Espaços culturais Uso do vidro imprime criatividade e ousadia a projetos que se tornam ícones arquitetônicos em vários países
Rei da reciclagem Entidade do setor apresenta modelo de reaproveitamento dos resíduos de vidro, em projeto que pode movimentar R$ 220 milhões por ano
revista Vidro Impresso | Ano 2 Nº 6
À prova de fogo Vidro desponta como alternativa transparente e segura para bloqueio das chamas em caso de incêndio
Laminação alternativa Processo com resinas e polímeros é ideal para aplicações especiais e produção sob medida
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Espaço do leitor Comentários, dúvidas, críticas, elogios e sugestões. Revista online Página na internet facilita o acesso do leitor ao conteúdo editorial da Vidro Impresso. Arte em vidro Habilidade e criatividade artísticas fazem do vidro um material único na composição de móveis. Papo direto – Moreno Magon Vice-presidente da multinacional Glaston avalia o mercado de máquinas e tecnologia para o vidro. Produtos – Fechaduras para vidro Do design à tecnologia, confira os diferenciais oferecidos por especialistas em ferragens. Flash Notícias, lançamentos e curiosidades do setor do vidro e sua cadeia produtiva.
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Feiras e eventos Acompanhe as novidades em vidro apresentadas nas principais feiras nacionais da construção. Artigo – Emilia Parentoni Professora analisa os maiores entraves para o desenvolvimento da energia fotovoltaica no Brasil. Arquitetura e vidro Vidro dá vazão à arte e à subjetividade em sofisticados projetos de espaços culturais ao redor do mundo. Empresas e negócios Trans Glass aposta na capacitação da mão de obra como estratégia para crescer no setor de transporte de vidros. Artigo – Paulo Duarte Esquadrias na construção civil. Confira os materiais mais indicados para cada projeto.
Sumário
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Fique por dentro Processo, vantagens e diferenciais da laminação com resinas e polímeros. Mercado Modelo de gerenciamento proposto pela Abividro prevê um aumento de 50% no índice de reciclagem
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Tendências e tecnologia Transparência e composição química diferenciada favorecem o uso do vidro na proteção contra incêndio. Telefones/Índice de anunciantes Os profissionais e empresas citados nesta edição. Guia do vidro Página dedicada ao site que se tornou ferramenta importante do mercado vidreiro. Vidro e design Arquiteto emprega cortina de vidro para integrar setores social e de lazer.
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editorial
Sustentabilidade transparente Tudo que é vidro vira vidro. A expressão traduz o potencial de reciclagem do material, algo que o torna diferenciado, também, no momento em que o esforço pela sustentabilidade se converte em palavra de ordem para a sociedade, o setor governamental em todos os níveis e as empresas. O vidro, no entanto, é pouco reaproveitado no Brasil. Por esse motivo, e em busca de adequação às normas de gestão de resíduos sólidos que entram em vigor no País a partir deste ano, a Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO) se antecipu e apresentou ao Ministério de Meio Ambiente um modelo de gerenciamento inspirado em práticas de reciclagem adotadas nos países europeus. Pela proposta, aos aspectos ligados à sustentabilidade somam-se vantagens econômicas. Na estimativa da entidade, quatro anos depois de implantado, o novo modelo já poderá elevar para 50% o índice de reciclagem do setor vidreiro. Em termos financeiros, significa passar dos atuais R$ 60 milhões para R$ 120 milhões por ano. Dependendo da adesão das empresas e dos municípios, é possível que a reciclagem de vidro movimente cerca de R$ 220 milhões por ano.
Expediente Direção Geral Diogo Ortiz Reinaldo Campos
eEditora x p e d i e n t e Irina Schneider
irina@vidroimpresso.com.br
Diretora de Arte Monica Raynel
Designers Amanda Justiniano Emerson Almeida Ricardo Garcia
Publicidade contato@vidroimpresso.com.br
Administrativo e Financeiro Elisangela França
financeiro@vidroimpresso.com.br
Esse é um dos temas desta edição, que focaliza ainda a laminação de vidros com resinas e polímeros, atividade que encontra espaço crescente em nichos que optam por um processo artesanal, produções reduzidas e peças sob medida.Trata-se, também, de uma solução rápida e econômica para a reposição de vidros laminados.
Atendimento ao leitor
Ainda neste número de Vidro Impresso, além do habitual e amplo panorama das novidades no mercado vidreiro, confira exemplos da contribuição do vidro para a estética e funcionalidade de espaços culturais que se constituem em verdadeiros ícones arquitetônicos das cidades que os abrigam.
Empresas do Grupo
Daniel Copia atendimento@vidroimpresso.com.br
Revisão Zuleika Martins
Guia do Vidro www.guiadovidro.com.br
OC Publicidade www.ocpublicidade.com.br
Tenham uma ótima leitura!
Imprensa contato@vidroimpresso.com.br
Assinatura e informações sobre a Revista Vidro Impresso podem ser obtidas através do site: www.vidroimpresso.com.br ou pelos telefones: + 55 11 2628-7809 + 55 11 2261-3732 Periodicidade: bimestral Tiragem: 10.000 exemplares Circulação: nacional Impressão - IBEP - Divisão Gráfica ltda.
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Escreva! Envie sua opnião, dicas e sugestões
E-mail: atendimento@vidroimpresso.com.br Cartas: Redação Revista Vidro Impresso Rua Manuel Gaya, 310 – cj. 01 CEP 02313-000 São Paulo – SP – Brasil Fax: +55 11 2261-3732 As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. A revista Vidro Impresso reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.
Recebi a última edição da revista Vidro Impresso e está realmente muito bonita e informativa. Parabéns à redação e a toda equipe pelo excelente trabalho! Daniel Domingos Solutia Olá pessoal, Show de bola a 5ª edição da revista Vidro Impresso. Parabéns para direção e toda equipe. Abraços, Ailton Fernandes Opera Marketing Sempre fui fã de vocês pela ousadia. Porém espero ainda mais da sua revista – creio que o segmento precisa de mais desafios. Edison C. Moraes Atenua Som Parabéns pelo trabalho virtual da revista Vidro Impresso, está preciso e claro para pesquisa. Gostaria de saber se a Brasibras poderá aparecer também nesta etapa, como fornecedores. Vanessa Silva Camacica com. de maquinas e equipamentos
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RESPOSTA VI Olá Vanessa O Guia de Fornecedores é uma página personalizada oferecida com exclusividade para os anunciantes de cada edição. Sou assinante da Vidro Impresso e fiquei bastante curioso com as reportagens da última edição. A matéria A Academia do Vidro, sobre o maior museu do vidro do mundo, e a entrevista com o consultor Mauro Akerman estão muito interessantes. São nestas literaturas que precisamos nos apoiar. Aproveito para sugerir uma reportagem sobre a historia do espelho e suas artes, pois sou deste ramo e gostaria de ter dicas para diversificar técnicas e produtos. Raimundo Nonato Costa Araujo RESPOSTA VI Prezado Raimundo Ficamos satisfeitos em saber que as matérias da revista Vidro Impresso vêm agregando valor e conhecimento aos nossos leitores. Com respeito à sugestão sobre a história do espelho e suas artes, encaminhamos a dica para nossa redação, que terá enorme prazer em pesquisar o tema. Tendo alguma novidade sobre o assunto, fique à vontade para compartilhar. Agradecemos pela indicação.
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No portal da Revista Vidro Impresso você se informa sobre as feiras e eventos do setor O portal da revista é constantemente atualizado com as principais feiras e eventos que ocorrem no Brasil e no mundo. Por meio desta importante página, o internauta tem acesso a datas, locais, website e um breve resumo do que está acontecendo e vai acontecer no mundo do vidro e seus componentes. Vale a pena conferir! Acesse http://www.vidroimpresso.com.br/Lista_de_Feiras.aspx
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arte em vidro
Engenho e arte União de criatividade e tecnologia impulsiona o uso de móveis e peças de vidro na formação dos ambientes É crescente entre profissionais ligados à arquitetura e decoração a tendência de explorar o vidro como material de destaque, tanto em móveis e ambientes, como em objetos. Responsáveis por detalhes que fazem a diferença na composição dos espaços, as peças de mobília ganham formas e acabamentos sempre surpreendentes nas mãos de designers, decoradores e artesãos que fazem do vidro a matéria-prima principal de suas criações. Embora frequentes em projetos ultramodernos, os móveis de vidro são usados há mais de 3 mil anos e já eram cobiçados desde os tempos medievais, quando reis e rainhas europeus faziam questão de mobílias que imprimissem identidade às dependências de seus castelos. Desde então, designers e artistas recorrem ao vidro para desenvolver móveis únicos e exclusivos. A transparência no mobiliário imprime leveza, estilo e sofisticação. Além disso, o vidro pode ser usado em qualquer ambiente, misturado a peças clássicas ou modernas, sem comprometer o estilo adotado. Em apartamentos menores, móveis de vidro estrategicamente posicionados contribuem para a sensação de amplitude, por interferir pouco no espaço visual, e ainda valorizam os objetos dispostos sobre eles. Referência para o mundo na área de design, a Itália tem sido pioneira também no desenvolvimento de técnicas para a criação de móveis de vidro que primam pelo arrojo e inovação, sem perder de vista o componente artesanal da criação artística. É o caso da Fiam, empresa italiana que, desde 1973, fabrica móveis em vidro revista Vidro Impresso
curvo, aliando modernos processos industriais a procedimentos manuais para produzir belos efeitos e acabamentos. “O vidro é um material aparentemente contraditório, por reunir características ancestrais e simultaneamente industriais, por ser ao mesmo tempo forte e delicado, natural e artificial”, afirma o designer Vittorio Livi, fundador da empresa. “Além de limpo, o vidro é ecologicamente correto e simples na aparência, mas ao mesmo tempo complexo em sua composição física e química”, comenta o designer, que tem o material como protagonista exclusivo de suas criações. Líder mundial em seu setor, a Fiam conta com a criatividade de mais de 50 designers para o desenvolvimento de suas coleções, comercializadas mundo afora, algumas delas expostas em 20 museus internacionais. Segundo Livi, nenhum processo de manipulação do vidro seria possível sem a experiência de mestres artesãos e suas técnicas de modelagem, corte, afiação e escultura. “Um profissional do vidro deve ser capaz de prever, avaliar, quantificar e encontrar as soluções para cada caso”, afirma o designer. E acrescenta: “Durante o processo de dobra do material, a experiência do mestre e sua capacidade de trabalhar em harmonia com o operador do forno são essenciais para o controle da forma e o sucesso da operação, que, embora resulte em um objeto produzido com tecnologias sofisticadas, resume-se na essência em unir ofício e arte. Na Fiam, o mestre artesão é considerado o autor da peça, tanto quanto o criador”.
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1. Peças únicas. A habilidade dos mestres escultores da Fiam permitiu moldar a mesa de centro Atlas de modo a garantir a exclusividade de cada peça. “Olhar de cima para um de seus pés é como mergulhar na profundidade do oceano”, afirma o designer Danny Lane, criador da mesa
2. “Nunca teria pensado em criar uma cadeira de vidro. Mas minha desconfiança inicial quanto a uma idéia que parecia irreal foi superada pelo desejo de enfrentar o desafio. E de conferir se a Fiam seria suficientemente engenhosa para transformar a idéia em realidade”. Cini Boeri, designer da poltrona Ghost, da Fiam, em vidro curvo de 12 mm
3. Mesa de centro esculpida a mão, com tampo de vidro de 15 mm. A base é composta por cinco peças de 12 mm de espessura
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Criado-mudo Lim, da Tonelli
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arte em vidro
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Irreverentes
e funcionais Outro destaque na criação de móveis em vidro com desenhos arrojados e exclusivos é a também italiana Tonelli Design. Fundada há 30 anos, a empresa hoje é referência mundial entre designers de móveis pela ousadia de suas peças fabricadas exclusivamente com vidro. “Nossa filosofia é unir arte e tecnologia, irreverência e funcionalidade e, a partir de muita pesquisa e experimentação, criar móveis com linhas limpas e design moderno, tirando o máximo proveito do que o vidro oferece de melhor: sua transparência”, afirma o designer egípcio Karim Rashid, que integra o quadro de criativos da Tonelli.
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2 1. Como descreve seu criador, o designer Giovanni Garattoni, da Tonelli, a “Luz de Luna” é uma mesa “com nuances onduladas similares às que se formam na areia depois de a maré baixar”. Plano na superfície, o tampo de vidro é resultado de um processo único, que procura simular o efeito da erosão causada nas rochas pela água do mar 2. Mesa Splash, da Tonelli Design. “A base, em vidro fumê, pode ser usada como compartimento de suporte de revistas, enquanto o tampo em vidro extraclear surpreende com suas bordas arredondadas”, descreve o designer Karim Rashid, autor do projeto
Design sem
desperdício
O projeto Zero-Waste Design (algo como desperdício zero) foi criado pelo designer britânico Mohan Roy Shearer, que tem como proposta de trabalho o desenvolvimento de produtos e sistemas com foco na sustentabilidade e no reaproveitamento de material. “Só consigo pensar em design se estiver voltado para a sustentabilidade, eficiência e adequação”, afirma Shearer. Inspirado por essa concepção de “desperdício zero”, o designer cria móveis feitos integralmente com material reciclado. “Meu objetivo é resolver os projetos de forma criativa e experimental, extraindo o máximo possível de recursos já disponíveis”, diz o designer. “Crio meus trabalhos com foco no reaproveitamento não somente de energia e de material, mas também de habilidades, ideias e boa vontade.” Explorar materiais já usados para outras finalidades resultou na criação da Tem Green Wee Shelving, um conjunto de prateleiras modulares montadas com peças de madeira e garrafas de
cerveja. “É um sistema compacto que pode ser facilmente montado, desmontado e adaptado, ideal para quem muda de casa com muita frequência”, descreve Shearer. O protótipo foi executado em parceria com a Coach House Trust, uma ONG de Glasgow voltada para ações sociais e ambientais, e usou garrafas e madeira do centro de reciclagem da instituição. “É possível usar qualquer tipo de madeira e adaptar as dimensões de acordo com o material disponível”, completa o designer.
papo direto
para o setor vidreiro
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Alta tecnologia
Há quase 25 anos, o vice-presidente para a América do Sul da multinacional Glaston, Moreno Magon, iniciava uma trajetória profissional que lhe traria vasta experiência e um conhecimento aprofundado do mercado de máquinas e tecnologia para o mercado vidreiro, no Brasil e mundo afora. Nascido na Itália, Magon iniciou sua carreira aos 17 anos, no setor de produção de ferramentas da Bavelloni, empresa do Grupo Glaston especializada em maquinário para processamento de vidros para arquitetura e a indústria moveleira. Em cinco anos, tornou-se representante de vendas internacionais e, em 1998, foi designado chefe de vendas para o mercado sul-americano, com base no Brasil. Nomeado vice-presidente em 1998, desde então comanda todas as operações comerciais da Glaston para a América Latina. Pioneira em soluções de máquinas, equipamentos e software para o setor vidreiro, a empresa tem fábricas instaladas em cinco países e três continentes. No Brasil, surgiu a partir da junção de três empresas bem sucedidas no mercado nacional, Tamglass, Z. Bavelloni e Albat+Wirsam, com a estratégia de ser a única capaz de oferecer um leque completo de soluções para o segmento. Em entrevista a Vidro Impresso, Moreno Magon fala sobre a atuação da Glaston no mercado nacional e mundial, expõe sua visão sobre o setor de máquinas e tecnologia e afirma que, apesar dos entraves da economia informal, que tendem a desacelerar a evolução econômica do Brasil, o País tem conseguido, pouco a pouco, reduzir o gap tecnológico que havia, até pouco tempo atrás, entre as economias clássicas e as emergentes. Vidro Impresso – Como avalia as perspectivas para o setor vidreiro no Brasil? Magon – O cenário é favorável por
várias razões. O mercado de arquitetura prevê um grande crescimento diante dos vários projetos políticos e de infraestrutura ligados à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016. Adicionalmente, o projeto Minha Casa Minha Vida dará impulso ao negócio da construção civil. Outro segmento com grande potencial é o da energia solar, por meio da difusão dos vidros fotovoltaicos. O Brasil é visto pela Glaston como uma opção para a retração nos mercados tradicionais?
Com o boom dos mercados emergentes, a empresa se alinhou a uma nova estratégia de negócios e vê o revista Vidro Impresso
Brasil como um mercado interessante. Infelizmente, a economia informal contribui para a redução do potencial de investimentos, retardando a evolução econômica do país. Nossa estratégia, tanto de vendas como de produção, é oferecer ao consumidor final um produto mais próximo de sua realidade, levando em conta as particularidades regionais, de modo a comercializar tecnologias e soluções 100% adaptadas a cada país.
produção em Diadema de fornos de têmpera, máquinas de pré-processo, como retilíneas, lavadoras e furadeiras, além de rebolos e acessórios. Paralelamente, oferecemos o desenvolvimento de soluções em software.
Em que países estão localizadas as fábricas da Glaston? Quais são as empresas do grupo presentes no Brasil? Quais os produtos comercializados no País?
Com certeza o negócio que mais movimenta a economia é a engenharia, seguida pelo setor automotivo, eletrodoméstico e de decoração. Infelizmente o segmento de energia solar ainda não tem crescido como em outros mercados emergentes. Contudo, acredito que nos próximos cinco anos o Brasil terá a sua atenção
Temos fábricas na China, Alemanha, Finlândia, Itália e Brasil. Aqui, a Glaston abrange as marcas Tamglass, Bavelloni e Albat & Wirsam, com
Em que áreas estão as melhores oportunidades para a Glaston Bavelloni no Brasil: arquitetura e construção ou indústria? Ou, por outro ângulo: no fornecimento de máquinas ou na prestação de serviços e soluções de software?
O desafio que o Brasil deve enfrentar a médio e longo prazo é o aumento das exportações, principalmente de produtos acabados. Uma redução na carga tributária contribuiria para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros voltada a esse tipo de solução. As soluções de software fazem das máquinas da Glaston únicas, já que garantem melhor eficiência de produção. Atualmente temos cinco áreas de negócio: Pré-processo (PP), Tratamento do vidro (HT), Software soluctions (SW), Ferramentas (Tools) e Melhoria na capacidade produtiva e na eficiência dos equipamentos pósgarantia (SE). Cada uma dessas áreas oferece oportunidades sazonais. Contudo, uma área a que a Glaston dispensa particular atenção é a SE, no intuito de se aproximar dos clientes e prever soluções para suas possíveis necessidades.
tecnologias e como têm ajudado a impulsionar o setor vidreiro?
Nesse quadro, que diferenciais a Glaston Bavelloni tem a oferecer?
Com a adoção das tecnologias de automação e mecanização nas linhas de produção, a indústria de máquinas tem um novo desafio pela frente: acelerar a relação entre a rotina do chão de fábrica e os processos de tomada de decisão de uma empresa. Como acredita que esse desafio pode ser vendido?
Todos os nossos produtos visam a qualidade total, levando em consideração custo x beneficio para nossos clientes. Diferencial em HT: qualidade a custo de produção inferior. Diferencial em PP: qualidade, tradição e competência. Em SE, o diferencial “Glaston Care”, que possibilita a redução dos custos de manutenção. Em relação à área de negócio” Tools”, somos os únicos a oferecer uma completa gama de produtos com rebolos diamantados, polimentos e resinóides, com 64 anos no mercado de ferramentas. Em Software, são 280 engenheiros especializados em desenvolver as mais modernas soluções para os clientes. Quais são as últimas tecnologias disponíveis no mercado de máquinas para vidro? A que se destinam essas
Um dos últimos lançamentos da Glaston é o ILook, um sistema inovador para controlar automaticamente a qualidade dos vidros temperados. Os fornos ProE e FC 500 resumem toda a tecnologia de 40 anos das marcas Tamglass e Uniglass, o que há de melhor no mercado de produto para têmpera, unindo maior produtividade e menor custo. OProE processa vidros de segurança planos para uso solar, arquitetônico, IG, industrial e automotivo. O forno é conhecido pelo seu exclusivo sistema de aquecimento por convecção de perfis.
A Glaston orienta os empresários a encarar esses desafios como uma oportunidade de negócios. O software ”Panorama”, com tecnologia Albat &Wirsam, possibilita melhor gerenciamento, por meio de um panorama online do que acontece no chão de fábrica. O crescimento do setor de máquinas costuma estar vinculado ao otimismo do mercado de um modo geral. Nesse sentido, o momento atual é favorável ao Brasil?
Sim, com a grande demanda de in-
fraestrutura, a construção em alta, os eventos em 2014 e 2016 e principalmente o crescimento da economia interna. O desafio que o Brasil deve enfrentar a médio e longo prazo é o aumento das exportações, principalmente de produtos acabados. Uma redução na carga tributária contribuiria para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros. Em relação a outros países, como avalia o nível de adoção e desenvolvimento de tecnologias mais avançadas no Brasil?
O mercado vidreiro no Brasil é marcado por empresas que atuam de maneira pulverizada. Já em outros países da América Latina o mercado é mais centralizado, com a maior fatia nas mãos de poucos. Consequentemente, a exigência tecnológica é maior no Brasil. A energia fotovoltaica tem mais perspectivas num Brasil ensolarado ou numa Finlândia com dias curtos e invernos prolongados?
A tecnologia de energia solar está em constante evolução. Não há distinção de local, até porque existem paineis fotovoltaico que funcionam à noite. Em um artigo no site www. desertec.org, é possível constatar que 6 horas de sol num deserto africano poderiam produzir energia elétrica para abastecer o mundo por um ano. A propósito, o GPD Glass Performance Days, evento organizado pela Glaston que ocorrerá na Finlândia, abordará importantes temas ligados à energia solar. revista Vidro Impresso
produtos
Para todos os
gostos
Novas fechaduras para vidro temperado aliam design arrojado a mecanismos de travamento e abertura que vão da velha chave a sistemas codificados e leitores biométricos
As fechaduras com maçaneta da linha especial 520-FMA e 520-FMB, da Belga Metal, têm design clean, especialmente desenvolvido para se adequar à leveza visual do vidro. O modelo com maçaneta em formato “bola”, acima, foi concebido para agregar segurança, funcionalidade e estética às portas de vidro. Instalado por meio de furação no vidro, o produto é produzido em latão e inox que, segundo os fabricantes, garantem melhor acabamento que outros materiais.
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Fotos: Divulgação
Belga Metal
Praticidade na instalação, leveza e estética no acabamento, tecnologias de segurança contra arrombamento, resistência à ação do tempo. As fechaduras para vidro disponíveis no mercado têm incorporado funcionalidades que permitem sua aplicação nos mais diversificados projetos. “Não há um tipo específico de fechadura que se adapte melhor ao vidro: a escolha do modelo depende muito do projeto, do tamanho das portas e janelas e do diferencial que se pretende agregar”, afirma o gerente da fabricante de ferragens Safira, Valdinei Souza. Por muitos anos, o mercado brasileiro se ressentiu da carência de novas soluções em fechaduras para portas de vidro temperado. “Há pouco tempo atrás, nem sequer fechaduras com maçaneta havia como opção para o consumidor”, lembra Claudia Patricia Lopes, gerente de produtos da divisão Glass da Dorma. “A partir da abertura do mercado para importações, o segmento vidreiro foi forçado a se atualizar em busca de produtos e modelos que atendessem a uma clientela cada vez mais bem informada e exigente”, acrescenta. O resultado foi uma proliferação de diferentes modelos de fechaduras para vidro, das mais simples, com mecanismo mecânico, cilindro e chaves comuns, às mais modernas, com chave codificada, mecanismo eletromecânico e eletromagnético, acionadas por controles remotos, códigos de acesso, leitoras de cartão e até leitores biométricos. Confira algumas opções desenvolvidas e comercializadas por firmas do setor, com diferenciais que vão de design arrojado a sofisticados mecanismos de trava e acionamento.
Dorma
A linha de fechaduras SM ECO, da Dorma, traz uma importante inovação no sistema de fixação ao vidro, eliminando a necessidade de adesivos na instalação. A linha associa vantagens técnicas, estéticas e de segurança a uma ação inédita a favor da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente: o produto é inteiramente reciclável e a Dorma se compromete a recomprá-lo, a preço de sucata, quando for necessária a troca. O valor pode ser usado na compra de outros produtos da empresa. Os produtos da linha SM ECO podem ser encontrados nas cores prata, preto, branco e marrom.
Glass Vetro
Especializada em ferragens e acessórios para vidro, a Glass Vetro destaca em sua linha de produtos a fechadura biométrica, tecnologia que dispensa o uso de chaves. Após um cadastro, as digitais armazenadas permitem a abertura da porta. Alimentada por pilhas comuns, comporta o cadastramento de até 500 registros digitais. Outra vantagem do modelo é o trancamento automático, assim que a porta bate. Produzido em zamac, material mais barato que o aço, mas que oferece estética similar e propriedades anti-ferrugem, o produto tem acabamento na cor prata.
Safira
As fechaduras da Safira são feitas em alumínio injetado, o que propicia formas mais definidas, com curvas suaves, e total reciclagem ao fim de sua vida útil. Juntas translúcidas, fixadores em inox e tratamento de superfície específico para alumínio são inovações da linha de produtos da empresa. Ao lado, o modelo de fechadura S 3530, em liga de alumínio, que tem como diferenciais tecnológicos fluidez e resistência a pressão e corrosão. Os revestimentos aplicados à superfície são pintura eletrostática a pó, em branco, preto, bronze e metálico, e cromagem nas cores cromo e bronze.
Super5
Fabricante de ferragens em alumínio para vidro estabelecida na região Sul da Brasil, a Super 5 oferece, entre seus modelos mais inovadores, a fechadura biométrica Stand Alone. Para instalação tanto em portas de vidro temperado quanto de madeira, o produto apresenta maçaneta reversível, capacidade para armazenar até 120 digitais, design sofisticado e acabamento em cromo escovado com placas em METALIC. Resistente à umidade e à maresia, oferece três modos de acionamento: por impressão digital, código ou chaves. O produto da Super 5 funciona com 4 pilhas AA, que duram mais de 12 meses. Não requer cabo ou ligação elétrica e conta com sensores de alta resolução, desenvolvidos pela americana Texas Instruments. revista Vidro Impresso
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Flash
Notícias, lançamentos e curiosidades. Acompanhe aqui os últimos acontecimentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva.
Guarda-corpos para estádios A Glass Vetro trouxe para o Brasil uma nova linha de ferragens voltada para a segurança em estádios e centros esportivos. O lançamento do Easy Glass 3KN, um sistema para guarda-corpo e corrimão fabricado pela alemã Q-Railing, visa suprir uma demanda por soluções seguras na aplicação do vidro nesses projetos. De fácil instalação, as ferragens produzidas em aço inox 304 mantêm a estabilidade do vidro em situações em que os estádios recebem uma carga muito pesada, como em um clássico de futebol. Composta por peças prémontadas, a linha pode gerar uma economia de até 40% no tempo de instalação. A empresa também lançou recentemente seus conectores multifuncionais, usados em diferentes tipos de instalação para prender o vidro à alvenaria ou a outro vidro, possibilitando a união de até três peças em diferentes ângulos com uma única peça.
Fiat 500 dentro de casa As bucólicas paisagens da Itália são o mote da coleção Fiat 500 Design de móveis. Fruto da parceria entre a Fiat, o designer Lapo Elkann e a empresa italiana Meritalia, a linha usa como base o modelo Fiat 500, clássico da montadora italiana nos anos 1970. Destaque da coleção, a mesa de jantar “Pic Nic”, ao lado, é de vidro temperado sobre uma réplica da dianteira do Fiat 500, com suportes de alumínio polido. A intenção, segundo os criadores, é trazer para dentro do lar a sensação de um piquenique. revista Vidro Impresso
Cone de vidro Uma estrutura cônica de vidro marcará a fachada do novo edifício-sede do Parlamento Aberto da Albânia, que será construído na capital do país, Tirana. Concebido pelo escritório austríaco Coop Himmelblau, além do cone de vidro, que será a sala principal do parlamento, o projeto prevê para o edifício uma fachada toda envidraçada e uma segunda pele de aço perfurado, que têm a função de captar luz, além de fornecer e ventilação natural e proteção contra ruído. A escolha do vidro para compor o prédio permitirá que as sessões sejam vistas por quem quiser. Uma grande escada dará acesso à cobertura,na verdade uma grande praça elevada, de onde será possível visualizar as sessões do parlamento. Segundo os arquitetos, o design incorpora características fundamentais da democracia, como abertura e transparência. “Os diferentes elementos do edifício não se opõem, mas coexistem em um edifício com uma estética contemporânea que permite a visualização de novas funções e objetivos”, afirmam os autores do projeto, que, segundo eles, foi desenvolvido com três objetivos: criar um ícone urbano para Tirana, popularizar a eficiência energética e oferecer uma nova área de lazer para a região.
Kit Luna O kit Luna é o mais recente lançamento da Idéia Glass, fabricante de ferragens para box voltada para soluções que unam funcionalidade e design diferenciado. A novidade é destianada a box de vidros curvos e apresenta roldanas aparentes como principal diferencial de acabamento. O Luna pode ser fornecido com duas peças (uma fixa e uma porta de correr) ou com três (duas fixas e uma porta de correr). O Fotos: Divulgação
produto será comercializado em vidraçarias e revendas especializadas em todo o Brasil, em parceria com a Unividros, fornecedora das peças de vidro curvo. revista Vidro Impresso
Fotos: Divulgação
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Pastilhas de alta definição As pastilhas de vidro da Nueva Glassdecor Brazil, trazidas recentemente da Europa para o mercado brasileiro, permitem estampar qualquer imagem em qualquer dimensão. Feitas com vidro 100% reciclado, podem ser exploradas em ambientes internos e externos, em pisos, paredes ou tetos. A Nueva Glassdecor Brasil trabalha em parceria com arquitetos, designers, artistas plásticos e profissionais do ramo de decoração, no desenvolvimento de projetos personalizados. As possibilidades são infinitas: a tecnologia permite reproduzir desde pinturas, com a precisão de cada pincelada da artista, a fotografias e estampas diferenciadas e inovadoras. A flexibilidade do material permite acompanhar o movimento do ambiente, com curvas e inclinações, unindo pisos, paredes e tetos em uma única imagem.
A fabricante de perfis de alumínio Perfileve anunciou,
Garrafa e taça integradas
em abril, a conquista da certificação de qualidade ISO
A partir de uma pesquisa sobre o
9001. Com uma produção atual de 700 toneladas por
equilíbrio da pressão atmosférica
mês, a empresa vinha se preparando para a obtenção
e da água, o designer japonês
do certificado ao longo de todo o ano de 2010, por
Kouichi criou o Glass Tank,
meio de altos investimentos em infraestrutura fabril
uma garrafa de vinho com taça
e equipamentos de última geração. A certificação se
acoplada. À medida em que se
traduzirá em garantia de padronização de processos e
bebe o vinho, a taça integrada
de aumento dos índices de eficiência, mas se constitui,
no design é enchida novamente,
Perfileve
sobretudo, em um atestado da qualidade oferecida pela Perfileve.
mantém uma quantidade constante de líquido. O vidro empregado é resistente ao calor e o produto está à venda na loja online GSelect, a cerca de R$ 600,00.
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Alumínio e PVC A fabricante alemã de esquadrias Weiku lançou no Brasil a linha TitanTec, que une as vantagens do PVC e do alumínio em produtos adequados ao clima do País. Fabricada com tecnologia alemã, a nova linha agrega flexibilidade aos projetos de arquitetura, com todos os benefícios das esquadrias em PVC, como isolamento térmico e acústico. O grande diferencial, segundo os fabricantes, é o acabamento externo em alumínio.As portas e janelas da linha TitanTec podem receber pintura em todas as cores (RAL). O acabamento pode ser polido e/ou escovado, dando liberdade de desenho. “Com a Fotos: Divulgação
linha TitanTec, proprietários e profissionais da área terão seus imóveis e projetos mais valorizados e personalizados”, destaca o diretor de Marketing da Weiku, Michael Lochner.
Cores em movimento As pastilhas de vidro da americana Moving Color exploram as mais criativas possibilidades de cor e movimento. A empresa dispõe de tecnologia que permite uma constante metamorfose de formas e cores conforme a mudança de temperatura. As linhas de produtos da Moving Collor incluem efeitos como o da Northern Light, formada por pastilhas pretas em temperatura ambiente, mas que navegam por diferentes espectros de cores quando em contato com o calor (da água quente, do aquecedor ou do próprio toque). A empresa também fabrica painéis de vidro texturizados, que oferecem efeitos similares aos das pastilhas, além de várias linhas de pastilhas decoradas com diferentes temáticas, que também se movimentam e mudam de cor à medida que a temperatura varia. As pastilhas são disponíveis em diversos tamanhos e para todas as superfícies – parede, piso e bancada, com diferentes texturas. São todas feitas à mão e com vidro reciclado.
Arranha-céu de cristal A prefeitura de Paris aprovou em março o projeto da Tour Triangle, edifício envidraçado em forma de pirâmide projetado pelo escritório de arquitetura suíço Herzog & De Meuron para uma área do Parque de Exposições da Porte de Versailles. Para ser erguida, a pirâmide de vidro de 50 andares e 180 m de altura exigirá a alteração de uma lei que impede a construção de prédios com mais de 37 pavimentos. Aprovada em 1977, a lei tem como objetivo garantir o domínio visual da Torre Eiffel, de 324 m de altura, no skyline da capital francesa. Vencedores do Prêmio Pritzker de 2001, os arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron são autores de projetos como o da ampliação da galeria Tate Modern, em Londres, do estádio Olímpico “Ninho de Pássaro”, em Pequim, e do futuro complexo cultural da Luz, em São Paulo. revista Vidro Impresso
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Templo de garrafas Monges budistas da cidade de Sisaket, na Tailândia, encontraram uma forma de unir fé religiosa e consciência ambiental. O templo Wat Pa Maha Chedi Kaew, localizado no Leste do país, a aproximadamente 600 km de Bangcok, foi construído com mais de um milhão de garrafas de vidro. As garrafas começaram a ser usadas em 1984, no princípio para decorar os abrigos dos monges. Os visitantes passaram a doar o material e desde então os religiosos já construíram pagodes, sanitários, abrigos, sala de cerimônias, altares para Buda e um crematório. “Quanto mais garrafas chegarem, mais prédios faremos”, disse o abade San Kataboonyo, morador do convento.
Um dos tipos de garrafa coletados ao longo de 27 anos para a construção do templo
Wurth lança Fixa Espelho A multinacional alemã Wurth, especializada em peças de fixação, produtos químicos, ferramentas e EPI’s, lança no mercado o adesivo Fixa Espelho, desenvolvido para colagem e fixação de espelhos e coverglass (vidro pintado). O produto não tem solventes, o que o livra da formação de manchas no espelho que podem ser causadas por cola ou silicone convencionais. De aplicação simples e secagem rápida, o produto também dispensa o uso de manta de poliuretano na instalação, proporcionando melhor acabamento e agilidade ao trabalho. Segundo os fabricantes, o Fixa Espelho da Wurth tem alto poder de adesão e elasticidade, o que lhe confere resistência a trepidações, movimentação e ao envelhecimento, podendo ser aplicado em diversos tipos de substratos, como móveis e estruturas de madeira, metal e plástico além de paredes de alvenaria, drywall externas, não havendo o risco de descolar com chuva ou vapor de água. “Trata-se de um produto polivalente e de bom rendimento - um cartucho de 410 gramas fixa até 6m² de espelho”, afirma Ricardo Almeida, técnico de Desenvolvimento de Produtos da Wurth do Brasil.
Luminescência A artista plástica portuguesa Teresa Almeida trouxe para o Brasil, no mês de abril, suas esculturas exclusivas feitas em vidro luminescente. As técnicas patê de verre e casting, empregadas pela artista, são resultado de intensas pesquisas para o desenvolvimento de fórmulas que imprimissem cor e efeito luminoso ao vidro quando exposto à luz ultravioleta. Realizada no Centro Histórico da Unversidade Mackenzie, a exposição foi patrocinada pela Abividro, associação que reúne as indústrias automáticas de vidro do país.
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e placa cimentícia. O adesivo também é resistente em ambientes úmidos, como banheiros, saunas e áreas
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Rebolos para vidro plano A Winter, marca da Saint-Gobain Abrasivos, acaba de trazer para o mercado a linha de rebolos Winter Glass, empregada em processos de acabamento de vidros planos. A novidade será apresentada na Feimafe 2011 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura que será realizada entre os dias 23 e 28 de maio, no Anhembi, em São Paulo. Os rebolos da linha Glass atendem às necessidades de empresas vidreiras voltadas para os setores da construção civil e arquitetura, para as indústrias de móveis e para os fabricantes da linha branca. Disponíveis em vários formatos e especificações, os rebolos da linha Winter Glass são encontrados nas versões metálicos diamantados, resinas diamantadas, pétrea, borracha, óxido de cério e filtro sintético. São compatíveis com diversos modelos de máquinas para desbaste e polimento do vidro.
Novas normas para vidros corta-fogo Os vidros corta-fogo e para-chamas passaram a ter suas funções e aplicações claramente definidas, em São Paulo, com as instruções técnicas (ITs) que entraram em vigor no dia 10 de maio, com o decreto 56819/2011, assinado pelo governador Geraldo Alckmin. Entre os dias 3 e 5 de maio, membros do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo tomaram conhecimento das novas ITs em um seminário de segurança contra incêndios na Escola Superior de Bombeiros, em Franco da Rocha, Grande São Paulo. “Essa revisão é o final de um longo e árduo trabalho, iniciado já em 2007, cerca de três anos após a revisão anterior”, afirma o Capitão Marcelo Alexandre Cicerelli, do Departamento de Segurança Contra Incêndio do Comando do Corpo de Bombeiros. Segundo Cicerelli, as novas ITs trazem possibilidades de incluir os vidros corta-fogo e parachamas na proteção de aberturas que exijam materiais com essas propriedades, como átrios, por exemplo.
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A Bergan, marca líder no segmento de lavatórios em vidro no Brasil, apresentou a cuba Snow, em vidro moldado, disponível nas cores vermelho, preto e verde.
K I TC H E N A N D BAT H E X P O
A FEIRA DA SOFISTICAÇÃO revista Vidro Impresso
A espanhola Roca, dona do maior estande da feira, lançou o Innova Rádio, um espelho de banheiro com rádio FM estéreo, luz fluorescente, dispositivo desembaçador, relógio, medidor de temperatura ambiente e fonte de áudio auxiliar (MP3). O manuseio dessas funções é feito por meio de um teclado digital no próprio espelho.
Há tempos o banheiro e a cozinha deixaram de ser relegados a segundo plano nos projetos de decoração. Explorados por arquitetos e designers, esses dois ambientes da casa ganham especial notoriedade na Kitchen & Bath Expo, onde pipocam novidades e lançamentos em revestimentos, acabamentos, utensílios e acessórios. O vidro, em todos os casos, desponta como sinônimo de modernidade e sofisticação, tanto na composição quanto em pequenos detalhes dos ambientes. Em banheiros ultraluxuosos e cozinhas altamente tecnológicas, o material ganha crescente evidência, dando ares de requinte e leveza aos espaços e garantindo o tão desejado visual “clean” nos projetos. Realizada entre os dias 22 e 25 de março, a 6ª edição da Kitchen and Bath Expo comprovou sua importância como palco de tendências, negócios e encontros de relacionamento para toda América Latina. Arquitetos, designers de interiores, engenheiros, construtores e lojistas somaram os mais de 15 mil visitantes que percorreram o Transamérica Expo Center para conhecer as tendências apresentadas por 60 diferentes marcas. “Os mercados de luxo e construção civil estão extremamente aquecidos, fato confirmado com a forte afluência de um público altamente qualificado“, enfatiza Ligia Amorim, diretora- geral da NürnbergMesse Brasil. Entre os lançamentos de mais interesse estavam as banheiras de alta tecnologia, cabines de banho com LCD e até coifas com TV acoplada. “A Kitchen & Bath mostrou o que há de mais relevante no mercado premium mundial, com centenas de lançamentos que uniram design, luxo, conforto, tecnologia e sustentabilidade, além de praticidade e bem-estar em utensílios, equipamentos, acessórios e mobiliário para cozinhas e banheiros”, acrescenta Ligia. Cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, a tecnologia touch, que torna superfícies de vidros sensíveis ao toque, também figurou entre os destaques do evento, disponível em equipamentos como coifas e eletrodomésticos. Promovida pela NürnbergMesse Brasil, a feira contou pela primeira vez com a participação da americana Delta Faucet, a japonesa Toto, a argentina Fango Cubas e a alemã Hansgrohe. Entre os participantes internacionais, também fizeram parte da lista expositores que já estabeleceram filiais no Brasil, como a alemã Grohe e a portuguesa Sanindusa. Também pela primeira vez a Kitchen & Bath teve a Deca como patrocinadora oficial da feira.
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Evento comprova que, associado a estética e tecnologia, o vidro está cada vez mais presente na composição de cozinhas e banheiros
B OX D E V I D R O E M A LTA O setor vidreiro marcou presença com a UBV, que apresentou sua linha exclusiva de vidros texturizados para box de banheiros e divisórias, e com a Saint-Gobain Glass, que repetiu a parceria com a fabricante de ferragens para box Ideia Glass e exibiu o lançamento do box curvo com vidro impresso SGG Master-Carré. A Ideia Glass também apresentou um novo sistema de box com o vidro SGG Master-Shine, similar a pequenas bolhas em relevo que, quando expostas à luminosidade, provocam efeitos especiais de luz e reflexos. “Não dá mais para pensar em box como antigamente. Azulejos, cerâmicas e metais sanitários ganharam novos designs e os modelos de box precisaram acompanhar essa evolução”, comenta Jorge Menezes, diretor da Ideia Glass. A empresa reservou quatro lançamentos para a ocasião, que incluíram uma linha completa de kits para boxes curvos, sanfonados, box de canto e portas de passagem. “Amplamente usado nas construções de melhor padrão, percebemos que o box de vidro passou a ser um “objeto de desejo” das faixas de renda mais baixa. Com a ascensão das classes emergentes e na esteira do número de novas habitações entregues, o segmento experimentou um crescimento acima dos índices da construção civil”, afirma Caroline Sanchez, coordenadora de marketing da UBV. Entre os vidros apresentados pela empresa, a gerente chama a atenção para o design do Quadrato, com textura impressa em forma de quadrados. “O box de vidro valoriza a casa e confere um toque especial ao ambiente. Pelo pós-feira aquecido, certamente nossa mensagem foi transmitida com êxito aos visitantes”, completa Caroline.
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1. Em sua linha de boxes sanfonados, a novidade da Ideia Glass é o BoxFlex, composto de dois vidros, dobradiças e trilho deslizante na parte inferior. O modelo não usa trilho na parte superior, ao contrário das versões disponíveis no mercado | 2. Janelas antirruído da Atenua Som, expostas em cortes para que os visitantes conferissem o funcionamento das soluções acústicas da empresa | 3. UBV e Belcom unidas no evento | 4. Dobradiça para box 8500, da Belcom. Além da abertura externa e interna, a peça oferece durabilidade comprovada, com performance perfeita em mais de 80.000 ciclos | 5. A Saint-Gobain Glass lançou o box curvo com o vidro impresso SGG MASTER-CARRÉ®, de 8mm de espessura, que conta com desenho de pequenos quadrados compondo a textura | 6. Coifa Vison, da Falmec, com acabamento em vidro e TV acoplada
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19ª FEICON BATIMAT Muitas novidades e um público altamente qualificado marcaram a edição 2011 do maior evento da construção civil na América Latina As principais marcas do mercado de construção, com suas inovações, se reuniram em 85 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, durante a 19ª FEICON BATIMAT (Feira Internacional da Construção). O bom momento do mercado e as perspectivas otimistas para o setor foram o ponto alto do evento, que congrega toda a cadeia produtiva do segmento da construção e, este ano, atraiu mais de 120 mil visitantes. Realizada no mês de março, a FEICON contou com a participação de um público altamente qualificado que, segundo levantamento da organização do evento, era formado, por diretores de empresas (31%); presidentes (24%) e gerentes (14%), com elevado poder de decisão (46%). Países como Itália, Portugal, Espanha, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Turquia, México, Alemanha, Áustria e Argentina participaram com pavilhões especiais. Profissionais do setor puderam participar de rodadas de negócios e discutir os temas do momento na área de sustentabilidade. Com a demanda aquecida pela nova Classe C e estímulos federais ao setor – crescimento de 8,5%, acima dos 5% do PIB (Produto Interno Bruto) – a quarta maior feira da construção civil do mundo apresentou mais de 2,5 mil produtos aos profissionais visitantes, entre eles arquitetos, engenheiros, construtores, lojistas, representantes de home centers e compradores do Brasil e do Exterior, além de consumidores que estão construindo ou reformando imóveis.
A Linha GOS, lançada pela Zeloart em parceria com a Selta Metais e com a italiana Giesse, é indicada para aplicação em esquadrias e tipologias de correr. O sistema dispõe de isolamento acústico, térmico, alta estanqueidade, resistência à água, segurança anti-quebra e capacidade de movimentação e fecho de até 200 kg revista Vidro Impresso
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A torneira Unic Cascata, da Deca, vem com cascata d’água formada por uma pequena base de vidro que sai de sua bica. Além do visual diferenciado, o produto dispõe de um sistema de economia de água, com um restritor de vazão instalado no interior de sua bica
Portas pivotantes, da fabricante de portas e janelas em aço e alumínio Sasazaki. O lançamento, da Linha Aluminium, oferece abertura para ambos os lados e três tipos de acabamento: inox, madeira e na cor branca. Indicadas para a entrada de residências de alto padrão, as portas da Sasazaki também podem atender projetos arquitetônicos de imóveis comerciais
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“A quarta maior feira da construção civil do mundo apresentou mais de 2,5 mil produtos aos profissionais visitantes, entre eles arquitetos, engenheiros, construtores, lojistas, representantes de home centers e compradores do Brasil e do exterior, além de consumidores que estão construindo ou reformando imóveis” Outro ponto forte desta edição da mostra foi o aumento de expositores internacionais, representados por 120 empresas de 20 países – cerca de 15% do total dos expositores. “O Brasil está em um momento de grande visibilidade por conta da realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016”, ressaltou a diretora da Feira, Liliane Bortoluci. Segundo o presidente da ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), Dilson Ferreira, a presença de um público cada vez mais qualificado favorece significativamente a geração de novos negócios. “O evento foi, mais uma vez, um grande ponto de encontro, de negociações, contribuindo para o clima de otimismo justificado que existe no setor há algum tempo”, afirmou. A PKO do Brasil foi a principal representante do segmento vidreiro no evento, com a apresentação de produtos como os vidros tecnológicos PKO Privacy Glass, PKO Lighting Glass, Pedras Sustentáveis, PKO Stones e vidro insulado, ao lado da linha tradicional da empresa - temperados, laminados, etc. “Participar da 19ª FEICON BATIMAT significou, para a PKO, estar perto de mais de 150 mil potenciais compradores e também a oportunidade de apresentar sua linha de produtos e incrementar as vendas de 2011”, afirma Myrian Ang, Diretora de Marketing da empresa. Segundo ela, o estande da PKO recebeu a visita de mais 5 mil profissionais dos principais estados brasileiros, 80% dos quais foram novos contatos. “Mais de mil clientes se interessaram pelos nossos produtos e agendaram futuras reuniões de negócios. Além dos visitantes nacionais, recebemos profissionais da Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Itália”, acrescenta. O setor de ferragens e esquadrias foi representado por empresas como a Glass Vetro e a Zeloart. A primeira, especializada em ferragens e acessórios para vidro, levou à FEICON o lançamento de novas linhas de guarda-corpos e corrimões com sistemas Easy Glass. Fabricados pela alemã Q-Railing e distribuídos exclusivamente pela Glass Vetro, os sistemas trazem como diferenciais o
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O corrimão da linha Easy Glass Evolution, da Glass Vetro com a alemã Q-Railing, emprega peças pré-montadas, encaixadas umas nas outras sem exigir soldas. A instalação pode ser feita em duas horas
Destaque da empresa, o PKO Lighting Glass é um vidro feito com pequenos pontos de iluminação led. Produzido por um processo de laminação, o produto leva uma película incolor entre as camadas de vidro, onde são inseridos os leds, de acordo com o desenho criado. O acionamento do led é feito por microfios condutores de energia dispostos na película base. Aplicados em circuito impresso, os microfios tornam-se imperceptíveis quando iluminados
design inovador, a segurança e a praticidade de instalação - reduzem em torno de 30 a 40% no tempo de montagem. A empresa apresentou ainda uma versão de espelhos de segurança inédita no Brasil, feita com lente de policarbonato, o que torna o produto inquebrável. A novidade da Glass Vetro apresenta 200 vezes mais resistência a impactos se comparada aos espelhos tradicionais com lente de vidro. Já a Zeloart, que atua na fabricação e instalação de esquadrias de alumínio para o mercado residencial, apresentou novidades como a janela oscilobatente que posibilita dupla abertura (abrir e tombar), permitindo ventilação total ou parcial; a porta osciloparalela, ítem de correr que permite a mesma vedação térmica e acústica de um caixilho de tombar; e a janela pivotante, fruto de parceria com a Schüco, empresa alemã que desenvolve sistemas completos de alumínio. O estande da empresa também exibiu a linha GOS, lançada em parceria com a Selta Metais e a Giesse, fabricante italiana de acessórios e componentes para esquadrias de alumínio. “A FEICON é uma excelente oportunidade para conhecer melhor eventuais outros parceiros e realizar futuros negócios”, comenta Ricardo Martins, gerente comercial da Zeloart. revista Vidro Impresso
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Expo Revestir 2011 supera expectativas, reúne mais de 40 mil visitantes de 60 países e gera US$ 170 milhões em negócios. Os destaques do setor foram o vidro pintado Coverglass, da Cebrace, e o primeiro box espelhado do mercado, lançado pela Guardian
Coverglass, vidro pintado lançado pela Cebrace. O produto pode ser usado tanto em móveis quanto em ambientes internos, residenciais e comerciais, como revestimento de paredes ou como portas
O Transamérica Expo Center, em São Paulo, recebeu entre os dias 22 e 25 de março a 9ª edição da Expo Revestir – Feira Internacional de Revestimentos. Anual e considerado o maior evento do setor de revestimentos da América Latina, a Revestir reuniu 200 expositores nacionais e internacionais, de 60 países, que movimentaram US$ 170 milhões em negócios ao mostrar as novidades do setor em todos os segmentos para cerca de 40 mil profissionais entre arquitetos, designers de interiores, construtores, e profissionais de revenda. Considerada por muitos a Fashion Week da Arquitetura e Construção, a feira trouxe o que há de mais atual na indústria mundial de revestimentos e acabamentos. No segmento vidreiro, a Cebrace destacou em seu estande o vidro Coverglass, novidade que chega ao mercado de decoração para atender projetos diferenciados que necessitam de acabamentos requintados e pouco convencionais. “A sofisticação do vidro pintado está em cores mais vivas, que nunca perdem o brilho, com a vantagem de ser de fácil limpeza, sem necessidade de manutenção, fatores importantes para o dia a dia”, afirma Roberto Wertzner, gerente de marketing da Cebrace. Produzido a partir de um vidro comum (float), o Coverglass recebe na linha de produção uma pintura especial, o que lhe confere, além do acabamento colorido e de alto brilho, maior resistência. Disponível em cinco cores, a novidade da Cebrace pode ser usada como vidro monolítico ou laminado com resina. Além do vidro Ebony DiamondGuard 19mm, da linha DiamondGuard, a multinacional Guardian lançou o que muitos arquitetos e designers de interiores viram como uma grande aposta em projetos de banheiros: o primeiro box espelhado do mercado, feito a partir da tecnologia HD (High Durability) de vidros refletidos Guardian. “O efeito espelhado surge no lado mais claro do Box, normalmente na face externa, já que dentro do box a iluminação costuma ser inferior à do banheiro” explica Fernando Laydner, Gerente de Desenvolvimento de Mercado Já Saint-Gobain Glass participou de um estande do grupo Saint-Gobain, junto à Norton, Cebrace, Isover, Placo, Brasilit, para apresentar aplicações do vidro impresso em pisos e balcões. Outros destaques foram os lançamentos de pastilhas de vidro reciclado de diversos expositores, como Colormix, Vidrepur e D’Glass, que apresentou sua linha Recicle, feita com detalhes de sobras de vidro da própria produção de pastilhas. revista Vidro Impresso
Privacidade e amplitude: o efeito refletivo do Box Espelhado, lançamento da Guardian, afirma a tendência do uso de espelhos na decoração de interiores. Disponível nas espessuras de 8mm e 10mm, o produto pode ser temperado, laminado e curvado
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Fashion Week dos revestimentos
AL Puxadores.pdf 1 27/04/2010 09:10:19
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arquitetura e vidro Emilia Parentoni Emilia Parentoni Coordenadora dos cursos de Engenharia da
A energia fotovoltaica é fornecida por painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que, sob a incidência do sol, geram energia elétrica, ou seja, criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz. A energia gerada pelos painéis é armazenada em bancos de baterias para que seja usada em período de baixa radiação e durante a noite. As células solares contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas. O silício cristalino e o arsenieto de gálio são os materiais mais frequentemente utilizados na sua produção. Sendo que, os cristais de arsenieto de gálio são produzidos especialmente para usos fotovoltaicos e os cristais de silício tornam-se uma opção mais econômica porque são também produzidos para a utilização na indústria da microeletrônica. A célula mais utilizada é feita com o cristal de silício que, depois de dopado com boro, é cortado em pequenos discos, que são polidos para regularizar a superfície, sendo que a superfície frontal é dopada com fósforo e condutores metálicos são depositados em cada uma das superfícies, em que um contato em forma de pente é fixado na superfície virada para o Sol e o outro contato extenso é fixado no outro lado. Assim, os painéis solares fotovoltaicos são construídos dessas células cortadas em formas apropriadas, protegidas da radiação e danos, e revestidos pela aplicação de uma capa de vidro. A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares por meio do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico por meio da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (no caso átomos de silício), provocando a emissão de elétrons, e gerando corrente elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta. O uso de painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em elétrica é viável para pequenas instalações, em regiões remotas ou de difícil acesso. É, também, muito utilizado para a alimentação de dispositivos eletrônicos existentes em foguetes, satélites e astronaves. No Brasil, existe, atualmente, um Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica, instituído pelo Decreto nº 4.873, de 11 de novembro de 2003, e alterado pelo Decreto nº 6.442, de 25 de abril de 2008. Esse programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado com a participação da Eletrobras, que visa prover o acesso à energia elétrica à totalidade revista Vidro Impresso
Empresas e Ciências Contábeis. Doutora em Ciências em Engenharia de Transportes pela COPPE/ UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
da população do meio rural e ribeirinho, comunidades que vivem nas margens dos rios, que formam uma população excluída do fornecimento de energia elétrica. Para resolver essa realidade, o governo federal criou um projeto denominado “Luz para Todos”, para garantir o acesso ao serviço público de energia elétrica a todos os domicílios e os estabelecimentos dessas localidades. Esse programa de inclusão elétrica é considerado o mais ambicioso implementado no mundo e carrega vários benefícios, pois além de levar energia à população distante dos grandes centros urbanos, pretende oferecer soluções para utilizá-la como vetor de desenvolvimento social e econômico em comunidades de baixa renda, contribuindo para a redução da pobreza e para o aumento da renda familiar. De acordo com estudos recentes, ainda existem residências sem acesso aos serviços de energia elétrica no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Muitas dessas residências se localizam em áreas de difícil acesso, distantes da rede elétrica, em localidades com uma baixa densidade populacional, ou áreas de proteção ambiental, regiões onde as tecnologias de energias renováveis são as únicas, ou as mais econômicas opções de eletrificação, sendo necessários os SFD – Sistemas Fotovoltaicos Domiciliares – com geração de energia através de fontes renováveis, para atender a essas residências. Em geral, o custo de geração de energia com SFD – Sistemas Fotovoltaicos Domiciliares – ainda é bastante elevado. Em relação a todos os serviços de energia, a iluminação é um dos mais importantes e o custo das lâmpadas é insignificante em comparação com todo o sistema SFD, ou seja, utilizar lâmpadas incandescentes em sistemas fotovoltaicos é praticamente inviável se considerarmos os custos totais da lâmpada mais o custo do sistema de geração, uma vez que, uma lâmpada incandescente de 60W custa em torno de R$ 1,50 e o preço do SFD necessário para mantê-la acesa durante 3 horas por dia seria cerca de R$ 3.150,00. Sabemos que existe o desafio de levar energia elétrica a todos os domicílios brasileiros e que esse serviço público é direito da população e dever do estado, portanto o Governo Federal, por meio do programa “Luz para todos” está conseguindo avançar neste importante objetivo, utilizando a energia fotovoltaica nas comunidades rurais e ribeirinhas, porém para o total sucesso do programa é necessário persistir na busca de uma alternativa mais adequada à realidade econômica brasileira, fazendo com que o setor elétrico consiga diminuir os altos custos de implantação e manutenção deste sistema.
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nos cursos de Administração de
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quais são os principais desafios e entraves para o desenvolvimento deste recurso no Brasil?
Superior e Cultura –, no Rio de Janeiro, além de professora
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Energia fotovoltaica:
SUESC – Sociedade de Ensino
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arquitetura e vidro
Fórmula Uso arrojado do vidro ilumina e abrilhanta marcantes espaços culturais ao redor do mundo
Foto: Christian richters
A complexidade do espaço urbano exige um conjunto cada vez mais sofisticado de equipamentos relacionados a atividades artísticas e culturais. O conceito de estética do vidro já é parte fundamental da arquitetura moderna, e o desafio de aliar esta característica ao seu aspecto funcional, de conferir iluminação natural e adequada aos espaços, tem feito a presença do material uma constante em projetos de equipamentos culturais criados por arquitetos de renome em todo o planeta. Nas mãos de profissionais que não hesitam em explorar o vidro com irrestrita criatividade, museus, teatros, centros de exposição e complexos multifuncionais ganham novas linguagens arquitetônicas, marcam a paisagem urbana onde estão instalados e, por vezes, acabam por se converter em ícones daquela cidade para o resto do mundo. “É fundamental considerar a experiência do visitante quando se projeta um museu ou qualquer outro espaço cultural”, afirma o arquiteto Yann Weymouth, diretor da HOK Florida, responsável pelo projeto do recém-inaugurado Museu Dalí, na Flórida. “Um grande número de pessoas estarão visitando aquele lugar pela primeira vez e, por isso, a arquitetura deve ser de fácil compreensão e, ao mesmo tempo, uma experiência estimulante, uma aventura”, comenta o arquiteto. Nas próximas páginas de Vidro Impresso, confira alguns exemplos recentes de edificações destinadas à cultura que encontraram no vidro o recurso para dar vazão à arte e à subjetividade e despertar novas sensações não somente nos visitantes, mas também naqueles que apenas passam em frente a elas.
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mágica
Guangzhou Opera House. A iluminação natural passa por grandes aberturas da fachada trigonométrica em vidro
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Imaginação e tecnologia
Foto: VIRGILE SIMON
Uma harmoniosa e bem-sucedida união de tecnologia de ponta e imaginação criativa. Assim pode ser resumida a proposta arquitetônica do Guangzhou Opera House. De autoria de uma das mais celebradas arquitetas da atualidade, a anglo-iraquiana Zaha Hadid, o imponente centro de artes e espetáculos localizado na cidade de mesmo nome, na China, foi oficialmente aberto ao público no final de fevereiro. Pelo projeto, Zaha Hadid conquistou o prestigiado prêmio Pritzker de arquitetura em 2004. O formato dos dois edifícios, construídos em uma área de 70 mil m², foi inspirado na aparência de seixos rolados. Segundo a arquiteta, todo o projeto foi baseado na paisagem natural à sua volta, tendo como ponto de referência principal o rio Pearl, próximo ao empreendimento, evocando os conceitos de erosão e geologia. “A arquitetura foi influenciada pelos vales do rio e pela maneira como ele se transforma com a erosão”, explica Zaha. No prédio maior encontra-se o teatro de 1.800 lugares, com tecnologia acústica de ponta. O prédio menor constitui-se de um auditório multiuso de 400 lugares, além de salas de ensaio e outras instalações auxiliares. O interior e o exterior dos prédios são separados por linhas profundas, que aludem a terra escavada.
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Foto: IWAN BAAN Foto: Christian richters
A chamada “estrutura em treliça triangular com placas espaciais dobradas” é o novo sistema empregado por Zaha Hadid no projeto. “Esta estrutura ainda não pode ser vista em nenhum outro edifício concluído ao redor do mundo”, assegura a arquiteta A luz natural é privilegiada por meio de uma extensa estrutura de alumínio e vidro que transpassa o concreto, delineando curvas que remetem ao curso do rio. Dentro dos prédios, as paredes de vidro, intercaladas às de pedra, favorecem a vista para o belo Pearl River. “Trata-se de um sistema de revestimento que integra cobertura e fachada-cortina, composto por duplas camadas de painéis de vidro e pedra. A zona envidraçada é ‘retorcida’ ao redor do edifício, constituindo formas livres e fluidas”, descreve a arquiteta. O interior do auditório principal tem paineis modulados de gesso reforçados com fibra de vidro, que criam uma superfície fluida, compatível com o projeto arquitetônico. Ambos os edifícios privilegiam a entrada de luz natural. O Opera House fica no centro cultural de Guangzhou. Seu conceito também propõe uma função urbana, ao unir os prédios culturais adjacentes às torres de empreendimentos financeiros na região de Zhujiang, dialogando com a “nova cidade” emergente. O Opera House conta também com restaurante, bar e café, além do espaço de circulação.
Um dos maiores edifícios culturais em construção nos últimos anos está também entre as maiores obras de Zaha Hadid
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arquitetura e vidro
FotoS: DIVULGAÇÃO
Formas surrealistas
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A concepção arquitetônica do novo museu dedicado a Salvador Dalí, inaugurado no início deste ano na cidade de São Petersburgo, no Estado norte-americano da Flórida, é tão surrealista quanto a obra do mestre. A instituição substitui um museu anterior montado em torno de uma coleção particular de obras de Dalí, adquirida pela cidade em 1982. A construção do novo prédio de vidro e concreto para abrigar o acervo considerado o mais abrangente da obra do artista consumiu US$ 36 milhões e substitui o antigo prédio com espaço duplicado e uma melhor proteção contra furacões. A alusão mais evidente à obra de Dalí consiste em uma dinâmica estrutura de vidro que atravessa e parece escorrer sobre a caixa de concreto inacabada, de 17m de altura, que forma a base do edifício de 6,3 mil metros quadrados. Projetado pelo escritório HOK e construído pelo Beck Group, o Museu Dalí conta com sistemas de captação de energia solar para aquecimento de água, de acionamento automático de luzes e de reultilização de água da chuva.
A estrutura de metal com 1.062 paineis de vidro de tamanhos diferentes forma um átrio que rasga o museu, proporcionando vista para o céu e para a costa.
“A geometria geodésica da grande onda de vidro que encobre o museu foi instalada por meio do sistema de envidraçamento ECG (Edge Clamped Glass), da Novum Structures, um dos mais versáteis disponíveis no mercado. O sistema permitiu a execução de uma forma fluida e livre”
Segundo descreve Angela Rossi, gerente de marketing da Novum, responsável pela instalação dos vidros, a grande onda que encobre o museu é formada por uma estrutura de metal com 1.062 painéis de vidro de tamanhos diferentes, formando um átrio no topo do prédio que alcança 22 m e garante a entrada de iluminação natural. A escolha do material recaiu sobre os insulados parcialmente refletivos e de baixa emissividade (Low-e). Com a estrutura em forma de onda, os arquitetos do HOK procuraram imprimir no projeto arquitetônico um pouco da arte e da linguagem de Salvador Dalí. Segundo Yann, diretor do escritório de arquitetura, “o desafio foi descobrir como traduzir tecnicamente todo o movimento e dinamismo da obra de Dalí”. Já a caixa foi apelidada de “Enigma”, nome de um dos quadros do artista. “Nosso desafio maior foi descobrir como resolver os requisitos técnicos do museu e posicioná-lo de maneira a expressar o dinamismo do grande movimento artístico presente nas obras que ele abriga. Era importante que a construção falasse sobre o surrealismo sem parecer banal”, explica Yann.
SALVADOR DALÍ
Catalão nascido em 11 de maio de 1904, foi um dos artistas mais influentes do mundo. Em 1933, adotou o “método de interpretação paranóico-crítico”, baseado nas teorias da psicanálise, associando elementos delirantes e oníricos numa linguagem pictórica realista, com freqüentes imagens duplas e objetos do cotidiano. As releituras de Dalí incluem: “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, “As meninas”, de Velázquez, e “Angelus”, de Millet. Faleceu em 23 de janeiro de 1989, em Figueiras, sua cidade natal.
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arquitetura e vidro
O olho que tudo vê No antigo leito do Rio Turia, na cidade de Valencia, na Espanha, se ergue um dos complexos científico-culturais mais importantes do mundo europeu: a Cidade das Artes e Ciências. Concebido pelos arquitetos Santiago Calatrava e Felix Candela, o conjunto começou a ser construído nos anos 1990, quando a “Generalitat Valenciana” (prefeitura de Valencia) promoveu uma série de intervenções urbanísticas para a incorporação da cidade ao terceiro milênio, e como meio de recuperação da área urbana localizada entre o antigo leito do Turia e a autopista de Saler. Um dos mais emblemáticos e criativos edifícios do projeto, o chamado Hemisferic foi concebido para abrigar o Planetário do complexo. A proposta arquitetônica do prédio, o primeiro a ser inaugurado, é representar um “olho aberto que tudo vê”. A sala de projeções permite oferecer aos seus 300 espectadores por sessão as mais inovadoras sensações audiovisuais, obtidas pelo mais avançado suporte tecnológico disponível. revista Vidro Impresso
O Hemisféric ocupa uma área de aproximadamente 26 mil m², localizada entre o Museu de Ciências e o Palácio das Artes, outros dois edifícios que compõem o complexo. Duas piscinas retangulares limitam a construção, que emerge delas como uma grande cúpula formada por uma parte central fixa (a cobertura opaca), elementos laterais móveis, que funcionam como guarda-sóis, e a lateral transparente, toda envidraçada. A cúpula ovoide do Hemisféric é formada por grandes lâminas, constituídas por vigas metálicas de 90 m de comprimento, que emergem da água e envolvem a cúpula. As lâminas são providas de enormes cancelas móveis, de modo a simular as pálpebras do olho. “O movimento é obtido por meio de um sistema hidráulico, semelhante ao usado em portões de garagem”, explica o arquiteto Santiago Calatrava. “Os espaços vazios entre as ‘costelas’ formadas pelas vigas servem como janelas envidraçadas, compostas por vidro laminado.”
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“O conceito de movimento e dinamismo está presente no projeto por meio de cancelas curvas em aço e vidro, movimentadas por um sistema hidráulico que, como ‘pálpebras’, abrem e fecham as laterais da cúpula, complementando o efeito do ‘Olho que tudo vê’, que simboliza a ciência e o conhecimento”
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arquitetura e vidro
Kunstmuseum
cubo de vidro revista Vidro Impresso
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“A construção do Kunstmuseum recebeu, ao todo, mais de 9 mil m2 de vidro” Poucos edifícios marcam tanto a arquitetura da cidade de Stuttgart, na Alemanha, como o Kunstmuseum. Projetado pelo arquiteto Werner Sobek, famoso por suas casas modulares em vidro e aço capazes de produzir mais energia do que consomem, o museu de Arte Moderna de Stuttgart é um cubo de vidro panorâmico durante o dia e uma escultura iluminada à noite. Inaugurado em 2005, o espaço abriga a maior coleção do expressionista alemão Otto Dix (1891-1969) e também as colinas que emolduram a cidade. No quinto e último andar há um restaurante com uma vista privilegiada do centro de Stuttgart. Segundo descreve o arquiteto Frank Heinlein, do escritório Werner Sobek, a fachada do Kunstmuseum é inteiramente composta por paineis duplos de vidro temperado insulado, de alto desempenho e baixa emissividade (Low-e) e que, portanto, ajudam a manter a temperatura ambiente confortável durante todo o ano. Além de temperados, os vidros externos são laminados. A alemã Schollglas foi fornecedora do material. O emprego de travessões e vigas de vidro, tanto na cobertura como na fachada, e um sistema estrutural customizado para instalação do aço e do vidro que formam o envelope do edifício são algumas das inovações do projeto destacadas pelo arquiteto. Os vidros foram instalados na fachada com o uso de ventosas e andaimes, informa Heilein. A construção do Kunstmuseum recebeu, ao todo, mais de 9 mil m2 de vidro. revista Vidro Impresso
empresas e negócios
Transporte sem risco
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Trans Glass investe em sua especialização e cresce no mercado de deslocamento de vidros
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Com pouco mais de três anos de atuação, a transportadora de vidros Trans Glass tem experimentado os bons resultados que o aquecimento do mercado da construção vem proporcionando às empresas do setor. A transportadora, que iniciou suas atividades com o desafio de se posicionar como especializada na manipulação e deslocamento de vidros - em um ramo em que tais serviços eram prestados, na maioria das vezes, por profissionais autônomos - encerrou o ano de 2010 com um crescimento de 130% no número de atendimentos, desempenho que representa consolidação precoce em seu segmento. “Nossa capacidade de atendimento mais que dobrou e registramos um faturamento 192% superior ao de 2009”, revela o diretor geral e sócio-proprietário da empresa, Pedro Amaral Ribeiro Neto.
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Equipamento para transporte seguro do vidro
“Nossa expertise é assegurar o transporte do vidro sem riscos, que resulta em economia e mais vendas para os clientes” O segredo para atingir índices tão animadores em tão pouco tempo, segundo Ribeiro, reside em oferecer as melhores práticas de atendimento possíveis, tanto em quesitos pessoais quanto técnicos. “Nossa expertise é assegurar o transporte do vidro sem riscos, que resulta em economia e mais vendas para os clientes”, afirma o empresário. Segundo ele, são muitos os cuidados a tomar para transportar com segurança um material que, embora resistente, é também extremamente frágil. Existem técnicas específicas para cada tipo de vidro, explica Ribeiro, acrescentando que, ao lado dessas técnicas, é preciso contar com equipamentos que se adaptem ao perfil do material a ser transportado. “Além de uma frota com capacidade para transportar de 1,8t a 8t de vidro, a Trans Glass tem todo o instrumental necessário para fazer o transporte terrestre da maneira mais segura.” Equipamentos e veículos especializados são importantes, mas não suficientes. Além de dispor de frota qualificada, monitoramento constante dos veículos e da infraestrutura necessária para manipulação e transporte do material, é imprescindível treinar muito bem a mão de obra, ressalta Carlos Eduardo de Queiroz, também diretor e sócio da revista Vidro Impresso
empresa. “Nosso maior desafio tem sido capacitar nossos funcionários, de modo a formar, dentro da Trans Glass, verdadeiros especialistas na operação dos equipamentos, atentos aos mínimos detalhes de proteção e aos cuidados a serem tomados em relação às peças e suas particularidades de formato e transformação.” Ao priorizar a estratégia de capacitação da mão de obra, a Trans Glass tem experimentado bons indicadores de performance operacional: em três anos, registra menos de 1% de avarias nos serviços prestados aos seus clientes, que incluem empresas como Terra de Santa Cruz, Cyberglass, Summer Glass, Glazing e MDV, entre outras. “A MDV fabrica vidros inteligentes, denominados MDV switch, um vidro de privacidade instantânea, com película de cristal líquido. É um produto extremamente sensível e caro. Para transportá-lo, precisávamos de um parceiro capacitado ao manuseio de peças sensíveis, pontual em sua programação de entrega e que oferecesse o acondicionamento adequado, como é o caso da Trans Glass”, afirma Georgios Fotopoulos, diretor da MDV. O maior volume de negócios da Trans Glass, segundo Queiroz, é gerado pela construção civil, seguida pelos setores da decoração e automotivo.
EXPANSÃO RÁPIDA E DIRECIONADA
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Em um país de grandes metrópoles como o Brasil, avalia Queiroz, o trânsito costuma ser o principal entrave para as empresas de transporte, que, por causa dele, precisam ter agilidade e flexibilidade para cumprir seus cronogramas, mesmo que tenham sofrido modificações ao longo do dia, e de uma organização interna que disponibilize as informações de forma rápida e precisa. “Se formos falar de rodovias e viagens mais longas, as estradas interestaduais ainda deixam a desejar, principalmente em direção ao Nordeste do País”, acrescenta.
Com o desafio de garantir risco zero no transporte do vidro e se tornar referencia em seu setor, a Trans Glass nasceu com a aquisição de uma caminhonete, que logo se mostrou limitada para o modelo de atuação que se buscava. Investimento em novos veículos foi, portanto, o primeiro passo para atingir uma boa capacidade de transporte e desempenho para execução do trabalho, segundo o diretor de operações Carlos Eduardo Queiroz.“Foi indispensável, também, investir em todos os equipamentos especiais para o transporte de vidros com segurança, além de EPIs, ventosas, mangotes, luvas, botas, óculos, protetores auriculares, capacetes, cavaletes apropriados, borrachas, carrinhos, cordas especiais e kit de primeiros-socorros.” O foco da Trans Glass era se posicionar como uma transportadora de vidros com atendimento diferenciado e, para isso, concentrou investimentos em capital humano, com treinamentos específicos em busca de qualificação profissional, ao lado de um bom modelo de contratação e planos de carreira que acompanhassem o desenvolvimento da empresa. “Em pouco tempo conseguimos constituir uma estrutura racionalizada e enxuta, diferenciada dos demais prestadores de serviço do segmento. O bom trabalho administrativo e operacional garantiu atendimento eficiente e seguro”, relata Queiroz. No final do primeiro ano, a Trans Glass já tinha em sua carteira algumas das principais empresas do mercado vidreiro.
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empresas e negócios
Ambiente decorado com produtos Alpex
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Em sintonia com o mercado Na esteira de um crescimento acima da média experimentado pela construção civil, a fabricante de perfis Alpex fatura R$ 195 milhões em 2010 e prevê para este ano produção de 11 mil toneladas de alumínio A Abal (Associação Brasileira do Alumínio) projeta para 2011 um crescimento de 8,7% no consumo de alumínio. Se a previsão estiver correta, o setor deverá atingir a marca de 1,4 mil toneladas produzidas. Em fase de estruturação para os eventos esportivos de 2014 e 2016, o segmento da construção civil, que no ano passado ultrapassou o PIB em 11%, tem sido o principal impulsionador da indústria de alumínio no País. Inserida nesse mercado superaquecido, a Alpex, empresa brasileira fornecedora de perfis extrudados de alumínio para a construção civil e decoração, vive um momento de forte expansão e excelentes perspectivas. Em 2010, registrou crescimento de 18% em seu faturamento e, no início de 2011, conquistou o certificado ISO 9001, o mais importante objetivo da empresa no ano anterior. “A Alpex tem por meta o crescimento de suas duas unidades de negócios, por isso foi em busca da certificação que lhe dará oportunidade de aumentar sua fatia no mercado”, afirma o gestor de qualidade Marcos André. revista Vidro Impresso
O executivo informa que, em paralelo à ISO 9001, a Alpex também é reconhecida pela UKAS, certificação inglesa que lhe propicia uma atuação mais participativa no mercado externo. “Internamente, a certificação padronizou uma série de processos e dá à companhia o respaldo do INMETRO”, ressalta. Segundo o sócio-diretor da empresa Paulo Magalhães, a receita de R$ 165 milhões em 2009 saltou para R$ 195 milhões no ano passado. Para 2011, a expectativa é de uma expansão da ordem de 4%, em linha com a estimativa do governo para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), chegando aos R$ 204 milhões de faturamento. Em 2010, a produção total de alumínio da companhia foi calculada em 10.400 toneladas e a previsão para 2011 chega a 11 mil. “Como estamos no limite da produção, decidimos investir R$ 4 milhões em novos equipamentos”, revela Magalhães. A injeção de capital se refletirá em 2012, quando a empresa estará operando com a capacidade de produção já expandida em cerca de 30%.
Para o executivo, a adaptação ao selo de qualidade ISO 9001 influiu no desempenho da empresa em 2010. “A princípio, os gastos com treinamento, controle de segurança e testes foram altos, mas em um segundo momento o selo atraiu mais pedidos”, informa o diretor. Do total da produção da Alpex, 40% se destinam para a indústria de móveis e construção civil e 20% para a decoração.
Diversificação Fundada em 1992 e presente em todo o território nacional, a Alpex sempre teve seu negócio direcionado ao desenvolvimento de soluções em alumínio. Iniciou suas atividades fornecendo perfis para os mais variados segmentos do mercado, para todo o território nacional e alguns mercados internacionais. Atualmente as exportações representam 6% do faturamento da empresa, atendendo à demanda do Mercosul, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Costa Rica, México, Portugal e Espanha. Os primeiros investimentos foram em uma prensa de extrusão e em todo o manuseio para operar o equipamento. Hoje, a empresa atua com seis prensas. Em 1997, a Alpex fechou parceria para fornecimento das peças em alumínio dos relógios de rua da cidade de São Paulo. Sua estrutura, então, precisou ser ampliada: a empresa construiu uma serralheria e importou da Itália uma serra para cortar os tubos de alumínio que formariam os postes de sustentação dos relógios. “Na época, era a maior serra para alumínio do Brasil”, lembra Magalhães. Assinada pelo arquiteto Carlos Bratke, a concepção dos relógios de rua foi pioneira no “casamento” entre alumínio extrudado e alumínio fundido.. Atualmente, a área industrial da companhia ocupa 15 mil metros quadrados divididos em duas unidades: a Alpex Produtos Extrudados (APE), em São Paulo, e a Alpex Produtos Acabados (APA), em São Caetano do Sul.
“Como estamos no limite da produção, decidimos investir R$ 4 milhões em novos equipamentos” Primeira unidade de negócios da empresa, a APE produz perfis de alumínio para diversos segmentos, oferecendo mais de 4 mil modelos diferentes. Já a APA foi criada em 1998, com o objetivo de agregar valor aos perfis de alumínio e entregar uma solução pronta ao cliente, “Passamos a fabricar produtos para a indústria moveleira, como portas de alumínio com vidro, madeira ou espelho, puxadores, cabideiros etc”, revela Helio Donizeti, gerente comercial da unidade. . Impulsionada pelo aumento da demanda do consumo doméstico, a Alpex decidiu investir em outros segmentos, como na indústria automobilística, de elevadores, eletroeletrônicos, de brinquedos e de mobiliário corporativo. Para a indústria de vidros temperados, a empresa fornece o Kit Box e o Kit Engenharia. Magalhães considera a concorrência com os produtos importados a maior dificuldade a ser enfrentada nos próximos anos, “A desvalorização do dólar incentiva as importações. Com isso, poderemos ter uma quantidade imensa de produtos acabados entrando no País, prejudicando empresas que produzem no Brasil e utilizam perfis de alumínio”, avalia o diretor. revista Vidro Impresso
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Paulo Duarte empresas e negócios
Esquadrias e vidros na construção civil
Os vidros ocupam a maior área das esquadrias, constituindo, portanto, a maior área de penetração de luz, calor e ruído através das fachadas. Por essa razão, sua especificação deve ser cuidadosa e, para isso, é necessário conhecer o desempenho dos vários tipos de vidro disponíveis para construção civil. Numa explicação simples, os vidros devem ser considerados por seu desempenho estrutural – resistência às solicitações de vento, a cargas acidentais etc. Há o desempenho relacionado à entrada de luz e à visibilidade através do vidro e o desempenho acústico, muito importante quando se pretende que o vidro reduza o nível de ruído ao adequado uso do edifício. Para hospitais ou instituições de ensino, por exemplo, os níveis são mais baixos. Para edifícios de escritório admitem-se níveis mais elevados, mas as normas brasileiras e as internacionais sempre limitam esses níveis de acordo com as frequências dominantes do ruído externo – ruídos de baixa frequência incomodam mais e são mais nocivos que os de alta. Adicionalmente, o vidro deve contribuir para o conforto térmico do ambiente interno, ou seja, tem que controlar a passagem de calor de um lado para outro. Em países de clima frio, o uso da calefação gera grandes custos e o que se pretende dos vidros é que permitam que o calor penetre no ambiente durante o dia, mas não deixem o calor sair durante a noite ou em períodos com temperatura externa muito baixa. Já nos países de clima quente, principalmente nos trópicos – nosso caso – o que se procura é barrar a entrada de calor durante o dia e permitir que ele saia com facilidade nos períodos com menos radiação e à noite. Por essa observação já se nota que as necessidades são exatamente opostas nos climas frios e nos trópicos. Ignorar essa condição gera sérios enganos na especificação de vidros feita com base nos usos mais conhecidos na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, não pode ser ignorada a necessidade de utilizar vidros que “reflitam calor para fora”. Ao mesmo tempo, devido à claridade excessiva nos trópicos, é necessário também limitar o excesso de passagem de luz para o ambiente interno. É frequente entre arquitetos e usuários o comentário quanto ao uso, na Europa, de vidros muito claros, com transparência total. Esse questionamento sugere que se analise com alguma lógica por que não é conveniente usar tais vidros aqui. Sempre há dúvidas relativas à “refletividade” dos vidros para fora. Muitos temem que, em busca de con revista Vidro Impresso
Paulo Duarte é arquiteto e consultor de fachadas
trole de luz e o calor, sejam especificados vidros muito refletivos, criando o indesejado efeito espelho. Esse temor tem origem numa época em que a tecnologia do vidro ainda não havia evoluído para condições mais precisas de controle desses efeitos. Há algum tempo, porém, existem vidros com refletividade muito baixa de luz, mas que são muito eficientes no controle do calor. São vidros de controle solar de alta eficiência. Uma consideração a fazer é que os vidros refletem luz e calor não apenas “para fora”, mas também “para dentro” e alguns tipos têm refletividade luminosa interna até maior que a externa. Essa situação é muito desconfortável, pois, num dia chuvoso ou nublado e à noite, a refletividade interna aparece com intensidade – há pouca luz externa – e ao olhar pelas janelas vemos apenas reflexos do ambiente interno. Trata-se de uma “jaula de espelhos” e isso deve ser cuidadosamente evitado.
Tipos de vidros Monolíticos são os vidros tais como são produzidos originalmente. Incolores ou coloridos, são uma placa única produzida industrialmente. Esses vidros podem ser temperados ou semi-temperados, para aumento de sua resistência. Os vidros temperados e semi-temperados passam por um processo de choque térmico que os endurece, proporcionando maior resistência mecânica. São usados para grandes envidraçamentos para reduzir as espessuras. Mas requerem um cuidado: podem sofrer quebra originada por várias causas e, portanto, não podem ser instalados em guarda-corpos, em coberturas etc. Os laminados são compostos de duas ou mais placas de vidros monolíticos, comuns ou temperados, unidas por uma película por meio de um processo industrial. Oferecem maior segurança, pois, ao se quebrarem, os cacos ficam grudados na película. Insulados são os compostos por duas lâminas de vidro – comum, temperado ou laminado – montadas de forma a ter entre elas uma câmara de ar que fica sem contato com o ar exterior. Esses vidros colaboram em certa medida para o conforto térmico e, dependendo das frequências e níveis dos ruídos, podem ser eficientes acusticamente. Ao contrário da crença mais difundida, nem sempre constituem a melhor solução acústica. Por isso um especialista deve ser consultado para a especificação em cada caso.
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Laminação sob medida
Os vidros do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, foram laminados com Uvekol A, polímero que propicia alto índice de isolamento acústico
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Processo de laminação com o polímero Uvekol na beneficiadora Conlumi
Os nichos especiais das resinas e polímeros
Coadjuvante em um mercado dominado em cerca de 90% pelo PVB (polivinil butiral), a técnica da laminação com resinas e polímeros encontra seu lugar em nichos que optam por um processo artesanal, economia em energia elétrica, espaço físico, tempo de cura e produções reduzidas e sob medida, como costuma ser o caso de empresas de pequeno e médio porte. “As resinas para laminação foram inicialmente desenvolvidas para pequenos e médios vidraceiros, que com baixo investimento teriam condições de concorrer com as grandes laminadoras”, diz Luiz Abreu, diretor da fabricante de resina Foster’s. “E são, ainda hoje, uma solução rápida e barata para reposição de vidros laminados.” A simplicidade de operação e a dispensa de grandes e custosos aparatos têm feito dessa modalidade a solução ideal para um número crescente de beneficiadores que trabalham com laminação. É o caso, por exemplo, da Conlumi, que desde 1997 produz vidros laminados exclusivamente pelo processo com Uvekol, sistema oferecido pela fabricante de resinas Cytec, sediada em Bruxelas e com filial no Brasil. “O processo atende adequadamente às necessidades de segurança, flexibilidade e versatilidade de criação de nossos produtos”, assegura o diretor da Conlumi, Claudio Passi. revista Vidro Impresso
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A divisória em vidro impresso SGG SPOT, da Saint-Gobain Glass, foi laminada com resina na cor laranja. A laminação com resina favorerce a aplicação neste tipo de vidro, que tem uma de suas superfícies formada por ondulações, o que dificulta o processo com PVB ou EVA
O princípio é basicamente o mesmo: o produto é aplicado entre duas chapas de vidro e cumpre a função de unir os cacos em caso de quebra, o que torna os laminados mais seguros e resistentes e aumenta sua versatilidade, agregando diferenciais estéticos e de controle solar, acústico e de radiação ultravioleta, entre outros. A capacidade de produção, custos do processo e preço do produto final são detalhes que podem influenciar a decisão do laminador pelo método a adotar. Pela possibilidade de produção em grande escala e garantia de qualidade no produto final, o PVB costuma ser a primeira opção dos laminadores de maior porte. Mas, segundo Alberto Matera, diretor da Cytec, o uso de resinas e polímeros no lugar da película plástica tem suas vantagens – e não são poucas. Ele aponta como exemplo o polímero Uvekol, espécie de cola líquida aplicada entre as lâminas de vidro que enrijece sob a ação de lâmpadas ultravioleta. “Apesar de o Uvekol custar mais caro que o PVB, a margem de lucro é maior, pois o produto final pode atingir um desempenho superior e, portanto, tem mais valor agregado”, pondera o diretor. revista Vidro Impresso
Enquanto o processo de laminação com PVB exige um espaço de pelo menos 200 m2, grandes equipamentos e climatização do ambiente, 70 m2 são suficientes para abrigar uma laminação com resina ou polímero. A diferença na capacidade de produção é significativa: o processo com PVB pode chegar a 2 mil m2 por dia, o que corresponde a praticamente o dobro do se que produz em todo Brasil com resina. Em contrapartida, a laminação alternativa facilita a produção em pequena escala, eliminando a dependência dos grandes distribuidores de chaparias de vidros laminados. “É possível laminar vidros em tamanhos menores que as chapas convencionais, vendidas em medidas de 3,20 m X 2,20 m”, afirma Fabio Giannattasio, diretor da fabricante de resinas Effectus. A resina apresenta menor índice de delaminação e oferece uma camada intermediária mais espessa e, portanto, mais resistente a impactos, o que favorece a produção de vidros blindados, por exemplo. “A resina também facilita processos de laminação de vidros especiais, como os curvos. É muito mais econômico laminar vidros curvos com resinas do que com PVB”, afirma Matera, da Cytec.
Base acrílica ou de poliéster?
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São dois os tipos básicos de resina para laminação de vidros. As de base acrílica, como o Uvekol, da Cytec, e a Kodiguard, da Chemetall, são curadas a frio, a partir de uma exposição de cerca de 20 minutos a lâmpadas que emitem raios UV. “O processo é simples e rápido e exige pouco equipamento. Praticamente, uma mesa basculante para suporte do vidro, uma espécie de ‘cama’ deslizante com lâmpadas UV e uma bomba peristáltica, por meio da qual a resina é aplicada”, explica Alberto Matera. Já as resinas à base de poliéster, como a Astrocure e a Fosterglass, fornecidas, respectivamente, pelas empresas Effectus e Foster’s, são curadas em uma mesa de descanso a uma temperatura media de 25o C a 30o C, por um período que pode variar de 4h a 24h. Resinas e polímeros, independentemente da composição, usam processos similares: a laminação é feita por meio da aplicação do produto entre duas placas de vidro, unidas por uma fita dupla face transparente. A resina é injetada no vão entre os vidros, por meio de uma calha de alumínio. O conjunto então é posto na posição vertical para que a resina se espalhe por toda a superfície. A selagem das bordas, após a retirada da calha, é feita com uma pistola de cola quente. “Na aplicação da Kodiguard, o vidro é levado para a estação de cura, onde receberá a radiação das lâmpadas ultravioleta. Após 15 a 20 minutos, o laminado está pronto”, descreve a gerente Patrícia Bonamigo, da Chelmetall. No caso das resinas de poliéster, como a Fosterglass, é preciso adicionar ao produto um catalisador e um promotor de adesão. Em 60 minutos, o vidro está pronto para ser manuseado. “A resina acrílica tem baixa quantidade de sólidos. Quando os voláteis evaporam, a película torna-se fina, rígida, semelhante ao PVB”, descreve Luiz Abreu, diretor da Foster’s. “Já a resina à base de poliéster tem 64% de sólidos que, após a evaporação dos voláteis, resultam em uma camada flexível, com 125% de elasticidade.” Segundo Abreu, essa propriedade permite redução acústica de até 75%. Ele explica que, por sua elasticidade, o vidro laminado com a resina de poliéster é apropriado para situações de alta vibração, como janelas de trens, lanchas etc.
O processo de laminação com Uvekol leva, ao todo, cerca de uma hora por peça laminada, contando desde o corte do vidro e a lavagem até o ponto em que o polímero está 100% curado
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Por sua elasticidade, o vidro laminado com a resina de poliéster é apropriado para situações de alta vibração, como janelas de trens, lanchas etc.
Mercado em alta Na avaliação dos fabricantes, as resinas e polímeros vêm ganhando espaço no mercado de laminação. “Tem aumentado o número de laminadores que nos procuram em busca de soluções que atendam suas necessidades específicas”, afirma Giannattasio, da Effectus. A Cytec também tem experimentado em números o bom desempenho do segmento. De 2009 para 2010, informa Alberto Matera, a empresa registrou crescimento de 33% na demanda do polímero Uvekol. “A laminação com Uvekol atinge um mercado diferenciado, que busca qualidade superior e especificações mais rigorosas que as de outros processos”, ressalta o diretor. Segundo Matera, processos com PVB, por exemplo, fazem laminação em massa, para mercados com encomendas muito elevadas, utilizando camadas de 0,45 mm até 0,47 mm. “No processo com Uvekol, a camada de vidro pode variar de 0,8 mm até 2,5 mm e, dessa forma, o produto pode competir em mercados de vidros especiais e blindagens pesadas”, explica. Para o diretor da Foster, Luiz Abreu, tem havido uma especialização no uso da resina, cuja aplicação tem se voltado mais aos vidros temperados, curvos, impressos, acústicos, decorativos, coloridos, etc. “Esses nichos de mercado não sofrem tanta concorrência predatória, deixando boas margens de lucro ao vidraceiro”, avalia Abreu. Ademais, segundo ele, em aplicações sujeitas a vibrações, sejam eólicas, mecânicas ou sonoras, o risco de delaminações em vidros com películas rígidas é maior. revista Vidro Impresso
Vidros laminados pela Rarovidro, com a resina Astrocure, fabricada pela Effectus
Dandita sandic temoluptiis mo voloriberum haritas atem que volore,
A resina oferece uma camada intermediária mais espessa, que favorece a produção de vidros blindados
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mercado 1.
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União pela
reciclagem
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Abividro propõe a mobilização de todos os atores da indústria vidreira para multiplicar os resultados de um processo que pode movimentar R$ 220 milhões por ano Cem por cento reciclável, o vidro é um dos grandes protagonistas quando o assunto é reaproveitamento de materiais. Tudo que é vidro vira vidro. Expressão comum na indústria vidreira, a frase traduz o enorme potencial de reciclagem do produto que, no entanto, ainda é pouco coletado no Brasil. Por essa razão, e buscando uma adequação às novas exigências legais para a gestão de resíduos sólidos que entram em vigor este ano, a Abividro (Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro) apresentou ao Ministério de Meio Ambiente um modelo de gerenciamento inspirado em práticas de reciclagem adotadas nos países europeus. Embora não seja o único com tamanho potencial de reciclagem, o setor vidreiro é o primeiro a propor um modelo de logística reversa para embalagens. A ideia é implantar uma instituição gerenciadora responsável por intermediar as relações entre municípios, cooperativas de catadores, beneficiadoras, fabricantes de vidro e envasadoras. Além disso, caberia ao órgão negociar operações de compra e venda de recicláveis triados, gerir a logística reversa e promover campanhas de conscientização sobre reciclagem. “O modelo que propomos atende a todos os pontos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao implementar a responsabilidade compartilhada, criar um sistema de logística reversa e assegurar destinação adequada dos materiais recicláveis”, afirma o superintendente da Abividro, Lucien Belmonte, que ressalta a necessidade de cooperação de outros setores de embalagens. “É preciso uma ampla discussão entre todos os setores envolvidos”, diz. “Sozinho ninguém resolve esse problema.”
mercado
Cenário atual Embora os índices de reciclagem de vidro no Brasil estejam em processo de atualização, até o ano de 2008, estimava-se que 47% do material jogado fora era reaproveitado, algo em torno de 470 mil toneladas por ano. Poderia ser muito mais. Grandes fabricantes, como Owens-Illinois, Saint –Gobain e UBV, utilizam os cacos na composição da maioria de seus produtos. “O caco de vidro é utilizado em praticamente todas as indústrias de vidro, pois, além de 100% recicláveis, diminuem o consumo de energia e aumentam a vida útil dos fornos”, afirma Sergio Minerbo, presidente da UBV. “O vidro não perde nenhuma de suas características físico-químicas quando é fundido novamente, independentemente do número de vezes que isso aconteça. Hoje a população já tem consciência de que vidro se recicla e que tem valor”, avalia Minerbo. Desde a criação, no ano passado, de um novo modelo de medição definido pela ABNT, não há dados atualizados sobre o volume de reciclagem de vidro, provavelmente menos de metade do que se produz. São embalagens de vidro usadas para bebidas, produtos alimentícios, medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos que vão parar no lixo. “Desperdiça-se um material que poderia ser totalmente reaproveitado”, observa Belmonte.
O executivo explica que há três tipos de reciclagem do produto, correspondendo ao vidro plano, o automotivo, e o de embalagem. “Para o reaproveitamento desses materiais, existem cadeias que funcionam de forma não organizada. Se trabalharmos em conjunto, teremos ganhos de produtividade, preço e escala que dariam forte impulso aos índices de reciclagem.” Em boa parte das empresas ligadas à indústria vidreira, a reciclagem está inserida no próprio processo de produção. Segundo o presidente da UBV, a fabricação de vidro gera um volume de caco resultante de perdas naturais do processo, como corte do bordo, ajustes de espessura e trocas de padrão. “Todo esse caco é transportado para baias de acondicionamento, de onde retornam ao forno”, explica Sergio Minerbo. “Em outras palavras, toda a perda da produção é reaproveitada.” O executivo lembra que, no caso da UBV, somente o vidro incolor e sem materiais estranhos, como ferro e alumínio, pode ser reaproveitado. “Vidros laminados, serigrafados, pintados, coloridos ou espelhos não entram no nosso processo, pois afetam a qualidade, rendimento e a cor final do produto”, explica. Para ele, a grande dificuldade na operação de logística reversa é o recolhimento da sucata gerada em pequenas vidraçarias, etapa prevista no projeto da Abividro. Já o caco resultante do processo de beneficiamento tem sistemas de coleta e retorno relativamente simples. Empresas especializadas recolhem o material, normalmente já separado por cor. “Em alguns casos, fazem a escolha e já entregam dentro das especificações”, informa. A coordenadora de sustentabilidade da Owens-Illinois do Brasil, Lucia Moreira, concorda que a reciclagem é parte do ciclo natural de produção do vidro. “Existem duas maneiras de produzir emba revista Vidro Impresso
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“Pelas dimensões continentais do País, a operação implica elevados gastos com frete, que podem inviabilizar a operação”
“Se trabalharmos em conjunto, teremos ganhos de produtividade, preço e escala que dariam forte impulso aos índices de reciclagem” Fabricação de garrafas na Owens-Illinois. A empresa usa 150 mil tonetadas de caco por ano no seu processo produtivo
lagens de vidro. Uma delas é com matérias-primas como areia, barrilha, calcário e feldspato. A outra é com matérias-primas e cacos de vidro. Adotamos a segunda forma há muito tempo, e o processo de reciclagem se tornou inerente à produção de vidro”, afirma. Maior fabricante de embalagens de vidro do País, a O-I usa 150 mil toneladas de caco por ano no seu processo produtivo. Para Lucia Moreira, a logística reversa é um desafio para a reciclagem de qualquer embalagem. “Pelas dimensões continentais do País, a operação implica elevados gastos com frete, que podem inviabilizar a operação”, ressalta. A O-I conta com duas empresas parceiras para fazer a reciclagem: a Recitotal, focada em embalagem, e a Massfix, especialista em vidro plano. Há mais de 20 anos no segmento, a Massfix chega a processar 6,5 toneladas por mês. “Nós compramos os resíduos de fornecedores, aos quais pagamos num prazo de 7 dias. Cada tipo de sucata de vidro tem um valor - quanto menos contaminado, maior é seu preço”, informa a sócia-diretora Juliana Schunck. Segundo ela, 80% do faturamento da empresa vem da venda do vidro moído em grãos. O restante, da venda de cacos, cortados em pedaços uniformes, para empresas como SaintGobain e UBV. “Em comparação com outros recicláveis, o vidro é material de menor valor”, afirma a empresária. Outra empresa do ramo é a Pastglass, que presta serviço para indústrias moveleiras, de blindagem, de têmperas e vidraçarias. Também de São Paulo, a empresa recolhe 800 toneladas por mês entre resíduos de vidro misto e incolor. “Atuamos há 24 anos no ramo. No começo, éramos vistos como sucateiros, mas hoje, com a maior preocupação ambiental, ganhamos o status de empresários do ramo de reciclagem de vidros”, resume Benê Bueno, sócio-proprietário. Para ele, a falta de conscientização de quem gera a sucata para dar a ela a correta destinação é o principal entrave para o aumento da reciclagem de vidro no Brasil. revista Vidro Impresso
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Vidro corta-fogo Pilkington Pyrostop, produzido nas unidades da empresa nos EUA e Alemanha
À prova de fogo revista Vidro Impresso
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Fachada com vidro laminado parachamas Pyran S, da Schott, que recebe adição de outros materiais para resistir a altas temperaturas
Vidros com tecnologia e composição química diferenciadas podem ser a solução ideal para exigências de segurança contra incêndio revista Vidro Impresso
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O museu da Mercedes Benz em Stuttgart, na Alemanha, usou em suas janelas 50 m2 de vidro Pyran S serigrafado, da Schott. O produto evita que chamas e vapores penetrem nos ambientes por até duas horas e mantém a transparência mesmo sob altas temperaturas
Aplicação de vidro corta-fogo da Fanavid
Amplamente empregados em projetos arquitetônicos europeus, os vidros especiais resistentes a fogo disponíveis hoje no mercado dispõem de tecnologia capaz de bloquear o curso das chamas no caso de um incêndio. Embora ainda não fabricados no Brasil, têm-se disseminado entre arquitetos e especificadores que buscam um diferencial tecnológico e de segurança em projetos que vão de clínicas e hospitais a escritórios e edifícios comerciais. “Esses vidros são indicados principalmente para escritórios que necessitam de compartimentação, em saídas de emergência e rotas de fuga de locais públicos como shopping centers, estações de trem e aeroportos, além de coberturas e laterais de túneis e fachadas de prédios”, afirma Carlos Henrique Mattar, gerente de desenvolvimento de mercado da Cebrace.
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“A facilidade de enxergar o fogo é mais um diferencial do vidro em relação a outros materiais”
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Detalhes para especificação dos vidros à prova de fogo 1. Tipo de aplicação e local a ser instalado. Ex: rota de fuga, áreas enclausuradas, porta, divisória, visor, etc.; 2. Tempo exigido de acordo com as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros local. Ex: A integridade pode variar de 30 a 120 minutos ou isolamento de 15 a 120 minutos. Essa informação determinará a espessura do vidro; 3.
Dimensões. De acordo com as normas internacionais, a dimensão da peça poderá influenciar no tempo de resistência requerido e consequentemente em sua espessura;
4. Caixilhos. Somente os caixilhos em aço inox ou aço pintado com as mesmas características do vidro são aprovados. Não é possível a utilização de perfil U; 5. Tipo de acabamento e materiais de vedação. A linha de vidros resistentes ao fogo fabricadas pela SCHOTT segue com fita de vedação denominada I-10, a ser aplicada em frente e verso em todo o perímetro da peça. (Fonte: Schott) revista Vidro Impresso
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O restaurante do Expo Pavilhão Alemão recebeu vidros corta-fogo Pyranova, da Schott, produzidos a partir de duas ou mais folhas de vidro float plano, intercaladas com camadas transparentes e intumescentes. O vidro foi empregado para satisfazer requisitos de segurança contra incêndio
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“Não temos uma norma específica para vidros resistentes ao fogo ou uma instrução técnica nacional que facilite uma mesma linguagem em diversos Estados” Os custos mais altos e a dificuldade de adequação às normas brasileiras estão entre os principais fatores que limitam a difusão dos vidros resistentes a fogo no Brasil. “Por ainda serem importados, esses vidros acabam sendo mais caros do que as soluções tradicionais”, afirma Mattar. “A concorrência com o aço e a não exigência desse material por parte do corpo de bombeiros são outros aspectos que limitam a expansão do produto.” Segundo a gerente de vendas da alemã Schott, Viviane Moscoso, ainda são muitos no Brasil os arquitetos, engenheiros, construtores e bombeiros que desconhecem esse tipo de solução. “Não temos uma norma específica para vidros resistentes ao fogo ou uma instrução técnica nacional que facilite uma mesma linguagem em diversos Estados”, comenta Viviane. Apesar dessas limitações, no entanto, ela informa que a empresa tem conseguido difundir as aplicações dos seus vidros antifogo no Brasil, onde são comercializados pela Glassec Viracon e SSG Consultores, além da própria Schott.
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O FireLite com tecnologia ultra-HD, da fabricante americana TGP, é um dos mais avançados produtos do segmento. O vidro é resultado de um novo processo de fabricação capaz de melhorar a cor, a claridade e a qualidade de sua superfície
“A resistência é proporcional à espessura, mas mais importante que isso é a matéria-prima, o tratamento térmico e o número de camadas de gel que o vidro recebe”
São dois os tipos de vidro resistentes a fogo comercializados atualmente: o corta-fogo, ou antifogo, e o para-chamas, também conhecido por para-fogo ou antichamas. As diferenças entre os dois incluem o tipo de fabricação e a finalidade a que se destinam. O vidro antichamas tem função de bloqueador do fogo. Como barreira física, impede que as chamas e os gases se alastrem de um ambiente para outro. Já o cortafogo, além de bloquear as chamas e gases, também impede a transmissão do calor, ou seja, cria vedação térmica. “O vidro antichamas pode ser monolítico, ou seja, formado por apenas uma chapa de vidro. Já o tipo corta-fogo precisa ser laminado ou duplo, pois terá dentro dele um material capaz de barrar o calor”, explica Mattar. O antichamas é um vidro temperado que, em seu processo de fabricação, recebe a adição de outros materiais para ficar mais resistente ao fogo. O boro é um dos produtos mais usados nessa mistura e é daí que vem o termo boro-float usado para vidros resistentes ao fogo. Com espessura de 5 a 12 revista Vidro Impresso
mm, suporta exposição ao fogo por 15 a 120 minutos. A gerente de vendas da Schott explica que o diferencial entre os dois tipos de produto reside na integridade ou isolamento exigidos em cada aplicação. No caso da fabricante alemã, o produto que garante integridade é o parachamas Pyran S, vidro monolítico em borosilicato, plano, temperado e resistente a altas temperaturas. “Ele impede a passagem de gases tóxicos e fumaça, mas deixa passar o calor”, informa Viviane. “A vantagem é que, no caso de um incêndio, continuará transparente, facilitando a evacuação das áreas atingidas”. Na segunda classificação, que atende a necessidades tanto de integridade quanto de isolamento, encaixa-se o corta-fogo Pyranova, multilaminado com camadas intumescentes que tornam o vidro gradualmente opaco e barram a passagem de gases tóxicos, fumaça e calor. “A espessura do vidro será determinada pelo tempo de resistência exigido”, acrescenta a gerente, lembrando que esses vidros são fabricados sob medida e, portanto, não podem ser comercializados em chapas.
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No caso de aplicação em lareiras, o material utilizado é o vitrocerâmico, que tem grande resistência a choques térmicos e a amplas variações de temperatura. Este tipo de vidro oferece a vantagem de impedir a passagem da fumaça produzida pela lareira, mas deixar passar o calor para o ambiente a ser aquecido. É o caso do Robax, da Schott, que, com apenas 4mm de espessura, pode chegar a uma vida útil de 5 mil horas, sob uma temperatura de 560o.
CAIXILHOS
Esquadrias e vidros resistentes a fogo, do edifício Passarim, em São Paulo. As esquadrias de fachada fixas em aço pintado, da SSG Consultores, atuam como uma barreira vertical, compondo o conjunto com o vidro Pyran S laminado, fabricado pela GlassecViracon, empresa homologada da Schott
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Especificação e instalação adequadas são fatores determinantes para o bom desempenho dos vidros à prova de fogo. A utilização de caixilhos com classe e tempo de resistência igual ou superior ao do vidro é fundamental para garantir o nível de proteção e segurança desejado. “Além de levar em conta o local de instalação ou o tempo de resistência necessário, é preciso adotar uma solução de caixilhos adequada ao produto”, ressalta Lanza, da Pilkington. A especificação depende de uma consultoria completa, já que a instalação dos vidros demanda esquadrias, silicones e folgas específicas, igualmente resistentes ao fogo. “E todos os materiais precisam ser testados e aprovados pelos bombeiros e laboratórios específicos”, completa Mattar, da Cebrace.
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Classificação do desempenho contra incêndio
Entre tem cama na co
E = ESTABILIDADE Os vidros antichamas oferecem resistência mecânica à passagem de gases, chamas e fumaça em um incêndio.
EI = ESTABILIDADE E ISOLAMENTO Já os vidros corta-fogo apresentam as mesmas características do antichamas e ainda conseguem barrar a transmissão de calor por radiação e condução.
E
EI
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Embora a resistência esteja normalmente relacionada à espessura do vidro, esse não é o único fator a determinar por quanto tempo ele se manterá íntegro em contato com o fogo. “A resistência é proporcional à espessura, mas mais importante que isso é a matéria-prima, o tratamento térmico e o número de camadas de gel que o vidro recebe”, afirma Carlos Henrique Mattar, da Cebrace. Entre os antichamas, o que conta mais é a composição química. Mattar informa que esses vidros são fabricados em um processo de têmpera diferenciado e submetidos ao chamado “heat soak test”, de maneira a não estourar com a alta temperatura. “Os vidros com boro na composição, como o Marinex, têm expansão reduzida em alta temperatura, por isso não quebram”, explica. Quanto à espessura, no caso do Pyran, da Schott, por exemplo, um vidro de 6mm corresponde a um resistência de 90 minutos. Nos demais casos, que variam de 8mm a 15mm, o tempo de resistência é mesmo: 120 minutos. A resistência também está ligada à área da peça. Um vidro antichamas com integridade garantida por duas horas não poderá ultrapassar 3,53 m2. Já para integridade de uma ho-
O Shanghai Opera Theatre, na China, recebeu vidros Pyroswiss, da Saint-Gobain Glass. Ainda não comercializado no Brasil, o produto encaixa-se na categoria antichamas e destina-se a obras que tenham de satisfazer critérios de bloqueio de chamas e gases quentes por um período de 30 a 60 minutos
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e os vidros corta-fogo, a resistência relação direta com a quantidade de adas de gel intumescente aplicadas omposição.
ra, a área máxima não poderá passar de 4,08 m2. Em ambos os casos, essa relação independe da espessura. Entre os vidros corta-fogo, a resistência tem relação direta com a quantidade de camadas de gel intumescente aplicadas na composição. “O maior número de camadas de gel resulta em um maior número de lâminas, tornando o vidro tanto mais espesso, quanto maior o período de resistência necessário”, afirma o arquiteto Julio Cesar Lanza, da Pilkington, fabricante do corta-fogo Pyrostop. Dessa forma, uma resistência de 60 minutos pode ser alcançada com um vidro duplo, mas para 120 minutos será preciso pelo menos um vidro quádruplo. Dentro dos limites da obra, é possível estender o número de camadas de gel e vidro (e a espessura, por consequência) para se obter o nível de proteção desejado. No caso do Pyranova, da Schott, por exemplo, o vidro de 15mm resiste por 30 minutos, o de 19mm por 45 minutos e assim por diante, até o mais espesso, de 54mm, que pode chegar a 120 minutos de resistência. Assim que atinge seu limite de resistência, o vidro começa a ceder. O antichamas pode derreter ou abrir pequenos furos, enquanto o corta-fogo começa a apresentar furos. revista Vidro Impresso
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FOTOS: DIVULGAÇÃo
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Cortina de vidro Localizada em Campo Grande, MS, a casa Domingos, do arquiteto Gil Carlos de Camillo, explora grandes painéis de vidro para isolar a piscina, se necessário – um tipo de fechamento que condiz com a orientação solar desta face (voltada para o sul e sujeita a pouca insolação) e tem a intenção de conferir iluminação natural plena ao interior. Vencedor do prêmio O Melhor da Arquitetura 2010, da revista Arquitetura & Construção, na categoria Residência acima de 500 m2, o projeto tem como diferencial o terraço semi-interno, que possibilitou inserir a piscina no setor social, integrado ao de lazer por meio de uma grande cortina de vidro. A escolha do material recaiu sobre o cristal incolor de 8mm e 10mm, temperado, fornecido pela Vidraçaria Paulista. revista Vidro Impresso
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