CURSO - PATERNIDADE RESPONSÁVEL - MÓDULO 4

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Módulo 4:

Amamentação, Higiene e Puericultura

Pronto, seu bebê nasceu! E junto com ele nasce uma nova fase e novos desafios. Porém, nesse momento, você terá a recompensa diária de poder presenciar as ações e reações do seu filho ou filha.

Por isso é fundamental, como já vimos, as licença-paternidades e maternidade por permitirem que os cuidadores estejam juntos nos primeiros dias de vida do bebê. Pois não é um período novo apenas para a criança, mas para toda a família. Neste módulo trataremos sobre a amamentação, seus conceitos e dicas práticas para o dia a dia. E traremos um conceito novo chamado Puericultura. Mas não se as suste, o nome parece uma coisa estranha, mas todo pai e toda mãe, ou um cuidador, pode não saber do que se trata conceitualmente, mas de forma empírica e prática já faz a puericultura.

4.Amamentação, higiene e puericultura

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Amamentação

Pronto, seu bebê nasceu! E junto com ele nasce uma nova fase e novos desafios. Porém, nesse momento, você terá a recompensa diária de poder presenciar as ações e reações do seu filho ou filha. Por isso é fundamental, como já vimos, as licença-paternidades e maternidade por permitirem que os cuidadores estejam juntos nos primeiros dias de vida do bebê. Pois não é um período novo apenas para a criança, mas para toda a família. Neste módulo trataremos sobre a amamentação, seus concei tos e dicas práticas para o dia a dia. E traremos um conceito novo chamado Puericultura. Mas não se assuste, o nome parece uma coisa estranha, mas todo pai e toda mãe, ou um cuidador, pode não saber do que se trata conceitualmente, mas de forma empírica e prática já faz a puericultura.

Importante: As evidências que apontam para a importância do aleit amento materno são indiscutíveis. O que não pode ocorrer é uma interpretação equivocada que coloque em equivalência amor pelo filho e desejo de amamentar, gerando um julgamento depreciativo das mães que por uma ou outra razão não o fazem. Por isso, não é hora de julgamentos , mas sim, de cuidado, acolhimento e afeto. A companhia do parceiro é fundamental para segurança mental e emocional da mãe.

4.1.1. A importância do aleitamento materno

O Leite materno é o alimento completo para o seu bebê. Veja abaixo os benefícios para o bebê e para a sua companheira, de forma resumida:

4 Benefícios do leite materno para o bebê

• Tem a quantidade ideal de vitaminas, proteínas e gorduras

• É fácil de digerir

• Está sempre pronto e na temperatura adequada

• Proteção contra infecções e alergias

4 Benefícios para a mãe

• Ajuda a reduzir o peso adquirido durante a gravidez

• Ajuda a reduzir o sangramento pós-parto

• Amor e carinho, fortalecendo o laço entre mãe e filho

• Reduz o risco do câncer de mama e de ovários

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4.1.

Participação dopai no aleitamento materno

O Dr. Marcus Renato, especialista em amamentação e editor do portal Aleitamento ( www.aleita mento.com ), lista abaixo passos para uma participação mais efetiva e afetiva do companheiro ou pai no aleitamento materno:

• Por vezes ela pode estar insegura de sua capacidade de amamentar. Seu apoio será fundamental nestas horas;

Lembre-se que a amamentação é um período passageiro. Dê prioridade a seu filho(a);

• Sua presença, carícias e toques durante o período de aleitamento são fatores importantes para a manutenção do vínculo afetivo do trinômio mãe + filho + pai;

Apoiar e incentivar: o pai munido de informações relevantes tem toda condição de ouvir e acolher as angústias de sua companheira e confortá-la com entusiasmo e segurança;

• Ser compreensivo: entender que para algumas mulheres é difícil e cansativa a adaptação à amamentação. Momentos de altos e baixos são comuns e merecem compreensão e apoio, e não julgamentos;

• Coopere nas tarefas do bebê: trocar fraldas, ajudar no banho, vestir, embalar, etc.;

• Ser útil e proativo: sair da zona de conforto é importante. Devemos estar atentos às demandas do lar também, sem precisar que ela peça. Muitas vezes uma conversa franca ajuda nisso.

• Manter-se sereno: a vida mudou para os dois. Agora é natural estressar-se por pequenas coisas. Mas, procurando manter-se calmo e compreendendo cada etapa dessa fase, os conflitos minimizam-se.

• Ocupar-se com os outros filhos: independentemente da idade, as crianças sentirão a ausência da mãe em alguns momentos. Cabe ao pai preencher esse espaço para amenizar crises de ciúmes e aliviar a pressão sobre a mãe.

• Fique atento às variações do apetite sexual (normalmente diminuído) de sua companheira.

• Não traga para casa latas de leite, mamadeiras, chupetas, bicos de silicone, cigarros e bebidas alcoólicas.

A amamentação deve ser um momento prazeroso, de troca, carinho e promoção de vínculo.

Importante

A automedicação e autodesmedicação são práticas que devem ser evitadas sempre, especialmente durante a fase de gestação e amamentação. Há substâncias que passam pelo leite e que podem causar danos ao bebê. Assim, todo e qualquer uso de remédios deve ser sempre orientado e prescrito apenas por profissionais de saúde.

Atenção: Se por algum motivo a mãe não puder amamentar seu filho ou filha, procure um banco de leite humano, uma Maternidade (Hospital) amiga da criança ou um profissional de saúde para orientá-la.

O papel da amamentação na vida do pai Em seu guia chamado Pais que AMAMentam, o pediatra Leonardo Wigg Perfeto lista quatro impactos positivos dessa fase da amamentação no homem, vejam o infográfico abaixo.

Reconhecer sua figura paterna: a dinâmica da amamentação engloba todos os que cercam a mãe e o bebê. Quando o pai se dispõe a participar, uma das coisas mais simples – mas não menos importante –que ele faz é pegar o bebê no colo para arrotar. Com isso, em alguns casos, essa é a primeira oportunidade de aproximação e fortalecimento de vínculo entre o pai e seu bebê.

Preparar o homem para a paternidade: muitas vezes, as leituras sobre amamentação são a porta de entrada para o mundo da maternidade e, conseguinte, da paternidade.

Oferecer oportunidade para interação familiar: a participação do pai na amamentação é um treino diário para fortalecer o vínculo familiar. O crescimento da criança é vivenciado tanto pela mãe, quanto por ele. Assim, o relacionamento entre pai e filho(a) desenvolvese de maneira natural, num ciclo de confiança.

Perceber que sua presença é uma forma de cumprir com suas responsabilidades de pai e companheiro: culturalmente, tem-se que o papel do pai é prover o sustento da família. Entretanto, em razão das mudanças sociais que vêm ocorrendo, esse único papel não é mais suficiente. A sua presença e apoio traz tranquilidade à mãe para que ela desempenhe integralmente suas atribuições.

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4.2. Saiba como cuidar da higiene do seu filho

• Ao dar banho no seu filho, teste a temperatura da água, com o dorso da mão para evitar queimaduras.

• A higiene do cordão umbilical faz-se com gaze esterilizada com álcool a 90%, de modo a desinfetar bem a área e promover a cicatrização. Este deve manter-se limpo e seco e livre de curativos para evitar infecções.

• A limpeza da zona genital, nas meninas, faz-se sempre da frente para trás, para evitar infecção. Essa limpeza pode ser realizada com um algodão em bebido em água morna ou óleo da criança. Pode ainda usar toalhetes de limpeza próprios para criança. Nos meninos, deve-se fazer uma limpeza na zona externa dos genitais. O prepúcio (pele que cobre a glande) não deve ser descolado pelos pais para conseguir uma melhor higiene.

• Não é obrigatório colocar creme a cada troca de fralda, exceto se a pele da criança tiver assaduras.

• Os cuidados com a higiene bucal devem começar a partir do nascimento da criança. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com gaze ou fralda umedecida em água limpa para remover os resíduos de leite, para saber so bre todos os cuidados com a higiene bucal do seu filho nas diferentes fases procure um profissional de saúde da área.

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4.3. Puericultura afetiva

Tradicionalmente, a puericultura é definida como o conjunto de técnicas empregadas para as segurar o bom desenvolvimento físico e mental da criança, desde o período de gestação até a idade de 4 ou 5 anos, e, por extensão, até a puberdade.

Essa definição está baseada na ideia da atenção à criança como um grande roteiro que engloba as pectos biológicos, psicológicos e sociais; um roteiro que seguido de forma satisfatória pode resultar em um adulto mais saudável (fisicamente e psicologicamente) e com melhor qualidade de vida.

Esse roteiro se baseia em conhecimentos científicos, resultado de pesquisas nas mais diversas áreas da saúde como nutrição, psicologia, odontologia, antropometria, imunologia, entre outros.

Existe, porém, outra maneira de se conceber a puericultura, presente nos atuais estudos e tra balhos voltados à primeira infância que envolve ações com parentalidade, isto é, pais, mães e out ros/as cuidadores/as.

Muitas publicações surgidas a partir da década de 1960 que utilizam referenciais teóricos das ciências sociais, explicam que a puericultura é uma prática social de CUIDADO, sujeita aos mais di versos agentes políticos, econômicos e sociais.

Isto é, a puericultura afetiva não é só responsabilidade institucional do Estado, mas é o conjunto de cuidados que você, PAI, a mãe, e toda a sua rede de apoio como amigos, familiares e comunidade, podem exercer com um bebê.

Há um ditado que diz que é preciso de toda uma aldeia para se criar uma criança. Então, essa aldeia é responsável pela puericultura afetiva! A puericultura afetiva não se compromete apenas em medir, pesar e vacinar o bebê. Trata-se dos cuidados afetivos e sociais também, que você, historica mente, viu e presenciou de seus familiares e comunidade ao seu redor, cuidando de uma criança. Nesse módulo iremos tratar dos cuidados básicos com o seu bebê nos primeiros dias de vida dele e como o afeto é um ingrediente primordial para o desenvolvimento dele.

4.3.1. Paternidade afetiva e cuidadosa

Cada pai e cada mãe possui um estilo próprio de cuidar de suas/eus filhas/os, um estilo que é mol dado durante a experiência da paternidade e da maternidade e que, mais importante, começa a ser moldado muito antes disso, através de nossos repertórios emocionais, intelectuais, sociais e cul turais. Mesmo assim, hoje temos acesso a uma série de estudos e pesquisas científicas sobre o tema que apontam para algumas práticas que são vistas como positivas ou negativas quando o assunto é o cuidado das crianças.

Práticas paternas positivas

São chamadas de práticas positivas pois favorecem o desenvolvimento cognitivo e socioemocional da criança, principalmente nessa fase da primeira infância, que é dos 0 a 6 anos de idade. Podemos listar:

1. Dê bons exemplos: o comportamento moral da criança se baseia na imitação dos pais e adultos ao seu redor.

2. Demonstre afeto: às vezes temos dificuldade de demonstrar afeto e amor. Achamos que só o fato de sermos pais e mães já prove ao filho e filha que os amamos. Mas não é bem assim. Principalmente em uma criança em formação. Então demonstrar o seu carinho e amor através de abraços e beijos é muito bom e faz bem, para você e para a criança.

3. Brinque junto com seu filho ou filha. Ao brincar a criança desenvolve criatividade e autonomia, além de ser uma ótima maneira de se conectar e gerar vínculos e memórias.

4. O poder do elogio! Não o elogio exagerado que também pode ser aprisionador. Mas dar retornos positivos para o seu filho ou filha, valorizando suas pequenas conquistas do dia a dia, isso gera autoconfiança.

5. Disciplina adequada. Isto é, saber repreender o seu filho ou filha após um comportamento indevido, mas de forma não violenta. Lembre-se que ele não sabe de nada ainda. Está aprendendo, então seja paciente! Há estudos mostrando que métodos de disciplina positiva que promovem a consciência dos atos e fatos, com diálogo, conversa e entendimento, são mais eficazes que métodos de privação e punição, como castigo, palmadas e proibições.

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Práticas paternas negativas

Identificar atos negativos é uma tarefa mais complexa, porém, há aqueles que chamam mais a atenção, por serem comprovadamente ineficazes e, mais do que isso, por terem grande probabilidade de causar impactos negativos e mesmo traumas que serão carregados por toda a vida. Vejam alguns exemplos:

1. Castigos e punições físicas e humilhantes;

2. Estabelecer uma regra, e você mesmo não cumprir;

3. Gritos e ameaças também são consideradas práticas negativas, pois não geram consciência na criança sobre o ato, apenas medo, e ela continuará sem entender o porquê da sua reação;

4. Castigo em razão do estado emocional abalado do pai e da mãe. Sabemos que todos são seres humanos, mas depois de um dia ruim, tome muito cuidado para não descontar em seu filho ou filha, ou alguém da sua família;

5. Relação conturbada ou violenta entre pais, mães e outros cuidadores/as. No entanto, é importante ter consciência que a comunicação negativa não se dá apenas quando há agressões (físicas e verbais). Por vezes, uma educação e relação exageradamente críticas e deficientes em afeto e elogios pode ser tão ou mais danosas para as crianças. Além disso, cabe lembrar que as crianças aprendem principalmente por imitação; por isso, quando pais e mães estabelecem regras que eles/as mesmos/as não seguem isso é bastante confuso e prejudicial para as crianças.

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Por que a educação por meio de castigos físicos deve ser evitada?

Muitos pais costumam dizer: “Eu apanhei mui to durante a infância e me tornei um bom cidadão” ou “Uma criança que não leva uma palmada não aprende a ter limite”.

Pais, mães e cuidadores/as geralmente quer em o melhor para suas crianças e conhecem melhor do que outras pessoas o que elas necessitam. Não acreditamos que pais e mães sejam potencial mente maus por utilizarem castigos físicos e/ou humilhantes como meios para educarem seus/uas filhos/as. No entanto, o que normalmente vemos são cuidadores/as que foram criados e educados pelo uso dos castigos e por isso não sabem como fazer diferente. Eles/as aprenderam dessa forma e reproduzem isso, sem antes fazer uma reflex ão dos significados e das possíveis repercussões desse comportamento.

Por causa de habilidades que desenvolvem ao longo da vida, muitas pessoas de fato conseguem crescer saudavelmente e se tornar bons cidadãos ou cidadãs apesar de terem sofrido castigos físicos e humilhantes durante a infância. Contudo, o que hoje sabemos é que essa forma de violência está associada a diversos problemas sociais, emocionais, psicológicos e de aprendizagem.

Outra ocorrência é que o uso de castigos físicos e/ ou humilhantes não tem eficácia comprovada na educação de crianças e no fato de aprenderem ou não a ter limites. Um trabalho que analisou 20 anos de pesquisas sobre o tema chegou à seguinte con clusão: “nenhum estudo mostrou que a punição física tem efeito positivo, e a maior parte dos estu dos encontrou efeitos negativos”.

O que esse e outros trabalhos demonstr aram é que uma educação baseada em violên cias físicas como forma de disciplinamento pro

move a aprendizagem da violência, pois oferece um modelo inadequado para as crianças lidarem com situações de conflitos, que é o uso da força e da violência.

Já uma educação baseada no respeito e no diálogo, sem o uso de castigos físicos e/ou humil hantes, estimula a criação de uma relação de con fiança e proximidade entre a criança e seu/ua cui dador/a. Isso sem falar que viver livre de violência é um direito inalienável de qualquer ser humano e principalmente das crianças.

Uma criança que apanha por fazer algo errado pode deixar de faz ê -lo por medo de apanhar novamente e não porque entendeu que o que fez pode ter consequências danosas para ela ou para outra pessoa. Medo não nos faz entender coisa alguma.

O que nos faz entender a importância dos limites é uma explicação que faça sentido. Colocar-nos no lugar do outro.

“Conversar, estar próximo, ouvir e argumen tar leva mais tempo do que obediência imposta por umas boas chineladas. E tempo é artigo de luxo hoje em dia. Mas educar é tarefa importante e dá trabalho. É mais rápi do e eficiente entender as razões dos limites que a vida nos dá com alguém ajudando a gente, por meio de uma boa conversa, do que estando magoado/a.”

(trecho adaptado do Programa P do Instituto Promundo, publicado em 2013, nas páginas 217 e 218. Link: promundo.org.br/recursos/spb2019/)

4.3.2. Educação Positiva

Ser pai e responsável pela criação de uma cri ança é um dos maiores, se não o maior desafio que enfrentaremos em toda a nossa vida. Cri ar filhos e filhas pode ser uma experiência tão fe liz quanto frustrante, tão estimulante quando ex

austiva. Por isso, as vezes recorremos, como pais, aos castigos físicos, gritos e xingamentos. Sim plesmente por não saber o que fazer e por pouca inteligência emocional.

O processo de criação de crianças construído a partir do enfoque da Educação/Disciplina Positiva pode ajudar pais, mães e cuidadores/as em geral a lidar com os desafios do dia a dia de forma não violenta.

Mas afinal o que é educação/disciplina positiva?

A Disciplina Positiva foca no encorajamento, no positivo. Isso não significa ser otimista, nem ig norar problemas ou mimar as crianças com elogios excessivos. Ser positivo quer dizer ter uma mente aberta, agir com discernimento e não colocar as nossas expectativas nos outros. Mas como aplicar no dia a dia? Aqui vão algumas dicas:

• Dê atenção para o seu filho ou filha;

• Construa com seu filho ou filha regras claras, concretas e realistas (Indicado para crianças a partir de 3 anos)

• Conte até 10: acredite, perder a paciência e responder na hora da raiva não tem a menor chance de dar certo.

• Nunca utilize a violência, porque ela só gera mensagens ruins que irão impactar na fase adulta.

• Estar ciente e conhecer a fase da vida do/a seu/ ua filho/a: ser pai e mãe não é nato. Ninguém nasce sabendo. Por isso buscar informações sobre a fase de vida do seu filho e filha é im portante. E continue buscando, pois cada fase terá um desafio e uma alegria diferente.

• Cuide de você e busque momentos de lazer. Ser pai, mãe ou cuidador requer muito esforço. Cuide de você. Seu filho ou filha estará bem se você também estiver.

Segue abaixo um vídeo superdidático sobre Educação/Disciplina Positiva com o Thiago Queiroz, do projeto Paizinho, Vírgula:

Link: www.youtube.com/watch?v=JuCyfb7qAxk

(Realização: Thiago Queiroz. Conteúdo público, junto com out ros vídeos informativos no canal do Youtube da Paizinho Virgu la. Saiba mais: paizinhovirgula.com/)

Continue lendo mais sobre Educação Positiva, e outros assuntos que envolvam Comunicação Não Violenta, Criação com Apego. Pois a cada fase de seu filho ou filha exigirá de vocês novos con hecimentos. Mas acredite, também trará novos prazeres e alegrias!

DICA: O autor e criador do conceito de Comunicação Não Violenta, Marshall Rosenberg , escreveu um livro superbacana, curto e de uma lei tura fácil chamada “Criar filhos compassivamente: maternagem e paternagem na perspectiva da co municação Não violenta”. Veja a imagem abaixo: No final do curso daremos dicas de lei tura, bem como in dicaremos canais no Youtube sobre os te mas acima, entre out ros, que irão auxiliar na sua paternidade.

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4.3.3. Brincar

O brincar pode ser visto como uma ativi dade ou um tempo específico de recreação e laz er. Porém especialistas, pensadores e teóricos das mais diversas áreas de conhecimento têm definido que o brincar é uma das linguagens das crianças, uma forma de comunicação não consciente e não verbal através da qual elas expõem como sentem, percebem e veem o mundo. Assim, é por meio do que chamamos de expressão lúdica, que as crianças revelam como compreendem os fatos que ocorrem em sua vida.

Para as crianças, o brincar implica muito mais do que o simples ato em si. Divertindo-se, elas se expressam e comunicam com o mundo. Para o adulto, o brincar constitui um “espelho”, uma fonte de dados para compreender melhor como se dá o desenvolvimento infantil. Daí sua importância.

O envolvimento dos pais no brincar

Em geral os pais são o primeiro ‘brinquedo’ dos bebês. E já vimos como o brincar impacta no desenvolvimento motor e cognitivo do bebê; en tão pai, brinque com seu bebê:

• Pegue nos dedinhos do bebê e observe suas expressões faciais;

• Cante e converse com seu filho ou filha.

Durante cada fase do desenvolvimento infan til os bebês exteriorizam também sua própria forma de brincar. Observe!

• A manipulação dos objetos e das formas ajuda no desenvolvimento motor;

• Os pais devem brincar com seus filhos de tudo aquilo que os agrada pessoalmente e pôr nes sas brincadeiras e interações lúdicas todo o entusiasmo possível.

Diz Sutton Smith (1986):

“Os adultos de hoje foram educados para renunciar às atividades infantis e para serem responsáveis quando crescessem.

No entanto, os pais que não se esquecem de sua própria infância estão mais bem preparados para comunicar-se com seus filhos e ajudá-los em seu desenvolvimento.

(...) Pesquisas mostram que as crianças que brincam mais, tanto sós como em grupos, são mais criativas que aquelas que têm pouca oportunidade de fazê-lo. As crianças que brincam regularmente com outras crianças têm notoriamente menos problemas de ajuste social quando atingem a idade adulta”.

Criança e Natureza

As crianças têm passado muito tempo confina das em ambientes fechados, privadas de movimen tar-se espontaneamente em ambientes abertos e naturais, ao lado de seus pares. Muitas crescem em meio à poluição e ao barulho, hipnotizadas pelas telas, num estilo de vida mais e mais sedentário.

O déficit de natureza na vida de nossas cri anças tem tido um impacto negativo na saúde e no desenvolvimento das crianças.

Importante ressaltar que estamos falando de uma conexão com a natureza possível, isto é, aque

la que está acessível a todos, nos canteiros, jardins, praças, parques, praias e florestas, urbanas e remotas. O desenvolvimento do vínculo afetivo com a natureza na infância é capaz de gerar atitudes sustentáveis. Assim, podemos afirmar que a conexão com a natureza é benéfica para o desenvolvimento da criança e para a saúde do planeta. Saiba mais da importância do contato da criança desde bebê com essa natureza possível: ocomecodavida.com.br/crianca-e-natureza

Link: ocomecodavida.com.br/1591/

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Assista ao trecho do filme O Começo da Vida, e entenda a magia do brincar: Link: ocomecodavida.com.br/brincadeira Veja como a brincadeira está ligada a capacidade de aprendizado da criança:

4.4. Família e rede de apoio

Você provavelmente já ouviu o provérbio africano “É preciso uma aldeia para criar uma criança” (It takes a village to raise a child), não é? Pois bem, para uma parcela significativa da população, essa aldeia se resume a um diminuto núcleo familiar (quando muito) e a alguns amigos e amigas que também precisam se desdobrar e fazer malabarismos com trabalho, filhos/as, estudos e algum lazer.

Mas essa aldeia nunca contou apenas com pessoas para garantir a criação de seus membros mais novos. Ela conta também com uma série de regras e rituais que garantem a segurança e o amparo mínimo para a complexa atividade que é transformar um bebê num adulto saudável (eticamente, inclusive) e capaz de, um dia, levar adiante essa mesma tarefa com outros bebês e crianças.

Olha que interessante! Como já falamos, a nossa Constituição Federal brasileira tem um artigo chamado de Prioridade Absoluta, no qual se material iza esse ditado. Ou seja, é papel não só da família, mas também da sociedade (aqui entra igualmente a iniciativa privada/empresas) e do Estado tratar nos sas crianças com prioridade absoluta. Proporcionando política públicas e privadas que nos permitam exercer nossas funções paternas e maternas de forma possível e saudável.

E essa aldeia é a sua rede de apoio. Por isso é importante entender e conhecer:

• Quais são as leis que lhe dão direitos para exercer a sua paternidade;

• Se sua empresa o apoia;

• Se existe políticas públicas que possam dar suporte a você e sua família, na criação saudável de seus filhos e filhas;

• Projetos sociais próximos que possam também auxiliar, apoiar e enriquecer sua paternidade.

Re de de apoio da comunidade

É um grupo de pessoas que possuem entre si um interesse comum, que mutuamente se apoiam, umas às outras, para conseguirem resolver suas questões no dia a dia.

As mulheres historicamente já fazem isso há muito tempo e fazem bem. Pois em razão de vivermos numa sociedade machista, as mulheres criaram suas redes de apoio para conseguirem exercer as suas maternidades de forma saudável e possível, dentro de uma sociedade que as julgam, e junto com parceiros que não eram participativos.

As redes de apoio podem ter funções bem diferentes, dependendo do momento em que você está na sua parentalidade. Podem exist ir redes de apoio para pais gestantes, ou para recém-nascidos, até adolescentes, uma vez que cada fase, como já mencionado aqui, traz desafios e requer ajudas diferentes.

Há também grupos e redes de apoio com re cortes sociais próprios, como de raça, classes soci ais, ou por características específicas de sua pater nidade, como prematuridade, por exemplo.

Todas são legítimas e têm o papel de ajudar. Por isso sugerimos que busque uma rede de apoio, que pode ser as pessoas mais próximas de vocês como amigos e familiares com quem você possa trocar experiências, dores, dúvidas e alegrias também. Importante igualmente é trocar ajudas, como: aju dar a cuidar, a resolver um imprevisto, trocar obje tos, roupinhas e utensílios que não usam mais, etc.

Conheça mais de 129 iniciativas espalhadas pelo Brasil que tratam sobre a temática masculinidades e, dentro delas, existem várias que tratam especificamente sobre Paternidades. papodehomem.com.br/transformacao-homensmasculinidades-projetos-iniciativas-pessoas E se ficou entusiasmado para criar dentro da sua comunidade, família ou empresa, um grupo de homens/pais e uma rede de apoio, saiba como fazer com passo a passo: papodehomem.com.br/ como-articular-um-grupo-de-homens-guia-basico

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Parabéns!

Revisão

Aline Kammer Bevilaqua Adir de LimaLeandro Ziotto e Daniel Lima
Autores
Design Promundo, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Criança Segura, Ministério da Saúde, NCPI, Instituto Alana e MenCare A Global Fatherhood Campaign Parceiros de ConteúdoProdução e Coordenação Apoiador Realização
Você terminou o Módulo 4 do nosso curso e está mais próximo de exercer uma paterninade mais humana e responsável. Você encontra o Módulo 5 em nossa plataforma de ensino à distância! Vamos lá!

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