartimento de bagagens, que tem capacidade de 22 litros, onde é possível guardar um capacete fechado. Ele fica localizado onde geralmente está o tanque de combustível de outros modelos. A motocicleta mantém a motorização de 2 cilindros e 745 de cilindrada, com 54,5 cv de potência a 6.250 rpm e 6,94 kgfm de torque a 4.750 rpm
Foto: Divulgação
megaiate de 110 metros, o HEMY, que busca oferecer eficiência nas acomodações, sem afetar a relação peso-potência, e consequentemente, o desempenho geral dos modelos. De acordo com a empresa, para atingir uma máxima de mais de 20 nós, o HEMY de 110 metros exige a mesma potência que um iate de 75 metros, ao mesmo tempo que oferece uma faixa de cruzeiro de 6500 milhas náuticas. “A ideia era começar com um iate típico de 70-75m e alongar o casco para oferecer maior volume interno e permanecer dentro de um limite adequado. O modelo não só oferece um melhor aproveitamento de layout, mas, graças às suas medidas, também apresenta melhorias significativas no desempenho e na estabilidade”, destaca David Lewis, da Laurent Giles.
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Por Letícia Vieira
“saboreando” o frio nas montanhas capixabas
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chegada da estação mais fria do ano é bastante sugestiva para quem adora curtir as delícias da época. Enquanto as temperaturas caem e trazem consigo alguns programas imperdíveis que só o inverno permite, visitar as montanhas fica ainda mais gostoso.
Além de cenários inspiradores com natureza exuberante, alguns destinos contam com o charme herdado dos imigrantes europeus, tanto na arquitetura quanto na gastronomia. Quer aproveitar este inverno? Confira as dicas de cinco restaurantes na região serrana capixaba.
Restaurante Alecrim Cozinha Artesanal, Pedra Azul Situado no fim da Rota do Lagarto, o restaurante é especializado em cozinha brasileira com referências mediterrâneas. O cuidado e o carinho com os clientes estão em cada um dos detalhes da casa em estilo colonial, desde a decoração com flores e cores até a entrega dos pratos. Endereço: km 73, ES-164, São Paulo do Aracê, Pedra Azul, Domingos Martins. Tel: (27) 3248-2178.
Restaurante Café Haus, Santa Teresa Um espaço muito aconchegante, que prima pelos detalhes e pela qualidade dos pratos. É especializado nas gastronomias contemporânea e italiana. Endereço: Avenida José Ruschi, 287, Centro, Santa Teresa. Tel: (27) 3259-1329.
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Pousada Bela Aurora, Venda Nova do Imigrante Um espaço surpreendente que oferece pratos com produtos típicos da roça e que valoriza as tradições da cultura italiana, tão apreciada por turistas e moradores. Endereço: Bela Aurora, Venda Nova do Imigrante, s/n, zona rural, Venda Nova do Imigrante. Tel: (28) 99986-9493.
Giardino Ristorante, Santa Teresa Cercado de flores, o Giardino Ristorante zela por sua decoração, que nos encanta logo na chegada. Para o período de inverno, o estabelecimento preparou um menu especial com os melhores pratos da casa. Endereço: Praça Augusto Ruschi,34, Centro de Santa Teresa. Tel: (27) 99837-9513.
Quinta dos Manacás, Venda Nova do Imigrante A casa tem como atração uma cozinha inspirada na gastronomia contemporânea com influências francesa e italiana. O foco são os ingredientes locais. Endereço: São José do Alto Viçosa, Venda Nova do Imigrante. Tel: (28) 99965-9266.
MAIS E MELHOR FILME
DESIGNATED SURVIVOR David Guggenheim, ABC Studios
Prática real do Governo dos EUA, o “sobrevivente designado” é uma pessoa escolhida para aguardar em local fortemente vigiado, sempre que todos os que estão na linha de sucessão da Presidência se encontram reunidos num mesmo lugar. Essa é a premissa de “Designated Survivor”, em que Tom Kirkman (Kiefer Sutherland), um secretário de Habitação recémdemitido pelo próprio presidente, é alçado ao cargo após um atentado. Os 21 episódios iniciais estão disponíveis na Netflix. A série já foi renovada pela ABC para uma segunda temporada, que deve estrear entre setembro e outubro.
A garota no trem Paula Hawkins “É um thriller policial, em estilo noir, que acabou virando filme. Uma situação pacata de observação do cotidiano leva a uma investigação policial. E mais, reforça que muitas vezes a vida que levamos pode ser, um fator condicionante de préjulgamento.” Adriana Chammas, diretora de Atendimento da Aquatro Comunicação & Marketing
ÁLBUM
ESTADO DE POESIA – AO VIVO
SILÊNCIO Martin Scorcese “O filme fala muito sobre nossa obstinação em sustentar crenças e valores diante de situações extremas. Se levarmos isso além da questão religiosa de questionar a fé, podemos perceber que a lição se aplica para tudo na vida.” Cintia Peterle, assessora executiva do Sesi e Senai
Chico César, Deck
Gravado no Teatro Boa Vista, em Recife, o álbum traz 16 músicas, em sua maioria de autoria de Chico César, e algumas versões, além da faixa inédita “Autopistas”. LIVRO
VOCÊ MERECE UMA SEGUNDA CHANCE César Souza, Best Business
O livro aborda de forma inovadora a trajetória para o redescobrimento de cada um, estimulando o leitor a acreditar em sua própria capacidade de transformação.
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Fonte: PublishNews - Maio/2017 (até dia 22/06) | (http://www.publishnews.com.br/ranking/mensal/8/2017/4/0/0)
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TO BE LOVED Michael Bublé “É tanto um álbum quanto uma história contada em faixas e versos. Com a mais aveludada das vozes, Michael Bublé nos leva a diversas fases de um romance, exalando amor e remetendo àquele delicioso e inconfundível estilo Frank Sinatra.” Bárbara Machado, autora
Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br
ivo nogueira dias
Reflexões inesquecíveis Mário Sérgio Cortela É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal. O impossível não é um fato: é uma opinião. Elogie em público e corrija em particular. Um sábio orienta sem ofender e ensina sem humilhar. Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda. Esse mundo que aí está foi feito por nós, portanto, pode ser por nós reinventado. Stephen Hawking Inteligência é a habilidade de se adaptar às mudanças. Lembre-se de olhar para o alto, para as estrelas, e não para baixo, para os seus pés. Não importa o quão ruim a vida possa ser. Há sempre alguma coisa que você pode fazer e ter sucesso. Enquanto há vida, há esperança. Minhas expectativas foram reduzidas a zero quando eu tinha 21. Tudo, desde então, tem sido bônus. Pessoas quietas têm as mentes mais barulhentas. Pessoas que se vangloriam de seus “QIs” são perdedoras. Da próxima vez que alguém reclamar que você cometeu um erro, diga a essa pessoa que talvez isso seja uma boa coisa, porque, sem imperfeição, nem você nem eu existiríamos. Jean Paul Sartre Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você. Carl Jung Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro desperta. Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a um entendimento de nós mesmos. Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder prevalece, há falta de amor. Um é a sombra do outro. Tudo depende de como olhamos para as coisas, e não de como elas são em si mesmas.
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Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo. Todos nós nascemos originais e morremos cópias. O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambas sofrem uma transformação.
Leandro Karnal Não controlo tudo. Não sou dono do universo. Não posso impedir a morte, que virá. Mas entre o nascimento e a morte eu controlo muita coisa. Eu tenho uma sorte imensa, principalmente quando acordo às 5 da manhã disposto a fazer o meu melhor. Aí a minha sorte ajuda muito. A vida é muito curta, é muito rápida, muito passageira, pra que se perca tempo em uma existência medíocre, numa existência pequena, numa existência fraca. A vida é muito curta para que eu tenha uma família que eu não ame. Pra que eu tenha um emprego que eu não goste, pra que eu tenha um trabalho que eu não me dedique. A vida é muito curta pra eu ser medíocre. É muito pouco tempo pra isso. Conheçam-se! Consciência de si próprio é a chave para o sucesso. Saiba exatamente quem você é. Diga a si mesmo onde quer estar, com quem, com qual corpo, com qual renda, em qual casa, e persiga esses objetivos. Com certeza, depois de refletir sobre cada um desses pensamentos, a vida nos pede atitudes. Portanto, esqueça o que passou, esqueça o passado, esqueça tudo o que veio até aqui. Reinvente-se. Reconstrua, faça desta vida um espaço completamente diferente. Fácil. Sua vida vai continuar a sendo muito feliz. Não se acostume ao fracasso, acostume-se à felicidade. Desafie-se. Seja melhor. A vida só vale a pena se ela for intensamente vivida e intensamente aproveitada dentro desses objetivos. Supere essa ideia de sorte, azar, destino. Introduza a ideia de decisão, estratégia e trabalho. Feliz vida plena.
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luiz fernando leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br
pratos do dia
Hebe, a Biografia Arthur Xexéo
moquequinhas • José Luiz Kfuri abriu seu clube 244, na Praia do Canto. Sucesso. • A Vitória Stone Fair foi sensacional. • Jazz combina com Domingos Martins. • O Day by Day se consolida como point gastronômico. Destaque para Mimos do Líbano, Piu, Salsa e Capri. • Expovinhos tá cada vez melhor. • Brasil, o país do “aluga-se”.
Tancredo Neves, o Príncipe Civil Plínio Fraga
A Nossa Frágil Condição Humana Moacyr Scliar
Medicina, Engenharia ou Direito? Enem chegando, e os cursos mais procurados continuam sendo os mesmos do século passado. Mas novos tempos também exigem novas funções. Pensando nisso a coluna mostra a lista de 11 profissões que, segundo o jornal “El País”, darão muito o que falar. Vamos a elas: analista de internet das coisas, arquiteto de novas realidades, cientista de dados, designer de órgãos, roboticista, designer de redes neurais, terapeuta de empatia artificial, impressor 3D, protético robótico, engenheiro de nanorobôs e advogado de segurança cibernética.
US$ 7
cardápio de assuntos
O vinho La Moneda Reserva Malbec, chileno, foi listado entre os melhores do mundo pela revista especializada “Decanter”, no fim do ano passado. O produto, que se destacou entre os mais de 200 degustados às cegas pelo júri, foi descrito como um “roxo profundo com matizes de violeta, taninos com textura aveludada e aromas de ameixa, figo e morango.” O tinto de US$ 7 (R$ 23) passou a ser comercializado na Walmart dos EUA. Antes, estava à venda apenas na Asda, subsidiária da rede de supermercados que só existe no Reino Unido.
• O Brasileirão • As reformas • A BR 101 • A crise • A última do Trump • Prende ou não prende?
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dica do chef A homenagem da coluna ao grande amigo Jorge Ammar. Vai fazer muita falta!!! revistaesbrasil
a saideira!
Julho é tempo de quadrilha, tem a do Temer, a do Lula, a do Aécio...
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