Jornal da Escola S/3 S. Pedro - 402874 - Vila Real 2ª edição
Ano XIII
Ano Letivo de 2012/2013
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Editorial Este final de ano letivo representa um final de ciclo: os órgãos que superintendiam a vida desta comunidade escolar terminaram os mandatos. A Direção Executiva foi reconduzida para um mandato de mais 4 anos. Ocorreram eleições para o Conselho Geral o que trouxe algumas alterações à sua composição. Surgiu o departamento de Ciências Experimentais, constituído pelas disciplinas de Ciências Naturais, Biologia e Ciências Físicoquímicas. Há dois novos coordenadores e, em alguns casos, novos representantes de grupo disciplinar. É a democracia a funcionar. Faltam ainda os resultados dos exames para se proceder ao balanço final deste ano letivo. São tempos conturbados aqueles que vive a Educação em Portugal. A política de austeridade imposta ao setor está a desencadear ondas de contestação e formas de intervenção que alteram a vida nas escolas. Seria bom que se chegasse, o mais célere possível, a um entendimento entre o Ministério e os sindicatos. É sempre melhor resolver os problemas pela concertação. As atitudes irredutíveis tendem a extremar posições e a dificultar a via negocial. A bem da educação, uma das maiores conquistas democráticas, que este impasse tenha um rápido e satisfatório desfecho. A Direção
Inês Leandro - 8º A
Esta bela ilustração resulta da persistência na “cruzada” de dar força anímica aos Portugueses e contribuir para melhorar a sua autoestima, como povo, como nação. Os alunos do 8º ano (8º A - 8º C - 8º D - 8º E e 8º H) , nas aulas de Educação Visual, lecionadas pela Professora Carla Fonseca, aceitaram o repto de ilustrar o conceito “Gostar de Portugal”. Aqui reproduzimos um desses trabalhos. A Inês Leandro deu-nos a sua perceção do país, recorrendo ao passado e à tradição, alguma reinventada, na atualidade: Amália Rodrigues - guitarra portuguesa - Fernando Pessoa - Galo de Barcelos filigrana - Universidade de Coimbra, ... e, ao presente: ponte 25 de abril, fundo que lembra as estações do metro e Cristiano Ronaldo. A boca amordaçada é uma chamada de atenção para esse bem precioso e recente, 39 anos, que é usufruir a liberdade. O cacilheiro, do cabeçalho, é uma homenagem ao da Joana Vasconcelos que está a divulgar Portugal, na laguna de Veneza. Não há como a lucidez dos jovens para nos ajudar a pôr as ideias no lugar e a redimensionarmos a importância e a prioridade das coisas. A Coordenação
O Broas02
Gostar de Portugal
Gostar de Portugal é uma paixão, Basta lembrar o verde Marão Ou, então, outras paisagens daquelas que têm muitas ramagens Ou, ainda, as belas plumagens Dos alegres passarinhos. Ou talvez a música do Português E, também, do mirandês, A pronúncia de um lisboeta, A beleza de uma borboleta E de uma tal estatueta
Portugal, Portugal…!
Que sorri no meu caminho.
Gosto muito, muito de ti!
Tantos sabores do meu país
És o país onde eu nasci
Que me deixam orgulhosa e feliz.
És o sorriso que me alegra,
Os monumentos construídos,
E o calor que me aquece,
Os descobrimentos vividos.
Gosto de te sonhar.
Vi, observei, admirei e descobri
Quando vou viajar
Que afinal, eu gosto de Portugal.
Anseio por regressar.
Joana Fraga | 7º B
Gosto de te desenhar As tuas paisagens colorir. Lamento que estejas em crise Muitos Portugueses desempregados, Mas a doçura do teu clima, O aroma dos teus jardins e florestas, Ajudam a ultrapassar os maus bocados. Com mais frequência deves procurar Envolver o teu povo num abraço Como uma Mãe ao filho no regaço para afastar o “bicho-papão” E iluminares todo e qualquer coração! Joana Morais | 7º B
O Broas03
Gostar de Portugal
Joana Fraga | 8ยบ H
O Broas04
Gostar de Portugal
Gostamos de Portugal Gostamos de Portugal sem restrições e em todas as estações. Viver num país com quatro estações é menos monótono e mais divertido do que viver num país que só tem duas versões.
Na primavera temos o Marão e o Alvão carregadinhos de flores, cores e odores. Os jardins de Vila Real ficam alegres, coloridos, bonitos. Há flores de mil cores e muitos amores. Há dias em que os casacos ficam em casa, sentimo-nos mais leves, apetece seguir os passarinhos nos seus voos atarefados. Observar as andorinhas pequeninas a aprenderem a voar é melhor que um bailado, ou melhor: é um bailado. As tílias em flor perfumam a cidade com suavidade. Os dias espreguiçam-se e duram mais umas horas, tudo para nos alegrar e encantar. Sabem-nos agradar. No verão temos calor e langor e temos a espreguiçadeira, que nome extraordinário para uma cadeira, para ao sol, ou à sombra, deixar o tempo fluir. Podemos dormir, dormir, não há horários escolares para cumprir. Uns vão para a praia “batalhar” com as ondas do mar, engolir pirolitos e, por vezes, ficar aflitos. Lá está o nadador-salvador, o rapaz mais bronzeado, para a todos acudir. Outros preferem o campo, o mundo rural, mais tradicional. Há romarias, procissões e algumas confusões. Há um fervilhar de gente, que vem do estrangeiro, visitar Portugal e a sua beleza natural, que não tem igual. Ficam apaixonados e extasiados. No outono regressam a chuva, o vento e o frio. Há quem goste e quem não goste. É bom vestirmos o casaco fofo que nos acaricia e que já há muito tempo não nos via, nem sentia. As árvores despem-se, ficam nuazinhas, a tremelicar, coitadinhas. Vamos fazer camisolas, de todas as cores, para lhes vestir. Vão parecer o arco-íris. Vão ser mais felizes, podem crer. Livros novos, colegas novos e novos professores, a maioria são uns amores, chegam nesta estação à nossa vida e não estão de partida. Só no verão se vão. São tantas as novidades que andamos em alvoroço e com dores no pescoço. Não vamos continuar, a inspiração está a acabar. No inverno temos o Natal e ponto final. Não, há muito mais para lembrar. A nossa cidade gosta de se vestir de noiva, coberta por um longo e branco manto. Em muitos lugares do Mundo não há cidades assim. É ruim. Para eles, não para mim! Há no ar o cheiro quente e aconchegado da lenha a arder, nas lareiras e fogueiras. As castanhas assadas também são perfumadas. Os outros animais hibernam, nós recolhemo-nos mais cedo. Uma torrada dourada, uma caneca de chocolate quente e espesso, uma televisão, quem resiste à tentação? Nós não, é uma perdição! Há gorros giros nas cabeças que se cruzam nos corredores, sem temores. Vamos fazer o dia do gorro e eleger o mais original, que tal? Andamos de nariz tapado para que não fique congelado. Quando chega o Carnaval sabemos que o frio está a amansar e o inverno a acabar. Voltamos à primavera e à beleza que encerra e nos espera. Viva Vila Real! Viva Portugal! Alunos do 9º G
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Gostar de Portugal
Mariana Santos | 8ยบ H
O Broas06
Gostar de Portugal
Gostamos de Portugal com os Cinco Sentidos Vista ou Visão - Em Portugal não faltam obras de arte, da Natureza ou humanas, para serem admiradas e encherem os olhos de beleza e alegria. Há muito para escolher e para todos os gostos: mar - rios - montanha - planícies… As obras de arte humanas que merecem ser admiradas espalham-se por todo o país, algumas estão guardadas, como tesouros que são, em museus, fundações, igrejas… Vale a pena descobri-las. Vai! Cheiro ou Olfacto - São tantos os aromas agradáveis que se sentem neste país! O cheiro denso da giesta e urze que cobrem os montes. O aroma da relva cortada e das flores na primavera, da terra molhada e da fruta madura no verão, das folhas no outono, das castanhas assadas e da lenha a arder no inverno. O Natal cheira a canela e a Páscoa a folar. Cada região possui uma identidade, um património de cheiros, mas em todas elas há: o aroma do pão acabado de cozer, dos bolos, das iguarias e petiscos culinários… No litoral, o cheiro da maresia é o mais agradável. O odor dos lençóis perfumados com alfazema, do sabonete fabricado em Portugal, dos livros novos quando começam as aulas… Fecha os olhos e inspira o aroma de que mais gostas. Ouvido ou Audição - Ouvimos muitos e variados sons ao longo do dia, selecionámos os que nos fazem felizes. São tantos: o nosso nome dito pela pessoa que amamos, o bom dia sorridente de quem conhecemos, ou de um desconhecido, uma canção cantada em Português, o som da guitarra portuguesa, o som das ondas a desfazerem-se na areia, ou a baterem nos rochedos, o canto de um riacho, do rouxinol, da cotovia, o vento nas árvores… Ouve e vais gostar. Gosto ou Paladar - Podes escolher doce ou salgado, também podes misturar. O sabor de uma fofa torrada logo pela manhã. O gosto do sumo de uma laranja algarvia, do marisco, da canja de galinha caseira, do arroz de favas, dos enchidos e queijos portugueses.. Os estrangeiros adoram a nossa gastronomia. Tanta delícia, mas nada, mesmo nada, supera o sabor da comida feita pela nossa mãe. Tacto ou Palpação - O toque suave e aveludado de um pêssego maduro. Um beijo bem sonoro na bochecha de uma criança, um abraço a um amigo, ou namorado, ou namorada, o toque nas pétalas de uma flor ou no tronco rugoso de uma árvore. O contacto com a água do mar ou do rio frio de arrepiar no norte e mais quente no sul. A brisa que faz o cabelo acariciar-nos o rosto. Tantas emoções!
Alunos do 7º E e 7º H
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Gostar de Portugal
Cristiana Almeida | 8ยบ H
O Broas08
Gostar de Portugal
Festejar abril Pessoas lutadoras e audazes Há muitas em Portugal Trabalham, resistem a tudo, não existe povo igual.
O que em Portugal me encanta É, de suas gentes, a valentia, Sua força e coragem Para enfrentar o dia-a-dia.
Américo Monteiro | 7º H
Andreia Rainho | 7º H
João Espinheira | 9º G
Portugal é amor Portugal é revolução Portugal é coragem Portugal é Nação! Catarina Dinis - 9º A
Portugal é esperança Portugal é epopeias Portugal é um belo país Que nos corre nas veias.
Carolina Salgueiro | 9º A
O meu país está em crise Quero encontrar uma solução Porque amo Portugal Está sempre no meu coração. Miguel Carvalho | 7º E
Vicente Silvestre |7º B
Polina Milashevych | 9º F
Meu país é Portugal Teve vitórias e derrotas Tudo conseguiu ultrapassar não uma, mas muitas “aljubarrotas”. Nadine Peixoto - 7º E
Gosto de Portugal porque sim Gosto de Portugal por me fascinar Portugal faz parte de mim Sempre o irei amar. Albano Moura | 9º A Cláudia Oliveira | 9º A
Diogo Costa | 9º G
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Gostar de Portugal
Joana Guerra | Sofia Correia | 9ยบ D
O Broas10
Perspetivas de Portugal
Um Outro Olhar Ana Cristina Ribeiro Gonçalves de Oliveira - 41 anos de idade naturalidade Trevoux (perto de Lyon) - França - nacionalidade francesa - vive em Portugal há 21 anos. Mãe e encarregada de educação das alunas Diana Oliveira do 7º D e Cláudia Oliveira do 9º A. A decisão de vir viver para Portugal, em primeiro lugar, não foi minha, foi uma decisão do meu pai, devido a uma doença. Eu só vinha nas férias. Apaixonei-me por um português que não gostou de viver em França e vim viver definitivamente para Portugal. De França gostava da grande variedade de povos: árabes, judeus, espanhóis… tenho um carinho especial pelo país onde nasci e passei a minha infância e adolescência. Portugal é o país onde, por amor, decidi viver e constituir família. Gosto da cultura, paisagens, gastronomia e, sobretudo, das pessoas. Os Portugueses são simpáticos, têm sentido de humor. Não pensam apenas no trabalho e na casa, mas também na afetividade. No momento atual são obrigados a pensar mais nos encargos e a fazerem mais contas. Comparando os dois países, considero que em França, enquanto lá vivia, o nível de vida era superior, os salários eram mais altos, assim como os subsídios e apoios sociais, como o abono de família. Agora, nem Portugal nem a França estão bem, mas os salários continuam mais altos em França. Voilá!
Yelena Milashevych - 45 anos de idade - naturalidade Smolensk (Rússia) - nacionalidade ucraniana - vive em Portugal há 12 anos licenciatura em Engenharia Alimentar - Mãe e Encarregada de Educação da aluna Polina Milashevych do 9º F. Vim para Portugal porque o meu marido emigrou para cá. Preferia, por motivos afetivos, tenho lá grande parte da minha família, viver na Rússia. Os Portugueses são simpáticos, amigáveis, fanáticos por futebol, apaixonados pela sua gastronomia. Em Portugal gosto sobretudo das paisagens naturais, mas também aprecio a arquitetura e o artesanato. É um país muito belo. Falando do momento atual do país, penso que o nível de vida na Rússia é melhor que em Portugal, mas se compararmos com a Ucrânia, Portugal está melhor. O problema maior de Portugal é o défice, que é muito elevado. Não tenho uma visão positiva da recuperação económica e financeira do país. Penso que as dificuldades se vão arrastar pelos próximos cinco anos, pelo menos.
O Broas11
Perspetivas de Portugal
Um Outro Olhar António José Assunção Lourenço - 14 anos - naturalidade Zurique - cantão de Turgan - Suíça - reside em Portugal desde os 9 anos de idade. Conhecia Portugal de passar cá as férias, os meus pais eram emigrantes na Suíça. O sistema de ensino é muito diferente, há menos alunos por turma, só há aulas de segunda a quinta-feira. Às sextas-feiras não há aulas, mas atividades, por exemplo: aprender a cozinhar - educação física - aprender música - fazer trabalhos manuais… A escola lá é mais complicada e difícil, tinha aulas de manhã e de tarde e a língua do cantão onde vivia era o alemão. Gosto mais de falar português, é mais fácil e agradável. A gastronomia suíça é à base de salsichas, eu gostava, até tenho saudades, mas as nossas francesinhas são melhores. Eles têm bons chocolates, mas são muito caros. Os bolos da pastelaria portuguesa são mais saborosos e baratos. Gosto de viver cá, mas gostava de ir visitar a cidade onde cresci. Nunca mais voltei. Já vivo em Portugal há cinco anos.
Thaissa da Silva - 16 anos - naturalidade Rialma - Estado de Goiás Centro-Oeste do Brasil - reside em Portugal desde fevereiro de 2010. Antes de vir para cá, não sabia praticamente nada de Portugal. Não gosto do frio, no Brasil faz sempre calor. Os estudos aqui são mais exigentes e eu tenho muitas dificuldades em entender o que é ensinado. Sei que aqui se vive melhor. Só em Portugal, a minha mãe conseguiu comprar o nosso primeiro computador. Gosto dos meus amigos, de sair com eles e andar pelas ruas ou, no verão, ir às piscinas. Ter vindo para Portugal permitiu que eu andasse, pela primeira vez, de avião, conhecesse Goiana, uma cidade grande do meu Estado e, outra ainda maior, a capital política do meu país, Brasília. Gostei de conhecer o Palácio do Planalto e a Catedral Metropolitana que foram criados por um grande arquiteto brasileiro, conhecido a nível mundial, Oscar Niemeyer, que morreu, recentemente, com quase 105 anos de idade. Em Portugal já conheci várias cidades, Mirandela e Porto foram as que mais gostei. Foi aqui que fui pela primeira vez à praia, em Aveiro. No Brasil vivia no interior, não tinha praia. Gosto de Portugal, mas gostava de voltar para o Brasil. Tenho muitas saudades do meu pai adotivo que continua a viver perto da cidade onde eu cresci. O meu irmão quer ficar cá, a minha mãe está indecisa, eu queria regressar à minha cidade, ao meu país, lá longe, no Atlântico sul.
O Broas12
Conhecer a Escola e as Pessoas
Novo Conselho Geral O Conselho Geral de Escola é constituído por 21 elementos, dos quais, sete são representantes dos docentes e dois do Pessoal não Docente. Na quarta-feira, dia 12 de junho, decorreram os atos eleitorais para eleger os representantes dos professores e dos funcionários administrativos e assistentes operacionais. Para a eleição dos representantes dos docentes surgiram duas listas. A lista A elegeu 5 representantes e a Lista B 2 representantes. Para a eleição do pessoal não docente surgiu uma Lista. Curioso, das nove pessoas eleitas, sete são mulheres. O Broas colocou duas questões às professoras, cabeça de lista e às funcionárias eleitas: - Quais os motivos que a levaram a candidatar-se? - Quais são os objetivos que tem para o mandato de quatro anos?
Eis as respostas: Jesuína da Conceição da Silva Matos Marinho - 52 anos - 27 anos de serviço, todos nesta Escola. - O atual representante dos funcionários administrativos, Luís Gomes, vai aposentar-se e os meus colegas incentivaram-me a candidatar-me ao cargo. Consultei a família, refleti e resolvi avançar para este novo desafio. - Conheço a legislação que regula o funcionamento do Conselho Geral e considero que é um órgão muito importante para o normal funcionamento das escolas. Serei um dos dois elementos que representam o Pessoal Não Docente. Pretendo contribuir para uma Escola cada vez melhor e defender os direitos dos meus colegas e lutar pela dignificação do trabalho dos funcionários públicos.
Maria Antónia Venâncio Guedes de Matos - 50 anos - 20 anos de serviço, todos nesta Escola. - O Senhor Meireles, atual encarregado dos assistentes operacionais e seu representante no Conselho Geral, não se candidatou porque aguarda a passagem à reforma. Insistiu comigo para eu me candidatar. Aceitei. - Não sei muito sobre as funções do Conselho Geral. Sei que as reuniões são muito longas. Sei que vou representar os meus colegas de trabalho, fazer ouvir a sua voz quando for necessário, ajudar a encontrar soluções para os problemas que forem surgindo. Vou esforçar-me ao máximo, dar o meu melhor.
O Broas13
Conhecer a Escola e as Pessoas
Elsa Maria Abrantes Teixeira Rebelo - 56 anos - 36 anos de serviço - 12 anos nesta Escola - Professora de Geografia. - Candidatei-me para dar continuidade ao trabalho iniciado há 4 anos, pelo Conselho Geral que, no final deste ano letivo, cessa funções e do qual faço parte. Acredito no projeto que está a ser desenvolvido, aliás, a Lista que eu encabecei era constituída com as mesmas pessoas do Conselho Geral em vigor, apenas entraram três novos docentes porque, devido ao pedido de reforma, há três professores que não quiseram recandidatarse. O novo Conselho Geral vai ser renovado com três novos docentes: um da Lista A, a professora Henriqueta Rua e as duas professoras, Ana Edite Cunha e Carmen Carvalho, eleitas pela Lista B. As funções do Conselho Geral são vastas: deliberar, em determinados assuntos, moderar, supervisionar e apoiar a Direção Executiva na sua tarefa de gerir a Escola. É o único órgão, nas escolas, em que estão representados todos os intervenientes do processo educativo . - Quero contribuir, assim como os meus colegas eleitos, para um bom ambiente de trabalho. Queremos que todos os elementos da comunidade educativa se sintam bem e gostem de aqui estar, sejam alunos, professores, funcionários ou encarregados de educação. Essa premissa é um dos pilares fundamentais para construir o sucesso dos alunos, tanto a nível cognitivo, como a nível da cidadania. É preciso, cada vez mais, formar cidadãos esclarecidos e proativos. É desse tipo de cidadãos que o nosso país e a nossa democracia precisam. Ana Edite Rua Miguel Cunha - 51 anos - 28 anos de serviço - 22 anos nesta Escola - Professora de Ciências Físico-químicas. - Tomei a iniciativa de formar uma Lista, que elegeu dois elementos, porque acho que tenho capacidade de trabalhar em equipa e de contribuir com as minhas ideias e conhecimentos para que o processo ensino/aprendizagem seja o melhor possível. - O objetivo que considero fundamental é melhorar e otimizar a ligação da Escola com a comunidade em que se insere. Deve, por exemplo, investir-se numa aproximação maior entre a Escola e as empresas locais para promover a empregabilidade dos nossos alunos, em particular, os que frequentam os cursos profissionais. As escolas têm a obrigação de formar profissionais/técnicos nas áreas em que eles faltam. Penso que, assim, a Escola contribuiria, de modo mais eficaz, para o desenvolvimento económico, para a fixação de jovens e luta contra a desertificação humana. Pertencer ao Conselho Geral vai permitir-me agir, mais incisivamente, para concretizar ideias.
O Broas14
Matemática
Jogos Matemáticos - 9º Campeonato Nacional Perto de 1700 alunos, provenientes de 350 escolas de todo país (continente e ilhas) estiveram presentes na Arena de Évora para disputarem o 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, no dia 1 de março de 2013. Nesta competição, a nossa Escola participou com seis alunos: três alunos do 3º ciclo e três alunos do Ensino Secundário, nos jogos de tabuleiro conhecidos por HEX, Avanço, Rastros e Produto. De manhã, decorreram os torneios de apuramento. O vencedor de cada grupo de doze alunos era selecionado para a final. Dois alunos da nossa Escola, o Guilherme Varela, do 8º E, e Bruna Cruz, do 9º H, foram apurados. De tarde, decorreram as finais. O Guilherme Varela, do 8º E, no jogo Avanço alcançou o 5º lugar e a Bruna Cruz, do 9º H, no jogo HEX, ficou em 8º lugar. Estas competições são um espaço privilegiado para a promoção de atividades extracurriculares de grande nível intelectual e que fomentam o prazer de pensar. Estes jogos são muito bem escolhidos e concebidos, são jogos abstratos que desenvolvem competências cognitivas como: a lógica, o raciocínio, a visualização espacial, a concentração, ... A participação da Escola S/3 S. Pedro contou com o apoio financeiro da Caixa Geral de Depósitos, Caixa de Crédito Agrícola, assim como com a colaboração da Direção da Escola. Elisabete Fernandes | Professora responsável pelo Projeto
“A minha participação neste campeonato nacional permitiu-me conhecer alunos de todo o país e a histórica cidade de Évora. Adorei a experiência.” Guilherme Varela | 8º E
“Foi uma grande responsabilidade representar a Escola neste campeonato nacional. Foi enriquecedor, educativo, divertido, diferente… Aprendemos muito.” Bruna Cruz | 9º H
O Broas15
Ida ao Teatro - Auto da Barca do Inferno
Visitar Mestre Gil O estudo de O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, faz parte do programa da disciplina de Português do 9º ano. Embora já tivéssemos ouvido algo sobre a peça e sobre a obra, nunca pensámos que fosse tão interessante e divertida! Quarta-feira, 13 (?!) de março, os alunos do 9º F, assim como outras turmas de nono ano, tiveram a excelente oportunidade de assistir ao Auto da Barca do Inferno representado pela Companhia de Teatro Filandorra. Foram bons momentos, que nos motivaram a estudar a obra com mais entusiasmo! Gostámos desta peça de teatro! Os encenadores conseguiram transformar uma composição teatral com mais de 500 anos em algo contemporâneo, adaptado aos tempos que correm e relacionado com os jovens. Ainda não estudámos a peça, mas surpreenderam-nos as cenas ousadas e provocantes, descobrimos, em algumas palavras, dimensões e significados completamente novos. A nossa personagem favorita foi Joane, o parvo. Era um parvo que dizia grandes verdades. Não era tão parvo como isso! Este auto faz rir, mas também nos faz pensar nas nossas ações e suas consequências. Todos, com exceção do parvo e dos cavaleiros, não tiveram vidas honestas, preocuparam-se com os bens materiais e não se importaram de explorar e enganar os outros. Graças ao seu lado atrevido, divertido e diferente das obras normalmente estudadas, captou a atenção e as gargalhadas dos jovens e dos professores durante toda a peça! Todos os atores estiveram muito bem. Ao contrário do que costuma acontecer, todos gostaram! Assim ficámos conquistadas e queremos ir mais vezes ao teatro. Texto | Maria Magalhães e Rita Pereira | 9º F Ilustração | Cristiana Fernandes | 9º F
O Broas16
Viver e Conhecer a Nossa Terra
Biodiversidade de Vila Real na mira das objetivas O Município de Vila Real criou um concurso de fotografia sobre o Património biológico do concelho em parceria com o Museu do Som e da Imagem. A participação na 1ª edição decorreu até 9 de novembro de 2012 e estava aberta a todos os que estivessem interessados. Os temas a concurso eram: fauna, flora e paisagem local para promover o enorme património do concelho de Vila Real nestas áreas. A inauguração da Exposição dos trabalhos selecionados e a entrega de prémios foi no dia 20 de março, pelas 21h 30m, no Museu do Som e da Imagem. O Júri era composto por 5 elementos - três fotógrafos do Wild Life Photography: Luís Quinta, João Cosme e Armando Caldas, um representante da Câmara Municipal de Vila Real e um representante do Museu do Som e da Imagem. O prémio para o 1º lugar foram 500 euros, para o 2º lugar 250 euros e para o 3º lugar 100 euros. O Pedro Silvestre, aluno do 10º D, obteve o 1º prémio na categoria de mamíferos com a fotografia Visão em que captou uma vaca maronesa. Felicitámos o vencedor e pedimos-lhe para nos esclarecer sobre o contexto em que surgiu esta fotografia e as emoções de ter ganho o 1º prémio. “Foi tirada no dia 15 de setembro pelas 11h 10m, numa caminhada matinal e familiar por Lamas de Olo. Não sabia, na altura, do concurso. Fiz o que mais gosto de fazer - fotografar a Natureza. Para conseguir este plano tive que me deitar completamente no chão e recebi comentários do exterior, mas valeu a pena. A fotografia tem-se revelado algo de muito inspirador na minha vida, proporciona-me momentos bons, não só a mim mas também aos outros. Comecei a fotografar há um ano, motivado pelos registos da Natureza que ia vendo na Internet e na televisão. Fui aprendendo e aperfeiçoando a técnica. Para mim, a fotografia é a capacidade de comunicar algo através de uma imagem que transmite a minha visão do Mundo que é interpretada, de modo diferente, por cada observador/leitor. Esta fotografia exprime a visão de um animal sobre o Mundo, uma silhueta de preto rodeada de branco com jogos de sombras da maronesa. Quando recebi o e-mail a informar que tinha vencido a categoria fiquei completamente boquiaberto... não queria acreditar! Tive de abrir e fechar 3 vezes o email para acreditar e, só depois, fui dizer aos meus pais. Fiquei muito feliz, tal como eles. Admiro um grande leque de fotógrafos de diferentes estilos, em especial todos os que publicam na National Geographic, um sonho… Um grande fotógrafo, que não é profissional, mas que me ensinou e que sempre me ajudou é o meu tio. Em Portugal, existem grandes fotógrafos, alguns muito jovens, mesmo em Vila Real. Um exemplo é o recentemente premiado Daniel Rodrigues, num dos maiores concursos de fotografia a nível mundial. Outro é o Joel Santos, mas há mais, muitos mais”. A Matilde Pereira, aluna do 10º C, também concorreu e viu duas das suas fotografias: a Flor do Cardo e Paisagem serem selecionadas para a Exposição. Parabéns aos dois!
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Viver e Conhecer a Nossa Terra
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Conhecer o Passado e o Presente da Escola
Maurício Penha - sabe quem é? A Escola S/3 S. Pedro tem o raro privilégio de possuir uma escultura de Maurício Penha, escultor duriense, natural de Sanfins do Douro. No ano em que se comemora o Centenário do seu nascimento, a Fundação Casa-Museu Maurício Penha, com sede na casa em que o escultor viveu, em Sanfins do Douro, está a promover diversas atividades para divulgar a sua obra. Pediu a colaboração da Escola, pelo facto do escultor ter aqui dado aulas, em 1962, e ter oferecido a escultura A Menina a Ler, à Escola. Alunos do 3º ciclo elaboraram trabalhos de desenho de observação da escultura sob a orientação da professora Leonor Ribeiro e produziram textos a ela alusivos sob a coordenação da professora Rosalina Sampaio. No dia 4 de abril, o Presidente da Direção da Fundação Casa-Museu, José Carlos Boura, Olinda Santana, docente da UTAD, do Departamento de Línguas, que vai fazer o inventário da obra do escultor, a Direção da Escola, professores e alunos participaram numa homenagem que integrou uma exposição dos trabalhos realizados. Duas alunas, a Bárbara Lachado e a Cristiana Fernandes, do 9º F, leram um dos textos sobre a escultura na qual foi depositado um ramo de flores.
A uma Menina que habita os nossos dias No jardim da nossa Escola, vive uma menina discreta, serena, bela… O seu semblante harmonioso foi sendo polido e suavizado pela chuva e pelo vento. Tudo aguenta sem se queixar: o frio rigoroso do inverno, o sol impenitente do verão. Todos os dias, há muitas décadas, os alunos passam por ela ao entrarem e saírem da Escola. Será que já a viram? Será que o seu olhar já pousou, já se demorou na sua figura perfeita? Não sei! Sei, no entanto, que a sua presença suscita em mim muitas questões e curiosidade. Como se chama? Que idade tem? Que livro lê? Gosta de quê? Que sonhos sonha? Observo-a e procuro resposta para as perguntas que me invadem o pensamento. Gostaria de lhe dar um nome. Maria, talvez… A idade não importa, é intemporal como o granito em que foi esculpida. Jovem para sempre! Interessante seria conversar com ela sobre livros. Conhece, como ninguém, o livro que tanto lê. Será Tolstoi? Camões? Fernando Pessoa?... Podia sugerir-lhe outras leituras, Banda Desenhada, porque não? Gosta das conversas que vai ouvindo ou prefere o chilrear dos passarinhos? Gosta do movimento dos dias de aula ou prefere o sossego das férias e domingos? Gosta do lugar que ocupa no jardim ou prefere um lugar mais calmo?... O que sonham os seus olhos? Ganhar vida e deixar de ser menina de pedra? Conhecer a cidade onde vive? Partilhar o voo dos pássaros? Vestir-se de flores todas as primaveras? Vestir uma saia rodada e uma blusa de folhos? Molhar os pés num regato? Poder correr, brincar com os alunos? Não sei, o seu olhar guarda segredos infindos! Gostava, nos dias ensolarados, de me encostar a ela, à tardinha, e sentir o calor do sol que generosamente guardou e a ilumina. Obrigada, escultor M. Penha, pela beleza desta obra. O seu nome e talento perpetuam-se nela. Rosalina Sampaio | professora
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Conhecer o Passado e o Presente da Escola
Afirmo, com toda a sinceridade, que nunca olhei “com olhos de ver” a grande escultura que existe na entrada principal da Escola. Todos os dias passo por ela, pelo menos, duas vezes. Penso, porém, que partilho esta “indiferença” com muitos outros alunos. Tento lembrar-me dos pormenores que encerra e não é fácil. É uma menina/mulher com suaves traços faciais, cabelo curto, sentada no meio de uma estrela feita de buxo. Lê um livro sem descanso, nunca levanta o olhar. A sua atitude e a presença do livro representam, para mim, o estudo, simbolizam a sabedoria. Recorda a importância do esforço, do trabalho e do estudo. Diz que aqui é a casa do saber! Mafalda Viseu – 9º A
É difícil passar pela Escola S/3 S. Pedro e não reparar na bela escultura que embeleza a entrada. Ela é parte integrante da História da Escola. É uma menina que já ultrapassou os 50 anos. O seu criador, o escultor Maurício Penha, foi aqui professor. A menina retrata os estudantes desta Escola: os que aqui estudaram, os que estudam e os que estudarão. Não haverá muitas escolas no país que tenham o privilégio de possuir uma obra de arte da escultura portuguesa. Devíamos olhá-la com mais atenção e carinho. É bonita! Rita Pereira | Marcus Coelhoso | 9º F
Certa manhã, um senhor distinto, Maurício Penha, passeava numa pedreira, procurando inspiração para a escultura que lhe tinha sido encomendada pelo Diretor de uma Escola de Vila Real. Pesquisando, encontrou o bloco de granito claro que lhe interessava. No conforto da sua casa, concebeu os esboços para realizar o trabalho. É preciso dedicar atenção a cada traço e buscar a harmonia. O bloco de granito foi modelado pelo cinzel e saber do escultor. Num momento de cansaço, ouve uma voz, descobre, com estranheza e espanto, que ela provém da obra que está a executar. É uma voz doce de menina que faz alguns pedidos/exigências: “Se vou passar a eternidade no mesmo sítio, por favor, não quero estar de pé, vou cansar-me. Dá-me uma atividade para fazer, não quero aborrecer-me. Dá-me um livro! Outra coisa - não gosto de cabelos compridos. Não te esqueças que gosto de estar rodeada de árvores. Um jardim era o local ideal. Gostaria, ainda, de ter crianças e jovens por perto.” O escultor sossegou-a e disse-lhe que ela iria ficar na Escola S. Pedro. Ficou feliz! Ana Rita Teixeira | Hugo Domingos | 9º F
O Broas20
España Tan Cerca
Conócete a ti mismo Es esta afirmación/consejo de Sócrates, filósofo ateniense del siglo V a.C., escrita en más de veinte lenguas, que nos recibe y nos invita a entrar y descubrir la Casa del Hombre, en La Coruña. Seguimos las palabras de Sócrates y fuimos a la descubierta de nosotros y de los demás. ¡La Casa del Hombre es un lugar estupendo! En ella podemos viajar y conocer el ser humano a nivel fisiológico y psíquico. La interactividad de la exposición lleva a una gran participación de todos los que visitan, hay dinamismo en el aprendizaje, somos atraídos por los botones, las luces, los olores, los sonidos… Comer delante de la inmensa bahía que el Atlántico y la Tierra dibujaron es un privilegio que los alumnos del 9º curso (3er curso de la ESO, en España) y sus profesores pudieron disfrutar, en las mañanas de los días 14 y 15 de marzo. El Centro Gallego de Arte Contemporáneo, en Santiago de Compostela, reavivó el orgullo de ser portugués, pues está instalado en un edificio proyectado por Siza Vieira, arquitecto portugués con obra diseminada por todo el Mundo. La terraza es fenomenal. Siza Vieira intentó y consiguió recrear los contornos laberínticos de la arquitectura medieval de la ciudad, al mismo tiempo, abre el edificio a la ciudad concediendo a todos los que lo visitan una vista aérea del burgo, donde se podían ver los campanarios, las iglesias y, el exlibris, la catedral. La pirámide con espejos tuvo mucho éxito. La exposición de Miguel Palma, artista portugués con interés por la ciencia y la tecnología fue una descubierta. Inventó máquinas y artefactos buscando desmontar aparatos, ruidos… Muy interesante. El recorrido, por las calles medievales (“rúas”, en gallego) hasta la catedral fue agradable y fácil, había que seguir la concha dorada (“vieira” en gallego), símbolo de los peregrinos de Santiago. La catedral, por su belleza y riqueza vale todas las visitas. Regresamos con el alma y los sentidos llenos de tantas y hermosas emociones y saberes. Texto - Rosalina Sampaio | Traducción del texto original | Sílvia Meireles
Opiniones personales: Me gustó mucho el viaje, ¡fue el mejor de siempre! Liliana Soares | 9º D
Me gustó mucho el viaje, fue muy interesante y las personas españolas son muy guapas y simpáticas. Bárbara Pereira - 9º E
Yo pienso que este viaje ha sido encantador y muy enriquecedor. Pudimos practicar nuestro español, estar en contacto con la gente española, sus tradiciones y costumbres. Además de eso vimos monumentos conocidos internacionalmente y con gran valor cultural, como la Catedral de Santiago. Rita Pereira | 9º F
Este viaje ha sido muy interesante. Hemos conocido muchos lugares que representan la cultura española (como la catedral de Santiago). Nunca olvidaré este viaje, ha sido un poco fatigante, pero como he estado con mis amigos, ha valido la pena. Maria Magalhães | 9º F
Me gustó mucho la visita, pues era la primera vez iba a España. ¡Fue estupendo! Diogo Costa | 9º G
Evalúo el viaje en 10, pues pienso que el viaje es muy importante para nuestro aprendizaje. Me ha gustado mucho el Museo Domus, pues me gusta mucho la ciencia. João Paulo Queiroga | 9º G
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Museo Gallego de Arte Contemporáneo - Santiago de Compostela Exposición del artista portugués Miguel Palma.
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O Mundo dos Livros
Plano Nacional de Leitura As Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira foi a obra de leitura obrigatória para a fase escolar do concurso, deste ano letivo, promovido pelo Plano Nacional de Leitura para o 3º ciclo do Ensino Básico. Realizado o teste de escolha múltipla, sobre a obra, foram apuradas, para a fase distrital, as alunas: Catarina Gonçalves, do 8º B; Sara Gama, do 8º D e Rita Salgado, do 9º D. Para a fase distrital tiveram que ler O Mundo em que Vivi, de Ilse Losa e Constantino guardador de Vacas e de Sonhos, de Alves Redol. A fase distrital decorreu em Montalegre, no dia 23 de abril. As alunas gostaram de participar e lamentam não terem sido apuradas para a fase nacional. Não foi desta vez. Paciência! Para o mesmo concurso, os alunos do Ensino Secundário tinham que optar pela leitura de Os Capitães da Areia, de Jorge Amado ou O Velho que Lia Romances de Amor, de Luís Sepúlveda, para a fase escolar. Os alunos apurados Helena Souto, João Cabral e João Jordão, todos do 12º D, leram o segundo porque o primeiro já o tinham lido. Para a fase distrital que decorreu no mesmo dia e localidade que a do Ensino Básico, tinham que ler, obrigatoriamente, O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne e Bichos, de Miguel Torga. Gostaram de ler e explorar estes três livros e de participar, pela primeira vez, nesta iniciativa. Gostavam de ter sido apurados para a fase nacional. Novas oportunidades vão surgir, de certeza. Ficha Técnica Propriedade - Escola S/3 S. Pedro - Vila Real
http://www.esec-s-pedro.rcts.pt
Coordenação de Redação e Imagem - Lurdes Lopes | Rosalina Sampaio Colaboradores permanentes - professoras: Beatriz Morais | Sílvia Meireles | Zulmira Peixoto Colaboradores permanentes - alunas: Bárbara Taveira | Beatriz Matos | Juliana Nóbrega Redação e Ilustrações - Alunos | Professores | Funcionários Fotografia - José Meireles 2.ª Edição
Revisão de Textos - Fátima Campos | Georgina Cruz
Tiragem - 30 exemplares Impressão - Mário Silva
Responsável pelo blogue - Lurdes Lopes
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O Mundo em que Vivemos
O PAPEL DA POESIA A poesia pode desempenhar um papel fundamental na sociedade, apesar de muitas pessoas não se aperceberem disso. A poesia serve de inspiração às pessoas, aos artistas, aos revolucionários… Desde um presidente a um mendigo, a poesia apaixona todos, esteja ela numa canção, num livro ou num ditado popular. Muitos poetas, inspirados por ela, sonharam e escreveram os seus próprios poemas e esses inspiraram ainda mais pessoas, que sonharam e conseguiram tornar verdadeiros os seus desejos. Por exemplo, antes do 25 de abril, os poemas em forma de canção inspiraram os revolucionários a lutar pela liberdade de expressão, pelo fim da guerra colonial e pelo fim da ditadura. A poesia inspirou, também, uma tentativa de revolução na Inglaterra, no século XVIII, quando um homem chamado Guy Fawkes tentou libertar o país de um regime corrupto. No momento crucial da sua revolta, que viria a falhar, ele citou as palavras de um poema liberalista que o inspirara profundamente: “As pessoas não devem temer o governo, o governo é que deveria temer as pessoas.” E estas palavras ainda hoje são sentidas por muitas pessoas, poetas, ativistas e por um grupo muito particular, chamado Anonymous, que luta pela liberdade de expressão. Por esta razão e por muitas mais, podemos dizer que a poesia é realmente muito importante para inspirar as pessoas, sejam elas quem forem, e é importante que o continue a fazer. Gonçalo Correia | 9º H
Campanha Recolha de Tampinhas
A recolha de Tampinhas, iniciativa dos alunos do 8º H, destina-se a ajudar a Margarida. A Margarida fez sete anos no dia 2 de abril e anda na Escola das Árvores, no 1º ano. A Margarida tem, desde bebé, uma doença rara - Síndrome de Rett atípico_CDKL5, que nela se manifesta por um atraso no desenvolvimento psicomotor, epilepsia refratária e maneirismos. Precisará sempre de material ortopédico, muito caro. A Margarida precisa de ajuda! Contribua com as suas tampinhas. Por favor, não deite as tampinhas no lixo. Entregue-as na Escola. Para todos os que já contribuíram, BEM HAJAM. Henriqueta Rua | Professora
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PPES
Trabalho realizado pelo aluno José Guimarães, do 9º G, na disciplina de Educação Visual, lecionada pela Professora Leonor Ribeiro. Ilustra, recorrendo a técnicas de Comunicação Visual, a informação adquirida no projeto de Educação Sexual que foi desenvolvido nesta turma.
O Broas25
PPES
Avaliação da perceção de alunos e professores sobre a Educação Sexual em meio escolar Na disciplina de Sociologia, os alunos do 12º F elaboraram um trabalho de pesquisa denominado Avaliação da perceção de alunos e professores sobre a Educação Sexual em meio escolar. O trabalho obedeceu ao método seguido nas ciências sociais: - Enquadramento teórico e problemática (levantamento da legislação e da temática); - Definição da amostra; - Elaboração dos questionários e guiões das entrevistas; - Aplicação; - Tratamento dos resultados. O projeto envolveu toda a turma, sendo os alunos Miguel Cristino, Patrícia Monteiro e Tiago Carvalho os responsáveis pela última fase. O artigo produzido foi enviado para a XXI edição do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, iniciativa da Fundação da Juventude. Num total de 302 trabalhos enviados foram selecionados 100 para a Mostra de Ciência no Museu da Eletricidade, em Lisboa, que decorre nos dias 30, 31 de maio e 1 de junho. O projeto do 12º F foi um dos 100 selecionados.
Resumo do artigo Este artigo científico baseia-se nos resultados do trabalho de investigação realizado na Escola S/3 S. Pedro, na disciplina de Sociologia de 12º ano com o objetivo de estudar a metodologia de investigação sociológica, com um caso prático. Pretendia-se a aplicação de alguns modos de produção sociológica, a seleção e tratamento da informação recolhida e apresentação e sistematização das conclusões. É um estudo descritivo simples que pretende responder a algumas questões: o que aprenderam os alunos da Escola quando já estão no 12º ano? Que perceções têm sobre o que aprenderam? Que conhecimentos já trazem os alunos que estão a entrar na Escola? O que pensam os professores? Há concordância de perceções entre os professores e os alunos relativamente ao que uns ensinam e outros aprendem? A metodologia utilizada incluiu 2 questionários e entrevistas semiestruturadas a amostras selecionadas de alunos e professores. A pertinência do estudo justifica-se porque estando a obrigatoriedade da Educação Sexual prevista na lei, desde 2009, e sendo objeto de planificação cuidada pelos professores que orientam os projetos de turma, ainda não tinha sido feita uma avaliação sistemática e global dos resultados nos alunos e das impressões dos professores sobre estas questões. Os resultados da aplicação do questionário aos alunos do 7º ano, mostram que os alunos trazem já alguns conhecimentos relevantes sobre as infeções sexualmente transmissíveis e métodos contracetivos, adquiridos, principalmente, nas aulas de Ciências da Natureza. Gostariam sobretudo de, no futuro, tratar os temas mais relacionados com as relações amorosas. Os alunos do 12º ano dos cursos com disciplinas de Ciências Naturais têm a perceção de terem tratado esta temática durante o número de horas previstas na lei, nas disciplinas cujos conteúdos programáticos as incluem. Nos outros cursos a maioria dos alunos refere não ter sido na escola que adquiriu a maior parte dos conhecimentos. Não têm sequer a perceção de terem tido muitas aulas de Educação Sexual. Os professores consideram a Educação Sexual na escola importante e eficaz e que tem sido implementada de acordo com a legislação em vigor.
Concluímos que não há concordância entre o que os alunos pensam ter aprendido na escola sobre Educação Sexual e o que os professores pensam ter ensinado. Teresa Morais | Professora responsável pelo Projeto
Nas aulas de Educação Visual da Professora Carla Fonseca, os alunos do 8º A - 8º C - 8º D - 8º E e 8º H expressaram a sua interpretação positiva do país em que vivem. O Broas agradece a todos o empenho e a criatividade, mas as contingências de espaço não permitem que todos sejam publicados. É pena! Exploraram-se os símbolos do país, alguns foram vestidos com novas roupagens, misturou-se passado e presente, tradição e inovação. Uma bandeira feita de corações, outra com chapéus de chuva, ainda uma outra com raízes… o verde e vermelho imperam, mas também o amarelo, a cor do sol e o azul do nosso céu e mar. As casas da Costa Nova, as vielas de Alfama, ou Bairro Alto, a poesia de Fernando Pessoa, D. Afonso Henriques, nada, nem ninguém foi esquecido. Os que aqui estão representam, também, os que não estão.
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Programa Faça-se Justiça
Violência no Namoro Faça-se Justiça é uma iniciativa da revista Forum Estudante com o alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa, da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) e do IPAV (Instituto Pe. António Vieira). Os alunos das turmas do 12º F e 12º G, orientados pelas diretoras de turma, participaram neste programa, que visa o desenvolvimento das seguintes competências: conhecer os fundamentos essenciais da Lei e da Justiça e como estes refletem os valores e as convicções coletivas; formar uma consciência cívica de respeito pela Lei e de confiança na Justiça; iniciar os estudantes na complexidade da Justiça e na ponderação de todos os interesses; introduzir, no portfólio de aprendizagens básicas, a educação para o Direito e para a Justiça; promover a participação ativa, informada e responsável na vida cívica; reforçar o respeito pela dignidade humana e pelos direitos humanos fundamentais, bem como pela resolução legítima de conflitos sociais; ajudar na compreensão dos dilemas na Justiça, do risco de erro e da procura da verdade, entre outros. O Secretário do Juiz-presidente, Dr. Domingos Fernandes, orientou o projeto. A simulação do julgamento, um caso de Violência no Namoro, decorreu no Tribunal de Vila Real, na manhã de sexta-feira, 19 de abril e foi presidida pelo juiz-presidente Rui de Carvalho. Todos os intervenientes desempenharam plenamente as suas funções. Todos aprenderam muito. O juiz-presidente, Rui de Carvalho, preocupou-se com o caráter pedagógico-didático e explicou, de forma clara e concisa, todos os passos que são dados num julgamento e todas as vias que podem ser seguidas. Aprendemos que: - a vítima pode ter o estatuto de ofendido ou assistente. Na segunda hipótese, é obrigada a pagar a taxa de justiça, mas ganha direitos como poder recorrer da sentença; - o julgamento com um coletivo de juízes só existe nos crimes com moldura penal de mais de cinco anos; - todos os intervenientes são obrigados a identificar-se. O arguido e os familiares diretos podem, durante o julgamento, recusar-se a prestar declarações; - a violência no namoro não se enquadra na violência doméstica, para isso é necessária a coabitação; - as testemunhas, quando interrogadas pelo juiz, se vão dizer toda a verdade e nada mais que a verdade, são obrigadas a responder juro, palavra de extrema importância e solenidade... Apesar das manobras dos amigos para tentar ilibar o António Pedro, o arguido, conseguiu-se chegar à verdade material processualmente válida para o réu ser condenado. A sentença é lida uma semana depois, mas o juiz adiantou que a pena seria de um ano a dezoito meses, suspensa durante um ano, por não existirem antecedentes. Fez-se justiça. Ana Flor, a vítima, pode sentir-se mais segura. Repórter Liliana Vieira | 12º G
Testemunhos dos intervenientes: “Estou em Economia, mas cada vez penso mais em advocacia.”
Catarina Liberato | 12º F | psicóloga
“Estou inocente!”
Diogo Gomes | 12º F | arguido
“Descobri que afinal o juiz não tem um martelo para por ordem na sala e iniciar e terminar a sessão!” Miguel Cristino | 12º F | polícia
“Ser vítima de violência é duríssimo, física e psicologicamente.”
Marta Carvalho | 12º F - vítima
“Não tínhamos dúvidas em ir para Direito, este desafio, contudo, consolidou a nossa certeza.” Ana Luís Silva | Carolina Novo | Joana Osório | 12º G | delegada e advogadas
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Programa Faรงa-se Justiรงa
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Conhecer e Valorizar os Outros
Os Nossos Heróis Inês Sofia Santos Nogueira - 18 anos - Sempre gostou mais de letras e palavras que de números. História e Geografia eram as suas disciplinas favoritas. Queria ir para Humanidades, porém uma ligeira dúvida, na altura de escolher a área de estudo no 10º ano e as palavras da Mãe e do psicólogo levaram-na a escolher Ciências. No 10º ano não gostou, mas pensou “talvez para o ano goste mais.” No 11º ano confirmou que não gostava, mas já ia a meio, não quis voltar para trás. No 12º ano reconheceu que estava na opção errada e resolveu que tinha que mudar o seu rumo. Tomou uma grande decisão: estudar História para fazer o exame nacional como autoproposta. Este exame permitir-lhe-á candidatar-se ao curso superior que pretende tirar, Direito. Passou a frequentar as aulas de apoio de História. Como, na 1ª fase, os exames de História e Matemática são no mesmo dia, vai investir o seu estudo no de Matemática, na 2ª fase estudará para História. É preciso coragem para reconhecer uma má decisão e, mais coragem ainda, para corrigi-la com tanto esforço e sacrifício. É um herói!
Ana Margarida Correia de Paiva Bulas Cruz - 17 anos - No 2º período, obteve as classificações de 20 valores a Matemática e a Física, 19 valores a Português e Aplicações Informáticas B e 18 valores a Educação Física. A sua média no Ensino Secundário é, neste momento, de 19,4 valores. Na sua vida, a música ocupa grande espaço. Começou a estudar música aos 10 anos, passou pelo violino e piano, aos 13 anos foi para a percussão. Sabe tocar marimba, vibrafone, caixa, tímpanos e multipercussão. Quando tinha 13/14 anos fez parte do grupo Trash que tinha seis elementos e era dinamizado pela professora Isabel Silva. Os instrumentos que usavam eram todos feitos de materiais reciclados (baldes, tubos de plástico, fios elétricos, bidões.. Tocaram no Teatro de Vila Real, na Aula Magna da UTAD, num Desfile de Moda e no CCB (Centro Cultural de Belém), nos Dias da Música. Na atualidade, integra a Banda Filarmónica da Portela. A sua vida ainda é preenchida com o voleibol, desporto de que muito gosta. Não tem a certeza quanto ao curso superior que quer tirar, mas pensa na investigação, na área da Física.
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Conhecer e Valorizar os Outros
Os Heróis da Matemática A 10ª edição do MATUTAD contou, como sempre, com a participação da nossa Escola. Esta competição que abrange alunos de muitas escolas de vários distritos do norte do país tem como grandes objetivos estimular o gosto pela Matemática e promover o sucesso nesta disciplina. Cerca de 30 alunos da Escola desenvolveram o jogo de computador, disponibilizado pela Internet, para alunos dos três anos do 3º ciclo. O jogo é constituído por vinte questões, tipo verdadeiro/falso, que têm que ser respondidas em vinte minutos. Os alunos jogam aos pares. No dia 25 de maio, sábado, realizou-se o campeonato nas instalações da UTAD. O Primeiro Prémio do 9º ano foi ganho pelos alunos Diogo Pereira e João Nuno Ferreira do 9º C. O Segundo Prémio do 8º ano foi ganho pelos alunos Guilherme Varela e Gonçalo Pinto do 8º E. A Escola ganhou o prémio de Melhor Escola do 9º ano e também o prémio de Street Basktball que se insere neste campeonato. Helena Agarez | Professora de Matemática
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Parlamento dos Jovens - Ensino Básico
Ultrapassar a Crise - Sessão Distrital “A política é a arte de fazer possível o que é bem para todos nós.” Foi com esta citação que o deputado Rui Santos iniciou a sua intervenção na Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens, do Ensino Básico, do Círculo Eleitoral de Vila Real, que se realizou dia 12 de março, no IPJ de Vila Real. Estiveram presentes dez escolas. Na sessão de perguntas e respostas surgiram questões muito pertinentes sobre a crise que atravessamos. O nosso deputado, João Caramelo Soares, foi o primeiro a intervir e focou a sua pergunta nos efeitos da austeridade na Educação. Todas as escolas fizeram as suas perguntas, que mereceram respostas pormenorizadas do Sr. Deputado Rui Santos. Houve um momento caricato quando a deputada de Murça, Susana Martinho, interrompeu o Sr. Deputado que explicava um conceito, para afirmar: “Eu sei o que é.” Resposta pronta do Sr. Deputado: “É para os outros também ficarem esclarecidos.” A mesa, na qual o Guilherme de Melo Esteves, aluno da nossa Escola, exerceu muito bem as funções de vice-presidente, orientou o prosseguimento dos trabalhos, abrindo a fase de apresentação dos projetos e discussão na generalidade. Todos os projetos focavam, em primazia, três áreas de intervenção: - o regresso à terra e o investimento na agricultura e nos produtos portugueses; - investimento no turismo, com destaque para o turismo rural e ecológico; - educação financeira para todos os Portugueses. Na fase da discussão, houve intervenções um pouco acaloradas, citou-se Einstein… O nosso deputado, João Caramelo Soares, quando confrontado com os custos financeiros que uma medida acarretava esclareceu: “A falta de dinheiro não pode ser argumento, os países não podem ficar parados, não podemos voltar ao tempo do Salazar - Não há dinheiro, não há despesas.” Foi muito bom. A deputada de Murça, Susana Martinho, teve outra intervenção interessante, querendo afirmar que gostava de debater, enganou-se e disse: “Eu gosto de bater.” Ouviu-se uma gargalhada geral. Um deputado de Alijó, quando interrogado sobre uma das medidas que apresentava, usou da palavra para dizer: “Nós não vamos responder à questão.” Pareceu-me pouco democrático! O debate, na minha opinião, teve pouco tempo. Ficou muito por dizer e esclarecer. O Projeto de Recomendação eleito foi o de Valpaços com 25 votos. O nosso Projeto teve 18 votos, mas uma das nossas medidas foi aditada ao Projeto do Círculo Eleitoral de Vila Real. As duas escolas eleitas para representarem o Círculo Eleitoral de Vila Real, na Sessão Nacional, que vai decorrer na Assembleia da República, nos dias 6 e 7 de maio, foram a Escola S/3 S. Pedro de Vila Real e o Agrupamento de Escolas de Murça. Os deputados da nossa escola eleitos à Sessão Nacional são: João Caramelo Soares, que também será o porta-voz do Círculo Eleitoral de Vila Real e Guilherme de Melo Esteves. A aluna Catarina Botelho será a repórter. Foi a primeira vez que participei neste projeto, gostei e aprendi muito. Para o próximo ano, vou candidatar-me para exercer a função de deputada. Jornalista | Sara Gama | 8º D
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Parlamento dos Jovens - Ensino Básico
Ultrapassar a Crise - Sessão Nacional - Comissões Os deputados do Círculo Eleitoral de Vila Real integraram a 1ª Comissão. Desta faziam parte também os círculos eleitorais de Aveiro, Castelo Branco, Braga e Beja e ainda 4 deputados de Coimbra e 2 deputados dos Açores, embora os projetos destes últimos fossem discutidos na 2ª e 4ª comissões, respetivamente. A divisão dos deputados dos círculos eleitorais mais numerosos destina-se a evitar que eles dominem as eleições. Os trabalhos foram conduzidos pela deputada Isilda Aguincha, do PSD, coadjuvada pela deputada Heloísa Apolónia, do PEV. A assessora desta Comissão foi Maria Mesquitela. Alguns deputados falavam muito bem, houve intervenções muito aplaudidas e algumas muito marcantes. Um deputado de Beja retorquiu, deste modo, a uma crítica: “Sr. Deputado, com o devido respeito, leu o nosso Projeto?” Um deputado de Braga exclamou: “Têm que começar a ser os números a representar as pessoas e não as pessoas a representar os números.” É bonito, embora algo confuso! Constatei que, no trabalho das comissões, há mais tempo para apresentar os projetos de recomendação e para debate do que na Sessão Distrital. Gostei disso. Tentei realizar uma mini entrevista à deputada Isilda Aguincha. Perguntei-lhe o que pensava dos jovens deputados deste ano. Respondeu-me que eram muito ativos e interessados na vida do país. Coloquei uma segunda questão, pedindo-lhe a sua opinião sobre os projetos. Disse que não podia pronunciar-se sobre eles, porque o seu cargo não lhe permitia tomar partido. Foi a mini entrevista possível. Valeu a simpatia da Senhora Deputada. Os projetos eram muito similares e, à semelhança do que aconteceu na Sessão Distrital, as medidas focavam a revitalização da agricultura. Também se falou das pescas, da necessidade de maior dinamismo e expansão do turismo, da exportação dos produtos portugueses, da implementação da educação financeira e de um consumo mais racional. A medida que considerei mais inovadora foi a da criação de um sistema de microcrédito, seguindo a ideia do economista bengali Muhammad Yunus, prémio Nobel da Paz, em 2006. A visita guiada à Assembleia da República levou a que os jornalistas se tivessem ausentado, durante algum tempo, das salas onde decorriam os trabalhos das Comissões. Quando voltámos, estavam já na fase final do debate. Na 1ª Comissão, foi eleito o projeto de Aveiro, mas foi aditada uma das nossas medidas. No conjunto das quatro comissões, foram aprovadas 20 medidas para serem analisadas e debatidas no Plenário, previsto para terça-feira. O trabalho das comissões completou-se e houve tempo para ouvir a Tuna Master Classe de Moimenta da Beira. Todos pediram bis de Imagine de John Lennon. O jantar decorreu no claustro da Assembleia da República, um lugar bonito, que facilita o convívio e predispõe para a alegria. Os autocarros conduziram-nos ao INATEL de Oeiras, mesmo à beira-mar, para descansarmos de um dia tão cheio e nos prepararmos para o dia seguinte que se adivinhava, também, repleto de novidades e emoções.
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Parlamento dos Jovens - Ensino Básico
Ultrapassar a Crise - Sessão Nacional - Plenário O Plenário começou com as palavras de boas-vindas do Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, Dr. Ribeiro e Castro. No período de perguntas e respostas aos deputados de todos os partidos que têm assento na Assembleia da República, o nosso Círculo formulou a seguinte questão: “Cada vez se ouve, com maior frequência, nos órgãos de comunicação social, a defesa da saída de Portugal do euro. Gostaria que nos explicasse as vantagens e desvantagens dessa hipótese.” Foi a deputada do PSD, Isilda Aguincha, que respondeu. Salientou mais as desvantagens que as vantagens. A pergunta formulada pelo Círculo Eleitoral de Braga foi uma das mais interessantes: “Na sua opinião, e dado o contexto político atual, qual o futuro da democracia e de abril em Portugal?” Foi respondida pelo deputado do PS, Pedro Duarte. Na Conferência de Imprensa, que os jornalistas tiveram com o Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, apresentei a seguinte questão: “Estando o país a atravessar um momento tão difícil, não seria necessário e oportuno que os dois partidos mais votados, PSD e PS, esquecessem os interesses partidários e formassem um governo de união/salvação nacional?” O Senhor Presidente respondeu dizendo que espera não ser necessário chegarmos a essa situação e esclareceu que já houve países com esse tipo de governo em que as coisas correram bem, mas houve outros em que as coisas correram mal. No debate dos projetos aprovados nas comissões, fiquei com a ideia de que a Senhora Presidente da Mesa não respeitou o princípio da equidade no direito à palavra de todos os deputados. O nosso porta-voz, João Caramelo Soares, não foi ouvido tanto tempo nem tantas vezes como outros. Não gostei. Nas dez medidas aprovadas para a Recomendação à Assembleia da República, há alguma repetição de ideias, mas são, globalmente, medidas interessantes e exequíveis, às quais, os senhores deputados, de certeza, dedicarão uma análise atenta e que terão em conta quando legislarem nas áreas que elas contemplam. Como notas finais, quero referir que, analisando a composição desta Sessão Nacional, descobri alguns dados interessantes: havia 67 deputadas e 57 deputados, mas 11 porta-vozes eram rapazes e 9 raparigas. Concluo que, nas novas gerações, as mulheres têm mais interesse pela política ativa, mas na hora de falar ainda têm alguma reserva. Quando os trabalhos acabaram e chegou a hora de regressar a Vila Real, senti-me muito realizada. Conheci e trabalhei com jornalistas de todo o país. A Assembleia da República e as suas funções foram uma descoberta, nunca lá tinha estado. Conheci pessoas fantásticas, que falam muito bem e, o mais importante de tudo, gostam do seu país. Fiquei com outra perspetiva e mais atenta à vida política. Acredito no meu país e acredito nos Portugueses. A viagem de regresso foi espetacular: cantámos, cantámos e cantámos. A professora Graça Sobrinho, que fez a gentileza de ir connosco, que o diga. A jornalista | Catarina Botelho | 9º C
O Broas38
Partidas e Chegadas
Partidas São muitos os professores e funcionários que, no próximo ano letivo, deixarão de trabalhar por terem pedido a aposentação. O Broas pediu-lhes um balanço da vida profissional e as expectativas para a nova fase da vida que vão iniciar. Era impossível, devido ao elevado número de pessoas, recolher e publicar o testemunho de todos. Os que aqui ficam representam todos. Obrigada pela vida dedicada a ensinar.
Uma razão, uma profissão Albert Einstein dizia que "O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa e não uma amarga obrigação." Durante 39 anos de profissão (20 deles a trabalhar nesta Escola) tentei fazer desta expressão uma máxima no meu dia a dia com os alunos. No decurso dos mesmos, através das palavras, quer em português, quer em francês, tentei assim, sensibilizá-los para a importância das línguas e, acima de tudo, para a importância da leitura. Confesso, que é com saudade que recordo o ano de 1974 em que comecei a dar aulas. Ano em que a minha vida começou um ciclo novo quer a nível profissional, o abraçar a docência, quer enquanto cidadã de um país, também ele, a iniciar um novo ciclo da sua História. E, se no campo social se preconizava a partilha, para mim, enquanto docente, ela surgia como algo intrínseco, inerente a uma vida dedicada à transmissão dos conhecimentos e de uma constante aprendizagem quer com os meu colegas, quer, mesmo, com os alunos. Nas diversas escolas, onde lecionei, para além da função docente, tive o privilégio de assumir outras funções acometidas à minha condição de professora, passando pela direção de estabelecimentos de ensino e até mesmo à sua criação. Há vinte anos decidi, em conjunto com a família, mudar-me do Porto para Vila Real, lecionando, desde então, nesta Escola, onde, este ano, termino o meu mandato enquanto Presidente do Conselho Geral e concomitantemente como docente. E, se este voto de confiança por parte da Comunidade Educativa me honrou, também me fez perceber que serei uma eterna aprendiz na constante busca de atingir a quadratura do círculo. Os tempos mudaram, os programas mudaram, os alunos mudaram, mas para mim a essência mantém-se: a vontade de ensinar e, acima de tudo, a vontade de partilhar. Não consigo contabilizar o número de alunos, nem tão pouco consigo contabilizar o número de alegrias e tristezas, que, enquanto professora, vivi. Tenho, no entanto, a certeza de que volvidos estes anos, ensinar é uma missão e poder realizá-la nesta Escola, tem sido um privilégio. Aos colegas mais novos uma palavra de força e esperança, pois tal como Erasmo de Roterdão, o maior humanista, afirmou: “O amor recíproco entre quem aprende e quem ensina é o primeiro e mais importante degrau para se chegar ao conhecimento.” Isabel Carvalho Gomes | Professora de Português e Francês
O Broas39
Partidas e Chegadas
Partidas José Aníbal Félix de Carvalho - 59 anos - 34 anos de serviço. Iniciei a atividade docente no ano letivo de 1978/79, na Escola Secundária Oliveira Martins , no Porto. No ano letivo de 1982/83, há trinta anos, comecei a dar aulas nesta Escola, depois de ter trabalhado em mais três escolas. Focar um momento que mereça especial referência entre os muitos que vivi ao longo de um percurso de tantos anos de docência pode tornar-se injusto, pelo esquecimento que o muro do tempo ergue nas nossas memórias… na eventualidade de tal acontecer, que isso não signifique, de modo algum, desconsideração por quem comigo os partilhou. Ouso, pois, correr esse risco e, assim de repente, não há um, mas vários momentos que não posso deixar de mencionar: o meu primeiro dia de trabalho como professor, quando o meu sonho e as expetativas dos que me eram mais queridos se concretizaram; a “cerimónia” de despedida de um conselho diretivo ao qual tive a imensa honra de presidir e o carinho e a solidariedade que todos os elementos da “minha” escola me dispensaram em momentos dolorosos da minha vida. Resumindo a minha vida como professor numa frase: Navegar num oceano encapelado de ondas de AMIZADE. Horácio Oliveira Carvalho - 58 anos - 41 anos na Escola (3 como aluno e 38 como professor). Gostei da minha vida profissional, assisti e vivi muita coisa, boa e menos boa. Aquilo de que mais gostei foi dos trabalhos em madeira que desenvolvi com os alunos dos cursos técnicos e profissionais e os intercâmbios com outras escolas. A ida a uma escola do norte da Dinamarca foi muito interessante e proveitosa. O azevinho que está na entrada da nossa Escola simboliza esse momento. Os intercâmbios desportivos com outros organismos públicos (CTT - CGD - Hospital…) eram divertidos, aproximavam as pessoas e permitiram-nos ganhar muitas taças. Uma, em madeira, foi feita por mim, é o Chefe da Secretaria, o Sr. Luís Gomes, que a tem, porque ganhou a corrida de Vila Pouca de Aguiar a Vila Real. O segundo Diretor desta Escola, o engenheiro Calejo, marcou-me muito pelo carinho e zelo que tinha pela Escola e pelos cursos profissionais. Lembro a situação caricata de a Sala dos Professores só estar acessível aos que eram licenciados e bacharéis. Havia casais em que um podia entrar e o outro não. Lembro o Padre Borges e o seu esforço para ensinar os alunos a almoçar de faca e garfo. Era difícil. Lembro que ao almoço os alunos tinham direito a um copo de vinho. Outros tempos! Uma frase para resumir tanta coisa: Aqui cresci e aprendi. Aqui vivi e ensinei. Já tenho saudades.
Maria Filomena da Costa Barros Araújo - 64 anos de idade - 38 anos de serviço, 33 dos quais nesta Escola. Ser professora de Ciências Físico-químicas foi a profissão que escolhi e da qual sempre gostei muito. Foi gratificante acompanhar e ensinar tantas gerações. Ocorreu, muitas vezes, ser professora dos pais e, mais tarde, dos filhos. Vá lá que não cheguei aos netos. Estou cansada e desgosta-me o que está a acontecer à Educação em Portugal. Estamos a regredir. Projetos para a reforma tenho muitos: dedicar-me à agricultura, viajar, conversar, observar e refletir o Mundo.
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Partidas e Chegadas
Partidas Luís Manuel Rodrigues Gomes - 59 anos - 40 anos de serviço - 31 anos de serviço nesta Escola - Chefe dos Serviços Administrativos há 20 anos. Estudou nesta Escola seis anos e começou a trabalhar em 1973, era então Diretor da Escola Industrial e Comercial de Vila Real o engenheiro Pereira Pinto. Gostou sempre da profissão que exerceu, mas já são muitos anos a lidar com números. Por inerência do seu cargo fez parte do Conselho Administrativo que é constituído pelo Diretor da Escola, a subdiretora e o chefe dos Serviços Administrativos. Desde a criação do Conselho Geral que integrou este órgão, como representante dos funcionários administrativos. Para a reforma pretende dedicar-se mais à agricultura, atividade de que gosta muito.
José Maria Figueiredo Alves Meireles - 62 anos - 36 anos de serviço, todos eles nesta Escola. Encarregado dos assistentes operacionais. Na hora de fazer o balanço da vida profissional, lembra a dedicação que sempre manifestou à Escola e que se traduziu, por exemplo, em muitos serões e fins-de-semana a trabalhar. Foi sempre muito participativo, tendo exercido diversos cargos e fazendo parte de órgãos como o Conselho Geral. Orgulha-se de ter vencido sempre os atos eleitorais em que foi candidato. O que mais gostou foi do apoio informático, na Mediateca. Reflete e tenta responder à questão: Valeu a pena? A sua consciência está satisfeita, considera que cumpriu os seus deveres, mas a tensão psicológica provocada pelas mudanças e incertezas na função pública fazem-no, por vezes, duvidar. Para a reforma não tem projetos concretos, viver um dia de cada vez é, por si só, um grande projeto e uma atitude sensata de quem já recebeu dissabores e contrariedades da vida.
José Carlos Rodrigues - 57 anos - 37 anos de serviço - 30 anos de serviço nesta Escola. Começou a trabalhar aos 14 anos. Nesta Escola começou em 1983 era, então, Presidente do Conselho Diretivo a Dra Adelaide Costa. Trabalhou alguns anos à noite, no tempo em que a Escola tinha ensino noturno. Trabalhou muito tempo no jardim e gostava muito, mas as operações à mão direita e a uma hérnia discal obrigaram-no a deixar esse trabalho. Gostou da profissão que exerceu. A reforma vai vivê-la em Cerva.
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Partidas e Chegadas
Chegadas Pedimos aos alunos do 7º ano, os mais recentes na Escola, os últimos a chegar, que nos esclarecessem sobre o que é ter 13 anos, em Portugal, em 2013. Talvez não seja fácil, desconfiamos nós! Selecionamos os dois textos coletivos que melhor exploraram o tema.
Gostamos de pensar que, ao nascermos em 2000, somos os primeiros do século XXI e do 3º milénio. Há, por aí, um “boato” dizendo que somos os últimos do século XX e do 2º milénio. Os tempos estão difíceis, talvez os próximos treze anos não sejam tão bons como os que já passaram. Temos, o que é muito bom, família e amigos que nos apoiam. Acreditamos que tudo vai melhorar. É preciso trabalhar, poupar e investir. Devemos inovar para crescer. Manter a esperança é fundamental para os “impossíveis” alcançar. Os motivos para sorrir vão ser cada vez mais, é só trabalhar. As últimas frases davam para o Hip-hop, yé! Adriana Alvaredo | Margarida Mateus | Joana Fraga | 7º B
A política deste país, que se chama Portugal, no qual nascemos, no “longínquo” ano de 2000, é difícil de entender. Os adultos andam preocupados, crispados, mal-humorados, zangados… Pensámos e repensámos a crise e concluímos que a palavra-chave para a resolver é união. Os partidos políticos que esqueçam os interesses partidários, unam-se para voltarmos a ter uma economia mais saudável que permita, a todos, viver melhor. Pensamos e receamos que os nossos sonhos e projetos de vida estejam comprometidos. Queremos estudar, tirar um curso superior e trabalhar em Portugal, de preferência. Ter 13 anos em 2013, em Portugal é bom, mas não é pera-doce. Nada, porém, nos tira a convicção de que a vida é bela e nós gostamos dela! Andreia Rainho | Beatriz Varela |Carolina Liberal | Eva Dias |Inês Catalão | 7º H
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Núcleo de estágio de Biologia
Viver numa PILHA de LIXO | A Nossa Escola tem uma Horta ...
Diana Tavares | 8º D
O Núcleo de estágio de Biologia, orientado pela Professora Cândida Ferreira, criou uma horta biológica e um jardim de aromas, na Escola. Estas iniciativas inserem-se no Projeto Ciência Viva e trabalharam o tema Viver numa Pilha de Lixo. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a UTAD e a EMAR (Empresa Municipal de Águas e Resíduos). A EMAR ofereceu dois compostores à Escola. Estiveram envolvidos os alunos do 8º D, 8º E e 10º B. Alguns dos principais objetivos desta atividade, são: - Reduzir a pegada carbónica e hídrica - Educar para um desenvolvimento sustentável - Sensibilizar para uma cidadania responsável…
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Núcleo de estágio de Biologia
Viagem de Estudo (rimada e ilustrada) A visita teve início Com o monitor a explicar que resíduos no Ecoponto Todos devemos colocar. Observamos a triagem de resíduos A sua separação, armazenamento
A viagem foi de “matar” Os alunos da outra turma Estavam sempre a cantar... E a desafinar.
E, por fim, compactação.
A LIPOR fomos visitar
Já na Horta da Formiga
O Maia e a Maria,
Vimos os vegetais plantados
Os nossos monitores,
E como são formados.
Tiveram que nos “aturar”.
No Parque Aventura Contactámos com a Natureza Andámos de bicicleta Admirámos a sua beleza. No final da viagem Valorizámos a paisagem Na LIPOR vimos a organização, Limpeza e estruturação. David Monteiro | Pedro Varejão | 8º D
Paulo Alves | Sara Gama |8º D
Na LIPOR visitámos O seu Centro de Triagem E, para além de tudo isso, Vimos que praticam a compostagem. Afonso Barreto | 8º D
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A Escola e as Novas Tecnologias
A nossa Escola faz parte do eTwinning Já imaginaram como seria interessante poder estudar um determinado tema, de qualquer disciplina, numa qualquer língua (europeia), em colaboração com alunos de outros países, de outras culturas, desenvolver um projeto e realizar atividades de modo a partilhar e aprofundar conhecimentos sobre os conteúdos a estudar? E, caso sejam professores, já pensaram como seria estimulante conhecer professores de outros países, com experiências de ensino e de aprendizagem diferentes das nossas, mas com os quais pudéssemos partilhar ideias e conhecimentos de boas práticas, de modo a tornar as nossas aulas ainda mais enriquecedoras, pedagógica e cientificamente? Já pensaram no importante que seria ter a oportunidade de realizar formação com peritos de diferentes nacionalidades, quer sobre assuntos genéricos, ou aspetos muito particulares, ligados à prática do ensino das disciplinas que lecionam? Pois tudo isto é possível, se pertencermos à grande comunidade de escolas europeias, que é o eTwinning. A Escola S/3 S. Pedro integra o eTwinnning desde outubro de 2012, facto que permite que os seus alunos e professores possam usufruir da participação da mais estimulante comunidade de aprendizagem na Europa. Pessoalmente, o pertencer a esta comunidade permitiu-me ter um ano letivo pleno de experiências extremamente gratificantes. Realizei um curso online, “ETWINNING 2.0” que me proporcionou 40 horas de formação. Participei num seminário internacional de professores, que decorreu em Madrid, nos dias 25 a 27 de Outubro e num seminário regional, em Bragança, no dia 8 de Abril, onde pude dar o meu testemunho sobre o meu envolvimento no eTwinning. Pude desenvolver, no âmbito da disciplina de Matemática, um projeto designado “A Razão na nossa vida/ La Razón en nuestra vida” que envolveu os meus alunos da turma G do 7º ano e no qual temos como parceiros duas escolas espanholas – IES Arzobispo Valdés de Salas e IES Anton Losada Dieguez, de A Estrada - e um centro escolar inglês: Stevenage, ESC de Stevenage. Deixo-vos o desafio de visitarem e explorarem a página do eTwinning cujo endereço é: www.etwinning.net Espero que gostem e, caso tenham oportunidade, adiram aos projetos associados a esta comunidade. Há um mundo novo à vossa espera. Desfrutem. Paula Matias | professora de Matemática
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Fui Colega de Estudos de...
Rui Barreira Zink - 1961 Licenciei-me em Estudos Portugueses, em Lisboa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova, em 1984. Entre os meus colegas estava um que se tornou figura pública, um dos intelectuais mais conhecidos dos portugueses, não só pela sua participação no programa televisivo A Noite da Má Língua, mas também, pela produção escrita de mais de duas dezenas de obras (ensaios e ficção, BD, teatro...), várias vezes premiadas. Escreve, ainda, crónicas para o jornal Público e o jornal gratuito Metro. Nas memórias que tenho dele sobressaem a sua capacidade interventiva nas aulas, a boadisposição e a displicência no modo de vestir. Era um dos melhores alunos. Hoje, é professor do departamento de Estudos Portugueses, na Universidade em que estudámos e é considerado o introdutor da escrita criativa em Portugal. Se ficaram com vontade de conhecer melhor a obra deste escritor ficam aqui algumas sugestões: Apocalipse Nau - Anibaleitor - O Suplente - Os Surfistas - Hotel Lusitano - Luto pela Felicidade dos Portugueses - A Instalação do Medo… Na Biblioteca da Escola existe um livro de sua autoria intitulado O Suplente. É para os mais velhos. Augusta Coutinho | Professora de Português e Bibliotecária
Pedro Manuel Mamede Passos Coelho - 1964 Fui, durante o terceiro ciclo e o secundário, condiscípulo do atual Primeiro Ministro. A turma em que estávamos integrados era considerada de muito bom desempenho; a grande maioria dos alunos concluiu um curso superior. Havia alunos que se superavam, mas ele era, na realidade, superior, o mais interventivo e culto. Questionava, de modo civilizado e educado, o que os diversos professores ensinavam. Tinha um poder de argumentação muito desenvolvido, alicerçado nos conhecimentos adquiridos através das muitas leituras que fazia há muito, mais que qualquer outro. Gostava de polemizar, de explorar as diferentes perspetivas de um tema. Era capaz de pronunciar-se, de modo fundamentado e consistente, sobre temáticas muito diversas. Por sermos, certamente, de naturezas diferentes não éramos muito próximos, não tínhamos uma amizade profunda. Sempre gostei de desporto; as aulas de Educação Física eram as minhas preferidas, ele, ao invés, raramente as cumpria a coberto de atestados médicos. Já adultos, e cada um para seu lado, contactamos, esporadicamente, quando ele era Presidente da Assembleia Municipal de Vila Real, de forma breve, embora cordial. Luís Fontinha | Professor de Educação Física
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Fui Colega de Estudos de...
Carlos Fiolhais - 1956 Nota Prévia - Nunca fui colega de turma do Carlos Fiolhais. Quando entrei na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, ele já frequentava o 2º ano. Fui colega de turma do irmão, Manuel Fiolhais, também ele, na atualidade, docente da Universidade de Coimbra. Esclarecida esta questão, posso afirmar que fui “colega” e sou amigo do Carlos Fiolhais. A lembrança que mais tenho presente, do tempo em que éramos estudantes, era a sua boa disposição, a sua gargalhada, que ecoava pela faculdade, denunciando a sua presença. Era, e é, uma pessoa muito audível, que cultivava a boa disposição e tinha um grande sentido de humor. Havia sempre um grupo à sua volta para ouvir a sua “leitura” do que ia acontecendo, na Universidade, no país, no mundo. Tinha a grande capacidade, sabedoria e subtileza de encontrar o lado cómico, recreativo e irónico em quase tudo. Ao seu processo de narração valia a pena assistir. A sua risada franca, sonora e demorada contagiava toda a gente. Aliava esta alegria permanente ao excelente desempenho como aluno. Os professores reconheciam e afirmavam que o Carlos Fiolhais era o aluno mais brilhante que tinha frequentado o curso de Física, até então. Ainda hoje nos encontramos, com menos frequência do que desejaria, mas a sua vida é muito preenchida. No ano passado, aceitou o convite para vir à UTAD dar uma palestra sobre a ligação entre Literatura e Ciência. O Auditório estava repleto e todos gostaram, como sempre acontece quando ele fala, de o ouvir. Tem a capacidade de tornar fácil e acessível o conhecimento complexo. Desenvolve um trabalho extraordinário na divulgação da Ciência no nosso país. Promove-a escrevendo livros didáticos e divertidos, com muitas curiosidades. Há muitos capazes de explicar a Ciência, mas há poucos que consigam explicá-la de modo simples e agradável. Carlos Fiolhais é um deles. Os mais de quarenta livros que já escreveu e o êxito que alcançam são a prova de que a sua “demanda” é um sucesso. Os títulos das suas obras, por exemplo: Física Divertida - Nova Física Divertida mostram que o sentido de humor permanece intacto desde os tempos de estudante na Universidade de Coimbra. Se gostam de ler e divertir-se, os seus livros são uma boa escolha para descobrir nestas férias que se aproximam. Alguns títulos: Darwin aos Tiros e Outras Histórias da Ciência - A Coisa mais Preciosa que Temos - Curiosidade Apaixonada - Breve História da Ciência em Portugal - Ciência a Brincar Afonso Pinto | Professor de Ciências Físico - Químicas
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Gostar de Ler e de Saber
Pipocas com telemóvel e outras histórias de falsa Ciência A Ciência é uma das maiores proezas da mente humana. O conhecimento e o pensamento científico são essenciais para a compreensão e para a explicação do mundo que nos rodeia e dos seus fenómenos e à Ciência devemos muita da nossa qualidade de vida. A falsa ciência ou pseudociência mais não é do que uma série de teses e afirmações baseadas em enganos e adornadas com a linguagem e a simbologia científica. Se, na maioria dos casos, esta pseudociência não é usada com qualquer intenção, noutros serve para explorar a fraqueza e ignorância das pessoas, vendendo a chamada “banha da cobra” (pulseiras “quânticas” ou de poderes sobrenaturais, capazes de curar toda e qualquer maleita, por exemplo). Nesta obra, os autores partem do exemplo de um vídeo, disponível na Internet, em que supostamente se fazem estourar grãos de milho à custa da radiação emitida por telemóveis. Recorrendo a alguma Ciência básica, desmontam a mentira e mostram que o fenómeno só poderá acontecer se, parafraseando o povo, ali houver gato escondido (leia-se fonte de calor) com rabo (bem) de fora. A ser verdade o fenómeno, Deus nos livrasse de falar ao telemóvel... Além da falsa Ciência que circula na Internet, são apresentados exemplos de falsa Ciência em vários domínios: Na comunicação social (quem não se lembra, por exemplo, do “fim do mundo” anunciado para o dia 21 de dezembro de 2012(!?), no supermercado e na publicidade a alguns alimentos “saudáveis”, na Escola (infelizmente, na Escola também se ensinam disparates e erros), na Saúde (quem não se lembra de algumas polémicas recentes envolvendo linhas elétricas de alta tensão?) ou ainda (o que é mesmo incrível!) de falsa Ciência na própria Ciência (houve já quem anunciasse, em tempos, a fusão nuclear a frio...). De modo a não cair em alguns contos do vigário e poder fazer escolhas acertadas, os autores destacam o papel central da Escola na formação de cidadãos capazes de decidirem com base em argumentos científicos básicos mas consistentes. Afinal, como referem, “para reconhecer a pseudociência basta possuir algumas noções fundamentais sobre a Ciência e o processo científico”. Pipocas com telemóvel e outras histórias de falsa Ciência, por David Marçal e Carlos Fiolhais, Gradiva. Eduardo Salgueiro | professor de Ciências Físico-Químicas
http://jornal-o-broas.blogspot.com/
Siga-nos de perto...
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Trabalho de ilustração de contos infantis realizado pela aluna Cristiana Fernandes, do 9º F, na
disciplina de Educação Visual lecionada pela Professora Leonor Ribeiro. Parabéns!
O Broas50
IMAGEM - Exposição
Os trabalhos elaborados pelos alunos do 12º A, do 12º B e do 12º D, na disciplina de Aplicações Informáticas B, formaram a exposição IMAGEM, que coloriu e animou o corredor do 4º piso. Nas três últimas páginas desta edição de O Broas está um pouco do muito que foi realizado, ao longo do ano letivo,
Tânia Almeida | 12 ºB
Helena Souto | 12º D
nesta disciplina. OLHEM e VEJAM! ADMIREM!
Aplicações Informáticas B
O Broas51
PassaTEMPO
diferenças...
Filipe Silva | Paulo Sampaio | 12º D
Igreja de Nossa Senhora da Conceição | Vila Real
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Descubra as
Nossa Senhora da Conceição é a padroeira da cidade de Vila Real. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição começou a ser construída na década de 70 e foi sagrada no dia 8 de dezembro de 1986. Tem a forma de uma tenda para simbolizar a aproximação da Igreja ao povo. Monsenhor João Gonçalves da Costa foi o principal dinamizador da sua construção. VISITE-A!
Logótipo da Biblioteca... ...da minha
Escola
Tânia Almeida | 12º B
Alexandra Gonçalves | 12º D
Escola S/3 S. Pedro -Vila Real
Ana Barros | 12º A
… como
João Nogueira | 12º D
Neuza Oliveira | 12º B
Eu gostaria que fosse!
Aplicações Informáticas B
Luís Pereira | 12º B