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2° Caderno www.odefensor.com.br
O Defensor Edição nº. 86| 7 de fevereiro de 2022
Fique atento!
Idosos exigem atenção redobrada com a hidratação no verão Foto :Reprodução
Especialista da Cora Residencial Senior explica os cuidados e indica estratégias para aumentar o consumo de líquidos
Os dias quentes, típicos do verão, favorecem a perda de líquidos e sais minerais pelo suor. Para pessoas acima dos 60 anos, a estação acende um sinal de alerta devido a outros agravantes provocados pelo avanço da idade. Com o envelhecimento, o volume de água no organismo diminui e o mecanismo de percepção da sede também fica prejudicado por alterações fisiológicas, por isso, esse público possui maior probabilidade de desidratar. Além disso, muitos idosos fazem uso de medicamentos diuréticos, o que inten-
sifica a perda de líquidos pela urina, reforçando a necessidade de atenção redobrada quando o assunto é hidratação. Quando há baixa concentração de água, sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, o idoso pode apresentar sintomas como aceleração de batimentos cardíacos, cãibras, diminuição da diurese, dor de cabeça, fadiga, fraqueza, sonolência e tontura, caso a desidratação seja moderada. Se grave, pode provocar alteração do nível de consciência, convulsões, queda na pressão arterial, entre outros problemas
que podem levar à morte em situações extremas. Considerando que entre 50% e 60% do corpo de um idoso é composto por água, quando líquidos são perdidos e não repostos, o organismo não funciona da mesma forma. A coordenadora de Nutrição da Cora Residencial Senior, Milena Volpini, explica que a água tem um papel de auxiliar, por exemplo, na digestão, desintoxicação do corpo, prevenção de cãibras, regulagem da temperatura, no transporte de nutrientes às células, raciocínio, controle da pressão sanguínea, entre
outras funcionalidades. Mais uma atribuição importante desse recurso hídrico é o bom funcionamento do intestino. “A obstipação intestinal é uma queixa frequente de pessoas acima dos 60 anos. Muita gente se preocupa em aumentar a quantidade de fibras e alimentos integrais, mas não se hidrata. Com isso, cria-se um bolo fecal com baixo teor de água, dificultando na motilidade e o efeito acaba sendo contrário, prejudicando ainda mais a evacuação”, esclarece Milena. Além de não sentirem sede, muitos idosos relatam que não gostam de água. Por isso, Milena orienta para a necessidade de adequar e variar a oferta hídrica nessa fase da vida. “É importante lembrar que não é só a água que hidrata. Cada vez mais estudos mostram que líquidos de forma geral podem fazer parte da necessidade diária de hidratação e atendem de uma forma muito satisfatória. O café com leite, chás, água de coco, vitaminas
e águas saborizadas têm uma excelente aceitação pelo público idoso. É por onde, nós na Cora, conseguimos atingir a oferta de hídricos recomendada a cada um deles,” complementa a profissional. Quanto consumir O senso comum diz que dois litros de água são suficientes, mas a coordenadora de Nutrição da Cora Residencial Senior, Milena Volpini, esclarece que a quantidade não é igual para todo mundo, variando conforme a fase da vida. “Há um cálculo a ser feito de acordo com a idade e o peso do idoso. Em média, consideramos 30 ml por quilo, mas existem diversas diretrizes orientativas que nos dão esse apoio”, explica. Com o aumento da temperatura, o cardápio de refeições também precisa ser adaptado. Pratos muito gordurosos devem ser evitados. “É preciso ter um cuidado especial também com a alimentação, para evitar problemas como infecção intestinal que podem ocasionar diarreia e vômitos, e, consequentemente, o risco de desidra-
tação”, esclarece Milena. Confira algumas dicas da nutricionista da Cora Residencial Senior para incentivar a hidratação em casa. 1. Mantenha o diálogo aberto com o idoso, reforçando a importância de ingerir água. 2. Mesmo que o idoso não tenha sede, incentive sempre a ingestão de líquidos, como água, sucos e vitaminas, chás, sopas e caldos. 3. Estabeleça horários para a hidratação. 4. Ofereça pequenas porções de água livre ao longo do dia. 5. Prepare águas saborizadas com frutas como limão, laranja e ervas aromáticas, entre as quais hortelã. 6. Inclua no cotidiano frutas ricas em água, como abacaxi, laranja, melão e melancia. 7. Utilize canudos para facilitar a ingestão da água para quem tem dificuldades. 8. Bebidas açucaradas (como refrigerantes e sucos industrializados) não devem substituir a água.
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Momento Mulher
O Defensor | 7 de fevereiro de 2022 Cuidados
Dicas para evitar infecções virais na volta às aulas
Especialista da ABORL-CCF orienta sobre os cuidados a serem tomados neste retorno presencial ao ambiente escolar
O Defensor Momento Mulher Com circulação mensal Diretor Comercial: Mario Bagliotti Jornalista Responsável: Gabriel Silvestre Bagliotti (Reg. MTE nº. 66972/SP)
Uma publicação da: Nova Dimensão Editora Ltda. www.odefensor.com.br jornalodefensor@gmail. com “Artigos assinados não
representam necessariamente a opinião do jornal." Colaboraram nesta edição: Nathalia Davoglio Sabbatini e Gabriel Bagliotti
Central de Jornalismo – Rua Campos Sales, 307, Sala 203- Tel: (16) 3252-5696 - Taquaritinga-SP
A partir da próxima semana terão início as aulas na rede escolar. Para que o retorno ao ensino presencial ocorra com maior segurança à saúde, reduzindo as chances de contaminações virais e coinfecções, alguns cuidados diários são importantes. “A escola tem um papel fundamental para o desenvolvimento da
saúde psíquica, cognitiva e física de crianças e jovens e, por isso, a experiência da convivência escolar é de extrema importância para eles. No entanto, atualmente, o retorno aos ambientes de uso coletivo vem acompanhado de medidas preventivas, como continuar adotando os protocolos sanitários de segurança,” explica
a otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e coordenadora do setor de Otorrinolaringologia Pediátrica da Unicamp, Dra. Rebecca Maunsell. Para auxiliar pais, alunos e professores, a especialista, que é secretária-adjunta
Momento Mulher ventiva importante. - Fazer a higienização nasal diariamente A mucosa nasal é uma importante barreira contra infecções. A higienização nasal feita com soro fisiológico ajuda a manter a mucosa nasal limpa e hidratada e o nariz desobstruído. A profissional da ABORL-CCF orienta a fazer a higienização nasal duas vezes ao dia. - Cobrir as vias respiratórias sempre que tossir e espirrar O ato de tossir e espirrar potencialmente espalha perdigotos que podem contaminar o ambiente e outras pessoas. Dra. Rebecca recomenda que seja utilizada, por exemplo, a parte interna do cotovelo, flexionando o braço, para cobrir o rosto. - Limpar superfícies Muito importante para eliminar microrganismos causadores de doenças, a higienização de superfícies e objetos de manuseio frequente, como materiais pedagógicos compartilhados, deve ser constante. A desinfecção pode ocorrer com uso de água e
detergente ou álcool. - Manter a hidratação Tomar bastante água traz diversos benefícios. Quando se está bem hidratado, as mucosas do nariz, boca e garganta ficam úmidas e reduzem os riscos de alergias e doenças respiratórias. - Não compartilhar objetos pessoais A transmissão de doenças com alto contágio pode ocorrer em objetos de uso coletivo. A recomendação da especialista é que itens como garrafinhas, copos e talheres sejam de uso individual. Dessa forma, cada um fica responsável pela limpeza do próprio objeto. - Ter uma alimentação rica em nutrientes Prezar por uma alimentação saudável ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Alimentos como frutas e legumes agregam vitaminas e outros nutrientes importantes para a saúde. “Além destas medidas, é extremamente importante que os pais e a escola tenham
Foto: Freepik
do Conselho Fiscal da ABORL-CCF, dá orientações para reduzir os riscos de transmissão de doenças virais respiratórias. - Manter o uso de máscaras A transmissão dos vírus se dá pelas gotículas expelidas pelo nariz ou boca de uma pessoa contaminada. Por isso, fazer o uso de máscaras é de extrema importância, pois o acessório atua como uma barreira física. - Higienizar as mãos A higienização das mãos reduz a presença de microrganismos e, consequentemente, o risco de contaminação e transmissão de doenças. Lavar as mãos frequentemente e fazer uso do álcool em gel são recomendações tanto para os alunos quanto para professores. - Evitar levar às mãos ao próprio rosto Olhos, nariz e boca são portas de entrada para diversos vírus. Tocar o rosto aumenta a chance de contato com perdigotos e secreções corporais. Evitar o hábito é uma atitude pre-
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consciência da importância de evitar que crianças e jovens com sintomas respiratórios frequentem ambientes coletivos sem uma avaliação médica. Somado a isso, devem estimular hábitos de vida saudáveis, como qualidade de sono e prática de esportes, que favorecem o bom desenvolvimento do sistema imunológico”, finaliza a Dra. Re-
becca. Sobre a ABORL-CCF - Com mais de 70 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da
especialidade através de cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbio científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de seis mil otorrinolaringologistas em todo o país.
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O Defensor | 7 de fevereiro de 2022 Alerta!
Retinoblastoma: entenda o câncer nos olhos da filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin
Tumor ocular é o mais comum na infância; Especialistas comentam sinais para ficar em alerta e importância do diagnóstico precoce
Na manhã deste sábado (29/01), Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, anunciaram nas redes sociais que a filha, Lua, de 1 ano, foi diagnosticada há alguns meses com retinoblastoma, o tumor
ocular mais comum na infância. A doença se desenvolve na retina, e é mais comum em bebês e crianças pequenas, sendo diagnosticado em idade inferior aos 6 anos. Quando
a descoberta é realizada precocemente, as chances de cura são superiores em 90% dos casos. Segundo Leifert, a filha está realizando tratamento quimioterápico há quatro meses. O primeiro
sinal notado pelo apresentador foi um movimento irregular dos olhos de Lua. A família explica que ainda não se sabe em qual fase do tratamento a menina está, mas que todos estão bem.
De acordo com a oncologista Sheila Ferreira, da Oncoclínicas São Paulo, o tratamento de retinoblastoma teve diversos avanços ao longo dos anos. “O principal objetivo é conseguir preservar
a vida da criança, assim como os olhos e a visão. A boa notícia é que a maioria dos casos podem ser curados, por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento”, explica. O que é retinoblastoma O retinoblastoma é um tumor maligno que se inicia nas células da retina (a parte do olho responsável pela visão). Essas células se multiplicam de forma desordenada e afetam um ou ambos os olhos. Trata-se do tumor intraocular mais comum da infância -- geralmente, ocorre antes dos 5 anos de idade -- e corresponde a de 2,5% a 4% de todos os cânceres pediátricos. “Dois terços dos casos são diagnosticados antes dos 2 anos de idade e 95%, antes dos 5 anos. Isso está diretamente relacionado à lateralidade e ao atraso no diagnóstico. Pacientes com doença bilateral (nos dois olhos) geralmente são diagnosticados antes do primeiro aniversário, enquanto aqueles com doença unilateral (em apenas um dos olhos) sabem da condição entre o segundo
Momento Mulher e terceiro ano de vida”, explica Sheila. As duas formas de apresentação do retinoblastoma são: Bilateral ou multifocal, hereditária, correspondente a 25% de todos os casos -- caracterizada pela presença de mutações germinativas do gene RB1 (que pode ser herdado de um familiar afetado, em 25% das vezes, ou resultado de uma nova mutação germinativa, em 75%); e Unilateral ou unifocal, correspondente a 75% de todos os casos -- 90% deles não são hereditários e são considerados esporádicos, e os 10% restantes são germinativos. No Brasil, o retinoblastoma acomete 1 em cada 20 mil nascidos vivos. Sintomas e sinais de retinoblastoma O principal sinal da presença de retinoblastoma é a leucocoria, um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho dos olhos de gatos iluminados à noite. “Isso é o reflexo da luz sobre a superfície do próprio tumor, e muitas vezes só é notado em algumas posições do olhar, à luz artificial ou em fotos, quando a luz do flash bate sobre os olhos”, comenta o pediatra Eduardo Rosset. O médico explica que, em alguns casos, a criança pode ainda apresentar sinais de estrabismo, dor e inchaço no olho afetado ou perder a visão nele, além de manifestar fotofobia (sensibilidade exagerada à luz). “Já na maternidade, é realizado o Teste do Olhinho, que deve ser repetido até os 5 anos de idade. Nas consultas de rotina com o pediatra é comum que seja feita uma avaliação clínica
dos olhos, mas é sempre importante que os pais estejam alertas a qualquer sinal de alteração nos olhos e visão da criança. Em caso de presença de manchas esbranquiçadas, que podem ser indicativos de leucocoria, deve ser feito o encaminhamento imediato ao oftalmologista pediátrico para avaliação precisa do caso e definição terapêutica”, ressalta. Vale lembrar ainda que as Sociedades Nacionais e Internacionais de Oftalmologia recomendam que a primeira consulta aconteça entre os seis meses e um ano de vida, mesmo que os pais não percebam nenhum tipo de mudança no comportamento dos filhos. No primeiro exame da criança, a dilatação pupilar é fundamental para o diagnóstico precoce de retinoblastoma. Diagnóstico de retinoblastoma Após serem notados os sintomas, a criança deve ser examinada por um médico para buscar um diagnóstico. É feito o exame de fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Geralmente não são realizadas biópsias. De acordo com a Dra. Ana Carolina Cassiano, oftalmopediatra na EyeKids em São Paulo, os principais testes para diagnosticar o retinoblastoma são: o mapeamento de retina (de rotina), ultrassom ocular e ressonância magnética, entre outros que o especialista achar necessário. “Depois da realização dos testes e confirmação do diagnóstico, é importante que a criança seja encaminhada para o oftalmologista oncológico”, comenta. O paciente passa por um estudo de aconselha-
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mento genético, para identificar se o caso é hereditário. Estudos de imagem adicionais ajudam no diagnóstico. Entre os exames estão a ultrassonografia bidimensional, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Eles são importantes para checar a extensão extraocular e a diferenciação de outras causas de leucocoria além do retinoblastoma. A classificação da extensão do tumor em sua apresentação é fundamental para reconhecer o prognóstico, definir o tratamento e avaliar as chances de cura. Tratamento de retinoblastoma A estratégia do tratamento é sempre no sentido de salvar a vida e preservar a visão. Os fatores que precisam ser considerados para tumores de todos os tamanhos são a lateralidade da doença, o potencial de preservação da visão e o estadiamento intraocular e extraocular, ou seja, qual é sua extensão e sua gravidade.
“Tumores pequenos de retinoblastoma podem ser tratados com métodos especiais que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nesses casos que se encontram na fase inicial, não é realizada cirurgia, somente métodos que se assemelham a laser e radioterapia”, informa a oncologista Sheila. Casos mais avançados podem ser submetidos a diferentes abordagens terapêuticas. As possíveis são: • Cirurgia de enucleação (técnica cirúrgica para remoção de massa sem dissecação do globo ocular);
• Tratamentos locais, como laserterapia e crioterapia, combinados com quimioterapia; • Quimioterapias intravítrea e intra-arterial; • Quimioterapia intravenosa; • Radioterapia; Transplante autólogo de medula óssea. Bruna Ducca, oftalmopediatra na EyeKids em São Paulo, explica ainda que o tratamento irá depender de cada caso. “É preciso analisar se o tumor está em um ou nos dois olhos, verificar a visão do olho afetado e se o tumor se disseminou ou não. No caso da retirada do globo ocular (enucleação), o
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procedimento é feito apenas para tumores muito grandes e com potencial disseminação”, explica. Prevenção de retinoblastoma Não há como prevenir o surgimento do retinoblastoma. Em famílias que tenham histórico da doença e da presença do gene RB1 deve haver uma atenção especial aos sintomas, para que a criança seja levada ao médico o quanto antes, caso necessário, e seja possível preservar sua visão. O diagnóstico precoce é fundamental.
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O Defensor | 7 de fevereiro de 2022 DSH
Sexólogo Mahmoud Baydoun explica sobre a falta do desejo sexual feminino
A disfunção sexual feminina acontece com frequência e pode gerar inúmeros conflitos internos e conjugais. O mestre em psicologia e especialista em sexologia, o ex-BBB e No Limite, Mahmoud Baydoun, apresenta diversos fatores que podem interferir no desejo e desenvolvimento sexual da mulher. Segundo o especialista, a questão emocional é uma das mais recorrentes, como baixa
autoestima, timidez, religião, traumas de relacionamentos anteriores, falta de cumplicidade do parceiro ou parceira, estresse do dia a dia, abuso sexual e até mesmo, a influência cultural e educação repressora. “Quando se trata de razões emocionais, o indicado é fazer terapia, para descobrir as causas da falta de desejo, impedindo conflitos psicológicos. Além disso, ter uma boa comunicação com o
parceiro ou parceira, uma conversa intima, melhora a relação conjugal e proporciona mais segurança. Importante ressaltar que o autoconhecimento é fundamental para o tratamento”, diz Mahmoud. O Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (DSH), é muito comum entre as mulheres, causa a ausência de desejo sexual, insatisfação e pode desenvolver outros problemas de saúde. As razões podem ser psí-
quicas ou fisiológicas, como doenças crônicas, medicamentos, alcoolismo, uso de drogas e desequilíbrios hormonais, reduzindo a produção de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual. Mahmoud afirma que o tratamento deve ser individualizado de acordo com o motivo desencadeador, cada caso precisa ser estudado com cautela, analisando diversos fatores que interferem
na vida pessoal e social, antes de um diagnóstico final. Para saber mais sobre o sexólogo e temas relacionados ao universo feminino, acesse o Instagram: @mahmoudbaydoun_ Sobre Mahmoud Baydoun Mahmoud Baydoun, além de ex-BBB e No Limite, é Psicólogo Clínico e Sexólogo. Mestre em psicologia com ênfase em saúde e processos
psicossociais, especialista em Terapia Sexual pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, Sexologia pelo Programa de Estudos em Sexualidade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Também membro do Centro de Estudos e Pesquisas da Subjetividade na Amazônia (CEPSAM) e da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
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Ninfoplastia
Tudo sobre a cirurgia plástica dos pequenos lábios sangramento e infecção pós-operatória. Em geral, a sensação na genitália não é alterada após a cirurgia. Ao retomar a atividade sexual, certas mulheres podem sentir sensibilidade temporária durante a penetração.
Por: Rodrigo Ferrarese*
Ninfoplastia, ou plástica dos pequenos lábios, é uma cirurgia realizada em pacientes que não estão felizes com a aparência de seus pequenos lábios, seja pelo tamanho excessivo (hipertrofia) ou por uma assimetria (quando um pequeno lábio é diferente do outro). Há ainda casos nos quais a paciente relata dor durante a penetração. Isso acontece devido à invaginação dos pequenos lábios com a entrada do pênis, podendo acontecer também
quando utilizam alguma roupa mais justa ou apertada. Existe um tamanho “padrão” para os pequenos lábios? A literatura médica não estabeleceu um “padrão” estético para essa parte do corpo. Sua forma e tamanho são preferências inteiramente pessoais e isso deve ser considerado para a ninfoplastia. As mulheres geralmente preferem que pouco ou nenhum dos pequenos lábios sejam visíveis quando estão de pé. As pacientes também tendem a optar por lá-
bios menores não mais longos do que os lábios maiores. Como é feita a ninfoplastia? O procedimento cirúrgico, também chamado de labioplastia, normalmente é realizado em ambiente hospitalar, com raquianestesia ou anestesia local e sedação, a depender de cada caso. O procedimento costuma durar de 30 a 75 minutos, de acordo com a correção necessária. A recuperação é relativamente simples e rápida, com retorno às atividades de rotina em
aproximadamente de 10 a 15 dias. Apenas a relação sexual que precisará aguardar um pouco mais para ocorrer, sendo liberada de 30 a 40 dias após
a ninfoplastia. Como em qualquer cirurgia, a ninfoplastia pode ser associada a riscos. No entanto, tratam-se de riscos menores de
Dr. Rodrigo Ferrarese é especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias, cistos, endometriose, histeroscopias, pólipos, miomas, doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, DIU...). Mais informações podem ser obtidas pelo perfil @dr.rodrigoferrarese ou pelo site https://drrodrigoferrarese. com.br/
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Taquaritinga, 7 de fevereiro de 2022
Síndrome da Mão-Pé-Boca
Entenda os sintomas e como é o vírus que está deixando os pais preocupados Um alerta a quem tem filhos ou contato frequente com crianças
Há algumas semanas uma doença vem atingindo crianças de diversos lugares do país, chamada de ‘Síndrome da Mão-Pé-Boca’, é comum em crianças entre 6 meses até 5 anos de idade. Trata-se de uma infec-
ção viral contagiosa causada por um Enterovírus. A síndrome pode causar aftas, febre alta, coceira, manchas vermelhas e bolhas na região dos pés, mãos e em volta dos lábios. As crianças também
costumam ter dificuldades para comer e isso pode impactar na saúde como um todo. Esses sintomas costumam durar entre 7 a 10 dias, quando não há tratamento específico. Abaixo algumas recomendações caso
seu filho tenha a doença Mão-Pé-Boca: • Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água, são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos
em pequenos goles. • Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção. • Lembre sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente ou levá-la ao banheiro. Se
ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada. Caso perceba os sintomas, procure imediatamente por um médico.