Jornal O Defensor - Momento Mulher - 8 de março de 2022

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O Defensor Edição nº. 87| 8 de março de 2022

Confira nesta edição matérias para todas nós mulheres!


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Momento Mulher

O Defensor | 8 de março de 2022 Saúde feminina

Saiba quais tipos de câncer mais afetam as mulheres

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, é também mais uma oportunidade de aproveitar para abordar sobre a saúde feminina. Segundo dados do Instituto Nacio-

nal do Câncer (INCA), nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, as neoplasias de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%)

figuram entre as principais. “Apesar do câncer de mama ainda ser o que mais afeta as mulheres, há outros tumores de grande incidência que devem entrar na rotina

O Defensor Momento Mulher Com circulação mensal Diretor Comercial: Mario Bagliotti Jornalista Responsável: Gabriel Silvestre Bagliotti (Reg. MTE nº. 66972/SP)

Uma publicação da: Nova Dimensão Editora Ltda. www.odefensor.com.br jornalodefensor@gmail. com “Artigos assinados não

representam necessariamente a opinião do jornal." Colaboraram nesta edição: Nathalia Davoglio Sabbatini e Gabriel Bagliotti

Central de Jornalismo – Rua Campos Sales, 307, Sala 203- Tel: (16) 3252-5696 - Taquaritinga-SP

de prevenção e alerta, já que quanto antes é feita a descoberta, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, diz Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto. O câncer de colón e reto, por exemplo, considerado o segundo que mais acomete as mulheres é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente. “Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de se tornarem malignos”, esclarece o médico. Já a neoplasia de colo de útero é a terceira mais prevalente no sexo feminino tendo previsão de ocorrência no Brasil de 16 mil novos casos por ano até 2022, de acordo com INCA. “A vacinação contra o vírus sexualmente transmissível é a medida preventiva essencial no combate à doença já que 90% dos casos do câncer estão relacionados à incidência de HPV entre mulheres”, ressalta Dr.

Dr. Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto - divulgação

Diocésio. Quando diagnosticado precocemente, é possível que haja uma redução de até 80% de mortalidade por este tipo de tumor. Segundo o oncologista os primeiros sinais aparecem por meio de sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve. Câncer de Mama No Brasil, são cerca de 67 mil novos diagnósticos de câncer de mama todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “De forma geral, a mamografia é o principal exame preventivo para identificação de tumores de mama.

Ela deve ser realizada por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico. Outros exames também podem auxiliar no diagnóstico como o ultrassom”, esclarece Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto. As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença.


Momento Mulher

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O Defensor | 8 de março de 2022

Segurança materna

Atenção e cuidados com a saúde de mamães e bebês

“Tanto a segurança materna quanto a neonatal tem atenção prioritária da medicina diagnóstica”, destaca médico

Todos os dias mais de 800 mulheres e outros 6,7 mil bebês perdem a vida na hora do nascimento. Os dados são da Organização Mundial da Saúde e mostram ainda que diariamente quase 5,4 mil bebês nascem mortos, com 40% desses óbitos relacionados ao trabalho de parto. Preocupantes, os indicadores motivaram a entidade a uma convocação global para adoção de um conjunto de metas que garantam a segurança do paciente a fim de atingir as metas estabelecidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Além de engajar práticas que reforçam a segurança materna e neonatal, especialmente em torno do parto e nascimento, a iniciativa pretende aumentar a conscientização popular para atenção à

saúde de mamães e bebês e assim, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos e diminuir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, com hábitos de prevenção e tratamento. “Para atingir estes objetivos, a medicina diagnóstica tem papel fundamental. Ela impacta diretamente em toda a gestação e ajuda a garantir a segurança durante a gravidez e também no momento do parto. Somada a um acompanhamento médico integral, ela permite que mamães e bebês estejam no centro dos cuidados e contem com a melhor assistência evitando eventos adversos”, observa o médico gestor do Grupo Sabin e diretor do Comitê de Análises Clí-

nicas da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, Dr. Alex Galoro. O especialista reitera também que acesso aos cuidados pré-natais durante a gestação, assistência médica de alta qualidade na hora do parto e apoio nas semanas seguintes, fazem parte da medicina diagnóstica. “Com exames laboratoriais e de imagens, podemos ter uma visão global da saúde e qualidade de vida de mamães e bebês. Exames simples, como ultrassonografia, hemogramas e exames de urina, até os mais complexos como cardiotocografia, testes genéticos, como o CGH/ SNP Array, para identificação de síndromes genéticas, testes pré-natais para checar doenças hereditárias, e marcadores sorológicos para Síndrome

de Down e pré-eclâmpsia, fazem parte da rotina das futuras mamães nesta fase da vida”. Galoro destaca ainda que atenção obstétrica e neonatal de qualidade minimiza a exposição a riscos relacionados ao processo assistencial e são essenciais para enfrentar algumas das principais causas de mortalidade materna, como eclampsia, infecções, hemorragia pós-parto e abortos. A rotina de cuidados diagnósticos com o bebê também é aliada na busca pela redução da mortalidade neonatal, que tem como principais fatores infecções, prematuridade e asfixia perinatal. “São fatores que nos levam a sermos enfáticos acerca da importância de uma assistência focada nas gestantes, puérperas

e neonatos. Os exames, tanto laboratoriais quanto de imagem, integram os cuidados obstétricos ao longo de todas as fases da gestação e permanecem presentes nas primeiras horas de vida dos bebês”. “A chegada do bebê é um momento especial e a medicina diagnóstica continua presente com a série de exames que assegura os cuidados com a saúde dos pequeninos,

como o Teste do Pezinho ou da Bochechinha, que são capazes de identificar uma série de doenças que põem em risco a vida dos recém-nascidos. Portanto, não há como falar em segurança do paciente, sem falar da medicina diagnóstica. E não há como planejar um parto seguro sem envolver exames e testes capazes de salvar a vida de muitas mulheres e seus bebês”, finaliza.


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Momento Mulher

O Defensor | 8 de março de 2022 Artigo

*Por Danielle Cazamajou

O mundo corporativo passa constantemente por modificações, principalmente quando falamos em cargos de liderança e as preocupações das empresas com a diversidade. Hoje em dia é mais comum nos depararmos com mulheres ocupando cargos de gerência em grandes companhias. Ainda assim, acredito que há um longo caminho para percorrermos em relação a essa equidade de gênero. Segundo o Índice de Diversidade de Gênero (IDG), pesquisa feita pela Kantar, apenas 10% das quase 700 maiores empresas na Europa têm em suas li-

deranças cargos de coordenadores, diretores e CEOs ocupados por mulheres e homens de forma equilibrada. Pensando em um panorama mundial, conseguimos ver uma melhora do cenário, de 2012 a 2020, a quantidade de mulheres que ocupavam cargos de liderança no mundo dobrou — de 10% para 20%, mas ainda há muito caminho pela frente. Precisamos estimular o empoderamento feminino, para que seja uma prática recorrente entre as pessoas, uma forma de promover a igualdade e evitar que as futuras gerações ainda vivam em um mundo de discrepâncias gritan-

tes. Por isso é importante falarmos sobre ambiente igualitário, isso requer atenção especial por parte das empresas. A área de recursos humanos, nesse caso, é o ponta pé dessa discussão, pois tem papel fundamental e estratégico na contratação de mulheres. No entanto, não adianta contratar para cumprir metas, se a empresa não der oportunidade de crescimento e igualdade para todos. Quando falo em oportunidades, aqui na SIG Américas, por exemplo, já possuímos 30% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, isso representa um crescimento

de 157% em relação há cinco anos. Conquistamos ano passado, o selo Great Place to Work e temos como meta, até 2025, que esses 30% também se tornem realidade nas lideranças de todos os locais que estamos presentes no mundo. Por isso, a importância de tornarmos a empresa um ambiente inclusivo, que líderes se engajam e as ações estejam conectadas com o propósito e a estratégia da organização. É cada vez mais comum, vermos executivas ocupando grandes cargos em vários países espalhados pelo mundo, comandando setores que sempre foram

tipicamente masculinos, sendo responsáveis por projetos e áreas de produção e logística em setores industriais, por exemplo. As organizações têm muito a ganhar ao investir nas lideranças femininas e entre os pontos positivos estão a flexibilização, colaboração e maior fortalecimento da diversidade, criatividade e inovação, fatores essenciais para que essas companhias se mantenham competitivas. A mudança na forma como a liderança é vista nas empresas hoje, favorece as mulheres bem mais do que antigamente. Quanto mais for discutido sobre inclu-

são e empoderamento, seja compartilhando informações ou trazendo alternativas e soluções, mais próximos chegaremos de desconstruir essa cultura. É um processo que requer planejamento, investimento, vontade de fazer mudança e também o envolvimento de toda a empresa. Acredito que, apesar de estarmos mais preparadas, a jornada no ambiente corporativo ainda precisa abrir mais espaços para incluir nós mulheres em grandes cargos que sempre foram destinados a homens. * Danielle Cazamajou é Head de RH Américas da SIG Combibloc.

Foto: Reprodução Google

Inclusão e empoderamento feminino nas empresas


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O Defensor | 8 de março de 2022

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Preocupação

Estado de São Paulo é pioneiro no país em políticas de atenção e proteção à mulher Governador assinou decreto que prevê punição e multa à discriminação de mulheres no serviço público estadual

Foto: Reprodução Google

O decreto assinado pelo Governador João Doria na sexta-feira (4), regulamentando a apuração das infrações administrativas previstas de qualquer forma de discriminação no serviço público estadual, reflete a preocupação do Governo do Estado nas políticas de proteção à mulher. Essa medida está entre outras iniciativas por São Paulo, como é o caso do Código Paulista de Defesa da Mulher, ação inédita no país que unificou todas as legislações vigentes que tratam da proteção e defesa da mulher, sancionado há cinco meses. Os programas desenvolvidos pelo Governo do Estado garantem às cidadãs paulistas a preservação dos seus direitos, por meio de políticas de inclusão socioeconômicas e proteção da sua integridade física e psíquica. Um importante avanço para as jovens paulistas foi o Programa Dignidade Íntima, que recebeu investimentos de R$ 30 milhões em 2021 para a distribuição gratuita de itens de higiene menstrual em todas as unidades esco-

lares da rede estadual, além de formação para as estudantes e profissionais da educação. A expectativa agora é instituir o Dignidade Íntima como um programa permanente da Secretaria de Educação. Para isso, o Governo de São Paulo enviou à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado), por meio da Secretaria da Casa Civil, um projeto para transformar o Programa Dignidade Íntima

em lei. Outra importante iniciativa está na aprovação do Programa Bolsa do Povo, em maio de 2021, que garantiu a priorização das mulheres vítimas de violência doméstica ou mães que são arrimo da família para receberem os benefícios sociais. Dentre 18 programas que compõe do Bolsa do Povo, o Prospera Família, Vale Gás, Renda Cidadã, Viva Leite, Bolsa

Empreendedor, as mulheres ganham proteção e amparo do Estado. Já

as 150 mil vagas abertas no Bolsa Trabalho no início deste ano tem foco

na população desempregada com prioridade para mulheres.


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O Defensor | 8 de março de 2022 Sexy toy

Como escolher o melhor vibrador para você

Escolher o melhor vibrador para você pode ser uma tarefa árdua. Embaraçoso, até. Não que deveria ser. Usar brinquedos sexuais em geral é uma maneira infalível de elevar sua rotina de autocuidado , levando o sexo em parceria e a masturbação a novos patamares, reforçando os benefícios do orgasmo. Deve ser em-

poderador, divertido e estimulante do bem-estar. Mas antes de entrar em um sex shop, o ideal é saber a diferença entre um dildo e um vibrador. Ambos são brinquedos sexuais, ambos são usados para masturbação e ambos existem há centenas e até milhares de anos. No entanto, dildos e vibradores são distintamente diferentes tanto

em sua história quanto em como são usados hoje. O que é um dildo? Os dildos, geralmente, não vibram sozinhos. Eles podem ser usados de várias maneiras e também podem servir como prótese e/ ou extensão. A maioria dos dildos tem formato fálico, mas nem todos são. Na verdade, as ten-

dências recentes mostram um incrível senso de imaginação erótica, com tudo, desde dildos de dragão e dildos de cavalo a dildos de sorvete que você pode colocar na geladeira para brincar com a temperatura. O que é um vibrador? Vibradores, por definição, vibram! Eles

foram inventados pela primeira vez no final da década de 1880 como um dispositivo médico. Na verdade, a tecnologia de vibração foi considerada uma “cura para tudo”, desde dores de cabeça até perda de peso. É claro que essas alegações seriam posteriormente expostas como falsas - mas na virada do século

20, os vibradores eram culturalmente muito populares e podiam ser encontrados no catálogo da Sears Roebuck. Com uma lista variada de vibradores e dildos, a Monster D tem uma proposta bem diferente do que se costuma encontrar no mercado brasileiro de sex toys: os fantasy sex toys, produtos com cores e desig-


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ns bem descontraídos, fabricados em Silicone Platinum, um material premium. O resultado são produtos lindos, com cores vibrantes e formatos que podem ir de tentáculos a chifre de unicórnio nos dildos, licks e vibradores. Listamos aqui algumas dúvidas que você pode ter na hora de escolher seu sex toys favorito. O que um vibrador ou dildo realmente fazem ? Os vibradores e dildos são brinquedos sexuais para mulheres ou homens projetados para inserção e são os melhores para quem gosta de penetração. Quer você os insira por via vaginal ou anal, eles simulam

sexo com penetração. Os dildos podem fazer você chegar ao orgasmo? Sim, mas depende de como você chega ao orgasmo e como você usa seu sexy toys. Se você é do time que não atinge o orgasmo apenas através da penetração (mais de 75% das donas de vulva fazem isso) e precisa de estimulação no clitóris para chegar lá, um dildo sozinho pode não ajudar. Hoje em dia é possível encontrar modelos que fogem do tradicional e foram desenhados também para estimulação externa. Outra sugestão é considerar um estimulador de clitóris. Que tamanho de

O Defensor | 8 de março de 2022

vibrador ou dildo devo escolher? É muito importante considerar o tamanho, porque isso pode determinar o tipo de prazer que você procura e se o vibrador é ideal para você. A coisa que você principalmente precisa se lembrar quando compra um vibrador é saber que ele estará dentro de você. Então, ao considerar o tamanho, pense em quão apertada você é, qual tamanho você gostou quando se trata de parceiros sexuais e se você quer uma forma reta ou curva. Normalmente, os dildos curvos são usados para atingir o ponto G. A Monster D Empresa que veio

com propósito de preencher uma lacuna no mercado brasileiro: os SEX TOYS PREMIUM. E o que temos de diferente? Absolutamente tudo! Foram meses de estudos até o lançamento da Monster D. Desenvolvemos formas e tex-

turas que intensificam as sensações e que agradam todos os públicos. Somos 100% responsáveis pela criação, desenvolvimento e fabricação dos produtos (exceto Viper). Os designs são detalhadamente pensados, numa mistura perfeita de formas, texturização e apelo visual.

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Cada modelo é responsável por diferentes e prazerosas sensações. Optamos pelo SILICONE PLATINUM PREMIUM, considerado a melhor matéria prima para sex toys, hipoalergênico, sem porosidade, inodoro, super-resistente, além da textura macia e agradável. =D


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Taquaritinga, 8 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher

A origem operária do 8 de Março Foto: Reprodução Google

Dia Internacional da Mulher é hoje uma data marcada por protestos que pedem igualdade de gênero

Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativas, ela não foi criada pelo comércio e tem raízes históricas mais profundas e sérias. Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20. Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo, aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Elas começaram uma campanha dentro do movimento socialista para

exigir seus direitos — as condições de trabalho delas eram ainda piores que as dos homens à época. A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial. No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores. As origens do Dia

Internacional da Mulher Se fosse possível fazer uma linha do tempo dos primeiros “dias das mulheres” que surgiram no mundo, ela começaria possivelmente com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher. Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho – na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos. Ali teria sido celebrado pela primeira vez o “Dia Na-

cional da Mulher” americano. Enquanto isso, também crescia na Europa o movimento nas fábricas. Em agosto de 1910, a alemã Clara Zetkin propôs em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações. Em 1913, as mulheres já protestavam pelo direito de votar nos Esta-

dos Unidos; nessa época, eram frequentes os protestos também por melhores condições de trabalho. Em 1917, houve um marco ainda mais forte daquele que viria a ser o 8 de Março. Naquele dia, um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial, movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa. O protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo – 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje. Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da “mulher heróica e trabalhadora”. O dia 8 de março é considerado feriado na-

cional em vários países, como a própria Rússia, onde as vendas nas floriculturas se multiplicam nos dias que antecedem a data, já que homens costumam presentear as mulheres com flores na ocasião. Na China, as mulheres chegam a ter metade do dia de folga em 8 de Março, conforme é recomendado pelo governo, mas nem todas as empresas seguem essa prática. Já nos Estados Unidos, o mês de março é um mês histórico de marchas das mulheres. No Brasil, a data também é marcada por protestos nas principais cidades do país, com reivindicações sobre igualdade salarial e protestos contra a criminalização do aborto e a violência contra a mulher. As informações foram retiradas da BBC Brasil


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