Jornal O Defensor - Momento Agro 3 de março de 2022

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O Defensor Edição nº. 66| 3 de março de 2022

Qualidade e sustentabilidade

Aproveitamento de equipamento gera maior produtividade e ganhos no campo Por meio da transformação de pulverizadores antigos em distribuidores de fertilizantes como é feito pela MPAgro, é possível economizar até 80% do valor em relação à um autopropelido novo Página 2

Artigo

Estudo

Uso de farelos contribui para Brasil é o 3º país que mais corrigir a nutrição de bovinos consome carne no mundo

Página 3

Página 6

Parceria

Socicana assina acordo para a comercialização de créditos de carbono Última Página com o Grupo Barry Callebaut


2 O Defensor | 3 de março de 2022 Qualidade e sustentabilidade

Aproveitamento de equipamento gera maior produtividade e ganhos no campo Foto: Reprodução

Por meio da transformação de pulverizadores antigos em distribuidores de fertilizantes como é feito pela MPAgro, é possível economizar até 80% do valor em relação à um autopropelido novo

Na agricultura, todos os detalhes fazem a diferença e são essas diferenças que serão convertidas em maior produtividade e consequentemente mais lucro no final da safra. Por exemplo, quando chega a hora de substituir um pulverizador antigo, muitos produtores acabam aposentando o velho equipamento, deixando ele deteriorar no tempo, pois geralmente o mercado não paga o que ele realmente

vale. Para mudar situações como estas muito comuns nas fazendas brasileiras, a MP Agro, desenvolveu a transformação de pulverizador antigo em novo distribuidor de fertilizantes autopropelido, altamente eficiente. Com essa transformação, além da economia de até 80% do valor em relação a um autopropelido novo, o agricultor pode ainda ampliar sua produtividade. Como isso é pos-

sível? Como já sabemos que os ganhos estão nos detalhes, só o fato de poder utilizar o mesmo rastro do pulverizador na distribuição de fertilizantes, o agricultor, por exemplo, pode chegar a um adicional de até 6 sacas por hectare de milho evitando o amassamento nas linhas. Já na cultura do milho, com parcelamento de fertilizante de cobertura em plantas com mais de 1 metro de altura, o rendimento pode chegar a 4 sacas de milho/Ha. A prática de adubação em estágios mais avançados da cultura é muito importante para garantir a máxima produtividade de uma safra, pois a técnica garante os nutrientes necessários a planta em todo seu desenvolvimento.

O Defensor Momento Agro Com circulação mensal Diretor Comercial: Mario Bagliotti Jornalista Responsável: Gabriel Silvestre Bagliotti (Reg. MTE nº. 66972/SP)

Uma publicação da: Nova Dimensão Editora Ltda. www.odefensor.com.br jornalodefensor@gmail. com “Artigos assinados não

representam necessariamente a opinião do jornal.” Colaboraram nesta edição: Nathalia Davoglio Sabbatini e Gabriel Bagliotti

Central de Jornalismo – Rua Campos Sales, 307, Sala 203- Tel: (16) 3252-5696 - Taquaritinga-SP

De acordo com o gerente de fazenda da cidade de Jataí, Goiás, Jaime Jair Hahn, que fez essa conversão de um equipamento parado, os benefícios são muitos. “Além da grande economia já apontada, em relação a compra de um distribuidor novo, nossas aplicações foram agilizadas”, destaca. Qualidade e sustentabilidade A transformação do autopropelido na fazenda além da economia como já destacado, também proporciona ganhos em sustentabilidade, afinal o produtor está reaproveitando um equipamento que na maioria das vezes é descartado e segue poluindo o meio ambiente. Justamente com essa preocupação e foco na maior durabilidade na

utilização dos equipamentos em campo, que a linha Z da MP Agro é produzida em inox ideal para combater o efeito da abrasão e corrosão sendo de fácil limpeza por conta da baixa rugosidade e assepsia. Assim, gera um aumento da vida útil em pelo menos três vezes maior em equipamentos sujeitos ao desgaste, como os distribuidores de fertilizantes e corretivos que sofrem agressão do tempo combinados com os efeitos químicos dos produtos. Segundo, Daud Falconi, diretor comercial da MP Agro, a empresa pensou em todos os detalhes ao desenvolver os equipamentos. “Além de ter o chassis, roletes das esteiras e toda estrutura em aço inox, com uma gama completa de op-

ções de fixadores conseguimos transformar qualquer modelo de pulverizador autopropelido do mercado”, destaca. Para atender as demandas dos produtores, a empresa conta com uma rede de revendedores em todo o Brasil, técnicos de fábrica em todos os estados e assistência remota, garantindo ao cliente todo o suporte necessário, finaliza Falconi. MP Agro – Fundada em 2012 e com sede em Ibaté-SP, a empresa nasceu com o propósito de trazer as melhores e mais confiáveis soluções tecnológicas em inox ao mercado agrícola. Possui um portfólio de produtos voltados para distribuição de fertilizantes, o que os tornam especialistas no segmento.


3 O Defensor | 3 de março de 2022 Artigo

Uso de farelos contribui para corrigir a nutrição de bovinos

Suplementação é necessária em casos de déficit proteico e energético na dieta dos animais

Por: Letícia de Souza Santos

Na pecuária, os bons índices de produtividade estão relacionados a alguns fatores. Um deles é a alimentação. Analisando a atividade no Brasil, que tem como base a produção de bovinos a pasto, verificamos que a base da alimentação sólida dos animais é a pastagem. Para que eles possam expressar todo o seu potencial genético para a produção, seja ela de corte ou de leite, é necessário, primeiramente, atender as exigências de nutrientes para mantença desses bovinos, para, então, cumprir os requisitos de produção, e posteriormente, de reprodução. Como a maioria dos solos brasileiros sofre pela deficiência de nutrientes, a nutrição do rebanho precisa ser corrigida via adubação das pastagens e/ou suplementação dos animais. A suplementação pode ser realizada de quatro principais formas: apenas com minerais; com minerais e aditivo; com minerais, aditivos e fontes proteicas; com minerais, aditivos e fontes proteicas e energéticas. A decisão

de qual tipo de suplemento utilizar depende da pastagem existente na propriedade, da categoria animal, do nível de produção, da infraestrutura da propriedade e da interação entre diversos outros fatores, como manejo, mão de obra e fluxo de caixa. Nos tipos mineral proteico e proteico-energético, os suplementos são fornecidos para auxiliar os animais a alcançarem maior desempenho, em ocasiões que a proteína e/ou energia são os nutrientes limitantes. Uma estratégia para compor a fração proteica destas suplementações é utilizar farelos proteicos, caracterizados por possuírem acima de 20% de proteína bruta (PB) em sua composição. Nos casos em que atuam como fonte energética, os farelos desta classe apresentam menos de 20% de PB. Entre os farelos energéticos mais utilizados atualmente estão o de milho, o de casca de soja e o de polpa cítrica. O milho é a principal fonte energética na composição das rações e suplementos. Aliado a outros ingredientes,

ele possibilita uma dieta de acordo com o propósito de criação do animal. O alto teor de amido deste grão o torna a principal fonte energética para os bovinos. Além disso, este farelo serve como base para os preços de outros farelos energéticos, seguindo a tendência de alta ou baixa. Em 2021 o preço do milho esteve elevado, pressionando, assim, a busca por fontes alternativas nas dietas dos animais. A casca de soja, uma destas opções, consiste na parte externa do grão de soja e é obtida por separação no processamento para a extração do óleo. Ela tem sido bastante utilizada em substituição parcial ou total do milho em alguns suplementos, por prover quantidade satisfatória de proteína bruta, possuir boa palatabilidade e aceitação pelos animais. Outra alternativa é a polpa cítrica, um concentrado energético que consiste das cascas, polpas e sementes desidratadas e peletizadas resultantes da extração do suco de laranja. Em regiões em que há dis-

ponibilidade deste subproduto, é nutricional e financeiramente vantajoso substituir parcialmente ou totalmente o milho nas formulações, dependendo do custo por tonelada. Já os farelos proteicos mais comumente empregados na dieta animal são de soja, de algodão e DDG (grãos secos de destilaria). Na soja, o farelo corresponde a, aproximadamente, 80% do conteúdo do grão e é obtido no processo de extração de óleo. Este é um dos ingredientes de maior importância para uti-

lização em suplementos e rações animais por possuir alto teor de proteína (45% de PB). Assim como o milho é o balizador para as fontes energéticas, o farelo de soja é o guia para os preços das fontes proteicas. O farelo de algodão tem origem no caroço de algodão após a extração do óleo. Ele pode ser utilizado em substituição ao farelo de soja, pois sua porcentagem de proteína bruta varia entre 28% e 38%. O DDG é um concentrado proteico coproduto do processamento do milho para a

fabricação do etanol. Ele representa uma excelente alternativa para a nutrição animal, pois possui um bom nível de proteína e, dependendo da região do país, pode possuir um custo mais baixo. O DDG utilizado com mais frequência na alimentação de bovinos possui cerca de 30% de PB. O mix de farelos na composição dos produtos proporciona níveis adequados de proteína e energia, para que os animais tenham a melhor qualidade possível. *Letícia de Souza Santos – zootecnista, Responsável Técnica da Minerthal.


4 O Defensor | 3 de março de 2022 Variedade

Com programa de melhoramento de alfaces, linha de sementes traz as cultivares mais adaptadas ao mercado brasileiro Topseed Premium possui um portfólio completo de variedades dos tipos americana, crespa, roxa e especialidades

Em razão de sua extensão, o Brasil apresenta uma ampla variação climática ao longo de seu território. Essa oscilação é responsável pela dificuldade de produção de hortaliças de uma mesma variedade em todo o país, principalmente a alface, que exige cuidados específicos para seu cultivo. Por esta razão a

Topseed Premium, linha de sementes profissionais de alta tecnologia da Agristar do Brasil, possui um amplo portfólio de materiais com capacidade de adaptação em todas as regiões brasileiras. Segundo o especialista em Brássicas e Folhosas, Silvio Nakagawa, essa amplitude só é possível porque a empresa está

continuamente focada em pesquisa e desenvolvimento de novas cultivares. “Para isso, temos como apoio as estações experimentais localizadas nos principais polos produtores de horticultura do país, em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, que tornam possível

oferecer ao mercado, durante todo o ano, cultivares que correspondem às necessidades dos agricultores de materiais com alta produtividade, qualidade e resistência às principais doenças da cultura”, detalha Nakagawa. Assim como o programa de melhoramento de alfaces, criado pela Agristar do Brasil em 2019 e encabeçado pela coordenadora de pesquisa, Carolina Franco. “Quando se trata de doenças da cultura, o míldio da alface é uma das principais que ocorrem no inverno, podendo causar até 100% de perdas na lavoura e ainda tem como agravante a ocorrência de várias raças”. Ela explica que uma das linhas de trabalho

tem sido o desenvolvimento de cultivares resistentes às principais raças de míldio (Bremia lactucae) identificadas no Brasil. Além do desenvolvimento de materiais mais adaptados para as condições climáticas brasileiras, como por exemplo, maior tolerância ao pendoamento. “Começamos o trabalho com foco no desenvolvimento de cultivares do tipo crespa e americana, por serem os principais tipos de alface comercializados no país. O trabalho de pesquisa requer tempo, mas atualmente já há produtos mais avançados e a expectativa é que dentro dos próximos três anos, já estejam disponíveis para os produtores”, detalha Carolina. Linha completa Hoje a linha é uma das mais completas do mercado com variedades crespas, americanas, lisas e especialidades. Dentre os materiais desenvolvidos pela linha de sementes de alta tecnologia, está a alface americana Laurel, a crespa Samira e a lisa Elisangela. Além disso, temas as recém-lançadas: as crespas Cida e Celina e as mimosas Luminosa e Frisby. Diferenciadas

em cores, formatos, texturas e sabores para atender as necessidades de cada região do país e também oferecer exatamente o que o mercado consumidor busca. Sobre a Agristar A Agristar é movida pela paixão ao campo e pelo desafio de superar limites. Com 60 anos de existência, é uma das maiores empresas do país no desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de hortaliças e frutas. Atua no mercado profissional com as linhas Topseed Premium, Topseed, Superseed e TSV Sementes, e no segmento de jardinagem, hobby e lazer através das linhas Topseed Garden e TSV Sementes. Com capital 100% nacional e com uma ampla e moderna infraestrutura, a Agristar tem orgulho em conhecer a sua terra e assim desenvolver e testar produtos de alto desempenho. Sediada em Santo Antônio de Posse (SP), a empresa possui quatro estações experimentais e uma unidade de pesquisa e melhoramento estrategicamente localizadas nos estados de SP, MG, SC e RN, que asseguram o desenvolvimento de produtos adaptados para os mais diversos climas e regiões.


5 O Defensor | 3 de março de 2022 Crescimento

Exportações do agro paulista aumentam 9,5% em 2021

A produção do setor no estado de SP foi de R$ 122 bilhões, um crescimento de 26% em relação a 2020 ção no agro e também na capacitação, formação e multiplicação de unidades de agronegócio aqui em SP”, disse Doria. Os cinco principais setores na exportação do agronegócio estadual foram o sucroalcooleiro (US$ 6,5 bilhões), soja (US$ 2,57 bilhões), carnes (US$ 2,53 bilhões), produtos florestais (US$ 1,6 bilhões) e sucos (US$ 1,5 bilhões), que representam 78,5% das exportações setoriais paulistas em 2021. Os principais países importadores dos produtos agropecuários paulistas foram China, Estados Unidos e União Europeia. De acordo com pesquisadores do IEA, o setor sucroalcooleiro teve uma variação positiva de 0,5% em relação a 2020, sendo o que açúcar representou 86,4% do montante exportado e o álcool 13,6%. Já o setor da soja teve crescimento de 24,4% em 2021, sendo que 84,8% das exportações foram de

Foto: Reprodução Google

O Governador João Doria anunciou na metade no mês de fevereiro que o agronegócio paulista, em 2021, aumentou em 9,5% suas exportações em relação a 2020, exportando um total de US$ 18,9 bilhões no ano. As importações também aumentaram em 10,6%, o que representa um valor de US$ 4,5 bilhões. Em 2020, a produção do agronegócio em SP foi de R$ 92 bilhões, enquanto em 2021 foi de R$ 122 bilhões, um crescimento de 26%. De acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o saldo da Balança Comercial Paulista foi de US$ 14,3 bilhões, 9,1% superior a 2020. “O crescimento do agro em SP neste último ano é muito expressivo, representa geração de emprego, geração de renda, alta performance, sobretudo no uso de tecnologia, equipamentos agrícolas, moderniza-

soja em grãos. No caso do setor de carnes, houve um crescimento de 24,4% das exportações em relação a 2020, sendo que a carne bovina representou 85,4% das vendas internacionais. Foi constatado ainda um aumento de 9,4% das exportações de produtos florestais e de 14% no setor de sucos. O setor de café, tradicional produtor do agronegó-

cio paulista, ficou na sexta posição, com ex-

portação de US$ 708,4 milhões em 2021, uma

alta de 15,7% em relação a 2020.


6 O Defensor | 3 de março de 2022 Estudo

Brasil é o 3º país que mais consome carne no mundo Estudo revela que o Brasil fica atrás somente dos Estados Unidos e Argentina no ranking mundial

Com a alta recente da inflação, o preço da grande maioria dos produtos aumentou significativamente. A carne foi um dos itens que tiveram um dos maiores aumentos, só nos últimos 12 meses teve um aumento de 22%. Porém, mesmo com os preços mais altos, o Brasil ainda é um dos principais consumidores de carne do mundo, em média são consumidos 24,6kg per capita num período de um ano. É que revela um estudo realizado pela plataforma CupomValido. com.br com a OCDE sobre o consumo de

carne nos principais países. Foram considerados 2 tipos de proteínas: carne bovina e vitelo. Ao considerar todos os países, o Brasil fica somente atrás dos Estados Unidos e Argentina, com 26,1kg/ capita e 36,9/capita, respectivamente. Mais riqueza, mais carne Nos últimos 50 anos o consumo de carne aumentou mais de cinco vezes. E segundo a projeção realizada pelo estudo, a expectativa é que na média o consumo de carne aumente ano após ano, atingindo a marca de 43,7 kg/

capita em 2030. O aumento do consumo de carne está relacionado à melhora no padrão de vida e a urbanização da população – que faz com que haja uma mudança no estilo de dieta, e favoreça o aumento do consumo de proteína de origem animal. O aumento populacional, também é uma razão para o aumento do consumo de carne – em 1960 havia 3 bilhões, e hoje 7,9 bilhões de pessoas no mundo. No caso da Argentina, é um dos poucos países que o consumo tem caído significativamente ano após ano.

Apesar de ainda ser o país que mais consome carne no mundo, em 1990 o país já chegou a consumir 40% a mais que os valores atuais. A crise econômica que país tem enfrentado nos últimos anos é um dos fatores pela diminuição do consumo. Na ponta oposta, a Índia é o país que menos consome carne no mundo – apenas 0,5 kg/capita no ano. Neste caso, a tradição e a religião do país são algumas das explicações pelo baixo consumo de carne. Fonte: OCDE, CupomValido. com.br

Confira o infográfico completo:


7 O Defensor | 3 de março de 2022 Artigo

Tempos atuais propõe migração para zonas rurais Com a chegada da pandemia e a revolução tecnológica, pessoas tem enxergado cada dia mais essa nova possibilidade de buscar uma vida mais saudável. Muitos estão identificando esse momento como um meio de abandonar os grandes centros urbanos para se refugiar em lugares mais silenciosos. A ilusão de ascensão social e carreira profissional tem afetado proporcionalmente uma parte da população que agora visualiza a possibilidade de saírem dos limites dos excessos e de um sistema econômico fragmentando e fragilizado para um comportamento mais ponderado. O Desemprego e o alto custo de vida também são fatores colaboradores desse fluxo. Da mesma forma tem se observado igualmente, a busca por qualidade de vida e equilíbrio mental já que esse con-

Foto: Reprodução Google

Por: Thales Aguiar*

tato maior com a natureza reforça o potencial de austeridade. Agora, mesmo com tanta tecnologia, a sustentabilidade dos recursos naturais, se encontra em evidência. Pensando em uma melhor qualidade de vida, as pessoas querem produzir seus próprios alimentos (orgânicos), querem ambientes com melhor qualidade do ar e da água, condições essenciais para manter a saúde física e mental

já que as cidades vivem repletas de poluição. Isso vai de encontro com a agenda 21 global proposta pela Organização das Nações Unidas que entre seus termos tem como algumas propostas em ser um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Porém para que isso aconteça é preciso que surja um planejamento governamental de municípios e estados que facilite essas mudanças começando pela promoção do auto sustento das famílias e elaborando projetos para comunidades fora dos antigos modelos de urbanização. Pensando nos atuais tempos onde a robótica e tecnologia da informação substituirá em

pouco tempo milhões de mão de obras humanas, e é óbvio que a sociedade já não vive mais sem essa tecnologia, mas para muitos a saída será a migração para as zonas rurais, até mesmo como meio de sobrevivência básica. O novo normal será bem diferente dos paradigmas industriais já existentes. Devemos ficar atentos às mudanças globais que traz consigo a rápida transformação dos

espaços de convivência humana. A sustentabilidade é o caminho para a sobrevivência, com diz o escritor Nildo Lage “Num planeta que pede socorro e se aquece a cada dia. Pois melhor que plantar árvores, despoluir rios, proteger animais, É semear a consciência de que a garantia da vida é respeitar as fronteiras da natureza”. *Thales Aguiar é Jornalista e escritor.


Taquaritinga, 3 de março de 2022

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O Defensor Parceria

Socicana assina acordo para a comercialização de créditos de carbono com o Grupo Barry Callebaut

Associação comemora parceria com gigante suíço, líder mundial na fabricação de chocolates de qualidade

O anúncio do acordo entre Socicana, Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba, e o grupo suíço Barry Callebaut, líder mundial na fabricação de chocolates de alta qualidade, foi recebido com grande entusiasmo por produtores do setor. Com essa parceria, os associados da Socicana receberão, da corporação Barry Cal-

lebaut, o suporte para a geração de créditos de carbono em suas operações no campo. E, dessa forma, ao final do projeto, terão a possibilidade de vender esses créditos ao grupo suíço. O histórico da Socicana, fortemente alinhado com as práticas de sustentabilidade, foi fundamental para a transação. O objetivo da Barry

Callebaut é promover a redução das emissões de gases do efeito estufa na produção de matérias-primas. Ao mesmo tempo, a Socicana soma importantes iniciativas nessa área, como o desenvolvimento do programa Top Cana e a validação das certificações internacionais Bonsucro e RSB (Roundtable on Sustainable Biomaterials).

A parceria entre Socicana e Barry Callebaut para a promoção da sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar e na redução de gases do efeito estufa não é nova. A Barry Callebaut foi a primeira empresa a comprar créditos de cana certificados pela Bonsucro no mundo, adquirindo esses créditos da Socicana. Outra iniciativa conjunta é

o desenvolvimento de uma pesquisa sobre uso de inoculantes em cana, visando reduzir parte dos fertilizantes nitrogenados sintéticos. E agora firmam nova parceria para a geração e comercialização de créditos de carbono dos produtores associados à Socicana. O acordo com a Barry Callebaut é uma relevante conquista, que visa beneficiar o produ-

tor que já atua dentro de requisitos de sustentabilidade. O empenho da Socicana, além de promover as boas práticas, tem sido o de buscar reconhecimento desse importante trabalho dos associados e, principalmente, gerar valor para as lavouras. O acordo com a Barry Callebaut, portanto, foi a melhor notícia que os associados poderiam receber.


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