Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

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Especial

Corretor de imóveis

NOVO FÔLEGO

Cenário aponta reação do mercado imobiliário cearense.

INICIANTES

Alta competitividade impõe novos parâmetros para corretores.

SINDIMÓVEIS

Sindicato investe em ações diferenciadas para atrair a categoria

CONVENSI

Convenção conecta três grandes eventos imobiliários em Fortaleza

RESPONSABILIDADE

O papel do corretor na segurança dos negócios imobiliários.

CONQUISTA

Corretores de imóveis são beneficiados com a inclusão no Supersimples.

DE PAI PARA FILHO

Os desafios e vantagens dos negócios familiares no mercado imobiliário.


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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Sexta-feira, 29 de agosto de 2014

NOVO FÔLEGO

Segundo especialistas, mercado imobiliário cearense está reagindo a desaceleração de 2014

O

ano de 2014 começou com incertezas para o mercado imobiliário cearense. O comportamento do segmento em 2013, com a freada na velocidade de vendas dos imóveis, e alguns “sustos” na economia, como o risco de alta da inflação, apontavam que o ano seguinte seria fundamental para a retomada do fôlego. Conforme a análise de representantes do mercado, o primeiro semestre apresentou um comportamento de compra desacelerado. O consenso é de que o quadro não gerou uma crise, mas um arrefecimento nos negócios. Confirmando algumas previsões, Armando Cavalcante, diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), destacou que 2014 sofreu com os reflexos do ano anterior. De acordo com ele, o mercado sentiu as mudanças econômicas e também o efeito Copa Mundo, onde muitos apostaram numa alavancagem nas vendas que não foi concretizada. No entanto, aponta Cavalcante, o cenário dá sinais de recuperação. “Eu já sabia disso (desaceleração). Os construtores estavam com estoque de produtos. Entretanto, isso gerou não uma crise, mas uma angústia do próprio mercado de vender seu estoque. A volta a compra está acontecendo, embora que ainda morno”, avalia. Para Cavalcante, o ano foi atípico, com carnaval tardio, Copa do Mundo e eleições. “Nós vamos ter as eleições e o pessoal se volta para isso. A mudança de governo cria uma expectativa que altera radicalmente o comportamento do mercado”, explica o diretor do Cofeci. Patriolino Dias, diretor executivo da construtora Dias de Sousa, avalia que o segundo semestre trouxe mais fôlego para os negócios. “A gente até brinca e diz que o ano começou agora. Na verdade, as pessoas prolongaram sua decisão de compra. Houve carnaval, que aconteceu em março, Copa do Mundo, férias etc. Mas, nosso mercado continua saudável. Nossos lançamentos foram de acordo com que a demanda tinha para absorver”, destaca. O baixo crescimento da economia nacional também preocupou o setor. Contudo, na avaliação do diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim, o déficit habitacional ainda muito grande no País muda a relação do segmento com a economia brasileira. “Essa desaceleração da economia pode implicar numa desaceleração no processo de compra, mas não na anulação dele. O imóvel continua sendo um porto seguro para os investidores. O brasileiro ainda acredita que investir em imóveis é um bom investimento.

Armando Cavalcante

Andréa Coelho

E é! É óbvio, porém, que tem uma coisa que não se pode abrir mão, que é comprar bem. Então o fato do mercado está pouco mais desacelerado não significa dizer que você não precise ser seletivo em comprar imóveis que tenha liquidez. Seja liquidez de venda ou de aluguel. Uma vez atendido esse pré-requisito, você vai sempre vai poder colocar o imóvel no mercado”, resume Angelim.

dos insumos, da mão de obras e dos terrenos, dentre outros fatores. Mesmo listada entre as capitais com metro quadrado mais valorizado, o ano mostrou a acomodação do mercado de Fortaleza. Para Marcos Novaes, porém, o mercado imobiliário cearense está se reerguendo em 2014. “O ano foi considerado difícil para o setor da construção civil por causa da Copa do Mundo e das eleições. A solução que encontramos para driblar essas incertezas e a estagnação do mercado foi não deixar de investir em inovação e muito trabalho. No primeiro semestre deste ano, nós tivemos lançamentos reduzidos. Isso foi bom, porque não houve excesso de oferta e o período serviu para que as construtoras pudessem vender seus estoques, se reposicionassem no mercado e lançassem empreendimentos em uma velocidade menor para que o mercado pudesse absorver”, explica Novaes. Andréa Coelho, superintendente de Obras e Incorporação do Grupo Marquise, explica que o mercado cearense é particular e muito interessante no contexto imobiliário. “Fortaleza tem preços menores que em outras capitais do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Para traçarmos uma ideia da importância deste setor, a área de incorporação responde sozinha por 16% do faturamento do Grupo Marquise atualmente”, afirma. Analisando dados FipeZap dos dois primeiros meses de 2014, Andréa ressalta que o mercado imobiliário em Fortaleza cresceu 1,2% nesse período. “O percentual ficou acima do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), estimado em 0,86% no mesmo período. A diferença significa que o mercado de imóveis na capital cearense é quase 40% mais aquecido que o do Brasil”, argumenta.

VALORIZAÇÃO DO M2 Algumas pesquisas no início do ano mostraram certa retração no metro quadrado de muitas cidades brasileiras. Contudo, o metro quadrado de Fortaleza continuou em valorização, diferenciando-se do processo de valorização de outras praças. Nos últimos três anos, pontua Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), o mercado imobiliário brasileiro obteve ritmo de lançamentos de produtos e de fornecimento de residências maiores do que o consumo. “Em Fortaleza, no entanto, este cenário se apresentou de maneira diferente por causa do nosso alvará de construção, que demorava em média dois anos e meio, serviu como modo de evitar essa super oferta de lançamentos para a população, fazendo com que a demanda se tornasse equilibrada e nosso metro quadrado se mantivesse valorizado”, pondera. Em julho, a variação anual do preço médio dos imóveis no Brasil registrou desaceleração pelo oitavo mês consecutivo, segundo o Índice FipeZap, indicador que acompanha a variação do preço do metro quadrado dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras. Fortaleza ocupa a oitava colocação entre as cidades analisadas, com o preço médio de R$ 5.451. O valor, conforme especialistas do setor, é puxado pela alta

Paulo Angelim MERCADO COMPETITIVO Na análise de Angelim, o panorama atual do mercado pode ser resumido em competitividade. Conforme ele, o comportamento do segmento não pode ser avaliado sob a ótica da recessão, mas do comedimento, principalmente, no ato da compra. “O mercado está competitivo. E vai ficar de certa forma ofertado, porque tem muito lançamento vindo por aí. Não consigo imaginar recessão. Existe uma desaceleração, o que não significa parar ou voltar para trás. A desaceleração é da euforia, do ímpeto de compra. Essa compra está sendo mais trabalhada. Os profissionais vão precisar se diferenciar. Os clientes estão muito seletivos”, prevê Angelim. Marcos Novaes compartilha da mesma estimativa. Segundo ele, para 2015, o mercado seguirá investindo e inovando em diferenciais competitivos em seus empreendimentos. “Atributos dos imóveis, como qualidade de vida e segurança, estão entre os mais valorizados pelo consumidor que hoje avalia não somente o retorno financeiro do imóvel e, sim, o que e de qual maneira ele melhor usufrui do seu espaço. Se o imóvel oferecer tudo isso, o consumidor está disposto a valorizar este diferencial”, reforça Novaes. POTENCIAL Atualmente, alguns bairros de Fortaleza despontaram no cenário com forte potencial construtivo e de valorização, como Guararapes e Papicu. De acordo com Marcos Novaes, há algum tempo os construtores perceberam que as pessoas não querem deixar de morar nos seus bairros, onde têm negócios, amigos e parentes. “Então, existem atualmente bons empreendimentos em vários bairros de Fortaleza com estrutura de lazer e

segurança a preços que estão ao alcance das variadas classes. Na capital cearense alguns bairros apresentam uma valorização maior, como Meireles, Cocó, Guararapes, Papicu, Cidade dos Funcionários, dentre outros”, esclarece o presidente do Coopercon. Considerando a dinâmica do mercado da Capital, Andréa Coelho acredita que nenhum bairro tenha atingido o teto da valorização. “A Marquise Incorporações realiza pesquisas para analisar o mercado antes de definir os locais que receberão novos empreendimentos. Atenta às tendências do mercado, lançamos recentemente empreendimentos nos bairros que mais crescem em Fortaleza”, aponta a superintendente de Obras e Incorporação do Grupo que tem lançamentos no Guararapes e no Cambeba. LANÇAMENTOS No último ano, o mercado cearense deu uma freada com relação a oferta de novos produtos. Para os próximos meses, conforme adiantou Paulo Angelim e Armando Cavalcante, a perspectiva é de que setor receberá muitos lançamentos. O primeiro semestre, avalia Novaes, foi de observação. “Creio que nos próximos meses o setor voltará a crescer. A perspectiva é positiva, com previsão de lançamentos em várias das 98 construtoras que fazem parte da Coopercon-CE”. PAPEL DO CORRETOR Em todo o contexto do mercado imobiliário, o papel do corretor de imóveis é sinalizado como um dos mais importantes. Andréa Coelho lembra que o profissional é quem conhece o mercado, oferece oportunidades e dá segurança a todo o processo de compra, venda ou locação de um imóvel, desde a fase de anúncio até a entrega das chaves. Marcos Novaes ressalta que a relação entre empresa e corretor deve ser de parceria, apoio e troca de experiências, uma vez que o crescimento do mercado imobiliário é a consequência desse trabalho em conjunto. Por sua vez, Patriolino Dias destaca que o corretor de imóveis é o elo entre o cliente e a empresa, quem analisa o perfil do comprador e o orienta para fazer um negócio seguro. Armando Cavalcante aponta que o profissional é quem dá condições de movimentação para o mercado imobiliário. “Nós somos o combustível da maior indústria sem fumaça do País”.

ARTIGO

Construtores de sonhos Por

André Montenegro

Presidente do Sinduscon

Um dos grandes desafios da sociedade moderna é a busca da qualidade de vida, e a moradia é um importante gargalo a ser enfrentado. No Brasil, o déficit habitacional é de 5,6 milhões de domicílios. E, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, o crescimento vegetativo nos próximos 13 anos levará a uma demanda de mais de 20 milhões de novas unidades habitacionais. Diante deste cenário, os agentes que contribuem para a redução desta demanda

reprimida ganham destaque. É o caso do corretor de imóveis, que agiliza o processo de compra, ao auxiliar e orientar o cidadão que quer realizar o sonho da casa própria, verificando o perfil a ser atendido, consultando as melhores condições e indicando o caminho mais adequado, desde a busca até a entrega das chaves. O corretor de imóveis também atua junto com os construtores, sendo um importante consultor por sua qualificação e conhecimento do mercado,

além do papel de facilitador no contato com o consumidor final. Não é à toa que o mercado reconhece e valoriza esse profissional e incentiva que o consumidor realize sua negociação com um profissional credenciado, qualificado e capacitado para que tudo ocorra com perfeição. Um exemplo da seriedade e profissionalismo na carreira do corretor de imóveis é a responsabilidade jurídica com o que é prometido ao consumidor na hora da compra. A verificação

EXPEDIENTE

do Registro de Incorporação (RI) antes de efetuar uma venda é a ferramenta utilizada também pelo corretor para garantir a legalidade da comercialização. Pensando em facilitar o acesso às informações e em valorizar as boas-práticas, o Sinduscon-CE escolheu o dia 27 de agosto, quando celebramos o Dia do Corretor do Imóveis, para lançar uma cartilha ilustrada, esclarecendo o que é o RI e sua importância para o consumidor de imóvel, com seus direitos e deveres. A ini-

ciativa faz parte do Programa Incorporar, que também traz o “Juridicamente Perfeito”. O sucesso da aceitação do selo, que já está em 165 empreendimentos, demonstra a seriedade em que o setor atua, passando a confiança que o consumidor precisa para investir na realização do seu sonho. Continuaremos atuando em conjunto com esse profissional estratégico, incentivando sempre as boas-práticas e valorizando sua contribuição para o setor e para a sociedade.

nCOORDENAÇÃO: Ricardo Dreher nEDITORA GERAL: Cely Fraga nCOORDENAÇÃO COMERCIAL: Glauber Luna nCAPA: João Luck nREVISÃO: Lena Lopes nPROGRAMAÇÃO VISUAL: J. Júnior nFOTOGRAFIA: Anderson Santiago, Nayana Melo e Tiago Stille


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MERCADO

L

Empresas ressaltam a importância da parceria na relação com a categoria

evando em consideração as características da atividade, o corretor de imóveis não é um profissional comum. A função exige dele uma série de responsabilidades e uma gama de informações sobre mercado, produto e leis, entre outros pontos. O termo “intermediar” é o verbo mais conjugado pelo corretor de imóveis. Nesta conjuntura, ele busca intermediar o sonho da casa própria, o melhor negócio para o cliente e/ou a empresa que representa e garantir a segurança jurídica desse processo. Neste emaranhado de exigências e cobranças, por ambos os lados do mercado, não é difícil prever a deterioração das relações de trabalho. Para evitar que esse quadro seja acentuado, todos os atores envolvidos pontuam que o respeito, a parceria e a transparência no relacionamento são elementos fundamentais. “Acredito que a relação entre empresa e corretor deve ser de parceria, apoio e troca de experiências, uma vez que o crescimento do mercado imobiliário é a consequência desse trabalho em conjunto”, afirma Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon). TRANSPARÊNCIA Paulo Angelim, diretor da Viva Imóveis, defende que uma relação saudável entre empresas, corretor de imóveis e mercado deve ser nor-

nador de vendas da Magis Incorporações, a ética deve ser priorizada no relacionamento com os profissionais e o mercado. “Todas as relações são saudáveis quando além do cumprimento das regras vem em primeiro lugar a ética. O respeito nós temos pelos profissionais do ramo imobiliário é entendido tanto no mercado quanto pelo cliente como o caminho mais salutar para a realização do sonho da casa própria, portanto, no nosso caso, a relação corretor – cliente – Magis só vem se fortalecendo com o tempo”, aponta Damasceno.

Dante Bonorandi destaca que o corretor de imóveis é peça fundamental no elo entre o cliente e a empresa teada pelo respeito. “É uma relação onde o construtor deve passar claramente para o mercado, tanto imobiliárias quanto corretores autônomos, uma mensagem de que não está aqui para competir com eles. A construtora não pode ignorar a função nobre do corretor de imóveis”, alerta. De acordo com o diretor presidente da Mercurius Engenharia, Dante Bonorandi, a transparência é um dos fatores preponderantes na consolidação das relações e dos ne-

gócios. “O cliente se sente confortável num relação comercial quando há, acima de tudo, transparência no negócio. Então se o corretor se mostrar confiável, honesto e simpático são as características para um negócio duradouro, onde com certeza o cliente e empresa sairão satisfeitos. Diante das inúmeras ofertas de imóveis que existem no mercado hoje, o corretor se torna peça fundamental nesse elo entre o cliente e a empresa”, destaca Bonorandi. Para Eleno Damasceno, coorde-

FUTURO Bonorandi prevê que no futuro, diante de um mercado dinâmico e cada vez mais segmentado, os corretores de imóveis irão optar por trabalhar como autônomos. O contexto sinalizado por Bonorandi vai exigir que as empresas se esforcem mais para oferecer produtos diferenciados que além de aproximar clientes, sejam atrativos para os profissionais. “Nesse panorama do mercado, posso dizer que no futuro os corretores irão preferir trabalhar por conta própria, pois tem uma flexibilidade maior em seus negócios, não tendo que estar fixos a uma empresa e restrito a um empreendimento. Diante desse fato, as empresas terão que se esforçar para que seus produtos se tornem mais atrativos não só para os clientes, mas também para os corretores, pois a larga opção no mercado deixa cada vez mais acirrada a disputa pelas vendas”, prevê o empresário.

Construtora investe em programa de fidelidade para corretores A Dias de Sousa Construções, dentro das ações comemorativas dos seus 20 anos de mercado, investe no programa de fidelidade “Mais Dias Melhores”. A iniciativa faz com que os corretores acumulem pontos, através da venda dos produtos Dias de Sousa e os troquem por prêmios. “Buscamos prestigiar quem nos prestigia. Quem vende mais, ganha mais”, explica o diretor executivo da construtora, Patriolino Dias. Com o programa, quanto mais empreendimentos da construtora o corretor vender, mais pontos ele irá acumular. “Cada produto terá uma pontuação pré-estabelecida, e a cada venda efetuada poderá resgatar parcialmente seus pontos ou integralmente, ele é que escolhe pelo que quer trocar”, garante Patriolino Dias. O resgate dos prêmios pode ser feito pelo site do programa (maisdiasmelhores.com) e dependendo da pontuação poderá levar para casa desde uma Calculadora HP até um Mercedes Classe A. O corretor que desejar participar do programa Mais Dias Melhores, deverá cadastrar-se no site www.maisdiasmelhores.com.br.


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CRISTINA CHAUL - SINDIMÓVEIS

“Queremos trazer o corretor de imóveis para dentro de casa” “U

m sindicato forte é uma categoria profissional forte”. A declaração de Cristina Chaul, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Ceará (Sindimóveis-CE), revela os planos de aproximação da entidade com os corretores de imóveis. Atualmente, o Sindimóveis conta com pouco mais de 1000 profissionais filiados. Em termos percentuais, representa menos de 10% do universo de corretores ativos no Ceará, segundo Cristina. Em entrevista ao jornal O Estado, Cristina Chaul destaca o papel do sindicato profissional para a classe, os desafios e responsabilidades da profissão e o trabalho de conscientização que o Sindimóveis vem desenvolvendo para esclarecer ao corretor de imóveis sobre a importância de sua filiação. “Estamos fazendo um trabalho grande e diferenciado para trazer o corretor de imóveis para dentro de casa. O sindicato profissional é a casa dele, é quem vai ampará-lo e protegê-lo”, afirma Cristina. [O Estado] – Diante de um mercado cada vez mais plural e competitivo, a atuação do sindicato já ultrapassa a pauta de reivindicações trabalhistas. Em sua análise, qual é o papel atual do sindicato para a categoria? [Cristina Chaul] - O papel do sindicato é muito importante. O Sindimóveis-CE é uma entidade sem fins lucrativos que visa a atender aos corretores e corretoras de imóveis, em tudo aquilo que almejam como capacitação, qualificação, convênios e outros benefícios. Mas, nosso foco hoje é, prioritariamente, a qualificação e o nosso compromisso em relação a essa crescente busca pelo conhecimento. [O Estado] - Atualmente, quantos corretores de imóveis são sindicalizados? [Cristina Chaul] - Hoje chega-

de conscientização ao longo do tempo. Nós brasileiros, infelizmente, temos muita dificuldade em investir em nós mesmos. O corretor e a corretora de imóveis não falam em investimento, que aqui no sindicato é um pouco mais de R$ 200,00 por ano, e os ganhos em torno desse valor são muito grandes. Saúde, conhecimento, capacitação, qualificação, amparo legal, tudo. O que falta é essa aproximação. São essas questões que vamos conseguir conscientizar sobre a importância do sindicato na vida do profissional.

Cristina Chaul, presidente do Sindimóveis-CE

mos a pouco mais de 1000 sindicalizados. Número muito baixo, mas a gente vem ampliando, porque percebemos a necessidade do corretor de imóveis de conhecer a verdadeira casa dele, que é o sindicato. Nós do sindicato somos quem defendemos os interesses e os objetivos do corretor e corretora de imóveis. A classe profissional tem que se filiar ao sindicato. A filiação, como é assegurada pela Constituição, é livre. Só se sindicaliza quem quer. Contudo, um sindicato forte é uma categoria profissional forte também. O profissional vai reivindicar seus direitos junto à classe patronal através do sindicato profissional. [O Estado] – A senhora afirmou que tem pouco mais de 1000 corretores sindicalizados. Comparando com o número de corretores de imóveis do Estado, quanto representa percentualmente os filiados do Sindimóveis? [Cristina Chaul] - No Estado,

hoje, tem uma média de 15 mil corretores ativos. Quer dizer, nós temos menos de 10% de profissionais sindicalizados. Mas, através de ações e de um grande trabalho que estamos desenvolvendo, dando continuidade aos das outras gestões, e com essa vontade de fazer com que a categoria se aproxime do sindicato estamos chegando mais perto do nosso objetivo. Nós estamos mostrando ao corretor de imóveis que, através de um sindicato forte, ele estará amparado. O corretor é responsável pela intermediação da negociação imobiliária. Ele pode ser responsabilizado civil e penalmente por tudo que intermedia. Então o sindicato é a entidade que vai proteger o profissional de qualquer coisa. É quem vai lutar por ele, ampará-lo em qualquer dificuldade que ele tenha. [O Estado] - Qual é o trabalho que está sendo desenvolvido pelo Sindimóveis para ampliar o seu quadro de filiados? [Cristina Chaul] - É um trabalho

[O Estado] – Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1872/07, que cria a figura do corretor de imóveis associado. Qual é a finalidade dessa nova figura no mercado? [Cristina Chaul] – Estamos lutando por esse PL, que já está bem avançado. Na verdade queremos três figuras no mercado. O corretor que trabalha com a carteira assinada. O corretor autônomo e o corretor de imóveis associado, que não quer a carteira assinada, mas quer uma participação na venda daqueles imóveis que ele capta. Esse associado seria um parceiro. E o interessante é que esse corretor associado vai ter que homologar o contrato com a imobiliária no sindicato. Porque aqui temos o departamento jurídico, para aconselhar e mostrar que ele não pode perder todos os direitos. [O Estado] – Conforme sua experiência no mercado imobiliário, quais são os principais desafios do corretor de imóveis? [Cristina Chaul] - Primeiro é a questão de conhecimento. Muitas vezes, o profissional deixa de fazer boas vendas por não saber o leque de oportunidades que ele tem. Ele desconhece a legislação e as oportunidades de vendas. O corretor de imóveis precisa conhecer as vendas que tem

para fazer além do imóvel. Hoje, ele pode trabalhar com avaliações de imóveis ou como perito judicial na área mercadológica de imóveis, por exemplo. O corretor de imóveis tem muita oportunidade de ganhos. E para ele ter essas oportunidades, tem que conhecer a legislação, o plano diretor da cidade, além de se profissionalizar e se qualificar. É uma meta que nós do Sindimóveis e do Creci estamos traçando taxativamente. Estamos fazendo um trabalho grande e diferenciado para podermos trazer esse corretor para dentro de casa. [O Estado] – Para finalizar, qual a mensagem que a senhora deixa para a categoria cearense? [Cristina Chaul] - Quero dizer a todos que invistam mais no conhecimento para se qualificarem. O que é o diferencial hoje no mercado? É o conhecimento! Quem tem conhecimento prospera. A gente não pode deixar, corretor e corretora de imóveis, de investir no que é mais importante para nós, que é a qualificação.

Para encerrar o mês de comemorações alusivas ao Dia Nacional do Corretor de Imóveis, o Sindimóveis-CE promove a tradicional festa do corretor de imóveis, que acontece no dia 29 de agosto, no La Maison Dunas.

ARTIGO

Mensagem para o corretor de imóveis Por

Joaquim Ribeiro

Presidente dA FenAci

Observamos com satisfação, que a partir da primeira regulamentação da categoria, conquistada em 27 de agosto de 1962 (daí a data que comemoramos anualmente), o corretor de imóveis foi paulatinamente deixando de ser um mero intermediador de transações imobiliárias, para se tornar cada vez mais um consultor de negócios. Hoje a profissão é muito respeitada e, segundo uma pesquisa do Sistema Cofeci-Creci, 65% dos corretores de imóveis têm diploma superior. E não poderia ser

diferente, pois estamos falando de um profissional que precisa dispor e utilizar-se de uma série de conhecimentos necessários para o bom exercício da sua atividade, como contabilidade, economia, avaliação de imóveis, fundamentos jurídicos, domínio de outras línguas, entre outros requisitos. Costumamos dizer que os corretores de imóveis hoje são quase todos iguais diante da parafernália tecnológica existente, e que o sucesso nessa atividade acontece como numa corrida de cavalo, onde muitas vezes se ganha por

um focinho. Nós ganhamos pelo detalhe, que é o que vai fazer a diferença, e o que a gente precisa buscar constantemente por meio do aperfeiçoamento. Cada dia mais é preciso ver o corretor de imóveis como um consultor, como alguém que sabe de tudo um pouco. A Fenaci entende que essa ampla qualificação passa, entre outras ações, por eventos como o XXV Congresso Nacional de Corretores de Imóveis, que a entidade promoveu recentemente em Maceió, Alagoas, reunindo mais de mil profissionais para,

durante três dias debater, o futuro das cidades e como o corretor imobiliário se encaixa no desenvolvimento urbano. Neste ano, com a universalização do Simples, temos um motivo a mais para comemorar o Dia do Corretor de Imóveis, pois esta é uma das maiores conquistas da categoria e, nós da Fenaci, tivemos forte participação nesta luta desde o seu início. Outra conquista que está prestes a se consolidar diz respeito ao corretor associado. A Comissão de Constituição e de Justiça e de

Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou em junho último, em caráter terminativo, parecer sobre o Projeto de Lei 1.872/2007, que acrescenta dispositivo à Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, regulando a associação entre corretor de imóveis e imobiliárias. Por ter caráter conclusivo, a decisão da CCJC permitiu que o PL fosse remetido diretamente para a análise do Senado Federal. Quando virar lei, o que esperamos ocorra brevemente, vai atender a uma antiga reivindicação dos corretores de imóveis, numa luta que foi iniciada em 2007.


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INICIANTES

Mercado competitivo estabelece mais parâmetros para o novo corretor de imóveis Pesquisa realizada pelo Cofeci, em 2013, aponta mudanças no cenário imobiliário, com o crescimento da participação feminina e aumento da escolaridade entre os profissionais

O

mercado imobiliário está mais competitivo. Fato. É também um segmento com alta rentabilidade, segundo o diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), Armando Cavalcante. O atual contexto estabelece mais parâmetros para todos os atores do segmento, principalmente, para os novos corretores de imóveis. “A nossa profissão é nova, porém, é a que mais se desenvolveu nos últimos 50 anos. Ela tem um futuro com muito potencial, em termos de crescimento e negócio. É uma profissão que realmente desenvolve trabalho social importante, porque o corretor de imóveis é o responsável pela realização do maior sonho que o homem tem na vida que é a casa própria. Contudo, o profissional que está chegando agora no mercado precisa ter conhecimento e consciência de que é co-responsável pela negociação imobiliária”, aponta Cavalcante. Como assinalou Cavalcante, a profissão vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Atualmente, conforme dados do Cofeci, o País conta com mais de 300 mil corretores de imóveis em atividade. No Ceará, conforme o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-CE), há cerca de 10 mil corretores de profissionais exercendo a atividade. Além disso, uma pesquisa abrangente sobre os corretores de imóveis brasileiros realizada pelo Cofeci revelou que hoje há mais mulheres trabalhando como corretoras, o nível de escolaridade está cada vez mais alto e há mais profissionais autônomos. A pesquisa também apontou o aumento no número de corretores atuantes e uma mudança na faixa etária: a média, hoje, é de 46 a 55 anos. Chama atenção o número de corretores com nível superior que chega a quase 50%, com predominância dos bacharéis em Direito e Administração, seguidos por profissionais graduados em Contabilidade e Engenharia. Um quadro que reflete a análise de Cavalcante ao falar sobre as atuais atribuições do profissional. “O corretor moderno tem que ter conhecimento de economia – nacional e do Estado onde atua-, da parte cartorial, da legislação. Tem que estudar as tendências do mercado, saber para onde a cidade cresce realmente, onde é o bom negócio, qual o futuro de crescimento da cidade. Ele tem que conhecer o plano diretor da cidade como a palma da

Censo mostra novo perfil do Corretor de Imóveis O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) divulgou, em 2013, os dados do Censo sobre os corretores de imóveis brasileiros, que realizou durante dez meses. A sondagem revelou que, atualmente, há mais mulheres trabalhando como corretoras, o nível de escolaridade está cada vez mais alto e há mais profissionais autônomos. A pesquisa também apontou aumento no número de corretores atuantes e uma mudança na faixa etária: a média, hoje, é de 46 a 55 anos. Veja, abaixo, os principais dados da pesquisa.  Há mais mulheres ingressando no mercado como corretoras de imóveis. Hoje, 34% dos profissionais que atuam como corretores de imóveis são do sexo feminino  Houve mudança na faixa etária: a média, hoje, é de 46 a 55 anos  Nos últimos 10 anos, aproximadamente 60 mil corretores ingressaram no mercado de trabalho  72,86% dos entrevistados residem em casa própria e 78,73% possuem automóvel  Um quarto dos corretores ganha entre R$ 1.000 e R$ 2.000, mas há aqueles que têm renda mensal superior a R$ 10.000.  Praticamente um terço dos profissionais possui sua própria empresa imobiliária; outro terço presta seu serviço a empresas; a parte restante é autônoma.  Cerca de metade dos corretores de imóveis tem nível superior e 50,97% têm curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) – o curso exigido para a concessão do registro profissional.  Atualmente, bacharéis em Direito e em Administração predominam na profissão – são mais da metade dos corretores de nível universitário em atividade. Seguem profissionais graduados em Contabilidade e Engenharia.

mão, se não ele vai se perder dentro do mercado. Ele não é apenas um mero intermediário da compra e venda. Isso já acontece em grandes centros como nos EUA ou Europa, onde o corretor é um assessor de negócio. E aqui não pode ser diferente, sob pena dele não sobreviver no mercado. E o mercado você sabe é exigente, ele mesmo expurga naturalmente aquilo que não serve”, pondera Cavalcante. NOVO PERFIL Nos últimos dez anos, explica Fernanda de Queiroz Barroso, coordenadora da Célula de Educação Profissional do CETREDE, que oferece o curso Técnico em Transações Imobiliárias - TTI (obrigatório para a regulação da profissão), a demanda pelo curso tem aumentado consideravelmente. Desde 1992, o CETREDE atua na educação profissional de nível técnico tendo formado mais de 30 mil Técnicos em Transações Imobiliárias. A duração mínima do curso é de aproximadamente cinco meses. “A cada seis meses habilitamos em média 800 técnicos em transações imobiliárias, porém, nem todos se cadastram no Creci. Alguns fazem o curso apenas para complementação profissional”, afirma Fernanda. Segundo ela, o perfil dos profissionais que chegam ao mercado é bastante heterogêneo, devido à diversificação do nível intelectual e social das pessoas que buscam atuar nesta área. “O pré- requisito do curso é possuir o ensino médio, mas, em uma mesma turma temos alunos que possuem somente o 2º grau, graduados e mestres. A participação feminina em sala de aula tem aumentado bastante. Há 22 anos, nas primeiras turmas, tínhamos somente, 10% de mulheres em uma turma.

Atualmente esse número tem alcançado em torno de 40%. A faixa etária também é diversificada, em uma mesma turma temos alunos entre 18 e 65 anos”, afirma Fernanda. Silvia Regina do Carmo Sousa (foto), 45 anos, é um exemplo da nova configuração que se apresenta no mercado. Em busca de ascensão profissional e atraída pela rentabilidade prometida pelo setor, Silvia está no curso de TTI do CETREDE há quatro meses. Incentivada a fazer o curso, a vendedora de assinaturas de jornal se surpreendeu com a diversidade das disciplinas, contudo, segue otimista para a próxima etapa que é o estágio em imobiliárias. “O que me atraiu, primeiramente, foi a possibilidade de melhora financeira. Em sala de aula, os professores dizem que o mercado é amplo. Eu sei que é competitivo, mas não me assusta. Como os professores ensinam, quem for bom sempre vai encontrar um espaço. No entanto, eu sei que é uma atividade complicada, que exige mais capacitação. Agora, eu admiro essa vi-

são que é colocada em sala de aula, de que não devemos fazer o negócio pelo negócio, e sim um negócio honesto e bem conduzido para o cliente. Estou perto de fazer o estágio e a minha intenção é focar nessa nova profissão como atividade principal”, relata Silvia. Para Fernanda, os novos corretores formados têm capacidade para atuar no mercado atual acompanhando as mudanças constantes exigidas na atividade do segmento imobiliário. “Nesse ramo, é importante que os profissionais possuam a capacidade de atuarem em parcerias, terem um perfil voltado não só para o bom fechamento de uma venda, mas, também, compreenderem a necessidade de fortalecerem a imagem da categoria e de si próprios, atuando com seriedade, demonstrando conhecimento do mercado em que estão atuando, ampliando os relacionamentos profissionais e buscando fidelização dos clientes”, argumenta. TRABALHANDO EM REDE Sobreviver sozinho no mercado atual pode ser muito complicado, conforme a análise do diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim. Segundo ele, o novo corretor deve se articular em parcerias, seja associado a imobiliárias ou em redes de corretores de imóveis autônomos. “É natural que no mercado mais seletivo, o cliente procure aquelas empresas que dão mais possibilidade para ele. Então, esse cliente vai atrás de uma estrutura que ofereça a ele mais oportunidades. Neste caso, os profissionais que estão associados a alguma dessas estruturas terão mais vantagens. Resumindo, hoje, ou ele trabalha associado a uma imobiliária ou trabalha em rede, porque senão ele vai ser atropelado”, alerta Angelim.


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ENBRACI/ CIMI/CONVENSI

Convenção de corretores de imóveis movimentará mercado cearense em setembro

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ortaleza receberá, nos dias 15, 16 e 17 de setembro, três grandes eventos imobiliários. Neste período, o Centro de Eventos será sede da III Convenção Anual do Sistema Cofeci-Creci (CONVENSI), do VI Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (ENBRACI) e do Congresso Internacional do Mercado Imobiliário 2014 (CIMI). Segundo o diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), Armando Cavalcante, o público previsto é de aproximadamente quatro mil pessoas, que discutirão o futuro do setor imobiliário do País, com a presença de especialistas nacionais e internacionais. Os eventos interconectados funcionam para traçar estratégias e ampliar relacionamentos, além de gerar negócios. “A CONVENSI é o encontro dos Conselhos, onde aproveitamos para discutir os nossos problemas internos. Através do ENBRACI, o corretor tem a possibilidade de novos negócios e de conhecer as inovações do mercado. Já o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário traz o conhecimento de outros países para nós”, explica Cavalcante. NOVOS NEGÓCIOS Conforme Armando Cavalcante, os eventos conectados aumentam as oportunidades para os corretores de imóveis. Ele lembra que os

as migrações do interior e amenizar o estrangulamento das metrópoles. “É um conceito novo e que a gente já pode ver aqui no Ceará. A primeira discussão foi feita no CIMI 2013 e pretendemos aprofundar nesta edição”, detalha Cavalcante.

Fortaleza receberá, entre os dias 15 a 17 de setembro, a III CONVENSI, o VI ENBRACI e o CIMI 2014 encontros são pontos de partida para grandes negócios. “Na edição passada do CIMI tivemos 500 pessoas de fora, que trouxeram as tendências de grandes centros como Estados Unidos e Europa. Esse tipo de encontro, normalmente, gera negócios de grande porte. Em 2013 realizamos os eventos em Foz de Iguaçu. As discussões geraram um

empreendimento de 4.500 casas de médio porte, com grande infraestrutura, perto de Itu, interior de São Paulo”, destaca Cavalcante. O diretor do Cofeci relata que a edição anterior do CIMI começou a discussão sobre o novo conceito de urbanismo, que é a construção de minicidades próximas aos grandes centros como solução para absorver

PROGRAMAÇÃO Na Convenção Anual do Sistema Cofeci-Creci serão discutidos pontos como as principais características que envolvem a governança em entes públicos e quais os desafios na implantação em autarquias especiais. A CONVENSI vai trazer, ainda, esclarecimentos sobre a certificação digital, uma oportunidade para os conselhos de fiscalização profissional melhorar seu relacionamento com os profissionais, e a importância da representatividade política dos regionais. No segundo dia será mostrado o funcionamento do mercado imobiliário nos Estados Unidos. A palestra é resultado da alta demanda de brasileiros que invadiram o mercado americano. Neste contexto, haverá a explanação de como comprar um imóvel americano e sobre os principais aspectos legais que devem ser considerados para investir os EUA. A atividade de avaliador de imóveis, uma das que mais cresce e oferece oportunidades para os corretores em diversas áreas, será destaque da palestra de Frederico Mendonça, conselheiro federal do

Sistema cofeci/creci. Novas tecnologias e oportunidades digitais estão mais disponíveis, exigindo estratégias elaboradas, que serão debatidas com um dos melhores especialistas do setor. Gustavo Zanotto, diretor de inteligência digital – izimob, vai mostrar como obter vantagens e sair na frente com o marketing digital. O crescimento e expansão de franquias imobiliárias nos próximos 10 anos será um dos temas do último dia. Inteligência Emocional do corretor de imóveis, sustentabilidade no setor imobiliário e o novo perfil do cliente de imóveis na internet também estarão nas pautas das palestras.

Os interessados em participar dos eventos podem obter mais informações no site www.enbraci.com.br. A CONVENSI, o ENBRACI e o CIMI acontecerão nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Centro de Eventos, em Fortaleza.

Mercado Imobiliário HAMILTON CAVALCANTE

HamiltonCavalcanteCorretorClasseA@hotmail.com

Sabe de nada, inocente! Outro dia estava na rodoviária, quando uma pessoa me pediu uma informação de como chegar em Alphaville – havia em suas mãos um endereço anotado num papel, na realidade um “garrancho” quase ilegível. Ele tinha todo o estilo de uma pessoa bem simples, roceiro bem do meio do sertão! Calça curta, camisa rota, botina, chapéu de palha, barba ralinha e uma mala bem surrada. Eu disse pra ele, rapaz, você está bem longe do seu destino... Então ele começou a contar uma longa história que eu vou resumir aqui: Ele me mostrou 4 bilhetes de loteria e que como na sua cidade não tinha Caixa Econômica Federal o patrão das terras que ele tomava conta disse que ele podia vir para São Paulo que ele o ajudaria a descontar o prêmio de R$ 12.000,00. Quando eu tentava explicar mais uma vez como ele poderia ir de ônibus até Alphavillle, encostou um cara que disse ter ouvido uma parte da conversa e pediu

para ver o bilhete. O cara arregalou os olhos, e disse disfarçadamente: esse número deu na cabeça há duas semanas o valor de 1,2 milhões, aquelas 4 frações valiam 480 mil reais! ( 4/10 – cada número estão repetidos em 10 frações, você pode comprar o jogo todo ou só a fração) Neste exato momento o homem da roça começou a reclamar do patrão, porque ele não era um homem bom, tanto é que fez ele vir pra São Paulo sem conhecer direito a cidade e blá, blá, blá. Até as mangas que ele não podia comer entraram na reclamação! Então novamente o cara que estava com os olhos arregalados me disse: Vamos comprar o bilhete desse cara pelos R$ 12.000, 00 e ele já volta daqui mesmo pra terra dele. Ele vai voltar feliz da vida, ele quer os 12 mil, odeia o patrão e ainda a gente sai no lucro! Cada um de nós dá R$ 6.000,00 pra ele e rachamos os 480 mil reais! Esse meu novo amigo fez a proposta para o roceiro que aceitou na hora!

Ainda desconfiado conferi o resultado no meu celular, cara, quase cai de costas! O número estava ali! Batia tudo! Convencemos o roceiro a irmos até o banco e sacamos o dinheiro! Repartimos os bilhetes ficando com 2 para cada um e o roceiro partiu em disparada com 12 mil no bolso pra comprar a passagem pra voltar pra sua terra... Imediatamente corri para a Caixa Econômica quando quase fui preso! Como assim Ricardo?! Os bilhetes eram falsos! Era tudo uma armação! A vontade de ganhar dinheiro fácil fez com que eu “investisse” 6 mil reais para levantar 240 mil! Além de perder meu dinheiro ainda tive que arcar com a justiça para provar que eu não era o falsário dos bilhetes... RICARDO ISSO É VERDADE?! VOCÊ PARTICIPOU DISSO?! Não!... Não participei! Mas essa é uma história verídica que

já aconteceu e deve acontecer ainda com muitas pessoas que sem se importar com terceiros, ou seja, se alguém vai ter prejuízo, como o caso do roceiro, vislumbra lucros fáceis e garantidos... Contei toda essa história, porque todo dia estou recebendo propostas tentadoras de como ganhar 1 milhão em poucos dias... Promessas de vendas garantidas, lucros garantidos! Basta eu “investir” uma quantia “pequena” para eu me tornar o mais novo milionário do pedaço... Não existe um negócio neste mundo! Não existe uma profissão nesse mundo! Não existe um produto nesse mundo! Não existe um esquema nesse mundo! Que possa garantir resultado! Só tenho uma coisa mais a dizer... Não existem milagres, existe trabalho! Fonte: Comunidade Venda Mais por Ricardo Ventura! “PARABÉNS PELA PASSAGEM DO DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS”

Consultor Imobiliário - HamiltonCavalcanteCorretorClasseA@hotmail.com

ARTIGO

Os indispensáveis corretores de imóveis Por

Yuri Fontenelle

Gerente coMerciAL dA BsPAr incorPorAÇÕes

A melhor forma de avaliarmos a importância e relevância de uma profissão é imaginarmos, hipoteticamente, o que aconteceria se ela simplesmente não existisse. Assim, comecem a imaginar como ficariam nossas vidas sem médicos, policiais ou professores. Sem dúvida alguma, nossas vidas seriam em muito dificultadas. Da mesma forma, vamos imaginar o que ocorreria se, por ventura, não existissem corretores de imóveis. Certamente, a busca pelo melhor imóvel, ou

pelo melhor investimento imobiliário seria um tanto árdua. É imprescindível destacar a importância destes profissionais, suas características e o quanto eles cooperam para a movimentação do mercado como um todo. Dedicação, conhecimentos técnicos e vivência profissional são algumas das características que fazem do corretor de imóveis um profissional diferenciado. E isto é notório na primeira consultoria ao cliente acerca do negócio por ele eventualmente

intermediado. Outro ponto importante e também um alerta aos consumidores, o corretor de imóveis é o único profissional legalmente habilitado para as intermediações imobiliárias, sejam elas transações que envolvem a realização do sonho da casa própria ou a efetivação de grandes investimentos. No mercado em que atuamos lidamos a todo o momento com pessoas e, diante desse cenário, saber estabelecer boas conexões é primordial. Construir bons relacionamentos

deve ser a prioridade para os profissionais que atuam junto ao mercado imobiliário. O envolvimento dos corretores de imóveis com o cliente deve estar baseado em uma relação de confiança, de conhecimento do mercado e de compromisso com o serviço prestado. Além disso, o profissional que quer se destacar no mercado precisa antecipar-se às tendências, estar sempre atento às variáveis do segmento e ter as informações necessárias e verdadeiras para sustentar seus discursos e

gerar maior segurança e credibilidade diante do seu cliente em potencial. Como parte do nosso agradecimento por todo empenho destes profissionais, reafirmamos nosso compromisso de continuar valorizando essa sólida parceria que se traduz em uma relação de ética e transparência. Relação esta que, coopera para o cumprimento da visão da BSPAR Incorporações de ser reconhecida pela excelência e qualidade dos produtos, processos erespeito nas relações.


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RESPONSABILIDADE

O papel do corretor de imóveis para garantir a segurança nos negócios imobiliários Com a atualização do artigo 723 do Código Civil, em 2010, aumentou a responsabilidade do profissional no que tange a transparência na negociação

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omprar a casa própria ainda é um dos maiores sonhos do brasileiro. É, para muitas pessoas, o investimento de uma vida de trabalho. Justamente pelo significado da compra é fundamental cercar-se de cuidados. Além da análise mercadológica do bem (preço, condições de pagamento, infraestrutura), o consumidor deve focar na segurança jurídica do negócio imobiliário. Neste contexto, o corretor de imóveis exerce papel fundamental na intermediação e fechamento do negócio. Levando em consideração sua formação especializada e conhecimento do

segmento, o profissional é responsável pelo esclarecimento do cliente. O comprometimento do profissional nesse sentido foi, inclusive, expandido com a atualização do artigo 723 do Código Civil, em 2010, que responsabiliza o corretor de imóveis pela segurança dos negócios imobiliários, conferindo a ele a prerrogativa de consultor imobiliário. Conforme a lei, o corretor é “obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência”.

“Acredito que esse artigo veio fortalecer uma preocupação que os clientes tinham. Mas, na minha opinião, acho que muitos corretores ainda desconhecem esse artigo. É lógico que o profissional tem que ser ético e transparente nas transações imobiliárias. Como hoje o CRECI está mais presente e atuante, as imobiliárias também estão sendo mais profissionais do que eram no passado. Há uma preocupação maior com seus corretores. O acompanhamento por parte das imobiliárias nas vendas está muito mais rigoroso e o corretor tem capacitações periódicas sobre tudo que envolve seu universo. Enfim, a tendência é que o corretor de imóveis esteja muito mais preparado e qualificado nos próximos anos”, analisa Hilton Sette, sócio da Central de Vendas, em Fortaleza.

NEGÓCIO SEGURO Segundo Sette, o protagonismo do corretor para garantir um negócio seguro começa com a preparação para a venda. “Ele, como profissional, antes de vender, tem que se preparar e saber todos os detalhes, desde os acabamentos no âmbito de engenharia até os parágrafos do contrato. Com isso, passará ao comprador todas as informações necessárias para que ele faça uma compra segura. Dentro de uma imobiliária, essa responsabilidade é dividida por toda a equipe de corretores que ocupam várias funções, desde o corretor que fez o primeiro atendimento até os coordenadores de produtos, gerentes, diretores e secretaria de vendas, que fornece todos os elementos necessários para fazermos uma venda segura”, explica Sette. Rondinelli Valença, outro sócio da

Central de Vendas, afirma que para realizar uma negociação transparente e segura, o corretor de imóveis deve esclarecer os direitos e deveres da imobiliária e do proprietário do bem como o percentual de comissão ou quem arcará com as taxas de cartório depois da venda. Conforme Valença, após o acordo entre o comprador e o vendedor, o corretor deve recolher toda documentação do comprador e encaminhar para a construtora. Em seguida é feito o contrato de compra e venda para o comprador assinar. “Em caso de venda de imóveis usados, cabe a imobiliária fazer esse contrato e cuidar de todo trâmite junto ao cartório”.

DICAS PARA UMA NEGOCIAÇÃO SEGURA Evite comercializar pessoalmente o seu imóvel. Um corretor de imóveis é um profissional especializado, capaz de assegurar mais lucratividade com total segurança para você. Procure um corretor de imóveis ou imobiliária inscrito no CRECI. Solicite a documentação oficial expedida pelo Conselho Regional da categoria. Isto livra você dos contraventores e dos prejuízos causados pelas pessoas sem preparo. Se você está comprando um imóvel, exija do corretor a apresentação da Opção de Venda, antes de efetuar qualquer pagamento ou sinal. A Opção é a comprovação de que ele está autorizado a comercializar o imóvel.

de identificação expedido pelo CRECI. O seu cliente poderá exigi-lo a qualquer momento. Explique ao seu cliente a importância da Opção de Venda. Evite comercializar qualquer imóvel sem ela. A Opção garante a você o seu direito à remuneração na forma de comissão de venda, mesmo que a negociação seja feita após o período de exclusividade. DOCUMENTAÇÃO DO IMÓVEL O corretor de imóveis está acostumado a toda documentação necessária à segurança das negociações imobiliárias, mas se você prefere conduzir pessoalmente, fique atento a alguns documentos:

o histórico do bem desde o seu registro inicial. Esta certidão pode evitar que você caia em golpes de estelionatários, quando uma pessoa diz ser dona de um imóvel que não lhe pertence. b) Certidão Negativa da Prefeitura: documento que comprova a existência ou não de pendências quanto ao ITU ou IPTU. Também muito importante, uma vez que os débitos destes impostos podem se tornar inscrição na Dívida Ativa do Município e o imóvel pode vir à penhora. c) Certidão Vintenária: Também expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis, revela se o bem tem algum embaraço jurídico, penhora, hipoteca etc., que inviabiliza e até impossibilite a sua venda.

CORRETORES Esteja sempre em dia com as suas obrigações junto ao seu Conselho Regional. Tenha sempre consigo o documento

a) Certidão de Registro do Imóveis: documento expedido pelo Cartório de Registro de Imóveis e que revela quem é o verdadeiro proprietário do imóvel. Contém

A NEGOCIAÇÃO SINAL – Se estiver comprando, exija o recibo referente ao sinal, assim você será amparado pelo artigo 419 do Novo

Código Civil que a obrigatoriedade da conclusão da comercialização após o sinal de negócio. PROMESSA DE COMPRA E VENDA – Comprando ou vendendo procure auxílio para firmar um contrato de promessa de compra e venda. Este instrumento é a garantia das partes de que o que foi acordado será cumprido. ESCRITURA – Uma vez concluída a negociação deve-se registrar a escritura, que é lavrada no Cartório de Notas, diante de um tabelião. CUSTAS – Os pagamentos referentes as certidões negativas, lavraturas de escritura, impostos de transmissão, entre outros podem ser objetos de acordo. Entretanto, a prática tem sido que estas despesas são assumidas pelo comprador, mesmo porque ele quer se certificar da lisura e desembaraço do imóvel e do vendedor. (FONTE: CRECI-CE)

REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

Selo “Juridicamente Perfeito” certifica empreendimentos com RI

O Registro de Incorporações (RI) é um documento que oferece algumas garantias ao comprador de um imóvel. Conforme a legislação, só é permitida a venda de imóveis em construção ou a construir se a Incorporação Imobiliária estiver previamente registrada. Para alertar a sociedade, em especial o consumidor, sobre importância de verificar a existência do RI antes de adquirir um imóvel na planta, o Sindicato das Construtoras (Sinduscon-CE) lançou o Programa Incorporar, que entre suas ações de divulgação de boas práticas no mercado imobiliário desenvolveu o “Selo Juridicamente Perfeito”. O selo é disponibilizado para uso das em-

presas associadas que desejem divulgar o RI dos seus empreendimentos em lançamento. O selo traz, em destaque, o número do RI obtido junto a um dos Cartórios de Registro de Imóveis e tem a logomarca do Sinduscon-CE, que dá ao consumidor uma garantia de que aquele RI foi checado pelo Sindicato das Construtoras. Em agosto, o sindicato contabilizou 145 empreendimentos que aderiram ao Selo “Juridicamente Perfeito”. A entidade coloca à disposição de todos os interessados a relação de empreendimentos cadastrados no Programa Incorporar, que já possuem o Selo Juridicamente Perfeito. Basta acessar o site do sindicato www.sindusconce.com.br/ri. “Vale ressal-

tar que a inexistência do RI do empreendimento pesquisado, junto ao site não significa que este não tenha sido devidamente registrado”, adverte Gama Filho, diretor de planejamento do Sinduscon. A adesão das construtoras ao programa é voluntária. TRANSPARÊNCIA De acordo com Gama Filho, o corretor de imóveis é fundamental para orientar o cliente sobre a consulta ao RI do empreendimento. “O Selo oferece mais transparência para o corretor no seu trabalho. Por isso, decidimos lançar uma cartilha ilustrada, voltada para a sociedade, no Dia do Corretor, 27 de agosto. A cartilha

tira dúvidas, esclarece o que é o Registro de Incorporação e sua importância para o consumidor de imóvel e ajuda o corretor a fazer melhor sua venda”, avalia o diretor do Sinduscon. A cartilha será distribuída para a população em stands de vendas de imóveis e para os próprios corretores. REGISTRO DE INCORPORAÇÃO A Lei Federal 4.591, de 16.12.1964, que trata de condomínios e incorporações imobiliárias, possui regra bastante clara com relação a lançamentos de unidades em construção, sempre exigindo o prévio registro da incorporação imobiliária (artigo 32). O registro da Incorporação traz inúme-

ras vantagens ao comprador e ao empreendimento como um todo e garante que o contrato de aquisição pelo comprador também seja registrável. O registro deste contrato lhe dará garantia de que sua aquisição será conhecida e respeitada por todos, já que este documento fica à disposição de consulta pública no Cartório. É por isso que o comprador deve certificar-se de que a Incorporação está devidamente registrada antes de comprar um imóvel, exigindo que lhe seja apresentada a respectiva certidão expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis, seja pela construtora, incorporadora, imobiliária ou corretor de imóveis.

ARTIGO

A importância do corretor de imóveis para o mercado imobiliário Por

Fernando Bezerra

Gerente coMerciAL dA MourA duBeuX/FortALeZA

No atual estágio da pós-modernidade, em que predomina a lógica que valoriza o relativismo e a fragmentação das coisas, não é nenhuma surpresa perceber o cidadão como um ser dono de alguma onipotência. Nunca as pessoas tiveram tantas capacidades reunidas. De médico à chef de cozinha, todo mundo tem um pouco. E, claro, que o ofício de corretor de imóveis não passaria incólume nessa perspectiva de autonomia. E se há riscos, por exem-

plo, na automedicação, é preciso pensar o trabalho de corretor como um agendamento imprescindível para a segurança da negociação imobiliária. Regulamentado na Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, o corretor de imóveis é o único profissional autorizado a realizar a aproximação entre incorporadora e cliente. É determinante a presença deste nas negociações imobiliárias, pois, além de apresentar um leque de produtos que se enquadra

no perfil daquele comprador, o corretor tira dúvidas, dá suporte ao cliente e viabiliza, de forma simples e sem muita burocracia, a compra da casa própria, sonho de todos os brasileiros. Hoje, cada vez mais qualificado, essa figura tantas vezes envolta em clichês equivocados está atento às tendências do mercado, eventuais mudanças na legislação, domina a área que atua e fornece as informações de forma clara. É este profissional que faz

o meu produto chegar às pessoas, seja através das redes sociais ou divulgando nos tradicionais veículos de comunicação. Para as empresas, o corretor começa a captar possíveis compradores com o empreendimento ainda na fase do pré-lançamento. Conhecedor do mercado que atua, ele sabe onde está o comprador ideal para o seu produto. O encontro empresa x cliente pode ser feito de forma direta, mas é através do intermédio do corretor que as

transações acontecem com mais segurança para ambas as partes. Ser corretor não é apenas apresentar o cliente ao comprador, e vice-versa, mas conhecer o empreendimento que está oferecendo. É a atuação deste profissional que contribui para o movimento do mercado imobiliário. O sucesso do setor, e dos produtos com selo Moura Dubeux, é consequência, também, do trabalho sério que o corretor têm realizado nos últimos anos.


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SUPERSIMPLES

Inclusão da categoria reduz carga tributária para até 6% Um corretor de imóveis que atua como pessoa física paga entre 17% e 27,5% de imposto de renda sobre seus ganhos. Com a mudança, eles serão tributados de acordo com uma tabela que vai de 6% a 17,42% do faturamento mensal

para abrir uma pequena empresa diminuirá dos atuais 107 dias para apenas cinco. Da mesma forma, o tempo de fechar uma empresa ficará mais rápido, reduzindo-se o volume de CNPJs inativos devido à burocracia. “Outra facilidade será o fato de os impostos federais, estaduais e municipais passarem a vir num único boleto”, acrescenta. Conforme Scherer, a atualização da lei vai ser importante para a sociedade, pois além de ampliar o número de contribuintes, regularizará grande parte da economia brasileira. “O Simples veio para ajudar a economia. Com a inclusão de diversas atividades, incluindo a nossa, no Supersimples, acreditamos que a massa de contribuintes será ampliada”, calcula o presidente do Creci-CE.

O

s corretores de imóveis já podem comemorar. No início do mês, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei complementar que estabelece o Simples Nacional, mais conhecido como Supersimples. Com a atualização da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, cerca de 450 mil empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões serão beneficiadas. A categoria foi incluída, entre as 142 atividades da área de serviços, no regime de tributação diferenciado, que unifica oito impostos em um único boleto e reduz a carga tributária. O regime de tributação das micro e pequenas empresas permite que os corretores de imóveis sejam incluídos na categoria de Microempreendedores Individuais (MEI), uma porta de entrada para que os profissionais se transformem em empresários gerando renda e emprego. Atualmente, o corretor de imóveis que atua como pessoa física paga entre 17% e 27,5% de imposto de renda sobre seus ganhos. Com a mudança, eles serão tributados de acordo com uma tabela que vai de 6% a 17,42% (veja tabela) do faturamento mensal. Trocando em miúdos, o profissional vai sentir uma dentada menor do Leão. Para Apollo Scherer, presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), a inclusão da categoria no Supersimples é uma conquista importante, pois além da redução da carga tributária, é resultado também de um trabalho conjunto entre as entidades representativas da classe. “Os setores imobiliários é um dos mais tributados no País. Desde a fase da compra de terrenos até a fase da construção e comercialização. A inclusão no Supersimples para os corretores de imóveis, portanto, significa uma vitória grande do Sistema Cofeci-Creci, juntamente com outras entidades, pois é a concretização do nosso sonho”, afirma Scherer. REGIME MAIS JUSTO Segundo Joaquim Ribeiro, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), a atualização do Simples abre para o corretor de imóveis a possibilidade de se enquadrar em um regime tributário mais justo e menos burocrático. “Até bem pouco tempo atrás, estimava-se que o Brasil possuía cerca de 220 mil corretores de imóveis, dos quais 88% não atingiam os critérios então estabelecidos para fazer jus aos padrões de desoneração tributária oferecida pelo sistema denominado Microempreendedor Individual (MEI). Hoje os corretores de imóveis no País devem reunir cerca

Para Apollo Scherer a inclusão no Supersimples é uma conquista importante para a categoria, que paga alta carga tributária de 300 mil profissionais e empreendedores e essa universalização do Simples é muito bem-vinda”, aponta Ribeiro. Na análise de Ribeiro, o novo modelo tributário, que passará a valer em 2015, incentivará ainda mais a formalização do profissional. “Segundo o secretário de Racionalização e Simplificação da Secretaria Nacional de Micro e Pequenas Empresas, José Constantino de Bastos Jr., com a desoneração e desburocratização do novo sistema, cerca de 450 mil empresas poderão fazer opção pelo Simples, ampliando a formalização e criação de empregos. Dessas empresas, certamente um bom número virá do segmento de corretagem imobiliária. Atualmente, o corretor de imóveis pode atuar como autônomo ou como empregado em empresa imobiliária”, esclarece o presidente da Fenaci. Conforme Armando Cavalcante, diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), além da tributação diferenciada, a atuação do corretor como Microempreendedor Individual vai gerar outra economia para o profissional. “Antes, o corretor de imóveis atuando como pessoa jurídica tinha que pagar a anuidade do Creci como pessoa jurídica e física. Hoje, com a modificação, ele pode ser Microempreendedor Individual e pagar apenas a anuidade de pessoa física. Uma grande economia”, pontua Cavalcante.

Simples Nacional - O Simples Nacional (ou Supersimples) é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos adotado por micro e pequenas empresas. Conforme a lei, microempresas são aquelas que têm receita bruta anual igual ou inferior a 360 mil reais. Já as empresas de pequeno porte são as que apresentam receita bruta anual entre 360 mil reais e 3,6 milhões de reais. Mudanças no regime de tributação - Com a aprovação, aproximadamente 450 mil micro e pequenas empresas serão incluídas no regime de tributação do Supersimples. A classificação das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento. MEI - Os corretores de imóveis podem mudar de pessoa física para Microempreendedor Individual (MEI). Entretanto, neste enquadramento, o faturamento anual não pode ultrapassar 60 mil reais. Ele passa a ser pessoa jurídica, o que facilita pedido de empréstimos e emissão de notas fiscais.

IMPACTO De acordo com Joaquim Ribeiro, o novo modelo não deverá trazer ônus para a categoria. “A mudança vai desonerar a carga fiscal a que está sujeito o corretor que atua dentro das regras atuais, além de desburocratizar os procedimentos de abrir e fechar empresas”, destaca Ribeiro. Ele ressalta o tempo médio


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ENTREVISTA

Priscila Cavalcanti versus Priscila Eventos

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orretora de Imóveis, Cerimonialista, Presidente do Skal Internacional de Fortaleza, Vice-Presidente do SINDIEVENTOS-CE, Promotora

de Eventos e Colunista deste Jornal. E diz que as Priscilas, Cavalcanti e Eventos, unificaram. Sabe como ninguém ser mulher e sócia do Epitácio, seu Pita, mãe e parceira da competente Malu Cavalcanti e avó coruja do sapeca André Luiz. Já há alguns anos recebeu, carinhosamente, o título de RAINHA DO MERCADO IMOBILIÁRIO CEARENSE, essa honra não é à toa, pois como ela diz já passou pelas etapas: Eficiente, Eficaz e Experiente. Com certeza, diz tudo. É atuante no segmento de eventos sociais (casamentos, debuts e bodas) e corporativos. Porém, é no segmento de eventos imobiliários que a cerimonialista ressalta o seu potencial profissional.

Ela detém uma significativa fatia deste mercado, principalmente, por seu know-how neste cenário. Confira abaixo entrevista com Priscila Cavalcanti. (IMÓVEIS) - Priscila, você é uma pessoa reconhecida pela atuação em promoção de eventos no Ceará, com foco em eventos imobiliários. É, ainda, conhecida como rainha do mercado imobiliário cearense. Você tem orgulho de tudo que construiu ao longo de sua carreira? (Priscila) - Com certeza, já estou no mercado há mais de duas décadas, com o pé no Jubileu de Prata e sentindo-me muito jovem. O reconhecimento e respeito de uma categoria, a qual pertenço, como a de Corretores de Imóveis, é gratificante. Sou corretora de imóveis, registrada sob creci 4074, mas não atuo como profissional de vendas e sim, de organizar eventos para facilitar a capacitação destes “Colibris”. As Priscilas, Cavalcanti versus Eventos, já se unificaram e já passaram também, pelas etapas: Eficiente, Eficaz e Experiente, chegando no lema da empresa que é a qualidade em eventos. (IMÓVEIS) - No cenário de eventos imobiliários é possível estabelecer diferenças com os demais tipos de eventos? Quais são

as características de eventos voltados para este setor? (Priscila) - Na tipologia de eventos, vamos classificá-los como sociais e corporativos. No mercado imobiliário a Priscila Eventos é detentora de 90% ( noventa por cento) e nos eventos sociais (casamentos, debuts e bodas) temos crescidos bastante, pois também, temos “know-how” no assunto. Queremos dizer que, planejamos e assessoramos muito bem. Daí será nossa realização plena. (IMÓVEIS) - Em 25 anos de experiência com o ramo de eventos imobiliários, quais são os principais desafios? Houve muitas mudanças na forma de organizar esse tipo de evento? (Priscila) - Sim. Devemos sempre está capacitados para mudanças. No cenário dos eventos imobiliários também, existem diferenciais como: palestrantes motivacionais, economistas, humoristas, atores, feijoadas, jantares à luz de velas, domingo especial, no meio de uma praça, com sorveteria Venetoni, Fast food One & Two e até já estamos fazendo as convenções de vendas no escurinho do cinema e do teatro. (IMÓVEIS) - Com sua experiência no mercado imobiliário o bom relacionamento com todos os agentes que fazem parte dessa cadeia produtiva, avalie o atual contexto do mercado imobiliário, ressaltando, principalmente, o papel do corretor de imóveis neste cenário, bem como das entidades representativas como Sinduscon, Creci, Secovi e Sindimóveis? (Priscila) - O mercado imobiliário cearense é atípico. Nós gostamos realmente de traçar nossa linha de conduta e as grandes imobiliárias, construtoras e incorporadoras que adentram nosso Ceará, nossa Fortaleza, a loura

desposada do sol (risos), sempre terminam em um comum acordo conosco. Caso contrário, estão fora de nossa realidade e retornam aos seus destinos de origem. O mercado tem avançado muito, os corretores de imóveis não são mais “meros tiradores de propostas”. Hoje eles são consultores, avaliadores dos grandes investidores e empreendedores que visam o mercado imobiliário como um elevado lucro nos negócios. Quanto à atuação das entidades representativas como Sinduscon, Creci, Secovi e Sindimóveis têm seus papéis bem definidos, o Sinduscon tendo a frente André Montenegro como presidente bem participativo que representa os interesses das construtoras, o Creci tem no comando o líder nato Apolo Scherer que normaliza e fiscaliza, o Secovi tem a frente o competente Sérgio Porto, que já detém a presidência há alguns bons anos com maestria, representando as incorporadoras e os corretores empresários das imobiliárias, enquanto o Sindimóveis agora com a nobre causídica, corretora, a simpática Cristina Chaul, que busca a capacitação, as festividades e os interesses em geral da categoria. (IMÓVEIS) - Para finalizar, como avalia sua parceria com o Jornal O Estado? (Priscila) - O Jornal O Estado sempre está com as portas abertas para a Priscila, me sinto em casa! Sou a madrinha do caderno especial IMÓVEIS. Finalizo afirmando que sou muito feliz pela credibilidade, pelo respeito, pelo carinho e pelo o amor que os corretores de imóveis tem por minha pessoa e pela minha continuidade, Malu Cavalcanti.

REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

Empresas investem em equipes exclusivas de corretores de imóveis Com o objetivo de incrementar as vendas, fidelizar clientes e aperfeiçoar o atendimento aos compradores de imóveis, construtoras locais vem seguindo a tendência de empresas nacionais e investindo em equipes exclusivas de corretores de imóveis. A decisão estratégica das empresas divide a opinião do mercado imobiliário cearense. Diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim, por exemplo, não concorda que a gestão de vendas seja realizada pelas próprias construtoras. “Não consigo enxergar como isso pode ser bom para

o corretor. O cliente vai receber um serviço pela metade. Ele vai ficar carente de uma boa consultoria. Além disso, a construtora vai gastar energia em gerir uma atividade que não é o foco dela, pois a atividade principal dela é construir”, critica Angelim. Para Michele Holanda, gerente comercial da Marquise, no entanto, é possível manter uma relação harmoniosa com o mercado, pois a empresa divide as gestões das equipes de vendas. Uma coordenadora de mercado trabalha com os corretores autônomos e imo-

biliárias, abastecendo-os com material informativo e treinamento. Outro profissional fica responsável pela “House” (denominação para as equipes exclusivas), que conta atualmente com 14 corretores. “A divisão entre coordenações proporciona mais agilidade, tanto aos profissionais parceiros como para nossa equipe”, explica Michele. Segundo Luiz Otávio, gerente comercial da Construtora Manhattan, o mercado já assimilou a necessidade das construtoras em criar uma área exclusiva de atendimento. “Nosso re-

lacionamento com o mercado é muito bom. Assim, eles (corretores e imobiliárias) não ficarão alheios às novidades da construtora e terão um canal direto junto a empresa”, argumenta. CREDENCIADOS Outro modelo de comercialização adotado por algumas construtoras cearenses é a parceria exclusiva com imobiliárias. A Mercurius Engenharia mantém essa relação com duas imobiliárias, que estão presentes nos plantões no estande de vendas. “É interessante

para ambos os lados, pois quando os corretores estão no plantão, eles tem a preferência de venda e para a Mercurius ter uma imobiliária de confiança no seu empreendimento é fundamental, pois os mesmos saberão o que estão vendendo e são treinados para isso, dessa forma conseguimos obter resultados positivos”, afirma Dante Bonorandi, diretor presidente da Mercurius. No entanto, ele destaca que a empresa trabalha com corretores autônomos e outras imobiliárias que procuram os empreendimentos da empresa.

ARTIGO

Corretor e o mercado imobiliário Por

Marcos Novaes

Presidente dA cooPercon-ce

O consumidor hoje está mais exigente em todas as suas aquisições, seja para um simples bem de consumo e ainda mais para a conquista da “casa própria”. Já há algum tempo os construtores perceberam que as pessoas não querem deixar de morar nos seus bairros, onde têm negócios, amigos e parentes. Atualmente há inúmeros lançamentos de bons empreendimentos em vários bairros de Fortaleza com estrutura de lazer e segurança, com belas soluções arquitetônicas a preços que estão ao alcance da classe B. Podemos falar em

cerca de 450 canteiros de obras, em um mercado de 4,5 bilhões de VGV, sendo que 80% deste volume está entre os associados da Coopercon-CE. O valor do m2 está condicionado aos diferenciais que o imóvel possui. Atributos dos imóveis, como qualidade de vida e segurança, estão entre os mais valorizados pelo consumidor que hoje avalia não somente o retorno financeiro do imóvel, e sim, como ele pode usufruir melhor do seu espaço. O mercado imobiliário de Fortaleza está aberto a novos empreendimen-

tos, desde que estes ofereçam diferenciais que facilitem o novo estilo de vida do cearense, como melhores espaços para lazer (hoje a dificuldade com a mobilidade, a violência, o custo de vida, fazem com que mais pessoas prefiram ficar dentro do seu próprio condomínio); materiais empregados devem facilitar limpeza e conservação, bem com proporcionar conforto térmico e acústico; além de equipamentos mais sofisticados (como elevadores com ar condicionado). Em média, cada brasileiro adquire apenas um imóvel em

toda sua vida. Justamente em razão da excepcionalidade dessa compra, realizar essa operação de forma segura e ancorada em assistência e consultoria profissionais é essencial e importantíssima. O corretor de imóveis é quem conhece o mercado, oferece oportunidades e dá segurança a todo o processo de compra, venda ou locação de um imóvel, desde a fase de anúncio até a entrega das chaves. Com a retomada do volume de vendas pelo mercado imobiliário, a profissão viu-se compelida a adequar-se a esse novo cená-

rio. Os corretores de hoje são mais qualificados, têm mais informações, atentam-se para a tecnologia como ferramenta para potencializar negócios e, com isso, têm mais condições para empenharem-se significativamente para a satisfação das necessidades dos clientes. Neste dia 27 de agosto, comemoramos o Dia do Corretor de Imóveis. A Coopercon-CE parabeniza todos estes profissionais que trabalham com tanto empenho e dedicação para satisfazer os nossos clientes e a orientá-los na conquista da casa própria.


FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Sexta-feira, 29 de agosto de 2014

DE PAI PARA FILHO

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Corretores herdam profissão e negócios familiares Toda empresa familiar precisa lidar, em algum momento de sua trajetória, com problemas que podem comprometer seu crescimento ou sua continuidade.

O

tema sucessão tem sido cada vez mais discutido à medida que as empresas amadurecem e percebem que lidar com as pessoas requer dedicação e tempo. Segundo dados do Sebrae, atualmente, as empresas familiares representam mais de 90% de todo o conjunto de oito milhões de empresas do Brasil, por isso desempenham importante papel no desenvolvimento do País e na formação do Produto Interno Bruto (PIB). No Ceará, segundo o Instituto Empresariar, os negócios com gestão familiar chegam a 80%. Nesta conjuntura, o mercado imobiliário não se diferencia dos demais segmentos e desponta como setor que trabalha forte com a gestão a familiar. Antônio Teixeira do Rego e Robson Bizarria do Rego, sócios da Teixeira Consultoria Imobiliária, pai e filho, respectivamente, representam essa configuração. O mais velho, há 40 anos no mercado, revela o orgulho que sente do filho que escolheu seguir seus passos. Contudo, destaca que a sociedade não funciona apenas por laços sanguíneos, mas, principalmente, pela força de negócios que Robson implantou na empresa. “Eu sou corretor de imóveis há 40 anos. Trabalhei com construtoras e imobiliárias. Até que fundei a minha própria empresa há 20 anos. Cinco anos depois, o Robson se juntou a mim, o que foi muito bom. Eu sempre ensinei muita coisa a ele. Mas, ele trouxe mais organização e reforçou o nosso

potencial de fechamento de negócios, o que alavancou nossas vendas”, ressalta Teixeira. GESTÃO PROFISSIONAL Na análise da sócia-diretora da empresa INNI Soluções Empresariais, Ana Rolim, o índice de mortalidade das empresas familiares é muito relevante: de cada 100 empresas familiares no Brasil, 30 sobrevivem à segunda geração, e apenas cinco chegam à terceira geração. Estes números apontam a necessidade da contínua profissionalização para a perpetuação do negócio. Não importa o tamanho, toda empresa familiar precisa lidar, em algum momento de sua trajetória, com problemas que podem comprometer seu crescimento ou sua continuidade. Especialistas defendem a adoção de uma gestão profissional como a melhor forma de administrar conflitos como sucessão de comando, forma de atuação de sócios, embates entre as esferas profissional e familiar, etc. Contudo, a profissionalização da gestão das empresas familiares cearenses, destaca Ana Rolim, de uma forma geral é bastante difícil. “É uma questão cultural e de mudança de paradigmas, mas superar estes desafios facilita o acesso a linhas de crédito e capital e aumenta as chances de continuidade e sustentabilidade do negócio”, analisa. Para Robson, a eficiência das empresas será cada vez mais exigida pelo mercado. E é importante, em sua opinião, valoriza os laços afetivos, mas separar com profissionalismo as relações. “Como sócios, buscamos separar as relações, apesar de o lado afetivo ser um diferencial. As nossas funções são definidas. Temos que trabalhar com gestão profissional, onde cada um sabe qual é sua competência. Preservamos essa relação, embora, tenha sim o lado afetivo muito forte, onde cada sucesso é comemorado com mais alegria”, resume Robson.

Robson do Rego e Antônio Teixeira (filho e pai) são sócios há 15 anos


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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VIRTUAL

Corretor conectado: novas formas de relacionamento e de fazer negócios É

fato consumado. O virtual agora é realidade. De acordo com dados do IBOPE Media, o número de pessoas com acesso à internet no Brasil chegou a 105,1 milhões no segundo trimestre de 2013. Outro estudo, realizado por especialistas da Tyntec, identificou que o Brasil está no topo dos países que mais acessam as redes sociais. A sondagem revelou que 77% das pessoas que utilizam celulares estão conectadas ao ambiente social. Sem pedir licença, a internet também invadiu o mercado imobiliário. O país cada vez mais digital exige do segmento estratégias e linguagens específicas, que construam sólidos relacionamentos com seus consumidores. Dentro dessa evolução, o corretor de imóveis conectado está sintonizado com novas oportunidades de negócios. “A internet facilita a vida do corretor de imóveis e do cliente. A vida do corretor era bem mais exaustiva antes de internet. Agora, quando o cliente entra em contato com o corretor ele já dispõe de amplas informações do local e do imóvel. A internet trouxe comodidade a todos envolvidos na venda de um imóvel e necessidade de maior profissionalismo na corretagem”, avalia o gerente geral de compra e venda da Apsa, Rogério Quintanilha.

Rogério Quintanilha, gerente geral de compra e venda da Apsa

REDES SOCIAIS Com popularidade crescente, as redes sociais, inicialmente com foco em relacionamentos pessoais, atraem todos os dias mais adeptos.

Profissionais atentos ao potencial de disseminação de informações adaptam estratégias para o Facebook, Linkedin, Youtube, Twitter ou Whatsapp. Entretanto, especialistas do setor alertam que como qualquer outra ferramenta de marketing, as “redes” precisam de ações bem delineadas. O apelo das ferramentas é forte, porém, sem direcionamento, os canais de comunicação não geram resultados. Segundo Fernando Schneider, diretor da Apsa, os clientes se tornaram cada vez mais exigentes e dotados de informação. Ele explica que os recursos atuais são ferramentas a favor do profissional. “Nem todo mundo tem tempo e paciência para ficar atendendo diversos telefonemas do corretor. Muitos pedem para receber sugestões de imóveis através de e-mail, sms ou até mesmo via Whatsapp”, relata. Para Rogério Quintanilha, a relação corretor – tecnologia – cliente deve ser ativa. “A tecnologia deixa a disposição dos corretores diversos recursos para eles darem um atendimento de excelência ao cliente. Seja ao cliente um vendedor, o mantendo atualizado sobre o valor do imóvel em relação às ofertas existentes, procuras virtuais, físicas e considerações dos clientes. A tecnologia também dá ao corretor os melhores recursos para apresentar imóveis aos compradores de acordo com as suas características”, aponta o gerente geral de compra e venda da Apsa.

No entanto, essas novas vias de comunicação devem ser utilizadas com bom senso. O corretor deve analisar o perfil do interessado antes de enviar as sugestões. “Muitos clientes reclamam de corretores que não prestam atenção em suas necessidades. Ele tem que ser um consultor, não vendedor. A casa própria é o sonho principal do brasileiro e o profissional deve ter a sensibilidade de apresentar imóveis que realmente sejam dentro do esperado e da realidade econômica do comprador”, afirma Schneider.

O corretor dever utilizar as redes sociais de acordo com seu conhecimento e capacidade em administrá-las. Segundo Rogério Quintanilha, a principal etiqueta é evitar o exagero, priorizar o atendimento pessoal para sanar divergências e jamais utilizar tais ferramentas para críticas, desabafos etc.

Sônia Bayma Arquiteta

soniabayma@hotmail.com

Soluções para ambientes

ESCOLHA TV CERTA

Como todo brasileiro é apaixonado por futebol, assistir os jogos em casa é maravilhoso chamar os amigos e familiares com um bom sofá e uma excelente televisão não existe programa melhor. Para dar tudo certinho invista em uma TV

com qualidade de som e nitidez de imagem. Porém, respeite o espaço mínimo entre o aparelho e o sofá para uma boa visualização, calcule bem certinho à distância. E um bom Jogo!!!

SERVIÇO:

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ARTIGO

O interior está na mira da construção civil Por

Hamilton Cavalcante

corretor de iMÓVeis

Com o aumento da capacidade financeira, o aumento do crédito, dos juros baixos, da grande demanda, do imensurável déficit habitacional e a expansão das faculdades, tudo isso levou e leva ao aquecimento do mercado imobiliário no interior do estado. As cidades da região norte, Sobral, Tianguá, São Benedito, Crateús, e da região sul, Juazeiro, Crato, Barbalha e iguatu estão em pleno desenvolvimento.

São muitos os projetos previstos para o interior do Estado com o apoio dos créditos imobiliários, a tendência é investir mais no interior. As faculdades têm forte influência no aquecimento do mercado interiorano, refletindo também na economia local. A grande oferta de financiamento e o aumento da renda fez o interior despontar para o mercado imobiliário. Tanto que

nas cidades citadas tudo que se constrói é comercializado rápido. O Interior está ultrapassando a capital em facilidade de aprovação de projetos, na oferta de terrenos e tornando mais fácil construir no interior. Com a crescente demanda do setor imobiliário, os investimentos no interior só tendem a proporcionar o desenvolvimento das cidades.

“PARABÉNS PELA PASSAGEM DO DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS” Colaboração hamiltoncavalcantecorretorclassea@hotmail.com


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