Vidro Impresso Ed. 18

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revista Vidro Impresso | Ano  Nº 

Eco

Edifício com a mais elevada certificação ambiental do Brasil converte-se em novo ícone na paisagem paulistana

sustentável

Reportagem especial

Vidro plano em foco

Casas transparentes

Processos integrados e tecnologia de ponta amparam desenvolvimento da indústria vidreira

Produtos com características Às vésperas de inaugurar sua especiais fazem proliferar primeira fábrica no País, AGC consolida residências envidraçadas

Aquecendo turbinas conceitos de tecnologia e inovação




arquitetura e vidro

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Espaço do leitor Comentários, dúvidas, críticas, elogios e sugestões Revista online Página na internet facilita o acesso do leitor ao conteúdo editorial da Vidro Impresso Arte em vidro Artistas californianos combinam jardinagem e vidro soprado em criativas instalações Papo direto – Fernando Westphal Especialista em eficiência energética expõe a importância do vidro na construção sustentável Produtos – Molas para portas de vidro Sistemas de regulagem e movimentação priorizam leveza, segurança e durabilidade

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Flash Notícias, curiosidades e lançamentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva Feiras e eventos China Glass atrai as atenções do mundo vidreiro para o mercado asiático Arquitetura e vidro Conheça as soluções do Eco Berrini, edifício planejado para obter certificação Leed Empresas e negócios Fabricante de rebolos Arbax concentra esforços em expansão internacional Fique por dentro Uma imersão na indústria do vidro plano no Brasil e no mundo


Sumário

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Mercado Gigante mundial AGC prepara terreno para iniciar produção no País Tendências e tecnologia Com soluções especialmente voltadas para o segmento, vidros invadem projetos residenciais Telefones/Índice de anunciantes Os profissionais e empresas citados nesta edição

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Vidro e design Arquiteto baiano Antônio Caramelo abusa da transparência e integração na nova sede de seu escritório

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editorial

Palavras de ordem Amplamente disseminada e muitas vezes mal empregada no universo corporativo, a palavra sustentabilidade tornou-se lugar-comum em todos os segmentos industriais e de mercado. Associada a ações de preservação ambiental, redução do consumo e do desperdício e otimização de recursos que supram as necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras, é chegada a hora de entender a sustentabilidade como um objetivo que deve pautar o planejamento de toda e qualquer nova empreitada, esteja ela relacionada a um projeto arquitetônico, a uma empresa, a um setor econômico, a uma faixa da sociedade ou a uma nação inteira.

Expediente Direção Geral Diogo Ortiz

Editora Irina Schneider irina@vidroimpresso.com.br

Reportagem Samara Vitorino

No campo da arquitetura e construção, relacionada a eficiência e desempenho energético das edificações, a sustentabilidade permeia um número crescente de projetos, produtos e serviços. Em boa parte deles, o vidro protagoniza soluções inteligentes e avançadas, tanto em produtos que propiciem um balanço perfeito do aproveitamento de luz e calor solar, como em aplicações arrojadas que viabilizem o uso extensivo do vidro em superfícies cada vez mais extensas. Combinadas, tais soluções representam diferenças substanciais no consumo de energia e são capazes de transformar a forma como se pensam os processos construtivos em todas as categorias de projetos. Esta edição de Vidro Impresso traz a discussão à tona em entrevista com o engenheiro Fernando Westphal, especialista em certificação ambiental na construção civil, que transmite um pouco de sua visão sobre o papel do vidro nos processos do gênero. A edição focaliza também os diferenciais empregados no edifício Eco Berrini, especialmente projetado para se enquadrar nas exigências da certificação Leed Gold, a mais elevada do País.

redacao@vidroimpresso.com.br

Em Fique por dentro, Vidro Impresso traz a segunda parte da reportagem especial sobre o cenário do vidro plano no Brasil e no mundo e os desafios particulares com que se defronta a indústria vidreira no País. Confira ainda, em Tendências e tecnologia, a visão do mercado sobre o potencial do vidro em aplicações residenciais. Novos lançamentos voltados para residências, com propriedades sobretudo de controle solar, aliados aos naturais benefícios propiciados pelo material, prometem impulsionar a construção de casas cada vez mais envidraçadas. Com uma enorme gama de produtos de alto valor agregado, a cadeia vidreira depara com um novo desafio: disseminar informação sobre o potencial do material e suas múltiplas possibilidades. Em meio a questões polêmicas, uma máxima torna-se unânime: aprofundar o conhecimento de instaladores e especificadores sobre as novas características tecnológicas do vidro arquitetônico é uma necessidade vital para o crescimento do setor.

Departamento comercial

Boa leitura! Irina Schneider - Editora

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Diretora de Arte Monica Raynel

Designer Daniela Ghidini Emerson Almeida

Publicidade contato@vidroimpresso.com.br

Administrativo e Financeiro Elisangela França

financeiro@vidroimpresso.com.br

Atendimento ao leitor Lara Mergulhão lara@vidroimpresso.com.br

Danilo Cordeiro danilo@vidroimpresso.com.br

Revisão Zuleika Martins

Imprensa contato@vidroimpresso.com.br

Assinatura e informações sobre a Revista Vidro Impresso podem ser obtidas através do site: www.vidroimpresso.com.br ou pelos telefones: +   - Periodicidade: bimestral Tiragem: 10.000 exemplares Circulação: nacional Impressão - IBEP - Divisão Gráfica ltda.

Publicacão bimestral de OC Publicidade www.ocpublicidade.com.br


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espaço p ç do leitor

Atendimento ao leitor:

Escreva! Envie sua opnião, dicas e sugestões

E-mail: atendimento@vidroimpresso.com.br Cartas: Redação Revista Vidro Impresso Rua Camuruji, 22 CEP 02313-060 São Paulo – SP – Brasil Fax: +55 11 2261-3732 As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. A revista Vidro Impresso reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Estou à procura de fornecedores de box de vidro temperado curvo. Podem fazer indicações? Isabel Silva – gerente da Aludimer

dos, porém, para garantir o recebimento de todas as edições, recomendamos fazer uma assinatura anual, mediante pagamento de parcela única de R$ ,, por meio de nosso site.

VI – Isabel, neste segmento indicamos que entre em contato com a empresa Ideia Glass, especialista em ferragens e kits para boxes e anunciante desta edição.

Lendo a edição 16 da revista, fiquei muito interessada nas piscinas com fechamentos em vidros. Estou com um projeto de construção no qual gostaria de empregar uma solução do gênero. Podem indicar empresas que forneçam esses vidros, custos e pontos de venda? Islenne Guimarães – construtora Brisa e Guimarães

Muito boa a matéria sobre a mansão recriada com vidros, publicada na versão online da revista. Lindo o resultado do projeto! Vidraçaria Tozo Sou estudante de Arquitetura e Urbanismo da Unip de Goiânia. Gostaria de saber se a Vidro Impresso oferece cortesia de algumas edições para estudantes. Gosto muito do material publicado na revista. Vanilla Cristina Santana VI – Vanilla, consideramos responsabilidade nossa levar informação e conhecimento sobre a cadeia do vidro e suas aplicações a estudantes de todas áreas. Certamente enviaremos alguns exemplares a você! Fantástica a matéria especial sobre vidros float, publicada na última edição da revista. Completa, explicativa e rica em informações, imagens e dados. Parabéns à equipe! Paulo Claudio – gerente de novos mercados – Duo Associados Sou proprietário de uma vidraçaria em Boiçucanga, no litoral norte de São Paulo, e tenho interesse em assinar a revista Vidro Impresso. Marcos Moren – Adecor Vidros Litoral VI – Marcos, cadastramos sua empresa em nosso banco de da-

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VI – Islenne, indicamos que entre em contato com a TG, anunciante desta edição. Maravilhoso o projeto de capa da última edição da revista. Aliás, a seleção de projetos da seção está cada vez melhor, trazendo fontes de inspiração de alto nível! Isaac Caron – Dupret Paisagismo e Arquitetura residencial Gostaria de uma indicação da revista sobre onde pedir um orçamento de equipamento completo para jateamento em vidros, com e sem o gabinete. Claudio Alves Diedrichs – proprietário da Alfa Vidros VI – Claudio, indicamos que entre em contato com a empresa Brasibras, anunciante da edição. Cumprimento a equipe pela matéria sobre ferramentas diamantadas, veiculada na edição 17 da revista. O assunto foi tratado com bastante clareza, com intenção principal de transmitir conhecimento aos leitores de maneira imparcial, objetiva e ética. Parabéns a todos e obrigado pela oportunidade. José Pedro Ruiz – diretor comercial da Diamanfer


LINHA FUTURA

CHEGARAM AS NOVAS LINHAS DA DESIGN FERRAGENS. SINÔNIMO DE QUALIDADE, MODERNIDADE E INOVAÇÃO.

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revista online

www.vidroimpresso.com.br No portal da revista Vidro Impresso você encontra todo o conteúdo da revista impressa, além de conteúdo exclusivo postado diariamente e compartilhado nas redes sociais. Siga a revista na internet:

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Nova Rede Social

Interada com a evolução da mídias sociais a Revista Vidro Impresso cria perfil no Instagram Voltada para o compartilhamento de atividades e informações do dia a dia através de posts de imagens e fotos, o Instagram é uma rede social com grande aceitação entre os usuários de tablets e smarthphones.

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Solução para ambientes com espaço reduzido

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Elaborado como solução para espaços reduzidos e para integração de ambientes, o Kit Vision, da Ideia Glass é o único no mercado que não expõe os suportes do tubo.

A Marix, empresa especializada em molas para portas de madeira, vidro e alumínio, criou a Mola Pneumática Marix, mais leve e menor que as tradicionais.

O kit pode ser utilizado em diversos cômodos do imóvel e também em portas que dividem ambientes. Veja a matéria na integra em www.vidroimpresso.com.br/Noticias.aspx

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Veja o video na integra em www.vidroimpresso.com.br/mola-marix.aspx


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arte em vidro

Folhas ao vento. Peças da série Forest Floor (Chão da Floresta), inpirada nos tesouros da natureza que estão por toda parte

Sopro criativo Casal de artistas vidreiros se inspira em frutas, legumes, flores e folhas para criar suas peças

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Série Pumpkins. Abóboras se espalham pelos jardins do estúdio, compondo belas instalações ao ar livre

Para um sem-número de artistas, a inspiração vem da natureza. Diferentemente da maioria deles, porém, a dupla vidreira à frente do estúdio californiano Cohn-Stone não precisou de cenários exuberantes, com belas montanhas, praias paradisíacas, céus estrelados ou campos floridos como ponto de partida. A criação em vidro soprado que se expressa pelas mãos do casal Michael Cohn e Molly Stone tem origem mais simples, mais corriqueira, e, por isso mesmo, menos óbvia. A proposta é converter legumes, frutas, flores e folhas em pura arte vidreira, de cores vivas, tamanhos variados e formas precisas. As peças são um retrato da simplicidade que reside nos detalhes, um recorte do belo dentro de um universo natural. “Como os ciclos da natureza, o trabalho de arte em vidro emerge de forma orgânica, com temporadas para cria-

ção, crescimento, produção e colheita”, compara Molly, para quem o processo criativo igualmente flui de forma natural. “As peças surgem de uma semente, uma ideia inspirada pela natureza, para então amadurecer em obras que representam essa fonte de inspiração.” Pioneiros em técnicas especiais para moldar o vidro a quente, o casal de artistas trabalha lado a lado há mais de trinta anos, quando descobriram juntos, conforme exploravam diferentes ferramentas, a paixão comum pela natureza, pelo processo criativo, pela arte e pelo vidro. “Tivemos o primeiro contato com o artesanato vidreiro ainda na faculdade, nos conhecemos e nos aproximamos a partir desse interesse pelo vidro que compartilhávamos”, conta Cohn. “A decisão de trabalhar com vidro foi motivada pelo fascínio pelo material, pelas diwww.vidroimpresso.com.br 1


arte em vidro Cohn em plena atividade: paixão pelo vidro e pelo fogo na mesma proporção

FOTOS: DIVULGAçãO

Acima, exemplos da série que representa frutas em tamanho aumentado. As peças medem de 25 a 30 cm. Abaixo, pesos de papel em forma de conchas

reções inusitadas que ele nos apontava conforme nos aprofundávamos em suas técnicas de manipulação.” Dessas experimentações surgiu a tendência pela interação entre a obra do estúdio e aquela que a natureza produz. Situado entre os mais produtivos e premiados estúdios de arte vidreira dos Estados Unidos, o Cohn-Stone conquistou fama internacional, com peças exclusivas expostas em jardins, museus e galerias de todo o mundo, do Canadá à Austrália, Japão e inúmeros países da Europa e da América do Sul. Resultado do sopro e manipulação do vidro em ponto de fusão, submetido a temperaturas de até 1.800º C, cada peça é produzida de forma única e artesanal. O ateliê onde a magia acontece ocupa um espaço de 600 m² localizado na cidade de Richmond, na baía de San Francisco. Tudo ali, incluindo os fornos e demais equipamentos utilizados, foi projetado e construído por Cohn, que, além de fazer questão de por a mão na massa diariamente, é responsável pela supervisão de todas as operações do estúdio, as quentes e as frias. “Nós trabalhamos com uma média de três assistentes, coordenados por mim ou por Molly, e sopramos o vidro em equipe. A atmosfera de criação é contagiante e faz com que qualquer ideia se torne possível”, diz o artista. 1 www.vidroimpresso.com.br

Dança fluida O primeiro passo é dado por um dos assistentes, responsável por formar uma pequena bolha de vidro leitoso branco, que é então gradualmente arrefecida. O vidro transparente é misturado a essa bolha e colorido com camadas de esmalte. O material é então soprado para se expandir um pouco mais. A bolha decorada é encerrada em uma massa maior de vidro, soprada e moldada, para então assumir sua forma final. “Em determinado ponto do processo as peças são transferidas do maçarico com haste oca para uma ferramenta que, anexada a elas na parte superior, possibilita o trabalho de moldar o vidro”, explica o artista. O maior desafio, revela Cohn, está relacionado às altas temperaturas necessárias para a produção das peças. “É um trabalho que exige muito fisicamente, porque, quando está no maçarico, o peso do material fica concentrado na extremidade da ferramenta e não em nossas mãos. Essa escala é determinada pela nossa força, habilidade e um pouco também pelo tamanho do forno usado para reaquecer o vidro enquanto está sendo moldado”, explica o artesão. “Além disso, a peça acabada tem de ser encaixada em um forno de recozimento


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arte em vidro “As cores e texturas, compostas de forma complementar, criam padrões exóticos e complexos no interior do vidro e interagem criativamente com os padrões criados pela natureza”

Molly Stone: “As peças surgem de uma semente, uma ideia inspirada pela natureza”

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FOTOS: DIVULGAçãO

As peças temáticas do estúdio ganharam espaço em inúmeros jardins botânicos dos Estados Unidos

para que seja resfriada lentamente depois de moldada. O tempo, quando se trabalha com vidro, é um fator determinante.” Em média, o estúdio produz de três a quatro peças por dia, conta Cohn. “As mais complexas chegam a demandar quatro vezes mais tempo para serem produzidas.” Do lado de fora, um extenso jardim serve de cenário para a exposição permanente das obras, harmonizando-as com a natureza em criativas instalações. Entre os destaques, coloridas abóboras de todos os tamanhos espalham-se pelo terreno, dando a sensação de terem nascido dali, em um cenário que parece ter saído de um País das Maravilhas de Alice. Molly conta que a linguagem visual da série Pumpkins foi inspirada pelo cintilar da luz do sol ao incidir sobre as folhas de uma floresta. “As cores e texturas, compostas de forma complementar, criam padrões exóticos e complexos no interior do vidro e interagem criativamente com os padrões criados pela natureza”, comenta a artista. “O jardim é uma fonte de inspiração sempre em transformação, e um showroom perfeito para a arte em vidro.” Despojadamente posicionadas em meio às variadas espécies de plantas do jardim, centenas de flores, frutas, folhas, pássaros e esculturas abstratas de vidro complementam a beleza local. As peças temáticas do estúdio também ganharam espaço em inúmeros jardins botânicos dos Estados Unidos, compondo instalações especialmente projetadas para a configuração de cada jardim. Apaixonado pelo trabalho manual e pelo fogo na mesma proporção, Cohn diz não imaginar exercer outra atividade. “O fogo tem esse fascinante poder de destruir e criar ao mesmo tempo.” O trabalho com vidro a quente o atrai de forma especial por envolver os quatro elementos natureza: fogo, terra, água e ar. “É uma espécie de sucessão de passos coreográficos, uma dança fluida congelada em movimento”, poetiza o artista, a quem o vidro ainda surpreende a cada nova peça desenvolvida. “Física, alquimia e magia, cada um desempenhando sua função. Nisso se resume a arte vidreira para mim.”



Fernando Simon Westphal

Lições de sustentabilidade

FOTO: DIVULGAçãO

papo direto

Sempre citado entre os mais reconhecidos especialistas do Brasil em sustentabilidade arquitetônica e eficiência energética de edificações, o engenheiro Fernando Simon Westphal tem sido uma voz importante em debates envolvendo a NBR 15575, norma da ABNT que passa a vigorar a partir de julho e estabelece parâmetros para o desempenho termoacústico de edifícios. Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é também sócio fundador da ENE Consultores, empresa que presta serviços nas áreas de eficiência energética, conforto térmico e construção sustentável. O percurso que conduziu o engenheiro a se aprofundar no segmento da construção sustentável foi pavimentado por ricas experiências, que lançaram as bases para a construção de um sólido currículo em seu ramo de especialização. Iniciada ainda na faculdade, quando foi bolsista num laboratório de eficiência energética, a trajetória profissional de Westphal conta ainda com um doutorado na área, passagem por uma empresa de consultoria em certificação LEED, na qual atuou em mais de 50 projetos e simulações energéticas dos primeiros grandes edifícios de escritórios certificados do País, como o Corporate Towers, no Rio de Janeiro, e o Eco Berrini, em São Paulo. Em entrevista a Vidro Impresso, o especialista revela uma visão pragmática em relação às reais repercussões e impactos da nova norma sobre o cenário da construção civil no Brasil e destaca o papel do vidro para garantir às edificações os cada vez mais valorizados selos verdes. – Qual a trajetória que o levou a se especializar em eficiência energética de edificações? Iniciei minha atividade na área como bolsista de iniciação científica num laboratório de eficiência energética em 1996, enquanto cursava a graduação em engenharia civil na UFSC. Depois de formado fiz o mestrado e o doutorado na mesma área. Em 2007 montei minha primeira empresa de consultoria. Naquele mesmo ano mudei-me para São Paulo para trabalhar em outra empresa de consultoria em certificação LEED®. Até 2009 já tinha atuado em mais de 50 projetos de edificações em São Paulo e Rio de Janeiro. Executei a simulação energética dos primeiros grandes edifícios de escritório certificados no País e outros projetos de destaque, como o Ventura Corporate Towers, no Rio de Janeiro, o Eldorado Business Tower, o Edifício Jatobá, o Eco-Berrini, o WTorre Nações Unidas, a Torre JK adquirida pelo Santander, o McDonald´s Bertioga, todos em São Paulo. Em 2009 sai da empresa e fundei a ENE Consultores com outros dois sócios, atuando com consultoria em eficiência energética, conforto térmico e construção sustentável. – Como avalia os rumos que tem tomado a arquitetura corporativa no 20 www.vidroimpresso.com.br

Brasil? Qual tem sido o papel do vidro nesse contexto? A competitividade existente na área dos edifícios corporativos é algo que me surpreendeu quando entrei nesse mercado. Como em todo o negócio, as estratégias e alternativas focam na obtenção de maior valor agregado ao produto final – o edifício –, maior velocidade nas vendas e maior quantidade de unidades vendidas. Edifícios com conceitos de sustentabilidade saem na frente e a certificação é uma forma de qualificar, por meio de uma entidade isenta, as estratégias adotadas em projeto e construção. Nessa busca por eficiência e velocidade na execução das obras, as fachadas de vidro são uma solução tecnicamente viável e muito atraente. Elas garantem principalmente maior contato visual para o ambiente externo, maior velocidade na execução da obra, custo acessível e facilidade de manutenção. Constatei, depois de muito estudo e muitos cálculos por simulação computacional, que não estamos cometendo nenhum crime ao construir um prédio revestido de vidro em um clima tropical. Isso porque estamos utilizando vidros de controle solar de excelente desempenho térmico, com baixíssimos valores de Fator Solar, ou seja, aquela parcela da radiação solar que o vidro deixa

passar na forma de calor. Certamente, se fôssemos construir esses prédios com um vidro simplesmente verde ou fumê, sem a metalização de controle solar, o resultado seria péssimo. – Quais podem ser considerados os edifícios com melhor desempenho energético e termoacústico no Brasil? Um dos prédios que se destaca nesse aspecto e em que eu tenho orgulho de ter trabalhado é o Eco-Berrini, em São Paulo. Nesse prédio, de 32 andares, foi adotada uma solução de vidro laminado de 12mm, com 37% de Fator Solar, ou seja, apenas 37% da radiação solar atravessa o vidro na forma de calor. Durante o projeto houve uma intensa discussão sobre a necessidade de utilização de vidro insulado ou não. Outros consultores defendiam o uso do insulado para melhor desempenho térmico e acústico, e também permitiriam a colocação de persiana entre vidros. Demonstramos por meio de simulação computacional que o vidro insulado que estava sendo proposto, com Fator Solar próximo do vidro laminado escolhido previamente, não traria redução no consumo de energia para condicionamento de ar. Verifiquei que, em São Paulo, em 70% das horas do dia a temperatura do ar fica abaixo de 24°C. Essa é a temperatura


“O vidro contribui para o melhor desempenho energético da edificação à medida que filtra a radiação solar de acordo com a necessidade do projeto, considerando o balanço de luz e calor ideal” de conforto e ajuste do ar-condicionado e isso quer dizer que se o clima externo é ameno na maior parte do ano, então a fachada de vidro auxilia na dissipação de calor gerado internamento pelas pessoas e iluminação do edifício. O vidro insulado naquele caso bloquearia essa dissipação de calor, e o vidro laminado foi a solução mais viável. – Qual a sua avaliação sobre a importância do vidro no desempenho energético de edificações? O vidro contribui para o melhor desempenho energético da edificação à medida que filtra a radiação solar de acordo com a necessidade do projeto, considerando o balanço de luz e calor ideal. Um vidro escuro ou refletivo pode barrar o calor, mas também diminuir o aproveitamento da luz natural. Um vidro muito claro poderia deixar o ambiente interno muito quente. Um vidro de controle solar pode permitir boa penetração de luz com redução do ganho de calor. Isso é fantástico. – A NBR 15575 institucionaliza exigências que prometem revolucionar o setor da construção civil no Brasil. Quais serão as principais mudanças e seus impactos mais significativos sobre os diversos setores ligados à construção? A norma de desempenho promete revolucionar, mas não vai conseguir. Em minha opinião, as exigências da norma são insignificantes e tratam apenas de regularizar o que já se pratica no país. Discutimos isso recentemente em evento paralelo à FEICON. Perdemos uma grande oportunidade de turbinar o desempenho térmico, acústico e lumínico das nossas edificações. A norma ficou muito aquém do que podemos fazer em termos de desempenho. Como resultado final, depois de mais de uma década de trabalho e discussões, temos uma norma fraca. Não teremos grandes mudanças nos setores da construção civil.

– Em relação ao setor vidreiro e ao de esquadrias, quais as principais medidas que as empresas devem tomar para se adaptar às novas exigências? Nenhuma. O que construímos já atende a norma de desempenho.

– Como avalia a importância de esquadrias e caixilhos no desempenho térmico e acústico das edificações? As esquadrias e caixilhos têm importância significativa no desempenho acústico das edificações. No Brasil, porém, a influência desses elementos no desempenho térmico é pequena, pois não temos grandes diferenças de temperatura entre o ar interno e o ambiente exterior. – Com relação ao resto do mundo, como vê a evolução da sustentabilidade das edificações no Brasil? Como a norma pode contribuir nesse processo? Ainda estamos engatinhando. Tomando a certificação LEED como exemplo, nos Estados Unidos são mais de 16 mil projetos certificados, enquanto no Brasil temos apenas 92 empreendimentos com o selo. Infelizmente a norma de desempenho não vai contribuir para mudar esse panorama.

– Como funciona a simulação computacional prevista pela norma para a concepção de um projeto envidraçado? Qual a sua importância para o mercado e de que forma ela pode medir a eficiência energética de um edifício? O processo de simulação previsto em norma exige que o projeto seja avaliado para um dia de temperatura máxima e outro de temperatura mínima. O edifício atenderá a norma se o ambiente interno proporcionar temperatura inferior à máxima e superior à mínima. O procedimento é simplório, pois não considera o desempenho ao longo de um ano. O vidro nem é citado pela norma, e esse é um dos problemas. Se quisermos introduzir sistemas industrializados em construção leve, como dry-

-wall e steel-frame, teremos de fazer simulação para comprovar que o sistema é aplicável ao nosso clima. Essa falha é grave, pois dificulta a evolução tecnológica das nossas construções.

– O mercado nacional é carente de especialistas nesta área de desempenho energético de edificações? A carência é enorme. Se houvesse mais especialistas no assunto, ou se os profissionais atuantes no mercado estivessem mais envolvidos nessas questões, nossa norma de desempenho teria dado um avanço significativo. – Como garantir projetos alinhados e integração entre os diversos projetistas que atuam em um projeto? Com modelos de certificação global, como o LEED, por exemplo. Para a obtenção da certificação, diversos créditos (pontos) se interrelacionam. Fica difícil desenvolver o projeto se não houver integração entre as disciplinas. – No contexto atual, qual a importância de obter certificações como LEED? A certificação LEED é a garantia de que o projeto alcançou padrões internacionais de eficiência, desempenho e uso racional dos recursos naturais. Uma empresa que aluga ou compra um prédio certificado LEED no Brasil tem a garantia de que esse prédio terá o mesmo nível de desempenho de um prédio certificado LEED nos Estados Unidos ou na China, por exemplo. O que levou à criação da ENE Consultores? Quando foi fundada e como define a atuação e especialidades da empresa? A ENE Consultores foi fundada com o intuito de oferecer o serviço de pesquisa e desenvolvimento ao mercado da construção. Foi fundada em 2009 e tem como especialidade a simulação computacional de desempenho energético de edificações e a consultoria em construção sustentável com foco na certificação LEED. revista Vidro Impresso www.vidroimpresso.com.br 


produtos

Movimentos suaves Sofisticados sistemas de molas para portas de vidro temperado garantem conforto, leveza e segurança

Cada vez mais versáteis em suas aplicações, as ferragens para vidros temperados ganham crescentes upgrades a fim de acompanhar um setor que não para de evoluir e se modernizar. O mesmo vale para os sistemas de molas destinados a portas de vidro temperado. Segundo William Castro, da fabricante Dorma, tanto as ferragens externas quanto o funcionamento interno de seus sistemas são de fundamental importância para a sustentação e movimentação do vidro. “Eles devem preservar a integridade do material, mantendo o cinturão de proteção isolado dos parafusos de fixação das ferragens. Possíveis atritos poderão levar à quebra do vidro”, afirma o gerente da Dorma, atualmente o maior player do segmento de ferragens e molas de piso do mundo. Praticidade, sofisticação e tecnologia são alguns dos diferenciais atribuídos às molas para vidro disponíveis no mercado. “Uma mola de qualidade agrega valor à porta por sua funcionalidade, design e durabilidade”, diz Conceição Santana, da fabricante Marix. Para Glauco de Oliveira, do Grupo HT, as molas devem acompanhar a proposta dos projetos com um acabamento discreto, leve e diferenciado. “Além disso, os mecanismos de movimentação da porta devem priorizar o conforto do usuário, evitando ruídos e fechamentos bruscos”, comenta. Segundo ele, a evolução do produto caracteriza-se, sobretudo, pela redução das dimensões das caixas, acompa-

nhando os novos empreendimentos com espessuras de pisos e lajes cada vez menores. A resistência é outro aspecto relevante. “A qualidade da composição de ligas determina a durabilidade da mola e a estabilidade de suas regulagens”, observa Oliveira. “Regulagens específicas, ajustáveis aos variados tipos de portas, garantem comodidade e praticidade ao entrar e sair dos ambientes”, acrescenta Fabricio Justo, coordenador de marketing da Soprano. “Acredito que o mercado vai pedir soluções cada vez mais práticas e visualmente atraentes”, avalia Nelson Libonatti, diretor comercial da Glass Vetro. A empresa aposta em um sistema que substitui as tradicionais molas de piso. “A indústria de revestimentos cria pisos extremamente sofisticados, e as molas de piso interferem drasticamente no visual e na estrutura desses pisos”, comenta. Enquanto as molas aéreas são indicadas para portas de madeira e de alumínio, no caso das portas de vidro o mais indicado são molas de piso hidráulicas. Por serem menos espessas, também permitem soluções mais diferenciadas esteticamente, caso das molas de porta, fixadas em recorte na parte inferior do vidro. “As molas de piso, por sua vez, necessitam de um recorte no piso para serem encaixadas. A largura e o peso da porta é que vão determinar sua capacidade, e permitem abertura e fechamento para ambos os lados”, informa Libonatti.

Confira a seguir alguns modelos selecionados pela reportagem de Vidro Impresso.

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Dorma Linha BTS A fabricante oferece uma ampla gama de molas de piso para vidro, adaptáveis a portas de ferro, madeira e alumínio. Fabricadas com o mesmo nível de performance em todas as partes do mundo, tem como principais diferenciais sua aplicabilidade em relação a peso e altura, podendo suportar até 300kg (BTS 80), e o preço de comercialização, considerandose a relação custo-benefício. São produzidas sob alto padrão de qualidade, estabelecidos por rigorosas normas técnicas internacionais. O diferencial tecnológico reside no sistema Came, que oferece mais conforto na abertura da porta. Além disso, têm duas válvulas de controle de velocidade, que permitem controle hidráulico de toda a extensão de movimento; eixos intercambiáveis, que reduzem o valor de estocagem e ampliam a oferta do produto; ajustes verticais e laterais; e válvula de segurança, evitando que a mola trave a porta quando manuseada em movimento contrário. O sistema permite o movimento de 180o com uma única mola interna. A empresa oferece ainda o produto Seal Protect, que, aplicado à BTS, aumenta sua vida útil e, consequentemente, a garantia de fábrica.


> Glass Vetro

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Molas hidráulicas integradas inferiores Especialmente voltadas para portas de vidro individuais ou duplas em ambientes com alto fluxo de transição, o modelo comercializado pela Glass Vetro é indicado para aplicações em que não é possível embutir a mola no piso e as mola convencionais de piso. Entre seus diferenciais, o produto suporta um número maior de aberturas e fechamentos, com uma durabilidade calculada em 500 mil ciclos. Para instalação, são necessários apenas 4 pequenos furos no piso. O peso máximo suportado é de 100 kg e a largura adequada da porta deve variar entre 750 e 1000 mm, e espessura entre 8 e 13 mm. Com base ajustável, oferece regulagem com duas velocidades de fechamento. Por possuir sistema hidráulico de mola integrado, resulta em uma aplicação mais discreta e harmônica.

Grupo HT Linha HTSF Composta por quatro modelos, a linha pode ser aplicada em portas de até 300 kg. Todos os modelos são intercambiáveis, com dimensões desenvolvidas para se adaptar aos novos projetos e especialmente voltadas ao mercado de reposição. De fácil aplicação, apresentam variações para portas de até 90 kg (HTSF80); de até 120 kg (HTSF112/123/124); e de até 150 kg (HTSF150). O diferencial tecnológico em destaque nos produtos do Grupo HT reside em uma terceira válvula acoplada, denominada Black Check. Trata-se de um dispositivo que inibe a má utilização da mola, ou seja, aquela força excessiva aplicada ao abrir a porta. Os sistemas apresentam seis tipos de regulagem a mais que o padrão do mercado, permitindo movimentação total da mola dentro da caixa, o que facilita o alinhamento da porta e reduz o tempo de instalação. Além disso, um produto anticongelante adicionado ao fluído garante operação precisa em temperaturas extremas, positivas ou negativas. A empresa oferece garantia de dois anos.

> Marix

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Molas pneumáticas de piso Solução trazida pela empresa no final do ano passado, as molas de piso Marix podem ser utilizadas tanto em portas de vidro como de madeira e alumínio. O produto emprega tecnologia automobilística e é otimizado em todos os aspectos: tamanho, peso, resistência, custo e durabilidade. Apesar das dimensões reduzidas, 6cm (altura) x 7cm (largura topo) x 3cm (diâmetro do pino) é robusta e suporta portas de até 120 kg e com largura de até 1,20 m, podendo girar a 360o sobre o próprio eixo quando colocada no meio da porta, criando inúmeras possibilidades arquitetônicas. É totalmente blindada, evitando acúmulo de água e garantindo maior durabilidade. Oferece ainda a função de parada fixa, ficando a porta estacionada em 90o para cada lado. O retorno para o fechamento da porta acontece de forma leve e suave e garante até três milhões de ciclos de abre e fecha. É fabricada em processo de estampagem e solda automatizada, e conta com mecanismo interno de aço endurecido e corpo externo em aço inox. A instalação leva em torno de 30 minutos e a empresa oferece garantia de cinco anos.

Soprano Molas de piso P A Soprano disponibiliza três diferentes modelos, que se adaptam a diversas situações e variam de acordo com o tamanho e peso da porta. Ideal para portas de aproximadamente 1000 x 2100 mm, o modelo em destaque (P310) suporta um peso de até 100 kg e destaca-se pela praticidade de instalação e regulagem. Com sistema hidráulico e eixo fixo de modelo Santa Marina, apresenta válvula de regulagem de velocidade e de fechamento e oferece abertura total da porta, de 110o, e parada em 90o. Com 273 mm de comprimento e 132 mm de largura, tem profundidade de 40 mm até a base e de 70 mm até o final do eixo. Por ser compacta, apresenta design discreto, sem interferir no visual do ambiente. É fabricada em ferro fundido pintado na cor preta, caixa de aço também preta e espelho em aço inox escovado. www.vidroimpresso.com.br 23


flash

Flash

Foto: Divulgação MVRDV

Notícias, lançamentos e curiosidades. Acompanhe aqui os últimos acontecimentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva

Guardian investe $14 milhões em nova planta A Guardian anunciou investimento de $14 milhões a construção da maior e mais moderna fábrica de espelhos-jumbo do mundo, na cidade de Tatuí (SP), onde já opera com a fabricação de vidros planos. Totalmente automatizada, a nova linha vai produzir chapas com as maiores dimensões do mercado nacional. Segundo a empresa, trata-se da primeira grande iniciativa da gestão empossada no início do ano, que conta agora com a participação da Koch Industries e já sinaliza o impacto positivo da parceria sobre as operações no Brasil. Prevista para ser entregue no primeiro trimestre de 2014, a fábrica vai triplicar a capacidade de produção atual. Com a nova unidade, a Guardian visa consolidar sua liderança. “Alcançamos nos últimos anos crescimento de 10 a 15%, somente no segmento de espelhos no Brasil. Atribuímos esse cenário positivo à maior exigência do consumidor por produtos que ofereçam qualidade comprovada e também ao perfil dos latino-americanos, que fazem uso do espelho com mais frequência do que os europeus”, diz Ana Paula Camargo, diretora de marketing da Guardian. A capacidade instalada da nova fábrica de espelhos será de 8 milhões de m²/ano, que significam cerca de 7 mil toneladas/mês, de chapas com dimensões de até 6 x 3,21 m. Com a nova planta serão somados mais 7 mil m² aos 50 mil já existentes na unidade fabril de Tatuí, responsável pela produção de 830 toneladas/dia de vidro plano, em espessuras de 2 a 19 mm.

Destaque Anavidro Realizado desde 2006 pela Associação de Vidraceiros do Estado de São Paulo, a AVESP, o Prêmio Destaque Anavidro chega à 8ª edição mantendo a tradição de identificar e premiar as empresas do segmento vidreiro que mais se destacaram nos últimos 12 meses pela qualidade e excelência de seus produtos e serviços. Para concorrer às premiações, em 16 categorias distintas, as empresas devem ser fornecedoras de produtos e serviços para o setor vidreiro. O evento está marcado para 21 de setembro, e contará com a apresentação do grupo Fundo de Quintal. Mais informações sobre a forma de participar da premiação estão disponíveis no site www.premioanavidro.com.br.  www.vidroimpresso.com.br


T2G compra a Vidros do Brasil O Grupo T2G, especializado em envidraçamentos especiais e líder nacional no desenvolvimento de soluções e projetos estruturais para vidro, anunciou investimentos de R$ 2 milhões na compra da Vidros do Brasil, empresa que atua há 30 anos com foco no acabamento de vidros planos para a indústria moveleira. Altamente sustentável, a fábrica recicla 100% do refugo industrial. Com a aquisição, além de fornecer soluções e projetos estruturais para vidro, o Grupo T2G passa a atuar no setor moveleiro. Nos últimos anos, já havia ampliado sua atuação no setor de revestimentos. A nova fábrica ocupa uma área de 4 mil metros quadrados totalmente servida por ponte rolante, e equipada com os mais modernos equipamentos, que permitem automatizar o acabamento de borda dos vidros. As vendas e a produção desde fevereiro deste ano já cresceram 50% (eram 2.000 m2 de tampos de mesa e espelhos para lojas e indústrias de móveis e já estão em 3.000 m2 mil metros quadrados por mês). “Nossa meta é ampliar ainda mais este resultado em 2013, sobretudo com o desenvolvimento de novas linhas de produtos e de móveis em vidro”, afirma Maurício Margaritelli, diretor da T2G. Segundo ele, o DNA da T2G está na inovação e na realização de obras surpreendentes em vidro. “Levaremos essa visão de trabalho para a Vidros do Brasil”, acrescenta.

Fotos: Divulgação

Inspiração em Murano Fundamentais na decoração, as cores e suas combinações adequadas garantem harmonia aos projetos de arquitetura de interiores, definindo a personalidade dos ambientes. Reconhecida no mercado moveleiro nacional pela expertise em antecipar tendências europeias no País, a Cinex lançou recentemente no mercado as portas de vidro para armários da linha Murano. Inspiradas na pequena cidade vizinha a Veneza que domina a arte do vidro soprado, as Portas Murano oferecem inovação dos recortes e amplo aproveitamento da paleta de cores da empresa, ao explorar grande variedade de tons tanto do vidro quanto dos perfis de alumínio. Os vidros das composições variam entre Cristallo, Cristallo Acidato, Lino, Linea e Pixel, além de espelhos de várias tonalidades. www.vidroimpresso.com.br 


MAR carioca

Fotos: Divulgação

Inaugurado no mês de março, o MAR – Museu de Arte do Rio, projeto do escritório paulistano Bernardes + Jacobsen, pretende promover uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos e contradições. Parte do processo de revitalização da zona portuária da cidade, em uma de suas fachadas o edifício conta com sistemas de vidros autoportantes Channel Glass, fornecidos e instalados pela T2G. “Para o prédio da Polícia propusemos a substituição das alvenarias de fechamento por perfis de vidro translúcido, tornando visível o sistema estrutural de colunas recuadas e revelando o piloti, que hoje comporta diversas construções”, afirma Paulo Jacobsen, um dos autores do projeto. Com aspecto semelhante ao do vidro impresso, o Channel Glass permite ampla entrada de luz natural e difusa nos ambientes, ao mesmo tempo em que ameniza a intensidade dos raios solares, promovendo conforto térmico e acústico.

Louvre ganha filial Com 36 mil habitantes, a pequena cidade de Lens, a uma hora da capital francesa, foi escolhida para receber o novo edifício do museu do Louvre. Desenvolvido pelo escritório japonês Sanaa, o projeto custou € 150 milhões e foi eleito entre mais de 120 concorrentes. A arquitetura é composta por cinco pavilhões, e em nada remete às formas da sede parisiense. O pavilhão central, que marca o acesso ao museu, é um retângulo de vidro que leva à recepção, a um café e à loja de presentes. Vidro e alumínio anodizado são os materiais predominantes nas fachadas reflexivas do edifício, que ocupa 28 mil m². A parte exterior do projeto se compromete com a transparência.  www.vidroimpresso.com.br

Novas fechaduras Por meio de sua divisão voltada para a construção civil, a Soprano acaba de lançar as fechaduras para portas de vidro Mini Blindex. O design diferenciado e de fácil manuseio dispõe de maior resistência, privilegiando a segurança total de seus usuários. Fabricada em Zamac com acabamento cromado, é acompanhada de chaves em latão com acabamento também cromado. Devem ser aplicadas em portas de vidro de correr com espessura máxima de 12 mm.


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Nova geração da Corning

FOTOS: DIVULGAçãO

Mundialmente famosa pela produção do Gorilla Glass, o vidro mais fino e flexível o mundo, a Corning acaba de lançar no mercado uma nova geração de vidros super-resistentes para aparelhos eletrônicos. Uma evolução do Gorilla, o Corning Lotus XT Glass foi apresentado em 2011, mas só começou a ser comercializado agora, quando a empresa diz ter encontrado uma forma barata e eficiente de produzir o material. Basicamente, a temperatura durante a confecção foi aumentada, o que ajudou a produzir vidros mais adequados para smartphones, tablets e outros aparelhos, deixando as telas mais brilhantes e bem definidas. Ainda não há informações sobre a adoção do material pelas fabricantes, que deverão passar por um processo de adaptação ao novo modo de usar o vidro.

Efeito madeira

Escultura de vidro Com projeto do escritório Aflalo & Gasperini, foi inaugurado no mês de maio, em São Paulo, mais um prédio corporativo fortemente marcado pela presença do vidro. O Edifício Cidade Jardim é marcado por placas em “L” que emolduram uma grande caixa de vidro. Acompanhando essa identidade, o hall do edifício, no térreo, também é definido por uma grande caixa retangular envidraçada, cujo projeto de medição, fornecimento e instalação dos vidros ficou a cargo do grupo T2G. Composta por vidros estruturais temperados laminados Incolores, colunas de vidro duplas, cabos de aço inoxidável e FlexiGlass, a fachada com níveis entre 8 a 10 m de altura e 100m de largura formando um “L”. 28 www.vidroimpresso.com.br

A Tecnofeal apresentou ao mercado um novo padrão de esquadrias de alumínio personalizadas, com aparência de madeira. Denominado Efeito Madeira, o acabamento é utilizado em projetos que buscam aliar o charme e o requinte do material aos baixos custos de manutenção do alumínio. O realismo é tamanho que até os veios da madeira são reproduzidos. O acabamento possibilita várias opções de tons e é produzido industrialmente. Pode ser aplicado em diversas tipologias das esquadrias, tais como: correr, tomba-gira, maxim-ar, entre outras. Para se obter o efeito, após a pintura da base do perfil com uma tinta específica, o produto é embolsado em um filme plástico especial, onde estão aplicados os desenhos do tipo da madeira escolhida. A peça é então colocada em um equipamento a vácuo e submetida a temperaturas de 200o, procedimento que faz com que a tinta da película de plástico seja transferida a todas as faces pintadas da esquadria.


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Eco-eficiência máxima

O escritório norte-americano Gensler criou um projeto que promete se converter no arranha-céu mais ecologicamente correto do mundo. Com 33 andares, o edifício The Tower, pertencente ao grupo financeiro PNC, está sendo erguido na cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e terá sua fachada integralmente formada por vidros duplos, permitindo aproveitamento máximo de luminosidade natural e redução de custos com ar condicionado. Quando finalizada, a obra, já 85% concluída, lançará novos padrões para a arquitetura sustentável mundial. A proposta se baseia em dois conceitos: sustentabilidade e comunidade. Dessa forma, foi criado um auditório para ser utilizado pela população, mesmo fora do horário comercial, e autossuficiente em energia.

Banho refletivo

Maior acervo do Brasil

A Ideia Glass uniu forças com a fabricante Guardian para criar uma nova e charmosa opção para sua linha de boxes com roldanas aparentes: o box espelhado, que garante espaços de banho mais amplos e sofisticados. Além de esteticamente diferenciada, a união do já famoso box Elegance com o vidro refletivo auxilia em atividades de higiene, como o barbear dos homens, e pode servir como espelho de corpo inteiro. “A parceria com a Guardian nos garantiu um produto único em estética e em qualidade, lançando uma tendência no mercado”, afirma o gerente de marketing da Ideia Glass, Érico Miguel.

Aberta ao público no final de março, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin é o mais novo edifício da Universidade de São Paulo (USP). Com mais de 20 mil m² e linguagem marcante, a arquitetura do edifício localizado na Cidade Universitária é marcada pela transparência, presente tanto nas fachadas de concreto e vidro como nos ambientes internos. O prédio abriga 60 mil volumes de livros e documentos sobre o Brasil, com destaque para a coleção reunida pelo advogado, empresário e bibliófilo José Mindlin, doada à USP em 2005. Do piso térreo é possível apreciar os três andares do acervo, protegidos por vitrinas de vidro laminado. A arquitetura também contempla grandes janelas e fachadas de vidro laminado verde de 12 mm de espessura. O edifício foi projetado pelos arquitetos Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb (neto do casal Guita e José Mindlin, que dão nome à biblioteca).

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Controle térmico A Sasazaki apresentou recentemente ao mercado as janelas e portas da linha Aluminium com Vidro Smart Reflex, disponíveis nas lojas de todo o Brasil desde maio. Os lançamentos favorecem a composição de um ambiente com temperatura aconchegante, uma vez que o vidro Smart Reflex protege em até 80% a passagem dos raios ultravioleta e oferece conforto térmico, ao permitir a redução em até 60% da entrada de calor. As portas e janelas da Sasazaki com esse tipo de vidro são indicadas para quartos, salas e home theater. A tecnologia proporciona economia de energia elétrica, uma vez que reduz o uso de condicionadores de ar, além de proteger os móveis de desbotamento e ressecamento provocados pela luz solar. Por serem refletivos, conferem maior privacidade ao ambiente.

Novo gerente A fabricante de ferragens AL Puxadores anunciou recentemente a contratação do executivo Jorge Menezes como novo gerente de negócios da empresa. Menezes deixou o cargo de diretor da fabricante de kits e ferragens para boxes Ideia Glass, onde atuou por cinco anos. 32 www.vidroimpresso.com.br

Fachada de algas Algas microscópicas que podem fornecer material reciclável e combustível enfeitam as paredes exteriores daquele que talvez seja o projeto mais original da exposição internacional da construção em Hamburgo (IBA, na sigla em alemão), aberta em março deste ano e prevista para terminar em novembro. A feira propõe um conceito inovador de arquitetura sustentável que, além de economizar, também produz energia. A fachada da casa de algas conta com 129 estruturas de vidro que funcionam como aquários. Dentro, os microrganismos misturados na água alimentam um reator. As algas, microscópicas, sobrevivem com nutrientes na água e pelas emissões de um aquecedor a gás, instalado no térreo do prédio de cinco andares, que fornece dióxido de carbono (CO2) para a fotossíntese. No térreo do edifício, Kerner controla uma caldeira de metal que filtra as algas continuamente e delas extrai material reciclável. Entre os produtos fornecidos pelas algas, Kerner destaca um óleo vendido especialmente para a indústria farmacêutica e de cosméticos. Os produtos das algas servem também como ingrediente de suplementos alimentares e ração animal. Até as sobras podem gerar biogás. Os vidros da fachada também funcionam como uma espécie de aquecedor solar. O sol aquece a água do aquário. A energia gerada esquenta a água do prédio. No futuro, o objetivo de Kerner é que a casa produza não só biomassa de algas e calor, mas também eletricidade a partir de fontes neutra.


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feiras e eventos Linha Duralux para revestimento de espelhos estava entre os destaques no estande da italiana Fenzi. Produto foi o primeiro da empresa a ser exportado e produzido na China

Mercado chinês exibe retomada de fôlego após sofrer impactos da crise mundial

A efervescência por que passou a indústria vidreira chinesa nos últimos anos pode ser atestada em um número crescente de projetos mundo a fora, nos quais o vidro aparece como solução em complexos desafios envolvendo sua aplicação. A primeira loja da Apple em Xangai, por exemplo, aberta em julho de 2010, contou com um domo tubular com painéis de vidro de 12 m inteiramente produzidos na China. Outro exemplo emblemático é o do Pavilhão de Vidro do Museu de Arte de Toledo, na cidade americana de Ohio. Assinado pelo aclamado arquiteto japonês Kazuyo Sejima, ganhador do prêmio Pritzker em 2010, o pavilhão, que custou US$ 30 milhões, é composto por 360 painéis espessos, cada um com mais de 4 metros de altura, 2,4 metros de largura e pesando quase 600 quilos. O projeto apresentou especificações técnicas de ponta, envolvendo curvatura e laminação, atendidas pela chinesa Avic Saxin, sediada em Shenzhen. A empresa ganhou o contrato porque estava disposta a investir na tecnologia necessária para produzir vidros complexos, como uma máquina de US$ 500 mil, algo que as processadoras americanas não deram conta de oferecer. O exemplo de Ohio ilustra o avanço técnico experimentado pelo setor do vidro na China, demonstrando a força crescente desse mercado, que se lança em uma corrida para competir em pé de igualdade com detentores das mais recentes tecnologias disponíveis no mundo. De olho no 3 www.vidroimpresso.com.br

potencial desse que é considerado o maior mercado do planeta, e que tem conseguido em poucos anos superar muitos de seus gargalos econômicos e limitações tecnológicas, empresas de peso ligadas ao setor, vindas de todas as partes do globo, reuniram-se em mais uma China Glass, evento anual organizado pela Chinese Ceramic Society, atualmente em sua 24a edição. Realizado na cidade de Pequim, entre os dias 24 e 27 de maio, a feira atraiu novo recorde de visitantes e evidenciou a força de um mercado que hoje conta com 150 linhas de vidro float, 117 a mais que os Estados Unidos, por exemplo. Um número que mais surpreende quando se considera que, até os anos 70, a indústria vidreira praticamente inexistia na China. “As empresas chinesas são muito qualificadas e vendem no mundo todo e em setores muito competitivos do segmento B2B”, comentou Dinzo Genzi, presidente da GIMAV, associação italiana de fabricantes, processadores e fornecedores de máquinas e acessórios para vidro. O estande da entidade reuniu 29 membros em uma área de 1,2 mil m². “Por essa razão, o mercado chinês demanda maquinário de última geração e precisa estar apto a confiar em uma cadeia de fornecedores que assegure qualidade em todos os níveis”, disse Genzi. “Participar da China Glass tornou-se obrigatório para a indústria vidreira italiana”, acrescentou Renata Gafo, diretora da GIMAV. Para Joe Zhou, membro da comissão organizadora do even-

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China Glass 2013


Outro destaque da Fenzi foi a linha de selantes voltada para a fabricação de unidades de isolamento térmico, compostas por vidros insulados de alta performance. Segundo a empresa, o mercado chinês apresenta demanda crescente por tecnologias que garantam desempenho e eficiência energética em seus edifícios Ágeis e robustos, os carregadores da Grenzebach figuraram entre as tecnologias de ponta no pavilhão alemão. Abaixo, estande da fabricante de máquinas Glaston

to, embora o cenário econômico mundial se encontre em fase de severa contenção, e a própria China tenha visto o crescimento de sua indústria vidreira refluir drasticamente em relação a anos anteriores, o momento é de assumir novos desafios, e a China Glass foi uma excelente oportunidade para isso. “Muitas empresas internacionais pediram para aumentar o espaço de seus estandes, pois estavam confiantes nos resultados de sua participação este ano”, comenta o executivo. Com mais de 800 empresas expositoras, entre fabricantes, processadores e fornecedores de máquinas, acessórios, componentes e tecnologias de fabricação e aplicação, o maior evento asiático do ramo de vidros ocupou sete pavilhões do China International Exhibition Center e recebeu mais de 30 mil visitantes, em uma área de aproximadamente 80 mil m². Além de companhias chinesas, o evento recebeu empresas de mais de 30 países, entre eles Alemanha, Itália, Estados Unidos, Bélgica, Reino Unido, França, Finlândia, Holanda, Suíça, Suécia, República

Checa, Áustria, Austrália, Israel, Japão, Coréia, Canadá, Rússia, Índia, Indonésia, Singapura, Turquia, Vietnã, Egito, Irã, Jordânia e Costa Rica. Segundo Zhou, a China Glass já é considerada a segunda maior feira vidreira do mundo. “É a única exposição internacional de vidros patrocinada e apoiada por todas as indústrias relacionadas ao vidro e departamentos governamentais e associações de negócios da China”, afirma. “Por ser uma excelente plataforma de negociações internacionais e intercâmbio de informações técnicas e de mercado, a exposição atrai visitantes estratégicos, incluindo o consumidor final e representantes decisivos da cadeia vidreira mundial.” Além de ter destacado as últimas novidades em vidros, máquinas, equipamentos, acessórios, componentes e tecnologias de processamento, teste e mensuração, a China Glass acompanhou a tendência verificada em todos os eventos recentes do setor e concentrou foco especial na produção de vidros solares, painéis e células fotovoltaicas e em tecnologias voltadas

Com mais de 800 empresas expositoras, entre fabricantes, processadores e fornecedores de máquinas, acessórios, componentes e tecnologias de fabricação e aplicação, o maior evento asiático do ramo de vidros ocupou sete pavilhões do China International Exhibition Center, em uma área de aproximadamente 80 mil m²

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feiras e eventos

A suíça Bystronic expôs seu modelo voltado para a fabricação de vidros insulados, o Confort’line, que oferece alta qualidade no processo de preenchimento das unidades com gás argônio

“Participar da China Glass tornou-se obrgatório para a indústria vidreira italiana”

Presença verde-amarela. Da esquerda para a direita: Flávio Sirotto, da Arbax; Rodrigo Gruerreiro, da Cyberglass; Fúlvio Sirotto, da Arbax; e Andrey Moreira, da Potencia Diamantes

A italiana Bottero expôs os diferenciais de suas linhas em palestra ministrada pelo representante da empresa na China

para a eficiência energética por meio do vidro. A feira foi realizada paralelamente à Glass Perfamance Days China (GPD China), versão chinesa de uma das mais renomadas conferências internacionais do setor. Tradicionais parceiras do evento, empresas americanas, italianas e alemãs tiveram pavilhões exclusivos, nos quais figuraram as fabricantes de máquinas Intermac, Bottero, Grenzebach, Hegla e Bystronic Glass, entre outros nomes de peso. O Grupo Fenzi também estava entre os expositores, destacando sua linha de selantes, tintas e esmaltes para vidro. “O mercado asiático tem mostrado crescente interesse por nossos produtos, o que pode ser comprovado pelo aumento da demanda verificado este ano, especialmente da linha de revestimentos para espelhos Duralux, primeiro produto da empresa exportado e fabricado na China”, afirma Francesca Solera, responsável pela comunicação do grupo. A finlandesa Glaston marcou presença com suas mais avançadas tecnologias voltadas para têmpera, corte e laminação, como as linhas GlastonAir, Glaston iControL, Glaston Hiyon e XtraEdge. Além de destacar seus últimos lançamentos e linhas inte3 www.vidroimpresso.com.br

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Renata Gafo, diretora da GIMAV

gradas de processamento, a Bottero promoveu uma palestra com Giovanni Ambrogio, seu representante em terras chinesas, que expôs os diferenciais das linhas da empresa. A austríaca Lisec apresentou suas linhas automáticas de corte e tecnologias de processamento. A grande novidade deste ano, no entanto, foi a participação inédita de uma empresa brasileira, a Arbax. A fabricante de abrasivos aproveitou a ocasião para reforçar sua presença em âmbito mundial e destacar sua linha de rebolos de polimento, com destaque para o ‘rebolo verde” (ler mais na página 64). Outros grupos multinacionais de peso presentes fora Saint-Gobain Glass, Siemens, PPG Industries, Asahi e Guardian Industries, multinacional com mais de 28 linhas de float ao redor do mundo, que aproveitou a ocasião para lançar a versão asiática de seu website. “É constante nosso empenho em implementar novos projetos locais e participar do crescimento robusto da região”, disse Bibekananda Maiti, diretor comercial da Guardian no Pacífico asiático. “Este ano demos mais um passo em nosso compromisso, proporcionando informações e recursos que podem ser usados no dia a dia de nossos clientes locais.”



feiras e eventos

Na trilha do vidro Saint-Gobain Glass, Cebrace e Glass Vetro unem forças e lançam evento para disseminar os benefícios do vidro

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Que o vidro arquitetônico evoluiu de forma rápida e surpreendente nos últimos anos é uma constatação unânime não somente entre profissionais e especialistas do ramo, mas também entre o público leigo, até mesmo o consumidor final menos atento às construções que se erguem ao seu redor. No entanto, as crescentes possibilidades criativas e, sobretudo, os benefícios propiciados pelo material, em aplicações voltadas aos mais variados perfis, segmentos e portes, ainda estão longe de se tornarem conhecidos e explorados na plenitude. Evidenciar esse rico potencial que o vidro carrega em seu DNA, e que se intensifica pelas avançadas tecnologias que é capaz de agregar é o principal intuito do 1o Glass Show – na Trilha do Vidro, evento que teve sua primeira rodada realizada em maio, nas cidades de Brasília (DF) e Anápolis (GO). A ação resulta de uma parceria estratégica entre três nomes de peso ligados ao setor:

Saint-Gobain Glass, Cebrace e Glass Vetro. A ideia é reunir a expertise das três empresas, que se complementam em seus respectivos segmentos de atuação, para difundir o uso e aumentar o consumo do vidro no País. “O público teve a possibilidade de conhecer as novidades dessas três indústrias: vidros impressos, vidros planos e acessórios”, afirma Marcela Felix, responsável pelo marketing da Saint-Gobain Glass. Realizada nos dias 14 em Brasília e no dia 16 em Anápolis, a primeira rodada do Glass Show recebeu arquitetos, estudantes, instaladores, vidraceiros e outros profissionais da cadeia vidreira, que conheceram as novas tendências na utilização de ferragens e vidros na arquitetura contemporânea. “Além disso, tiveram a oportunidade de viajar no tempo e se aprofundar na história do vidro no Brasil e na importância que foi ganhando na arquitetura nacional”, diz Marcela.



feiras e eventos

Os participantes puderam conhecer de perto as mais práticas e avançadas soluções disponíveis atualmente no mercado Entre essas tendências, os participantes puderam conferir diferentes maneiras de tornar os ambientes mais sofisticados por meio das ferragens da Glass Vetro em sinergia com os vidros impressos da Saint-Gobain Glass. Para os arquitetos, segundo Marcela, a ideia é apontar as demandas atuais do mercado, como por exemplo a necessidade de ambientes integrados e com luminosidade, e demonstrar como o vidro e as ferragens desempenham muito bem esse papel. “Já os instaladores podem conferir as mais práticas soluções disponíveis, além das possibilidades de utilizar produtos versáteis de forma segura.” Os caminhos do mercado da construção civil no Brasil, conceitos, utilização e benefícios de produtos diferenciados e mudança de postura profissional foram alguns enfoques. O objetivo central, explica Nelson Libonatti, diretor comercial da Glass Vetro, é chegar a diferentes localidades brasileiras para proporcionar gratuitamente conhecimentos sobre vidro e ferragens utilizados em conjunto, com abordagens adaptadas a dois públicos principais: arquitetos e vidraceiros. “A ideia surgiu a partir de nossas palestras ministradas pelo Brasil, nas quais temos contato direto com distribuidores, vidraceiros e instaladores”, diz o diretor. “Identificamos uma forte necessidade por parte desses profissionais de conhecer novos produtos, saber como vendê-los, aplicá-los e, mais 0 www.vidroimpresso.com.br

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Ana Granado, da Cebrace: é fundamental a iniciativa de levar conhecimento sobre produtos de valor agregado a todas as regiões do Brasil

Marcela Calabre, da Saint-Gobain Glass: objetivo é disseminar ao mercado de especificadores a versatilidade do vidro e suas possibilidades de aplicação, situando-o como solução sustentável, moderna e segura

ainda, onde encontrá-los”, diz Libonatti. “Esse diagnóstico foi então apresentado à Saint-Gobain e Cebrace, e dele nasceu a ideia de um evento que levasse a esse público um formato diferente de palestras, que não abordassem apenas o produto e sim o conceito.” O conteúdo é transmitido a partir de cases de projetos em 3D e apresentações dinâmicas para o melhor conhecimento dos produtos, observações de tendências, busca de inovação nos projetos, entre outros. As primeiras edições, diz Marcela, já deram claros sinais dos benefícios que o evento deverá disseminar Brasil a fora. “Acreditamos que toda iniciativa de formação contribui para o fortalecimento do mercado no todo”, observa. “Muitos arquitetos revelaram que de fato ainda não conheciam tantas variedades de texturas dos vidros impressos e suas infinitas possibilidades de aplicações.” Ao todo, o evento deverá contar com mais oito rodadas até o final do ano. As próximas edições estão programadas para os dias 2 e 4 de julho, respectivamente em Campinas e em Ribeirão Preto, e para os dias 6 e 8 de agosto, em Curitiba e Porto Alegre. Em setembro é a vez de Salvador e Recife, nos dias 17 e 19. Já em outubro o evento aporta em Vitória, no dia 15, e no Rio de Janeiro, no dia 17. Inscrições e informações pelo site www.glasshow.com.br.



feiras e eventos

Entrevista Nelson Libonatti

diretor comercial da Glass Vetro – Que balanço faz do evento?

Acho que ainda é cedo para fazermos um balanço mais apurado, mas já deu pra ver que estamos no caminho certo. A participação de arquitetos, vidraceiros e instaladores foi maravilhosa, percebemos que eles querem ter acesso a informações que os capacitem e os preparem para esse mercado extremamente competitivo, onde o “diferencial” é fator preponderante para bons resultados nos negócios. – Como foi a participação da Glass Vetro?

Superou todas as nossas expectativas. Principalmente na palestra para vidraceiros e instaladores, em que mostramos a importância desses profissionais se prepararem bem para o novo cenário do mercado brasileiro, assimilando as mudanças de conceito e de postura empresarial. Certamente eles estarão preparados para uma boa prestação de serviços e consequentemente, obter melhores resultados. – Quais as próximas ações previstas?

Apesar de termos uma agenda com uma programação pré-estabelecida, somos flexíveis. Vamos trabalhar de acordo com as necessidades passadas pelo público em cada evento e tentar responder a essas expectativas nas edições seguintes, sem mudar o foco da proposta. Queremos interagir rapidamente com nosso público. – Quais benefícios imediatos e de longo prazo que esse projeto trará ao setor vidreiro e ao mercado da construção civil? O maior benefício é expor ao mercado que os produtos com maior tecnologia estão aí para serem utilizados. Mostrar ao distribuidor que o cliente pode utilizar esses produtos com mais frequência. Esperamos com isso que distribuidores, arquitetos, vidraceiros e instaladores disponham dos argumentos necessários 2 www.vidroimpresso.com.br

“Superou todas as nossas expectativas. Principalmente na palestra para vidraceiros e instaladores, em que mostramos a importância desses profissionais se prepararem bem para o novo cenário do mercado brasileiro, assimilando as mudanças de conceito e de postura empresarial” para vender melhor esses produtos, tornando-os provedores de soluções ao cliente final. – Por que os profissionais ligados ao setor ainda des-

conhecem o potencial do vidro em todas suas possibilidades de aplicação? Qual a responsabilidade de cada um para reverter esse cenário? Hoje há muitos concorrendo pelo mesmo filão. As margens estão caindo para todos. O profissional brasileiro se acostumou a vender o que é mais fácil. No momento em que perceber que vender commodities vai reduzir cada vez mais suas chances de ganho, ele vai procurar formas de otimizar esses ganhos. Alguns já estão fazendo isso há mais tempo e já perceberam que a mudança é inevitável. Precisamos sair da condição de simples vendedores e nos tornar provedores de soluções. Isso significa conhecer melhor o que há no mercado, como utilizar e aplicar esses produtos e, acima de tudo, saber demonstrar seus benefícios para o cliente final. O consumidor brasileiro quer coisas melhores e diferentes. Nossa responsabilidade nesse cenário é levar para essa base tudo o que existe de melhor entre os produtos que comercializamos. – Qual a importância de iniciativas como essa para

aumentar o consumo do vidro no Brasil? O consumo de vidros e ferragens vem crescendo, mas ainda está concentrado nos produtos mais simples. Sempre vai existir mercado para vidro monolítico e para ferragens tradicionais. Mas será que vale a pena concentrarmos o consumo nesses produtos? Não está na hora de direcionar o mercado para o consumo de produtos mais específicos e com diferenciais significativos? Precisamos levar mais informações para essa base de clientes. Quanto mais fizermos eventos como este, mais estaremos próximos desses clientes e de suas necessidades. Se tivermos mais profissionais preparados, mais produtos serão vendidos e consumidos.



Fotos: Divulgação

feiras e eventos

Show de prêmios Campanha da fabricante de ferragens AL homenageia profissionais do setor Com foco em ressaltar os benefícios e intensificar a disseminação de seus últimos lançamentos no mercado de acessórios e componentes para vidro, a fabricante paulistana de ferragens AL Puxadores promoveu em maio mais uma edição do Show de Prêmios AL. Direcionada a todos os distribuidores da empresa no Brasil, a campanha visou destacar os novos puxadores de polímero, a linha Chrome e o kit engenharia, produtos lançados pela AL em 2012. “Além disso, o intuito é retribuir a confiança que os profissionais do vidro temperado têm depositado em nossos produtos ao longo dos anos”, ressalta o diretor da empresa, Max Del Olmo. O evento, que contou com a participação dos colaboradores e diretoria e da AL, foi realizado na fábrica da empresa, em Mauá (Grande São Paulo), em 17 de maio, véspera do dia do Vidraceiro. Na ocasião, além de prestar homenagem a esses profissionais, a AL sorteou vários prêmios, entre eles 80 furadeiras e parafusadeiras da Makita, 4 TVs de LED full HD de 40 polegadas e 250 bolas de futebol  www.vidroimpresso.com.br

oficiais. “Nossa intenção foi premiar os profissionais que fizeram da AL a mais reconhecida fábrica de ferragens do País, e que contribuíram para que alcançássemos os resultados que nos levaram ao patamar em que estamos hoje”, comenta Del Olmo. Sucesso pelo quinto ano consecutivo, a ação faz parte da estratégia estabelecida pela AL para abocanhar uma crescente participação no mercado nacional, aproximando-se de seus clientes e enfatizando junto a eles os diferenciais de seus produtos, desenvolvidos com foco no aprimoramento geral do setor. “Vidraceiros, vendedores e distribuidores já criaram uma expectativa em relação à campanha, que é também uma forma de agradecer aos profissionais do setor, que, por meio de suas criticas construtivas, sugestões e observações, nos motivaram a superar nossas limitações e nos deram estímulo para seguirmos em nossa trajetória, que tem por objetivo contribuir para a qualificação do setor vidreiro”, conclui o diretor.


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feiras e eventos

Expo Vetro aporta no Rio Capital carioca recebe a edição do evento itinerante, que será realizado paralelamente ao SAIE Brasil Os setores do vidro e de esquadrias preparam-se para se reunir novamente em mais um importante evento nacional. Em sua 7ª edição, o SAIE Brasil (Salão Itinerante de Esquadrias) será realizado em conjunto com a 1a edição da Expo Vetro (Feira Brasileira de Vdiros Máquinas e Acessórios). Os dois eventos ocuparação os corredores do Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, entre os dias 12 a 14 de setembro, com o intuito de apresentar as mais avançadas tecnologias e soluções voltadas para a fabricação de vidros e de esquadrias, além de gerar novas oportunidades de negócio aos mercados regionais (RJ/ ES/MG/SP/DF) em diversos segmentos e agregar informações aos profissionais visitantes. Organizados pela Cesar Tavares Comunicações, grupo especializado no ramo de revistas segmentadas e realização de eventos, responsável também pela Fesqua-Vitech, o SAIE Brasil e Expo Vetro contarão com cerca de 42 expositores e aproximadamente 5 mil visitantes, mostrando novas tecnologias em portas e janelas, vidros, fachadas, máquinas, estruturas metálicas, novos sistemas para fabricação de portas e janelas, sistemas de cur www.vidroimpresso.com.br

vatura para tubos, vidros e perfis, sistemas e equipamentos para pintura, softwares, vedações e selantes. De acordo com o diretor da Cesar Tavares Comunicações, Luis Henrique Tavares, os eventos simultâneos buscam atender a demanda por informações e serviços especializados de setores que se mostram cada vez mais aquecidos e profissionalizados, muito em razão dos eventos que o País irá sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Para ele, a existência de um evento itinerante é fundamental para atender os incontáveis pequenos empresários que atuam neste mercado Brasil afora. “O mercado de esquadrias e vidro é composto por uma infinidade de empresas de pequeno porte. Muitas dessas empresas atuam em regiões distantes e não têm condições de deixar seus estados para visitar a Fesqua e a Vitech em São Paulo”, comenta o diretor. “Como realizadores da Fesqua e Vitech, pensamos numa maneira de atender a essa parcela importante de empresários com dificuldade de locomoção. A ideia foi de criar um pequeno evento do mesmo setor para que pudéssemos percorrer

todo o Brasil levando informação e conhecimento atualizado.” Segundo Tavares, a Expo Vetro foi criada para suprir a falta que faz um evento voltado para o vidro junto a um evento de esquadrias como o SAIE Brasil. “Todos nós sabemos que esquadrias e vidro se complementam. Então, não adianta um evento somente de esquadrias e outro somente de vidro em datas diferentes e cidades diferentes. Estes eventos têm que acontecer juntos, um completa o outro. É um casamento perfeito”. A feira trará, também, maquinários e equipamentos para serralherias e vidraçaria; produção e instalação de fachada estrutural; tecnologias de acabamento de fachadas. Ainda como parte da programação oficial do SAIE Brasil estão previstas palestras e apresentações técnicas gratuitas (Sebraser – VII Seminário Brasileiro de Serralheria) com objetivo de reunir os profissionais de serralheria, fabricantes de esquadrias e instaladores, oferecendo conteúdo de atualização profissional sobre novas tecnologias, dicas práticas e dúvidas técnicas, entre outros temas, e a Exposerralheria (XIV Exposição de Produtos para Serralheria).


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arquitetura e vidro

Marco sustentável Vidros de controle solar assumem papel determinante na fachada do Eco Berrini, edifício credenciado com a mais elevada certificação ambiental do País

Por apresentar uma grande volumetria, a forma curva, com estreitamento nas pontas, foi pensada com o objetivo de criar uma sensação de leveza da construção na paisagem paulistana. A marcação horizontal é feita com vidros brancos, que revestem as vigas corta-fogo 8 www.vidroimpresso.com.br


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arquitetura e vidro Referência nacional no quesito sustentabilidade, o premiado edifício Eco Berrini figura entre os principais destaques no âmbito das construções corporativas com alto grau de eficiência energética. Com pouco mais de um ano e meio de existência, a edificação projetada pelo escritório paulista Aflalo & Gasperini, autor de outras emblemáticas obras do gênero, já é considerada um marco, não somente na avenida Luis Carlos Berrini, famosa pela concentração de prédios comerciais de alto padrão, mas também na cidade de São Paulo, megalópole cujo cenário assume de forma acelerada sua nova e envidraçada identidade. Pioneiro em soluções inovadoras, o Eco Berrini foi um dos primeiros edifícios do Brasil especialmente planejados para obter a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema internacional de orientação ambiental para edificações que, aplicado em 143 países, incentiva o foco dos projetos na questão da sustentabilidade. Com seu primeiro pavimento localizado a 25 m de altura, acima de um edifício-garagem preexistente, a construção tem um embasamento dividido em dois blocos, com térreo permeável, e seus quatro primeiros andares são interligados por passarelas. “O Eco Berrini é a segunda etapa de um projeto elaborado por nosso escritório na década de 80”, explica o arquiteto Roberto Aflalo, um dos autores da proposta arquitetônica. Constituído por uma torre corporativa de 32 pavimentos, cinco subsolos e o edifício-garagem anexo, no qual foram acrescidos dois novos pavimentos, o edifico totaliza aproximadamente 95 mil m² de área construída. Como não poderia deixar de ser, o grande destaque dos mais de 25 mil m² de fachadas são os vidros transparentes, que, segundo o arquiteto, foram escolhidos por permitirem ampla visibilidade do lado de dentro, além de integrarem os espaços público e privado. “As fachadas foram projetadas segundo as condições de cada face e asseguram conforto ambiental e menor consumo de energia elétrica com iluminação e ar condicionado”, informa Aflalo. Os pavimentos de escritório têm aproximadamente 1,9 mil m² e adotam o conceito de planta livre com núcleo central. Duas das fachadas são suavemente curvas, garantindo ampla visualização da paisagem urbana informa o arquiteto. Ele explica que as fachadas entre o piso e o teto dos pavimentos foram divididas em três: zona central de visão (sempre transparente), zona peitoril e zona verga, com transparência ajustada à insolação da face, para evitar excesso de calor. “No 31º pavimento, há um grande terraço com vista panorâmica, coroando o edifício com um ambiente diferenciado”, destaca. “Por apresentar uma grande volumetria, sua forma curva, com estreitamento nas pontas, foi pensada com o objetivo de criar uma sensação de leveza da construção na paisagem paulistana.” 0 www.vidroimpresso.com.br

Alta performance Elemento primordial para obtenção da certificação Leed Platinum, nível mais elevado de credenciamento ambiental no País para a indústria da construção, os vidros das fachadas garantem máximo aproveitamento da luz natural, contribuindo de forma fundamental para a eficiência energética do edifício. “Para o fechamento externo (fachadas), optamos por cortinas de vidro, executadas em forma de painéis unitizados”, diz Aflalo. Do primeiro pavimento até o quarto andar, os blocos são unidos pela passarela fechada por vidro, deixando o térreo permeável, de modo que pedestres e veículos possam acessar os outros empreendimentos existentes na gleba ou a Marginal do Pinheiros. A partir do quinto pavimento, a área de laje das duas alas é unificada, mas a volumetria da fachada permite identificar as porções correspondentes a cada bloco. O lado maior tem as faces principais levemente curvas, suavizando o formato retangular do prédio, enquanto o lado menor é retilíneo. Os pisos superiores são diferenciados por pés-direitos, terraços e jardins, e a marcação horizontal é feita com o vidro branco que reveste as vigas corta-fogo. “Quando se quer usar um elemento branco na fachada, a melhor opção é o vidro, material de fácil limpeza e ótima relação custo/benefício”, sustenta Aflalo. As fachadas unitizadas foram instaladas diretamente na estrutura de concreto. Fabricado pela Schüco, o sistema é composto por painéis de estrutura metálica e vidros especiais de 2,5 m de largura por 3,94 m de altura. Segundo o engenheiro Pedro Keleti, da Hochtief, construtora responsável pela edificação, a execução precisava ser contínua, sem interrupção. “A grande dificuldade de trabalhar na fachada foram os cantos, pois nenhum deles tem 90o”, diz Keleti. O gerente geral da Schüco do Brasil, Michael Eidinger, afirma que “a fachada é de alto desempenho em vários aspectos”. Foram desenvolvidos perfis específicos para a obra, e o design é exclusivo. A fim de assegurar conforto ambiental com menor consumo de energia elétrica, foram previstas composições diferentes para cada terço em função da orientação solar - uma específica para as faces leste e oeste e outra para as fachadas norte e sul. Os ensaios de vento indicaram grande variação de pressões. Por isso, há vidros de quatro espessuras diferentes, de acordo com as áreas de pressão indicadas. Os vidros de controle solar empregados oferecem boa transmissão luminosa e baixos índices de transmissão de calor. A Guardian foi a fabricante escolhida como fornecedora, e a GlassecViracon ficou responsável pelo beneficiamento. Ao todo, foram utilizados mais de 26 mil m² de vidros laminados SunGuard Neutral Plus 50, produto que oferece bloqueio de radiação de 64% e transmissão luminosa de 35%. Especificado na cor Crystal Gray, além das características técnicas, seu atributo estético garantiu a fidelidade da cor

Do primeiro ao quarto andar, os blocos são unidos pela passarela fechada por vidro, deixando o térreo permeável para a passagem de pedestres


No º pavimento, há um grande terraço com vista panorâmica, coroando o edifício com um ambiente diferenciado

Os vidros de controle solar oferecem boa transmissão luminosa e baixos índices de transmissão de calor

definida na fase inicial do projeto. Fabricados na unidade da Guardian em Porto Real (RJ), os produtos foram aplicados, em sua maioria, em versão transparente. Já em espaços que exigiam opacidade, no spandrel, foram utilizados vidros com PVB (polivinil butiral) branco. Tanto as versões opacas como as semitransparentes aparecem somente nas faces leste e oeste, nas quais o sol incide mais horizontalmente. Já as faces norte e sul apresentam vergas e peitoris abertos. Pelo lado interno, os vidros são protegidos por cortinas do tipo roll-on. “Em princípio essa não seria a melhor opção, mas, considerando a latitude, performance dos vidros e a temperatura média na cidade, foi a que apresentou melhor relação custo/ benefício. Para o nosso clima, os vidros mais

extremos não são necessários”, afirma Aflalo. Essa combinação entre anteparos e vidros especiais, associada aos sistemas de resfriamento noturno e de iluminação, assegura eficiência energética, alto desempenho térmico e elevada pontuação no sistema Leed. Os caixilhos foram produzidos no primeiro subsolo da obra e instalados sempre um andar acima de onde foram montados. Cada módulo pesa 500 kg. Etapa delicada do processo, a colagem do vidro foi acompanhada diariamente pelo fornecedor do silicone estrutural empregado. Do térreo ao lobby, a fachada é do tipo stick, presa em uma estrutura portante mista de aço e vidro. Colunas de vidro e brises horizontais servem como elemento horizontal portante, tracionados por cabos de aço. www.vidroimpresso.com.br 1


arquitetura e vidro

Poder

transformador ďœľ2 www.vidroimpresso.com.br


Arquiteto revolucionário explora aplicações estéticas e tecnológicas do vidro em residência escultórica na Califórnia

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De linhas arrojadas e design contemporâneo, as residências do arquiteto americano Guy Dreier são conhecidas por seus formatos inusitados. Espalhadas pelas mais diferentes cidades dos Estados Unidos, volumetrias que brincam com curvas e ângulos retos do concreto e se encaixam de modo versátil e dinâmico imprimem a assinatura do arquiteto em cada detalhe. “As casas que projetamos são personalizadas em todos os seus desenhos internos e externos. Cada uma é um estudo, uma experimentação de formas escultóricas e espaços orgânicos e aconchegantes, em um processo criativo que valoriza, acima de tudo, a descontração”, descreve o arquiteto, dono do escritório californiano Guy Dreier Designs. Exemplos emblemáticos da identidade de Dreier podem ser reconhecidos na casa projetada por ele em Bonsall, no sul da Califórnia, na qual é igualmente marcante a forma como a alta tecnologia de vidros fabricados sob encomenda é explorada em todo seu potencial. “É surpreendente o que o vidro possibilita hoje em termos de soluções residenciais”, comenta o arquiteto.

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arquitetura e vidro

O uso extensivo do vidro foi adotado não apenas para capturar o espetáculo visual que circunda a casa, mas, sobretudo, como elemento arquitetônico de propriedades estéticas únicas

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O material foi aplicado em toda a estrutura da casa, definindo modernos contornos, que refletem um ar de graciosidade, formas arqueadas e ângulos acentuados

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“O material foi aplicado em toda a estrutura da casa, definindo modernos contornos, que refletem um ar de graciosidade, formas arqueadas e ângulos acentuados”, descreve Dreier. A versatilidade do vidro torna-se proeminente em ambientes internos e externos, evidenciando quanto o material é capaz de maximizar vistas e comandar estilos em qualquer situação. Fornecidos pela GlasPro, os vidros customizados decoram, ampliam espaços e integram a residência com a paisagem ao redor. “O uso extensivo do vidro foi adotado não apenas para capturar o espetáculo visual que circunda a casa, mas, sobretudo, como elemento arquitetônico de propriedades estéticas únicas”, diz o engenheiro Justin Mayall, da Justin Mayall Installations (JMI), empresa sediada em Oceanside, também na Califórnia, responsável pela instalação dos vidros. Para garantir fidelidade total à linguagem e às soluções propostas por Dreier, a JMI trabalhou lado a lado com o arquiteto ao longo de todo processo de instalação. O objetivo que norteou os trabalhos, ressalta Mayall, foi “tornar a visão de Dreier uma realidade, acrescentando a ela as contribuições do vidro em suas possibilidades de instalação e design das estruturas”. O resultado dessa parceria foi uma gama de componentes de vidro que se misturam perfeitamente em toda a extensão da casa, do interior para o exterior e de cômodo para cômodo, comprovando a forte presença que o material pode marcar em cada canto de uma residência. À primeira vista, o uso mais expressivo do vidro pode ser notado em fechamentos e guarda-corpos. Especializada na produção de vidros estruturais, arquitetônicos e decorativos de alto desempenho, a GlassPro projetou e forneceu produtos específicos para a necessidade de cada ambiente. Uma grande quantidade de chapas curvas de grande dimensão foi a solução principal para


Nas escadas, vidros com camadas intercalares exclusivas, com texturas de tecidos e imagens gráficas de alta definição

Ao todo, são mais de 5 m² de vidro espalhados pela residência. Nos banheiros, uma linha especial da GlasPro compõe os conjuntos de boxes, que assumem diferentes formatos em cada cômodo aplicação em janelas e parapeitos externos, propiciando amplas aberturas para a entrada de luz natural e generosas vistas panorâmicas da paisagem montanhosa da Califórnia. A escolha do material, nesse caso, recaiu sobre o clear low-e Eclipse Advantage EverGreen, fabricado pela Pilkington, em tamanhos superiores a 3 m. O produto, especialmente desenvolvido para regiões de clima quente, combina propriedades baixo-emissivas, de controle solar e de alta luminosidade, com vistas à redução de consumo energético. O revestimento é aplicado durante a fabricação do produto na linha de float. “Trata-se de um processo de revestimento pirolítico, por meio de um método de aplicação de vapor químico em que um gás interage com a superfície semifundida do vidro float para formar a camada refletiva sobre uma base clara e matizada”, descreve Vedran Matos, da área de marketing da filial alemã da Pilkington. Mayall destaca que a escolha do vidro foi um dos principais desafios do projeto, já que, por determinação do arquiteto, era necessário encontrar um produto que não apresentasse refletividade muito elevada e, ao mesmo tempo, oferecesse alto grau de resistência e isolamento térmico. “Esse tipo de desafio é comum em projetos residenciais customizados”, observa o engenheiro. “O vidro da Pilkington resultou em uma cor natural, com refletividade sutil e alta visibilidade, transmissão luminosa e controle de brilho interior.” Dentro da casa, o caminho delineado pelo vidro ganha novos contornos e aplicações únicas, especialmente nos pisos transparentes e nos degraus iluminados das escadas. Nesse ponto, a solução oferecida pela GlasPro diferencia-se pelas cores e texturas customizadas. “Os vidros aplicados nas escadas da casa

são fabricados com camadas intercalares exclusivas, com texturas de tecidos e imagens gráficas de alta definição”, descreve Marc Bennett, diretor de comunicação da empresa. Para essas composições, informa Bennett, os vidros escolhidos foram laminados de temperados com baixo teor de ferro (low-iron), extra-brancos, com acabamento de tiras prateadas. Ao todo, são mais de 500 m² de vidro espalhados pela residência. Nos banheiros, uma linha especial da GlasPro compõe os conjuntos de boxes, que assumem diferentes formatos em cada cômodo. “Embora os chuveiros sem molduras definidas não tenham oferecido maiores dificuldades de instalação, um aspecto em particular mostrou-se desafiador: “Em um dos banheiros, metade do chuveiro fica dentro de uma lareira”, diz Mayall. “Isso nos deixou apreensivos com a possibilidade de ruptura térmica.” Da criatividade e experiência do profissional surgiu a solução. “O que fizemos foi usar espaçadores quadrados, de aproximadamente 7,5 cm de comprimento, nos quais foram encaixadas as peças de vidro, uma de cada lado. Eles atuaram como suporte e também como isolantes térmicos”, explica o engenheiro. “Construímos uma espécie de unidade insulada, usando esses suportes de modo que o calor atingisse primeiro a peça de vidro externa, para depois alcançar a chapa interna.” Para Joe Green, proprietário da GlasPro, o vidro hoje encontra vida nova em quase todos os cômodos de uma casa. “Em ambientes internos, os banheiros ainda são o foco principal. Mas a inventividade que as novas tecnologias agregam ao material tem feito com que ele se infiltre cada vez mais em outros espaços, sendo explorados sobretudo como superfícies horizontais e não somente como paredes verticais”, diz Green. www.vidroimpresso.com.br 


arquitetura e vidro

Eficiência comunitária

Múltiplas funções do vidro conferem ambiente saudável, produtivo e flexível em edifício governamental de uso público recém-inaugurado na Holanda Paredes transparentes cercadas por variadas espécies de árvores frutíferas, que se enchem de flores na primavera. O cenário foi criado para abrigar um edifício governamental, mas que pouco se assemelha à grande maioria das construções do gênero que vemos por aí. Trata-se da sede da Câmara Municipal de Lansingerland, um jovem e bucólico município holandês situado ao norte de Roterdã, que emergiu em 2007 a partir da fusão de três centenárias comunidades rurais da região. Definida como uma espécie de comunidade urbana, Lansingerland foi constituída para transformar as três localidades em uma única força municipal, com vistas a facilitar o equilíbrio entre interesses econômicos e espaciais. Uma comunidade unificada carrega mais poder de resistência ante as pressões vindas de instâncias governamentais mais elevadas, alegam os representantes do governo local. Além disso, a fusão asse www.vidroimpresso.com.br

gura a preservação das fronteiras externas de forma mais efetiva. Com mais de 17 mil m² de superfície, o edifício recém-inaugurado foi concebido pelo arquiteto Hans van Heeswijk e sua equipe do Hans van Heeswijk Architects, para abrigar a sede da prefeitura em seu volume principal e os escritórios das secretarias municipais da cidade em seu anexo. De uso público, é acessível a todos os que participam da comunidade local, se casam ou querem registrar um nascimento. A edificação, garante Van Heeswijk, foi projetada com foco em economia, acessibilidade e durabilidade, sem deixar de lado aspectos estéticos e funcionais. Envidraçado de ponta a ponta, o prédio conta com múltiplas soluções e diferentes tipos de aplicação, dos fechamentos às coberturas e guarda-corpos, com direito a elevador e passarela de vidro. “Tudo para garantir vistas de-


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Nas fachadas, vidros de controle solar da Pilkington nivelados à superfície das esquadrias garantem visual clean e sofisticado

simpedidas, fluência e luminosidade dos espaços internos”, comenta o arquiteto. Reconhecidamente um entusiasta das múltiplas contribuições do vidro em projetos de uso público, comercial e residencial, também neste caso Van Heeswijk não poupou esforços para extrair o máximo de benefícios do material. Circular, o hall de entrada central assemelha-se ao mecanismo de um relógio mil vezes ampliado. Listras de vidros curvos instalados nos guarda-corpos circundam o espaço em cada andar. Já nas janelas eles estão ligeiramente inclinados, para evitar possíveis ecos e vibrações. E na cobertura, ao longo dos mais de 4 m de claraboias, encontram-se as primeiras películas de SGP (Sentry Glass Plus) já usadas na Holanda. De fachada elegante, acompanhada por um grande beiral saliente

que se projeta como extensão do telhado para promover sombreamento adequado, as configurações do edifício foram pensadas de modo a reduzir custos e resultar em uma construção sóbria, mas ainda assim com estilo diferenciado, afirma Rob Hulst, membro da equipe que assina o projeto. “Nas fachadas, os vidros de controle solar são nivelados à superfície das esquadrias, de modo a criar uma visual clean e sofisticado”, observa o arquiteto. A ideia foi erguer um edifício sustentável, em que o consumo de energia fosse reduzido ao máximo. No edifício principal, a escolha recaiu sobre Insulight Sun 50/25, fabricado pela Pilkington e instalado em esquadrias de alumínio pintado de alta performance da alemã Schüco, empresa líder mundial em tecnologias solares e sistemas de fachadas energeticamente eficientes. Já no volume anexo, que abriga os escritórios, foram usados Insulight Sun 60/31, laminawww.vidroimpresso.com.br 7


arquitetura e vidro

De formato circular, o hall central configura-se como espaço vívido, dinâmico e claro. Na cobertura, claraboias se encarregam de trazer ainda mais luminosidade

Do grande átrio contempla-se a escada com degraus e guardacorpo de vidro, que se ergue em volta de um ostensivo elevador panorâmico

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dos com PVB. Panos de vidro horizontalmente dispostos fecham a parte de trás dos escritórios. “A regularidade perfeita dos vidros e do concreto torna os pisos invisíveis”, observa o arquiteto.

Roda viva Comportando todas as funções públicas do edifício, o hall central, de formato circular, configura-se como espaço vívido, dinâmico e claro. Seja qual for a direção em que se olhe, o vidro está lá, desempenhando de forma impecável sua função de desimpedir vistas e tornar o ambiente organizado e esteticamente agradável. “O hall funciona como um organismo vivo, em que os elementos estão dispostos de modo a interagir com o visitante desde o momento em que ele entra no edifício. E a localização de todos os espaços é clara

e óbvia. Basta que se aponte para eles”, descreve Hulst. “Já suas formas e a maneira como se associam entre si remetem ao funcionamento interno de um relógio”, compara o arquiteto. Do grande átrio circular é possível contemplar uma escada com degraus e guarda-corpo de vidro, que se ergue em volta de um ostensivo elevador panorâmico, com vidros instalados em uma estrutura espiralada, similar a uma mola, que se ergue em torno do eixo central. Na cobertura, as claraboias também de formato circular se encarregam de trazer ainda mais luminosidade ao ambiente, formando pontos de luz que transitam pelos espaços ao longo do dia. “O vidro contribui de forma determinante para um ambiente flexível e uma atmosfera de trabalho saudável e produtiva.” Com um diâmetro de mais de 4 m, essas aberturas são constituídas por vidros laminados com


Vidros desimpedem vistas e tornam os ambientes organizados e esteticamente agradáveis

uma película especial, o SGP (SentryGlas Plus), polímero de alta performance e durabilidade fabricado pela DuPont, que oferece níveis superiores de resistência em relação ao PVB. “A escolha recaiu sobre esse material porque era necessário conferir resistência máxima a esses vidros, sobretudo por serem circulares e de grande extensão. Ainda mais contando com a grande quantidade de neve que se acumularia sobre eles no inverno”, afirmam os engenheiros da BRS Building Systems, empresa nova-iorquina responsável pelo fornecimento e instalação das claraboias e dos elevadores. “Originalmente desenvolvidos para resistir a explosões e terremotos, o polímero da DuPont despontou como a solução ideal.” Para a fixação das

chapas, foi aplicado nas bordas selante de silicone resistente aos raios ultravioletas. “Vidro e madeira são basicamente os componentes que formam a estrutura das salas e determinam a identidade do ambiente”, observa Hulst. “A sala da câmara, por exemplo, é totalmente fechada e privativa, mas aberturas horizontais, com tiras de vidros curvos instaladas à altura dos olhos, conferem uma sensação de transparência.” Acompanhando a curvatura da parede, as chapas fornecidas pela empresa holandesa Glass Inside medem aproximadamente 4,5 m altura por 20 cm de largura. Já o loft acima da câmara é protegido por vidros laminados de temperados de 10 mm, com raio de curvatura

de 3,9 m e estruturas de sustentação escondidas no piso e no teto. Predominantes em todas as áreas internas, paredes e divisórias formadas por vidros duplos insulados, com cavidade de 250-400 mm preenchida com gás argônio, garantem conforto acústico no interior das salas de trabalho, que oferecem flexibilidade para múltiplas funções e, com profundidade não muito acentuada, deixam espaço considerável para corredores e áreas de transição. Além de formarem unidades insuladas, tanto a chapa interna como a externa de cada composição é laminada com película de propriedades acústicas. Para acompanhar o isolamento proporcionado pelos vidros, as paredes também são duplas. www.vidroimpresso.com.br 


arquitetura e vidro

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arquitetura e vidro

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Consciência ambiental. Iniciada em , campanha de reflosertamento prevê o plantio de  mudas por ano em áreas desmatadas

Linha de rebolos contempla todos os processos de polimento do vidro e pode ser usada nas mais diversas máquinas

Os diretores Fúlvio Sirotto (à esquerda) e Flávio Sirotto (à direita). Ao centro, Estevan Sanchez, gerente de produção em um aumento da visibilidade de nossa marca e da qualidade de nossos produtos.” Segundo o diretor, foi a partir do ano 2000, quando adquirida pelo empresário Francisco Sirotto, que a Arbax embarcou em um movimento sem volta rumo à expansão de seus negócios e de suas fronteiras de atuação. O empresário tirou partido de sua experiência e profundo conhecimento do mercado de abrasivos para identificar novas oportunidades, transferindo o core business da empresa de discos de corte para o segmento de rebolos de polimento. A partir daí a Arbax encontrou a brecha para deslanchar em seu segmento. “Hoje, após 36 anos de atuação, temos nossos produtos distribuídos em todo o território nacional e em países da América do Sul, além de Estados Unidos, Itália e China”, infor-

Equipe reunida na sede da empresa, em São Paulo

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empresas e negócios

Participação ativa. Rebolos verdes foram destaque nas feiras de 

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ma Flávio Sirotto, filho de Francisco, que atualmente dirige a empresa ao lado do irmão, Fúlvio. De 2000 para cá, uma trajetória marcada por decisões acertadas definiu o sucesso da Arbax no segmento de rebolos. Os primeiros rebolos de polimento da Arbax, lembra Flávio, eram produzidos de forma artesanal, em uma época em que a fábrica, pela capacidade restrita, dava conta de atender apenas algumas pequenas empresas. Atenta ao constante aumento da demanda, a fabricante iniciou os primeiros investimentos em tecnologia, maquinário e desenvolvimento de seus profissionais. O objetivo central passou a ser acompanhar o ritmo acelerado do mercado e ampliar a capacidade de fornecimento. “Focados nessa estratégia, fomos a primeira empresa do mercado de rebolos de polimento a desenvolver moldes e ferramentas específicas, além de termos sido pioneiros na queima automática de rebolos e na incorporação



empresas e negócios Duplamente reconhecida. Troféus conquistados em  e 

Lançamento dos rebolos verdes na Glass South America : processo produtivo da linha reduz impactos ambientais

Óxido de cério, um dos principais produtos do portfólio da empresa

“Nossa meta é oferecer atendimento e soluções sob medida. Mais do que fornecedores, queremos ser parceiros de nossos clientes. Exemplo disso foi o desenvolvimento dos rebolos de polimento para as máquinas Forvet e Benteller, especialmente produzidos para alguns clientes como Viminas, Temper Vidros, Vitral, Divinal Vidros e TTR Vidros, entre outras têmperas”  www.vidroimpresso.com.br

de máquinas CNC de acabamento e balanceadoras, equipamentos que garantem qualidade e melhor rendimento dos rebolos”, comenta Fulvio Sirotto. Segundo ele, um objetivo primordial da Arbax desde sua aquisição pela família tem sido o de atender seus clientes de forma personalizada, treinando e capacitando seus representantes para seguir essa premissa. “Nossa meta é oferecer atendimento e soluções sob medida. Mais do que fornecedores, queremos ser parceiros de nossos clientes. Exemplo disso foi o desenvolvimento dos rebolos de polimento para as máquinas Forvet e Benteller, especialmente produzidos para alguns clientes como Viminas, Temper Vidros, Vitral, Divinal Vidros e TTR Vidros, entre outras têmperas.” “O mercado não para de crescer e nós temos que estar sempre à frente para apoiar nossos clientes” afirma Flávio Donizette, referindo-se aos novos produtos que a Arbax vem incorporando ao seu portfólio, composto, principalmente, por rebolos de polimento e óxido de cério, além de discos e cintas de lixa, cortadores manuais de vidro e molas hidráulicas de piso. Em 2011 e 2012, os rebolos de polimento da Arbax receberam o Prêmio Destaque do Ano da Anavidro/ SP, conquista que a empresa espera repetir este ano. Outro objetivo da Arbax para 2013 é dar continuidade à campanha “Mais Verde no Planeta Azul” que em fevereiro deste ano contou com a ajuda de todos os seus colaboradores para o plantio de 50 árvores em uma área desmatada em Santa Branca/SP. Faz parte da campanha a divulgação do “Rebolo Verde”, o primeiro rebolo sustentável do Brasil, que tem como diferencial um processo de fabricação que utiliza uma tecnologia inovadora e um sistema exclusivo de renovação de materiais, que reclassifica os resíduos da usinagem dos rebolos tradicionais, trata suas impurezas e os renova, transformando-os em matéria-prima limpa e de qualidade para a fabricação de novos rebolos.


revista Vidro Impresso 


fique por dentro Reportagem especial

Controle de qualidade em linha de produção da AGC Glass Aichi, no Japão

Transparência sem Impulsionado por avanços tecnológicos, vidro plano conquista crescente protagonismo mundo a fora

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Embora nem sempre se perceba, o vidro plano está definitivamente incorporado a produtos e serviços que utilizamos em nosso dia a dia. Sua beleza, transparência e tecnologia marcam presença em fachadas, fechamentos, para-brisas, janelas de edificações e veículos e em equipamentos de eficiência solar, como painéis solares e fotovoltaicos. Em menor proporção, ganha espaço crescente no universo da decoração e do design de interiores, em divisórias, pisos, portas, escadas, guarda-corpos e móveis, além de dispositivos eletrônicos, eletrodomésticos e outros tantos objetos. Desde a entrada e fusão da matéria-prima na planta até os processos empregados para agregar diferenciais estéticos e funcionais à sua superfície, a alta tecnologia que permeia a fabricação do vidro plano tem conduzido o material a patamares de mercado cada vez mais altos. Float ou impresso, o vidro plano conquistou seu espaço no universo da arquitetura, da construção e da decoração, e sua presença cresce de forma acelerada, associada aos recursos e benefícios que o material pode agregar. “Hoje a indústria propicia resultados perfeitos à superfície do vidro plano. Além disso, as tecnologias das camadas de revestimento do vidro têm associado o material às mais avançadas soluções de desempenho energético, térmico, acústico e estético”, afirma Rick Wilberforce, presidente do comitê de


fronteiras relações internacionais da Glass for Europe, entidade que congrega os principais fabricantes europeus de vidros para construção, indústria automotiva e de transportes. “Os incríveis avanços das tecnologias de fabricação do vidro no último quarto de século tem ofertado aos arquitetos uma gama completa de produtos que, sobretudo, são protagonistas da eficiência energética dos edifícios.”

Cenário mundial A fabricação do vidro plano, tanto do float como do impresso, envolve processos complexos e de custo elevado. Cada planta requer investimentos de longo prazo e ferramentas e habilidades técnicas de alto nível. “Uma planta de vidro float movimenta grande volume de capital e seu custo pode variar em média entre US$ 70 e 200 milhões (cerca de R$ 190 a 550 milhões), dependendo do tamanho e capacidade produtiva”, afirma Bertrand Cazes, secretário geral da Glass for Europe. Por essa razão, o número de plantas estabelecidas

Fábrica da alemã Euroglas, atualmente com quatro linhas de float na Europa: duas na Alemanha, uma na França e outra na Polônia. Além do float, a empresa fabrica vidros de controle solar e fotovoltaicos, entre outros

ao redor do mundo é limitado. “O cenário dessa indústria é caracterizado por grandes fabricantes internacionais com poucas linhas de produção”, explica o representante da entidade, que atualmente congrega as principais companhias da União Europeia: Saint-Gobain Glass, com 17 plantas; AGC, com 13; NSG Group (Pilkington), com 11; e a turca Sisecam, com 7. A associação trabalha também com a Guardian, atualmente com 8 plantas na região. O mercado global de vidros planos produz aproximadamente de 52 milhões de toneladas por ano, dos quais 29 milhões podem ser considerados vidros de alta qualidade. Essa produção está concentrada na Europa, na China e na América do Norte, que juntas detém três quartos da produção mundial. Segundo Cazes, cerca de 18 milhões desse total são vidros de baixa qualidade, produzidos sobretudo na China, mercado que concentra 50% da produção global. “A participação do mercado chinês têm crescido muito desde os anos 1990, conforme o país foi se abrindo para investimentos internacionais e a sua economia se expandindo”, observa. “Para se ter uma ideia de www.vidroimpresso.com.br 


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fique por dentro Reportagem especial

Edifício Rochaverá, em São Paulo. Os vidros de controle solar Cool Lite, da Cebrace, ajudaram a conquistar o selo Leed na categoria Gold

Processo de laminação de vidros impressos em planta da Saint-Gobain Glass em São Vicente, SP

“No Brasil, já são seis fabricantes operando na base da cadeia vidreira, quatro na fabricação do vidro float e dois na de vidros impressos”

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Produção em área fria da fábrica da Cebrace em Jacareí

como esse crescimento se deu de forma acelerada, no início da década de 90 a China era responsável pela produção de apenas um quinto da demanda global.” Na Europa, essa produção está distribuída em 16 países, dos quais três quartos são dominados por Alemanha (19%), França (12%), Itália (12%), Bélgica (12%), Inglaterra (9%), Espanha (9%) e Polônia (5%). Além das indústrias já mencionadas, outros players importantes incluem as alemãs Euroglas, com quatro plantas, e Interpane, com uma. O crescimento médio desse mercado no continente, informa Cazes, gira em torno de 2% a 3% ao ano. “Entretanto, a demanda do vidro plano tende a ser particularmente sensível aos ciclos econômicos, em razão de sua alta dependência em relação às indústrias de construção e automotiva”, observa. Cazes ressalta que, apesar dos avanços tecnológicos experimentados pela indústria vidreira, pesquisas apontam quanto é nítido o impacto sofrido pelo mercado europeu após a crise dos últimos anos. Em 2008, eram 58 linhas em operação no continente, com uma capacidade produtiva correspondente a 12,7 milhões de toneladas, e quatro novos projetos em andamento. Em 2013, de um total de 60 linhas, 14 foram desativadas e não há sequer um novo projeto previsto.

Promessas e incertezas No Brasil, já são seis fabricantes operando na base da cadeia vidreira, quatro na fabricação do vidro float e dois na



Maior do mundo Inaugurada em , a fábrica da AGC localizada na cidade de Klin, a  km de Moscou, na Rússia, é considerada a maior linha de produção de vidro plano do mundo. Com um investimento de €  milhões, a nova linha da AGC Glass Europe tem capacidade de produção de mil toneladas por dia, em espessuras de  a  mm. Sua produção é escoada pela rede de distribuição da AGC Glass Rússia – na forma de enormes chapas de vidro para processadores. “Esta nova linha não é apenas uma localização ideal, mas também nos permite reforçar a presença local dos nossos produtos e serviços nos grandes centros consumidores de São Petersburgo e Moscou“, afirma Vladimir Shigaev, gerente geral da AGC Glass Rússia. “O momento é perfeito, agora que a procura no mercado russo está crescendo, especialmente para produtos de alto valor agregado para a construção civil.” A planta também conta com processos de beneficiamento do vidro float para os segmentos de arquitetura e fachada (vidros refletivos de controle solar e/ou isolamento térmico); interior & design (espelhos, e vidros pintados); e segurança (vidros laminados). As inovações técnicas implantadas nessas novas instalações significam também mais eficiência na produção, em termos de qualidade e de consumo de energia, e permitem ajustar rapidamente a oferta em consonância com a demanda, o que representa uma verdadeira vantagem competitiva no mercado russo. “Além de reforçar nossa liderança na indústria de vidro na Europa Oriental, esses investimentos ilustram claramente a ambição da AGC Glass Europe de moldar o futuro do vidro com soluções inovadoras”, diz o presidente e CEO da AGC Glass Europe, Jean-François Heris.

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Estocagem de chapas em fábrica da Cebrace

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de vidros impressos. Nos últimos dez anos, o País ganhou novas linhas da Cebrace, em 2004 e em 2012, e da multinacional Guardian, que iniciou em 2010 a expansão de sua presença em terras brasileiras, com a inauguração de uma nova linha de float em Tatuí (SP) e outra de coater, para a produção de vidros de proteção solar. Além dessas, o mercado nacional aguarda para este ano a inauguração das fábricas de duas recém-chegadas: AGC e CBVP. Embora ainda não estejam produzindo no País, as novas fabricantes já são consideradas players ativos, por atuarem na comercialização de vidros importados. Outra inauguração esperada para breve é a da sexta unidade de Cebrace, a C6, na cidade de Camaçari, na Bahia, e será a primeira fábrica da empresa na região Nordeste, com capacidade produtiva de 800 toneladas por dia. Já o segmento dos vidros impressos, voltados sobretudo para a decoração, são representados por UBV e Saint-Gobain Glass, com unidades fabris nas cidades de São Paulo e São Vicente (SP), respectivamente. Líder mundial no segmento, a multinacional de origem japonesa AGC planeja para o segundo semestre o início das atividades da planta que está sendo erguida na cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. O projeto recebeu investimento inicial superior a R$ 800 milhões, valor que já foi aumentado para antecipar a produção de espelhos. Embora não especifique em detalhes os diferenciais e recursos de sua linha, que segundo a empresa são um “segredo industrial”, a AGC promete trazer para o Brasil o que há de mais moderno em todo o mundo em termos de tecnologia e processos. “Mais do que por nossa capacidade produtiva, queremos nos diferenciar pela qualidade de nossos produtos”, ressalta o gerente de comunicação da AGC Brasil, Lucas Oliveira.


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fique por dentro Reportagem especial Corte do vidro na fábrica da Interpane, na cidade de Osterweddingen, Alemanha

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Processos integrados e automatizados. Robôs manipulam chapas em planta da AGC Glass North America, sediada em Spring Hill, Kansas (EUA)

Forno da Obêikan Glass, considerada a maior e mais moderna planta de vidro float do Oriente Médio. A implantação da linha ficou a cargo do grupo francês Fives

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Entre equipamentos e soluções empregadas na planta, Lucas destaca a pedra refratária do forno, produzida pela própria AGC no Japão. “Desde 1916, a AGC mantém uma unidade de negócios – AGC Ceramics – totalmente dedicada à produção dessas pedras refratárias”, informa o gerente. “Vale ressaltar que a pedra refratária de um forno é fundamental para um vidro de alta qualidade.” Além disso, acrescenta Oliveira, a planta contará com a produção de vidro plano mais eco-amigável de toda a América do Sul, “Investimos em um sistema de controle de emissões de particulados chamado APC (Air Polution Control), inédito na região. Em razão desse sistema, a AGC conseguiu obter sua licença de instalação em tempo recorde.”. Primeira fabricante 100% brasileira, a CBVP também contará com recursos de última geração em sua planta, prevista para ser inaugurada ainda este ano, na cidade de Goiana (PE). “A Siemens, junto com a Fives Stein, nosso parceiro tecnológico, desenvolveram todo o sistema integrado de controle do processo produtivo da CBVP”, afirma o diretor comercial Henrique Lisboa. A empresa já atua na distribuição de vidros planos por meio de dois centros de distribuição, localizados em Pernambuco e São Paulo, com capacidades de armazenamento de 11 mil e 12 mil toneladas. Lisboa informa que a CBVP utilizará uma tecnologia inédita no Brasil, a L.E.M.™ (Low Energy Melter™), que torna o processo de fusão do vidro mais eficiente em comparação com a média mundial. “Em nossa planta haverá uma redução significativa de emissão de gases de efeito estufa, minimização na geração de resíduos, utilização racional de água e parte da energia utilizada será originada de fontes renováveis.


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fique por dentro Reportagem especial

Planta da AGC Flat Glass Czech, na República Tcheca. Vidro sai do forno de recozimento (lehr) à temperatura ambiente, pronto para ser cortado

Seremos uma das mais modernas fábricas de vidros planos do mundo”, afirma o diretor. A CBVP também será a única indústria de vidros float do mundo a utilizar o método “Mine to Line”, que consiste em controlar a fabricação do vidro a partir da extração das matérias-primas em minas próprias. “Teremos a nossa própria usina de beneficiamento e essa inovação contribuirá para a garantia de fornecimento de matéria-prima e para a qualidade do produto final.”

Gargalos Importações a preço muito baixo, custo Brasil alto referente à cadeia logística, elevadas tarifas para certos insumos e falta de incentivos para uso de produtos com maior tecnologia, que possam trazer beneficio para o consumidor e para o meio ambiente. Esses são alguns dos entraves apontados por Ana Paula Camargo, diretora de marketing da Guardian, ao pleno desenvolvimento da indústria do vidro plano do Brasil. A chegada de novos players é aguardada com otimismo pelo mercado de um modo geral. “A indústria vidreira no país está em um momento de grande evolução com a chegada de novos players. A cadeia produtiva está em processo de pro www.vidroimpresso.com.br

Vidro impresso pontilhado em estenderia, na fábrica da UBV

fissionalização, e os clientes finais exigindo produtos adequados ao clima e necessidades de nosso país”, avalia Ana Paula. “A livre concorrência vai oferecer novas perspectivas às empresas e aos consumidores, com produtos fabricados localmente, sem subsídios governamentais, algo que resulta em valores de comercialização semelhantes.” A previsão é de que as companhias preencham um espaço ocupado atualmente pelos vidros importados, cuja entrada no País deve ser refreada pela elevação de 10% para 20% nas tarifas de importação, estabelecida pelo Governo Federal no início do ano passado. Dados da Abividro – Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro – apontam que o consumo de vidro plano no ano passado foi de cerca de 500 mil toneladas, sendo que os vidros importados respondem por 35% dessa quantia. A expectativa com a chegada de novos players é de que esse número caia para 10% até o final do ano. “O maior risco da massificação da entrada de vidro no Brasil, principalmente o de origem chinesa, é a falta de compromisso do fornecedor com o mercado e sua respectiva cadeia”, avalia o diretor da CBVP, Henrique Lisboa. Segundo Oliveira, da AGC, a entrada de vidro importado tem-se reduzido significativamente. De acordo com os números


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fique por dentro Reportagem especial

Vista externa da planta da AGC na cidade de Klin, na Rússia, a maior linha de float do mundo apurados pela AGC e abertos para consulta junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, quando se compara o volume importado entre janeiro e fevereiro de 2013 com o mesmo período do ano passado, observa-se queda de 17,4%. “Isso é reflexo dos ajustes realizados pelo Governo, mas, também, do aumento da oferta interna. Acredito que, apesar do preço mais baixo do vidro importado, os processadores e distribuidores de todo o Brasil ainda preferem contar com um parceiro local que agregue valor ao seu negócio e lhe dê mais segurança no abastecimento”, avalia o gerente. A produção vidreira nacional tem apresentado resultados satisfatórios e números favoráveis. A capacidade produtiva da indústria doméstica de vidros planos tem aumentado de forma importante, levando a uma previsão de crescimento

de 128% em apenas seis anos, segundo pesquisa recente divulgada pela Abravidro. Principal aposta dos fabricantes, os vidros de alto valor agregado estão sendo fabricados em escalas cada vez maiores e prometem alavancar a produção. Mas, para isso, o setor conta com um significativo aumento do consumo, ainda considerado baixo no País, para afastar definitivamente a ameaça de produção excedente. “O cenário é de crescimento”, avalia Alexandre Pestana, presidente da entidade. “Os números do Panorama Setorial Abravidro mostram que o desempenho do setor está sempre muito acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Mantendo o atual ritmo de atividade, em pouco tempo iremos dobrar o consumo per capita de vidro no Brasil em relação ao ano de 2006.”

Parceiros tecnológicos

Tecnologia da Siemens em fábrica da alemã f | glass: amplas salas computadorizadas garantem monitoramento integral dos processos

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Exemplos de tecnologia e automação de ponta podem ser encontrados dentro e fora do Brasil. Entre as principais fornecedoras de tecnologia para a indústria vidreira, a Five Stein foi escolhida como parceira tecnológica no processo de implantação da fábrica da CBVP no Brasil. É formada por um grupo de empresas de engenharia operando nas indústrias do vidro e do aço, controladas pelo conglomerado ‘Fives’, que em todo o mundo detém uma força de trabalho total de mais de  mil funcionários e um faturamento em torno €  bilhão de euros. Mundo a fora, a empresa já liderou mais de  projetos de algumas das maiores e mais avançadas plantas de float. É o caso da fábrica da Obêikan Glass, considerada a maior e mais moderna planta de vidro float do Oriente Médio, localizada na cidade industrial de Yanbu, na Arábia Saudita. Case emblemático da Fives, o complexo fabril de última geração, inaugurado em , é totalmente integrado e teve todos os seus equipamentos e processos confiados aos engenheiros do grupo de origem francesa. Responsável pelas instalações e processos tecnológicos de uma das mais energeticamente eficientes fábricas de float do mundo, a f | glass, a multinacional Siemens também tem desempenhado papel decisivo como provedora de soluções complexas e integradas para a indústria vidreira mundial. Para otimizar processos de produção, a empresa fornece um sistema de automação integral da planta, o Totally Integrated Automation (TIA). Nas amplas salas computadorizadas da planta da f | glass, localizada na cidade de Osterweddingen, na Alemanha, o operador tem uma visão geral de todas as informações relativas ao consumo de energia e materiais, facilitando os trabalhos de planejamento, manutenção e reposição. “O fabricante tem acesso imediato a todos os dados referentes ao funcionamento da planta de ponta a ponta, o que torna todos os processos muito mais eficientes”, afirma Wolfgang Räbiger, da f | glass.


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mercado

AGC prepara o terreno

Aplicação do vidro pintado Lacobel Orange Classic no projeto Tour Oxygène, arranha-céu localizado em Lyon, França

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Lançamentos antecipam posicionamento de vanguarda a ser perseguido pela fabricante no Brasil Aplicáveis nos mais variados segmentos, os vidros com valor agregado despontam como apostas promissoras entre todas as fabricantes de float com presença no Brasil. Nunca antes o setor teve à disposição uma gama tão ampla de produtos com benefícios adicionados à superfície do vidro durante seu processo de fabricação. É o caso das linhas de espelhos e de coater, nas quais o vidro float serve como matéria-prima para ser transformado, por meio de processos online e offline, em produtos sofisticados e versáteis, com diferenciais estéticos e funcionais. Alinhada a essa tendência, vista pelo mercado como a mola a impulsionar o consumo de vidros no Brasil nos próximos anos, a fabricante AGC lançou dois produtos voltados para o segmento decorativo que se destacam pelo nível estético e de qualidade: os vidros pintados Lacobel T e os espelhos de origem belga da linha Glaverbel. A poucos meses da inauguração de sua primeira fábrica no Brasil, os lançamentos são parte das ações estratégicas da empresa para se diferenciar no mercado brasileiro, sobretudo, como provedora de produtos com alto grau de inovação e qualidade. “A inovação é um dos valores corporativos da AGC e o que nos move e nos sustenta como líderes mundiais nesse mercado”, ressalta o gerente de comunicação e marketing da empresa no Brasil, Lucas Oliveira. E acrescenta: “O Lacobel T é o único vidro pintado temperável já fabricado.” Sucesso no mercado internacional, o produto é uma variação da linha de vidros pintados Lacobel, voltada para revestimentos, móveis e decoração em geral e fabricada com ampla variedade de cores. O principal diferencial do Lacobel T, explica Oliveira, reside na possibilidade de o produto ser temperado depois de pintado. “Trata-se de uma importante evolução tecnológica em vidros decorativos, que estabelece um novo padrão para esse mercado, tanto em aplicações internas como externas”, ressalta. Disponível no mercado brasileiro nas cores preto (Deep Black em vidro plano incolor) e branco (Crisp White em vidro plano extraclaro) e em espessuras de 4, 6, 8, e 10 mm, a linha pode ser aplicada em móveis, em áreas com excesso de umidade e de calor, como revestimento de parede, e ainda em revestimentos externos, podendo compor fachadas inteiras. Segundo Oliveira, além de seus diferenciais estéticos, o produto oferece grande vantagem para o processador. “Ele não precisa se preocupar com a etapa de pintura ou serigrafia do processo: já recebe o vidro pintado, pronto para ser cortado, lapidado e temperado. E ainda pode furá-lo, laminá-lo e curvá-lo, conforme a necessidade”, explica. “Além disso, há ga-

Lacobel Yellow Rich em projeto na Bélgica

Aplicação de espelhos da linha Glaverbel

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mercado

Lacobel Blue Petrol. Com ampla variedade de cores, produto é especialmente apropriado para aplicação em móveis

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Linha de produção de espelhos

nhos em agilidade de produção e reposição e em flexibilidade, e a qualidade do resultado final é garantida.” Para arquitetos, designers e outros profissionais do ramo, a linha representa mais uma opção para o desenvolvimento de projetos flexíveis, modernos e customizados. Já os espelhos Glaverbel, que chegaram ao Brasil no início do ano, carregam no nome e no DNA a tradição de uma das mais tradicionais empresas do ramo no mercado europeu. De origem belga, a Glaverbel foi adquirida e incorporada pela AGC em 2002. Com sede em Bruxelas, a veterana fabricante fundada em 1925, atual AGC Glass Europe, como passou a chamar depois da aquisição, é considerada uma das mais importantes fabricantes de vidros planos e espelhos da Europa, tendo consolidado uma ampla gama de produtos com alto valor agregado, dentro e fora do continente. “Pela própria tradição de  www.vidroimpresso.com.br

Produção de vidros Lacobel na planta da AGC Glass Europe, na cidade de Zeebrugge, Bélgica

seu país de origem, a Glaverbel é referência mundial na fabricação de vidros e espelhos de alto padrão”, ressalta o gerente da AGC. “A união da milenar experiência vidreira japonesa com o know-how belga resultaram na produção de espelhos com padrões inéditos no mundo, com incomparável resistência à corrosão, manchas e produtos de limpeza”, ressalta Oliveira. Os espelhos Glaverbel, segundo ele, resultam de um processo fabricação eco amigável, no qual a camada de cobre que normalmente protege o revestimento de prata foi substituída por tratamento de superfície com teor de chumbo praticamente zero. A vantagem ambiental reside não apenas em eliminar a presença de cobre e chumbo no produto final, o que permite classificá-lo na categoria ‘resíduos inertes’, mas também na redução de 90% da concentração de matéria orgânica e de amoníaco nos efluentes gerados

pelos processo de produção. Em outros termos, o processo adotado permite reduzir em 7 toneladas o consumo anual de cobre, em 84 toneladas o de amônia e em 248 toneladas o de chumbo.

Inauguração próxima Número 1 do mundo no segmento de vidros planos automotivos e arquitetônicos, a multinacional de origem japonesa passará a fabricar esses produtos internamente a partir do segundo semestre deste ano, quando inaugura sua fábrica em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. “Será iniciado um novo ciclo da AGC no País”, ressalta Davide Capellino, presidente da AGC do Brasil. “Acreditamos que a evolução do mercado nacional está vinculada muito mais ao aumento da oferta de produtos de maior valor agregado do que ao crescimento em volume e


ESPELHO


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mercado

Lacobel T: vidros pintados temperáveis, lançados recentemente no Brasil

Mirox G, terceira geração da linha de espelhos eco-amigáveis

Planta da AGC Glass Europe na Bélgica faturamento propriamente dito”, avalia o presidente. A AGC anunciou sua entrada no mercado brasileiro em março de 2011. Em novembro do mesmo ano, deu início à construção da planta e já em fevereiro de 2012 realizou sua primeira venda no Brasil para o mercado de construção civil. “Desde então, tem conquistado clientes por meio dos seus serviços e produtos importados diretamente das suas fábricas na Europa”, diz Lucas Oliveira. “A previsão da partida do forno está prevista para julho e, até o final de agosto, o mercado brasileiro já contará com vidros AGC made in Brasil.” A nova planta contará com tecnologias inéditas para a limpeza e reaproveitamento de 100% do material excedente na produção. “Toda a sucata gerada será mantida na planta, para reciclagem. Ou seja, vidros com problemas serão refundidos e reaproveitados”, diz o gerente. “Contaremos com os sistemas mais avançados para tratamento dos produtos da combustão, ou seja, da fumaça produzida pela queima e de toda a água usada para resfriamento do forno.” Além do vidro float – incolor, colorido e extra claro – a planta também terá uma linha de espelho e vidro pintado e uma linha de vidro refletivo, além da linha de vidro automotivo. Segundo Oliveira, a AGC está trazendo para o Brasil o DEPOIS que há de mais moderno em todo o mundo em termos de tecnologia e processos. “A planta de Guaratinguetá vai, sem  www.vidroimpresso.com.br

dúvida, entrar para a história, pela qualidade do seu produto final e pela excelência no controle da emissão de particulados”, garante o gerente. “Além disso, seremos a primeira planta integrada no Brasil, fabricando 800 toneladas de vidro com grande variedade de cores e espessuras, além de vidros com alta performance energética, que contribuirão para a difusão de edifícios mais eficientes”, acrescenta Cappellino. Também conhecida por Asahi Glass, a empresa nasceu em 1907 e ganhou força nos mercados asiático, europeu e norte-americano a partir de 1996. Com fábricas em 17 países, a multinacional desenvolve um forte plano de expansão internacional, passando a contar com o Brasil em seu voo global. Apesar de ainda estar no início da construção, a fábrica em Guaratinguetá já está em vias de ganhar um plano de duplicação. Ao colocar o pé no mercado brasileiro, a AGC acredita estar no caminho certo para atingir a meta de ter 30% do seu faturamento total em 2020 vindo dos países emergentes. Hoje, a receita do grupo está na casa dos US$ 15 bilhões, valor em que as economias em crescimento têm representação de apenas 19%. Dentro de oito anos, estimativas da empresa apontam para resultados anuais no patamar dos US$ 25 bilhões. Os planos de atuação global da AGC concentram-se em sua área de vidros, cuja matriz está na Bélgica, e hoje representa mais da metade das operações globais do grupo.


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Abaixo o barulho! Atenua Som disponibiliza laboratório para que empresas de esquadrias testem o desempenho acústico de seus produtos

Em tempos agitados e frenéticos como os que vivemos, especialmente nos grandes centros urbanos, a poluição sonora torna-se alvo de crescente preocupação, não somente pelo desconforto que pode causar, mas sobretudo pelos riscos que oferece à saúde. Definido como um som indesejado, cuja intensidade é medida em decibéis (dB), o ruído em excesso pode ocasionar impactos de grandes proporções na vida das pessoas. “As consequências da exposição ao ruído vão além da sensação de desconforto”, comenta o empresário Edison Claro de Moraes, diretor da fabricante de janelas e esquadrias acústicas Atenua Som. “Os efeitos vão desde irritação e perda de concentração até improdutividade no trabalho, stress, alterações no humor e problemas de audição, podendo até afetar funções neurológicas e produção de hormônios”, afirma. Discutido com frequência por profissionais de setores ligados à arquitetura e construção, especialmente após a polêmica norma NBR 15575 ter jogado luz sobre as necessidades de adaptação do mercado a um novo padrão, o desempenho acústico das edificações vem-se tornando parâmetro para muitas empresas na busca por inovações técnicas que aten www.vidroimpresso.com.br

dam as atuais demandas do mercado. É o caso do segmento de esquadrias, que se volta para a busca de soluções mais avançadas, que garantam vedação sonora adequada. Foi com esse intuito que a Atenua Som inaugurou recentemente seu laboratório de ensaios acústicos de esquadrias, cujo objetivo central é testar novos produtos desenvolvidos no segmento. A implantação do laboratório é parte das novidades lançadas pela empresa para comemorar seus 25 anos de atuação, ao longo dos quais se especializou na fabricação de janelas e esquadrias acústicas de alto padrão. As ações envolvem, ainda, o lançamento do portal VidroSom (www. vidrosom.com), que, assim como o seminário de mesmo nome, já em sua quarta edição, nasce com a missão de levar informação profissional e conteúdo técnico relacionado à acústica para arquitetos, engenheiros, consultores e profissionais dos setores de vidros e esquadrias. Projetado pelo engenheiro Marcelo De Godoy, profissional com vasta experiência no Laboratório de Acústica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e atualmente diretor da Modal Acústica, a inauguração do laboratório da Atenua Som, no final do ano passado, contou com a participação


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mercado “Sua tecnologia com trilhos especiais compactos permite uma vedação excepcional e pode ser comparada às janelas com fechamento hermético” de representantes da Afeal e de empresas a ela filiadas, que tiveram a oportunidade de testar seus produtos. “Foram dois anos de construção, entre parte física e parte técnica, adaptação de equipamentos etc”, informa Moraes, idealizador do projeto. O investimento total da empresa foi de aproximadamente R$ 200 mil.

Estímulo certo Instalado nas dependências da empresa, laboratório está disponível para fabricantes do segmento testarem seus produtos

Janela de correr antirruído, destaque no portfólio da Atenua Som Laboratório passou a ser ponto de partida para o desenvolvimento de todo novo produto da empresa

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A criação do laboratório atende a demanda de empresas interessadas em se adequarem à NBR 15.575 e à parte 4 da NBR 10.821. O espaço segue a ISO 1404:1998, fornecendo resultados comparáveis aos de laboratórios credenciados pela ISO 140-3:1995. “Sempre fomos consumidores de laboratórios de acústica, como o do IPT, e sentíamos na pele a falta de uma maior disponibilidade de laboratórios para esse fim”, diz o diretor. Tais limitações levaram a empresa a criar internamente as primeiras câmaras de ensaio, mais simples, para uso próprio. “Era uma forma de testar nossas portas e janelas com rapidez, dentro de nossa fábrica”, comenta Moraes, que com o tempo decidiu projetar um laboratório estruturado para, além de testar os produtos da empresa, atender a demanda por ensaios acústicos de esquadrias no mercado. A nova instalação passou a oferecer ferramentas e mão de obra especializada para apoiar as empresas que desejam testar suas peças. A instalação de um laboratório acústico dentro das dependências da empresa está inserida em seus objetivos estratégicos para os próximos anos. “Trata-se de um diferencial tecnológico”, observa o Moraes. “O laboratório passou a ser nosso ponto de partida para o desenvolvimento de todo novo produto.” Além disso, contribuirá para o desenvolvimento do setor como um todo. “O interesse de outras empresas em se aprimorar eleva a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.” Entre os mais recentes lançamentos da Atenua Som está a primeira janela de correr antirruído do mercado, desenvolvida depois de muitos ensaios e aprimoramentos. O produto proporciona redução sonora de até 35dB, com perfis exclusivos e patenteados que oferecem a mesma eficiência de uma janela de correr comum. “Sua tecnologia com trilhos especiais compactos permite uma vedação excepcional e pode ser comparada às janelas com fechamento hermético”, explica Moraes. “Além disso, pode ser instalada em prédios, mesmo quando o consumidor já mora no local e não pode alterar a fachada.”



Janelas e portas antirruído com vidros refletivos PN, da Cebrace

Estrutura e flexibilidade estão entre os diferenciais do novo laboratório. composições de vidros, fechos e acessórios podem ser rapidamente trocadas durantes os ensaios

Dentro da norma Prevista para entrar em vigor nos próximos meses, a NBR 15575 motivou de forma especial a criação do laboratório, ressalta Moraes. A norma que estabelece novos padrões de desempenho acústico para as edificações, aliada às exigências impostas pela NBR 10.821, para esquadrias externas, acelerou a busca das empresas por adequação. Além disso, os selos de certificações, como LEED, AGUA e PROCEL, tendem a estimular a escolha de produtos com alto padrão de desempenho termoacústico. Para ele, a implantação da norma de desempenho representa um grande avanço para o mercado. “Muitos apostaram na sua postergação e agora estão defasados”, comenta. “Ela veio para ficar e promover uma grande revolução na construção civil. Hoje muitas empresas nos procuram para testar e conhecer melhor o desempenho de seus produtos.” O diferencial do laboratório da Atenua Som, aponta o diretor, reside na estrutura e flexibilidade que oferece. “Com ferramentas e mão de obra especializadas para ensaio das peças, as composições de vidros, fechos e acessórios podem ser rapidamente trocados durantes os testes”, explica. “Ou seja, se determinada janela não obteve o resultado esperado, troca-se o vidro por outro de configuração diferente, ou  www.vidroimpresso.com.br

troca-se um acessório, e a janela é avaliada novamente. Iss facilita o aprimoramento de produtos acústicos.“ Para Moraes, ainda há um longo caminho a ser trilhado pelas empresas brasileiras para que o País alcance patamar similar ao de outros mercados, especialmente os europeus, no campo dos produtos acústicos. No entanto, avalia, o mercado nacional tem condições de se adaptar em pouco tempo, e o trabalho começa com a disseminação da informação. “O consumidor tem que saber que existem janelas que reduzem o calor, os gastos com ar condicionado, bloqueiam o ruído do ambiente vizinho, do bar ao lado, do trânsito etc.”, frisa o diretor. “A realidade é que as construtoras sempre buscaram os menores preços em detrimento da qualidade e do desenvolvimento de produtos de maior valor agregado. Daí a importância dos ensaios.” Quanto ao vidro, Moraes acredita que o setor tem feito muito bem sua lição de casa, disponibilizando no Brasil o que há de mais moderno no mundo. “Mas só o vidro não faz milagre”, ressalta. “O caixilho deve ter um mínimo de massa e vedação para impedir a passagem do ruído. As duas coisas têm que caminhar juntas. Frequentemente se encontram situações em que janelas com vidro duplo não resultaram em nada na redução acústica. É nesse aspecto que o laboratório ajuda as empresas a detectar a partir de onde podem evoluir.”


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tendências e tecnologia

Residências inteligentes Casas de vidro integram ambiente externo ao interno, proporcionando rendimento energético, isolamento térmico e acústico

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 m² de vidro temperado utilizados na Casa Domingos, do arquiteto Gil Carlos de Camilo, permitindo sintonia total entre as áreas social e de lazer

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FOTO: TARSO FIGUEIRA

tendências e tecnologia

Aposta em vidros lisos, temperados e baixo emissivos na cor bronze, em residência no condomínio Iberostate Praia do Forte, da Caramelo Arquitetos: placas que totalizam , m² (, x ,)

Segurança, versatilidade, sofisticação e modernidade: sobram adjetivos para qualificar os projetos arquitetônicos que têm o vidro como protagonista na construção ou renovação de um espaço. E com o avanço da tecnologia no setor vidreiro, economia e conforto podem ser adicionados à lista de predicados, dada a crescente utilização de produtos com tratamentos diferenciados, como insulados ou duplos, low-e ou baixos emissivos e de controle solar. De acordo com pesquisa recente da Abravidro, realizada pela GPM Consultoria Econômica e Pesquisa Industrial Anual (PIA-IBGE), 67,4% do vidro plano brasileiro foi processado em 2011, sendo que o consumo aumentou 16% apenas naquele ano. Tendência percebida também nos ambientes domésticos, principalmente por conta da preocupação com o desenvolvimento sustentável, o emprego dessa matéria-prima é notável em fachadas, coberturas, grandes vãos, fechamentos, portas deslizantes, muros, claraboias e guarda-corpos. “O vidro torna-se mais acessível devido ao custo-benefício: a classe C está cada vez mais consumidora do produto, o índice de desemprego tem diminuído”, comenta o analista de TI da New Temper, Juan Saint’Clair. “O governo ainda baixou os juros e ampliou o prazo de parcelamento dos materiais de construção, o que tem influenciado muito positivamente o mercado.”

A todo vapor Uma extensão transparente até o jardim foi criada em mansão do século XIX no projeto “A Casa de Vidro”, da AR Design Estudio, em Winchester (Reino Unido)

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Espaço para essa fatia do mercado é o que não falta. “O consumo per capita de vidro no país cresceu muito nos últimos anos e sua importância pode se resumir em uma frase: o vidro agrega valor ao imóvel. O cliente que antes tinha receio em utilizar amplamente o produto percebeu que se trata de um material seguro se aplicado corretamente”, afirma a coordenadora de marketing da UBV, Caroline Sanchez. “Com o desenvolvimento das indústrias brasileiras na fabricação dos materiais de construção e a necessidade de conscientização da população quanto à preservação dos recursos naturais, cada vez mais os profissionais da área terão que inserir nos projetos residenciais formas de utilização de energia limpa”, ratifica o coordenador do curso de Engenhara Civil da Faculdade Pitágoras, Filipe Barcellos. São cada vez mais evidentes as vantagens de investir em iluminação natural por meio da aplicação de vidros. “Além do aspecto eco-


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FOTO: XICO DINIZ

Projeto Busca Vida, do SQ+Arquitetos Associados: fachada com  painéis de , m de largura x , m de altura, somando mais de  m² de vidros laminados e temperados em formatos retangulares

nômico, destacam-se as questões de bem-estar e sustentabilidade, itens cada vez mais valorizados na aquisição de um imóvel. Os consumidores estão mais exigentes, querem soluções práticas, rápidas e que não exijam muito investimento. Com tantos benefícios que o vidro pode agregar a um ambiente, tem sido cada vez mais utilizado em construções residenciais”, comenta o especificador técnico da PKO do Brasil, Jefferson Martins. “Com foco na sustentabilidade, o vidro, em especial o beneficiado, tem sido visto como um importante material para uso em residências inteligentes. Mesmo com preços superiores se comparados a vidros convencionais, compensam nos gastos com iluminação artificial e condicionamento de ar. Outra vantagem dos vidros é o fato de serem recicláveis.” Para o diretor da T2G | Technical Glass Group, Maurício Margaritelli, a projeção é de que a capacidade nominal avance 28% em 2013. “O crescimento é resultado também do lançamento de novos produtos e tecnologias que permitem a aplicação do vidro em diferentes ambientes da casa”, esclarece. Dados do levantamento efetuado pela Abravidro mostram que, no intervalo


(11) 3017-0930 CONFIABILIDADE

1 ANO DE GARANTIA FABRICAÇÃO PRÓPRIA EMISSÃO DE ART-CREA

TECNOLOGIA

QUALIDADE

MOVIMENTAÇÃO E IÇAMENTO DE CHAPAS DE VIDRO

PINÇA Capacidade de carga 1000kg De 4 a 50mm de espessura

VENTOSA V4AC Giro automático de 360º Capacidade de carga 600kg Basculamento automático de 90º

VENTOSA V4A Giro automático de 360º Capacidade de carga 600kg Basculamento manual de 90º

VENTOSA V4 Giro manual 360º Capacidade de carga 600kg Basculamento manual de 90º Botoeira para a liberação do vácuo

VENTOSA VG4 Giro manual 360º Capacidade de carga 450kg www.italotec.com.br - italotec@italotec.com.br www.vidroimpresso.com.br 

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CENTRAL DE ATENDIMENTO


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Residência Lago Sul Qi , do escritório Sérgio Parada Arquitetos Associados, com  m² de área construída em um terreno de . m²: guarda-corpos sem interferência na vista do interior da casa com o uso de vidro laminado temperado transparente incolor, de espessura  mm (+PVB+ mm), totalizando  m²

O vidro impresso tem como principais características a luminosidade e translucidez. Os desenhos suaves e uniformes que têm a propriedade de difundir a luz e os raios solares de forma a garantir iluminação, mantendo a intimidade dos ambientes  www.vidroimpresso.com.br

de apenas seis anos (2008-2014), a produção de vidros planos no Brasil terá crescido 128%. “O resultado é consequência direta da demanda do público interno. Os vidros de maior valor agregado estão em expansão, sobretudo quando visam ao conforto acústico e térmico. A necessidade de economia de energia é uma importante aliada. A utilização crescerá mais com a divulgação de projetos arquitetônicos eficientes combinados com fatores de estética, que tornarão o vidro um produto insuperável na construção civil.” “O vidro impresso tem como principais características a luminosidade e translucidez. Os desenhos suaves e uniformes que têm a propriedade de difundir a luz e os raios solares de forma a garantir iluminação mantendo a intimidade dos ambientes”, observa a responsável pelo Marketing da Saint-Gobain Glass, Marcela Calabre. “Com uma grande variedade de texturas, cores e espessuras, estes vidros proporcionam efeitos decorativos e ao mesmo tempo privacidade e conforto.” A diretora de Marketing da Guardian, Ana Paula Camargo, complementa o raciocínio. “Cresce o número de casas que optam por fachadas envidraçadas em espaços com pé direito duplo e


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tendências e tecnologia

Visão frontal de residência em Itamaraju (BA), do professor da Faculdade Pitágoras, Filipe Barcellos: vedação do ambiente com material liso transparente, evidenciando a interface entre alvenaria e paredes de vidro

Muro envidraçado frontal é destaque em residência localizada em Teixeira de Freitas (BA), também de autoria do arquiteto e professor Filipe Barcellos

Projeto realizado em parceria com a TG. Composto por vidros Profilit da Pilkington NSG, sistema de envidraçamento C.Glass caracteriza-se por painéis autoportantes que dispensam caixilharia e possibilitam efeito arquitetônico único

fechamentos de áreas gourmet. Mudanças de hábitos familiares, como o maior uso de residências como locais de estudo e trabalho, tornam necessária a utilização de produtos que ofereçam mais funcionalidade.”

Desafios à vista Mesmo em ascensão, o potencial do vidro ainda pode crescer com mais informação sobre as vantagens que o material ofe www.vidroimpresso.com.br

rece em longo prazo. O caminho a ser trilhado para ampliar o consumo no Brasil é longo, e a cadeia como um todo tem se conscientizado de que deve se comprometer com a divulgação de informações e com o treinamento de todos os envolvidos nos processos de aplicação do vidro, uma vez que, ao menos em parte, o mercado ainda está voltado para a cultura do concreto. “No Brasil há uma defasagem no uso de produtos mais avançados, muito em razão do baixo grau de informação do consumidor sobre seus benefícios”, enfatiza a coordenado-


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tendências e tecnologia Obra da Conseil Brasil Arquitetura em Santa de Parnaíba (SP):  m² de vidro temperado incolor para o fechamento externo da varanda em forma de pele de vidro e  m² do mesmo material com caixilho de madeira em portas de correr para separar a sala da área de lazer

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Iniciativa de docente da Unopar, Thiago Zani, em Londrina (PR): vidros laminados semi-reflexivos, modulados em  x  fixos e maxim-ar. Somente no volume curvo da fachada foram utilizados , m² do material

ra da Rede Habitat da Cebrace, Luciana Teixeira. Segundo o diretor geral da Conlumi Vidros, Claudio Passi, comparativamente aos mercados americano e europeu, o Brasil tem muito a evoluir também com relação aos sistemas de instalação. “As opções na área residencial, como madeira, alumínio, aço e PVC, ou são muito elitizadas ou entram no padrão popular. Os sistemas customizados são caros devido à tecnologia utilizada e os demais não apresentam novidades”, observa. “Em termos de vidro utilizado em residências, o país está equiparado aos do primeiro mundo, tanto em transformação quanto na fabricação de produtos finais, como de controle solar baixo emissivo, acústicos, translúcidos, extra-claros, anti UV, jumbo e para revestimento externo (Fusione Glass). Essas soluções são disputadas por aproximadamente 700 transformadores no Brasil para uso doméstico.”

Casos de sucesso Na residência Busca Vida, em Camaçari (BA), um con-


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Casa no Rio de Janeiro (RJ) com aplicação de vidros da PKO no guarda-corpo. Para garantir leveza e segurança, a escolha recaiu sobre os laminados verdes de  mm e incolores também de  mm

domínio de alto padrão de frente para um lago, do escritório SQ+Arquitetos Associados, o paisagismo teve um papel fundamental na garantia da privacidade da família já que a fachada principal é totalmente transparente. “O proprietário pediu uma residência espaçosa, sofisticada e transparente, com linhas retas, grandes aberturas e poucas divisões internas”, conta o diretor de projetos, Guido Ramos. “O maior desafio foi vencer os grandes vãos propostos – por isso usou-se protensão nas lajes de cobertura – e estruturar as esquadrias de vidro da fachada”. Também na Bahia, a Caramelo Arquitetos Associados está à frente de um projeto na Praia do Forte em que o vidro foi aplicado em uma grande esquadria, do teto ao chão, na sala com pé direito duplo. “Determinamos a transparência como palavra de ordem, contemplando a eliminação das barreiras visuais com o entorno, e, ao mesmo tempo, na diminuição das cargas térmicas pela redução dos índices de infravermelhos e ultravioletas”, explica a diretora de Comunicação e Marketing, Mila Caramelo. Em Campo Grande (MS), o arquiteto Gil Carlos de Camilo aproveitou a solicitação do cliente de acesso visual ao home-theater da piscina para desenhar a obra da Casa Domingos. “Um terraço semi-interno possibilita a inserção da piscina no centro da casa e a disposição dos ambientes ao redor. Na  www.vidroimpresso.com.br


Projeto Casa Cor, no Rio Grande do Sul, com aproximadamente  m² de vidros Astral Plus, da UBV. Temperadas e laminadas, as chapas de / mm medem , X , mm

face posterior mais aberta, a cortina de vidro integra os setores conferindo iluminação natural aos ambientes”. Já em uma residência em Londrina (PR), o arquiteto professor da Unopar, Thiago Zani, usou vidros laminados para garantir qualidade de vida aliada ao conceito de sustentabilidade. Outro trabalho marcante é a obra em Mangaratiba (RJ) do arquiteto Ricardo Campos, do escritório Santa Irreverência, que usou vidros em boa parte da casa, principalmente nas coberturas e claraboias, para ampliar ao máximo a percepção de espaço. No Residencial Tamboré, em Santana do

Residência Lago Sul Qi , do escritório Sérgio Parada Arquitetos Associados: desejo de proporcionar a sensação de caixa envidraçada determinou o uso do Structural Glazzing com vidros laminados transparentes incolores com  mm de espessura, em  m

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arquitetura e vidro

Casa em Mangaratiba (RJ), assinada pelo arquiteto Ricardo Campos, do escritório Santa Irreverência. Grande quantidade de vidros térmicos, acústicos, laminados e temperados por todo o espaço, principalmente nas coberturas e claraboias, assegura luminosidade natural do ambiente

Parnaíba (SP), a arquiteta Anna Novaes, da Conseil Brasil, aplicou uma pele de vidro retrátil que permite a abertura total do vão e portas de correr com trilho embutido no teto e sem trilho no piso. “Um efeito insubstituível que tornou o ambiente mais atraente e agradável”, observa. Em Brasília (DF), o escritório de Sergio Roberto Parada Arquitetos Associados foi responsável pelo projeto da residência Lago Sul Qi 25. “O Structural Glazzing foi escolhido para a sala de estar em razão do pé-direito duplo e da intenção de reproduzir uma caixa de vidro transparente. Outra razão foi por conta do vidro temperado na sala de jantar contígua para termos a planicidade desejada do vidro quando visto do exterior”, explica o arquiteto Rodrigo Biavati. “Utilizamos o vidro temperado em alguns ambientes em que desejávamos não ver os caixilhos, deixando-os assim mais limpos de interferências visuais.”

Soluções inovadoras Uma iniciativa pioneira da BASF, empresa química mundial, que acontece este ano em São Paulo (SP) é o projeto CASA-E, realizado em conjunto com 20 parceiros, que consiste na criação da primeira residência brasileira que trabalha para uma economia de 70% no consumo de energia e mostra novas tecnologias de construção, com destaque para a eficiência térmica e acústica. A proposta é oferecer um  www.vidroimpresso.com.br


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tendências e tecnologia “Recomenda-se o uso adequado e seguro do vidro em casas por meio da aplicação das especificações da norma técnica , da ABNT, para construção civil” catálogo de opções arrojadas ao mercado de arquitetura e engenharia civil. Representando o segmento, a Guardian foi escolhida para aplicar em toda a fachada o vidro ClimaGuard®, linha de controle solar voltada exclusivamente para a área residencial, com metalização por meio de nanotecnologia, visando durabilidade e resistência, proteção contra raios ultravioletas, bem como redução de calor até 64% na área interna. Outra inovação voltada para residências é a linha de proteção solar Habitat, da Cebrace, que permite a entrada de iluminação natura e atuando como barreira aos raios UV, causadores de danos à pele e ao mobiliário. O novo produto está dividido nas linhas Habitat Refletivo, com aspecto mais espelhado, o que proporciona privacidade ao ambiente interno; e Habitat Neutro, que oferece mais luminosidade. A comercialização engloba vidros de 4 a 10 mm, que poderão ser aproveitados na forma comum (monolítico), temperados, laminados, serigrafados, insulados ou curvos.

Vidro Habitat Reflexivo Cinza, da Cebrace, com beneficiamento da Bahia Vidros: produto foi aplicado em dormitório com alta incidência de sol, o que elevava excessivamente a temperatura do ambiente. O vidro da Cebrace mostrou-se a solução ideal para garantir conforto térmico Residência Condomínio Iberostate Praia do Forte, da Caramelo Arquitetos: destaque para a sala de pé direito duplo com esquadria de piso a teto para garantir integração com a natureza

FOTO: TARSO FIGUEIRA

Zona privativa

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Em Winchester (Reino Unido), o premiado escritório de arquitetura AR Design Estudio coloca o antigo e o novo em sintonia no projeto intitulado “A Casa de Vidro” (tradução do original em Inglês, “The Glass House”). Em uma mansão abandonada de 1856, os profissionais injetam vida no local ao reformar a estrutura existente, que abrigava uma “ala de criados” antiga e sem manutenção há anos, transformando-a em um semi-pátio composto por uma cozinha americana, sala de estar e jantar, delimitado por vidro com abertura para o jardim. A estrutura térrea na parte de trás da residência fica escondida da fachada tradicional, preservando o rico contexto histórico do lugar.


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Selo verde

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

vidro e design

Vanguardista, o arquiteto Antonio Caramelo inaugurou na Bahia o primeiro empreendimento comercial sustentável do Estado a obter o Selo Verde, concedido pelo Green Building Council (GBC). Com vidros de ponta a ponta, a nova sede da Caramelo Associados conta com ambientes modernos, confortáveis e integrados pela transparência, em paredes, divisórias e guarda-corpos. Localizado no bairro de Ondina, o prédio de três pavimentos e 1,4 mil m² de área útil emprega materiais certificados e reciclados, que possibilitam controle e redução de consumo de energia e água. A fachada é revestida em vidros autolimpantes Bioclean, da Cebrace, que aproveitam a energia dos raios ultravioletas e a água da chuva para remover a sujeira. O uso do vidro também exerce importante função na iluminação dos ambientes. Na cobertura, claraboias “teto-piso” estão distribuídas nas laterais dos pavimentos, indo de frente a fundo em medidas de 1,10 m x 30 m. Aqui, os vidros especiais são triplos, laminados e de controle solar, com capacidade para reter 92% dos raios UV e 68% dos raios infravermelhos.  www.vidroimpresso.com.br


www.vidroimpresso.com.br 



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