October Doom Magazine Edição 46 03 11 2015

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Lançamentos • Resenhas • Shows • Matérias • Entrevistas e Muito Mais.

Edição numero 46, de 03 de noovembro de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment

Funeral Wedding: resenha o álbum On the Other, do Luna

Entrevista da Semana:

MURRO: As novidades do Murro para 2016


2 | October Doom Magazine


Edição 46.

De 03 de novembro à 10 de novembro de 2015

Expediente:

Sumario:

P. 04 à 06

October Doom Magazine

Entrevista da Semana:

By October Doom Entertainemnt

Israel Erthal, guitarrista do Bullet Course, fala sobre os cinco anos de carreira da banda, os lançamentos e a cena Shoegaze/Post-Metal no Brasil

A October Doom Magazine é resultado da parceria e cooperação de alguns grupos e iniciativas independentes, que trabalham em função de um Underground Brasileiro mais forte e completo, além de vários individuos anônimos que contribuem compartilhando e disseminando este trabalho. Aqui, os nomes de alguns dos principais colaboradores desta iniciativa:

Editor Chefe: Morgan Gonçalves Redator: Morgan Austere Redator: Alysson Matheus Revisão: Solymar Noronha

P. 07 #MURRO:

As mudanças e planos do Murro para 2016

P. 08 Rodrigo Bueno • Leonardo Reis • Guilherme Rocha

• Fábio Mazzeu • Luiz Z Ramos • Luiz Bueno • Thiago Rocha • Vitor Verô • Rodrigo Nueva • Vinicius Fiumari • Edgard Guedes • Bruno • Gerasso • Rodrigo Reinke • Henrique Parizzi • Merlin Oliveira •

Acompanhe todas as edições da October Doom Magazine. Contate-nos Issuu.com/octoberdoomzine octoberdoom@bol.com.br Colabore com essa iniciativa compartilhando e acompanhando a unica revista totalmente Underground do Brasil e seus colaboradores. Obrigado à todos. October Doom Magazine. #FeelTheDoom

Funeral Wedding:

Resenha do álbum On the Other, do Luna

P. 09 e 10 - AGENDA DA SEMANA:

Eventos acontecendo em São Paulo, Rio de Janeiro e o Festival Exhale the Sound agitando a cena independente em Minas Gerais

P. 11 - Poesia Esquizofrênica!

Nosso amigo Edson Monteiro compartilhou mais um de seus textos com a October Doom Magazine. Confira e envie o seu também!!!

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ENTREVISTA:

Por Morgan Gonçalves

F

ormada em 2010, na cidade de Curitiba, PR, a banda que erra entre Doom, Shoegaze e PostMetal acumula uma demo: Without Memories, lançada em 2011; um Ep: Into the Solitude, de 2013 e o recente álbum completo She’s Looking for Flowers Under City Light, lançado em 2015. O quarteto já tocou com grandes nomes do Doom Metal Brasileiro como HellLight, Eternal Sorrow e Lachrimatory, sobretudo no Eclipse Doom Festival, o evento de Doom Metal mais tradicional do país. Há tempos estou para fazer essa entrevista, mas pela correria do dia a dia e a maldita procrastinação, isso foi ficando pra depois e depois... Bom, de hoje não passa. Com vocês, Bullet Course. Morgan Gonçalves: Sejam bem-vindos, senhores, à nossa humilde casa, a October Doom Magazine. Comecemos pelo básico: Como a banda se formou?

M.G: Falando em proposta, não há muitas bandas de Shoegaze e Post-Metal no Brasil. Vocês têm alguma banda como especial dentro desse gênero no país?

Israel Erthal: Conheci o Daiton através de um amigo, reparamos que nossas ideias eram bem parecidas, além disso já fazia alguns anos que nós dois estávamos sem banda, foi ai que juntamos tudo isso para fazer música.

Israel Erthal: São estilos musicais que o público brasileiro começou a digerir há pouco tempo, então isso está atraindo tanto fãs como a criatividade de alguns músicos, que estão se dedicando a projetos nessa linha. O subgênero do Shoegaze é vasto, ainda mais quando misturado com Metal, deixa a sonoridade de cada banda diferente, criando uma identidade muito própria, assim como o Post-Metal que varia de um país para outro!

M.G: Oriundas de Curitiba, temos grandes – e clássicos - representantes do Doom Metal, como Lachrimatory e Eternal Sorrow. Como a banda se via nesse cenário musical curitibano, apesar de não ter exatamente está proposta? Israel Erthal: Quando a Bullet Course foi fundada, uma das primeiras propostas seria fazer um som que abrangesse temas do nosso cotidiano, e o instrumental sempre foi algo de uma forma experimental, sempre tocamos com bandas de vários estilos, Lachrimatory e Eternal Sorrow estavam sem fazer shows na época em que começamos a nos apresentar, como são bandas de amigos, conhecidos de vários anos de estrada, veio à ideia de dividir palco com eles. Porém não tínhamos o interesse de uma inserção Doom ao BC. 4 | October Doom Magazine

M.G: O primeiro registro da banda, a demo Without Memories tinha uma linha bem mais acelerada e violenta que os trabalhos seguintes. Por que o Bullet Course nasceu tão “agressivo”? Israel Erthal: O desenho das nossas músicas continua o mesmo, porém começamos a investir mais em efeitos, assim como distorção, hoje em dia usamos distorções mais leves, efeitos limpos, e mais alguns experimentos que deram essa guinada nas composições, porém, bateria rápida e riffs agressivos sempre fez parte das nossas músicas, desde a demo até o nosso full!


uma “dobradinha” Curitiba + São Paulo”, com HellLight, Bullet Course e Eternal Sorrow. Como vocês veem os espaços para o Doom Metal Brasileiro hoje em dia?

Israel Erthal: Into the Solitude já foi composto com duas guitarras, foi na época que decidimos que mais uma guitarra era importante, foi moldado em uma época fria e chuvosa de outono, logo após um grande amigo meu cometer suicídio! M.G: No mesmo EP, vocês contaram com a participação da estudante de orquestra Cielinszka Wielewski, que este ano também participou das gravações de Journey Through Endless Storms, do HellLight. Como é essa relação entre a banda e Cielinszka? Israel Erthal: É uma antiga conhecida e amiga nossa, surgiu essa ideia, foi feito o convite e ela aceitou, fez a gravação e até algumas apresentações ao nosso lado! M.G: O Eclipse Doom Festival é iniciativa de um dos integrantes da banda. Como nasceu essa ideia? Daiton Arkn: O EDF nasceu em Joinville/SC em parceria do meu amigo S. Acioli, em meados de 2006 iniciou-se o projeto que originou num nome forte até então. Acredito que o nome EDF contribui muito pra esta cena Doom no país, e continuará a dar o devido suporte ano a ano. M.G: Ainda dobre o Eclipse Doom Fest, já aconteceram oito edições, sendo a última,

(Cartaz Eclipse Doom Festival 2015)

(EP Into the Solitude. Capa).

M.G: O EP Into the Solitude, por sua vez, veio mais melancólico. Oque levou a banda a explorar mais esses sentimentos nas músicas?

Israel Erthal: O espaço para qualquer música independente no Brasil é difícil, logística, casa de show, orçamentos, datas, horários, e o principal o público dividido, isso faz o Doom ficar cada vez mais em silêncio. O público de Metal no Brasil é muito preconceituoso, consome apenas a música que acha ser a melhor para ele e não tem interesse em buscar algo diferente, lógico não digo isso de uma maneira radical, mas a porcentagem ainda é pequena! M.G: She’s Looking for Flowers Under City Light tem uma atmosfera muito interessante. Além da tradução do nome, “Ela está Procurando por Flores Sob as Luzes da Cidade”, a capa do disco também traz elementos da depressão urbana. Há uma história por traz do disco? Israel Erthal: She’s Looking for Flowers Under City Light, mergulha dentro da mente de uma garota, ela tem buscado o sentido para sua própria existência. Quando as dores mentais produzem efeitos aos sofrimentos físicos, lapsos, convulsões, cólera, pânico, tudo isso vem à tona. E claro, sempre há uma saída, mas somente ela tem a chave. Internamente também foi uma October Doom Magazine | 5


( Bullet Course é Daiton Arkn (Baixo e Voz); Israel Erthal (Guitarra e Voz); Vicente Palazzo (Guitarra); Bruno Solheid (Bateria)).

(She’s Looking for Flowers Under City Light).

singela homenagem à filha (Sabrina) do nosso guitarrista Vicente. A capa foi fotografada pelo Daiton, assim como a capa do EP ITS, eu quem fotografei!

M.G: Ainda sobre She’s Looking for Flowers Under City Light, creio que o álbum sirva para reafirmar o interesse pelo Post-Metal/ Shoegaze da banda. Como vocês chegaram ao resultado final do disco? Israel Erthal: levamos menos de um ano para compor, nos planejamos em fazer uma história, então fomos escrevendo parte a parte, tendo esse “começo meio e fim” veio o instrumental, seguindo as letras e dando um ar atmosférico, 6 | October Doom Magazine

agressivo, melancólico conforme o clima das letras! Nosso interesse pelo Post-Metal é a liberdade que ele nos fornece para montar as músicas, não existe um padrão a ser seguido, posso fazer música lenta e rápida, melódica, com distorção e dedilhados limpos, nada vai fugir de padrão algum! M.G: Onde o público poderá ver o Bullet Course ao vivo nos próximos meses? Israel Erthal: Estamos com datas marcadas apenas para Curitiba esse ano. M.G: Mensagens, recados, cobranças de dívidas, beijos pra mãe... Este é o espaço pra vocês utilizarem como quiserem, fiquem a vontade. Israel Erthal: Obrigado Morgan pelo espaço, agradeço o pessoal que nos segue, e gostaria de divulgar que dia 12/12 estamos nos apresentando em Curitiba ao lado de Abske Fides, Cassandra e Pantanum M.G: E eu quero agradecer pela participação de vocês, meus caros. O She’s Looking for Flowers Under é muito bom, e eu espero vêlos em breve. Grande abraço!! Para conhecer mais sobre o Bullet Course, acesse: Facebook.com/BulletCourse Bulletcourse.bandcamp.com/


Por: Fábio Mazzeu

Os Planos do MURRO para 2016 Coluna #Murro no October Doom Magazine

O MURRO começou como algo bem simples, o que a galera queria era juntar as bandas e os contatos para conseguir mais shows (e shows melhores) para todo mundo. De certa forma, eu e o Merlin Oliveira tocamos a organização mas o movi sempre foi de todas as bandas para todas as bandas. A gente fez várias coisas esse ano, tanto pelo MURRO quanto em paralelo. Rolou Festival Rock do Deserto, Festa de Lançamento do MURRO, PutaFesta de Halloween e ainda vai rolar o MURRO Fest em Dezembro. Isso nos deu a oportunidade de conhecer diversas bandas, receber muito material e conhecer muita gente, tá sendo foda! A partir disso surgiu uma ideia: por que não expandir? Sentamos, trocamos uma ideia e juntamos tudo o que nós podemos fazer para movimentar a cena, incentivar bandas e fazer festivais bons. Por isso agora o MURRO é mais do que um rolê de bandas! Somos uma produtora, selo e gravadora. A ideia é trabalhar e lançar bandas de BH e região, trocando experiências com outras bandas e produtoras e incentivando a galera a trampar! Se você ainda não conhece o MURRO, entre em www.murro.org , aproveite para visitar nossa página do Facebook e acompanhar nosso blog. Se você tem uma banda e quer tocar mais, ter oportunidades e ralar na estrada manda seu material para curadoria@murro.org. Até mais!

Acompanhe as noticas do MURRO nas páginas: Facebook.com/murro.org Twitter.com/MoviDoMurro Murro.org

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Por: Guilherme Rocha

Resenha da Semana

Tracklist:

Banda: Luna Álbum: On the Other Side of Life Lançamento: Jun/2015 Selo: Solitude-Prod

1. Grey Heaven Fall 2. On The Other Side Of Life

Mais um ponto pra Ucrânia! DeMort ou Anton Semenenko é a mente por trás desta obscuridade sonora que é Luna. Aliás ele é a única mente por trás deste projeto totalmente voltado à individualidade filosófica humana. Toda vez que escuto uma banda composta de um músico só fico curioso para saber sobre o que seria os temas líricos do artista, tendo em vista que deve ser pensamento íntimos do mesmo sobre certo assunto, um egoísmo que ele queira compartilhar. Mas quando me deparo com artistas que trabalham apenas com o instrumental como é o caso aqui, o caso ganha uma complexidade indelével. Com um álbum composto por apenas duas músicas, “Grey Heaven Fall” e “On The Other Side of Life” o artista cria um ambiente sonoro e propõe também que com esse bioma sonoro criemos uma série de pensamentos sobre o que cada andamento da música tem em relação com o título da canção. Refletindo sobre essa questão, creio que este tipo de abordagem é como se

fosse um convite para um reflexão pessoal egoísta sobre o tema da canção mas que é ao mesmo tempo é coletiva, pois, sem a letra, o ouvinte pode imaginar o que o DeMort estaria pensando ao compor algo tão absurdamente majestoso e que sonoramente remete a pensamentos geralmente depreciativos sobre o próprio título da canção. Se o ouvinte não compartilhar de tais pensamentos filosóficos acerca da sonoridade do Luna, posso apenas dizer que neste álbum se encontra um dos melhores trabalhos de Funeral Doom metal produzidos em 2015, com andamentos e riffs arrebatadores, carregados de melancolia e um prato cheio para os misantropos do Doom Metal. Com apenas duas músicas DeMort exemplifica sonoramente o que é pensar sobre o outro lado da vida, seja qual for a opinião do ouvinte. Absolutamente indicado á todos os Doomers.

Mais em:

Lunametal.bandcamp.com/

Errata: Na edição número 44 da October Doom Magazine, anunciamos o álbum Revenant, da banda Orphans of Dusk foi lançado em 2014 pela Solitude Prods, porém, o álbum foi lançado de forma independendo em 2014 e atravez da Solitude Prod em 2015. Lamentamos o equivoco e qualquer confusão que isso tenha causado. October Doom Magazine

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AGENDA: Noite Stoner

06/Nov

Sex

Em São Paulo, é no Morfeus Club que o Stoner acontece, com a realização da terceira Noite Stoner, com as bandas Siracusa, I Am The Sun e Stand Free. A Noite Stoner Acontece na sexta-feira, dia 06, as entradas custarão R$20 e mais informações podem ser obtidas em facebook.com/ events/919788654769585/ ou no site da Esporro Records, que é quem realiza a parada. esporrorecords.com/

06/Nov

Sex

Evil Nights #9

No mesmo dia, no Saloon 79, no Rio de Janeiro, a Abraxas traz os Alagoanos do Necro para a nona edição do Evil Nights, que também terá no line up Psilocibina e Jimmy Chong. A noite é também de comemoração do aniversário do nosso Brother Felipe Toscano, então é só colar e comemorar com ele. Os ingressos custarão R$20 até 22hrs e R$25 após esse horário. A casa fica na rua Pinheiro Guimarães, 79, em Botafogo, Rio de Janeiro e abre as portas às 21hrs. Mains informações em facebook.com/ events/188772718134986/

Necro em Petrópolis

08/Nov

Dom

E fechando o final de semana, no domingo, o Necro se apresenta em Petrópolis, RJ, com as bandas Psilocibina e Crazy Kelly. Lá, o evento acontece no Estúdio Aldeia, que fica na rua Olavo Bilac, 265, Castelânea. Petropolis. Os ingressos custarão R$20 e a abertura da casa será às 20 horas. Mais informações em facebook.com/ events/826731170772846/

6 e 7/Nov

Sab/Dom

Festival Exhale The Sound

O esperado FESTIVAL EXHALE THE SOUND acontece nestes 6 e 7 de novembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. São ao todo 19 bandas de diversos gêneros e regiões do Brasil, se revezando em dois palcos, além de feiras, exposições e várias atrações envolvendo a Música e a Arte Independente como um todo. Na próxima página você confere a programação completa e mais informações sobre o ETS.

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FESTIVAL EXHALE THE SOUND O tão esperado festival Exhale The Sound acontece neste final de semana, em Belo Horizonte, MG, com dois dias de muita música, feira de material independente e mostra de artes visuais. Tudo começa no dia 6 de novembro, às 20:00hs, na Casa do Jornalista, Av. Álvares Cabral, 400 Centro. No dia seguinte, o barulho começa mais cedo, às 14:00hs, no Espaço Nook que fica na Rua Manoelina Dornelas, 200, no bairro Jaqueline

No dia 6 de novembro tocam as bandas Deaf Kids (D-beat/Experimental) • Herói do Mal de (Post-Punk/Rock´n Roll) • Huey (Instrumental/Rock) • Mata Borrão (Grindcore) • Mácula (Blackned Crust);

Já no dia 7 de novembro apresentam-se as bandas Besta (Grindcore) • Death By Starvation (Black Metal) • Dunkell Reiter (Thrash Metal) • E a terra nunca me pareceu tão (Post-Rock) • Extinction Remains (Death / Funeral Doom) • Flesh Grinder (Goregrind) • Hierofante (Psicodélico / Instrumental) • Mais Valia (Stoner / Post-Rock / Experimental) • Necro (Occult 70’s Prog-Rock) • Nosso Ódio Irá Atacar (Grindcore) • Offal (Old School Death Metal) • Pesta (Doom / Stoner Metal) • Saturndust (Space Doom) • Social Chaos (Crust / Grind / Metalpunk) São ao todo 19 bandas, divididas em dois palcos em ambos os dias. Os ingressos custam R$20 para o primeiro dia, R$40 para o segundo e R$55 para o pacote de dois dias, mas fiquem atentos pois somente 300 ingressos foram liberados para a venda. Para mais informações, acesse: facebook.com/events/660940670705509/ ou exhalethesound.com

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Poesia Esquizofrênica Dê-me a corda

Por Edson Francisco De Almeida Monteiro

Meu sonho lívido, Minha paz ausente, Meu caos que cresce. Dê-me a dor, Dê-me o furor para continuar a respirar, E assim, me conquistar. Tudo cresce, E meu corpo já não aguenta mais, Minha mente estilhaçada em pedaços, Fragmentos do infinito. Uma vida sem sentido, Uma existência sem nexo, Sem um ente metastático, Um alguém olhando para nós. O desespero que nasce do mais puro coração, O perdão que nunca foi dado, O mundo que é louco. Meus bens, meus pensamentos, minhas palavras, Tudo se vai conforme o tempo, A poeira da existência que erradia a cada dia. O partir, Ter a chance de se despedir, O amanhã que nunca chegou. Dê-me a corda, Dê-me a guilhotina, Dê-me o gume da faca. Dê-me uma existência com sentido, E o ato de continuar, E o ato de me redescobrir. Dê-me a corda, Dê-me meus sonhos.

Envie seus textos, poesias, ou composições, junto com uma ilustração para. octoberdoom@bol.com.br A Poesia Esquizofrênica tem um pouca da esquizofrênia cotidiana de todos nós. October Doom Magazine | 11


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