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NACIONAL

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CLÁUDIO HUMBERTO PODER,POLÍTICA& BASTIDORES

com ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOS

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Brasil não será ‘vilão’ da cúpula, dizem diplomatas

O fortalecimento do sistema de saúde Ministro Marcelo Queiroga (Saúde), sobre qual legado deve ser deixado pela pandemia

Amenos que algum chefe de Estado ou de Governo resolva chutar a canela do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, nesta quinta (22), em Washington, é improvável que o Brasil seja tratado como “vilão”, como supõe o consórcio de mídia, militantes de esquerda e donos de ONG saudosos dos bilhões que tiravam dos cofres públicos. Até porque em política externa privilegia-se o diálogo. Para diplomatas, o protocolo rígido, definido pela Secretaria de Estado, reduz o espaço para conflitos. CPI da Covid será a única em dez a funcionar A CPI da Covid, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda exalando odores eleitorais. Será a única a funcionar no Congresso, onde há outras nove propostas ou criadas, mas suspensas, em razão da pandemia. Só no Senado há duas CPIs sobre as causas das queimadas e do desmatamento na Amazônia, e na Câmara há sete requerimentos, que “preenchem todos os requisitos”, com assinaturas necessárias, mas não têm a mesma atenção de parlamentares e da “casa política” STF.

Tempo otimizado

É possível, mas improvável, dizem diplomatas, que dignitários gastem tempo em críticas ao Brasil, em vez de expor os próprios compromissos.

Busca de protagonismo

O evento não deve produzir decisões relevantes, servirá apenas para o norte-americano Joe Biden assumir protagonismo na agenda ambiental.

Plateia garantida

O protocolo prevê discursos de três minutos para os 40 convidados, incluindo o presidente do Brasil. Joe Biden falará o quanto quiser.

A carta em 3 minutos

Bolsonaro fará o sexto discurso do evento, reafirmando basicamente o que já expôs em carta a Biden sobre propostas e compromisso do Brasil.

Queabuso?

Sem nenhum apoio político, aguarda desde maio de 2020 o pedido de CPI para investigar abuso e exploração sexual de crianças na internet.

CPI do ex-presidiário

A Lava Jato tem pedido de CPI desde 2019, para investigar violação de direitos constitucionais, mas o objetivo já foi alcançado de outra forma.

Coisa do passado

Altas abusivas de passagens aéreas e energia, pirâmides financeiras e o envio de bilhões para Cuba também completam anos na gaveta de CPIs.

Além dos fatos?

A BBC Brasil anunciou vaga de trabalho, em Brasília, para repórter. Segundo o próprio chefe, o veículo inglês procura um profissional que “consiga pensar em pautas que vão além do factual”.

Contratado

Até o final de setembro, o Ministério da Saúde terá recebido mais de 370 milhões de doses de vacinas contra a covid, suficiente para vacinar toda a população adulta e os grupos de risco, segundo o cronograma de acompanhamento da Comissão Temporária da Covid no Senado.

Tribo do iPhone

Manifestantes pediram a saída de Bolsonaro e do ministro Ricardo Salles em frente ao Ministério do Meio Ambiente, e chamaram atenção pelos adornos indígenas e pelos celulares de última geração que ostentavam.

Sucesso nas redes

Para homenagear os 61 anos de Brasília, comemorados nesta quarta, o 1° Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército fez ensaio fotográfico dos seus cavalos em frente aos principais monumentos da Capital.

Candidatíssima

Tereza Cristina avisou que deixará o Ministério da Agricultura no limite do prazo, em abril do ano que vem, para se lançar candidata a senadora ou a deputada federal pelo Mato Grosso do Sul. Talvez até governadora.

Devagar, quase parando

A privatização dos Correios finalmente ganhou relator na Câmara, Gil Cutrim (Rep-MA). Ele será relator do projeto que autoriza a iniciativa privada a explorar serviços postais. Mas só deve sair no ano que vem.

Combate ao tráfico

Balanço da Polícia Federal informa que nos últimos sete anos foram realizadas 177 operações com o Senad, órgão paraguaio de combate ao tráfico. Foram 277 presos e 56 toneladas de drogas apreendidas.

Marcas importantes

O Brasil deve ultrapassar nesta quarta (21) os 11 milhões de imunizados contra a covid-19. O número representa mais de 5% da população. O total dos que já receberam a primeira dose é de quase 28 milhões.

Pensando bem...

...de CPI em CPI, a oposição enche o bico.

O PODER SEM PUDOR

Pateta ocupado

Sobrinho do polêmico ex-senador Carlos Alberto De Carli, o vereador Paulo De Carli (PDT) chamou de “os três patetas” o então governador do Amazonas, Eduardo Braga, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa. Mas, dias depois, pediu audiência a Serafim. Ouviu a resposta: “O pateta está ocupado, não pode receber o senhor...”

Anvisa autoriza uso de coquetel contra covid-19

Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a liberação para uso emergencial de dois medicamentos experimentais da farmacêutica suíça contra a doença

FOTO VEJA SP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem (20), em Brasília, a liberação para uso emergencial de dois medicamentos experimentais da farmacêutica suíça Roche contra a covid-19, desenvolvidos em parceria com a empresa de biotecnologia americana Regeneron. Os remédios, contendo casirivimabe e imdevimabe (REGN-COV-2), atuam em ligação com a coroa do vírus de forma a impedir sua entrada nas células ainda não infectadas para replicar o material genético, controlando a doença.

A medicação é indicada especialmente para pacientes que estão em idade avançada, obesos, que tenham doença cardiovascular, hipertensão, doença pulmonar crônica, aids, diabetes, doenças respiratórias, doença renal crônica e doença hepática, entre outras comorbidades e que apresentam alto risco de desenvolver progressão para um quadro grave da covid-19. Segundo a Anvisa, o medicamento será de uso restrito a hospitais, para uso ambulatorial, ou seja, para pacientes que apresentam sintomas leves da doença, sendo administrado somente com prescrição médica. O medicamento não é recomendado para uso precoce ou preventivo. Também não será permitida a sua comercialização ou venda em farmácias.

O coquetel foi liberado para ser administrado em pacientes a partir de 12 anos, que pesem mais de 40 kg, que não necessitem de suplementação Segundo a Anvisa, o medicamento aprovado será de uso restrito a hospitais, para uso ambulatorial

de oxigênio e não apresentem o quadro grave da doença. A aplicação é intravenosa e deve ser administrada logo após a confirmação, por meio de teste viral, até dez dias após o início dos sintomas. Segundo o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Silva Santos, o coquetel usa dois anticorpos monoclonais que trabalham para neutralizar o vírus, fornecendo “anticorpos extras” para os pacientes.

“A ideia desse produto é que nesses pacientes se mimetize o que seria a resposta imune natural dos anticorpos produzidos em células e que essa produção extra-humana de anticorpos ajude a promover a ação imunológica”, disse. “[Mas] esse produto não é recomendado para quem já está na situação grave da doença. Para aqueles que já estão internados se observa uma piora no desfecho clínico quando administrado em pacientes hospitalizados com covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, acrescentou.

Redução

Santos apresentou dados das pesquisas dos medicamentos e disse que os resultados preliminares em pacientes ambulatoriais, desde o diagnóstico da doença até 29 dias após início do tratamento, mostraram uma redução de 70,4% na hospitalização ou morte relacionadas com a covid-19. “O que a gente percebeu foi uma redução significativa e clinicamente relevante de 70,4% no número de pacientes hospitalizados ou morte por quaisquer causas quando comparado com o placebo”, disse. “Ele foi muito bem tolerado, tem um perfil de segurança aceitável.

O pedido para o uso dos medicamentos foi feito pela Roche em 1º de abril. A diretora da Anvisa e relatora do processo de liberação do medicamento, Meire Sousa Freitas, lembrou que ele já foi aprovado para uso emergencial pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, após apresentar bons resultados em pacientes com sintomas leves e moderados da covid-19. A Anvisa aprovou um prazo de validade de 12 meses para os medicamentos, por se tratar de uso emergencial. A relatora lembrou que a agência também já liberou, em março, o uso do antiviral Remdesivir, produzido pela biofarmacêutica Gilead Sciences, para o tratamento da covid-19, e que a nova autorização vai ajudar a aliviar o sistema de saúde do país.

“A autorização emergencial desses anticorpos monoclonais oferece aos profissionais de saúde mais uma ferramenta no combate a essa pandemia”, disse. Meire lembrou que a autorização é de uso emergencial, por se tratar de um medicamento ainda em desenvolvimento, e que o processo de aprovação do registro definitivo ainda precisa de mais pesquisas e investigação clínica.

Ela alertou ainda que não há pesquisas tratando da aplicação de vacinas contra a covid-19 em pacientes que foram submetidos ao novo medicamento e que a recomendação é de que o paciente deve aguardar um período de 90 dias após a administração do medicamento para tomar a vacina. (todas as matérias são da Agência Brasil)

Governadores discutem parcerias na área climática

Às vésperas da Cúpula Mundial do Clima, nos dias 22 e 23, e em um cenário de críticas internacionais às políticas ambientais do governo federal, o Fórum de Governadores se reuniu com representantes da Embaixada dos Estados Unidos para solicitar a realização de parcerias no tema das mudanças climáticas. O fórum entregou uma carta, assinada por 21 governadores, dirigida ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentando a posição do colegiado sobre ações necessárias para a preservação do meio ambiente e o combate aos impactos prejudiciais das alterações no clima e defendendo parcerias com a gestão do democrata.

No documento, eles indicam a vontade de firmar parcerias com o objetivo de promoção do equilíbrio climático, de cadeias econômicas verdes e de adoção de tecnologias que diminuam a emissão de carbono. “Juntos podemos construir com agilidade a maior economia de descarbonização do planeta, criando referências para impulsionar a transição da economia mundial para um modelo carbono neutro, orientando uma retomada verde pós-pandemia”, sugerem os governadores.

As autoridades brasileiras elencam no texto as suas responsabilidades com a redução dos gases de efeito estufa, o estímulo a energias renováveis, o combate ao desmatamento, à proteção do bem-estar dos povos indígenas e formas de viabilizar massivos reflorestamentos. “A aliança Governadores pelo Clima está estruturando políticas climáticas, sociais e econômicas interligadas (base do desenvolvimento sustentável) e vem construindo intercâmbios com governadores, lideranças da América Latina e governos da Europa”, argumentam os governadores na carta.

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