CURSO - PATERNIDADE RESPONSÁVEL - MÓDULO 2

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Módulo 2: Pré-Natal e Gestação

Quando nasce um Pai?

Um número cada vez maior de homens tem se envolvido e levado o papel de pai muito a sério. Mais envolvidos, eles querem encontrar seu lugar na gravidez!

Um nascimento é uma aventura rica em emoções para pais e mães. Mas se o vínculo com a criança é tecido fisicamente desde as primeiras semanas de gravidez pela mãe, sabemos que pelo lado do pai essa ligação é mais abstrata.

Pouco se sabe sobre o processo que leva os homens a passar a se reconhecerem como pais. No en tanto, nos últimos anos, pesquisadores/as estão começando a se interessar mais pelos pais e com o tema das paternidades. Como eles vivem um evento que os ilude fisicamente há nove meses? O que fazer para acompanhá-los e contribuir com a vivência da paternidade? Quais os impactos positivos de uma paterni dade mais envolvida para mulheres, para as crianças e para os homens?

Especialistas concordam que o pré-natal é uma janela de oportunidade importante para levar à mãe e ao pai informações relevantes, além de detectar e prevenir problemas de saúde que possam prejudicar a evolução saudável da gestação.

Embora a Organização Mundial da Saúde coloque a inclusão dos homens nos serviços perinatais como uma meta prioritária desde 2015, e que no Brasil o Ministério da Saúde tenha estabelecido uma política pública especifica sobre a questão Pré-Natal do Parceiro —, com grande frequência, os pais continuam sendo invisibilizados por profissionais e instituições de saúde. Como mencionado anteriormente, apesar dos avanços recentes, tudo o que tem a ver com planejamento reprodutivo, gestação, parto e cuidado dos bebês continua muito focado nas mulheres/mães e seus/suas filhos/as, algo que contribui para o distanci amento e ao mesmo tempo tira a responsabilidade dos homens/pais.

Nesse módulo abordaremos sobre o Pré-Natal, a importância do envolvimento do homem nessa fase e seu papel de cuidado na gestação. Falaremos também sobre saúde do homem, síndrome de couvade e os principais mitos e verdades sobre sexo nessa fase.

Curso EAD - Paternidade Responsável 2.Pré-natal e Gestação

2.1. Pré-Natal e a participação do pai

Conhecido como pré-natal, o acompanhamen to da saúde da gestante e do bebê durante a gravi dez é oferecido e recomendado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Ele consiste em uma série de seis consultas ou mais a primeira deve ser realizada até 120 dias de gestação —, exames e atividades complementares (como palestras e reuniões). A realização do pré-natal representa papel funda mental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitin do um desenvolvimento saudável do bebê e re duzindo os riscos da gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possib ilidade de intercâmbio de experiências e conheci mentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.

Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde:

• o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;

• o calendário de vacinas e suas orientações;

• a solicitação de exames de rotina;

• as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas reuniões em grupo e visitas domiciliares;

• o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.

Vantagens do pré-natal:

• permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão ar terial, diabetes, doenças do coração, anemi as, sífilis, etc. Seu diagnóstico permite medi das de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda a sua vida;

• detecta problemas fetais, como más for mações. Algumas delas, em fases iniciais, per mitem o tratamento intraútero que proporcio na ao recém-nascido uma vida normal;

• avalia aspectos relativos à placenta, possibil itando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode provocar graves hemorra gias com sérios riscos maternos;

• identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arteri al, comprometimento da função renal e cere bral, ocasionando convulsões e coma. Esta pa tologia constitui uma das principais causas de mortalidade no Brasil.

Principais objetivos:

• preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança (puericultura);

• fornecer orientações essenciais sobre hábitos

de vida e higiene pré-natal;

• orientar sobre a manutenção do estado nutri cional apropriado;

• orientar sobre o uso de medicações que pos sam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam prejudicar o feto;

• tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;

• tratar de doenças existentes, que de algu ma forma interfiram no bom andamento da gravidez;

• fazer prevenção, diagnóstico precoce e trata mento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;

• orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;

• nas consultas médicas, o profissional de verá orientar a paciente com relação à di eta, higiene, sono, hábito intestinal, ex ercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras even tuais orientações que se façam necessárias.

Um pré-natal estritamente focado na gestante, sem a participação do parceiro, é um dos fatores que inauguram o peso maior de cuidado dos/as filhos/as sobre as mulheres.

Para contribuir com a diminuição dessa desigualdade e com a prática de uma paternidade ativa e cuidadora antes, durante e depois do nascimento, o programa de pré-natal do homem foi lançado pelo Ministério da Saúde em 2016.

Clique no vídeo abaixo e saiba mais da importância do Pré-Natal e do envolvimento do homem nessa etapa:

Curso EAD - Paternidade Responsável 2.Pré-natal e Gestação
Link: www.youtube.com/watch?v=R3-advwy4WY (Realização: Ministério da Saúde. Conteúdo público, jun to com outros vídeos informativos no canal do Youtube do Ministério da Saúde.)

A adoção do pré-natal do parceiro faz parte de um movimento crescente no Brasil e no mundo que defende o envolvimento integral dos homens na gestação, no parto, no cuidado e na educação das crianças.

As políticas públicas voltadas à gestação, parto e pós-parto sempre foram muito focadas na gestante e no binômio mãe-filho/a. Apenas na déca da de 1990 que algumas conferências, como Cairo e Beijing, por exemplo, começaram a trazer a im portância de envolver os homens nessas etapas.

Esses questionamentos influenciaram a criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens e o foco que traz para o tema das paternidades e da saúde sexual e reprodutiva dos homens.

Atualmente, especialistas em primeira infân cia e muitos movimentos de mulheres e de direitos humanos pontuam que a presença mais ativa dos homens em etapas como pré-natal, gestação, par to e pós parto, aumentam a possibilidade de uma consciência e ações de igualdade de gênero e mel hores políticas de direitos sexuais e reprodutivos. O ministério da Saúde, indo ao encontro dos mov imentos citados acima, desenvolve o Programa Pré-Natal do Parceiro, que produz o Guia do Pré-Na tal do Parceiro para Profissionais de Saúde. Esse programa reconhece que, historicamente, tanto o planejamento reprodutivo quanto as ações em saúde voltadas às diversas fases da gestação foram pensadas e direcionadas às mulheres.

De acordo com o guia do programa:

“O argumento central trazido por este debate é que, desta forma, é possível romper e transformar, na prática, construções soci ais de gênero que, por um lado, direcionam todas as responsabilidades relacionadas à reprodução e aos cuidados das crianças às mulheres e, por outro, afastam os homens tanto dos compromissos e dos deveres, quanto dos prazeres e dos aprendizados que circundam este universo”.

Como funciona o pré-natal masculino

Ao obter resultado positivo no teste de gravi dez em uma unidade de saúde, a mulher é vincula da à rotina do pré-natal no SUS. É esse o momento em que o Ministério da Saúde recomenda que se proponha a realização de exames e testes também pelo homem, se estiver presente, e se não estiver, que seja convocado por meio da parceira.

Uma vez na unidade de saúde para o pré-natal, o homem realiza exames de rotina, testes rápidos e tem a carteira de vacinação atualizada. Entre os exames, estão sorologia para hepatite B e C, HIV e sífilis, diabetes, colesterol e pressão arterial. Ele recebe informações sobre o risco e a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, sobre a possibilidade de realização da cirurgia de vasectomia e, caso necessário, são solicitadas con sultas complementares e outros exames preven tivos, como de próstata.

A realização dos testes e a adesão ao trata mento do parceiro com sífilis ou HIV têm grande importância na diminuição do risco de contágio da mãe para a criança.

Curso EAD - Paternidade Responsável 2.Pré-natal e Gestação 2.1.1.
O que é o pré-natal do parceiro e qual sua importância para a paternidade?
O pré-natal do parceiro tem o objetivo de “preparar o homem para o exercício da paternidade ativa”, incluindo-o nas atividades educativas do pré-natal.

Pai, Como realizar o seu pré-natal?

Segue abaixo uma lista de coisas importantes para você saber como participar dessa fase da gestação do casal:

• Participando das atividades de planejamento reprodutivo desenvolvidas pela Unidade Bási ca de Saúde do seu território.

• Realizando com a parceira as consultas do pré-natal.

• Observando o seu peso, altura, a sua pressão arterial e realizando o teste da glicemia; são procedimentos importantes para observar o risco de desenvolver alguma doença cardíaca ou crônica como a hipertensão e diabetes.

• Realizando os testes rápidos de sífilis, HIV e hepatites B e C nos postos de saúde. São im portantes para diagnosticar doenças e evitar a transmissão da sífilis para sua parceira e con sequentemente para o(a) seu(sua) filho(a).

• Realizando quando necessário os exames de rotina solicitados pelo profissional de saúde, como: tipagem sanguínea, glicemia, hemogra ma, lipidograma, entre outros, é importante para verificar como anda a sua saúde.

• Atualizando, se necessário, a sua caderneta de vacinação. Vacinas contra o tétano, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B e febre amarela são fornecidas gratuitamente pela rede públi ca de saúde para os homens.

• Participando das atividades educativas realizadas durante o pré-natal de sua parceira. Isso é importante para saber informações so bre a gestação e como apoiar a parceira com a amamentação, no momento do parto, cuida dos com o recém-nascido, entre outros.

• Realizando consultas com o cirurgião-den tista, para saber como anda a sua saúde bu cal. Participando do parto, caso seja uma es

colha da gestante, para aumentar o vínculo pai-mãe-filho(a).

Quais as vantagens da realização do pré-natal do parceiro?

Promover o autocuidado do pai/parceiro.

• Prevenir doenças como hipertensão e diabetes.

Prevenir doenças como HIV, sífilis e hepatites B e C, reduzindo sua transmissão.

Promover confiança para parceira diminuindo seus medos e angústias.

• Gerar vínculos afetivos saudáveis e qualidade de vida para todos da família.

Você sabia que os homens também podem ter alterações hormonais durante a gravidez?

Sabe-se agora que os homens também po dem sofrer alterações hormonais durante a fase da gravidez, incluindo uma diminuição nos níveis de testosterona e vasopressina, o que está atrela do à promoção do apego à criança e à diminuição da agressividade.

Uma das questões mais estudadas neste cenário de mudanças que podem ocorrer com os homens “grávidos” tem sido a Síndrome de Couvade. Essa Síndrome está diretamente relacionada ao grau de envolvimento emocional dos homens com a gestação, e pode resultar em sintomas ti

picamente associados às grávidas, como enjoos, mal-estar, aumento de peso, sonolência e até o desejo de comer determinados alimentos.

Importante deixar claro que a Síndrome de Couvade não é doença, trata-se de uma manifes tação do impacto da gestação sobre as emoções e, inclusive, sobre a fisiologia dos homens. Aposto que você está achando estranho não é? Mas isso é mais comum do que se imagina. O problema é que poucos homens identificam e/ou conversam sobre esses sintomas, seja com amigos, médico(a) ou com a própria companheira.

Porque Couvade? Couvade deriva de ‘couver’, termo francês que significa incubar. É o nome de um ritual difundido entre índios da América do Sul e da África, no qual o pai, depois que a mulher dá à luz, passa por um período de resguardo com o filho até que o cordão umbilical caia. Alguns pais chegam a usar roupas das parceiras durante a gestação pois acreditam que assim estariam desviando delas maus espíritos que poderiam atrapalhar a gravidez.

Cuidar da minha saúde como pai Para exercer a sua paternidade também é im portante que você se preocupar com sua saúde. Para fazer isso:

Cuide da sua qualidade de vida e da qualidade de vida familiar.

• Cuide de seus espaços para diversão pessoal e aqueles que você compartilha com seu filho.

• Faça atividade física.

• Tenha uma dieta saudável.

• Cuide do seu descanso e durma.

• Discuta seus problemas e preocupações (com sua(seu) parceira(o), família, amigos, etc. ).

• Peça ajuda quando se sentir em crise ou

oprimido por uma situação estressante.

• Beba com moderação. Não dirija quando beber.

• Evite o tabaco, pois afeta a saúde a longo prazo.

• Esteja em dia com seus Exames de Medicina Preventiva.

Atenção!

Como já mencionamos, as políticas e programas de saúde que vêm tentando envolver os homens/ pais com as temáticas aqui discutidas ainda são muito recentes, o que significa que elas ainda estão sendo implementadas. Assim, é muito provável que o serviço e os/as profissionais de saúde que você e a sua parceira estão frequentando ainda estejam se adequando a essa nova realidade, ainda mais se você estiver usando um serviço privado de saúde. Portanto, é importante que você questione esses/as profissionais sobre o pré-natal do parceiro, sobre a Lei do Acompanhante e que peça orientações sobre como você pode melhor apoiar a mãe de seu/ sua filho/a em cada etapa.

Se o/a profissional ou o serviço não estiver “enxergando” você, apresente-se, participe e demonstre seu interesse!

Curso EAD - Paternidade Responsável 2.Pré-natal e
Gestação

2.2. Gestação

O vínculo do pai com seus filhos começa a se formar desde antes do nascimento. Experiências como participação em rodas de conversas sobre paternidades, consultas pré-natais e ultrassonografias reforçam a construção desse vínculo.

O que seu/sua filho/a mais precisa nesta fase é que a mãe tenha uma alimentação saudável, estar em ambientes livres de fumo do tabaco, sem consumo de álcool, sem estresse e com bom tratamento.

É comum muitos homens dizerem que essa fase é exclusiva da mulher, e que eles como pais, não tem muito o que fazer, a não ser esperar.

O homem tem um papel fundamental, e tem muitas coisas que deve fazer junto com sua companheira. Algumas dessas ações já foram abordadas no capítulo anterior quando falam os da sua participação no pré-natal.

Mas não é só isso. A sua participação na fase da gestação é importantíssima!

O Ministério da Saúde elaborou em conjunto com várias secretarias estaduais e munici pais uma Caderneta da Gestante , na qual você e sua companheira encontrarão:

• Seus direitos antes e depois do parto;

• O cartão de consulta e exames, com espaço pra vocês anotarem suas dúvidas;

• Informações e orientações sobre gestação, cuidados e desenvolvimento do bebê;

• Informações e orientações sobre amamentação, e

• Como tirar a certidão de nascimento do seu filho ou filha.

Importante

Conheça as fases da gestação:

a) O pontapé inicial da Gestação. Os 3 primeiros meses de gestação. No início da gestação ocorre a adaptação do corpo da mulher e de seus sentimentos, trazendo sensações ora de prazer, ora de desconforto. Faz parte desse momento a oscilação entre a aceitação e a recusa da gravidez. Pode ter o aumento dos seios, a mulher também pode sentir mais sono, mais fome, enjoos e até ficar mais cansada.

Não se preocupe, tudo isso é comum!

OBS.: Neste período e em qualquer fase da gestação é importante que o pai/parceiro e a gestante desenvolvam hábitos alimentares saudáveis, evitem ingerir bebida alcoólica, fumo e outras drogas. Para saber mais, peça

c) Segurando a ansiedade. O último trimestre de gestação.

O final da gestação é o momento em que tanto vocês quanto o feto se preparam para uma grande mudança.

O feto tem menos espaço dentro da barriga, o que dá a sensação de peso e desconforto. A mulher pode sentir menos sono. O corpo está se preparando para o parto e para acolher o bebê que vai nascer.

O barriga fica bem dura de tempos em tempos (contração de treinamento), sem causar dor para a gestante. Essa é uma época de ansiedade com o parto.

O medo do desconhecido é natural. Procurem conversar com um profissional de saúde para tirar suas dúvidas.

IMPORTANTE: Fique sabendo que pode praticar sexo durante a gestação e no pós-parto. Mais adiante abordaremos mais sobre o tema.

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Baixe a Caderneta da Gestante: Link: https://portalarquivos2.saude.gov. br/images/pdf/2018/agosto/31/Cadern eta-da-Gestante-2018.pdf

2.2.1. Cuidados com a mãe de sua/eu filha/o.

Seu principal papel durante toda a gestação envolve CUIDADO. Então cuide da sua companhei ra e de seu bebê com carinho e amor.

Check list de ações engajadas que o pai/parceiro pode fazer em cada fase da gestação (clique no box quando fizer uma ação)

Tomar 20 minutos de sol, durante o início da manhã ou no final da tarde, inclusive nos seios, isso ajudará no preparo das mamas para amamentação da criança.

Lembre sua parceira de usar boné ou chapéu e protetor solar no rosto, para evitar manchas de pele.

Lembre a parceira para que evite descol orantes, tinturas de cabelo, alisantes e ondu ladores que contêm amônia e outros compo nentes que podem fazer mal à criança.

Ajude a parceira a evitar ficar em ambi entes onde haja fumantes, em qualquer fase da gravidez.

Estimule caminhadas que ajudam a mel horar a circulação do sangue, aumentar a dis posição e a sensação de bem-estar. Se não hou ver contraindicação, devem ser mantidas do início ao fim da gravidez. Ah! e aproveite para caminhar junto né! Lembre a parceira de elevar as pernas quando estiver sentada ou deitada, isso mel horará a circulação e desinchará os pés.

Estimule sua parceira a deitar preferen cialmente do lado esquerdo, com um travessei ro entre as pernas. Esta posição facilita a pas sagem de oxigênio para a criança. No fim da gestação, com o peso maior,

a mulher passa a ter mais dores nas costas, as pernas incham, e com isso as massagens são importantes.

Participe da organização do quarto do bebê e da preparação da casa para re ceber o bebê. Isso ajuda a tirar a sobrecar ga da mãe que estará numa fase emocional e fisicamente exaustiva.

Participe das consultas e das ultrassono grafias, sempre que possível. E, por fim, e não menos importante, busque informações, converse com os médi cos, vá conhecer o hospital, se inteire sobre os próximos passos, como: preparação para o par to, questões burocráticas, etc.

OBS.: Repasse essas informações para sua parceira e sua rede de apoio, se tiver, como pais, amigos e familiares; durante a gestação é muito importante que todos e todas estejam na mesma página! Para resumir e facilitar, vamos assistir abaixo 3 vídeos bastante instrutivos e educativos. São fei tos pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, uma parceira nossa nesse projeto.

Mudanças Físicas e Emocionais na Gestante | O que fazer?

Link: www.youtube.com/watch?v=NVRm2tjoeqw (Realização: FMCSV. Conteúdo público, junto com outros víde os informativos no canal do Youtube da organização. Saiba mais: www.fmcsv.org.br

importantes durante

gestação:

Link: www.youtube.com/watch?v=B2CF0gD2NPA (Realização: FMCSV. Conteúdo público, junto com outros vídeos informativos no canal do Youtube da organização. Saiba mais: www.fmcsv.org.br )

Link: www.youtube.com/watch?v=olFTlBgnzGA (Realização: FMCSV. Conteúdo público, junto com outros vídeos informativos no canal do Youtube da organização. Saiba mais: www.fmcsv.org.br )

Curso EAD - Paternidade Responsável 2.Pré-natal e Gestação
5 cuidados
a
5 dicas para gestantes
de primeira
viagem

2.3. Mitos e Verdades envolvendo sexo na gravidez e no pós-parto

Esse é um dos temas que suscitam mais dúvi das entre homens e mulheres durante a gestação (e após) e mesmo assim um dos que são menos abor dados durante as consultas de pré-natal. Provavel mente por não ser comumente alvo de conversas, o sexo durante e após a gravidez tende a gerar certa ansiedade entre muitos casais, por isso vamos nos deter um pouco sobre o tema, trazendo alguns mi tos e verdades. Mas lembre-se, o mais importante é que você e a sua parceira conversem sobre isso e levem as suas dúvidas para os(as) profissionais de saúde que acompanham a gestação.

1. Não é recomendável manter relação sexual durante a gestação

Mito. Se o desenvolvimento da gestação estiver ocor rendo normalmente, o sexo pode e deve ser realiza do. A relação sexual só é contraindicada se a gestação estiver com risco de aborto, se houver sangramen tos, um quadro de infecção urinária ou implantação placentária baixa, fatores que podem provocar par to prematuro e hemorragia se a mulher fizer esforço.

2. A libido diminui na gravidez

Mito. Na verdade, depende da mulher. Há mulheres que produzem mais hormônios femininos no período da gestação e se sentem mais sensuais e eróticas. Mas há outras que ficam muito inchadas e se sentem incomo dadas com o sexo. Na gravidez, a mulher também costu ma ficar mais lubrificada, o que pode tornar o ato ainda mais prazeroso.

3. A única posição sexual indicada na gravidez é de lado

Mito. Apesar de algumas posições serem mais con fortáveis por conta da barriga, o sexo está liberado em qualquer posição, até o final da gestação, salvo quando a gravidez apresenta algum problema. Vale o que for mais confortável e prazeroso.

4. Sexo é doloroso para a mulher grávida

Mito. Vai depender do estado de lubrificação da mul her. Normalmente a gestante fica mais lubrificada nesse período, mas há exceções. A probabilidade de a mulher desenvolver infecções vaginais aumenta na gestação, o que pode tornar o sexo desconfortável, mas realizando o tratamento necessário isso pode ser contornado facilmente.

5. O ato sexual pode machucar o bebê Mito. Esse é um receio que acomete mais os homens que as mulheres. O útero é uma estrutura fechada e há ainda o líquido, a bolsa e o colo do útero, portanto o pênis não tem como tocar no bebê, independentemente da posição sexual. Para o bebê, não haverá distinção entre o ato sexual e outras atividades físicas que a mãe faça no período.

6. O orgasmo pode induzir ao parto Verdade. O orgasmo feminino pode acelerar o proces so de parto quando o bebê já estiver em vias de nascer. Muitos/as médicos/as recomendam que a mulher transe como um método natural de auxílio à indução do proces so de parto para mulheres que já passaram das 40 sema

nas de gestação. Isso acontece porque quando a mulher tem um orgasmo, uma substância chamada oxitocina é liberada. Ao mesmo tempo em que essa substância é um dos hormônios ligados ao bem-estar, ela também está li gada às contrações do útero, essenciais para que o parto aconteça. Além disso, o sêmen também pode contribuir para a indução do parto já que contém uma substância chamada prostaglandinas, que pode surtir um efeito se melhante ao da oxitocina quando liberado dentro da va gina durante o ato sexual.

7. Não há motivo para se usar preservativo durante a gestação

Mito. Se o relacionamento não é mutuamente monogâmico, é necessário usar camisinha para proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis/IST. As IST podem não apenas afetar a saúde da mulher, como também podem ser transmitidas ao feto e causar prob lemas graves. Um outro motivo para se usar o preserv ativo masculino ou feminino é o zika vírus, que pode ser transmitido sexualmente e vir a causar microcefalia. O vírus zika pode permanecer no sêmen por até seis meses e o homem pode não saber que está infectado.

* A transmissão v ertical (mãe-feto) do HIV e da Sífilis é um grave prob lema de saúde pública, por isso é extremamente importante que o homem também faça todos os exames necessários assim que a gravidez for confirmada.

8. A mulher pode engravidar durante a quarentena Verdade. A chance é pequena, por causa da amamen tação e porque a fertilidade retoma normalmente 45 dias após o parto. Mas não é impossível! Por isso, o indicado

nesta fase é a utilização de um método contraceptivo efi caz de uso permitido durante a lactação, como os pre servativos ou o diafragma.

9. É importante evitar manter relações sexuais durante o período da quarentena

Verdade. Se a mulher teve um parto normal, a pene tração pode doer, machucar e até causar uma infecção. Já no caso de cesárea, além do risco de infecção, a incisão abdominal estará em processo de cicatrização. Por isso, o mais indicado é aguardar o prazo de 40 dias. Contudo, é importante lembrar que sexo não é só penetração e pode ser feito pelo casal de outras formas menos arriscadas e que caso optem por iniciar as relações antes desse perío do, é sempre bom conversar com um/a médico/a.

10. Após o parto é normal a mulher não sentir desejo sexual

Verdade. Após a retirada da placenta, há uma queda dos hormônios que reduzem a libido e afetam a lubri ficação vaginal. Além disso, a nova rotina, muito mais cansativa, pode fazer com que a mulher queira deixar o sexo em último plano. Porém, com o tempo, tudo tende a se normalizar.

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Parabéns!

Revisão

Aline Kammer Bevilaqua
Adir
de LimaLeandro Ziotto e Daniel Lima
Autores
Design Promundo, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Criança Segura, Ministério da Saúde, NCPI, Instituto Alana e MenCare A Global Fatherhood Campaign Parceiros de ConteúdoProdução e Coordenação Apoiador Realização
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