INFORMATIVO ANO I – NOVEMBRO 2013 –
DISTRITO FEDERAL
Nº 7
Advogado respeitado, Cidadão valorizado!
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OAB/DF NA LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA Seccional promove ato público em Taguatinga e cobra medidas efetivas das autoridades no Distrito Federal
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ais de cem advogados se reuniram, no dia 12 de novembro, em Taguatinga, para alertar e cobrar das autoridades ações efetivas no combate à violência em uma das quadras mais movimentadas do centro daquela cidade: a C12. Advogados de todo o DF participaram do ato. Existem cerca de 500 escritórios e mais de mil advogados que diariamente exercem suas atividades naquela região. “Esse ato é uma reivindicação antiga dos advogados, para que a Seccional voltasse seus olhos para a situação de violência na região. A intenção é chamar atenção das autoridades e da comunidade para o problema, que acaba refletindo na advocacia de Taguatinga. A OAB/DF quer criar um canal de comunicação com o governo para enfrentar a situação”, afirmou o presidente da entidade, Ibaneis Rocha. A iniciativa teve como objetivo manifestar a preocupação da comunidade e cobrar das autoridades ações efetivas no sentido de promover segurança e tranquilidade para quem exerce suas atividades ou transita naquele local diariamente. Todos os dias, há relatos de uso e tráfico de drogas, violência física, roubos e furtos de cidadãos na C12. O
uso de drogas é feito em plena luz do dia. A OAB/DF enviou ofício ao secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, para comunicá-lo dos problemas diários naquela quadra. Os números são reveladores. De acordo com dados do Núcleo de Estatística da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a setembro deste ano foram registradas 200 ocorrências de crimes apenas na C12. Do total, 85 registros são de roubo a pedestres, 30 por uso de drogas, 26 por tráfico e 14 por furto em comércio. Os dados ainda não refletem a realidade. Isso porque muitas ocorrências sequer são registradas. Além de abrigar vários escritórios de advocacia, a C12 é uma quadra que tem escritórios de contabilidade, clínicas de odontologia e um pujante comércio. Hoje, todos trabalham intimidados Há relatos de advogados que evitam marcar reuniões com clientes em seus escritórios por conta da violência. O diretor tesoureiro da Seccional do DF, Antonio Alves, lembrou que a violência na C12 é histórica. “Nos deparamos com o caos social que é o consumo de crack e a falta de policiamento no local. Vir a Taguatinga e dar início a esse movi-
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mento é o cumprimento de um compromisso”, disse. Vários advogados e comerciantes se uniram ao ato e relataram histórias de violência. O advogado Humberto Vallim Porto, por exemplo, disse que teve de mudar o escritório que tinha no local por conta dos problemas. “Mas gostaria de voltar para cá porque meus clientes estão aqui. O ato da OAB/DF, ao cobrar ações efetivas do Estado, demonstra o compromisso de defesa da classe e do cidadão”. Estiveram presentes ao ato advogados de várias subseções e conselheiros seccionais. A Subseção de Taguatinga foi representada pela diretora Luciene Bessa e pelo presidente, Nadim Tannous. “Este ato é o marco inicial para mudar o perfil de Taguatinga e revela que a Ordem dos Advogados do Brasil não está inerte. Estamos presos em nossos escritórios e casas, e temos de trabalhar para mudar essa realidade”, afirmou Tannous. A advogada Bernadete dos Anjos, que tem escritório na região, exaltou a iniciativa da Seccional: “Fico muito feliz em verificar que a OAB está saindo às ruas pela primeira vez. Este dia pode ser considerado um marco da mudança da postura da nossa entidade”.
Subseção de Sobradinho inaugura novas instalações Página 5