Revista Missões

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EDITORIAL

O ESPÍRITO SANTO CLAMA POR VOCÊ

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ançada durante a 99ª Assembleia da Convenção Batista, realizada em Piúma, a Campanha de Missões Estaduais deste ano traz como tema “O Espírito Santo clama: quem responderá?”. É uma mobilização audaciosa, na qual visamos ao engajamento de todas as mais de 900 igrejas em nosso solo capixaba. O Espírito Santo clama por mais de Deus em nossas ações, mais do amor dEle em nosso dia a dia. Vivemos em um Estado onde, infelizmente, notícias sobre violência e crime já pertencem ao cotidiano. Não podemos ficar insensíveis a isso. Este é o momento de fazemos a nossa parte para que mais e mais corações sejam tocados pela mensagem da paz de Cristo. Fazer missões é cumprir a vontade do Pai. Essa deve ser a função principal de qualquer igreja, que só existe para dar continuidade aos ensinamentos do Senhor. Ele nos confiou essa importante tarefa, e o Seu Evangelho deve ser levado a todos os povos. E alcançar toda a população capixaba é uma meta da nossa Convenção. Através do Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam), desenvolvemos ações de plantação e revitalização de igrejas, capacitação de líderes, capelania em hospitais e presídios, pregação para diferentes etnias, iniciativas voltadas para dependentes químicos e muito mais. Temos atualmente convênios com 47 missionários, todos envolvidos em projetos que divulgam a Bíblia e apontam o Senhor como único caminho para uma vida transformada, plena e feliz.Nas páginas desta revista, você poderá acompanhar os resultados obtidos com os trabalhos missionários, os desafios que estão por vir e os objetivos da atual campanha. Faça parte dessa mobilização. O Espírito Santo clama por você. Dê a sua resposta.

Pr. Doronézio Pedro Andrade é presidente da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES)

Que Deus abençoe a todos nós!

Diretoria Presidente: Pr. Doronézio Pedro Andrade 1º Vice-presidente: Pr. Roberto de Oliveira 2º Vice-presidente: Pr. Walter Santana Junior 3ª Vice-presidente: Educadora Cristã - Ormir Batista Gonçalves 1º Secretário: Pr. Ronaldo Carneiro 2ª Secretária: Miss. Rosilene Rodrigues

3º Secretário: Pr. Leandro Saldanha Diretor-geral da CBEES: Pr. Diego Bravim Gerente-administrativo da CBEES: Eliane Lopes da Rocha Diretor-executivo do Cetebes: Pr. Vanedson Ximenes

Diretor-executivo da UMHBEES: Jaime Cadete Filho Diretora-executiva da UFMBEES: Nivalda Catarinque Presidente da Jubac: Petherson Costa Coordenador do Mevam: Pr. Keiny Moreira Educadora cristã - Mecri: Debora Cardoso

Av. Paulino Müller, 175, Ilha de Santa Maria - Vitória/ES - Telefone: (27) 3038-2811 • www.batistas-es.org.br • recepcao@batistas-es.org.br

Produção editorial:

Campanha 2015:

Gerente de Produção: Cláudia Luzes

Braga de Araujo, Pr. Doronézio Pedro Andrade, Pr. Kleber Teles, Pr. Marcelo Aguiar, Pr. Wanderley Textos: Gustavo Costa Lima e MM Wilzima Costa Editoração e apoio: Michel Sabarense e Contato: Av. Paulino Müller, 795, Dayanne Lopes Jucutuquara - Vitória/ES - CEP 29040-715 Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas e Telefax: (27) 2123-6500 arquivos Next Editorial www.lineapublicacoes.com.br Colaboraram nesta edição: Pr. Carlos Alberto redacao@lineapublicacoes.com.br

Batistas Capixabas

Direção e marketing: Pr. Jullyander de Lacerda Filmagem e edição: Matheus Barbosa Ramos e Renato Cardoso (iLive) Colaboração: Pr. Fábio Ventura

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SUMÁRIO

Trabalhos do Mevam Confira iniciativas que têm levado mais longe a Palavra de Deus. Diretamente do campo, missionários reportam as conquistas e os desafios de pregar o Evangelho em diferentes pontos do Estado.

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FRUTOS DO CAMPO | 34 A partir do trabalho missionário, incontáveis histórias são reescritas. É o caso de Diogo, que dá um emocionante testemunho sobre como sua vida foi transformada pelo amor de Deus.

ARTIGOS ENTREVISTA | 8 O pastor Keiny Moreira da Cunha fala sobre a atuação do Mevam em 2015 e sobre as principais metas no campo missionário capixaba.

Pr. Wanderley Lima | 6 Pr. Kleber Teles | 24

REGIÃO NORTE | 20 GRANDE VITÓRIA | 26 REGIÃO SUL | 30 PROJETOS | 16 SERMÕES | 38 CONVÊNIOS | 18 ORDEM DO CULTO | 41 PAM | 36 HINO OFICIAL | 42


ARTIGO

Explicação da campanha

“O

Espírito Santo clama: quem responderá?” Esse é o tema da nossa Campanha de Missões Estaduais em 2015. É algo que nasceu no coração de Deus, no qual o povo cristão é chamado para fazer a diferença na sociedade em que está inserido. O Senhor sempre convidou pessoas para participar da obra que Ele estava para fazer. Então, é um convite para que o povo de Deus participe da obra. E também falamos do nosso Estado, que embora muito evangelizado, ainda é carente da vivência da Palavra. Estamos infelizmente no ranking dos locais onde mais mulheres são assassinadas e onde os jovens são mais atraídos para o crime e para as drogas. Queremos mudar esse cenário, dizer que basta de violência contra a mulher e de perder tantos adolescentes para o mundo do crime. É por isso que o tema termina com esta questão: “quem responderá?”. O crack vem dando a sua resposta, a violência também. Pois agora, precisamos reagir, nos colocarmos como a resposta de Deus contra toda maldade, corrupção, descaso e abandono. Cada crente é um missionário, tem que ser luz no meio das trevas. No material usado pela campanha, apresentamos uma mulher que chora. Poderia ser um retrato de uma mãe que está sofrendo pelo filho, que talvez esteja preso ou morto, em uma alusão à situação de risco social a que os nossos jovens

Batistas Capixabas

estão submetidos hoje. Ou talvez o sofrimento dessa mãe seja motivado por uma filha, agredida por um companheiro ciumento. A imagem pode ter diferentes interpretações, mas a mensagem é uma só: precisamos agir e evitar que isso continue acontecendo. E a nossa resposta, enquanto cristãos, deve ser com os nosso pés, testemunhando em todos os lugares onde estivermos, com as nossas mãos, na entrega voluntária das ofertas missionárias, e com os nossos joelhos quando oramos pela salvação deste povo querido. A campanha de 2015 tem como alvo a arrecadação de R$ 500 mil. No ano passado, chegamos a R$ 382 mil, e agora queremos dar um passo a mais. A expectativa é de que cada Igreja Batista se envolva com o trabalho e que a gente consiga atingir a meta. São mais de 900 igrejas e congregações no Estado. Se cada uma participar o objetivo será cumprido. Esses recursos são fundamentais para manter nossos missionários no campo, capacitar igrejas, construir templos em locais estratégicos e dar o suporte necessário para que as ações do Ministério continuem levando a Palavra para transformar vidas e abençoar o nosso Espírito Santo. Pr. Keiny Moreira da Cunha - Coordenador do Ministério de Evangelismo e Missões da CBEES

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Artigo

A MISSÃO DA IGREJA: UM ESTUDO A PARTIR DE GÊNESIS 1.26-28

O

trabalho missional está relacionado ao fato de o homem ter sido criado à imagem de Deus. Assim, ao refletir sobre sua natureza e sua queda, o ser humano é capaz de se reaproximar de Deus, e ao fazê-lo, pode também reocupar seu posto outrora deixado/perdido. Da mesma forma, a Igreja, composta de homens e mulheres regenerados – gerados de novo à imagem e à semelhança de Elohim – pode testemunhar de Cristo aos pecadores perdidos, atraindo-os a Ele de forma que suas vidas sejam representações de Deus no mundo, passando a conscientizar outros seres humanos sobre o viver agora com Cristo e se preparando para o Seu retorno. A metanarrativa veterotestamentária traz a ideia de um Deus missionário já na criação do homem e da mulher. Toda a Bíblia é um livro missionário. Ela oferece o modelo e a autoridade de Missões no Antigo Testamento. A IMAGEM DE DEUS COMO UM PRESSUPOSTO DA MISSÃO A expressão “imagem de Deus” aparece no último dia da criação. Ali é possível contemplar o ápice da criação divina na frase que aparece em Gênesis 1.26: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Aqui nesse texto, Elohim encerra Sua grande obra com um toque pessoal;

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o homem é o único ser, dentre toda a criação, em que a narrativa apresenta como aquele que possui imagem e semelhança divina. Deus é missionário, e já em Gênesis 1.26,67 o termo “imagem” parece ser o elo entre a postura de Deus diante da criação e a postura do homem como criatura. Ter a imagem significa que a humanidade tem um chamamento representativo para reinar como Deus reina. Este é o pressuposto da imagem no homem: a representatividade fiel do seu Senhor. Em termos bem simples, ter a imagem de Elohim significa ser parecido com Ele. O ser humano não se parece com Ele no sentido de que a aparência humana define Deus, como se o formato do corpo humano seja uma representação divina. É preciso considerar que “Deus é espírito” e, portanto, existe sem um formato corporal. Essa aparência está relacionada ao privilégio humano de ser ajudador de Deus no trabalho missional, pois ao criar o homem e a mulher à sua imagem, e ao lhes conceder características, habilidades e funções, o Senhor os dotou com o privilégio e a responsabilidade de serem seus cotrabalhadores nas tarefas a serem executadas na criação. A imagem divina no ser humano redimido o capacita a ter comunhão com seu Criador, tornando-o também responsável para transmitir aos seus semelhantes o projeto divino através dos dons a ele distribuído como ferramentas da missão. Missões Estaduais 2015


Wanderley Lima Moreira é pastor da 2ª Igreja Batista em Cariacica e professor de Hebraico

Ele está autorizado a falar em nome de Elohim. Assim Deus age no mundo através da sua imagem divinizada no homem.

A IGREJA COMO REPRESENTANTE DE ELOHIM NO MUNDO Ser missionário não é apenas fazer tarefas missionárias, como ir a países estrangeiros ou montar uma estratégia de crescimento de igreja. Também não é apenas convencer alguém a levantar a mão no culto, ou ter um número de pessoas se reunindo nas casas. Tudo está relacionado à ideia de que cada salvo em Cristo, cada cristão, é um representante de Deus no mundo. Logo, os servos de Deus, como Igreja, são dotados de um reflexo da santidade de Deus, e em sua experiência de conversão voltam a ser uma espécie de réplica perfeita de Elohim, conscientes de Deus e do Evangelho. Assim, a missão de cada um é participar com Deus desta grandiosa história, é assumir o papel outrora abandonado, que considera a criação como ato missional de Deus. A Igreja pode representá-lO neste mundo. Conforme ela caminha, e é ensinada, poderá fazer missões. As boas novas do Evangelho precisam ser transmitidas a partir desses conceitos da criação, pois a metanarrativa apresenta Elohim como o Deus que criou o universo. Ao vê-lo devastado pelo mal e pelo pecado, comprometeu-se em redimir e restaurar toda a criação, de forma que o ser humano, sendo imagem de Deus, é representante de Deus no mundo.

Batistas Capixabas

CONCLUSÃO A responsabilidade da Igreja é expandir o Reino de Deus neste mundo. O Criador planejou na eternidade que cada servo Seu reinasse e governasse com Ele. Agir como imagem de Deus, como protótipo do Rei, significa viver neste mundo a partir de uma cosmovisão bíblica, onde o testemunho de Cristo no mundo contemple fazer justiça em sabedoria, amor ao próximo, exercer a bondade, a compaixão, a generosidade e a fidelidade à Sua Aliança. Deus colocou a Igreja no mundo como Seu representante. Assim, o Senhor fez um mundo perfeito, mas o homem se afastou de dEle por meio do pecado e passou a sofrer. Porém, o Criador não deseja que Sua criação continue a pecar se afastando cada vez mais de seu primeiro amor. Assim, através de uma compreensão correta da Missão de Deus a partir de uma cosmovisão bíblica que considera a criação, uma igreja missionária prega Jesus Cristo a partir da Bíblia inteira, culminando na percepção de que Deus enviou-se ao mundo através de Seu próprio Filho, que os elegeu como trabalhadores do Reino. A Igreja é formada, assim, pelos (co) trabalhadores que agora são enviados em missão para resgatar os que estão perdidos, portanto, por todo aquele que faz a vontade de Deus e trabalha para levar o homem à reconciliação de amor com Deus. Missão é estar a serviço de Deus e de Sua criação.

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ENTREVISTA

Pastor Keiny Moreira da Cunha

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oordenador do Ministério de Evangelismo e Missões da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo, o pastor Keiny Moreira da Cunha fala sobre o desafio do trabalho missionário e de como é poder levar a Palavra de Deus a terras capixabas. Tendo atuado antes na Igreja Batista em Araçás, em Vila Velha, o pastor, que é casado com Fabíola Toledo e é pai de Kelly, aborda ainda a campanha de missões deste ano, cujo tema é “O Espírito Santo Clama: quem responderá?” Como surgiu o Mevam? E qual é a importância do Ministério hoje? O Ministério de Missões surgiu com a própria chegada dos batistas. O Evangelho chegou ao Estado através do missionário Loren Reno. E por meio da educação cristã, ele tinha a visão de evangelizar o povo capixaba. Tivemos depois vários outros missionários, sempre com a ideia de plantar igrejas e expandir o Reino de Deus. O nosso ministério surgiu assim e foi crescendo com o tempo. Cada Igreja tem uma marca, e a marca do povo batista é o trabalho de missões, é cumprir o ide de Jesus. E nós vemos missões em um sentido integral, pensando no mundo, no Brasil e no Espírito Santo. O nosso Estado é o segundo mais evangelizado do país, mas ainda tem um enorme campo missionário. E o objetivo do Ministério de Evangelismo e Missões é apoiar e despertar os batistas para o trabalho que precisa ser feito em terras capixabas. Cada igreja local já atua no seu bairro, mas precisamos também chegar a outros bairros, outros municípios, no Estado como um todo. Nós apoiamos quem ainda possui trabalhos pequenos, quem precisa de uma revitalização, plantar igrejas em locais estratégicos. Como atua o Ministério de evangelismo e Missões? O Mevam funciona em algumas frentes. Estamos em todos os municípios do Estado, mas precisamos avançar. Trabalhamos fortalecendo as igrejas que se encontram

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desanimadas. Isso é o trabalho de revitalização. Outra ação é a capelania. Temos um capelão em um hospital em Linhares, que além de atuar na evangelização de pacientes e profissionais, leva capacitação a outras igrejas e associações que querem fazer esse trabalho. Ele tem todo o material necessário para isso. Também na parte de capelania, realizamos uma ação em presídios. Nós encerramos um convênio recentemente com um missionário mas continuamos trabalhando. Nosso objetivo a curto prazo é a criação de um conselho que nos ajudará nas próximas ações. Vamos continuar essa importante ação, de levar a Palavra de Deus a quem precisa. A ideia é realizar capelanias em outras áreas também, como a esportiva. Temos também o trabalho com etnias, que hoje funciona com os pomeranos, em Laranja da Terra, e com os índios

Missões Estaduais 2015


“Cada crente é um missionário, tem que ser luz no meio das trevas”

tanto pode ser promovida pelo próprio Mevam quanto por outras organizações e parceiras. Em maio, tivemos um encontro no qual ressaltamos a saúde emocional do missionário com um psicólogo e a importância de saber se apresentar com um fonoaudiólogo. No final do ano, teremos o Encontro da Família do Missionário. Também enviaremos nossos missionários para eventos nacionais que possam, de alguma forma, contribuir com a formação de quem atua em campo. Quantas pessoas trabalham hoje diretamente nas ações do Mevam? Temos 47 convênios. Não são 47 missionários, já que um convênio pode abranger vários missionários. Esses convênios são distribuídos para todas essas áreas citadas: plantação e revitalização, combate às drogas, capelania e trabalho com etnias.

guaranis de Aracruz. Essa ação com a comunidade indígena já é realizada há 26 anos e vem dando grandes resultados. Outra frente importante é o combate às drogas. Chegamos a pessoas que vivem nas ruas e que são usuárias de drogas e mostramos que existe uma nova vida, longe desse mal. Temos um convênio com o grupo Anjos na Noite, que é especializado em abordagem nas ruas e encaminhamento para projetos de recuperação. E claro, damos apoio à Cristolândia, um importante projeto de nível nacional e que conta com o trabalho de nossos missionários. Como se dá a capacitação de missionários atualmente? A capacitação é realizada de forma contínua. A qualificação

Batistas Capixabas

Como funciona o programa de adoção missionária? Esse plano é uma tradição que estamos dando ainda mais ênfase em 2015. Em 2014, por exemplo, arrecadamos R$ 2.420 com o PAM, o que dá em média R$ 0,03 por batista. Precisamos avançar. Este ano, com pouco mais de um mês de campanha, já duplicamos o valor arrecadado em 2014 inteiro. A pessoa escolhe um valor se comprometendo a depositar mensalmente a sua oferta. Isso será repassado para ajudar a manter um projeto ou missionário. E a pessoa que adotou aquele missionário, receberá uma carta e poderá sempre conferir como está o trabalho desenvolvido por ele. A nossa meta este ano é chegar a 2 mil PAMs de adoção missionária. Sobre o engajamento batista, como o senhor nota a mobilização dos capixabas em torno do trabalho de missões? Queremos que 100% dos batistas se envolvam com missões no nosso Estado. Temos uma campanha anual, e em 2014 registramos 31,5% das igrejas envolvidas. Queremos alcançar todas. Este é o nosso alvo: despertar o batista a olhar para o seu campo. Atos 1:8 diz que devemos fazer missões em todos os lugares. Começa em Jerusalém, que é a nossa casa. Ou seja, devemos começar onde estamos. Queremos envolver todos, no sentido da oferta, da oração, e de participar dos projetos em nosso Estado.

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TRABALHOS DO MEVAM

Mevam leva a Palavra a diferentes etnias

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om forte diversidade geográfica, cultural e social, o Espírito Santo possui um campo missionário fértil. Ciente disso, o Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam) realiza um trabalho com etnias que vem resultando em bons frutos. Na região de Laranja da Terra, o destaque é uma ação com os pomeranos. Originário da Europa, onde vivia de forma isolada entre a Alemanha e a Polônia, esse povo migrou para terras capixabas há 156 anos, encontrando no interior as condições para se estabelecer. Ao alcançar essa população, o Mevam dá mais um passo estratégico referente ao evangelismo. O trabalho é liderado pelo missionário Wilmar Bennevitz, que fala fluentemente a língua, e assim pode se comunicar com os moradores locais. Ele lembra que antes já havia atuação batista na região, mas o idioma era um problema. “Uma ação em Laranja da Terra era um sonho da Convenção, e o pastor Geraldo Mielki, da igreja-mãe, a Primeira Batista de Afonso Cláudio, sempre quis contar com alguém desempenhando um trabalho com os pomeranos, mas havia obstáculo. Cerca de 30% da população têm dificuldades com a língua portuguesa. O Mevam apoiou a iniciativa, e passamos a trabalhar. A cidade conta com quase 11 mil pessoas, e boa parte deles é de origem pomerana”, observou ele. De acordo com Wilmar, apesar de contar com uma sede, construída por missionários americanos, a atividade levará um tempo para ganhar a confiança da comunidade. “Certa vez, uma senhora me perguntou se o trabalho seria interrompido novamente se eu fosse embora. A falta de continuidade dos trabalhos anteriores deixou as pessoas com um pé atrás.

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Indígenas (foto) e pomeranos também são impactados pelo trabalho missionário no Estado

Muitas vezes as pessoas acabavam indo para outras denominações que também estão na região”. Uma importante ferramenta de evangelismo, o rádio também é usado para levar a Palavra de Cristo. “As rádios ainda têm uma repercussão muito grande no interior. E em Laranja da Terra os programas são uma marca registrada das igrejas. Quando o pastor Geraldo ainda estava aqui, já havia o programa ‘Bebendo na Fonte’, que ficou depois dois anos fora do ar. Quando cheguei, buscamos trazê-lo de volta. De imediato, conseguimos 30 minutos na segunda-feira. E desde o início de março, o ampliamos para dois dias, às segundas e às quintas, sempre às 7h, na rádio Líder FM – 104.9. A programação tem músicas e orações tanto em português quanto em pomerano, colocando-se de uma forma que todos possam entender e refletir”, enfatizou ele. Outra grande iniciativa com etnias é realizada há duas décadas com os índios guarani em Aracruz. “Temos lá o pastor Adilson Rodrigues. O nosso desafio é a estruturação de uma liderança indígena e estamos trabalhando com estudos bíblicos sobre a liderança na igreja local”, destacou o pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais. Missões Estaduais 2015


Plantação de igrejas tem levado a Palavra de Deus a todas as regiões do Estado

Ministério investe em plantação de igrejas

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empre desenvolvendo atividades para expandir o trabalho missionário, fortalecendo as frentes, e promovendo revitalização, manutenção e treinamento, o Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam) tem feito um mapeamento do Espírito Santo para as novas plantações de igrejas, além da reativação de outras. O objetivo é se fazer presente em todas as regiões capixabas. “Cremos que a Igreja é fundamental na transformação da sociedade em que ela está inserida. É importante que novas igrejas se desenvolvam com os novos bairros, que por sua vez surgem por conta do crescimento populacional”, disse o pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais. Ele lembra que, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo crescerá mais do que a média nacional projetada até 2030, e, por isso, as igrejas devem estar preparadas. Para o pastor, os frutos dessas iniciativas são expressivos e apontam a direção que o Mevam desse seguir. “Os resultados são visíveis quando recebemos os relatórios e visitamos o campo dos nossos missionários. Muitas pessoas, em todas as faixas etárias, que viviam sem esperança estão sendo alcançadas Batistas Capixabas

pela graça salvadora de Jesus. E isso está acontecendo em todas as regiões. Tem crescido o apoio de igrejas já estabelecidas às pequenas igrejas e aos projetos missionários. Os nossos missionários estão felizes, sonhando e trabalhando. Isso para nós é um resultado relevante”, refletiu. Keiny diz que os batistas vivem um tempo de novos desafios no campo missionário. E por isso, o Mevam, que está em reconstrução, tem buscado uma filosofia de trabalho que seja compatível com este momento. Para ele, a união de forças é fundamental, não só para a plantação de igrejas, como para todas as ações promovidas pelo ministério e pela Convenção. “Sonhamos com a salvação de cada cidadão capixaba, e sabemos que para que isso aconteça, precisamos da participação de cada associação, de cada igreja e de cada crente batista. Agradecemos a todas as igrejas que participaram da campanha de 2014. Agradecemos a todos os adotantes do Programa de Adoção Missionária (PAM) em 2014. Agradecemos a cada pastor que motivou a sua igreja a fazer a diferença em seu bairro e em sua cidade. Agrademos de todo o coração a você, batista, que não apenas faz parte da CBEES, mas é a própria CBEES”, afirmou.

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TRABALHOS DO MEVAM

Com uma mensagem de amor e otimismo, os missionários pregam em hospitais e presídios do Estado

Capixabas realizam ações de capelania hospitalar e prisional

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eceber a Palavra de Deus em um momento de fragilidade pode fazer a diferença na recuperação de muitas pessoas. Pensando nisso, o Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam) promove importantes ações em ambientes hospitalares e prisões do Espírito Santo. No município de Linhares, por exemplo, é realizado o trabalho de capelania hospitalar. Em um convite feito pelo pastor Edson Klitze, que atuava na Igreja Batista Memorial de Linhares, o pastor Wilson Machado aceitou a missão da evangelizar no Hospital Geral da cidade. De acordo com o pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais, os hospitais são grandes campos missionários. Keiny lembra que, além da atividade em Linhares, o missionário Wilson Machado também está à disposição das igrejas e das associações para dar capacitação sobre como trabalhar com capelania hospitalar. “Uma cartilha foi produzida e tem servido como ferramenta de treinamento de pessoas que se interessarem por esse trabalho”, falou. Em Mucurici, Norte do Estado, o pastor Delorme usará esse material para começar o trabalho em seu campo missionário. “Ainda este ano o Mevam irá promover um fórum para discussão e aprimoramento da a atuação de capelania nos hospitais. O nosso foco é estar em todos os hospitais capixabas”, frisou o pastor. O Mevam também alcança aqueles que foram colocados à margem da sociedade e se encontravam sem muitas perspectivas para um futuro produtivo e feliz. Com o

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objetivo de mudar o triste cenário de violência no Estado, que apresenta atualmente um dos maiores índice de crimes no país, o ministério realiza desde o ano de 2010 o projeto de capelania prisional, algo inédito na história dos batistas capixabas. “É um projeto audacioso, mas que vem apresentando números marcantes. Já tivemos mais de 100 batismos. Esse trabalho, assim como o apoio das famílias, é importante para que essas pessoas realmente possam sair da prisão renovadas e querendo ser produtivas para a sociedade”, falou ele. Keiny enfatiza ainda que vários pastores já realizam a ação de capelania prisional em terras capixabas e que o trabalho deve avançar ainda mais nos próximos meses e anos. “Um dos nossos objetivos é ter um fórum, para que possamos unir forças e sermos ainda mais eficazes para levar uma mensagem de carinho a quem não possui nada. Queremos ter em cada região um representante desse trabalho, que capacitará as igrejas e as associações interessadas em trabalhar com capelina prisional. A ideia é atuar de forma integral com o detento e com a família dele. Alcançando essas famílias, conseguimos ajudar na ressocialização dos presos e, claro, preparar a sua casa. Muitas pessoas sabem que erraram e esperam uma chance para mostrar que isso é coisa do passado. E como cristãos, temos que mostrar que sempre há um retorno para quem crê no Pai. Chegamos às unidades carcerárias de nosso Estado com a Palavra de Deus, e não vamos parar”, concluiu. Missões Estaduais 2015


Cristolândia: projeto batista tem tirado pessoas do mundo das drogas

Mevam apoia projetos de combate às drogas

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oje percebidas como um problema social e de saúde pública que fundamentalmente demanda uma reação mais ativa do Governo, das famílias, das mídia, das entidades de ensino e, claro, das igrejas, as drogas têm efeitos devastadores tanto para os usuários, quanto para quem está em volta deles. O engajamento de toda a sociedade na prevenção e no combate a essas substâncias é um desafio complexo – mas necessário – que envolve organização, estratégias e muita persistência. O Espírito Santo, a exemplo de outros lugares do Brasil, tem sido atingido pelos danos do consumo de drogas e de suas consequências. Visando a reverter esse quadro, o Projeto Cristolândia conta com ações que envolvem abordagem, evangelização, discipulado e cuidado com usuários de drogas na região da Vila Rubim e entorno. Trata-se de uma parceria de sucesso dos batistas capixabas com a Junta de Missões Nacionais. No Estado, é coordenada pela Primeira Igreja Batista de Vitória, com o apoio do Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam). O projeto atende, em média, a 53 pessoas de forma intergral. Desde sua criação já foram atendidos mais de 480 pessoas. “O projeto é uma resposta da Igreja a esse problema social, usando a Bíblia para mostrar a essas pessoas que há sim, Batistas Capixabas

como sair desse fundo poço do mundo das drogas”, explicou o pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais. Ele lembra que, além da adoção financeira mensal a Cristolândia, o Mevam paga uma bolsa de estudos no Centro de Educação Teológica Batista do Espírito Santo (Cetebes) para três voluntários do projeto e mais uma missiónaria mantida em tempo integral. Também com apoio do Mevam, outra ação de destaque no combate às drogas voltada a pessoas em risco social é o grupo Anjos na Noite, que vem evangelizando nas noites capixabas. Formado por membros das jubas, seminaristas, pastores, líderes de ministérios, igrejas de Vitória, Cariacica e Serra, e Convenção, o grupo prega a Palavra de Deus no Centro de Vitória, nas favelas, nos bares, nos bailes funk, nos asilos e nos hospitais. A iniciativa faz a diferença na vida daqueles que são atingidos por drogas, prostituição, violência, abandono e solidão. O Mevam apoia financeiramente e com capacitação para que o grupo possa continuar desempenhando esse importante trabalho missionário. O contrato foi renovado. “É um projeto extremamente consciente e com bons resultados. Acreditando em ações como essa, estamos levando a mensagem de Deus e promovendo a restauração de vidas”, observou ele.

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TRABALHOS DO MEVAM

Igrejas revitalizadas voltam a pregar o Evangelho

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ontar com igrejas vibrantes, relevantes e em crescimento constante é um objetivo não apenas da Convenção, ou do Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam), mas de todos os batistas. No entanto, problemas estruturais ou a carência de líderes ou de planejamento podem ocasionar o fim das atividades de uma igreja. É para retomar trabalhos importantes, mas que por alguma razão se encontram parados, o Mevam desenvolve a revitalização de igrejas. E uma vez reerguidas, essas igrejas podem seguir sua trajetória de vidas salvas para o Senhor. É o caso da Igreja Batista em Vila Lenira, em Colatina, que está sendo revitalizada. De acordo com o pastor Elias Rocha, havia uma necessidade emergencial. “Existia um número ainda menor do que constava no rol de membros, ou seja, 56. A tímida presença e a pouca participação nos cultos e nas atividades fragilizavam ainda mais a igreja”, falou ele.

Pastor Elias Rocha e sua esposa, Daniela Rocha

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Meses depois, as coisas parecem ter mudado por lá, pois, segundo Elias, a membresia tem correspondido ao direcionamento do Senhor. “Muitos irmãos e muitas famílias têm retornado, e o amor e a comunhão têm sido estabelecidos. Todos os meses, a igreja realiza cultos com cunho evangelístico e momentos de comunhão. Também temos, no terceiro domingo, o culto da família, em que muitas famílias do bairro têm estado presente. E, em breve, pretendemos iniciar o trabalho com grupos pequenos, intitulado ‘Cristo em Minha Casa’. Isso sem contar as visitações pastorais periódicas e a disposição no atendimento pastoral de terça a sexta na igreja”, falou ele. O pastor lembra que, assim que chegou à localidade, com sua esposa, Daniela Rocha, percebeu que os membros tinham dificuldades em receber e integrar os que entravam na igreja. Faltava de forma latente a comunhão, o amor e uma liturgia que fosse compartilhada e atrativa a todas as classes. Para mudar isso, a meta estabelecida foi tratar e cuidar daqueles que estão dentro da igreja, para depois alcançar com eficácia quem ainda está fora dela. “E assim tem sido, e para honra e glória do nosso Deus, já temos visto a igreja benquista com as famílias, o bairro, e a sociedade onde ela está inserida. Sabemos que algumas coisas demandam tempo e esforço para serem alcançadas, mas confiantes no Senhor e com as forças renovadas nEle, venceremos esta etapa com muito louvor, para glória do nosso Senhor”, frisou. Para o Mevam, chegou um novo tempo do Senhor. O tempo de fortalecer, de crescer, de amar e de trabalhar, sempre unindo todos os batistas. Igreja revitalizada representa igreja saudável, pulsante e abundante em projetos de crescimento e divulgação do Evangelho. Missões Estaduais 2015


A igreja em vila Valério, na época do início do trabalho: hoje já tem 180 membros

Projeto Gama reergue igrejas no Estado

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undado em agosto de 2002, o Grupo de Apoio Missionário Ágape (Gama) nasceu para trabalhar com revitalização de igrejas batistas no Espírito Santo. Segundo o presidente do projeto, pastor Gilson Rosa, o Gama foi idealizado como forma de reduzir a carência das igrejas no que se refere a obreiros e pessoas ligadas tanto à área eclesiástica quanto à administrativa. “A gente sabe que no interior do Estado existem igrejas em grande dificuldade. O projeto Gama faz um trabalho de crescimento. Fazemos uma radiografia das necessidades dessas igrejas, vemos o que elas precisam. E aí então é criado um planejamento de como iremos atuar”, falou ele. Cada campo possui uma realidade diferente, com características e desafios próprios. “Depois que começamos o trabalho, só entregamos essa igreja quando ela se torna autossustentável. Então damos posse a um pastor, que segue para lá e passa pelo crivo do Gama”, explicou. Segundo Gilson, o Gama encontrou nesses quase 13 anos muitas congregações feridas e precisando de orientação. “A igreja pioneira foi a de Vila Valério. Quando chegamos lá, em 2003, os cultos recebiam cerca de 10 pessoas. Hoje, liderada pelo pastor Alcenir José Sarmento, a mesma igreja já conta com quase 180 membros”. Em seguida, o projeto começou a atuar no município de Irupi. A igreja da cidade, que tinha 28 membros antes do Gama, saltou para os atuais 70. “O pastor Eduardo Santos também vem fazendo um excelente trabalho. É uma igreja que não

Batistas Capixabas

depende mais financeiramente da Convenção para conduzir as suas atividades”. Então, a pedido da Convenção, o Gama passou a desenvolver também um trabalho em Novo Brasil, em Governador Lindenberg. “Reabrimos a igreja, que estava fechada há três anos. Após um ano de atuação, registramos a frequência de 30 adultos e 35 crianças. E a 18 km de distância dali, o Gama atua também em uma congregação, que tem dado resultados positivos. Assumimos com 25 membros e hoje temos em torno de 60. Temos uma turma grande para batizar. Fomos também atrás de melhor estrutura: o espaço era bem pequeno, em um terreno de 140 m². Vendemos e compramos outro de 834 m². Construímos um templo provisório, enquanto o outro não fica pronto”, disse Gilson. O Gama atua ainda na igreja em Pedro Canário, Norte do Estado. Dos 30 membros, registrados na época em que projeto assumiu a igreja, os cultos passaram a contar com 80. “A partir de janeiro deste ano, colocamos lá o pastor Marcelo Abdon, que vem conduzindo o trabalho de forma marcante. Ele ainda conta com o apoio do Gama, que permanece um tempo, antes de entregar a igreja definitivamente”, frisou. O Gama é formado atualmente por 14 pastores e dois seminaristas, que se reúnem todas as segundas-feiras, em Cidade Continental, na Serra. Além do acompanhamento as novidades dos trabalhos realizados, são debatidas novas estratégias que fortalecem as igrejas e resultam em avanços para o campo missionário estadual.

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PROJETOS

Projeto identifica igrejas com excedente de músicos e os encaminha para aquelas que têm necessidade

Projeto Musissionário leva músicos a pequenas igrejas

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riado pela Associação de Músicos Batistas do Estado do Espírito Santo (Ambees), o projeto Musissionário tem a intenção de envolver os seus integrantes nas ações missionárias da Convenção Batista. O projeto identifica as igrejas de pequeno porte, com até 150 membros, e mapeia as carências de cada uma. Ao mesmo tempo, precisa acompanhar aquelas maiores e avaliar se há excedente que pode ser bem aproveitado em outros templos. “Nessas igrejas, muitas vezes não há quem toque, quem cante. Enquanto isso, nas maiores temos muitos bons músicos que não são envolvidos nas rotinas da igreja. Então, a ideia é levar esses músicos que não estão sendo aproveitados em suas igrejas até outras que precisam. Por exemplo, se uma igreja tem mais de um coro, mais de uma banda, vários solistas, pode ceder alguns desses talentos para aquelas que têm necessidades na área musical”, falou a ministra de música Joanemar Paoli. Para isso, foi realizada uma pesquisa junto aos pastores capixabas. As igrejas que se interessam em participar precisam ter um associado da Ambees. O projeto é uma ação sem fins lucrativos. “Para ser musissionária, a pessoa precisa saber que não há dinheiro algum investido. Não existe cachê. É um trabalho voluntário, feito para ajudar uma igreja em dificuldades. Claro, as igrejas irão receber bem essas pessoas e providenciar alimentação e um lugar para elas dormirem, se houver necessidade”, ressaltou Joanemar.

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Segundo ela, o projeto Musissionário cria uma importante integração entre grandes igrejas e aquelas que buscam crescer, em uma relação benéfica para o campo missionário. “Muitas vezes uma igreja menor quer fazer algo diferente, um culto especial, um aniversário ou encontro, mas não tem recursos, seja de pessoal, de instrumentos ou financeiros. Nós queremos ajudá-las nesse momento. Os músicos, por outro lado, podem usar o seu talento para desenvolver ações de grande importância para essas igrejas, que poderão fazer algo mais elaborado”, explicou. Lançado durante a Assembleia da Convenção Batista, o projeto foi apresentado aos pastores, que aprovaram a iniciativa. Doze igrejas procuraram a Ambees, querendo conhecer mais a respeito da iniciativa, que também foi lançada no congresso da entidade. “Então, falamos às igrejas, através de suas lideranças, e aos músicos. E a partir de agora, amarramos as pontas. O projeto foi muito bem recebido e, com certeza, dará bons resultados. Todos que falaram conosco se mostraram muito felizes, sabendo que, agora, eles têm um lugar para buscar ajuda e recursos para que suas igrejas possam ser ainda mais eficazes ao levar a mensagem de Cristo às pessoas. Isso para nós é gratificante. Agradeço à parceria com o Mevam, que realiza um grande trabalho de plantação e revitalização de igrejas, e nos coloca em contato com essas pequenas igrejas, congregações e missões. Vamos seguindo trabalhando juntos, para que essas atividades possam ser ainda mais abençoadas em seus objetivos”, concluiu a ministra de música.

Missões Estaduais 2015


MAF é criado para fortalecer famílias missionárias

E

m uma realidade em que o consumismo, o hedonismo e outras correntes ideológicas têm tornado cada dia mais difícil a manutenção do ideal bíblico, resultando na perda de valores, os cristãos vêm passando por lutas e situações familiares em que muitas vezes necessitam de apoio e orientação. Entendendo o grande desafio deste tempo, e pensando em atender as famílias de forma integral, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo, por meio do Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam), iniciou o Ministério de Apoio às Famílias (MAF). É algo voltado ao apoio e ao fortalecimento das famílias e igrejas, criando ambiente propício para evangelização e restauração de vidas. “Nossa missão é oferecer às igrejas batistas capixabas suporte, orientação e capacitação para a implantação de ministérios com famílias, bem como apoio psicossocial no enfrentamento das demandas”, disse o pastor David Hoffman Alencastre, missionário de Apoio às Famílias. De acordo com ele, a iniciativa é pautada em alguns objetivos. A começar pela capacitação para a implementação de Ministérios com Famílias nas igrejas, através da realização de minicursos para a formação de grupos de suporte nos templos. Haverá plantão de apoio psicológico a famílias, pastores e seminaristas da denominação. Também será dada assessoria nas igrejas, na constituição desses ministérios com a composição de outros auxiliares que promovam o fortalecimento das famílias como os grupos com casais, Batistas Capixabas

Pr. David Hoffman e sua família: ministério dará apoio que contribuirá para o fortalecimento das igrejas

crianças, jovens, terceira idade, pessoas solteiras, divorciadas e viúvas. O MAF prevê ainda a realização de palestras, congressos por meio de igrejas ou associações com temas relacionados à família; e a criação do Portal da Família, um espaço virtual em que estarão disponíveis recursos que possam auxiliar os lares no enfrentamento de suas demandas. “Queremos que a família batista capixaba conte com um apoio de sua Convenção em suas demandas, de forma que possa continuar servindo a Cristo feliz e saudável, sendo instrumento de Deus para alcançar outras pessoas e famílias”, frisou o pastor David.

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convênios mevam Convênios de Plantação de Igrejas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Pr. Paulo Romeu

MB Balneário de Carapebus

Serra

Pr. Manoel Antônio Pereira

Missão Batista em Pedra Azul

Domingos Martins

Pr. Paulo Cazzador

MB São João de Viçosa

Venda Nova do Imigrante

Pr. Francisco Cleniomar

MB Divinense

Divino de São Lourenço

Pr. Wellis Mendonça Fernandes

MB em São Roque do Canaã

São Roque do Canaã

Pr. Caetano Morais

MB Regência

Linhares

Pr. Edmar Marques dos Reis

MB Bela Vista

Serra

Pr. Izack Mariano

MB Jaburuna

Vila Velha

Pr. Delorme Júnior

MB em Mucurici

Mucurici

Pr. Flávio Francisco Gomes

MB Novo Porto Canoa

Serra

Pr. Marco Antonio Silva Mendes

MB Pontal do Ipiranga

Linhares

Pr. Uene Gaspar

CB Zumbi dos Palmares

Vila Velha

Em contratação

CB Bairro Grande Vitória

Vitória

Pr. Ezio Rodrigues Gomes

MB Monte Belo

Cachoeiro de Itapemirim

Pr. Luiz Antonio

MB Bairro de Lourdes

Vitória

Pagamento de aluguel

MB Jesus de Nazaré

Vitória

Pr. Weslei Apolinário

MB Nova Betânia

Cariacica

Pr. Marco Antonio da Silva

MB no Bairro Tabuazeiro

Vitória

Pr. Devaci Acrizio

MB em Porto de Cariacica

Cariacica

2

34

Convênios de Revitalização de Igrejas 20 Pr. João Esteves 21 Pr. Elton Ribeiro

PIB em André Carloni

Serra

IB Itapina

Colatina

22 Pr. Paulo Prata

IEB Nova Vida de Cachoeiro

Cachoeiro de Itapemirim

23 Pr. Luiz Fernando Thomazini PIB em Fruteiras Novas SIB Guaçuí 24 Pr. João Batista

Vargem Alta

25 Pr. Elias Nunes

IB Novo Brasil de Cariacica

Cariacica

26 Pr. Davi Catizano

IB em Novo Brasil

Governador Lindenberg

27 Pr. Demétrio Basílio

PIB de Santíssima Trindade

Iúna

28 Pr. Matheus Pereira 29 Pr. Carlos Alberto Braga 30 Pr. Elias Gomes da Rocha

IB em Laranja da Terra

Iúna

IB Romão

Vitória

IB Vila Lenira

Colatina

18

27

Guaçuí

28

2

3

4 23 24

14 22 42 43


9

PROJETOS 31 Projeto com Índios

Pr. Adilson Rodrigues de Almeida

Projeto GAMA

32 (Revitalização) 33 Capelania Hospitalar

36

Projeto entre os

34 Pomeranos

Ministério de Apoio às

35 Famílias (MAF) 36 Pagamento de aluguel 37 Cristolândia

Vitória Pr. Vilson Machado

Linhares

Wilmar Bennevitz

Laranja da Terra

Pr. David Hoffmam

Vitória

IB Ideal

São Mateus Vitória

Prsicila Vicente

38 (Cristolândia) 39 Anjos na Noite

26 6 11 33 40

21 30

IB de Aviso

Linhares

41 Marizete dos Santos

Igreja Central B. de Fátima

Vitória

Layla Ferreira dos

Igreja Batista Rio da Vida

Cachoeiro de Itapemirim

Samara Batista E.

Igreja Batista Rio da Vida

Cachoeiro de Itapemirim

Cristolândia

Vitória

Cristolândia

Vitória

Cristolândia

Vitória

MB 23 de maio

Vila Velha

43 Azevedo

Katiana Lima de

1

44 Oliveira 45 Kaio Victor Dantas 46 Mário C. S. Rodrigues 47 Pedro Lutero Filho

7

10 20 17 19

Vitória

40 Nascimento

42 Santos

31

Vitória

Seminaristas Moisés Peroba

5

Aracruz

13 15 16 18 29 32 35

25 8

37 38 39 41 44 45 46

12 47

Batistas Capixabas

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região norte

Frente missionária é desenvolvida em São Roque do Canaã

O

trabalho de plantação de igrejas chegou também a São Roque do Canaã. Município recente do Espírito Santo – sua criação se deu em 1995, quando deixou de ser distrito de Santa Teresa –, São Roque passou a contar com a presença batista após a pregação do pastor Wellis Mendonça Fernandes. Sentindo a necessidade de uma ação mais duradoura e capaz de fortalecer a mensagem do Senhor na região, ele aceitou o desafio de plantar uma congregação no local. Para esse trabalho, Wellis teve o apoio da Associação das Igrejas Batistas Leste – Abaleste, que fica localizada em Linhares, além da Primeira Igreja Batista de Nova Venécia e da Primeira Igreja Batista em Perobas. “Começamos então a desenvolver ação de evangelismo nas ruas, com a entrega de folhetos, e também com estudos bíblicos nos lares. Temos aulas de violão às quintas-feiras, oferecemos a Escola Bíblica Dominical, além dos cultos, também aos domingos”, falou o pastor.

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A frente missionária está bem localizada, pois está situada em frente à prefeitura municipal. “Somos vistos por todos que chegam à cidade e, nesse período de um ano e seis meses, estamos sendo abençoados. Muitos pastores têm nos visitado e oferecido ajuda”, frisou Wellis, que anteriormente tinha atuado como seminarista no bairro Aviso, em Linhares. “Foi um sonho que surgiu no coração. Vir para cá e plantar uma igreja foi uma missão dada por Deus”, ressalta. Segundo o pastor, que é casado com Jamylle de Almeida Morais Mendonça, a frente missionária tem crescido. Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Roque possui 11.287 habitantes, dos quais 5.597 vivem na zona urbana. “Temos nove membros, que trazem amigos e parentes para os cultos. Com as ações executadas, vamos buscar aumentar esses números. A população nos recebeu bem e estamos muito motivados na obra”, observou.

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Missionários plantam igreja em Mucurici

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município de Mucurici passou a contar há dois anos com a dedicação de um casal de missionários. Com o pastor Delorme de Souza Oliveira Júnior e sua esposa, Rosangela Luiza Coutinho de Souza Oliveira, a Igreja Batista foi plantada na cidade. Para ele, que deixou a função de pastor-auxiliar na Segunda Igreja Batista em Vila Velha, trata-se de uma grande responsabilidade e também uma chance de levar para a população a Palavra transformadora do Senhor Jesus. “Fiquei muito feliz com a oportunidade desse novo desafio. Eu entendi que Deus estava me conduzindo para cá. E as coisas estão andando a contento. Mas o desejo, claro, é de fazer sempre mais para a glória do Senhor”, disse. O último município a contar com a presença batista apresenta características próprias, que precisam ser compreendidas e trabalhadas. “Notamos rapidamente que havia uma certa resistência ao trabalho evangélico. A cidade tem muitas pessoas que já fizeram parte de uma igreja, mas que por um motivo ou outro se afastaram. As pessoas nos diziam que antigos líderes das igrejas nem sempre davam testemunhos que condizem com o que se espera de cristãos. E com isso, cresceu a desconfiança da população. Não é tarefa fácil mostrar que as experiências negativas podem se transformar em algo bom, desde que a pessoa se dê uma chance. Aí há um pensamento de que todos os crentes são iguais, todas as igrejas são iguais. Muitas precisam ver que a capacitação dos batistas é diferente. Então, foi nesse cenário que encontramos o município”. Mas, segundo ele, a dificuldade só lhe deu mais força para mudar essa realidade. “Nós fomos ouvidos, as autoridades reconhecem a igreja. Somos inclusive convidados a eventos. Estamos sempre nos locais em que é esperado um grande público. A semente vem alcançando as pessoas, isso é o mais importante”, falou. Como a cidade não possui grande oferta de imóveis para alugar, a congregação vem funcionando na quadra de

Batistas Capixabas

Pastor Delorme e sua esposa, Rosangela: a Palavra nunca volta vazia

uma escola. “Antes da escola, chegamos a atuar em um imóvel bem pequeno. Até nos atendia provisoriamente, mas percebemos que precisávamos de um local mais amplo” frisou Delorme. Até por conta desse obstáculo, está entre as prioridades do Mevam adquirir um terreno para que uma igreja seja construída na cidade. E para mostrar a importância das ações missionárias, será realizada em Mucurici, entre 22 de juho e 2 de agosto, a primeira Trans Capixaba. Com o tema “Jesus Transforma”, o evento tem a finalidade de levar a mensagem da Graça à região. “Não temos dúvida de que essa ação será de grande impacto no nosso trabalho em Mucurici. A Trans é algo com resultados abençoados. As pessoas são abordadas e recebem orações preciosas. E o passo seguinte é o estudo bíblico feito sobre o Evangelho de João, mostrando o Senhor como salvador. As pessoas estão carentes de Deus, e muitas já foram salvas assim. E mesmo as que não passam a buscar a Cristo foram impactadas, já que sabemos que a Palavra de Deus ecoa, nunca volta vazia”, enfatizou.

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Bairro em Linhares é impactado por trabalho missionário

M

arcado por violência, tráfico de drogas e prostituição, o bairro Aviso, em Linhares, começou a mudar com o trabalho batista. Em setembro de 2013, a ação de revitalização de Igreja passou a ser feita na região, com a atuação do seminarista Moisés Peroba. Com o suporte da Segunda Igreja Batista em Linhares, a congregação dá seus primeiros passos. “Quando chegamos logo algumas pessoas perceberam a nossa presença e passaram a frequentar a congregação. E Deus foi acrescentando. Hoje já são 20 pessoas assistindo aos cultos”, falou ele. O seminarista passou a fazer um programa de relacionamento junto à comunidade e ganhou a simpatia dos moradores. “Apresentei-me aos vizinhos e disse que gostaria de orar por eles, quem sabe, fazer um culto na casa de cada um. Abri as portas

Seminarista Moisés Peroba e família

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da congregação para os aniversários e também para os velórios, criando mais integração com as pessoas em todos os momentos. Fizemos, por exemplo, um chá de bebê muito interessante. E após o nascimento da criança, a mãe, que não era da igreja, passou a frequentar com a família. Essa integração vem dando muito certo”, falou. Os desafios, claro, também existem. O maior, segundo Moisés, é pregar para pessoas que se desiludiram com a fé em algum momento. “Encontramos muita gente que sabe a história de Cristo, mas não O conhecem. Falar para essas pessoas é um trabalho complicado, ressaltamos importância de se buscar retomar esse relacionamento com o Senhor”. Ele cita também a luta contra as drogas como um grande obstáculo. “O bairro sofre muito com tudo o que a droga acaba gerando. Desde a nossa chegada, tivemos na nossa rua três tentativas de homicídio, e uma pessoa realmente morreu. No bairro, quase toda semana tem homicídio. Então, a violência é grande”. O seminarista comenta ainda que há necessidade de obreiros na congregação. “Temos dificuldade no que se refere a líderes. Conto com o apoio muito grande de um rapaz que está comigo desde o início, mas devido ao trabalho, ele acaba não podendo ficar sempre. Mas estamos orando e vamos seguir crescendo, com a bênção de Deus”, disse. Na avaliação de Moisés Peroba, o objetivo da congregação é seguir ganhando vidas para o Reino do Senhor e se tornar uma igreja. “É uma meta que Deus colocou em meu coração. E juntamente com a minha família, estamos correndo atrás desse objetivo. Estamos recebendo mais duas pessoas, de Aracruz, que possivelmente vão se batizar. Então, estamos trabalhando muito para a ideia da igreja se concretizar”, enfatizou.

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Congregação em Pontal do Ipiranga converte famílias

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onhecido balneário de Linhares, Pontal do Ipiranga conta há três anos com um trabalho que tem levado as boas novas do Reino de Deus à região e resgatado vidas. Liderada pelo pastor Marco Antônio da Silva Mendes, a congregação batista tem se adaptado à realidade local, alcançando famílias. Ele aponta que a área apresenta uma característica de forte êxodo. “Temos ganhado famílias para Cristo, e depois essas pessoas se mudam para outros municípios. Ficamos felizes quando vemos que contribuímos para melhorar a vida espiritual desses irmãos, que levam a mensagem para onde vão. Muitas dessas famílias estão hoje em outras igrejas, espalhadas pelo Estado”, falou. Além dos cultos, que recebem em média 30 pessoas, a congregação tem realizado evangelização de crianças. Foi aberta ainda uma nova frente missionária que já vem colhendo bons frutos. “Fica 25 km distante, em uma fazenda. Já batizamos pessoas no ano passado nesse local. É um trabalho que tem sido ampliado e é gratificante, nos dá muita alegra poder levar o nome do Senhor às pessoas”, falou Marco, que é casado com Auzilene Braga de Morais Mendes. O pastor lembra o desafio de buscar um templo capaz de receber mais adequadamente membros e poder sediar eventos que contribuirão para o crescimento do trabalho. “Estamos em uma casa adaptada, e nosso maior desafio é construir um espaço maior para a realização de nossas atividades. Há dois domingos, tivemos 32 pessoas na congregação, mas só temos espaço para 29 cadeiras. E uma família faltou, poderia ter ficado ainda mais cheio. O espaço para as crianças também está muito reduzido, queremos poder sepa-

Batistas Capixabas

Pastor Marco Antônio e sua esposa Auzilene: congregação já se tornou pequena para tantos impactados pela Palavra

rar esses pequenos por faixa etária, facilitando o trabalho das professoras e a aprendizagem da Palavra. Então, a construção de um templo é prioridade. Temos conversado com a nossa igreja-mãe, a Igreja Batista em Novo Horizonte, em Linhares, para viabilizar esse projeto, que com certeza trará muitas bênçãos para a região”, frisou. O pastor e sua equipe trabalham ainda para desenvolver nos membros a vontade de buscarem mais a Deus. “Talvez seja a cultura do lugar, mas as pessoas não têm o hábito de ir sempre aos cultos. Algumas acham que basta ir à igreja uma vez por mês. Queremos mudar isso, mostrar a elas a importância de um relacionamento constante com Deus”, apontou.

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Artigo

O ESPÍRITO SANTO CLAMA! CUMPRA SUA MISSÃO!

O

tema da campanha da Junta de Missões Estaduais deste ano é profundamente encorajador: “O Espírito Santo Clama. Quem responderá?”. Todo clamor convoca uma resposta e, consequentemente, deve se tornar uma missão. John Ortberg nos desafia: “Quando não cumprimos a nossa missão, nós a substituímos por uma missão enganosa”. Na história bíblica revelada, há um exemplo que deve ser notado, pois suas palavras tocam no fundo de nossa alma e apontam definitivamente para uma missão cumprida após intenso clamor. Ester disse com suor, lágrimas, jejum e oração: “... Durante três dias não comam nem bebam nada, nem de dia nem de noite. Eu e as minhas empregadas também jejuaremos. Depois irei falar com o rei, mesmo sendo contra a lei; e, se eu tiver de morrer por causa disso, eu morrerei (Ester 4.16)”. Temos um alvo evangelístico, social, moral e espiritual com o Estado do Espírito Santo e, por isso, nossa missão precisa ser autêntica, contínua e fiel, pois ela está sujeita a passar por três estágios, assim como aconteceu com Ester. Estejamos atentos a cada uma dessas etapas. A primeira etapa de uma missão é a “euforia”. A referência bíblica encontra-se em Ester 2.17, 18: “... O rei colocou a coroa na cabeça dela e a fez rainha no lugar de Vasti. Depois ele deu um grande banquete em honra de Ester e convidou todos os oficiais e servidores. Ele decretou que aquele dia fosse

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feriado no reino inteiro e distribuiu presentes que só um rei poderia oferecer”. A menina pobre e escrava se torna rainha. Em outras palavras, uma conquista extraordinária na vida de Ester. A euforia da festa é justificada e, com certeza, atingiu o coração da jovem rainha; sua missão começou. Porém, nessa euforia há um grande perigo: esquecer-se de sua missão real e trocá-la por uma missão enganosa. Dentro deste contexto podemos fazer uma pergunta fundamental: será que nesse momento Ester cogitou a possibilidade de que foi Deus quem concedeu a ela essa oportunidade como uma missão? A teologia que o livro de Ester demonstra é que dentro do plano divino não há coincidências, há providência e propósito de Deus. Veja: “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento... e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha? (Ester 4.14)”. Ester estava eufórica por ter conseguido algo inesperável, o trono da rainha. Mas ela caminhava para trocar sua missão em salvar os judeus por uma outra enganosa, ou seja, continuar sendo a mais bela de todo o reino. Só há uma saída para a euforia: levar-nos à nossa missão; caso contrário falharemos, pois entre a euforia e a missão cumprida há a possibilidade da fase do descrédito. Missões Missões Estaduais Estaduais 2015 2015


Kleber Teles Ribeiro – pastor da Primeira Igreja em Mucuri – Cariacica; Professor de Hermenêutica e Filosofia no CETEBES; Mestrando em Filosofia na UFES.

Se chegarmos ao final da campanha de Missões Estaduais eufóricos com o sucesso dela, mas se ninguém estiver disposto a fazer desse êxito uma ferramenta de evangelização na igreja local e, consequentemente, em todo o Estado do Espírito Santo, então teremos sido vencidos pela euforia e trocado a nossa missão autêntica por uma enganosa. A segunda etapa de uma missão pode ser denominada de “o descrédito”. A referência bíblica que utilizaremos é Ester 4. 11: “... A lei é esta: quem entrar sem licença do rei será morto, a não ser que o rei estenda o seu cetro de ouro para essa pessoa. E já faz um mês que o rei não me manda chamar”. O descrédito é o abismo entre a euforia e o cumprimento de sua missão. Há possibilidades de transpor esse abismo, mas alguns caem nele. Nesse momento da história, Ester está desacreditada de si mesma e de sua missão. Suas palavras são enfáticas: “Já faz um mês que o rei não me chama para a sua presença!”. Parafraseando as palavras de Ester poderíamos escrevê-las assim: “Eu acho que não sou capaz!”. A coroa da rainha Ester já não tem o mesmo brilho que tinha no período da euforia; ela caiu no abismo do descrédito. Nesse estágio, por razões próprias, vemos ofuscadas as potencialidades que nos foram dadas pelo Espírito Santo divino. O descrédito faz esquecer-nos da nossa real missão, mas Deus faz questão de nos lembrar dela: “Quem sabe não foi para um momento como este que você foi levantada como rainha? (Ester 4.14)”. Batistas Capixabas

A terceira fase é intrínseca a ela mesma, eu a chamo de “a beleza do cumprimento da missão”. O texto bíblico encontra-se em Ester 4. 16: “... irei falar com o rei, mesmo sendo contra a lei; e, se eu tiver de morrer por causa disso, eu morrerei”. Pense nisto: sua missão está ligada aos eternos propósitos divinos. Agora Ester está disposta a dar literalmente a sua vida em prol de sua missão, pois ela entendeu que isso era o propósito divino. Suas palavras são contundentes: “Irei falar com o rei, e se tiver que morrer por essa causa, morrerei”. Eu tenho certeza de que a nossa causa é muito nobre, pois o Estado do Espírito Santo realmente clama. Uma pergunta fundamental: por que Ester mudou tão rápido de opinião? Como ela saiu da euforia, entrou no descrédito e agora pretende dar, literalmente, sua própria vida por essa missão? A resposta é uma só: existe beleza no cumprimento de nossa missão, e Ester descobriu isso. Ela percebeu que a beleza não estava em sua coroa exibida euforicamente no dia da festa de sua apresentação como rainha; esta não era a sua missão. Sua missão era interceder junto ao rei por seu povo, que estava sendo subjugado, oprimido, ameaçado pela injustiça de um decreto que os exterminaria. Ester foi escolhida entre as mais belas mulheres para se tornar a rainha, mas ao estar disposta a dar a vida em prol de sua real missão é o que podemos ver de mais belo na vida dela. Há uma beleza singular no cumprimento de nossa missão. Uma beleza que toca o coração de Deus e das pessoas ao nosso redor. O Estado do Espírito Santo está clamando. O Espírito Santo divino está dizendo a cada um de nós: Cumpra a sua missão!

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Grande vitória

Foto: Terra Capixaba

Abordagem diferenciada é uma marca da missão em Vila Velha

Palavra é usada para mudar o bairro Jaburuna

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atuação da Missão Batista de Jaburuna tem buscado mudar a realidade de um dos bairros mais violentos de Vila Velha. Contando há dois anos com o trabalho do pastor Isack Mariano, os resultados têm aparecido, servindo como mola propulsora para novas iniciativas. “Quando chegamos, encontramos uma realidade muito diferente da de hoje. Fomos recebidos por 10 crianças, que frequentavam a congregação e mais outras igrejas. Após esses dois anos, vivenciamos momentos de igreja. Como uma frequência de 30 a 40 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, estamos caminhando e buscando cada vez mais estabelecer uma igreja forte em Jaburuna”, falou Isack. De acordo com ele, atuar na região apresenta dificuldades, sobretudo por conta da situação de risco social e da falta de valores familiares. “Crianças, adolescentes e jovens são aliciados pelo tráfico e pela prostituição. Homens e mulheres estão entregues ao vício do álcool e ao adultério. Queremos anunciar a Palavra de Deus e, de alguma forma, fazer com que a comunidade seja

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impactada pelo amor do Pai. Nosso maior desafio é amar a todos, e mostrar que Jesus pode transformar a realidade de cada um. E nisto temos alcançado êxito, para a glória de Deus”, afirmou. Ele cita como exemplo o trabalho que vem sendo feito junto a uma família local. “Queremos reformar a casa dessa família. É uma família muito pobre, que precisa de uma ajuda social, sobretudo espiritual. Nós queremos ver Deus transformar as vidas dessas pessoas, que têm problemas com o álcool”. Para alcançar todos os seus objetivos, o pastor disse que a missão utiliza métodos bem simples, porém eficazes. “Todos os dias oramos para que Deus derrame Seu amor em nós e através de nós, para que todos o experimentem. Trabalhamos com evangelismo de dia, de manhã e à noite, na comunidade. Nossos cultos jovens são feitos na rua, e sempre levamos uma mensagem diferente. Usamos uma linguagem com a qual os jovens se identificam, e ritmos como funk, reggae e hip-hop. Após as pessoas se decidirem por Cristo, começamos um estudo bíblico intensificado e as acompanhamos de perto, para que todas as dúvidas sejam sanadas”.

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Missão em Zumbi dos Palmares completa 13 anos

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ma frente missionária da Primeira Igreja Batista em Cobilândia, a Missão Batista em Zumbi dos Palmares completou 13 anos. O trabalho teve início em um espaço cedido por uma senhora, e era voltado para crianças. Depois passou a reunir adultos e, mais tarde, foi criado o evangelismo aos domingos. Naquele momento, foi alugado um local definitivo para os cultos e os estudos bíblicos dominicais. Primeiramente com o pastor Geazi da Cruz e em seguida com o pastor Uene Gaspar, a missão vem desenvolvendo importantes ações. Um exemplo é o trabalho de assistência social para atender as necessidades das famílias que frequentavam os cultos. “Não podemos dar as costas às pessoas porque não é isso que Jesus faria. A obra social faz parte do Evangelho. Ainda que a missão em Zumbi dos Palmares se concentre em pregar a Palavra, não dá para eliminar a obra social”, falou o pastor Uene, que lá está desde 2003. Casado com Luciana Oliveira dos Santos e pai de Uene Junior, ele diz que a missão conta com 13 membros atualmente, mas já batizou e agregou mais de 70 pessoas ao longo de sua trajetória. Para Uene, o primeiro fator que dificulta o crescimento é o pluralismo religioso. “A quantidade de igrejas num bairro tão pequeno quanto Zumbi dos Palmares é surpreendente. Em 2013 foi aberta uma igreja evangélica ao lado da missão. Depois de aproximadamente oito a dez meses, foi inaugurada outra na rua de trás, onde já há mais duas igrejas. Assim, a cada dia, os movimentos vão se expandindo e influenciando a população”. Ele lembra que outro desafio é a falta de um local mais estruturado. “As pessoas as vezes menosprezam o trabalho porque não há um espaço adequado. Estamos em uma casa velha, com paredes rachadas, mas a igreja mãe vai contruir ainda este ano um novo templo”. Isso, no entanto, não reduz o seu entusiasmo. Para ele, as pessoas têm se preocupado com templos, eventos, reuniões e boletins, mas o foco principal deve ser outro. Batistas Capixabas

“A Igreja foi chamada para servir, amar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo”, falou. E sempre pautada por essa diretriz, a missão investe em ações, feitas nas ruas, como a realizada em abril, e em um condomínio residencial próximo ao templo. “A ideia foi evangelizar aproximadamente 200 pessoas, através de atendimentos com os profissionais, preenchimento da ficha cadastral com os voluntários, café da manhã com os missionários. Com ações como essa, fazemos com que a missão seja reconhecida em todo o bairro, estabelecendo um ponto de contato com a comunidade. Com a aplicação do primeiro estudo do Evangelho de João e o aconselhamento pastoral, podemos alcançar 50 pessoas, das 200 evangelizadas, através de estudos bíblicos nos lares, marcando novos estudos, visitas, cultos e assistência social, com cestas básicas, e entrega de roupas infantis e de adultos. Assim é possível pensarmos em integrar essas pessoas à programação da missão. Que o Senhor nos dê sabedoria para avançar e anunciar a Palavra de Deus no bairro Zumbi dos Palmares”, finalizou.

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Grande vitória

Batistas usam esporte e integração para alcançar a comunidade

Conectando pessoas: missão une benefícios espirituais, sociais e físicos

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onveniada à Igreja Batista Mata da Praia e ao Ministério de Evangelismo e Missões (Mevam), a Missão Batista em Bairro de Lourdes tem pela frente o grande desafio de divulgar a Palavra de Deus para uma comunidade considerada fechada. “É um bairro muito carente da Palavra. As pessoas, em grande parte de classe média alta, são muito reservadas. Sofrem com depressões, tentativas de suicídio. É uma região realmente difícil de se trabalhar. Quando eu cheguei, em outubro do ano passado, a missão, que já tinha alguns anos de atuação, contava com 21 membros”, disse o pastor Luiz Antônio Segundo ele, em janeiro, foram realizados três batismos e já estão sendo preparados outros três, para julho. Há ainda quatro pedidos de carta, de pessoas que já estão frequentando a igreja. “Hoje estamos com 28 membros, mas com uma frequência de 40 membros”. Para quebrar essa característica fechada do bairro, a missão vem investindo em ações como aulas de karatê, realizadas sempre às terças e às sextas-feiras, às 18h. “O mestre Fábio Oliveira tem feito um trabalho excelente com jovens e adolescentes. É um evangelista nato. E a iniciativa tem dado frutos. No dia 28 de fevereiro tivemos exame de faixa, com a aprovação de 25 alunos”, falou. Também na área do esporte, a ideia é oferecer aulas de vôlei e futsal. Outra ação é a Quarta Kids, na qual uma escola na frente da missão recebe crianças para momentos de estudos e momentos descontraídos. Além disso, há o Connect, encontro que promove confraternização entre os jovens de diferentes igrejas no segundo sábado de cada mês; e a Tela Crente, sempre com filmes de qualidade sendo apresentados na missão no terceiro sábado de cada mês. A musicalização infantil também tem espaço. Um professor de música recebe os pequenos aos sábados pela manhã. Cerca de 30 crianças já mostraram interesse pela

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iniciativa. “Nosso objetivo é ganhar almas, cumprindo o Ide do Senhor Jesus. Com todas essas ações, queremos trazer as pessoas, mostrando que a missão pode ser um lugar para benefícios em todas as áreas. Queremos transformá-la em uma igreja em no máximo três anos”, enfatizou. Missões Estaduais 2015



região Sul

Foto: Divulgação

O trabalho no distrito em Alegre será retomado em julho

Pastor aceita desafio na Vila do Café

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objetivo de plantar ou revitalizar igrejas segue firme no Sul do Estado. Após o bom trabalho realizado em Ibitirama – com a emancipação da igreja na cidade –, o pastor Elias Codeço Souhait aceitou um novo desafio. Em julho, ele seguirá para a Vila do Café, em Alegre, para liderar a igreja local. “Temos um chamado para missões. E na Vila do Café tem um campo muito grande. Vemos a possibilidade de fazer um bom trabalho na região. É uma pequena igreja, precisando de ajuda, e sentimos no nosso coração que essa é a vontade de Deus”, falou. Segundo Elias, o projeto tem uma meta audaciosa e alinhada com o planejamento batista. “A congregação tem atualmente 25 membros, e queremos aumentar bastante esse número nos dois primeiros anos. Estamos animados e sonhando bem alto”, frisou. Na verdade, trata-se de uma volta para casa, uma vez que ele é natural da Vila do Café. “Faremos uma ação diferenciada, para levar a Palavra de Deus ao distrito, que tem hoje cerca de 3 mil habitantes. Nasci na Vila do Café, e é uma satisfação retornar para essa obra”, contou o pastor, que é casado com Noemir Maria Souhait, e pai de Myriã e Pedro.

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Elias pretende realizar no distrito o mesmo bom trabalho apresentado em Ibitirama. “Como pastor titular de Ibitirama, atuei por 10 anos pregando sobre Cristo. Quando chegamos, cerca de 20 pessoas frequentavam a missão. Deixo agora o posto com 90 irmãos e uma igreja consolidada e sendo uma bênção na cidade. Foi um tempo de muito aprendizado e alegria para mim. Espero que na Vila do Café aconteça algo semelhante. É uma grande responsabilidade, e nos sentimos muito bem em poder assumi-la”, enfatizou. Missões Estaduais 2015


Congregação tem feito a diferença no bairro Monte Belo

Missão tem abençoado Cachoeiro de Itapemirim

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tuando há oito anos no bairro Monte Belo, em Cachoeiro de Itapemirim, a congregação batista liderada pelo pastor Ézio Rodrigues Gomes desenvolve importante trabalho missionário. Após a Mega Trans de 2012, o grupo de membros ganhou o apoio, através de pessoas e recursos, da Segunda Igreja Batista de Cachoeiro, e assim conseguiu construir o seu tão aguardado templo. De acordo com o pastor, as bênçãos têm se multiplicado. “Inauguramos o espaço em julho do ano passado e para nós foi um momento de muita alegria. Temos tido uma frequência muito boa”, frisou. Ézio lembra que antes do templo, a congregação enfrentou muitos obstáculos, mas se manteve sempre motivada e pregando o Evangelho na comunidade. “Nos reuníamos em uma laje, cedida por uma irmã de outra igreja. Apesar da imensa gentileza, não era um local que pudesse comportar as nossas ações. Não tinha parede, era só um muro lateral. Quando fazia muito frio ou calor, sofríamos, já que havia teto de telhas e tudo ficava aberto. Nos reunimos nesse terraço até o templo ficar pronto”, destacou ele. Ações não faltam. Desde a inauguração, são realizados batismos, estudos bíblicos, iniciativas de integração com a comunidade, entre outros projetos. “Contamos com 24 membros,

Batistas Capixabas

mas nos cultos temos uma média de 70 pessoas. Isso nos deixa muito contentes e empolgados, buscando sempre melhorar o nosso trabalho, para a honra do Senhor”, explicou Ézio. E a motivação é convertida em mais atividades para disseminar a Palavra de Cristo. “Estou agora mesmo preparando material para atuarmos no mês da família, maio. Faremos panfletagem no bairro inteiro, queremos chamar as pessoas para a importância dos valores familiares, que só trazem benefícios e alegrias para todos. Queremos crianças e jovens celebrando a vida, aproveitando essa fase tão bonita sem se envolver com coisas ruins. O nosso culto infantil recebe cerca de 30 crianças. Também temos trabalhado com casais, e os resultados também têm sido muito positivos. São famílias se formando com a bênção de Deus”, disse ele, que é casado com Fernanda Benevenuto Costa Rodrigues. Mensagens de amor, otimismo e respeito pelo próximo são fundamentais, principalmente em bairros com problemas sociais. “O bairro infelizmente sofre muito com os efeitos da violência, com o tráfico de drogas e o alcoolismo. E com as nossas ações, queremos mostrar que existe uma outra realidade. E é essa realidade que libertará a todos”.

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região Sul

Capacitação de líderes acontece em São João de Viçosa

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esde 2014 atuando no distrito de São João de Viçosa, em Venda Nova do Imigrante, a missão liderada pelo pastor Paulo Cazzador trabalha com foco na formação de líderes e nos cultos realizados em células. Essa missão tem como mãe a Igreja Batista de Piaçu. “Cheguei em março do ano passado, junto com a minha esposa, Joilma Couto Carneiro Cazzador. Um irmão batizado por mim, Antônio Carlos Pravato, nos cedeu um espaço em sua área de serviço para começarmos o trabalho. Aos domingos, iniciamos a Escola de Treinamento de Líderes, como chamamos a Escola Bíblica, às 18h; e os cultos, às 19h. E então o irmão sentiu em seu coração a vontade de ampliar o terreno para os cultos. Agora temos uma garagem grande, que pode receber cerca de 60 pessoas sentadas. Fizemos uma campanha e compramos as cadeiras”, lembrou. Durante a semana, é promovida uma ação de discipulado, para as pessoas quem está chegando, além da escola de líderes. “Trabalhamos muito forte na formação de líderes de células. Queremos que essas pessoas possam crescer na fé e disseminar esse conhecimento. Temos atualmente três células: Pastor Paulo Cazzador e sua família: foco na formação de líderes

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para crianças, jovens e adultos. As duas últimas funcionam em minha casa”, falou ele. Paulo afirma que muitos na região mostram uma certa resistência ao trabalho missionário evangélico, por razões culturais. “É uma colônia italiana muito fechada para o Evangelho. Temos até casos de pessoas que começaram a frequentar à missão e foram confrontadas por suas famílias. Há um certo preconceito contra os evangélicos”. De acordo com ele, isso está sendo minimizado por meio de uma ação desenvolvida junto à comunidade, chamada Casa de Paz. “Trata-se de um evangelismo para a família. Nós oferecemos um estudo bíblico na casa da pessoa. Se ela aceita, fazemos uma hora de estudo semanal, com tratamento da família, diálogo, tirando dúvidas e orações. É algo que vem dando resultados positivos”. Depois de cinco semanas, se a pessoa mostra interesse, a missão disponibiliza então um curso chamado Consolidação. “Nele, são aprofundados os conhecimentos da Bíblia. Tanto na fase do Casa de Paz quanto na de Consolidação, realizamos um retiro chamado Encontro com Deus. Alugamos uma pousada e, junto com a Igreja Batista de Piaçu, promovemos um momento de cura e transformação”. Finalmente, essas pessoas são convidadas a participar da Escola de Líderes, já na missão. “Lá, temos o curso Maturidade do Espírito. São todas iniciativas que promovemos para levar cada pessoa a um encontro com Cristo”, destacou o pastor. Missões Estaduais 2015


Igreja revitalizada atrai membros em Laranja da Terra

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desafio era grande: revitalizar uma igreja que já contava com 30 anos de história. Para o pastor Matheus Pereira de Oliveira, a missão dada pelo Senhor o levou a Laranja da Terra, distrito de Iúna. “Quando chegamos, notamos que a igreja, apesar de tradicional, estava enfraquecida. Havia apenas um culto no domingo pela manhã. Seria preciso muito trabalho para fortalecer novamente a presença batista na região. E assim, arregaçamos as mangas e nos preparamos para pregar o Evangelho”, disse. Natural de Alegre, Matheus é casado com Lidiane Rosa da Silva Mello e é pai de Ana Camilly. Chegou a Laranja da Terra enquanto ainda era seminarista. Há um ano como pastor, passou a trabalhar para que a Igreja Batista do distrito volte a impactar a região. “Comecei a fazer visitas nas casas das pessoas, implantei na sede os cultos no domingo à noite e na terça-feira. Já na congregação, que fica a 5 km de distância, colocamos cultos no domingo pela manhã e à noite e ainda na quarta-feira”, falou ele. Atualmente, a igreja conta com 35 membros, e a tendência é crescer. “Só no meu primeiro mês como pastor, batizei cinco pessoas. E agora em maio devemos batizar outros seis membros. Queremos ter uma igreja que realmente atue como um todo. A ideia é que nossos membros possam levar a mensagem transformadora do Pai, dando bons testemu-

Batistas Capixabas

Pastor Matheus Pereira de Oliveira: novos batismos trazem crescimento para a igreja

nhos. A mesmice ficou no passado, queremos sair do nosso templo e falar do amor de Deus às pessoas. Para seguir o bom trabalho, ainda este ano quero promover eventos especiais, de repente contando com missionários de fora, ou algum preletor que possa dar ainda mais destaque para as nossas ações”, destacou. Matheus lembra que para a igreja crescer, é preciso a movimentação de todos os seus membros, e não apenas a ação do pastor.

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Frutos do campo

A história de Diogo Capixaba testemunha sobre transformação que o poder de Cristo promoveu em sua vida

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ais que levar a mensagem de Cristo, o trabalho missionário significa a cura para corações despedaçados e vidas desperdiçadas. Após proferida, a Palavra de Deus fala diretamente a cada um e jamais retorna vazia. Para o Pai, todos são importantes, não importa o quanto acham ter pecado. Quando alguém se arrepende da antiga vida e aceita a Cristo como salvador, tudo é lavado, e essa pessoa está pronta para recomeçar. E mais um fruto do evangelismo pode ser celebrado. Um desses frutos é José Diogo Andrade de Oliveira. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado, Diogo, como é conhecido, hoje comemora a oportunidade de uma vida mais feliz com a família e os amigos. Membro da Missão Batista de Divino de São Lourenço, o jovem, de 29 anos, compartilha a sua história por onde passa. Seu testemunho é mais uma mostra da incrível mudança que Deus pode fazer na vida de quem O busca. “Há cerca de 15 anos, começou um período muito difícil de minha vida. Por influência de amigos, comecei a beber. A partir do álcool, logo cheguei a outras drogas: a maconha e a cocaína. Mas não apenas usava. Achando que poderia dar uma vida melhor à minha família, passei a vender essas drogas. Achava que ficaria rico. Em 1999, deixei Divino de São Lourenço e fui para Minas Gerais. Pensava em trabalhar, mas na verdade, só afundava mais e mais. Só colhi coisas ruins. Todo dinheiro que eu ganhava era rapidamente gasto em tudo que não prestava. Comecei a roubar todo tipo de coisa para manter o vício na bebida e nas drogas”. Segundo ele, aquele tipo de vida o deixou mais violento também. “Lembro-me de um episódio em que estava no trânsito e um rapaz passou de moto e xingou a minha mãe. Fui atrás dele, quebrei sua moto. Creio que pensei em matá-lo, mas graças a Deus nada assim aconteceu naquele dia.

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José Diogo Andrade de Oliveira: vida renovada a partir de um trabalho missionário

Missões Estaduais 2015


“Ele me transformou, me renovou. Minha relação com a família, com os amigos, tudo mudou. Foi uma decisão pela vida”

Em outra ocasião, chegaram a colocar uma arma na minha cabeça. Felizmente, também nada aconteceu. Eram sinais de que eu deveria mudar, mas eu não conseguia interpretar assim”. Diogo lembra que aquela situação causava um grande sofrimento para a sua família. “Meus pais sofriam muito por eu estar levando aquele tipo de vida. Mas jamais desistiram de mim, e oravam para que Deus me salvasse. Já passei por muitos perigos, e nesses momentos, pedia que o Senhor me perdoasse. Mas não entendia o que Ele tinha para mim. Voltei de Minas pior ainda. Estava com dinheiro e achava que era o dono de tudo, que podia tudo. Aquilo tinha tudo para acabar mal. Mas Deus tinha outros planos”, frisou. A mudança Diogo afirma, que nessa época, novas chances foram concedidas por Deus, mas ele ainda não estava preparado para notar. “Encontrei um amigo certa vez que me disse que estava na igreja. Eu falei que me alegrava por ele e que gostaria de também ter paz. Falava isso, mas não tomava atitude nenhuma”. Mas as coisas mudariam um dia, enquanto o jovem estava em um bar, completamente embriagado. “Cinco jovens entraram e um deles veio em minha direção. Eu estava Batistas Capixabas

pensando que ele queria confusão e perguntei, já me preparando para a briga, o que ele queria ali. Então o jovem respondeu que era seminarista e que estava ali para nos convidar para ir ao culto. Naquele momento, depois de tantos livramentos, percebi que era mais uma chance que Deus estava me dando. Chamei o seminarista para conversar e contei a ele de tudo o que aconteceu na minha vida. Como já eram 19h, ele me chamou para ir à igreja. Eu, tão sujo e bêbado, respondi que não estava em estado de ir à casa de Deus. E então ele disse algo que nunca esquecerei: ‘Deus não se importa se você está sujo ou rasgado. Ele te ama e quer mudar a sua vida’. Aquilo tocou o meu coração”. Finalmente na igreja, Diogo conta que sentiu algo diferente, uma serenidade jamais imaginada. Tudo mudaria a partir desse momento. “As pessoas não me julgavam ali, me senti acolhido. O pastor e os irmãos oraram por mim. E Deus promoveu algo naquele momento. Ele me transformou, me renovou. Minha relação com a família, com os amigos, tudo mudou. Foi uma decisão pela vida. Me manter longe de tudo aquilo que estragava minha vida não foi tão simples. O efeito da droga é poderoso e dizer ‘chega’ não é fácil. Mas a diferença é que hoje tenho Jesus ao meu lado, para me dar a força que preciso para dizer não. E com a força dEle, hoje ver alguém bebendo é a mesma coisa que nada”. Para o jovem, é possível perceber a mudança na sua vida nos olhos das outras pessoas. “Antigamente, chegava aos lugares e notava que as pessoas me olhavam desconfiadas, possivelmente imaginando o que um traficante estaria fazendo ali. Hoje é tudo diferente, tenho a luz de Deus em mim. Trabalho, conquisto meu dinheiro com o meu suor. Chego em casa e posso deitar a cabeça no travesseiro e descansar. Aquele peso no coração desapareceu. Sou um homem melhor. Jesus me transformou. Quando falo de minha vida, gosto muito de citar Gálatas 6:14. ‘Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo’”, finalizou.

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projeto

Iniciativa promove adoção missionária

PAM Capixaba: ação contribui com o sustento de missionários e projetos

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sustento de missionários e projetos é algo fundamental para que o evangelho seja levado com mais eficácia. Com esses recursos, os obreiros podem se manter para levar a Palavra a quem está carente do amor de Deus. Desde o início das juntas missionárias no país, todo o recurso para investimento nesse trabalho era levantado no mês das campanhas. Isso começou a mudar há 27 anos, quando foi lançado o Programa de Adoção Missionária (PAM) pela Junta de Missões Mundiais. O PAM é a oportunidade de se investir mensalmente em um missionário ou um projeto específico. Através dele, os batistas ficam mais perto do campo e podem interagir melhor com a família missionária. Logo o Espírito Santo ganhou a sua versão do programa, chamado de PAM Capixaba. “Foi o momento de olhar para o nosso Estado, que tem o nome

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de Deus, mas que ainda precisa muito buscá-lO. O povo capixaba clama de leste a oeste e de norte a sul. Os nossos missionários estão trabalhando arduamente e contam com o nosso envolvimento nessa importante ação”, disse o pastor Keiny Moreira, coordenador de Missões Estaduais. Segundo ele, o PAM foi idealizado como estratégia para atender as crescentes demandas e avançar com mais efetividade “Uma ótima ideia que passou a ser usada pelas juntas missionárias batistas. O Espírito Santo clama, e precisamos dar uma resposta a esse clamor. Uma das formas de respondermos é com as nossas mãos, quando com liberalidade assumimos o compromisso de investir mensalmente um valor específico na obra missionária. O mais legal é que podemos fazer isso em família, em salas de Escola Bíblica Dominical, nas organizações missionárias, nos ministérios ou como igreja. Ainda pode ser realizado de forma pessoal ou como empresa. Convido a todos para que participem desse projeto tão importante para o trabalho missionário e que seja a resposta de Deus para esse povo que aguarda”, explicou. Missões Estaduais 2015


aNÚNCIO


Sermões II Crônicas 7:14

SERMÃO 01

O ESPÍRITO SANTO CLAMA. E EU? O QUE RESPONDEREI?

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INTRODUÇÃO clamor por salvação tem marcado a história do Estado do Espírito Santo, e nós, como Igreja de Jesus Cristo, não podemos continuar fechando nossos ouvidos e nosso olhos para essa grande realidade espiritual. Agir em atendimento à ordem do Senhor Jesus Cristo de pregar o Evangelho a toda criatura sempre será a nossa principal missão.

Implicações do clamor: 1) Quem clama? O único Estado da nossa nação que leva o nome de “Espírito Santo” está clamando por salvação, libertação e perdão. Em caráter urgente, espera de todos nós, servos de Jesus Cristo, uma resposta imediata e ações eficazes. 2) Por que clama? O grito de clamor dos capixabas sem salvação é fruto da tremenda angústia espiritual e de buscas incessantes por solução, sem obter nenhum resultado satisfatório. São pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais, que, cansadas, clamam, na expectativa de que serão ouvidas. 3) A quem clama? Deus, o Senhor Todo-Poderoso, a quem servimos, amamos, adoramos, confiamos e obedecemos, deixou a toda a raça humana estas marcantes e inesquecíveis palavras: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jeremias 33.3). O Estado do Espírito Santo está clamando ao Deus de amor, graça e compaixão, que deseja a salvação dos capixabas. Implicações de sermos o povo de Deus: 1) Carregamos o DNA de Deus. “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome”. A Palavra Santa do Senhor nos alerta de que somos um povo especial com uma missão especial. Deus, além de nos criar segundo à Sua imagem e semelhança, implantou em nós o Seu DNA, quando nos salvou em Cristo Jesus, e espera que honremos o Seu Nome Santo, jamais vindo a negar

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o seu DNA que corre em nossas veias e pulsa em nossos corações. 2) Postura sublime de servos. O que o nosso Deus mais espera de todos nós que confessamos Jesus Cristo como Senhor e Salvador é que sejamos Seus incansáveis imitadores. A humildade é marca distintiva do povo de Deus. “E se o meu povo se humilhar”. E Jesus assim falou: “Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45). A mensagem de salvação que recebemos deve ser entregue com a doação do nosso tempo, dons, talentos e vida. Servir ao povo capixaba até que ele se dobre aos pés do Senhor é missão inadiável e intransferível. 3) Visão espiritual aberta. “Sararei a sua terra”. Somos um Estado bastante evangelizado e, segundo os dados oficiais, representamos mais de um terço da população de evangélicos. Contudo, é muito importante não esquecermos que dois terços da população não conhecem a Deus numa profunda experiência da salvação eterna. O Estado do Espírito Santo está doente. Deus quer sarar a nossa terra. Jesus Cristo afirmou: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens” (Mateus 5.13). 4) Atitudes efetivas. “Se o meu povo orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos”. Atender ao clamor do nosso Estado é fruto de orações que culminem com ações de testemunho e evangelização, falando da graça redentora e maravilhosa de Jesus Cristo, bem como reconhecer e se converter dos maus caminhos da negligência missionária e da acomodação dentro das quatro paredes da igreja. Conclusão: O clamor do Estado do Espírito Santo só será ouvido por Deus quando for visto e ouvido por todos nós, povo do Senhor e Igreja de Jesus Cristo, culminando com ações de pregação, evangelização, testemunho e ardor missionário. Pr. Doronézio Pedro Andrade, da PIB Guarapari Missões Estaduais | 2015


SERMÃO 02

“COISAS QUE SÓ DEUS PODE FAZER”

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INTRODUÇÃO ouve uma grande rainha da Inglaterra que estava à morte. Desesperada, ela convocou todos os médicos do país, e disse: “Ofereço metade do meu reino àquele que conseguir me dar mais seis meses de vida”. Entretanto, o prêmio não foi entregue. A rainha faleceu poucos dias depois. De nada adiantou sua fortuna, importância e poder. Nenhum homem poderia dar-lhe o que pedia. Há coisas que só Deus pode fazer. Quando as igrejas se dedicam à obra missionária, e pregam o Evangelho sem descanso, estão baseadas nessa convicção. A sociedade está em crise. Os seres humanos vivem insatisfeitos. Todos sugerem e buscam soluções. Mas há coisas que só Deus pode fazer. Quais são as coisas que você busca? Com o que sonha? Do que precisa? Talvez só Deus possa lhe dar aquilo por que anseia. No texto de 2 Crônicas 7.14, a Bíblia garante que se nos humilharmos, e orarmos, e buscarmos a face do Senhor, e nos convertermos dos nossos maus caminhos, então Deus fará três coisas que só ele é capaz de fazer: I. SÓ DEUS PODE OUVIR A NOSSA ORAÇÃO “Eu ouvirei do céu”, diz o Senhor. Só Deus é capaz de ouvir as nossas orações. Nem santos nem imagens têm essa capacidade. Nem anjos nem sacerdotes têm esse poder. Mas quando nós oramos a Deus, Ele nos ouve no céu... por maior que seja a distância. Qual é a distância que separa o céu da terra? O texto bíblico responde: a distância de uma oração. Deus está tão longe de nós quanto uma prece. Se clamarmos, é certo que seremos ouvidos. Às vezes procuramos contatar alguém usando o telefone celular e ouvimos uma gravação dizendo: “O número para o qual você ligou está fora da área de cobertura ou desligado pelo cliente”. Ou então: “Sua ligação está sendo encaminhada para a caixa de mensagem e estará sujeita a cobrança após o sinal”. Isso é muito frustrante! Mas quando buscamos ao Senhor, nunca escutamos esse tipo de gravação. O acesso é garantido através de Jesus Cristo (João 14.6). Os olhos de Deus estão abertos. Os ouvidos do Senhor estão atentos. Portanto, clame agora! Deus ouvirá a sua oração! II. SÓ DEUS PODE PERDOAR OS NOSSOS PECADOS A segunda promessa que o Senhor nos faz no texto bíblico é: “Perdoarei os seus pecados”. Essa é a nossa maior necessidade. Diferentes pessoas precisam de diferentes coisas. Mas todos necessitamos de perdão, porque todos somos pecadores. Sem que haja perdão de pecados, a vida não pode mudar nem meBatistas Capixabas

lhorar. Sofremos com o afastamento de Deus, com o peso da culpa e com a consequência do pecado, que é a morte (Romanos 6.23). Mas o sangue de Jesus pode apagar os nossos pecados. E ele faz isso completamente. Quando escrevemos algo sobre o papel e depois apagamos com a borracha, sempre fica uma marca, não é mesmo? Rasuras ou sulcos permanecem na folha. A borracha não apaga totalmente. Mas existe um brinquedo chamado “Traço Mágico”, no qual, ao ser descolada uma folha de plástico, o que escrevemos é apagado sem deixar vestígios. É assim que Jesus apaga os pecados: não do jeito da borracha, mas da maneira do Traço Mágico – do traço do Seu sangue. Cristo pagou a Sua dívida na cruz. Vá até Ele! Encontrará perdão e nova vida. Só Jesus pode lhe dar isso. III. SÓ DEUS PODE SARAR A NOSSA TERRA Em terceiro lugar, Deus afirma: “Sararei a sua terra”. Que promessa maravilhosa! Só Deus pode restaurar um bairro, um município, um estado, um país. Só Ele pode recuperar o solo arrasado de um coração. Só Ele pode reerguer famílias, relacionamentos, igrejas, iniciativas, reputações, sonhos, corpos e almas. Só Ele pode sarar a nossa terra. Se você perguntar a um pescador qual é o seu negócio, ele lhe responderá: “Eu estou no negócio da pesca”. Se perguntar a um vendedor, ele lhe dirá: “Estou no negócio das vendas”. Mas se você perguntar a Deus qual é o Seu negócio, Ele lhe responderá: “Eu estou no negócio da restauração”. Restaurar é a grande especialidade do Senhor. Ele está fazendo isso desde que o pecado entrou no mundo. A história de todos os personagens da Bíblia é a história de vidas que foram tratadas e recuperadas. O Senhor tem sarado a muitos. Ele quer sarar você. Deus tem uma existência melhor para cada um de nós. Jesus afirmou que veio nos trazer vida em abundância (Jo 10.10). Então, o que estamos esperando? Devemos recebê-la pela fé! CONCLUSÃO: As coisas de que mais precisamos são aquelas que só Deus é capaz de nos dar. Só Ele pode ouvir a nossa oração. Só Ele pode perdoar nossos pecados. E só Ele pode sarar nossa terra. Sendo assim, podemos dizer que hoje é tempo de buscar somente a Deus, e de buscá-lO somente em nome de Jesus! Existem coisas que só Deus pode fazer. Portanto, vá a Ele. Você precisa se humilhar, e orar, e buscar a face do Senhor, e se converter dos seus maus caminhos. Então, Deus ouvirá do céu, perdoará os seus pecados, e sarará a sua terra. Pr. Marcelo Aguiar, da PIB Mata da Praia - Vitória

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Sermões

SERMÃO 03

O espírito Santo Clama: mas afinal, qual é minha paixão? “Não fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça” - João 15:16

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INTRODUÇÃO ense e responda: e eu, onde Deus me quer? Onde servirei ao Senhor? Essa é uma resposta complicada para aqueles que querem servir na igreja, mas não descobriram sua vocação e o seu dom. Deus fez você para um determinado propósito, e a sua realização só será completa ao cumpri-lo - quando estiver dentro do plano de Deus. Uma coisa é certa: você deve servir para glorificar a Deus e para edificar-se pessoalmente atuando ao seu próximo. Você crescerá no serviço cristão quando estiver atuando na área relacionada ao propósito de Deus e quando descobrir sua paixão ministerial. O QUE É PAIXÃO MINISTERIAL? Para Bill Hybels, paixão ministerial é o desejo dado por Deus que nos impele a fazer diferença num determinado ministério. A paixão nos ajuda a saber onde servir e nos dá o estímulo necessário para continuar servindo a Deus. Agora, pense: o que apaixona você e o motiva no serviço do Senhor? POR QUE TEMOS PAIXÃO POR DETERMINADO MINISTÉRIO? Deus o trouxe à existência para servi-lO, de tal forma que o nome dEle seja glorificado, e a Igreja de Cristo, na terra, seja abençoada. É Ele quem coloca no seu coração a paixão por um determinado ministério e por um certo serviço, na igreja. Quando você recebe a salvação em Cristo e se dispõe a uma vida de santidade, acontece a sua separação para o serviço ministerial. Para que você saiba “onde”, “em que área” Deus o quer servindo, essa paixão lhe é dada. Ela é que vai fazê-lo descobrir, identificar o “onde” servir ao Senhor. Esse “onde” pode se referir a um espaço geográfico ou a um ministério na própria igreja ou mesmo um campo missionário. Agora, pense: por que você tem paixão por determinado ministério? COMO DESCOBRIR SUA PAIXÃO MINISTERIAL? A descoberta da sua paixão e a atividade no ministério certo o levarão a se sentir realizado e a ser mais frutífero no desempenho da tarefa a que se propuser. Isso o levará a atingir o objetivo do serviço cristão: servir a Deus atuando também como bênção ao próximo.

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Uns têm grande facilidade em descobrir a sua paixão, pois ela se manifesta muito precoce e claramente. Samuel foi chamado muito cedo. Moisés e Paulo demoraram um pouco para descobri-la. Para outros, essa manifestação é mais tardia, e não é tão fácil identificá-la. Há aqueles que chegam a passar por uma crise, pois não conseguem detectar o alvo da sua paixão. E, então! Como descobri-la? É fácil! É onde está seu coração, seu pensamento, seu prazer, seu entusiasmo, seu interesse, o assunto de suas conversas, o seu amor maior. Aí está a sua paixão! Agora, pense: se você tivesse todas as condições (físicas, espirituais e materiais) para fazer algo no ministériocristão, o que gostaria de fazer? ONDE ESTÁ SUA PAIXÃO MINISTERIAL? A paixão ministerial responde as perguntas: “Onde Deus me quer?”, “Onde servirei ao Senhor?”. A seguir, há algumas perguntas que têm como objetivo ajudá-lo a descobrir a sua paixão ministerial. Responda-as para si mesmo com o coração aberto, e isso poderá ajudá-lo naquilo que procura: – O que você mais gosta de fazer na igreja e o que lhe dá maior prazer? – Em que ministério você quer servir ao Senhor? – Em que atividade da igreja a liderança lhe pede ajuda? – Qual o assunto ministerial que mais o atrai? – Qual o trabalho que você executou com muita satisfação, ao final, se sentiu muito realizado? CONCLUSÃO Na conclusão desta reflexão, fica um trecho da poesia “Cântico dos Cânticos”, na qual Myrtes Mathias expressa a sua paixão ministerial. Você é capaz de identificá-la? “Não quero que Ele duvide do meu amor. Por isso, até que Ele volte, ou me mande buscar, trabalharei para fazer maior o Seu Reino. Alargarei o lugar da Sua tenda; hospedarei os estrangeiros, vestirei os nus, alimentarei os famintos, consolarei os tristes, visitarei os presos, socorrerei os doentes, ensinarei aos simples, salvarei os que estão sendo levados para a morte. A todos anunciarei o Seu reino, o Reino de Deus”. Agora, você. Onde Deus o quer? Onde servirá ao Senhor? A minha paixão ministerial está no Ministério…essa é a sua resposta. O Espírito Santo clama: por obreiros apaixonados e prontos para a seara. Pr. Carlos Alberto Braga de Araujo, da IB Romão - Vitória Missões Estaduais 2015


CULTO DE ABERTURA • Prelúdio • Saudações • Momento de comunhão

O meu Prazer é Te servir

Tema da campanha em 2015 “O Espírito Santo clama: quem responderá?” Divisa: 2 Crônicas 7.14

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.

Hino oficial de Missões Estaduais do ES 2015: “Quem responderá ao clamor?” Bem junto a nós, e por todo lado, Tantos perecem sem ter salvação Buscando alegria pra vida vazia Distantes de Deus seguem sem direção Vejo a impiedade se multiplicar A paz e o amor, onde posso encontrar? O peso de morte, o pecado e a dor Afligem o povo, ouço o clamor....ouço o clamor O Espírito Santo clama! Quem ouvirá? Quem responderá ao clamor? Quem vai dizer a este povo Que a nossa esperança está no senhor?

Consolo, abrigo, força e refúgio é o Senhor Com todo o meu ser, com tudo o que sou Sempre Te adorarei Aclame ao Senhor toda terra e cantemos Poder majestade, louvores ao Rei Montanhas se prostrem e rujam os mares Ao som de Teu nome

• Inspiração musical: “Se meu povo orar” • Mensagem falada: pastor ou missionário convidado • Consagração de bens e vidas • Cântico (2x)

Ele salva, ele cura, e do mal já nos libertou (2x) (2x)

O Espírito Santo clama! Quem ouvirá? .... (2x)

• Oração • Louvor com cânticos Rei meu (Aline Barros) Toda a Terra está cheia da Tua Glória Os céus declaram a Tua grandeza, Rei meu e Deus meu Eu nasci pra Te adorar e o teu nome proclamar Quero ser um instrumento Teu, Rei meu e Deus meu Deus me chamou, eu disse: eis-me aqui Vou Te adorar

Batistas Capixabas

Aclame ao Senhor Meu Jesus, Salvador outro igual não há Todos os dias quero louvar As maravilhas de Teu amor

Período de intercessão em favor do Estado do Espírito Santo: necessidades e demandas missionárias

Vemos as guerras, a falta de paz Doenças e dor o pecado nos traz São tantos feridos, carentes de amor O povo suspira, ouço o clamor Ô, ô, ô, ô....ouço o clamor!

Eu vou, eu vou, vou ouvir o chamado Eu vou, eu vou

A Tua vontade é o que eu mais quero Cumpre em mim o Teu querer A Tua vontade é o que eu mais quero Cumpre em mim o Teu querer

Alegre Te louvo por Teus grandes feitos Firmado estarei, sempre Te amarei Incomparáveis são Tuas promessas pra mim

Parentes, irmãos, amigos, vizinhos Todos carecem da nossa oração Mas Deus nos convida a ter, nesta vida, Um pouco a mais de atitude e ação

O Espírito Santo clama! Quem ouvirá? Quem responderá ao clamor? Quem vai dizer a este povo Que a nossa esperança está no senhor?

Não consigo mais viver um segundo sem Te ter Meu coração precisa mais de Ti, Rei meu e Deus meu Meu desejo é estar aos Teus pés e Te adorar A minha vida está em tuas mãos, Rei meu e Deus meu

Consagração Ao Rei dos Reis consagro tudo o que sou De gratos louvores transborda o meu coração A minha vida eu entrego nas Tuas mãos meu Senhor Pra Te exaltar com todo o meu amor Eu Te louvarei conforme a Tua justiça E cantarei louvores, pois Tu és Altíssimo Celebrarei a Ti oh, Deus, com meu viver Cantarei e contarei as Tuas obras Pois, por Tuas mãos foram criados terra, céu e mar E todo ser que neles há Toda terra celebra a Ti com cânticos de júbilo Pois Tu és o Deus criador A honra, a glória, a força e o poder ao Rei Jesus E o louvor ao Rei Jesus!

• Oração e bênção • Poslúdio MM Wilzima Costa

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HINO OFICIAL

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Miss천es Estaduais 2015


Batistas Capixabas

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