Viver - Edição 22310 - 31 de julho de 2014

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Quinta-feira, 31 de julho de 2014

EDITORIAL

As diversas faces da saúde

O cuidado com a saúde deve começar ainda na infância. Muitas são as crianças hoje em dia que apresentam um quadro de obesidade porque os alimentos destinados a elas não são adequados. E não basta tratar só da criança, nesse caso, é preciso educar os pais para não levar refrigerantes, sucos e achocolatados para casa ou pôr biscoitos recheados na lancheira quando vão para o colégio porque, assim, aumentam a probabilidade de aumentar o peso do filho. Qual a saída, portanto? Informação e atividade física. Para dormir bem é preciso tomar alguns cuidados. A maioria das pessoas que dorme fora de hora ou não se alimenta de forma adequada e possui vida sedentária, corre o risco de ter insônia e, como consequência, adquirir doenças como hipertensão arterial ou diabetes mellitus tipo 2. Para reverter esta situação é necessário

mudar de atitude ou passar por cirurgia se o quadro for muito grave. O mal de Alzheimer exige outro tipo de tratamento. Neste caso, não adiantam as orientações médicas se a família não fizer a sua parte. Destinadas a perder a memória completamente, se não forem devidamente tratadas, estas pessoas ainda têm o recurso de se apoiar na família para, assim, manter a consciência por intermédio do afeto e retardar o máximo possível os efeitos do Alzheimer. Começando com um texto que lembra a cidade lendária de Shangri-la a partir do trabalho desenvolvido por um médico norte-americano, dr. Eugene Payne, que passou um quarto de sua vida viajando pelo Brasil, Peru e Bolívia e viu certos fenômenos ainda hoje inexplicados pela medicina, VIVER ESPECIAL mostra para o leitor, nesta edição, além dos temas citados acima, outros como trata-

mentos estéticos não-cirúrgicos, tratamento odontológico integrado e cirurgias refratárias para, finalmente, entrar no tema da Terceira Idade citando dona Clotilde Bezerra, do bairro Dionísio Torres, e o Coral Vozes de Outono que, com seus 28 integrantes esbanjam alegria e jovialidade quando sobem nos palcos do Brasil e de outros países da América do Sul e da Europa. Hoje, diz dona Coltilde na matéria, os idosos são mais saudáveis e instruídos. Para ela a velhice, atualmente, pode ser considerada uma nova velhice se comparada com a do passado. A saúde também passa pelo mesmo processo de transformação. Os pacientes de hoje não são como aqueles de outros tempos, para os quais não havia mais solução ou, quando havia, eram lentas e dolorosas. Com as novas tecnologias e novas formas de detectar os sintomas, tudo mudou para melhor.

SEM EXPLICAÇÃO

As Shangri-las da América do Sul Escrito por James Hilton em 1925, “O Horizonte Perdido” fala de uma cidade, Shangri-la, onde todos os habitantes eram saudáveis e felizes  NATALÍCIO BARROSO

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história não é nova, mas é relevante. Por volta da década de 1950, dr. Eugene Payne, dos Estados Unidos, passou quase um quarto de século estudando doenças na América do Sul e, durante todo este tempo, descobriu coisas curiosas e até misteriosas nas montanhas e florestas da Bolívia, Brasil, Equador e Peru. Segundo ele, existia, em al-

Expediente

guns lugares destes países, um punhado de aldeias que guardava, em seu interior, pelo menos seis segredos médicos que, se fossem descobertos, seriam capazes de alterar, completamente, o curso da história da Medicina. Cada uma dessas aldeias, informa o doutor, era uma ilha de imunidade para uma determinada doença. E dá o nome delas: cardiopatia, câncer, malária, opilação, cárie e doenças mentais. Claro que, em torno destas aldeias, havia muitas doenças e mortes. As que foram citadas, no entanto, quase nunca apareciam em algumas delas. E conta uma história. Estava de passagem para uma missão na província de Loja, no Equador, quando ouviu falar de um engenheiro inglês que sofria de pressão arterial alta e grave lesão cardíaca. Considerado um caso perdido neste tempo, foi para Loja, na vertente oriental dos Andes, a fim de passar o resto de seus dias. Mas algo muito

estranho aconteceu. Ficou bom. Por quê? Ninguém soube explicar. Afirma o doutor Payne que ele mesmo viu o paciente e constatou esta assertiva. E o mais incrível nisso tudo foi o depoimento do paciente. Disse ele para o doutor que toda vez que permanecia em Loja se sentia bem, mas bastava se afastar um pouco para voltar a sentir os sintomas da pressão alta e as perturbações causadas por um coração doente. Se se tratasse de um caso isolado, concluiu dr. Payne, tudo bem, mas quando pensava que nenhum dos habitantes daquela aldeia sofria do coração ou de pressão alta, ficava intrigado. NO BRASIL Em Gurupá, no Brasil, dr. Payne se deparou com uma nova realidade. Toda a região em volta daquela aldeia, que se localiza no estado do Pará e hoje é uma cidade com mais de 30 mil habitantes, estava tomada pela malária. Menos Gurupá.

Mantendo contato com a população e perguntando por que tal coisa acontecia, ninguém sabia dizer o motivo. O certo, explicavam os habitantes, é que em Gurupá assim como em Peixes, ao sul de Tocantins, ninguém era atingido por aquela doença. O mesmo, no entanto, não acontecia em Porto Nacional, próxima de Peixes. A malária, ali, reinava de forma soberana. Mas quando alguém de Peixes se casava com um dos habitantes de Porto Nacional e o casal passava a morar em Peixes nenhum dos dois sofria mais desta doença. Por quê? BOLÍVIA E PERU Em Cochabamba, por sua vez, na Bolívia, terceira maior cidade do país hoje em dia, e Chuquissaca, as doenças mentais eram tão raras que os habitantes sequer tinham uma palavra para designar este estado mental que se denomina “loucura”.

Nas montanhas do Peru existia um vale de 120 quilômetros de extensão dentro do qual a população de Callejón de Huaylas era completamente imune a um parasito chamado ancilóstomo que muito debilita o corpo humano. As regiões vizinhas, no entanto, não estavam imunes a ele. Qual o segredo? Ninguém sabe. Seria a água? As cidades geralmente infectadas pela malária, segundo o doutor, costumavam beber a água de um determinado rio enquanto aquelas que eram livres dela, tomavam água de fontes borbulhantes nas quais, conforme ele, deveria haver um estranho componente mineral. Mas não tinha certeza. Passadas cinco décadas, a medicina permanece sem explicação para vários fenômenos. Um deles se refere à ausência de cárie em algumas regiões do Peru. Coisa que vem ocorrendo há séculos e ninguém identifica, exatamente, o motivo.

EDITORIA: Cely Fraga • REPÓRTER: Natalício Barroso (1375CE/JP) • COORDENAÇÃO GERAL: Ricardo Dreher • COORDENAÇÃO COMERCIAL: Glauber Luna • FOTOGRAFIA: Anderson Santiago e Beth Dreher • DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL: J. Júnior • CAPA: João Luck • REVISÃO: Lena Lopes.


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MUITO ALÉM DA SONOLÊNCIA

Falta de sono é fator de risco para diversas doenças

Segundo especialista, a má qualidade do sono pode precipitar doenças como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2  POR CELY FRAGA

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oite mal dormida resulta em pouca produtividade no dia seguinte. Cansaço e sonolência afetam o desempenho de qualquer pessoa. Essas consequências da privação de sono são fartamente conhecidas. O que precisa ser colocado em alerta são os problemas de saúde causados pela falta de sono. Conforme o médico especialista no assunto, Daniel Chung, os distúrbios podem ocasionar sintomas diurnos, principalmente sonolência excessiva, irritação e problemas cognitivos (falta de memória e dificuldade de aprendizado). “Além desses sintomas, a má qualidade do sono pode precipitar doenças como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2”, explica o médico. Entre os principais distúrbios

do sono, pontua dr. Chung, estão a síndrome da apneia obstrutiva do sono e a insônia. “Segundo um estudo realizado na cidade de São Paulo, em 2007, com mil voluntários, cerca de 42% dos paulistanos roncam, 33% apresentam apneia do sono e 45% se queixam de insônia”, relata o especialista. A falta de sono, segundo alguns estudos, é reflexo dos distúrbios da modernidade. O corpo está arcando com as consequências de comportamentos que adotamos na contemporaneidade. O ser humano dorme fora de hora, repousa pouco, muitas vezes não se alimenta de forma adequada e é sedentário, além de lidar com o stress da vida cotidiana. Os elementos impactam na qualidade do sono, o que precipita também o infarto, o derrame e a depressão. Para reverter o quadro, dr. Chung esclarece que o tratamento adequado deve ser indicado de acordo com o grau e a causa do distúrbio do sono. “Pode variar desde orientações simples como regularizar o horário do sono, exercícios físicos regulares e perda de peso até a indicação do uso de aparelhos mais específicos ou cirurgias”, orienta o médico. POLISSONOGRAFIA A polissonografia é o exame usado para a investigação de vários distúrbios do sono. O paciente

deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro das fases do sono, profundidade, da quantidade de sono REM (fase em que ocorrem os sonhos), passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o repouso. O exame é indolor, não-invasivo e sem riscos. “A polissonografia é a avaliação de múltiplas variáveis fisiológicas ao longo de uma noite de sono. Alguns dos parâmetros avaliados são atividades elétrica cerebral, níveis de oxigênio sanguíneo, esforço dos músculos respiratórios e intensidade do ronco”, destaca dr. Daniel Chung. O Ceará desponta com um serviço pioneiro, oferecendo a oportunidade de realizar o exame de polissonografia no domicílio do paciente. As polissonografias convencio-

nais, realizadas em clínicas de sono, geralmente são finalizadas entre 6h e 8h da manhã, a despeito da vontade do paciente em permanecer dormindo. Com a polissonografia domiciliar os horários habituais de sono do paciente são respeitados. O serviço de Atendimento Móvel já está disponível em Fortaleza. A equipe do Atendimento Mó-

vel se dirige à residência do cliente ao final do dia, instala os equipamentos de medição na pessoa e, no dia seguinte, retorna para retirar os aparelhos. A leitura dos exames é realizada por um médico na empresa. Segundo dr. Chung, a polissonografia realizada em domicílio obtém resultados similares aos das clínicas, principalmente, quando há dificuldade de locomoção do paciente ou quando os horários de sono são muito irregulares. Contudo, o especialista avisa que a realização do exame “deverá ser indicada pelo médico após c r ite r i o s a avaliação clínica”.


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OBESIDADE INFANTIL

Os erros cometidos em casa e na escola

As principais causas são os hábitos alimentares inadequados como achocolatados, frituras e doces  POR CELY FRAGA

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riança gosta de fritura, doces, sorvetes, pizzas e sanduíches. Em geral, não são muito fãs de frutas, verduras e legumes. Para completar, adoram assistir televisão, navegar na internet, mexer no celular e jogar videogame. São com-

portamentos comuns entre milhares de crianças e adolescentes. São hábitos, no entanto, que impactam diretamente na saúde deles. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta sobre o crescente número de casos de obesidade infantil no mundo. Segundo a nutricionista Ana Carolina Montenegro Cavalcante, mestre em Saúde Pública e professora do Centro Universitário Estácio do Ceará, cerca de 30% das crianças brasileiras estão acima do peso. “O peso médio das crianças aumentou nos últimos anos. A obesidade tem causas endógenas e exógenas, mas em mais de 90% dos casos, a causa é exógena, ou seja, relacionada ao estilo de vida da criança e da família, o que inclui hábitos alimen-

tares inadequados e pouca atividade física. As mudanças na forma de viver incrementaram essas taxas”, explica Ana Carolina, que há dez anos trabalha com nutrição infantil. Conforme a análise da nutricionista, o alto consumo de alimentos industrializados hipercalóricos são as principais causas da obesidade infantil. “O consumo de biscoitos recheados, que contém alta concentração de calorias, gorduras e açúcares, refrigerantes, sucos e achocolatados de caixinhas, frituras, sorvetes, doces em geral são os principais causadores. O grande erro é trazer esses alimentos para dentro de casa, quando os mesmos devem ser consumidos esporadicamente, em ocasiões especiais. Eles não devem estar inseridos na

rotina da criança e nem na lancheira escolar”, alerta Ana Carolina.

TRATAMENTO Para a especialista, o envolvimento da família é essencial para o tratamento. Ana Carolina explica que é impossível tratar apenas a criança, quando o foco é a mudança de comportamento. “A mudança vai desde a alimentação, atividade física e até nos tipos de passeios. Sabemos que muitos passeios que fazemos estão sempre associados a alimentação, e isso deve deixar de ser o foco. Quando a família muda, fica mais fácil a criança mudar. Sozinha fica muito sofrido e difícil”, orienta. No tratamento, Ana Carolina destaca a importância de trabalhar com as porções corretas, evitar re-

petições e educar nutricionalmente a família. Ela explica, ainda, que a criança não deve perder muito peso. O objetivo é reduzir o ganho de peso e manter o crescimento para que as medidas corporais, peso e estatura, fiquem harmônicos e adequados para a idade da criança. As escolas, aponta Ana Carolina, também podem ajudar no combate a obesidade infantil, estimulando o consumo de frutas nos lanches e reduzindo a oferta de alimentos industrializados . “A escola pode ajudar dando prioridade as frutas, controlando as porções de biscoitos e pães e estimulando o consumo dos integrais. Ela também pode restringir a oferta de guloseimas nas cantinas e nas lancheiras das crianças que trazem lanche de casa”, sugere a nutricionista.

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NÃO CIRÚRGICOS

Procedimentos menos invasivos, mas com efeitos de plástica Pacientes que têm alguma queixa estética e não querem se submeter a uma cirurgia podem optar pelo procedimento que demanda menos tempo e possui custo acessível

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álpebras caídas, linhas de expressão, rugas, flacidez. Os primeiros sinais de en-

velhecimento disparam o alarme em muitas pessoas. O avanço da Medicina e da indústria cosmética, contudo, desponta como forte aliado no reparo de algumas imperfeições. Por outro lado, apenas o estica e puxa já não satisfaz completamente. Outros valores são pensados antes da correção. O visual plástico foi substituído pelo desejo de um resultado mais próximo do natural. É neste contexto que a busca do rejuvenescimento através de procedimentos não cirúrgicos como os empregados pela Medicina Estética tem aumentado, consideravelmente, nos últimos anos.

Os avanços nesta área são cada vez mais evidentes, visando tratar problemas como envelhecimento da pele, estrias, celulite, flacidez, manchas cutâneas, queda de cabelos, gordura localizada, dentre outros. Mas, o que são procedimentos estéticos não cirúrgicos? A pergunta é inevitável. Dr. Fabiano Magacho, presidente da Associação Brasileira de Medicina Estética, responde. “São procedimentos estéticos realizados em consultórios ou ambulatórios. Fora, portanto, do ambiente cirúrgico. Procedimentos minimamente invasivos porque exigem pequenas incisões”, explica o médico.

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A ideia, continua dr. Magacho, é dar uma solução para pacientes que têm alguma queixa estética e não querem ou precisam se submeter a uma cirurgia. E explica: “Este é um procedimento estético de custo menor que o cirúrgico e que demanda menos tempo. Hoje, poucas são as pessoas que dispõem de tempo suficiente para se submeter a uma cirurgia de um mês, dois meses ou quarenta dias. Todos, afinal, têm que trabalhar”, aponta o especialista. Assim, existe uma gama de procedimentos surgidos nos últimos anos, que podem ser feitos a um custo acessível e dentro de um espaço de tempo curto. Dentre eles, dr. Magacho cita o botox. “O botox é uma técnica de paralisia muscular, onde se consegue imobilizar determinados músculos que causam rugas ou sucos e que, definitivamente, não são nem um pouco confortáveis quando se trata de uma boa aparência”. PREENCHIMENTOS Quando se refere a preenchimento de rugas e sucos ou de

depressões que são causados independentemente do movimento muscular, informa dr. Magacho que é preciso colocar um material no fundo destas incorreções fazendo com que a pele volte para a altura normal. Nesse caso, os médicos não vão apenas preencher os sucos, rugas e depressões da face; vão aumentar a maçã do rosto, do queixo e da mandíbula. Mexerão também com os contornos da face como um todo de forma que ela fique mais harmoniosa. Outros procedimentos também vêm ganhando cada vez mais adeptos. Segundo o médico, os que são feitos a laser são fáceis de encontrar. O mais conhecido é a depilação que, neste caso, é definitiva. Mas há outros procedimentos igualmente procurados com assiduidade como o rejuvenescimento da pele com laser ou com ácido que são os peelings. Muito procurados por pacientes que estão entre quarenta e cinquenta anos que não querem se submeter a uma cirurgia, mas sentem a necessidade de melhorar um pouco

mais a flacidez na pele. FAIXA ETÁRIA A idade, no entanto, para quem busca a medicina estética depende muito do paciente. Geralmente estão com quarenta a sessenta anos. É quando se melhora o contorno do rosto e corrige-se o dorso do nariz. Não se trata, como se observa, de rejuvenescimento, mas de correção de determinados defeitos estéticos da face que também envolvem cicatrizes produzidas por acnes ou depressões.

SAIBA MAIS

• PREENCHIMENTOS. Preenchimentos são técnicas utilizadas para corrigir rugas e depressões cutâneas através da injeção de substâncias específicas na derme ou logo abaixo dela. Os preenchimentos faciais podem ser injetados na pele para melhorar a aparência de pequenas linhas e rugas, aumentar os lábios, preencher bochechas cavadas, melhorar cicatrizes, levantar

sulcos profundos e reparar algumas imperfeições faciais. • DRENAGEM LINFÁTICA. A drenagem linfática é a técnica utilizada para drenar o líquido (linfa) que se acumula entre as células. A técnica de massagem vai estimular o sistema linfático a trabalhar em um ritmo mais acelerado, mobilizando a linfa até os gânglios linfáticos, eliminando o excesso de líquido e as toxinas. A drenagem linfática é recomendada no pré e no pós-cirúrgico para acelerar a recuperação.

• DEPILAÇÃO A LASER. A depilação a laser trouxe uma solução mais prática que os métodos utilizados anteriormente para eliminar os pelos do corpo. A depilação a laser feminina elimina, em média, 80% dos pelos para sempre, sendo que a diminuição acontece progressivamente a cada sessão. Ela só não é definitiva porque, com o tempo, o organismo pode produzir novas células germinativas que darão origem a outros pelos na mesma região. • PEELING. O peeling é um dos procedimentos mais comuns da Medicina Estética e sua principal função é o combate ao envelhecimento da pele. A técnica remove camadas, neste caso da pele, obrigando que o organismo produza uma nova pele, feita de células completamente novas, deixando marcas, cicatrizes e rugas para trás.


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NOVOS TEMPOS

A juventude na Terceira Idade Com apresentações no Brasil e exterior, o Coral Vozes de Outono surpreende a todos com sua vitalidade

CORAL VOZES DO OUTONO EM AÇÃO

 POR NATALÍCIO BARROSO

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Terceira Idade está chegando e, com ela, algumas preocupações. Houve tempo, no entanto, em que tais preocupações eram maiores. Bastava despontar uma ruga qualquer no rosto ou alguma mancha na pele, para a juventude ser esquecida. Para as pessoas da Terceira Idade hoje em dia, isso não acontece mais. A Terceira Idade pode chegar. Estão preparadas para ela. Pelo menos é o que diz dona Clotilde Bezerra, dona de casa que mora no Dionísio Torres. Para ela, os sessenta anos é uma questão emocional e não cronológica. Não é porque chegou a esta idade que deixou de fazer tudo aquilo que os mais jovens fazem. Assim, dialoga normalmente com crianças e adolescentes. Segundo ela, chega a conversar com eles de igual para igual. No passado, quando as pessoas envelheciam, tinham o hábito de se isolar. Passavam a fazer tricô e se preocupavam apenas com aquilo que, para elas, era condizente com a sua idade. Hoje, diz dona Clotilde, os idosos são mais saudáveis e instruídos. Por isso a velhice de hoje pode ser considerada uma nova velhice, se comparada com a do passado. E cita Suzana Vieira como exemplo de uma terceira idade saudável e moderna. Para dona Clotilde, Suzana Vieira está com 72 anos e, mesmo assim, continua atuando como atriz, participando de eventos sociais, cotidianamente,

e esbanjando felicidade. A mesma coisa, afirma, acontece com ela. Diferente de alguns adolescentes, inclusive, que têm a mentalidade de um velho do século XX quando ainda não havia Internet nem celular para se comunicar com o mundo todo, dona Clotilde se serve de tudo o que é eletrônico. Por isso, segundo ela, não tem idade. Apenas juventude.

O OUTONO NA PRIMAVERA Nádia Calheiros de Oliveira, diretora financeira e coordenadora do Coral Vozes de Outono, corrobora com dona Clotilde. Para ela não dá para ficar em casa fazendo crochê. É preciso inventar alguma coisa. Assim, participa do grupo Vozes de Outono, que existe há 20 anos e reúne 28 pessoas das quais a mais nova

está com 60 anos e a mais velha com 82. Ela, por exemplo, está com 64 anos. A atração principal do grupo é a música, diz dona Nádia. Foi por causa dela que as 28 integrantes já estiveram em Portugal, Espanha e Bélgica além, claro, de se apresentar em países da América do Sul depois de viajar pelo Brasil. Mas também fazem teatro. A

maior emoção do grupo, no entanto, ocorre quando se apresenta no meio de crianças. A integração é muito grande, informa a diretora financeira. Chamadas para shows em colégios de Fortaleza percebem a admiração das crianças quando veem aquelas senhoras cantando e dançando em torno delas como se fossem uma delas e não suas avós, quando estão em casa.


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ODONTOLOGIA

Integrar para melhor atender Implantodontista, dr. Wail Al Houch destaca a necessidade de os especialistas se integrar para, juntos, alcançar um maior nível de eficiência em seu trabalho

U

m simples tratamento de dente perdido, explica Dr. Wail Al Houch, implantodontista, pode envolver várias especialidades. E cita algumas delas: periodontia, cirurgia e implante, por exemplo. Por isso que especialistas em odontologia procuram uma maior integração entre eles, hoje em dia, para melhor atender a seus pacientes. Afinal, para dr. Wail, os pacientes estão cada vez mais exigentes quando se trata de obter um sorriso perfeito. Há muito tempo, diz ele, que a classe vem trabalhando no senti-

do da integração. Hoje, continua, esta integração está cada vez maior até por conta desta exigência. Mas, para que ela, a integração, seja eficiente, dr. Wail cita dois fatores importantes: primeiro, o dentista se especializa em diversas áreas ou faz o que ele e alguns colegas estão fazendo: formar uma equipe de especialistas para trabalhar em prol dos clientes. A mídia, segundo Dr. Wail, ajuda b a s tante. “Com um simples toque no computador, pode-se enviar o arquivo de um paciente para qualquer especialista analisar e, em seguida, efetuar um

cutido por toda a equipe para se saber qual o melhor procedimento naquele caso específico”, explica o implantodontista.

tratamento virtual que, posteriormente, é divulgado em rede e dis-

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VANTAGENS A vantagem de agir desta maneira, explica o doutor, é que, neste caso, o cliente não precisa se deslocar de um consultório para outro para continuar seu tratamento. Depois que se pede os exames iniciais como radiografia e tomografia e se faz a primeira análise, todo o resto é trabalhado com os colegas virtualmente. Dado o diagnóstico e detectada a necessidade de algum tipo de tratamento de canal, o paciente, se necessário, é encaminhado para o colega especialista neste assunto. E o custo é o mesmo. Como o colega solicitado também consulta o que solici-

tou, tudo permanece pelo valor orçado, inicialmente, sem sofrer nenhuma alteração. Outra vantagem, neste serviço, é a seguinte. Como a consulta é feita pela Internet, os profissionais podem estar em qualquer lugar, mas atendem a solicitação e passam a tratar do caso imediatamente. A equipe que trabalha com dr. Wail, no momento, é composta de cinco dentistas e um protético.


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CIRURGIA REFRATIVA

Chegou a hora de tirar os óculos! O procedimento cirúrgico pode corrigir até 12 graus de miopia e seis graus de hipermetropia e astigmatismo

ANDERSON SANTIAGO

 CELY FRAGA

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esmo quem precisa, reclama. Assim é a vida da maioria das pessoas que é obrigada a usar óculos ou lentes de contato por causa de erros refracionais como miopia, hipermetropia e astigmatismo. No Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,8% dos entrevistados revelaram possuir algum tipo de dificuldade para enxergar. Nesse contexto, cerca de 35,7 milhões de brasileiros sofrem com diferentes graus de severidade visual. Entre os entrevistados, mais de 6,5 milhões disseram ter dificuldade de forma severa de enxergar. Além dessa conjuntura, outras pesquisas apontam o crescimento de incidências de problemas visuais, causados por hábitos adquiridos no cotidiano como passar muito tempo exposto a iluminação artificial da televisão ou computador. Contudo, na maioria dos casos, esses erros refrativos podem ser corrigidos através de um procedimento cirúrgico indolor, rápido e preciso: a cirurgia refrativa. Segundo o oftalmologista e membro da Associação Latino Americana de Cirurgiões de Catarata e Refrativa, Daniel Justa, a cirurgia refrativa é um procedimento que visa a correção das ametropias ou erros refracionais. “O procedimento pode ser realizado através de um laser (chamado Excimer Laser) ou do implante de lentes intraoculares”, explica o médico.

DR. DANIEL JUSTA A cirurgia tem um impacto significativo na vida do paciente. No procedimento mais comum, com Excimer Laser, é possível corrigir até 12 graus de Miopia, seis graus de hipermetropia e seis graus de astigmatismo. A idade mínima para esse tipo de cirurgia é de 18 anos, não havendo faixa etária limite para o procedimento. “Com o implante de lentes intraoculares conseguimos corrigir graus maiores de miopia (20 a 30 graus) e de hipermetropia (10-14 graus). Infelizmente, não conseguimos corrigir totalmente todo e qualquer grau com uma técnica só. Mas se forem associadas duas técnicas (por exemplo, Excimer Laser + implante de lente intraocular) podemos eliminar praticamente qualquer grau, mas isso irá depender das condições pré-operatórias do paciente e se o risco dos procedimentos supera o benefício. Cabe

ao oftalmologista conversar e explicar todos os riscos e benefícios ao paciente”, orienta dr. Justa. TÉCNICAS Conforme dr. Justa, na cirurgia com Excimer Laser o médico pode optar entre duas técnicas básicas: PRK ou Lasik. Em ambas, pode haver hipo ou hipercorreção do grau desejado. “No Lasik, há a criação de um ‘retalho’ corneano (flap), empregando-se um aparelho chamado microcerátomo ou outro tipo de laser (femtosecond laser). No Lasik, a maioria das complicações é relacionada ao flap corneano (dobras, crescimento epitelial embaixo do flap, etc). Já na técnica PRK, há a aplicação direta do laser na córnea após retirada da camada superficial (epitélio). A complicação mais temida é o “haze” corneano. O haze é uma cicatrização anômala do epitélio, que interfere muito na qualida-

de visual e acontece mais frequentemente em pessoas que se expõem ao sol após a cirurgia”, esclarece o oftalmologista. A chance de infecção pós-operatória é mínima (em torno de 0.03% ou três casos a cada 10.000 cirurgias). Atualmente, destaca dr. Justa, há um método chamado TRANSPRK, no qual é aplicado laser do começo ao fim do procedimento, não sendo necessário nenhum toque no olho do paciente. Em ambas as técnicas, após 30 dias, o resultado visual é semelhante. EXAMES Os exames pré-operatórios incluem a medida da espessura corneana (paquimetria), topografia de córnea e tomografia de córnea (PENTACAM). Os cuidados pré-operatórios exigem, ainda, suspender o uso de lentes de contato por pelo menos 48h, não usar ma-

quiagem ou creme na região dos olhos e boa higiene da região das pálpebras com shampoo ou produtos próprios para uso oftalmológico no dia da cirurgia. No pós-operatório recomenda-se não coçar os olhos ou dormir fazendo pressão no olho operado, o uso de óculos escuros, evitar ir à praia, piscina ou saunas por pelo menos três semanas no caso da técnica LASIK (60 dias no caso do PRK) e usar corretamente os colírios prescritos. Quando se utiliza a técnica com Excimer Laser, adverte dr. Justa, pode haver “retorno” do grau (regressão do efeito cirúrgico). “Mas, felizmente isso acontece apenas em uma pequena porcentagem dos pacientes operados. É muito importante que o candidato à cirurgia refrativa com Excimer Laser já esteja com seu grau estável há pelo menos um ano”, afirma o médico.



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ALZHEIMER

Como retardar seus efeitos

Detectado em tempo hábil, o Alzheimer pode não ter cura, mas tem seus efeitos retardados desde que seja tratado, adequadamente, por um especialista e pela família  NATALÍCIO BARROSO

A

situação daquela senhora era muito delicada. Como perdeu a noção do tempo, passava os dias e as noites no elevador. Como as pessoas que moravam no prédio não sabiam, exatamente, o que havia acontecido, procuraram saber e descobriram algo difícil de acreditar. A moradora de um dos andares do prédio estava com Alzheimer e, o pior nisso tudo, é que não havia ninguém para cuidar dela. O condomínio se mobilizou e entrou em contato com a família para resolver o caso. Esta, certamente, é uma das muitas histórias que se pode contar sobre Alzheimer. Mas nem todas elas são assim. Há aquelas histórias como a da mãe da jornalista Tarcília Rego, editora do Caderno Verde do jornal O Estado, que também sofre de Alzheimer e nem por isso é tratada com indiferença. Segundo Tarcília, a primeira vez em que percebeu que a mãe, Edna Fernandes de Oliveira, 89 anos, sofria de Alzheimer, morava em São Paulo. A mãe morava em Fortaleza. No dia em que estava para voltar para casa, dona Edna ficou surpresa: “não me querem mais aqui?” Havia esquecido que residia no Ceará e não em São Paulo. Em Fortaleza, posteriormente, Tarcília percebeu que a mãe perdia muitas coisas. “Onde está meu cartão de

CARINHO DA FAMÍLIA AJUDA NO TRATAMENTO crédito?”, perguntava ela e Tarcília respondia: “Está aqui, mamãe”. Depois, a mãe perguntava pelo cartão de crédito novamente. A maior prova de que alguma coisa andava errada foi quando dona Edna recebeu uma blusa de presente de uma das cunhadas de Tarcília e disse para a filha que havia recebido duas e não apenas uma blusa. Conversando com a cunhada, Tarcília comprovou que a mãe havia recebido apenas uma e não duas blusas. Levada para o médico, em seguida, este concluiu que dona Edna estava com Alzheimer. VARIAÇÕES DE HUMOR Tarcília passou a morar em Fortaleza em 2005 e, desde então, cuida da mãe. O grande problema de quem não faz isso, diz ela, é a si-

tuação se agravar. Há pessoas, no entanto, que pouco se preocupam com os sintomas e conta a história de uma conhecida que, apesar de o marido estar com Alzheimer, faz de conta que tal doença não existe e culpa a idade ou a “caduquice” como se isso não tivesse nada a ver com este mal. Como resultado disso, a doença progride rapidamente a ponto de o paciente se tornar agressivo. Coisa que não acontece com dona Edna, apesar de já estar em um estágio avançado em seu diagnóstico. E um detalhe. Tarcília aponta algo que Herman Melville cita em “Bartleby, o Escrevente”. Diz ele que um personagem secundário deste livro, Turkey, era extremamente simpático de manhã e extremamente agressivo no período da tarde. Dona Edna tam-

bém sofre estas mesmas variações de humor ao longo do dia. De manhã, lê os jornais e assiste à televisão. No período da tarde, logo depois do almoço, começa a ficar inquieta. O pior momento, no entanto, é das 15h às 19h30min quando quer ir para a casa da mãe. É o pior momento, lamenta a jornalista. Mas nem tudo, segundo ela, são dissabores neste mundo do inconsciente. Há momentos de profunda emoção. E conta um deles. Havia chegado em casa muito cansada um dia e disse que estava com dor de cabeça. A mãe, ouvindo o desabafo da filha, se levantou de onde estava, dirigiu-se para ela, pegou-a pela cabeça e começou a beijar a sua testa para a dor de cabeça passar. “É comovente”, confessa Tarcília, emocionada.

TERNURA COMO REMÉDIO Dona Hilda de Castro, 86 anos, também está com Alzheimer. A família notou os sintomas a primeira vez quando dona Hilda começou a fazer a mesma pergunta várias vezes. Consultada por um psiquiatra, este não detectou nada, mas avaliada em uma clínica, o mal de Alzheimer foi identificado. Dona Hilda, hoje, dispõe do mesmo tratamento médico e familiar da mãe de Tarcília. A família cuida para que não fique sozinha e, segundo uma das cinco filhas, Hildete de Castro, faz compras, passeia e participa das festas de aniversários promovidas pela família. É a melhor forma, diz ela, de combater esta doença que, se não tem cura, segundo os médicos, pode, pelo menos, ser retardar o máximo possível por estas manifestações de ternura.


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